Dia 23 de maio
No dia 23 de maio, às 17 horas, a GSK e o Jornal Público organizam a conferência ‘Desafios em Saúde: a prevenção como...

A conferência decorre no auditório do Jornal Público e inclui uma homenagem a Graça Freitas, Diretora-Geral da Saúde em gestão, sendo encerrada pelo Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, podendo ser acompanhada em live streaming nas páginas de Youtube ou Facebook do jornal Público.

“A GSK tem o compromisso de impactar positivamente a saúde das pessoas: 2,5 mil milhões de vidas até 2030, para ser mais preciso. Nesse sentido, procuramos com esta iniciativa sublinhar a necessidade de uma reflexão estratégica e concertada da nossa sociedade relativamente a um dos maiores desafios em saúde da atualidade: as mudanças sociodemográficas que Portugal e a maioria dos países da Europa enfrentam. O envelhecimento da população, com os problemas de saúde decorrentes, exigem que os sistemas se tornem mais resilientes e devidamente capacitados para responder de forma efetiva a esses desafios. Acreditamos que a partilha de boas práticas entre geografias, nomeadamente sobre as lições aprendidas com a pandemia e a importância da prevenção, podem e devem ser um ponto de partida para uma discussão frutífera sobre o que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida da nossa população, destacando a importância da prevenção”, explica Maurizio Borgatta, Diretor-Geral da GSK em Portugal.

Espera-se que esperança média de vida aumente 4,4 anos até 2040, quando comparada com a de 2016, segundo o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME), sendo que a tendência é para que a proporção de população envelhecida continue a aumentar ao longo do tempo.

O envelhecimento saudável e uma longevidade com qualidade são fatores críticos para o progresso social e económico das nações. A vacinação tem, para isso, um papel fundamental, ao contribuir para a proteção da população mais vulnerável. Ao reduzir ou eliminar doenças infeciosas graves, as vacinas são consideradas um dos avanços mais importantes da medicina moderna e uma das intervenções de saúde pública mais custo-efetivas. Efetivamente, mais de 1,5 milhões de mortes poderiam ser evitadas melhorando a cobertura de vacinação global, apontam os dados apurados pela Vaccines Europe. Estima-se, ainda, que a imunização salve até 5 milhões de vidas em todo mundo, por ano. Atualmente, as vacinas protegem as pessoas de 17 doenças ao longo da sua vida, para que possam viver mais e com melhor qualidade. 

Os mesmos dados indicam que, 1 euro investido na vacinação de adultos acima dos 50 anos, tem um impacto positivo de 4 euros na economia, durante o período de vida restante dos mesmos. Além disto, vacinar um indivíduo contra até 17 doenças ao longo da sua vida tem um custo estimado de 3,395€ (incluindo custos administrativos), um custo muito inferior ao da maioria das intervenções preventivas secundárias feitas de forma massiva.

Atividade eletiva invasiva de ambulatório
Após pandemia e obras de requalificação profundas no polo Hospital Geral (HG) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ...

O momento do reinício da atividade será assinalado pelas 11 horas e contará com a presença do Diretor Clínico e da Enfermeira Diretora do CHUC, Nuno Deveza e Áurea Andrade, respetivamente.

Lino Gonçalves, Diretor do Serviço de Cardiologia do CHUC, dá conta que “a requalificação deste polo foi feita com base numa estratégia de complementaridade com os HUC-CHUC, polo onde preferencialmente serão admitidos os doentes agudos e complexos, dada a sua proximidade com o Serviço de Cirurgia Cardiotorácia. Para o polo HG-CHUC serão encaminhados os doentes de ambulatório, que necessitem de realizar técnicas diferenciadas e inovadoras, de baixo risco, nas áreas da cardiologia de intervenção estrutural e da arritmologia.”

O Diretor do Serviço de Cardiologia prossegue dando nota de que “o serviço passa a dispor no polo HG-CHUC, de sete camas de recobro para uso após os procedimentos invasivos, cinco camas de receção antes dos procedimentos e ainda de duas salas totalmente renovadas, uma para ecocardiografia avançada (transesofágico, ecocardiografia de sobrecarga, speckle tracking, strain e 3D) e uma segunda sala para recobro após estes procedimentos de imagem diferenciada, o que significa que todos os doentes estarão continuamente monitorizados durante a sua permanência no Serviço.”

Estas obras de requalificação, para além de permitirem a redução da lista de espera para a realização de procedimentos invasivos e diferenciados de cardiologia no CHUC, vão contribuir para melhorar a qualidade do atendimento e a segurança dos doentes e dos profissionais de saúde.

Criado parecer
O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) analisou as implicações éticas suscitadas pelo uso off-label de...

O uso off-label de um medicamento refere-se a situações em que este é usado intencionalmente para uma finalidade médica, em condições não conformes com os termos da autorização de comercialização.

O Conselho recomenda que o uso off-label de medicamentos se paute por procedimentos padronizados a nível nacional, quer no que respeita à sua avaliação prévia nos planos técnico-científico e ético por parte de comissões especializadas, quer no que respeita à obtenção do consentimento informado do doente. No momento da prescrição, o médico deve sempre assegurar-se de que a informação foi transmitida com eficácia e as premissas compreendidas, de modo que a decisão do doente ou do seu representante legal seja verdadeiramente informada. Aquando da dispensa do medicamento, o farmacêutico deve informar o doente ou o seu representante legal sobre a correta utilização off-label do medicamento e contribuir para promover a segurança e a efetividade da terapêutica.

O CNECV recomenda que o uso off-label de medicamentos seja restringido às situações em que, no conjunto dos medicamentos com Autorização de Introdução no Mercado, não exista um aprovado para a situação clínica do doente. Esta utilização deve apoiar-se em prova científica credível, permitindo perspetivar resultados terapêuticos com uma relação benefício/risco favorável para o doente, e ser custo-efetiva, devendo ainda ser sempre instituída uma farmacovigilância ativa.

O CNECV identificou três situações distintas de uso off-label de medicamentos na prática clínica em Portugal, que configuram níveis de risco também distintos e justificam a adoção de abordagens e procedimentos diferenciados, de exigência ética proporcional ao seu crescente grau de incerteza e risco. Quando o uso off-label de um medicamento é apoiado em prova clínica reconhecida e se encontra plenamente instituído na prática clínica justifica-se que a sua utilização e os protocolos terapêuticos que a prevejam sejam objeto de procedimentos de aprovação simplificados. Quando respeita a um uso off-label pontual, num doente específico, de medicamentos presentes no mercado há vários anos, impõe-se que a avaliação prévia seja realizada caso a caso, tendo em conta a prova científica disponível e a condição clínica do doente. Por fim, quando o uso off-label envolve medicamentos inovadores no tratamento de doentes específicos, impõe-se igualmente que a avaliação prévia seja realizada caso a caso. Além disso, sendo os medicamentos inovadores em regra dispendiosos, impõe-se também que seja analisado o seu valor terapêutico acrescentado e o seu perfil de custo-efetividade.

No seu parecer, o CNECV recomenda que a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica assuma um papel ativo neste domínio, pronunciando-se sobre as diferentes utilizações off-label praticadas diariamente em Portugal, não somente a nível hospitalar, como também em ambulatório, sem prejuízo do importante papel já desempenhado pelas comissões de farmácia e terapêutica e pelas comissões de ética dos hospitais.

No que respeita ao ambulatório, o CNECV recomenda que as comissões de farmácia e terapêutica e as comissões de ética das Administrações Regionais de Saúde assumam responsabilidades de avaliação do uso off-label de medicamentos em condições equiparáveis ao contexto hospitalar.

Também as Ordens profissionais dos médicos e dos farmacêuticos, no âmbito da sua missão reguladora das boas práticas profissionais, devem assumir um papel mais ativo em matéria de uso off-label de medicamentos, nomeadamente pronunciando-se e emitindo recomendações, nos planos técnico-científico, deontológico e ético.

Por fim, o CNECV recomenda a criação de uma plataforma eletrónica dedicada ao uso off-label de medicamentos, em que sejam registados os usos off-label de medicamentos, bem como os respetivos efeitos positivos e negativos, e com interoperacionalidade com os demais sistemas de informação em saúde.

O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) aprovou, por unanimidade, o Parecer Nº 123/CNECV/2023 sobre o uso off-label de medicamentos que pode consultar aqui.

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Neurofibromatose (NF)
Assinala-se hoje o Dia Mundial da Neurofibromatose (NF), designação dada a um conjunto de três doenças genéticas raras –...

Em Portugal, estimam-se em cerca de 4.000 os portadores de Neurofibromatoses (NFs), ainda que nem todos estejam diagnosticados, com um número aproximado de 500 crianças em idade escolar. Surgem, por ano, cerca de 40 novos casos desta condição no nosso País.

Em 2000, foi fundada a APNF – Associação Portuguesa de Neurofibromatose, fruto da iniciativa de um grupo de doentes, profissionais de saúde, familiares e amigos, direta ou indiretamente relacionados com as NFs.

A APNF é uma IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, cujo objetivo primordial é reduzir o mais possível o impacto destas doenças na vida das pessoas afetadas, desenvolvendo as suas atividades e linhas de apoio direcionadas à comunidade NF de forma tendencialmente gratuita, ou com condições especiais, através de parcerias, donativos e patrocínios.

Neurofibromatoses podem afetar qualquer pessoa

As Neurofibromatoses são doenças crónicas, ainda sem cura, que podem ser herdadas de um progenitor portador ou surgir de novo, devido a uma mutação espontânea (cada possibilidade ocorre em 50% dos casos). Ou seja, podem afetar qualquer pessoa, independentemente da idade, etnia, género ou história familiar, impactando a vida dos pacientes a nível familiar, social, escolar e laboral.

As NFs predispõem para o desenvolvimento de tumores em todo o corpo, podendo provocar problemas de visão e audição, dificuldades de aprendizagem, deficiências e deformidades ósseas. Podem envolver dor física e emocional, afetação das capacidades motoras e cognitivas, constrangimentos decorrentes da aparência física, estigma/discriminação e incerteza em relação à evolução da doença.

Estas doenças exigem elevada monitorização e um acompanhamento médico regular por parte de um corpo interdisciplinar de clínicos de várias especialidades: Neurologia,

Dermatologia, Neuroftalmologia, Genética, Psicologia, Cardiologia, Endocrinologia, Otorrinolaringologia, entre outras.

Movimento global de sensibilização

Maio é o mês dedicado à consciencialização para a Neurofibromatose a nível mundial. Todos os anos, a 17 de maio, o evento ‘Shine a Light on NF’, dinamizado pela Children’s Tumor Foundation, organização líder na investigação em NF, procura sensibilizar para estas doenças genéticas raras através da iluminação de monumentos e outros edifícios/infraestruturas com as cores representativas da NF – azul e verde.

Maio é, também, o mês do Encontro Anual da APNF, um momento de partilha de informação e conhecimento sobre temas diversos relacionados com as Neurofibromatoses, que proporciona, igualmente, a confraternização e partilha de experiências entre pacientes, familiares e amigos.

O programa da 20.ª edição, agendada para dia 20, inclui o primeiro encontro médico-científico organizado pela APNF – NF Horizons –, que irá juntar investigadores, médicos e outros profissionais de saúde dedicados às NFs. O keynote speaker será o Professor Eric Legius, médico e geneticista natural de Leuven, Bélgica, com um percurso de investigação centrado na Neurofibromatose (em especial, na Neurofibromatose tipo 1 – NF1) e noutras doenças genéticas, como a síndrome de Legius e a síndrome de Noonan.

A relação com as doenças cardiocerebrovasculares
A principal causa de morte a nível mundial são as Doenças cardiocerebrovasculares (DCCV), das quais

Provavelmente de maior relevância é o facto de as DCCV serem também uma das principais causas de morte prematura, isto é, aquela a que acontece antes dos 70 anos (calcula-se que possam reduzir em 12-14 anos a esperança de vida em Portugal).

Para além desta elevada mortalidade, as DCCV são responsáveis por um elevado número de internamentos hospitalares (com todas as consequências pessoais, familiares e também económico-sociais) e são uma das mais importantes causas de incapacidade, não raramente deixando os doentes com elevado grau de dependência de outras pessoas para as atividades básicas do seu dia-a-dia (alimentarem-se, vestirem-se, cuidarem da sua higiene, etc.).

De entre os fatores de risco para o aparecimento e progressão das DCCV e particularmente para o AVC (principal causa de morte em Portugal: cerca de 2/3 de todas as mortes por DCCV) destaca-se a Hipertensão Arterial (HTA) definida como pressão arterial maior ou igual a 140/90 mmHg.

A HTA (presente em mais de 40% de todos os portugueses adultos) foi definida há mais de 3 décadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “assassino silencioso” visto que, na grande maioria dos doentes, não provoca sintomas específicos durante muitos anos, sendo muitas vezes descoberta apenas quando surgem as dramáticas complicações (AVC, EAM, Insuficiência Renal grave, etc.).

Mas há boas notícias, visto que hoje está claramente demonstrado que o diagnóstico precoce e o consequente tratamento correto e atempado da HTA são capazes, de forma bem marcada, de reduzir o risco de desenvolver DCCV, de atrasar o seu eventual aparecimento e diminuir a gravidade das suas terríveis consequências.

O primeiro passo é, naturalmente fazer o diagnóstico (25% dos portugueses com HTA desconhecem a sua situação) que é simples e pode ser feito em múltiplos locais e consiste em medir regularmente a pressão arterial e, perante valores elevados, procurar o médico assistente para confirmar o diagnóstico.

O segundo passo (ousaria dizer que deveria ser mesmo o primeiro e que se aplica a todos!) é adotar comportamentos saudáveis. Principalmente no nosso país, devemos pôr a tónica na redução no consumo de sal (ingerimos em média praticamente o dobro do recomendado pela OMS) mas também do álcool e das calorias e gorduras saturadas e, em contrapartida, aumentar o consumo de vegetais e fruta, a prática de exercício físico regular, sem descurar a correção de eventual excesso de peso ou obesidade e a cessação total do tabaco.

Quando estas medidas são insuficientes, poderá ser necessário utilizar também medicamentos anti-hipertensores. Felizmente, a evolução científica e tecnológica permitiu desenvolver um conjunto alargado de medicamentos anti-hipertensores, cada vez mais eficazes, praticamente isentos de efeitos laterais indesejáveis e amplamente disponíveis.

Nunca é demais recordar que os medicamentos anti-hipertensores (como todos os outros medicamentos) só são eficazes a controlar a pressão arterial, se forem tomados corretamente, isto é, seguindo rigorosamente a indicação do médico.

Esta estratégia 1,2,3 é certamente a chave para o sucesso na redução das nefastas e dramáticas consequências das DCCV, particularmente do AVC, em Portugal.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Como identificar
O melanoma é dos cancros cutâneos existentes o mais perigoso.

O melanoma é causado mais frequentemente pela exposição intensa às radiações ultravioletas (escaldões e solários) que desencadeiam mutações genéticas nas células transformando-as em malignas.

Os melanomas parecem sinais, mas só alguns surgem a partir de sinais pré-existentes. Podem ser castanhos ou pretos, cinzentos, cor de pele, vermelhos ou azuis.

Se tratados a tempo são curáveis, se não, são muito resistentes à terapêutica espalhando-se pelo organismo (metástases) e conduzindo à morte.

O melanoma aparece mais frequentemente em adultos jovens.

O ABCDE do Melanoma

O risco de ter melanoma relaciona-se com o número de sinais; qualquer pessoa com mais de 100 sinais tem um risco acrescido de desenvolver este cancro.

Este código destina-se a explicar às pessoas de forma simples o que devem valorizar nos seus sinais. Quando um, e basta um, dos fatores alterados deve procurar-se um dermatologista.

A - ASSIMETRIA: Traçando uma linha pelo maior eixo do sinal, existe assimetria se as duas partes não são iguais.

B - BORDO: O bordo de um melanoma é geralmente pouco definido ou irregular, espiculado ou com reentrâncias.

C - COR: Existe na mesma lesão uma variedade de cores ou de tons diferentes da mesma cor

D - DIÂMETRO: Habitualmente os melanomas tem um diâmetro maior que 6 mm, embora haja muitos que são menores.

E - EVOLUÇÃO: Este “E” é de evolução e não de espessura.

Qualquer modificação nos parâmetros anteriores, ou qualquer queixa de novo, como hemorragia, comichão ou formação de crosta implica avaliação médica urgente.

Outros cancros de pele

Existem outros tumores malignos da pele que são até mais frequentes que os melanomas. Destacam-se os Basaliomas (também chamados carcinomas baso-celulares) e os Carcinoma Espino-Celulares.

Aparecem caracteristicamente em idades mais tardias e têm relação com a exposição solar ao longo da vida (intensa e curta ou prolongada e mais ou menos continua). Assim sendo, profissões ou atividades lúdicas ao ar livre são fatores a considerar.

A sua localização é sobretudo em áreas expostas cronicamente ao sol e existem locais com pior prognostico, como o nariz e pavilhão auricular, ou ainda o lábio inferior.

O tabagismo também é fator de risco principalmente para o carcinoma espino-celular do lábio inferior.

O sinal de alerta a considerar é a ferida que não cura ou que cura aparentemente, mas reaparece sempre.

Ambos são tratáveis e têm melhor resposta à terapêutica que o melanoma, se diagnosticados em fase mais avançada. Salienta-se, no entanto, o seu carácter de malignidade com todas as suas implicações.

Proteja a sua pele!

Não apanhe sol entre as 12 e as 16 horas, use protetor solar adequado ao seu tipo de pele e roupa de algodão fresca para se proteger. E não se esqueça de proteger os olhos: óculos de sol são fundamentais. Se gosta de caminhar à beira mar, use um chapéu e uma t-shirt e não se esqueça de tirar os mais pequenos da praia à hora do almoço. É proibido levar as crianças para a praia nestas horas do dia: Mesmo debaixo do chapéu há radiações.

 

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Mais de 30 consultas de especialidade
A Affidea Portugal reforça a prestação de cuidados de saúde aos habitantes de Setúbal, com a expansão da Clínica da região,...

A clínica Affidea Setúbal torna-se, assim, uma unidade de cuidados de saúde não hospitalar de referência, destinada às várias etapas da jornada do paciente e, tal como refere Villa Brito, Diretor Clínico da Affidea Setúbal “foi imaginada, desenhada e construída de raiz e acredito que irá corresponder aos anseios e necessidades de cuidados de saúde de ambulatório da população da Região”.

São 50 os novos médicos das mais variadas especialidades, que se juntaram a um corpo clínico já existente de mais de 30 médicos, e mais outros 20 profissionais que integram a equipa para disponibilizar novos serviços nas áreas de Medicina Geral e Familiar, Ginecologia e Obstetrícia, Urologia, Pediatria, Ortopedia, Fisioterapia e muitos outros.  Destaca-se ainda a Consulta do Dia – Pediátrica e de Adulto – que, sem necessidade de marcação, disponibiliza um médico para avaliação e recomendação de terapêutica ou encaminhamento para os cuidados de saúde necessários. Esta consulta tem ainda o apoio de uma equipa de enfermagem dedicada e de diversos exames complementares de diagnóstico. 

Villa Brito acrescenta que a clínica conta “com uma equipa de profissionais de saúde de muitas áreas e especialidades tecnicamente competentes e eticamente responsáveis, que pretende, de uma forma coordenada e eficiente, responder rapidamente, e em tempo útil, aos problemas de saúde dos que a procuram”.

Localizada no Centro Comercial Alegro Setúbal, a clínica Affidea Setúbal oferece, desde 2016, a mais elevada qualidade em exames de imagiologia e análises clínicas, bem como em cardiologia e doenças do sono.  

 

 

Programa pioneiro foi iniciado em 1985
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), efetuou ontem, dia 16 de maio, o implante coclear número 1500.

João Elói, Coordenador do Centro de Referência de Implantes Cocleares do CHUC, que relata que “o acaso do destino levou a que a Enf. Licínia Marques estivesse presente na primeira equipa cirúrgica e na equipa de hoje, 1500 implantes depois, considera tratar-se de um momento particularmente especial do trabalho de toda uma equipa de médicos, administradores, enfermeiros, técnicos, terapeutas, administrativos e auxiliares, presentes e passados, que só chegou a este bom porto com todo o apoio verificado por parte das Direções do Serviço de Otorrinolaringologia, das Direções Clínicas e dos Conselhos de Administração que ao longo destes 38 anos têm incentivado, sem exceção, este método terapêutico.”

João Elói recorda este programa pioneiro iniciado em 1985, pelos médicos, Manuel Filipe Rodrigues e Fernando Rodrigues, “pioneirismo que tornou Portugal no terceiro país europeu a usar esta técnica de uma forma clínica rotineira e desde logo definindo um método inovador de (re) habilitação da audição e fala – o método de Coimbra e congratula-se pela continuidade do trabalho de grande responsabilidade, com desafios crescentes, desenvolvido ao longo de todos estes anos, de modo a corresponder aos ensejos e às necessidades (vitalícias) dos doentes que, de todo o país, cada vez mais nos procuram”, conclui.

O Conselho de Administração do CHUC endereça felicitações e reconhecimento a toda a equipa e a todos quantos, ao longo do tempo, permitiram alcançar este elevado número de implantes colocados e que tanto contribuíram para a qualidade de vida de quem os recebeu.

 

 

Dia Mundial de Hipertensão
A hipertensão arterial (HTA) não sai de moda.

Poucos serão os que não terão ouvido falar de HTA, mas infelizmente nem todos sabem quais os valores ideais, os comportamentos que podem contribuir para um controlo mais adequado, e a maioria ainda não foi adequadamente informada que tomando a medicação prescrita pelo médico é mais que meio caminho andado para um controlo eficaz. A maioria desta informação deve ser obviamente veiculada pelo médico, se não toda, considerando pelo menos o momento do diagnóstico. Ainda assim, cabe ao indivíduo com HTA ouvir os conselhos atentamente, procurar cumprir o melhor possível, e assumir as rédeas no que diz respeito à toma diária da medicação e responsabilidade sobre a sua doença. Porque, sim, a Hipertensão é uma doença, e o mais difícil de encaixar é que é crónica e silenciosa. Ou seja, só dá sintomas no fim da linha, quando surgem as complicações, como o enfarte, o AVC, a insuficiência renal, a doença arterial periférica, a arritmia, as alterações na visão, a disfunção eréctil, a demência precoce, entre tantas outras evitáveis com medidas relativamente simples e ao alcance de todos. Durante a fase inicial da doença não há sintomas, dificultando a perceção da importância do cumprimento da medicação e facilitando os esquecimentos, bem como a noção das consequências graves e potencialmente fatais.

Mas é nesta fase inicial que é ainda mais fácil de prevenir e controlar, evitar que evolua e danifique lentamente os vasos sanguíneos, os órgãos; nesta fase a medicação é capaz até de reverter algumas das consequências silenciosas que a HTA possa ter causado. É por estas razões que deve ser encarada com responsabilidade o mais precocemente possível e não deixar que as lesões se tornem irreversíveis. É verdade que a genética ainda ninguém a muda – pelo menos não a olhos vistos – mas não basta aceitar que “é de família”... daí ter sido apelidada de sindemia nas primeiras linhas deste texto, já que muito do nosso comportamento influencia a evolução deste fator de risco impossível de negligenciar, e está intimamente ligado a várias outras doenças que também predominam nos dias de hoje: o colesterol elevado, a diabetes, o excesso de peso, e tantas outras.

Há mensagens simples que mudam o rumo da HTA, para a “saúde ou para a doença”: medir a pressão arterial regularmente e conhecer os nossos valores (só medindo é que sabemos como anda); saber os valores-alvo e perceber que devemos estar regra geral abaixo dos “14/9” (mas há nuances para cada pessoa, daí ser importante o seguimento médico regular); reduzir o sal na alimentação (as ervas aromáticas ajudam a dar sabor); evitar as gorduras e optar por encher metade do prato com legumes/ salada; evitar o tabaco (talvez o comportamento aditivo associado a maior número de doenças, e não só cardiovasculares); tentar praticar exercício físico (não precisa ser ginásio, basta a caminhada regular e algo que se encaixe na rotina de cada um). Por fim é importante lembrar que só tomando a medicação é que ela poderá fazer efeito – já dizia um famoso cirurgião nos anos 80 – e a toma deve ser regular: a HTA não dói, mas o efeito do paracetamol também passa ao fim de algumas horas...!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alerta a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN)
No âmbito do Dia Mundial da Hipertensão Arterial (HTA), que se assinala a 17 de maio, a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN...

Um bom controlo da pressão arterial é, de acordo com a SPN, uma medida básica para evitar e/ou reduzir a progressão da doença renal: “o que sabemos é que pessoas com pressões arteriais muito elevadas têm risco elevado de agravamento da função renal. HTA mal controlada está associada a lesões de órgãos alvo como o cérebro (encefalopatia hipertensiva), retina (edema da papila), insuficiência cardíaca ou insuficiência renal”, refere Edgar Almeida, presidente da SPN.

Como mensagem para este dia, a SPN reforça o facto de a “HTA ser uma doença muito comum. A sua prevalência aumenta com a idade pelo que todos devemos fazer medições regulares da pressão arterial. Felizmente, além da vida saudável, existem uma miríade de fármacos que podem ajudar a controlar a HTA e a reduzir os riscos associados entre os quais saliento o risco de AVC, de insuficiência cardíaca e, obviamente, de doença renal crónica”.

 

 

 

Estudo Teamlyzer
O Teamlyzer, plataforma online de reviews de empresas na área das TI, realizou um estudo sobre burnout profissional, com o...

De acordo com o inquérito realizado à comunidade tecnológica no Teamlyzer, 79,9% dos profissionais inquiridos já passou por uma situação de burnout. O elevado volume de trabalho e a falta de sono e de tempo livre são apontados como as causas mais relevantes para se chegar ao estado de esgotamento. Também a falta de clareza nas funções e objetivos profissionais a atingir é referido como um fator de bastante importância.

57% das empresas não chegou a saber que algum dos seus funcionários passou pela situação de burnout e mesmo tendo tomado conhecimento, a maioria dos inquiridos (71,7%) refere que a sua empresa não ofereceu qualquer tipo de apoio. Por outro lado, dias de férias, ajuda médica e a tentativa de tornar a carga de trabalho mais leve para o profissional foram as iniciativas mais comuns dadas pelas empresas (28,3%) que apoiaram à superação da doença.

Promover o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional foi a resposta mais comum para o que as empresas podem fazer para ajudar a ultrapassar a doença. Opções também consideradas relevantes ou muito relevantes, mas sem resultados tão expressivos, foram “encorajar hábitos de vida saudáveis” e “melhorar a comunicação interna”. Uma boa chefia com forte empatia e inteligência emocional, que seja capaz de gerir conflitos em oposição a criá-los, bem como melhorar a comunicação interna foram outras sugestões apontadas.

O inquérito permitiu também perceber que o burnout profissional é um problema transversal às organizações, independentemente do setor e da sua dimensão. Consultoria e outsourcing (38,1%), software house e internet (24,6%) e tecnologia de informação (11,2%) destacam-se como os setores onde mais respondentes que tiveram a doença trabalham. Outras áreas de atividade: Banca e Serviços Financeiros (8,2%); Indústria e Serviços (6,7%); Telecomunicações e Eletrotécnica (5,2%); Ciência e Investigação (3%); Publicidade, Multimédia e Videojogos (2,2%); e Hardware & Produtos Eletrónicos (0,7%).

“O burnout é um problema real e muito presente na indústria tecnológica, onde talvez por vergonha ou estigma, quem passa pela doença ainda a omite. É importante os RH, líderes de equipa, outros responsáveis e colegas estarem atentos e adotarem estratégias para evitar que os colaboradores cheguem a esse estado de exaustão mental, físico e emocional. De forma a conseguir intervir, a identificação destes casos é o primeiro passo, e alguns sinais são o cansaço frequente, desmotivação, ansiedade, redução de produtividade e sentirem-se sobrecarregados”, defende Rui Miranda, CEO do Teamlyzer.

Investigação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Um estudo realizado por um grupo de investigação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) revela o potencial do...

Durante a investigação, demonstrou-se a capacidade desta terapia avançada para modular a atividade das células T, o que significa que o medicamento pode ajudar a controlar a resposta imunológica e reduzir a inflamação nos tecidos afetados pela esclerose sistémica.

A esclerose sistémica é uma doença rara que afeta cerca de 2 500 pessoas em Portugal e ocorre frequentemente entre os 25 e os 55 anos, principalmente em mulheres.

Trata-se de uma doença autoimune, em que há uma desregulação do sistema imunitário, com produção de anticorpos contra estruturas do próprio organismo, levando ao endurecimento e espessamento da pele, além de afetar outros órgãos, como os pulmões, o coração e os rins.

Atualmente, as opções terapêuticas para esta doença são limitadas, sendo que, por norma, o tratamento é dirigido a cada órgão envolvido, dado que não existe um tratamento para todas as manifestações da doença. No entanto, a nova descoberta poderá mudar este cenário, ajudando a prevenir as lesões e a retardar a progressão da doença.

“Os resultados deste estudo trazem uma visão otimista sobre como o mecanismo de ação do medicamento experimental (imunomodulação) pode ser clinicamente relevante no tratamento de doenças autoimunes, e em particular da esclerose sistémica”, afirma Carla Cardoso, Diretora de I&D da Crioestaminal.

“Apesar de ser necessário continuar a realizar estudos clínicos para entender melhor o potencial desta abordagem, é importante destacar que os resultados alcançados só foram possíveis graças à colaboração com o CHUC para o desenvolvimento deste estudo inovador”, acrescenta.

O desenvolvimento clínico deste medicamento experimental surge de um dos programas de Investigação e Desenvolvimento (I&D) da Crioestaminal, como possível resposta a várias doenças que não têm uma resposta clínica satisfatória.

Com base nestes resultados, a Crioestaminal planeia dar seguimento ao desenvolvimento de mais estudos in vitro e ensaios clínicos para a esclerose sistémica e outras doenças do foro imunológico e inflamatório, como Lúpus Eritematoso Sistémico, Esclerose Múltipla ou Artrite Reumatoide, de forma a aferir a segurança e eficácia deste medicamento experimental.

Maio, Mês do Coração
As doenças do coração estão entre as principais causas de mortalidade em todo o mundo.

As doenças cardiovasculares são aquelas que afetam tanto o coração (cardio), como os vasos sanguíneos (vasculares) que transportam o sangue. Apesar de existirem vários tipos de doenças cardiovasculares, as que causam maior preocupação são provocadas pela aglomeração de placas de gordura e cálcio no interior das artérias, que podem originar, por exemplo, um enfarte agudo do miocárdio ou um acidente vascular cerebral (AVC).

Estas doenças cardiovasculares estão associadas a um conjunto de fatores de risco que, na sua maioria, podem ser prevenidos ou controlados. Exemplo disso é o controlo do excesso de peso, da hipertensão arterial e da diabetes. Por outro lado, o sedentarismo, o consumo de tabaco e de álcool em excesso, o stresse e o sono irregular são também fortes indicadores de risco. Existem ainda outros fatores que não podem ser alterados como a idade, sexo, a genética e anomalias no sangue (dislipidemias), e daí a importância de trabalhar nos riscos que são controláveis.

Como prevenir as doenças do coração?

Com pequenas mudanças nos hábitos e rotinas, é possível diminuir a probabilidade de desenvolver doenças coronárias e aumentar o bem-estar.

Praticar exercício físico regularmente: Contrarie o sedentarismo e comece, gradualmente, a implementar um estilo de vida mais ativo. Guarde diariamente 30 minutos da sua agenda - que podem ser distribuídos em três períodos de 10 minutos –, para atividade física moderada como subir escadas, caminhar, nadar ou andar de bicicleta.

Melhorar hábitos alimentares: Faça um regime dietético equilibrado e variado comendo, com frequência, frutas, vegetais, legumes, cereais integrais e peixe. Reduza o consumo de sal e alimentos salgados, carnes vermelhas, manteiga e lacticínios gordos, assim como de alimentos ricos em açúcar e gorduras saturadas, presentes sobretudo nas gorduras processadas industrialmente (hidrogenadas). Beba muita água e evite o consumo de bebidas açucaradas e álcool.

Diminuir o stresse e ser rigoroso com o sono: Adote estratégias para diminuir os níveis de stresse na sua vida, como ioga, pilates, meditação, mindfulness ou a prática regular de exercício físico. Poderá também procurar apoio de um psicólogo para o ajudar a minimizar stresse ou ansiedade crónicos. Estabeleça hábitos de sono rigorosos e mantenha a disciplina no número de horas de sono diárias.

Monitorizar o peso, pressão articular e colesterol regularmente:

Para que possa controlar os fatores de risco das doenças do coração, é importante que mantenha certos indicadores sob vigilância. Consulte regularmente o seu médico, sobretudo se tiver um histórico de excesso de peso, hipertensão, diabetes, colesterol ou propensão genética para desenvolver doenças cardiovasculares.

Deixar de fumar: Esta é uma mudança que exige uma elevada dedicação da sua parte, mas poderá aconselhar-se junto de um médico sobre os melhores tratamentos e métodos à sua disposição. O tabaco é responsável, diretamente, por 20% da mortalidade associada a doença coronária.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
37.ª edição do HUG - Healthcare User Group
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, organizou a 37.ª edição do HUG -...

Esta edição contou com os contributos de Sofia Perdigão, Gestora do Setor da Saúde da GS1 Portugal; Patrícia Ruivo, Diretora da Academia Aesculap, do grupo B. Braun; Raquel Abrantes, Diretora de Qualidade, Saúde e Formação da GS1 Portugal; Marta Résio, Gestora de Comunicação da GS1 Portugal; e Beatriz Almeida, representante da equipa de logística da MC – Wells.

Sofia Perdigão iniciou esta reunião com a partilha de atualizações relativas ao Regulamento dos Dispositivos Médicos de Diagnóstico in Vitro. Começou por explicar que a Comissão Europeia (CE) tem estado muito ativa nesta matéria e que existe uma extensão do período transitório destes dispositivos até 2027/2028, de acordo com a classe de risco do dispositivo médico, “para permitir que exista a criação de um maior número de organismos notificados, de forma a que a capacidade de resposta seja melhorada e para que seja possível disponibilizar mais   dispositivos médicos no mercado”.

De seguida, Patrícia Ruivo partilhou a abordagem da B. Braun quanto à utilização de códigos bidimensionais DataMatrix nos dispositivos médicos de utilização múltipla, afirmando que “os dispositivos de uso múltiplo são submetidos a todo um processo, chamado reprocessamento, porque são utilizados e têm de ser descontaminados e esterilizados para poderem voltar a ser utilizados.” Neste sentido, “é importante que tenham codificação que permita rastrear o ciclo todo”, nomeadamente para prevenção de infeções. O reprocessamento permite apurar quando se descontaminou, quem seguiu o processo, em que intervenções esteve presente, garantindo a rastreabilidade granular, ao nível de cada dispositivo e não da caixa ou conjunto utilizado em cirurgia.

Patrícia Ruivo mencionou, ainda, que o código vai perdendo propriedades de leitura por força da descontaminação e das características específicas dos materiais em que são produzidos os dispositivos, frequentemente metálicas. Nesse sentido, a B. Braun concebeu um sistema específico de leitura que garante que o código mantém as propriedades de leitura ao longo de todo o ciclo de vida do produto.

Sofia Perdigão apresentou o plano estratégico da GS1 Healthcare até 2027, que foi apresentado no Global Forum 2023 e se foca essencialmente “na transformação digital e na segurança e outcomes de pacientes, para que exista uma uniformização da qualidade dos dados”, tendo em conta os seguintes desafios: digitalização da saúde, a saúde virtual, o excesso de tempo despendido em gestão de stock e o desperdício e custos associados com obsolescência e erros. Neste sentido, a GS1 Portugal pretende definir os key points de atuação no setor para partilhar, posteriormente, o plano estratégico a 2 anos em Portugal.

Beatriz Almeida complementou esta apresentação com a visão dos retalhistas acerca da importância da codificação para retalho de parafarmácia, partilhando a forma como a Wells a insere na sua estratégia de negócio, nomeadamente para uma maior rastreabilidade e redução dos processos manuais, o que promove a eficiência e reduz o tempo de espera dos fornecedores e de receção de mercadoria.

Nesta 37.ª edição do HUG foi também apresentado o Case-study do Projeto de Fiabilidade de Leitura em Armazém (FLA), uma iniciativa pioneira no setor da saúde entre a GS1 Portugal e a MC-Wells, em que os standards foram incorporados na operação logística do canal de parafarmácia da Sonae MC. Este projeto teve como objetivo “aumentar a eficiência na receção, uniformizar as identificações das unidades logísticas e lançar as bases para a digitalização da cadeia de abastecimento no setor da saúde”. Com a ajuda da GS1 Portugal, a MC-Wells conseguiu implementar uma nova solução pioneira para a identificação da unidade e os fornecedores foram incentivados a identificar as caixas multirreferência, de acordo com os standards da GS1. A nível de resultados, foi possível identificar a prevalência de standards GS1 nas etiquetas auditadas, nomeadamente o “aumento em 136% a etiqueta logística de paletes e em 174% a etiqueta de caixa”.

Ainda no contexto desta edição do HUG, Marta Résio, da GS1 Portugal, deu conta dos requisitos que a Diretiva de Reporte Sustentabilidade Corporativa (CSRD), aplicável desde janeiro de 2023. Esta Diretiva, juntamente com o Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis ​​(SFDR) e com o Regulamento da Taxonomia (Regulamento 2020/852), exige que todas as empresas abrangidas pela CSRD reportem a sua intervenção nos domínios ambiental, social e de governança, de acordo com cronograma específico, de forma a promover uma maior informação sobre o posicionamento e performance das empresas nesta área.

Neste sentido, a gestora de comunicação da organização apresentou o serviço de apoio que a GS1 Portugal está a oferecer neste âmbito à comunidade empresarial e os associados da organização, para “planear, mobilizar, coordenar e apoiar a elaboração e auditoria aos respetivos Relatórios de Sustentabilidade”.

O evento foi encerrado com a intervenção de Raquel Abrantes, que deu conta dos próximos eventos e iniciativas da GS1 Portugal na área da saúde, anunciando, também, a data da próxima reunião do HUG, que se realizará no dia 27 de junho de 2023.

Designer de moda António da Silva apresenta modelos exclusivos
A associação Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos (MOG) realiza no dia 28 de maio (domingo), entre as 16...

Os artistas Ana Lains, Carlos Alberto Moniz e Fernando Tordo dão voz ao espetáculo, com Paulo Loureiro no teclado, que junta ainda nomes como Maria do Céu Guerra, Ana Zanatti, Eládio Clímaco e Sofia Aparício. O estilista lusoamericano António da Silva contribui também para a causa através da apresentação de modelos exclusivos.

“Esta ação tem como objetivo sensibilizar a população para este cancro silencioso e mortal. Queremos ainda incentivar as mulheres a estarem atentas ao seu corpo. Esta doença não pode ser desvalorizada.”, alerta Cláudia Fraga, presidente da MOG.

O cancro do ovário é, nas mulheres, o 7º mais frequente e a 5ª causa de morte por cancro. Não existe um registo nacional no que diz respeito ao cancro do ovário, mas estima-se que tenham sido diagnosticados 560 novos casos em 2020.

A taxa de sobrevivência de cinco anos é inferior a 50%, sendo que mais de 80% dos casos são diagnosticados numa fase avançada. Nestes, o prognóstico é mais reservado, uma vez que já apresentam metástases para outros órgãos. É por isso crucial a realização de um diagnóstico atempado e adoção do tratamento adequado.

Os bilhetes podem ser adquiridos mediante doação à MOG (15 euros), através do email [email protected] e ou por MBWAY (961 857 171).

 

 

24 de maio
Para o dia 24 de maio, a Mamãs Sem Dúvidas organiza um Curso Flash para Preparar a Parentalidade especialmente pensado em todas...

Esta sessão, online e gratuita começa com a intervenção da Enfermeira Carla Duarte, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, sobre “Preparar o Parto”: o plano de parto, os sinais de trabalho de Parto e o alívio da dor no trabalho de parto vão estar em destaque.

Sofia Baptista, Formadora BebéVida, Parto, vai falar sobre o parto como momento único para recolher as células estaminais.

A Enfermeira Carla Duarte encerra a sessão com o tema “Preparar o Pós-parto” onde estão em destaque os desafios da amamentação e os primeiros 15 dias do bebé.

Ao participar fica ainda habilitada a ganhar uma Ecografia Emocional 4D para ficar a conhecer a cara do seu bebé.

Faça aqui a sua inscrição: https://mamassemduvidas.pt/exercicio/

 

 

Opinião
A visão atual do que é ser criança, bem como dos seus direitos e responsabilidades é o resultado de

De facto, Santos (2019) salienta que o estatuto de criança variou ao longo da evolução sociocultural, tendo-se verificado que durante muitos anos, as crianças não obtiveram uma proteção jurídica profícua e que a partir do século XX, estas passaram a ser vistas como indivíduos autónomos e ativos de direitos. Este vasto percurso permitiu que a infância passasse de uma esfera de interesse e domínio privado para uma esfera de domínio público (Teixeira et al., 2014).

A literatura demonstra que Portugal foi um país pioneiro na promulgação de leis destinadas à proteção das crianças e dos jovens, no entanto tem-se verificado uma clara estagnação do ordenamento jurídico que sustenta o sistema de promoção e proteção. São frequentes as queixas apresentadas pelos profissionais que se encontram no campo de atuação e que apelam por uma atualização das políticas públicas.

É exigido que os técnicos sejam capazes de efetuar uma avaliação diagnóstica de uma situação de perigo (que tem, por norma, uma elevada complexidade psicossocial na sua origem) e que tomem decisões acerca do futuro de uma criança/jovem e da sua família. No entanto, estes profissionais são convidados a atuar no imediato, com pouca ou nenhuma formação especializada, com reduzidos recursos logísticos e com um elevado volume processual sobre as suas responsabilidades. Apesar da lei ser clara no que diz respeito ao dever de colaboração entre as entidades que contactam com aquela criança e com aquela família, na prática, verifica-se uma total desarticulação entre os serviços, que não comunicam sobre as situações.

Por outro lado, ano após ano, o relatório anual de avaliação da atividade das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens revela um aumento do número de processos acompanhados e à medida que a investigação científica demonstra as consequências a curto e a longo prazo da exposição a situações traumáticas na infância, seria expectável um aumento do número de respostas disponibilizadas na comunidade, no entanto o mesmo não se tem verificado. O reduzido número de respostas especializadas ao nível de cuidados de saúde mental para crianças e jovens é um exemplo disso.

Chega-se à conclusão que o sistema falha, diariamente, com aqueles que mais precisam da sua proteção. Contudo, não falha apenas com as crianças e jovens, falha também com os seus profissionais, que procuram efetuar um trabalho que, por si só, é difícil, num contexto promotor de desesperança e de burnout.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto 3F - Financiamento, Fórmula para o Futuro apresenta resultados no IPO do Porto
O Projeto 3F reuniu um conjunto de peritos para apresentar à tutela uma proposta para melhorar a forma de financiamento das...

O 3F – Financiamento, Fórmula para o Futuro é uma iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com o apoio da Roche e desenvolvimento da IQVIA, que tem como objetivo refletir sobre o financiamento dos Hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Em concreto, pretende analisar os modelos de financiamento atuais dos hospitais portugueses e promover a discussão de potenciais soluções de financiamento hospitalar que permitam criar mais valor para os doentes.

Estando em curso uma transformação da organização do SNS (designadamente através da criação das ULS), o 3F reuniu um conjunto de peritos, no sentido de apresentar à tutela uma proposta consensualizada para melhorar a forma como as unidades do SNS são financiadas. 

O consenso, que será apresentado e discutido no próximo dia 16, aponta para a manutenção de um financiamento por capitação, designadamente tendo em conta que esta forma de financiamento pode promover a integração de cuidados e incentivar uma atuação focada na melhoria do estado geral da saúde de determinada população. No entanto, é fundamental que a capitação seja definida tendo em conta as características da população abrangida por cada ULS e que reforce o incentivo à diferenciação/inovação por parte das unidades de Saúde.

O grupo de peritos propõe ainda que o processo de contratualização inclua um quadro de indicadores de qualidade e desempenho único para toda a ULS, que reflita todo o percurso de cuidados na ULS, valorizando indicadores de resultados que sejam importantes para os doentes.

Segundo Xavier Barreto, presidente da APAH, “o objetivo é que os indicadores pelos quais avaliamos os hospitais reflitam de forma mais clara o valor em saúde na perspetiva dos nossos doentes e que o montante associado a estes indicadores passe progressivamente de 10 para 20 % do total do contrato assinado com cada ULS”.

A este propósito é particularmente importante considerarmos a aprendizagem proporcionada pelo projecto Farol – Tratamento do Cancro do pulmão, implementado no IPO no âmbito da iniciativa 3F.

De acordo com o Projeto Farol, que será também apresentado no IPO do Porto, é necessário criar um modelo de financiamento alternativo para tratamento dos doentes com cancro do pulmão.

Para isso, é preciso revisitar o montante que é pago pela ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde) aos hospitais que tratam cancro do pulmão.

ECTES 2024
O cirurgião do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Henrique Alexandrino, recebeu recentemente o prémio de...

Henrique Alexandrino obteve o primeiro prémio no âmbito do trabalho desenvolvido por uma equipa liderada por si, no contexto do treino das equipas de trauma do Serviço de Urgência do CHUC. O cirurgião dá conta que “o programa de treino de equipas de trauma do CHUC é uma iniciativa original da Comissão de Trauma do CHUC e da sua Escola de Trauma, em colaboração com a ALTECii, tendo formado até ao momento mais de 150 médicos e enfermeiros do Serviço de Urgência da nossa instituição.” Henrique Alexandrino destaca, ainda, que “o Curso de Equipas de Trauma do CHUC faz parte da oferta formativa da Pós-Graduação em Catástrofe da Universidade de Coimbra, bem como do plano de formação da ARS Centro para a implementação da Via Verde do Trauma no Adulto.”

Henrique Alexandrino e Carlos Mesquita, presidente da ALTEC e cirurgião aposentado do CHUC que recebeu a medalha de presidente do congresso do próximo ano, fazem parte da Comissão Nacional para o ECTES 2024, que representa a Sociedade Portuguesa de Cirurgia e a ALTEC – sociedades científicas especialmente conhecidas pelo trabalho desenvolvido, nos últimos 25 anos, na formação nesta área são, ambas, membros institucionais da ESTES.

O 23º Congresso da ESTESiii terá lugar em abril de 2024, no Estoril.

 

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