Saúde e bem-estar
Há alguns anos, acreditava-se que a musculação estava indicada apenas para fisiculturistas e atletas

A musculação é um tipo de treino de força que usa pesos para desenvolver resistência. Podem ser usados aparelhos de musculação ou pesos livres, como halteres ou barras, em casa ou em num ginásio. A atividade tonifica e fortalece os músculos ao longo do tempo.

“Quem pode beneficiar da musculação? Não importa se tem 19 ou 90 anos, corre maratonas ou tem dificuldade para subir escadas. A musculação pode beneficiar a todos”, afirma a especialista da Mayo Clinic. “Ela ajuda a desenvolver a musculatura, fortalece os ossos, melhora o equilíbrio e previne lesões. Muitas vezes, ela é útil para pessoas com diversos problemas crónicos de saúde. No geral, ajuda as pessoas a se sentirem melhor física e mentalmente.”

Também já foi demonstrado que a musculação ajuda a melhorar condições como pressão arterial, açúcar no sangue (diabetes), saúde cerebral, densidade óssea, colesterol, dor crónica, doença cardíaca, depressão, metabolismo, fatores como autoconfiança, habilidades mentais e de aprendizagem, gestão de peso, e muito mais, acrescenta Long.

Estes são os 10 principais pontos a serem lembrados ao considerar o início de uma nova rotina de musculação:

  1. Escolha o equipamento: há muitas opções disponíveis, como pesos livres, halteres, faixas elásticas e aparelhos. Alguns exercícios usam apenas o peso do corpo e não necessitam de nenhum equipamento. A escolha certa depende do seu orçamento e das suas preferências. Todas as opções funcionam se forem usadas adequadamente.
  2. Faça aquecimento: músculos não aquecidos são mais propensos a lesões, então faça um aquecimento com uma caminhada rápida de 5 ou 10 minutos e com um alongamento dinâmico antes de iniciar cada treino.
  3. Comece com pouco peso: comece com pesos leves a moderados nas primeiras sessões. Isso pode prevenir dores musculares e diminuir lesões.
  4. Aumente o peso lentamente: aumente gradualmente a quantidade de peso durante um período de 2 a 4 semanas.
  5. Preste atenção à dor: o treino de musculação adequado deve reduzir a dor, não causá-la. Se tiver dor aguda ou acentuada, pare de fazer o exercício. Se feito corretamente, o treino também deve ajudar os seus ossos, tendões, ligamentos e músculos a ficarem mais fortes.
  6.  Levante devagar: ao levantar os pesos, não use o impulso. A maioria das lesões na musculação ocorre ao balançar os pesos, por técnica imprópria, ou por levantar peso excessivo. Leve cerca de dois segundos para levantar o peso e quatro ou mais segundos para baixá-lo. Treinar mais devagar ativa mais fibras do músculo alvo, o que, por fim, aumenta os benefícios da musculação.
  7. Aproveite o repouso: trabalhe os músculos até a fadiga em cada exercício e depois deixe-os descansar por pelo menos 48 horas. Treine cada grupo muscular de 2 a 3 vezes por semana.
  8. Tente variar: um bom programa de treino de musculação deve incluir pelo menos de 8 a 12 exercícios diferentes. Eles devem ser direcionados aos principais músculos das pernas, costas, tórax, abdómen, braços e ombros.
  9. Concentre-se numa série: faça pelo menos uma série de cada exercício, prestando atenção à maneira como o executa. A maioria das pessoas consegue obter resultados fazendo uma série de 10 a 15 repetições de cada exercício. Anteriormente, os pesquisadores recomendavam pelo menos 2 a 3 séries. No entanto, pesquisas recentes afirmam que uma série, feita corretamente, pode ser tão eficaz quanto fazer várias.  
  10. Respire: lembre-se de manter sempre a respiração ao levantar os pesos. Expire na parte mais difícil do exercício.

“Se está a começar a treinar, converse com um personal trainer ou outro membro da sua equipa de saúde sobre os melhores exercícios e aprenda a técnica adequada para evitar lesões”, explica Long.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
I Edição do Projeto “Cereals for All”
Depois do sucesso da primeira edição de “Cereals for All – Desenvolver o Futuro dos Cereais”, a Nestlé volta a desafiar os...

Esta colaboração pioneira entre a Indústria Alimentar e a Academia visa promover a imersão dos alunos no processo de desenvolvimento de produtos à base de cereais, saudáveis e sustentáveis, nutricionalmente adaptados ao seu público-alvo.

Decorreu, ontem, o evento de apresentação e de assinatura protocolar entre a Nestlé Portugal e a NOVA Medical School que deu início à segunda edição do Projeto “Cereals for All – Desenvolver o Futuro dos Cereais” – uma parceria inovadora entre a indústria alimentar e o meio académico. O projeto faz parte da unidade curricular de estágio e envolve todos os alunos finalistas da Licenciatura em Ciências da Nutrição, no processo de desenvolvimento de produtos alimentares.

Durante a apresentação, foi feito o balanço da primeira edição, com a participação e testemunho de um aluno como porta-voz da turma anterior. O evento teve lugar no edifício da NOVA Medical School, em Lisboa, e terminou com a assinatura do protocolo por ambas as entidades.

Nesta segunda edição, a parceria entre a Nestlé Portugal e a NOVA Medical School pretende continuar a proporcionar aos alunos o contacto com o processo de desenvolvimento de novos produtos alimentares, saudáveis e sustentáveis, à base de cereais. O Projeto inclui várias etapas, a começar pelo próprio evento de lançamento da II Edição, seguindo-se uma visita à Fábrica da Nestlé em Avanca, com os alunos participantes. Durante o seu trabalho os alunos serão inspirados em duas power sessions de partilha de conhecimento das várias etapas de um processo de desenvolvimento de um produto alimentar. Ao longo do Projeto, os alunos têm a oportunidade de aliar os conhecimentos adquiridos durante os seus estudos ao processo criativo e tecnológico de inovação em produtos alimentares, através da mentoria dada pelas equipas técnicas da Nestlé Portugal.

"Estamos entusiasmados por anunciar o lançamento da segunda edição do projeto 'Cereals for All'. O sucesso do projeto do ano passado foi evidente e ficou patente no interesse e na dedicação dos estudantes que nos apresentaram conceitos inovadores e ‘out of the box’ ao longo do processo de desenvolvimento dos produtos”, afirma Ana Leonor Perdigão, Nutrition, Health and Wellness Manager da Nestlé Portugal. “Esta parceria única entre a Nestlé e a NOVA Medical School continua a alargar as fronteiras da inovação na indústria alimentar, e esperamos ansiosamente ver os novos produtos e ideias que sairão desta segunda edição.”, concluiu.

Por seu lado, Conceição Calhau, responsável pela Licenciatura em Ciências da Nutrição, da NOVA Medical School, afirma: "A parceria com a Nestlé permite à NOVA Medical School contribuir com a sua experiência em nutrição para o desenvolvimento de produtos mais saudáveis e inovadores, enquanto apresenta uma oportunidade de aprendizagem única aos seus alunos de Ciências da Nutrição, podendo aplicar a sua experiência teórica num ambiente prático de competências adquiridas durante os 4 anos de curso e aquisição de competências nas áreas do negócio, empreendedorismo, gestão de prioridades e pressão empresarial, muito importante para preparação para o mercado de trabalho de hoje. Estamos entusiasmados para ver os resultados deste segundo ano."

O Projeto "Cereals for All" é único em Portugal e, em 2022, reuniu 14 alunos finalistas da Licenciatura em Ciências da Nutrição e várias equipas de desenvolvimento de produtos da Nestlé, com o objetivo de reforçar as competências dos alunos na inovação de produtos alimentares saudáveis e sustentáveis, à base de cereais, nutricionalmente adaptados a diferentes perfis de consumidores. A primeira edição do programa resultou em cinco projetos nas áreas de Saúde Infantil, Conveniência, Saúde Mental, Saúde da Mulher e Envelhecimento Ativo.

1 de março
A Bluepharma vai inaugurar no próximo dia 01 de março, pelas 11h45, em Coimbra, Eiras, uma unidade de produção de formas orais...

A cerimónia de inauguração conta com as presenças do Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, do Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva e do Presidente da Bluepharma, Paulo Barradas Rebelo.

No dia em que assinala o seu 22º aniversário, a Bluepharma dá mais um passo na estratégia de diferenciação e posicionamento único em Portugal e na Europa. Estamos perante um importante contributo para o desenvolvimento do país e da estratégia de reindustrialização da Europa.

 

Palestra da audiologista Katya Freire decorre a 8 de março, na UA
A exposição diária e continuada a níveis sonoros excessivos, fruto do desempenho profissional, coloca os músicos na linha da...

Na tribuna da iniciativa, que decorre no Auditório do Complexo de Ciências da Comunicação e Imagem da UA, a partir das 15h00, estará a especialista em audiologia Katya Freire, que é membro do Fórum Mundial de Audição da Organização Mundial de Saúde. O diagnóstico, a prevenção e os cuidados auditivos que os músicos devem adotar, para se protegerem e garantirem - na peugada - a qualidade das suas performances, são as linhas de força da sessão.

O primeiro Relatório Mundial sobre Audição, lançado em 2021 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estimava que um quarto da população global viverá com algum grau de perda auditiva em 2050, e que, a manter-se o atual cenário de prevenção e tratamento deste tipo de perda, pelo menos 700 milhões de pessoas precisarão de acesso a cuidados auditivos e outros serviços de reabilitação.

Na região europeia, a OMS considera que vivam atualmente 196 milhões de pessoas com um certo grau de deficiência auditiva. Se mais nada se fizer para contrariar a tendência, serão 236 milhões em 2050.

Este quadro fez a OMS lançar um alerta. E além de enfatizar que mais de mil milhões de pessoas entre 12 e 35 anos correm o risco de perder a audição devido à exposição em excesso à música alta, a Organização lançou a Norma Mundial para uma Audição Segura em ambientes e eventos sonoros.

“Ear and Hearing Care for All! Let's make it a reality” é o mote da campanha deste ano, que, uma vez mais, vem acompanhada das seis recomendações que a Organização Mundial da Saúde avançou para limitar o risco de perda auditiva, preservar o som de alta qualidade e, paralelamente, pugnar por uma experiência auditiva agradável: não ultrapassar a média máxima de 100 decibéis; monitorizar os níveis de som através de equipamento calibrado por especialistas; otimizar a acústica e os sistemas de som para garantir qualidade e segurança; disponibilizar proteção auditiva individual para o público, incluindo instruções de uso; criar acesso a zonas de silêncio para as pessoas descansarem os ouvidos e diminuir o risco de danos auditivos; e, por último, fornecer formação e informação aos funcionários.

Em média, avalia a OMS, o governo de cada país pode ter um retorno de quase 15 euros por cada euro que for investido nos esforços de minimização do impacto auditivo.

A participação na palestra sobre a saúde auditiva dos profissionais de música é gratuita, mas é necessária uma inscrição prévia (que deverá ser direcionada para o e-mail [email protected]).

Complexo cultural e, ao mesmo tempo, hotel com uma especial predileção pelo universo musical, o M.Ou.Co., recorde-se, dispõe de uma Clínica da Performance, que vai ao encontro das dores dos músicos, fundamentando-se em princípios da ergonomia e das ciências da performance. A unidade é coordenada por Flora Vezzá, especialista em Fisioterapia Preventiva e Ergonomia, membro do núcleo de Investigação & Desenvolvimento da Escola Superior de Saúde de Santa Maria, enquanto pesquisadora internacional convidada.

Tiny Trainers é a primeira ‘app’ para crianças com Atrofia Muscular Espinhal
Cerca de um ano depois de ter sido lançada, a primeira aplicação móvel para crianças com Atrofia Muscular Espinhal...

A Tiny Trainers é uma aplicação com jogos e com exercícios lúdicos concebidos para crianças com Atrofia Muscular Espinhal tipo 1 e tipo 2 entre os quatro e os sete anos de idade, mas que pode ser jogado por qualquer criança com outra doença neuromuscular ou mesmo sem qualquer patologia.

Os jogos da ‘app’ passam por cuidar de um animal de estimação virtual que vai tendo de ser alimentado e lavado. Os prémios vão sendo ganhos através dos exercícios propostos. O jogo reage ao movimento da criança através da câmera frontal do dispositivo móvel. 

Inicialmente com três jogos, a ‘app’ criada há um ano tem agora mais dois jogos, num total de cinco. O objetivo é sempre que as crianças façam exercício de uma forma mais divertida.

Andreia Rocha, Fisioterapeuta do Centro Materno Infantil do Centro Hospitalar Universitário do Porto, explica que “para participarem nas atividades é fundamental que as crianças se sintam motivadas. As crianças aprendem experimentando e interagindo. Tiny Trainers, um jogo pensado e desenvolvido para crianças com Atrofia Muscular Espinhal, pode ser um interessante complemento ao programa de fisioterapia de cada criança.”

A Tiny Trainers não tem o propósito de diagnosticar, prevenir, monitorizar ou tratar qualquer doença. Por isso mesmo, não deve fazer parte do regime de fisioterapia do doente, nem do seu tratamento médico, nem deve, de qualquer forma, substituí-los.

A ‘app’ foi desenvolvida pela Roche e pela Nordic Forest Games, em conjunto com fisioterapeutas e é uma ‘app’ sem anúncios, sem compras e com controlo por voz.

Pode descarregar a ‘app’ através da App Store ou da loja da Google Play, de forma gratuita.

 

Parceria para a Sustentabilidade e Resiliência dos Sistemas de Saúde (PHSSR) apresentou medidas para o SNS
Depois de, no âmbito da Parceria para a Sustentabilidade e Resiliência dos Sistemas de Saúde (PHSSR), um grupo de peritos...

O relatório da PHSSR, uma colaboração global entre organizações académicas, não-governamentais, de ciências da vida, saúde e empresas, criada em 2020 pela London School of Economics, pelo Fórum Económico Mundial e pela AstraZeneca, contou, em Portugal, com a coordenação de Mónica Oliveira, do Instituto Superior Técnico, e Aida Isabel Tavares, do Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade de Lisboa, que vão marcar presença neste debate, tendo a seu cargo a apresentação das Recomendações PHSSR sobre Investigação Clínica e Acesso à Inovação.

Susana Correia, vice-presidente da Comissão de Saúde; Catarina Resende Oliveira, presidente da Direção da AICIB – Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica; Heitor Costa, Diretor de Assuntos Institucionais de Inovação da APIFARMA e Rui Santos Ivo, presidente do Conselho Diretivo do INFARMED (a confirmar) tomarão a palavra para discutir as melhores formas de implementar, na prática, medidas que são unânimes entre os especialistas envolvidos para facilitar o acesso à inovação em Portugal.

As 43 recomendações para um sistema de saúde português mais sustentável e resiliente, em sete domínios, que resultaram de um consenso alargado de 37 peritos, podem ser consultadas aqui. O relatório, na sua totalidade, poderá ser consultado aqui. Para mais informações sobre a PHSSR: https://www.phssr.org/home

 

27 de fevereiro
A “Mamãs Sem Dúvidas” organiza mensalmente várias iniciativas dedicadas à grávida, sendo as aulas de atividade física uma das...

A próxima aula, online e gratuita, realiza-se no dia 27 de fevereiro às 18H30, com Susana Lopes, Professora de Yoga e fundadora do projeto Yoga & Maternidade.

A gravidez pode, em alguns casos, induzir falta de vontade ou receio de praticar exercício, no entanto está cientificamente provado que a prática de exercício, desde que devidamente acompanhado, tem diversos benefícios para a mãe e para o bebé.

A atividade física diminui a probabilidade de a mãe desenvolver patologias comuns como a diabetes gestacional e melhora a circulação sanguínea que favorece o transporte de nutrientes e oxigénio para o bebé através do cordão umbilical. A atividade física é também geradora de endorfinas, substância que promove o bem-estar.

As inscrições podem ser feitas em https://mamassemduvidas.pt/ciclo/

 

Oncologia
Embora seja um dos 10 tipos de cancro mais comuns em todo o mundo, de um modo geral, estamos pouco s

Mais frequente entre o sexo masculino, estima-se que todos os anos sejam diagnosticados cerca de 2 mil novos casos de cancro na bexiga. Apesar de as suas causas não estarem completamente esclarecidas, sabe-se que existem alguns fatores que predispõem o seu desenvolvimento, como é o caso do tabagismo. Segundo a oncologista, Joana Febra, “os fumadores apresentam 3 vezes mais probabilidade de vir a desenvolver cancro da bexiga”. Além do tabaco, acrescenta, “a idade também parece estar relacionada, com aumento do aparecimento da doença em idades superiores a 65 anos (em 70% dos casos), assim como o sexo masculino (3 a 4 vezes mais frequente do que no sexo feminino), a raça caucasiana (2 vezes mais frequente do que na raça negra) e a exposição a agentes químicos (como tintas, borracha, petróleo)”.

Por outro lado, há outros fatores a ter em conta como a história familiar/genética de cancro da bexiga, história de infeções crónicas da bexiga, alterações congénitas, assim como radioterapia prévia com atingimento pélvico.

Classificação

O cancro da Bexiga pode ser classificado quanto à “profundidade da invasão tumoral”:

  • cancro da bexiga não invasivo – onde as células cancerígenas se encontram apenas no revestimento interno da bexiga (corresponde a cerca de 70% de todos os casos)
  • cancro da bexiga que invade o músculo – quando o tumor avança até ou para além da camada de músculo da bexiga
  • cancro da bexiga metastizado – quando já existem células tumorais fora da bexiga.

No que diz respeito à classificação anatomopatológica dos tumores de bexiga, esta tem em conta o tipo de células que dão origem ao tumor:

  • carcinoma de células de transição (o mais frequente)
  • carcinoma de células escamosas
  • adenocarcinoma
  • carcinoma de pequenas células.

“Além disso, de acordo com o aspeto das células, existem três graus de malignidade, que indicam a rapidez com que o tumor pode crescer e espalhar-se: Baixo Grau; Grau Intermédio; e Alto Grau (são os mais agressivos e invasivos)”, explica a especialista em Oncologia Médica.

Sintomas

Embora a neoplasia da bexiga possa ter sintomas semelhantes a outras doenças, como por exemplo uma infeção, existem alguns sinais de alerta que nunca deve descurar:

  • presença sangue na urina (hematúria)
  • ardor ou dor miccional
  • sensação de esvaziamento incompleto
  • aumento da frequência miccional.

Para além destes, podem aparecer sintomas mais gerais como dor lombar, dor abdominal ou perda de peso inexplicável.

Diagnóstico

De acordo com a oncologista, “o cancro da bexiga pode ter sintomas semelhantes a outras doenças”. Deste modo, o diagnóstico requer uma história clínica detalhada, exame físico completo e a realização de exames complementares de diagnóstico apropriados, tais como:

  • análises gerais e à urina
  • citologia urinária
  • cistoscopia
  • biópsia
  • exames de imagem como ecografia, TAC ou ressonância magnética.

Tratamento

As opções terapêuticas disponíveis vão depender da fase em que o tumor se encontra quando diagnosticado:

  • cirurgia ou tratamentos intravesicais para tumores não invasivos
  • cirurgia, eventualmente tratamentos intravesicais e quimioterapia sistémica para tumores que invadem o músculo
  • quimioterapia sistémica, imuno-oncologia (imunoterapia) e, eventualmente, radioterapia para tumores metastizados.

Prognóstico

“O prognóstico do cancro da bexiga é variável, com taxas de sobrevivência que diminuem substancialmente com a progressão do tumor para além da bexiga”, revela Joana Febra, indicando que “nos casos de doença em estadios iniciais, a sobrevida poderá alcançar os 96% aos 5 anos. No entanto, um de cada 10 casos de cancro da bexiga já se disseminou à altura do diagnóstico, sendo a sobrevivência apenas de 5-6% aos 5 anos”.

Diagnosticar precocemente aumenta a sobrevida

O cancro da bexiga, apesar de não ser uma doença rara, não é muito falado nem discutido. Não existem rastreios para este tipo de neoplasia, mas é muito importante estar alerta sobre os seus fatores de risco. O aparecimento de algum sinal de alerta deve levar o doente a consultar o médico assistente, para realização do exame físico completo, seguido de exames auxiliares e encaminhamento para a consulta de especialidade. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dispositivos monitorizam tensão, oxigénio, glicose, peso e temperatura
O Projeto S@úde+Perto visa a telemonitorização de 500 doentes crónicos idosos da região centro, através de dispositivos de...

No âmbito desta iniciativa, foram distribuídos aos idosos, aos seus cuidadores, ou a equipas das Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) kits da Hope Care de medição de vários sinais biomédicos, como oxigénio, glicose do sangue, peso, temperatura ou tensão, ligados a uma plataforma que os recolhe e processa para análise. Qualquer dos valores que fuja a um intervalo, previamente definido como normal, emite um alerta monitorizado por um profissional de saúde. Este profissional avalia a situação do doente através de uma chamada ou videoconsulta, reencaminhando-o para o Hospital de Avelar ou propondo outro modo de atuação. Graças ao 5G da NOS, a conectividade e rapidez são garantidas em todo o processo, bem como a qualidade das teleconsultas, em tempo real.

O projeto – apoiado pelo Portugal 2020 e pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, através das Parcerias para o Impacto do Portugal Inovação Social – tem benefícios efetivos para os doentes ao evitar que tenham de recorrer a consultas de urgência ou internamentos no hospital de referência, neste caso o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), obrigando a deslocações incómodas, demoradas e que acarretam riscos de saúde por possíveis contaminações em contexto hospitalar. Por outro lado, os médicos que acompanham estes doentes passam a dispor de mais informação, melhorando eventuais diagnósticos e avaliações de terapias. Este sistema tem, ainda, vantagens para o Serviço Nacional de Saúde, pela redução dos custos financeiros relacionados com o transporte de doentes, internamentos e consultas desnecessárias, melhorando a qualidade de vida dos doentes.

Manuel Ramalho Eanes, Administrador da NOS, sublinha: "A saúde é uma das áreas estruturantes da sociedade que mais pode beneficiar com a introdução do 5G, enquanto impulsionador da inovação nos tratamentos e na aproximação e humanização dos cuidados de saúde. Através de projetos como este, de telemedicina, contribuímos para uma abordagem de prevenção e de tratamento das pessoas de uma forma contínua e não episódica, contribuindo para mais e melhores cuidados de saúde, melhor informação e mais eficiência. Por outro lado, numa altura em que, cada vez mais, nos deparamos com desafios associados ao envelhecimento da população, o 5G pode ajudar a alavancar soluções que permitam às pessoas viver com melhor qualidade durante mais tempo".

Luís Fareleiro da Fundação Nossa Senhora da Guia – Hospital de Avelar, comenta: “Entendemos a tecnologia como catalisador da mudança nos cuidados de saúde. A monitorização à distância dos pacientes crónicos através de dispositivos eletrónicos permite um melhor acompanhamento do doente e libertar os profissionais de saúde para seguir mais doentes de forma mais efetiva, reduzindo as idas às urgências e os internamentos hospitalares. Importa salientar o envolvimento do CHUC e do Agrupamento de Centro de Saúde do Pinhal Interior Norte (ACeSPIN), que desde a primeira hora demonstraram interesse e disponibilidade na participação ativa neste Projeto. Finalmente, a visão de rede e escala do Projeto fica demonstrada pelo envolvimento dos seis Municípios da região de intervenção do Projeto S@úde+Perto, que participam como Investidores Sociais e têm sido determinantes na viabilização do modelo de financiamento deste Projeto Demonstrador”.

Para José Paulo Carvalho, fundador da Hope Care, “a Saúde Digital é um veículo para permitir aos cidadãos terem um meio de acesso mais facilitado aos cuidados de saúde. A telemonitorização permite criar uma nova consciência de autocuidado, onde cada um gere e monitoriza o seu estado de saúde e partilha com os seus cuidadores. A partilha online desta informação cria uma nova forma de prevenção participativa, onde o cidadão se compromete com a gestão da sua saúde e os seus cuidadores podem acompanhar a evolução da saúde remotamente. É uma nova abordagem preventiva, participativa, colaborativa, onde cada um tem um papel fundamental no cuidado. O sistema de saúde passa de “Patient Centric”, onde o cidadão está no centro das atenções sem poder agir, para “Patient Partnership”, onde o cidadão participa com a cedência dos seus dados em tempo real, compreende a sua situação com o feedback das soluções digitais e participa na decisão sobre o seu estado de saúde com os cuidadores e em casa. Esta mudança de conceito permite criar o Hospital em Casa, acessível, participativo e responsável. Isto é o que se pretende criar com o S@úde+Perto”.

Esta iniciativa teve início em junho de 2022, prevendo-se um período inicial de avaliação de 15 meses. Acompanha idosos com patologias crónicas, como insuficiência cardíaca, doenças pulmonares, diabetes, hipertensão, ou doentes multicrónicos, residentes em concelhos mais rurais e de baixa densidade populacional cujo índice de envelhecimento se encontra muito acima do índice de envelhecimento nacional: Ansião, Alvaiázere, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pedrogão Grande e Penela. Estes doentes têm vindo a ser seguidos no CHUC ou no ACeSPIN.

ADIFA recebida em audição pela Comissão Parlamentar de Saúde
A ADIFA – Associação de Distribuidores Farmacêuticos considera urgente implementar as medidas anunciadas pelo Governo no...

Presente hoje em audição na Comissão Parlamentar de Saúde sobre as faltas de medicamentos nas farmácias, a associação que representa os distribuidores farmacêuticos propôs ainda a implementação de um sistema integrado de alerta prévio e de monitorização de escassez e de harmonização das origens de faltas de medicamentos.

Este mecanismo deve envolver as autoridades e todos os agentes do setor do medicamento com vista a assegurar o correto abastecimento de medicamentos a nível nacional e avaliar o nível de serviço dos agentes e a satisfação da procura por parte dos doentes.

Nuno Flora, Presidente da ADIFA, salienta que “As recentes medidas do Governo traduzem-se em avanços e refletem abertura para resolver um problema que se tem vindo a intensificar. Antecipamos, contudo, que não sejam suficientes para colmatar os problemas de abastecimento a nível nacional e, por isso, acreditamos que este seja apenas o primeiro passo do Governo para melhorar, de forma sustentada, a competitividade das empresas que atuam na área farmacêutica.”

A associação defendeu ainda um conjunto de outras medidas para apoiar o setor da distribuição farmacêutica, que ficou muito afetado com a subida dos custos associados à inflação e o aumento dos preços dos combustíveis e energia, que se sucedem há mais de um ano.

Nesse sentido, a ADIFA apresentou três propostas de forma a assegurar a competitividade e o regular abastecimento do mercado nacional, nomeadamente: (i) continuar a valorizar e acompanhar o preço dos bens e serviços na área do medicamento, (ii) consagrar legalmente a diferenciação da atividade de distribuição farmacêutica de serviço completo, com deveres e direitos próprios, condizentes com a sua natureza e nível de especialização, e (iii) reconhecer a distribuição farmacêutica como infraestrutura crítica nacional, por via da sua inclusão nos planos de proteção civil e demais regulamentação.

Para a associação, deve existir uma clara distinção entre os distribuidores farmacêuticos de serviço completo que asseguram o abastecimento contínuo de medicamentos e produtos de saúde, de outros agentes que se dedicam à atividade de distribuição de produtos ou segmentos específicos.

Para o Presidente da ADIFA, “Nunca foi tão evidente a importância da distribuição farmacêutica nacional como nestes últimos anos, em que, a uma situação de crise de saúde pública se somou uma crise energética, e os distribuidores farmacêuticos de serviço completo fizeram sempre chegar a todos os cidadãos os medicamentos e outras tecnologias de saúde de que necessitavam”, acrescenta.

Igualmente importante, no âmbito do acesso dos portugueses ao medicamento, será a implementação do regime de dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade aos doentes. Mais concretamente, para a ADIFA, a disponibilização de medicamentos para tratamento de diversas patologias que atualmente são apenas dispensados em meio hospitalar nas farmácias comunitárias é uma medida que oferece benefícios às unidades hospitalares, aos doentes e seus cuidadores, contribuindo para uma melhor gestão da terapêutica do doente e poupando recursos ao SNS e às famílias.

23 e 28 de fevereiro
No primeiro ano de vida dos bebés existem vários acontecimentos que apanham os pais de surpresa, principalmente os de primeira...

Uma das grávidas inscritas nestas sessões online vai receber um prémio especial que pode fazer toda a diferença na rotina doméstica durante esta nova fase: um robot de cozinha Chefy 6 da Miniland. As inscrições gratuitas estão disponíveis na plataforma e dão ainda acesso a um conjunto de descontos dos parceiros da iniciativa.

As cólicas, tão comuns em bebés, trazem muito desconforto, fazendo-os chorar horas a fio. Perante a dor dos pequenos, muitos pais acabam por se sentir desamparados e confusos. Para ajudar a atuar nestas situações, a enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia Teresa Coutinho vai partilhar, na sessão de 23 de fevereiro, pelas 17 horas, dicas para gerir os desconfortos abdominais do bebé.

É também durante este primeiro ano que se desenvolvem as habilidades motoras a um ritmo acelerado: além de aumentar a estatura e o peso, aprende a sustentar a cabeça, a sentar, a ficar em pé, a gatinhar e, até mesmo, a começar a andar. A FisioKids também estará presente no evento online para falar sobre estas mudanças dos 0 aos 12 meses.  

Um dos aspetos cruciais para o desenvolvimento do bebé é o sono, cujos padrões variam consoante as diferentes fases: um recém-nascido necessita de dormir mais tempo do que um bebé de um ano. No dia 28 de fevereiro, pelas 17 horas, a psicóloga pediátrica Clementina Almeida vai desmistificar os principais mitos sobre o sono do bebé e dar a conhecer as melhores práticas.

Ainda neste dia, a enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia Clara Aires vai falar sobre os sinais de início de trabalho de parto.

A Crioestaminal vai marcar também presença, nas duas sessões online, com a conselheira em células estaminais Joana Gomes, que vai dar a conhecer os tratamentos possíveis com células estaminais do cordão umbilical do bebé, e a técnica de laboratório Marta Batista, que vai abrir as portas do laboratório da Crioestaminal para mostrar onde estas células ficam guardadas.

 

 

11 de março
No próximo dia 11 de março, a Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS) realiza o Best Of 2022, no Hotel Quinta das Lágrimas, em...

A iniciativa conta com a participação de especialistas nas áreas da Imagiologia Mamária, Oncologia, Cirurgia, Radioterapia e Anatomia Patológica.

Para José Carlos Marques, Presidente da SPS, “esta é já uma reunião que a SPS desenvolve há vários anos e tem sido sempre muito participada. Mais uma vez pretendemos selecionar os artigos mais recentes e representativos e levá-los a discussão, num fórum entre pares, mas interdisciplinar”.

Consulte aqui o programa na íntegra.

 

1as Jornadas de Patologia Mamária
Com o propósito de juntar profissionais de saúde da região para discutir o diagnóstico e tratamento da patologia mamária - em...

O cancro da mama é a neoplasia mais frequente da mulher, sendo, anualmente, detetados cerca de 7000 novos casos em Portugal. Margarida Coiteiro, ginecologista-obstetra no Hospital CUF Sintra e no Hospital CUF Cascais, parte da Comissão organizadora destas Jornadas, alerta que “é fundamental continuar a partilhar conhecimento e a discutir estratégias, articuladas entre Unidades de Saúde de Cuidados Primários e Unidades da Mama, que motivem uma resposta cada vez mais célere no diagnóstico e tratamento de pessoas com cancro da mama.”

“Senologia: A Arte de Tratar a Mama” é o mote destas jornadas, onde se pretende promover a formação contínua dos profissionais de saúde e, consequente, reforço da qualidade dos cuidados prestados à população. 

O programa desta primeira edição, preparado pela Unidade da Mama do Hospital CUF Sintra e Hospital CUF Cascais, contempla uma abordagem multidisciplinar da patologia da mama, evidenciando o papel dos especialistas de Medicina Geral e Familiar, de Imagiologia e de Anatomia Patológica, Cirurgiões, Oncologia Médica, Radioterapia e todas as valências de apoio ao bem-estar do doente com cancro da mama. Entre os temas em discussão estão: a “Patologia mamária benigna”; e o “Cancro da Mama” - desde a sua prevenção, ao diagnóstico, passando pelo impacto psicossocial e evolução da terapêutica.

O evento requer inscrição através deste link, onde também é possível consultar o programa. 

 

Apresentação decorre a 2 de março
Globalmente, existem 38% de mulheres em lugares de topo na Saúde, área em que 75% da força total de trabalho é feminina....

No evento, aberto a toda a sociedade, será apresentada a iniciativa e ainda um estudo inédito sobre a realidade da liderança feminina no sector da saúde em Portugal. Haverá ainda espaço para reflexão sobre esta temática e apresentação de ideias práticas a implementar neste âmbito.

O Movimento Life - Liderança no Feminino na Saúde pretende ser uma iniciativa contínua para conduzir a uma mudança de comportamentos e ações que contribuam para uma maior paridade na liderança no setor da Saúde. Além disso, pretende-se, com a mesma iniciativa, a médio e longo prazo, caminhar para uma sensibilização das desigualdades na saúde das mulheres, em prol de uma saúde melhor para todos.

Esta é uma iniciativa conjunta de Faces de Eva. Estudos sobre a Mulher/CICS.NOVA (NOVA FCSH) e da Roche mas que agrega mais de 30 embaixadoras que quiseram juntar-se a este Movimento.

 

 

 

Técnica cirúrgica realizada apenas em escassos alguns médicos mundiais
No passado dia 7 de fevereiro a equipa de Urologia da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) realizou uma...

Os médicos urologistas Rui Dinis e Miguel Cabrita realizaram uma Cistoprostatectomia Radical com Linfadenectomia Pélvica e Derivação Urinária Cutânea - Conduto Ileal de Bricker Totalmente Intra Corpórea por Laparoscopia.

Trata-se de uma técnica cirúrgica já utilizada no tratamento do cancro da bexiga invasiva, porém a inovação foi ter sido realizada na integra com recurso a cirurgia minimamente invasiva – via Laparoscopia.

O uso desta técnica cirúrgica Laparoscopia é realizada apenas em escassos centros médicos mundiais.

Esta cirurgia de elevada diferenciação técnica foi possível graças ao trabalho conjunto de todos, equipa de anestesia, equipa da UCI, enfermeiros e auxiliares de ação medica.

O Conselho de Administração parabeniza todos os envolvidos nesta cirurgia, com especial destaque para os médicos urologistas Rui Dinis e Miguel Cabrita, e orgulha-se pela realização desta técnica cirúrgica na ULSLA que regista o seu nome e o dos seus profissionais no progresso da medicina.

 

 

Projeto Move4ASD
O Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC) da Faculdade de...

Denominado Move4ASD, o projeto é desenvolvido em parceria com o Instituto de Imagem Biomédica e de Investigação Translacional de Coimbra (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra e com a Universidade de Oxford, Reino Unido, e pretende «utilizar abordagens tecnológicas baseadas em metodologias de inteligência artificial para caracterizar o autismo através da análise de tarefas de imitação», revela João Ruivo Paulo, investigador do ISR e coordenador do projeto na FCTUC.

Este projeto, prossegue, «estuda a hipótese de que, nos indivíduos diagnosticados com autismo, o mecanismo de aprendizagem designado neurónio-espelho está alterado, em relação a indivíduos saudáveis. Assim, acredita-se que a aprendizagem de atividades motoras, como andar e dançar, e outras atividades de interação social, possam ser mal interpretadas por indivíduos diagnosticados com esta condição».

De acordo com João Ruivo Paulo, o Move4ASD vai analisar dados neurofisiológicos e comportamentais, captados através de eletroencefalografia (EEG) e movimento tridimensional. «Estes dados serão processados por técnicas de aprendizagem

máquina para descobrir distinções entre indivíduos saudáveis e participantes do grupo clínico. Através desta diferenciação entre grupos será possível identificar biomarcadores neurofisiológicos de padrões motores ainda pouco compreendidos, explica o coordenador do projeto.

Com esta investigação, a equipa acredita que «será possível contribuir para um melhor conhecimento do autismo, no que diz respeito ao sistema neurónio-espelho, podendo no futuro desenvolver-se uma ferramenta automática para identificar estes biomarcadores, que por sua vez, pode conduzir a uma caracterização otimizada destas perturbações».

Neste sentido, e para firmar uma colaboração com a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA), vários jovens da APPDA de Coimbra realizaram uma visita ao ISR, na qual tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido pelo Instituto e de interagir com robôs, realizar jogos interativos e ainda, conhecer o projeto Move4ASD.

Segundo a equipa do Move4ASD, «esta colaboração será essencial para se desenvolver conhecimento científico relevante no âmbito destas perturbações de desenvolvimento».

Este projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), envolve, além do investigador João Ruivo Paulo e dos professores Paulo Menezes e Gabriel Pires, do DEEC/ISR, o professor Miguel Castelo Branco e Teresa Sousa, do CIBIT/ICNAS, bem como, Tingting Zhu, investigadora da Universidade de Oxford.

Programa "LeapUp"
A AbbVie acaba de lançar o programa de inovação aberta “LeapUp”. Dirigido a startups, este programa pretende promover e...

A inovação tecnológica tem alterado profundamente a prática clínica e a relação entre profissionais de saúde e doentes. Consciente desta realidade e do seu papel no ecossistema da saúde, a AbbVie lança esta iniciativa com o objetivo de criar as condições necessárias para o desenvolvimento e sucesso destes novos projetos.

Este programa surge no momento em que a AbbVie assinala o seu 10º aniversário. Uma companhia que se tem destacado pelo seu compromisso com as pessoas, tendo sido reconhecida pelo Great Place to Work Institute como uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal, e a segunda na categoria de empresas com 101 a 500 colaboradores, em 2022. Este foi o nono ano consecutivo em que foi reconhecida. A nível mundial conta com cerca de 50.000 colaboradores em 70 países diferentes, mantendo o foco na inovação e na procura de soluções para necessidades não satisfeitas. 

Desenvolvida em parceria com o Nova SBE Co.Innovation Lab, que é parte integrante do Nova SBE Innovation Ecosystem, a iniciativa procura soluções inovadoras que possam ser aplicadas em quatro áreas terapêuticas: dermatite atópica, doença inflamatória intestinal, linfoma e enxaqueca. Os candidatos deverão responder a desafios para qualquer uma destas áreas, que permitam:

  • melhorar a experiência dos profissionais de saúde no acesso à informação, com impacto direto na vida do doente;
  • otimizar a jornada do doente, acelerando o processo de diagnóstico, referenciação e tratamento, permitindo o acesso aos melhores cuidados de saúde;
  • alertar para a doença e empoderar o doente, através da literacia em saúde, permitindo o mais rápido acesso ao especialista e a informação sobre a sua condição e tratamento;
  • ter acesso a dados de vida real e value based healthcare, com agregação de dados clínicos que permitam uma tomada de decisão mais informada sobre diferentes terapêuticas.

De acordo com o diretor-geral da AbbVie, Antonio Della Croce, “fazemos parte do ecossistema da saúde, com o objetivo de dar resposta às necessidades não atendidas dos doentes. Este compromisso vai além do desenvolvimento de fármacos inovadores, leva-nos a procurar melhorar a experiência e o acesso à informação de profissionais de saúde e doentes, tendo um impacto real nas suas vidas. Com este projeto, de inovação tecnológica, queremos criar oportunidades para novos parceiros darem o seu contributo para a melhoria da gestão da doença”.

Já Rui Coutinho, Diretor Executivo do Nova SBE Innovation Ecosystem, realça a importância da inovação aberta como forma de potenciar essas novas oportunidades: “Os programas de inovação aberta com startups são uma das quatro linhas de atuação do Nova SBE Innovation Ecosystem. Acreditamos que a convergência de interesses mútuos e conhecimento entre empresas e startups disruptivas, tem um papel catalisador nestes diferentes atores. A escola tem um papel fundamental a desempenhar neste sentido, disponibilizando um ambiente seguro e controlado para a experimentação e livre circulação de ideias orientadas a resultados económicos e sustentáveis”.

As candidaturas estão abertas até ao dia 21 de abril de 2023. Mais informações podem ser consultadas aqui.

Estudo do Politécnico de Coimbra lançado livro
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) lança, hoje, às 16h00, o 27º volume da coleção...

A investigação permitiu confirmar que as pessoas que vivem com perda auditiva severa a profunda têm maior probabilidade de ter problemas de equilibro/vertigem. “A maioria dos candidatos à realização de Implante Coclear (IC) apresentou um comprometimento da função vestibular e um défice no desempenho no equilíbrio postural”, explica a investigadora, concluindo-se assim que “a perda auditiva de grau profundo está a associada a um comprometimento da função vestibular”.

A realização de cirurgia de implante coclear tem impacto na função vestibular, com consequências distintas consoante a sintomatologia prévia dos indivíduos: as pessoas que já apresentam alterações no sistema vestibular antes da cirurgia podem piorar após a intervenção cirúrgica; já os indivíduos que não apresentam sintomas de vertigem antes da cirurgia revelam melhorias no equilíbrio após a colocação de IC.

“A ocorrência de sintomas vestibulares antes da cirurgia é indicativa da sua presença após a intervenção cirúrgica, com maior agravamento da intensidade, durante a primeira semana”, descreve a investigadora, explicando que órgãos otolíticos são as estruturas mais afetadas com a intervenção cirúrgica, seguidos do canal semicircular horizontal, principalmente no ouvido implantado. Ainda assim, a realização de reabilitação vestibular iniciada duas semanas após a cirurgia ajudou a melhorar o desempenho do equilíbrio postural e a qualidade de vida dos indivíduos, o que sugere que esta terapia acelera os mecanismos relacionados com a compensação vestibular.

O facto de os indivíduos que não apresentavam sintomas vestibulares terem melhorado o seu equilíbrio postural após a cirurgia indica, por sua vez, que o processo de compensação vestibular se inicia logo após a ativação do IC, explica Inês Araújo.

A investigação “Os Efeitos da Cirurgia de Implante Coclear no Sistema Vestibular e no Equilíbrio Postural” foi realizada no âmbito da tese de doutoramento de Inês Araújo, apresentada à Universidade de Coimbra. O trabalho resulta da realização de três estudos: dois deles aplicados a uma amostra de indivíduos, de ambos os sexos, com perda auditiva bilateral severa a profunda, submetidos à cirurgia de IC unilateral; e um terceiro estudo realizado com uma amostra de indivíduos que apresentavam sintomas vestibulares com duração superior a duas semanas após a intervenção cirúrgica.

O Implante Coclear

O implante coclear é uma opção terapêutica para reabilitar indivíduos com perda auditiva, que não beneficiam do uso de aparelhos auditivos convencionais. Este implante estimula diretamente o nervo auditivo, com o objetivo de proporcionar sensação auditiva e compreensão da fala. Segundo a literatura, pelo facto de os sistemas vestibular e coclear partilharem a mesma origem anatómica e embriológica, existe uma estreita relação entre a perda de audição e a deterioração da função vestibular, mesmo antes da cirurgia de IC. Apesar do IC não interferir diretamente com o sistema vestibular, são vários os estudos que mencionam a incidência de sintomas vestibulares e a modificação do funcionamento do sistema vestibular após a cirurgia.

 

Saúde e bem-estar
Sabia que viver numa casa feliz é sinónimo de melhoria da saúde mental e da qualidade do sono?

Da decoração às pequenas rotinas, partilhamos 10 dicas para que possa tornar a sua casa num espaço mais feliz:

1. Colocar plantas: é tão bom ter espaços verdes em casa. As plantas ajudam não só a aumentar o bem-estar, como também a captar carbono - um benefício para o planeta.

2. Dar personalidade aos espaços: através de novas peças de decoração, dê à sua casa outra identidade, que corresponda melhor à sua personalidade.

3. Utilizar novas fragâncias: o olfato, além de ser o sentido mais apurado, tem a capacidade de despertar emoções positivas. Existem determinadas fragrâncias que potenciam o estado de felicidade como, por exemplo, a alfazema. Velas aromáticas ou incenso poderão também ser boas opções.

4. Fazer a cama de manhã: fazer a cama durante o período da manhã é uma forma de começar o dia com mais energia e felicidade, dado que promove uma sensação de organização e contribui para uma mente mais calma.

5. Limpar e organizar a casa: manter a casa limpa e organizada não só é mais saudável como oferece uma sensação de maior conforto.

6. Luz natural: abrir as persianas ou cortinados e deixar a luz entrar – se tiver poucas janelas, porque não colocar espelhos perto da janela, criando um ângulo perpendicular que fará com que a luz solar reflita mais intensamente em toda a divisão.

7. Manter as superfícies com poucos objetos: tentar manter todas as superfícies com poucos objetos dá um ar minimalista e evita a sensação de desarrumação e desorganização.

8. Praticar ioga em casa: é uma atividade muito ligada à saúde mental e, por consequência, ao conceito de felicidade no geral.

9. Beneficiar de atividades em conjunto: no caso de viver perto da família ou amigos, opte por realizar atividades em conjunto - jogos de tabuleiro ou puzzles são sempre uma boa ideia.

10. Criar uma parede de gratidão: tirar alguns minutos da rotina para pensar naquilo pelo qual está grato, é um fator-chave para a saúde mental. Basta escolher um local e começar a escrever os temas em relação aos quais está grato em post-its.

Estar feliz em casa é um passo determinante para estar e ser feliz na vida. A casa é o seu refúgio e, ao seguir estas dicas, será mais fácil alcançar a felicidade plena.

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
23 de fevereiro
Pela primeira vez este ano, a GS1 Portugal, organização neutra, sem fins lucrativos, responsável pela implementação de...

Além de contextualizar o tema e o papel da GS1 Portugal na garantia de qualidade da informação contida na rotulagem, a formação permitirá aos participantes entender o enquadramento legal (nacional e europeu) de rotulagem de géneros alimentícios e conhecer as referências obrigatórias a incluir num rótulo alimentar, nomeadamente, a gestão de alérgenos, as regras de elegibilidade e o conceito de venda à distância.

Esta formação destacará os benefícios da codificação e da rastreabilidade dos produtos ao longo de toda a cadeia de valor. Além disso, serve também para dar a conhecer aos participantes a utilidade dos serviços disponibilizados pela GS1 Portugal.

Para informação adicional e inscrição nesta formação, por favor preencher o formulário ou, em alternativa, contactar a GS1 Portugal - [email protected].

 

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