Diagnostico precoce reduz impacto na qualidade de vida
Assinala-se a 15 de abril o Dia Internacional da Doença de Pompe, uma doença neuromuscular rara, genética e degenerativa que...

O diagnóstico precoce desta doença, cujas primeiras manifestações incluem fraqueza muscular, cansaço excessivo e dores musculares, é muito importante uma vez que, como referem as médicas pneumologistas, “quanto mais precoce for diagnosticada a doença e iniciado o tratamento, menor será a probabilidade de progressão e o seu impacto na qualidade de vida e sobrevida”.

“O seguimento regular em consulta de Pneumologia permite detetar precocemente sintomas respiratórios e alterações nos exames auxiliares de diagnóstico; a deteção precoce de atingimento da função respiratória permite instituir um tratamento atempado, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida e aumento da sobrevida”, afirmam as especialistas sobre o papel que a Pneumologia tem para o aumento da sobrevivência e da qualidade de vida dos doentes.

 A perspetiva dos doentes 

Vítor Ferreira, de 40 anos, partilha que, ao receber o diagnóstico de Doença de Pompe, “foi um choque grande. Senti muitas emoções misturadas, preocupação, angústia e tristeza pelo futuro incerto da doença, mas também esperança no tratamento”. Já Manuel Oliveira, de 59 anos, refere, no que diz respeito aos sintomas iniciais que o levaram a procurar ajuda médica, que “inicialmente, notei um cansaço e fraqueza crescentes, dificuldades para subir escadas e andar longas distâncias. Depois surgiram dores musculares e deixei de andar. Foi aí que procurei um médico”.

No que concerne às implicações que a doença tem na qualidade de vida e no dia-a-dia da família, Manuel Oliveira afirma que “qualidade de vida piorou bastante porque deixei de fazer coisas que gostava de fazer” e Vítor Ferreira destaca o impacto enorme “na minha qualidade de vida e na vida da minha família. Sinto-me muito limitado nas brincadeiras com as minhas filhas, por exemplo. Embora tente viver o mais normalmente possível, a doença está sempre presente no meu dia-a-dia”.

No âmbito do Dia Internacional da Doença de Pompe, Manuel relembra que “esta é uma doença complicada e nem sempre as pessoas se apercebem da sua complexidade e limitações que traz; quem olha para mim vê uma pessoa normal e saudável e não é o caso”. Vítor deixa uma mensagem sobre a importância de “não ser indiferente ao que estão a sentir, procurem ajuda! Se tiverem esta doença sigam o tratamento para poderem ter a melhor qualidade de vida possível. Não percam a esperança e aproveitem ao máximo cada dia. É importante sensibilizar toda a comunidade para esta doença rara de modo a apoiar as pessoas afetadas e suas famílias. 

Dia Mundial da Voz assinala-se a 16 de abril
Assinala-se a 16 de abril o dia mundial da voz, esta data foi comemorada pela primeira vez em 2003 c

Mas como funciona a voz? A voz é produzida pela vibração das duas cordas vocais, localizadas na laringe, através do ar vindo dos pulmões na expiração. As cordas vocais, que na respiração estavam afastadas uma da outra, vão-se aproximar e é a passagem do ar entre elas que provoca a vibração da mucosa e a produção de som. O som é depois amplificado e moldado pelas cavidades da faringe, boca e nariz que serão configurados pelos articuladores que são eles a língua, palato mole e lábios.

A voz humana é uma das características mais distintas da humanidade, é uma manifestação única da nossa capacidade de comunicação e expressão. É através da voz que compartilhamos ideias, emoções, quem somos e como somos com os outros, o que nos permite construir conexões e relações interpessoais. A voz é uma ferramenta essencial para a construção da cultura, da arte, da ciência e da sociedade como um todo. Em suma, a voz humana é uma das muitas coisas que tornam a nossa humanidade única.

Para todos aqueles que trabalham diretamente com a produção e utilização da voz nas suas diferentes atividades profissionais, (p.ex: professores, cantores, locutores, trabalhadores de call center e as demais profissões) os chamados de profissionais da voz, cuja exigência vocal é uma constante, os cuidados a ter com a voz são de extrema importância no entanto apenas a valorizamos quando esta não nos permite realizar as nossas tarefas diárias e quando altera a nossa qualidade de vida. É por isso fundamental cuidarmos da nossa saúde vocal.

As patologias que mais frequentemente surgem com abuso ou mau uso vocal são os nódulos, pólipos, quistos, edema e fendas. É muitas vezes necessário recorrer a cirurgia e/ou a terapia da fala. Estas lesões causam uma disfonia, que não é mais que uma um distúrbio de comunicação, caracterizado pela dificuldade na emissão vocal, apresentando um impedimento na produção natural da voz. As disfonias podem ocorrer em qualquer idade, sendo que em crianças é chamada de disfonia infantil.

O terapeuta da fala é o profissional responsável por avaliar diagnosticar e tratar os problemas do trato vocal.

Mas que cuidados devo ter com a minha voz?

  1. Beber muita água, é fundamental manter-se hidratado e evitar a secura da garganta.
  2. Evite falar em ambientes ruidosos, naturalmente somos obrigados a falar mais alto para sermos ouvidos.
  3. Não grite, estes ataques bruscos são nocivos para as cordas vocais podendo causar lesões.
  4. Não sussurre, ao contrário do que pensamos sussurrar causa maior tensão nas cordas vocais do que falar normalmente.
  5. Faça descansos vocais, após longos períodos de fala ou de canto permita que as suas cordas vocais descansem e recuperem.
  6. Não fume, o tabaco é altamente nocivo para as cordas vocais. As substâncias químicas do tabaco agridem o trato respiratório levando a irritação, tosse, edema e aumentam as secreções e infeções. É ainda responsável pelo aparecimento de cancro dos pulmões e garganta.
  7. Evite o consumo excessivo de álcool e cafeína. A ingestão excessiva destas bebidas tende a desidratar as cordas vocais afetando negativamente a qualidade vocal.
  8. Evite pigarrear, o pigarro surge muitas vezes como um ato espontâneo para “limpar” as secreções que surgem na garganta, no entanto este comportamento agride as cordas vocais devido ao atrito excessivo entre elas podendo causar rouquidão e surgimento de lesões. Opte por uma tosse seca e eficaz para “limpar” as secreções.
  9. Evite ingerir pastilhas/rebuçados mentolados, o mentol causa desidratação da mucosa das cordas vocais. Por ter uma ação “anestesiante” pode ainda induzir em erro dando um conforto temporário que permitirá maiores abusos vocais levando a maiores danos.
  10. Evite a mudança brusca de temperatura, tanto do quente como do frio. Esta diferença de temperatura no interior do corpo leva à vasoconstrição da região laríngea e faríngea originando alterações da qualidade vocal. Antes de engolir deixe o alimento/bebida alguns segundos na cavidade oral para que fique na temperatura adequada e só depois engula.
  11. Mantenha uma postura correta, uma postura incorreta impossibilita uma respiração adequada causando maior tensão na laringe o que comprometerá a qualidade vocal.
  12. Aqueça a voz antes de cantar ou falar por períodos longos, faça alguns exercícios vocais suaves assim como de relaxamento da zona do pescoço e ombros.
  13. Consulte um profissional se sentir dor ou rouquidão persistente, nestes casos é importante consultar um otorrinolaringologista ou um terapeuta da fala para avaliar a saúde das suas cordas vocais e receber um tratamento adequado.

Aquecimento vocal

Tal como foi referido em cima, o aquecimento vocal surge como um comportamento fundamental para quem canta ou usa a voz profissionalmente. Aquecer ajuda a voz a relaxar os músculos da garganta, a estimular a circulação sanguínea e a aumentar a flexibilidade e a resistência das cordas vocais.

Além disso, o aquecimento vocal pode melhorar a qualidade da voz, aumentando a capacidade de controle e de expressão. Ao aquecer a voz antes de cantar ou falar, pode aumentar a sua amplitude vocal e a qualidade sonora, além de prevenir problemas como rouquidão, tensão vocal e fadiga vocal.

Em suma, o aquecimento vocal é essencial para manter a saúde vocal e melhorar o desempenho vocal. Ele deve ser feito regularmente antes de qualquer atividade que exija o uso prolongado da voz, como cantar, falar em público, gravar um áudio ou participar em ensaios ou apresentações.

Aqui estão alguns exemplos de exercícios de aquecimento vocal que podem ser úteis antes de cantar ou falar por longos períodos:

  1. Bocejar, bocejar é um excelente exercício para relaxar as cordas vocais e alongar a laringe.
  2. Espreguiçar, promovendo o relaxamento da cintura escapular.
  3. Inclinar a cabeça lateralmente em direção aos ombros, alternadamente, deixar a cabeça cair para trás (olhando para cima) e deixar a cabeça cair para a frente (olhando para as pernas) desta forma estamos a alongar o pescoço reduzindo a tensão existente.
  4. Inspirar profundamente pelo nariz, expandir zona abdominal e tórax e três segundos depois expirar lentamente com a boca em sopro.
  5. Inspirar e vibrar os lábios com som alternando com som agudo e grave.
  6. Inspirar e vibrar a língua com som em direção ao palato (céu da boca).

Lembre-se de que esses exercícios são apenas sugestões e que cada pessoa pode ter necessidades diferentes de acordo com sua voz e estilo de canto ou fala. Consulte um profissional da voz, como um otorrinolaringologista e um terapeuta da fala, para obter orientação personalizada.

“A Voz humana é o instrumento mais belo e poderoso do mundo, capaz de tocar o coração e mover a alma”

E você? Já cuidou da sua voz hoje?

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A importância do nosso intestino
O intestino intitulado como o nosso segundo cérebro é um dos órgãos mais importantes do corpo humano

A maioria dos países apresenta um baixo índice de natalidade em detrimento dum envelhecimento populacional, sendo a faixa etária acima de 65 anos a com maior expressão nos próximos 10-20 anos. As pessoas vivem até mais tarde, mas por norma com inúmeros problemas de saúde, em grande parte devido a um declínio da função imunológica, que se caracteriza por um aumento consequente do risco de infeção e do surgimento de alguns tipos de cancro.

A microbiota, mais conhecida como os nossos micróbios intestinais residentes, é essencial para manter a eficácia do sistema imunitário, bem como para a manutenção de um bom estado de saúde geral. O envelhecimento e a dieta são os principais fatores que influenciam esta microbiota. Desta forma, torna-se imperial orientar e educar as camadas mais jovens para hábitos alimentares saudáveis, de forma a terem esses hábitos enraizados para a fase da velhice, mas também na população idosa numa tentativa de alteração desses mesmos hábitos.

Em concomitância a uma alimentação saudável e no evoluir de algumas terapias já muito antigas como por exemplo o enema de limpeza, mais comumente conhecido como clister de limpeza, surgiu a hidroterapia do colon, já praticada há mais de 40 anos.

A hidroterapia do cólon ou hidrocólon consiste numa irrigação profunda do intestino grosso com água filtrada e ozonizada, através da introdução, no reto, de uma cânula de dupla via que permite, num circuito fechado, a entrada de água por uma via e a saída de conteúdo fecal por outra. Todo o processo é efetuado por um profissional de saúde que através dum aparelho, controla a temperatura, a pressão e a quantidade de água que entra no intestino.

A terapia pode ser feita a partir dos 12 anos de idade, após avaliação do profissional de saúde, é indolor, inodora e tem como principais objetivos:

  • Recuperar e fortalecer a musculatura intestinal, estimulando desta forma os movimentos peristálticos e consequentemente uma regularização do padrão intestinal.
  • Desintoxicar o organismo.
  • Regenerar as células da parede intestinal, equilibrar a flora e otimizar a absorção dos nutrientes.
  • Eliminar toxinas e células mortas que se encontram aderentes às paredes do intestino, que podem promover o aparecimento de pólipos, pólipos esses que podem degenerar em cancro.

Posto isto, torna-se cada vez mais importante cuidarmos da nossa saúde intestinal. Estamos desta forma, sem dúvida, a contribuir para uma vida mais saudável e assim, mais feliz.

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Centro terá capacidade para receber entre 2 a 3 mil novos doentes por ano
Nasceu, ontem, uma nova esperança para os doentes que anualmente são diagnosticados com cancro no Sul do país, muitas vezes...

Será uma mais-valia para os cuidados de saúde já que permitirá concentrar num único edifício todo o processo, desde a fase de diagnóstico, passando pela definição de terapêutica, até ao tratamento e seguimento dos doentes nas suas diversas valências clínicas. “Trata-se de uma solução que não existe atualmente na região sul. É um projeto inovador já que iremos ter tudo integrado com a investigação”, sublinhou Ana Varges Gomes, presidente do conselho de administração do CHUA.

O edifício, que irá localizar-se nas imediações do futuro Hospital Central do Algarve, com o propósito de poder vir a fazer a ligação entre as duas unidades de saúde, concentrará toda a capacidade de diagnóstico, com especialidades como a medicina nuclear, anatomia patológica, cardiologia ou patologia clínica, dentro da mesma instituição. Por outro lado, em termos de tratamento, integrará, entre outros, equipamentos de radioterapia, medicina hiperbárica, ressonância ou um bloco operatório com capacidade para fazer radioterapia intraoperatória

A investigação será outro dos elementos diferenciadores e que poderá ser motivo para atrair e fixar mais profissionais na região até porque “as equipas serão maiores”. O edifício contará com uma área exclusiva para laboratórios para investigação, os projetos serão apresentados e serão convidadas equipas de investigadores, nacionais ou estrangeiras, para se juntarem ao Centro.

Ana Varges Gomes destacou também “a componente humana na avaliação dos cuidados” já que haverá espaço para os doentes aqui permanecerem durante a realização dos seus tratamentos, “sem terem de andar de um lado para o outro”. “Há muitos doentes que vêm de fora e que têm de se deslocar, seja em viatura própria ou em transporte de ambulância, diariamente, de segunda a sexta-feira, para fazer tratamentos de radioterapia. Mais aqui vai ser possível eles ficarem”, explicou.

Em suma, além da comodidade e celeridade no tratamento para os doentes oncológicos, muitos deles obrigados hoje a deslocarem-se a Lisboa ou até mesmo a Sevilha por falta de resposta na região, o ganho de tempo em termos de diagnóstico poderá “salvar vidas”.

O Centro terá capacidade para receber entre 2 a 3 mil novos doentes por ano, não só da região do Algarve, mas também do Alentejo e mesmo espanhóis da zona raiana que tenham necessidade destes serviços.

Segundo a responsável da unidade hospitalar algarvia, o concurso público internacional será lançado muito em breve.

A construção e equipamento significarão um investimento de 14 milhões de euros. O presidente da CCDR Algarve garantiu a elegibilidade do projeto, no âmbito do PO Algarve, e a tipologia do investimento no sentido de serem mobilizados 9 milhões de euros para o projeto. A restante verba ficará a cargo do próprio CHUA.

José Apolinário sublinhou o contributo dos dois municípios para responder a uma necessidade da região e referiu que o financiamento deste investimento se fundamenta na “necessidade de corrigir desigualdades em termos de acesso à prevenção e luta contra o cancro na região”.

O autarca de Loulé, Vítor Aleixo, que preside à Associação de Municípios, quis realçar o facto de este ser um equipamento integrado no Serviço Nacional de Saúde, em que “a propriedade e exploração não podem, a título algum, vir a ser cedidas a entidades terceiras fora do SNS”, de acordo com o clausulado no protocolo. “O perímetro da operação ficará blindado ao SNS, não haverá aqui soluções de transição em que depois sejam entidades externas às entidades públicas a operar”, reiterou.

O responsável do Município de Loulé alertou ainda para, a partir deste momento, a necessidade de empenho por parte do CHUA no projeto e em fazer a obra. “Há financiamento, há vontade política, e isto só depende das entidades regionais, o que é uma vantagem, ao contrário do Hospital Central que depende muito da administração central”, referiu.

“Este Centro Oncológico é algo que o Algarve em particular precisava há muito tempo”, considerou, por seu lado, Rogério Bacalhau, autarca de Faro e presidente da Assembleia Geral da Associação de Municípios Loulé-Faro. O edil farense relembrou o papel da Associação Oncológica do Algarve no tratamento, que há 30 anos “veio, de alguma forma, tapar uma lacuna que existia no Algarve, que teve um papel fundamental na prestação de serviços a estes doentes, mas é preciso ir muito mais além e hoje estamos aqui a dar esse passo, com este equipamento ficaremos muito melhor servidos”.

Prémio Prata na categoria “Eficácia em Campanha de Relações Públicas”,
A campanha sob o mote “31 Dias Sem Álcool”, uma iniciativa promovida pela Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF),...

De acordo com José Presa, presidente da APEF, “com este desafio, pretendíamos apelar às pessoas para que adotassem um estilo de vida mais saudável durante todo o ano, como forma de prevenção da doença hepática alcoólica. É, assim, com grande orgulho que encaramos esta distinção, pois reforça o posicionamento institucional da associação e revitaliza a Hepatologia a nível nacional”.

A iniciativa contou ainda com a colaboração de mais de 100 entidades nacionais, que partilharam os conteúdos nas suas redes sociais, nomeadamente Agrupamentos de Centros de Saúde e Unidades Funcionais (cuidados de saúde primários); Centros Hospitalares; Câmaras Municipais e Órgãos de Comunicação Social.

A campanha “31 Dias Sem Álcool” foi criada pela Miligrama Comunicação em Saúde, sendo que a iniciativa “Janeiro Sem Álcool” ocorre em simultâneo em vários países, desde 2013. Em Portugal, foi a segunda vez que a campanha foi promovida.

 

Estudo Fundação Champalimaud
Escolher uma das filas das caixas num supermercado pode parecer algo óbvio, mas na verdade pode envo

Mas nestas situações, em que existem várias estratégias possíveis, como é que o cérebro sabe como tomar uma decisão?

Um estudo, publicado hoje, 13 de abril, na revista Nature Neuroscience dá uma surpreendente resposta a esta pergunta, ao revelar que o cérebro, em vez de se comprometer com uma única estratégia, é capaz de calcular várias estratégias alternativas de decisão em simultâneo. Neste estudo, desenvolvido pela investigadora Fanny Cazettes e pelos investigadores principais Zachary Mainen e Alfonso Renart, na Fundação Champalimaud em Lisboa, Portugal, é apresentado um conjunto de experiências realizadas num setup do estilo “realidade virtual” onde ratinhos têm como tarefa a procura de água num mundo virtual.

Mais especificamente, os autores desenharam um “mundo virtual para ratinhos” pensado com base no desafio de procura de alimento, algo para o qual o cérebro destes animais evoluiu e se tornou exímio. Neste contexto, os investigadores podem estudar as complexas estratégias de decisão usadas pelos ratinhos. Por exemplo, qualquer zona neste mundo virtual pode oferecer água de uma forma inconsistente, ou seja, de um momento para o outro pode “secar” e deixar de dispensar água por completo. Os ratinhos tinham então que decidir quando sair de um determinado local e ir para outro em busca de mais água.

Para resolver a tarefa de maneira otimizada, a melhor estratégia seria os ratinhos aprenderem a contar o número de tentativas consecutivas falhadas para obter água num determinado local e trocar de local quando o número de erros consecutivos fosse suficientemente grande. Mas havia várias estratégias alternativas para processar a série de tentativas bem e mal sucedidas, incluindo, por exemplo, calcular a diferença entre o número de tentativas bem e mal sucedidas. Cada estratégia combina erros e tentativas bem-sucedidas ao longo do tempo de uma maneira particular e, portanto, tem uma “assinatura do tempo decorrido” – chamado de “variável de decisão” – que pode ser comparado com o tempo decorrido entre padrões de atividade cerebral.

Os investigadores registaram a atividade de grandes grupos de neurónios individuais numa parte do cérebro conhecida como córtex pré-motor, enquanto os ratinhos realizavam a tarefa. De seguida, procuraram combinações dos perfis temporais de atividade dos neurónios pré-motores que poderiam assemelhar-se às variáveis de decisão associadas às diferentes estratégias.

Para surpresa dos autores, os dados mostraram que, apesar de cada ratinho se concentrar na sua própria estratégia, os seus cérebros não. Fanny Cazettes explica: “Descobrimos que, embora a atividade no córtex pré-motor refletisse a computação que o animal estava realmente a usar, ela também refletia variáveis de decisão alternativas úteis para a mesma tarefa e até mesmo variáveis de decisão úteis para outras tarefas”. Zach Mainen, um dos autores seniores do estudo, acrescenta “Ao contrário da nossa experiência nas filas das caixas do supermercado, descobrimos que o cérebro pode realmente executar várias estratégias de contagem diferentes ao mesmo tempo, o que nos remete para o conceito de superposição na mecânica quântica.”

Embora ainda haja muito por ser explorado nesta área, este estudo fornece uma base importante para investigação futura: "As nossas descobertas sugerem a necessidade de novas formas de pensar sobre os principais processos envolvidos na tomada de decisões e na seleção de ações. Um de nossos próximos passos será investigar como o cérebro seleciona entre diferentes variáveis de decisão e como essas decisões são traduzidas numa ação”, diz Fanny Cazettes.

Qual poderá ser a utilidade de representar tanto estratégias usadas, como as não utilizadas, em simultâneo? “Esta possibilidade pode facilitar a flexibilidade cognitiva e de aprendizagem, porque a mudança de estratégias requer apenas que seja dada atenção à variável de decisão pré-computada correta, em vez de construí-la do zero”, argumenta Alfonso Renart, um dos investigadores principais deste estudo. “Estas descobertas têm implicações importantes para a nossa compreensão sobre como o cérebro processa e seleciona variáveis de decisão em ambientes complexos. E podem ainda ter implicações para o desenvolvimento de sistemas de machine learning mais flexíveis e adaptáveis, o que poderá ser particularmente útil em situações onde há um alto grau de incerteza ou complexidade”, conclui Zach Mainen.

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14 de abril
A GS1 Portugal, organização neutra, sem fins lucrativos, responsável pela implementação de standards para a promoção de uma...

Esta unidade formativa tem como principal objetivo disponibilizar aos associados da GS1 Portugal as melhores ferramentas para promover a eficiência no setor da saúde, com o foco na implementação de standards GS1. Nesse sentido, e relativamente à codificação de produtos na saúde, esta ação formativa vai incidir sobre Requisitos legais; Identificação e captura de dados de produto; Identificação única em medicamentos e dispositivos médicos e Transformação dos requisitos legais em meios para beneficiar o negócio.

A gestão logística nas mais variadas cadeias de valor otimiza a circulação de produtos e materiais e assegura a ligação entre o fluxo físico e o fluxo de informação. A gestão logística hospitalar e farmacêutica gere o fluxo de dispositivos médicos, medicamentos, de outros produtos de saúde e de dados do paciente, assegurando a qualidade e segurança, desde o fabricante até ao paciente.

Com vista a veicular estes conceitos e boas práticas a profissionais do setor da saúde, a GS1 Portugal promove o webinar "Primeiros passos para codificar na saúde", no dia 14 de abril, das 10h00 às 11h00.

Informação adicional e inscrições na ação formativa estão disponíveis no respetivo formulário.

 

19 de abril na Escola Nacional de Saúde Pública – NOVA
A apresentação dos resultados da 8.ª edição do Saúde que Conta, que este ano tem como tema a “Literacia em Saúde e Qualidade de...

Os resultados do estudo a apresentar focam-se, num primeiro momento, na caracterização dos cuidadores informais em Portugal ao nível das suas características individuais, dos cuidados prestados e das suas características das pessoas cuidadas; para depois traçar uma análise do seu nível de literacia em saúde, da perceção sobre a sua própria saúde, incluindo saúde mental, qualidade de vida e sobrecarga, explorando também a forma como estas se relacionam entre si.

No evento, após apresentação dos resultados, é promovido um debate sobre a “A importância da Literacia em Saúde na Vida dos Cuidadores Informais”, que conta com a participação de Maria dos Anjos Catapirra, da Associação Nacional de Cuidadores Informais, de Ema Paulino, da Associação Nacional das Farmácias, de Heitor Costa, da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, de Inês Espírito Santo, do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, de Miguel Telo de Arriaga, da Direção-Geral da Saúde e de Maria Carminda Morais, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

Criado em 2011, o Saúde que Conta é uma iniciativa de investigação nacional da responsabilidade científica da Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade NOVA de Lisboa, e da Associação Nova Saúde Pública, com o apoio da Lilly Portugal. Tem como intuito contribuir para o debate público através da análise do papel do cidadão na gestão da sua própria saúde e bem-estar, assim como sensibilizar a comunidade para a importância da literacia em saúde. A sua principal missão centra-se na promoção do debate e na consciencialização para a importância da literacia em saúde, e na implementação de estratégias que possam contribuir para uma eficaz capacitação do cidadão. Para além da equipa de investigação, o projeto conta com a colaboração e envolvimento de um vasto conjunto de especialistas de diversas áreas como ciências da saúde, educação, jornalismo, sociologia, psicologia, instituições governamentais e sociedade civil.

Para inscrição no evento: Literacia em Saúde e Qualidade de Vida dos Cuidadores Informais (office.com)

A partir 20 abril
O último “The Global Status Report on Physical Activity 2022”, da Organização Mundial de Saúde, afirma que, entre 2020 e 2030,...

O primeiro passo para entrar nesta saudável competição é calçar umas sapatilhas e roupa de desporto confortável e inscrever-se nas Step Stores, que estarão instaladas entre 20 e 30 de abril nos pisos 0 do MAR Shopping Algarve (junto à Padaria do Bairro) e do MAR Shopping Matosinhos (Atrium). Depois é só subir para as passadeiras e dar o máximo!

No MAR Shopping Algarve, os visitantes serão incentivados a alcançarem 10.000 passos, contando com a ajuda do staff do Ginásio Moov. Paralelamente, serão convidados a participar em atividades na área de saúde e bem-estar, como workshops, sessões de esclarecimento e de boas práticas, desenvolvidas em parceria com a Clínica HPA, a Farmácia Silveira e outros parceiros locais. A agenda estará em breve disponível no website do MAR Shopping Algarve.

No MAR Shopping Matosinhos, os primeiros visitantes que registem de 20.000 a 70.000 passos receberão packs de prémios (limitados ao stock existente) dependendo do patamar que alcançarem. Cada participante pode receber um pack por patamar. O regulamento estará acessível na Step Store e no website www.marshopping.com a partir de 20 de abril.

Também o ginásio Fitness UP do MAR Shopping Matosinhos realizará aulas de YourFit Jump, FitDance, Fiit, Salsation e Body Pump junto à Step Store. O acesso às aulas é livre e gratuito (limitado a 20 alunos por aula), bastando aos interessados dirigirem-se ao ginásio até 24h antes de cada aula programada e inscreverem-se na mesma. Aproveite e experimente de forma gratuita “aquela” aula que sempre quis fazer!

Ainda no espaço da Step Store do MAR Shopping Matosinhos, a Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM) desenvolverá atividades direcionadas para a saúde da mulher e da criança, reproduzindo aulas de preparação para o parto, massagem ao bebé, cuidados ao recém-nascido, apoio à amamentação e a iniciativa “Brincar às Consultas”, que incentiva a interação entre as crianças e os pais com os profissionais de saúde. Serão ainda realizados rastreios a fatores de risco cardiovasculares, bem como sessões de informação sobre importância da vacinação, saúde oral, exercício físico, nutrição e cessação tabágica. Em parceria com o MAR Shopping Matosinhos, a ULSM apresentará ainda projetos de promoção da saúde mental (yoga, tai chi, yoga do riso, atividades de Saúde Mental Positiva) e de reabilitação respiratória, cardíaca e funcional. A agenda estará em breve disponível no website do MAR Shopping Matosinhos.

“O objetivo destas iniciativas é incentivarmos os nossos visitantes e as comunidades em que nos inserimos a adotarem um estilo de vida mais saudável. Sabemos hoje que o exercício físico tem um forte efeito na saúde física e mental das pessoas e, sendo nossa missão inspirarmos hábitos mais felizes e sustentáveis, não podem faltar nas atividades gratuitas que oferecemos aos nossos visitantes ações para incentivar o exercício”, aponta Sandra Monteiro, porta-voz da Ingka Centres Portugal. A responsável explica ainda que este programa se insere no âmbito da iniciativa global “Health & Wellbeing” que a Ingka Centres desenvolve anualmente por altura da primavera, estendendo-se a vários meeting places da empresa em vários países.

Datas e horários das restantes atividades, bem como regulamentos de participação, estarão acessíveis em www.marshopping.com a 20 de abril.

Pedro Costa Moreira
Três gastroenterologistas de renome internacional – Jean-Marc Sabaté, Jan Tack e Pedro Costa Moreira – acabam de lançar, com o...

A SII é uma desordem gastrointestinal crónica, de difícil diagnóstico, que causa dor, desconforto abdominal e alterações dos hábitos intestinais. Afeta grandemente a qualidade de vida e o bem-estar dos doentes. Até 75% das pessoas com SII podem não estar diagnosticadas e podem sofrer com os sintomas mais de quatro anos até receberem um diagnóstico médico formal correto. 

Como explica o Pedro Costa Moreira, gastroenterologista no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, o diagnóstico adequado da SII pode ser desafiante e incerto por diferentes razões, isto porque é uma patologia complexa, em que os sintomas podem variar de doente para doente com diferentes graus de severidade. “Vivemos uma era de enorme inovação tecnológica na prática médica, assente na rápida disponibilidade de métodos complementares de diagnóstico facilmente mensuráveis. Pelo contrário, “a SII necessita de uma abordagem semiológica cuidada e pormenorizada, tendo por base uma empática relação médico-doente”, explica. 

Na opinião do médico, “a disponibilidade de algoritmos e outras ferramentas de apoio à prática clínica assumem uma grande mais-valia, ao permitirem uma melhor estruturação da consulta médica”. E acrescenta que “uma maior solidez e estratificação do raciocínio clínico permitem a melhor estratificação dos cuidados nas diversas fases da abordagem do utente: diagnóstico clínico, necessidade de meios complementares, abordagem terapêutica e monitorização”. 

manual de diagnóstico de SII desenvolvido pelos três especialistas vem colmatar a preocupação com o diagnóstico tardio e com o tratamento adequado, em vésperas de mais um Dia Mundial da Síndrome do Intestino Irritável, que se assinala a 19 de abril por iniciativa do Support Group Community for IBS Patients, em parceria com organizações de todo mundo e onde se incluiu o Biocodex Microbiota Institute. Outro dos objetivos do manual é facilitar e melhorar a comunicação com os seus pacientes. 

Pede Sindicatos dos Enfermeiros - SE
Apenas uma diretiva central pode ajudar a resolver as incongruências que envolvem a aplicação do Decreto-lei n.º 80-B/2022, que...

Aos responsáveis da DE-SNS, o presidente do SE explicou que há muitos outros problemas a resolver. “Por força das diversas alterações na carreira ao longo dos anos, temos hoje enfermeiros em escalões intermédios e que, por isso, não vão ter o mesmo aumento salarial, aquando da progressão na profissão”, frisa. Além disso, acrescenta, “devido às mesmas alterações, os enfermeiros mais velhos recebem hoje o mesmo que os enfermeiros que entram na carreira o que leva a que, naturalmente, sintam que a sua antiguidade e carreira na enfermagem não é devidamente reconhecida”.

A escassez de enfermeiros no SNS é outro tema central nas reivindicações do SE e foi tema de discussão nos encontros, separados, mantidos tanto com a Direção Executiva do SNS como com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV). O excesso de horas de trabalho extraordinário por falta de enfermeiros, bem como a falta de perspetivas de evolução na carreira foram as principais queixas apresentadas pelos enfermeiros desta unidade numa reunião com o SE, em fevereiro, e agora transmitidas à administração. A exaustão é de tal forma elevada, que a taxa de absentismo supera os 30% entre os cerca de 700 enfermeiros desta unidade. “Irá ter um impacto significativo na prestação de cuidados de saúde no verão, quando a população do distrito de Aveiro mais do que duplica, sem que isso signifique um reforço dos recursos humanos”, sustentou o presidente do SE que, garante, “há tempo para preparar um plano de contingência que permita minimizar este problema”.

Pedro Costa relembra que, “por imperativos éticos e deontológicos, os enfermeiros sentem-se sucessivamente obrigados a seguir turno para garantir que os mínimos são cumpridos nas escalas de turno”. Porém, frisa, vivem num constante dilema de cometer um de dois crimes. A verdade é que “se chegar ao fim do turno e perceber que a escala seguinte não está completa e mesmo assim sair tranquilamente, deixando os doentes sem assistência, posso estar a cometer um crime de omissão de auxílio”. Em contrapartida, “se tiver filhos menores de idade e os deixar sem ninguém que cuide deles para continuar a trabalhar, posso ser acusado do crime de abandono”. “E a solução não passa, nem pode passar, por trazer os filhos para o serviço”, conclui.

Na sequência da reunião com a administração do CHBV, Pedro Costa lamentou que este centro hospitalar não pretenda pagar o subsídio extraordinário de COVID-19 por considerar que os enfermeiros “não reúnem as condições para o receber”. “E embora estejam preocupados com a taxa de absentismo e a escassez de recursos humanos, a verdade é que estão dependentes da tutela para contratar mais enfermeiros”, diz.

“Procuramos ainda sensibilizar a administração para a importância de atribuir mais um dia de férias por cada dez anos de trabalho aos enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho (CIT)”, acrescentou o dirigente do SE. Uma reivindicação dos enfermeiros com CIT que se sentem prejudicados face aos enfermeiros com Contratos de Trabalho em Funções Públicas. “Embora estejam sensíveis à nossa reivindicação, não depende do hospital essa prerrogativa”, sustenta. As conclusões desta reunião vão ser agora comunicadas aos enfermeiros de Aveiro “para que, depois, decidam que medidas vão adotar”, sustentou o presidente do Sindicato dos Enfermeiros – SE.

Dia do Beijo
Em apenas dez segundos durante o beijo pode haver a troca de 80 milhões de bactérias, podem existir

Existem até 600 espécies diferentes que variam de pessoa para pessoa, dependendo de muitos fatores ambientais. As bactérias dos géneros Streptococcus, Actinomyces e Fusobacterium encontram-se principalmente na boca de uma pessoa saudável e são as mais comuns.

Os casais que se beijam, em média, nove vezes ao dia possuem uma composição bacteriana muito similar, apesar disso, os cientistas afirmam que esses microrganismos ajudam a fortalecer o sistema imunológico

Nem tudo é perfeito quando damos um beijo, podem existir doenças que se transmitem pelas trocas salivares.

As doenças que podem ser transmitidas pelo beijo são na maioria infeções por vírus, bactérias e fungos que podem ser transmitidos através da saliva ou gotículas de saliva, como gripe, mononucleose, herpes, varicela, papeira, candidíase, sífilis.

Apesar de geralmente estas doenças serem de curta duração e se curarem com o tempo, em algumas pessoas podem ocorrer complicações, como a propagação da infeção para outros locais do corpo.

Assim, é importante adotar medidas que ajudem a prevenir a transmissão de doenças e caso seja necessário, realizar o tratamento conforme a orientação medica.

Uma boa higiene oral ajuda a manter uns dentes bonitos e saudáveis. Caso a saúde oral seja comprometida, poderá ser necessário diversas intervenções médicas. Uma má higiene oral pode desenvolver complicações na boca, nomeadamente doenças nas gengivas ou cáries dentárias.

Com isto também passamos a ter uma halitose, frequentemente chamado de mau hálito.

As causas orais podem estar relacionadas com vários aspetos, tais como por exemplo:

Má higiene oral, presença de cáries, doenças das gengivas (gengivite e periodontite), ulcerações orais, infeções orais (bacterianas, virais ou fúngicas), próteses dentárias associadas a má higiene oral, diminuição do fluxo salivar e cancro oral.

As bactérias encontram-se em toda a cavidade oral, no entanto a língua parece formar um ecossistema ideal pela sua grande área de superfície e a sua estrutura papilar, por essa razão é importante usarmos um raspador de língua todos os dias quando escovamos os dentes e bochechar com um elixir sempre após a escovagem, tudo isto contribui para uma boa saúde oral e um hálito fresco.

O beijo traz conforto, confiança e sensação de plenitude. Portanto, é o meio ideal para estabelecer vínculos de união, amor e de desejo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Programa REMINDER
Uma equipa de investigação multidisciplinar, coordenada pela Universidade de Coimbra (UC), está a desenvolver um programa que...

Este programa de prevenção da demência contempla «não apenas a monitorização de fatores de risco (como controlo da hipertensão, diabetes, estímulo à prática de atividade física, ou treino cognitivo), mas também a prevenção de fatores de risco psicossociais, como são a depressão, a ansiedade ou o isolamento social», explica a investigadora do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) e coordenadora do projeto, Ana Rita Silva.

A abordagem integrada que o programa propõe vai potenciar «o treino de competências pessoais e sociais, de mindfulness para a regulação emocional e foco atencional, o treino cognitivo e de desenvolvimento pessoal, a gestão de objetivos e a terapia de reminiscência (com a recuperação guiada de memórias positivas)», destaca a investigadora.

O “REMINDER” é composto por 20 sessões em grupo (grupos de cerca de 8 pessoas), que decorrem ao longo de 10 semanas. As atividades desenvolvidas assentam em cinco estratégias: 1) aprender sobre a saúde do cérebro; 2) exercitar a memória e outras funções mentais vitais; 3) modificar as rotinas diárias com a utilização de métodos compensatórios (agendas, lembretes, etc.); 4) melhorar as interações sociais com significado (com atividades que promovam a socialização e o sentido de pertença); 5) adotar estilos de vida protetores e a flexibilidade cognitiva e emocional, para uma vida mais saudável, física e mentalmente.

Atualmente, o programa está a ser desenvolvido e testado para perceber a sua aceitabilidade por um grupo de 20 pessoas, entre os 60 e os 75 anos, que «apresentam queixas de memória ou problemas de saúde que podem ter impactos na saúde do cérebro, por serem conhecidos fatores de risco para a demência (como hipertensão, diabetes e obesidade)», contextualiza Ana Rita Silva. Até ao momento, «apesar de estarmos nas sessões iniciais, os níveis de adesão têm sido acima da média face a estudos similares noutros países, e o interesse em aprender estratégias para promover a saúde do cérebro e prevenir o esquecimento e a perda de funcionalidade têm sido destacados pela maioria dos participantes como os principais motivos para a participação no programa», adianta a investigadora.

Depois desta etapa de estudo de viabilidade do programa, que tem envolvido maioritariamente população de Coimbra, a equipa de investigação pretende «alargar a implementação a outras regiões do país, com características importantes do ponto de vista do risco acrescido para a demência (como, por exemplo, zonas predominantemente rurais e zonas com predominância de população sénior, com escolaridade inferior ao 9.º ano, etc.)», avança a coordenadora do projeto.

Neste momento, a participação no programa está aberta a qualquer cidadão a partir dos 60 anos, sem problemas cognitivos significativos, mas que já apresente algum tipo de queixas de memória. A inscrição pode ser feita em www.remindereomeucerebro.pt/join.

Integram também a equipa do projeto Salomé Pinho e Margarida Pedroso Lima (Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra), Luís Macedo (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra), Joaquim Cerejeira (Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra), Ana Lúcia Faria (Universidade da Madeira) e Rosa Afonso (Universidade da Beira Interior). Conta ainda com a colaboração de universidades seniores e da APRe! – Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados. O programa é financiado no âmbito do Concurso Estímulo ao Emprego Científico Individual da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Saúde mental nas empresas
Quando falamos de burnout é importante perceber que não se trata de uma doença, mas sim de um síndrome associado ao trabalho,...

É neste contexto que as empresas têm agora um desafio acrescido para manter o bem-estar dos seus colaboradores. “Se cuidares bem das tuas pessoas, elas vão cuidar bem do teu negócio”, uma frase da autoria de Richard Branson, que Vanda Brito, diretora de Recursos Humanos da Kelly, utiliza para expressar a importância que uma cultura empresarial virada para o wellbeing das suas pessoas tem no mundo do trabalho nos dias de hoje.

O burnout é, segundo a American Psychological Association (APA), a exaustão física, emocional ou mental acompanhada de diminuição da motivação, diminuição do desempenho e atitudes negativas em relação a nós próprios e aos outros. Resulta, assim, do desempenho sob um nível elevado de stress e tensão, causado por esforço físico ou mental extremo e prolongado ou de uma sobrecarga de trabalho.

“Burnout não é uma doença mental. Ter burnout é fator de risco para desenvolver depois depressão e perturbações da ansiedade. É uma síndrome associada ao trabalho, mas não é uma doença. Resulta do trabalho e do stress associado, incluindo exaustão emocional, distanciamento em relação ao trabalho ou pouca realização profissional. Isto é um estado de mal-estar psicológico e de mal-estar mental.”, explica Gustavo Jesus, médico psiquiatra e diretor clínico do Partners in Neuroscience.

Sobre os estigmas mais comuns, Vanda Brito afirma: “eu diria que talvez um dos principais é considerar que isto é problema da pessoa e não propriamente do trabalho, o que não é necessariamente verdade. Ao nível dos estigmas, na verdade, são aqueles que acabamos por encontrar na sociedade, fora o ambiente de trabalho, e, portanto, acabamos por transpor para a organização aquilo que vivemos no nosso dia-a-dia. É muito associado à fraqueza da pessoa. Pode ser considerada uma fraqueza pessoal ou até às vezes incompetência.”, diz Vanda Brito.

No caso deste último estigma mais associado à fraqueza, como descrito pela diretora de RH da Kelly, as pessoas que sofrem de burnout acabam por poder ficar rotuladas como incompetentes e fracas. Rótulos estes que acabam – ainda – por ficar associados às pessoas, apesar da mudança de paradigma que se tem vindo a observar na esfera da saúde mental.

Gustavo Jesus acrescenta também que o panorama atual teve um impacto positivo no que toca a este tema. “O problema já existia, a pandemia ajudou. O teletrabalho, os modelos híbridos e os próprios modelos de trabalho modificaram a vivência do stress no trabalho. Nomeadamente, a carga de trabalho, as horas, o equilibro - ou ausência dele - entre o trabalho e a vida pessoal”. Diz, ainda, que “desde que exista trabalho pode existir burnout e sobretudo têm de existir cuidados para que a saúde mental possa ser mantida”.

Em última instância, importa perceber a relevância do investimento em políticas que promovam a saúde mental. Tal como explicou o psiquiatra, “do ponto de vista do empregador, esses investimentos vão ter um retorno, vão melhorar a funcionamento das equipas e os resultados”. Assim, as empresas devem olhar para este tema com uma nova lente, com a ambição de tornar o mundo do trabalho num lugar saudável e que, deste modo, alavanque o potencial de todos os agentes nele envolvidos.

Este e outros temas relacionados com o universo laboral estão em discussão no podcast HumanaMente Falando.

Solução inovadora
O site Infocancro tem a partir deste mês uma nova assistente virtual para ajudar os utilizadores a navegar melhor pela...

Alice é o nome da nova assistente virtual, uma “humana digital” que pretende tornar a interação com o site mais apelativa, simples, intuitiva e personalizada.

Por enquanto, esta nova assistente virtual apenas está disponível na área do cancro da mama, ajudando a navegar pela informação sobre diagnóstico, deteção e rastreio. O objetivo é alargar progressivamente a Alice a outras áreas do Infocancro.

Mas o que é afinal um “humano digital”? Trata-se de uma tecnologia, pré-programada e baseada numa plataforma visual, que representa digitalmente um ser humano e consegue transmitir informações úteis que estão previamente validadas. No fundo, permite uma experiência mais personalizada, mais empática e visual.

Com esta nova assistente virtual, pretende-se sobretudo ajudar a caminhar pela informação para incrementar a literacia em saúde.

O Infocancro é uma plataforma de informação sobre doença oncológica, com validação científica mas em linguagem simples. Trata-se de um site para todos: doentes, famílias, profissionais de saúde, representantes de associações de doentes, sociedades científicas e população em geral.

O Diretor Médico da Roche em Portugal, Ricardo Encarnação, sublinha que “a introdução de uma assistente virtual no Infocancro é mais um passo fundamental para aumentar a literacia na área do cancro, recordando que a literacia em saúde é uma das prioridades da Roche”.

 

 

 

 

A lei deveria ter sido regulamentada até final de março
Depois de promulgada em 2021 pelo Presidente da República, a lei da gestação de substituição deveria ter sido regulamentada...

Até hoje, o documento que sustenta a gestação de substituição em Portugal avançou e recuou em vários níveis. Em 2018, o Tribunal Constitucional chumbou normas que regulavam a possibilidade. Em 2019, esta foi vetada por Marcelo Rebelo de Sousa. Depois da sua promulgação, no final de 2021, a lei ficou a aguardar pela regulamentação, mas até abril de 2023 os avanços não são visíveis. “Tudo isto para continuar a ouvir por parte do Ministério que não há datas previstas para se pronunciar sobre a regulamentação, que talvez dentro de semanas haja novidades, assumindo que os casais beneficiários continuam a ter paciência”. 

O Ministério admitiu, entretanto, que a proposta de regulamentação está concluída, mas aguarda-se uma nova ronda de audições de entidades competentes, durante o presente mês, para que o documento final do Governo seja conhecido. 

À medida que o tempo passa, esta associação lida com as dúvidas e receios dos casais que olham para a gestação de substituição como uma esperança: “É sem dúvida frustrante ficar sem palavras quando se ouve o desespero e o desânimo destas pessoas, que perguntam sempre: ‘é agora?’, ‘podemos avançar?’. É entristecedor que alguns destes casais questionem se é tempo de desistir”. 

Para Cláudia Vieira, os sucessivos atrasos em cumprir os prazos “demonstram como o Governo tem respondido aos problemas que envolvem desde sempre a infertilidade e, neste caso, a gestação de substituição: empurrando os cidadãos para situações de desgaste emocional e psicológico e enormes fragilidades financeiras, quando apenas no privado ou noutros países podem tentar ser mães e pais”.  

“Há quase cinco anos que é pedida compreensão aos casais que só têm na gestação de substituição a possibilidade de serem pais biológicos. Isto é um desespero, uma perda da esperança, possivelmente o fim da linha para alguns casais. Mesmo depois de lhes ter sido dada uma última possibilidade de terem filhos, e de essa possibilidade existir, não há forma para se tornar uma realidade”, continua. 

Para a associação, “torna-se difícil ver o incumprimento sucessivo de prazos pelo Ministério da Saúde para que uma lei em vigor há mais de um ano seja aplicada e de não se assistir a qualquer mudança”. A APFertilidade garante que se vai continuar a fazer ouvir junto do Ministério da Saúde, grupos parlamentares, Comissão de Saúde e Presidência da República para proteger os direitos dos que têm na gestação de substituição a única possibilidade de serem pais. 

Dia 15 de abril
O Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, numa parceria com a Associação Portuguesa de...

Pretende-se com este evento, ir ao encontro das necessidades da pessoa com ferida cirúrgica, dando visibilidade aos cuidados prestados no interior do país, “onde o trabalho prima pelo rigor e excelência”.

Este vai ser também “um momento privilegiado de formação e partilha e uma mais-valia para a prática clínica de médicos e enfermeiros a nível nacional”, desde os Cuidados Hospitalares aos Cuidados de Saúde Primários, na área da prestação de cuidados ao doente com ferida cirúrgica.

 

Iniciativa inédita na área da saúde decorre nos dias 14 e 15 de abril
“ASAP Challenge - Accelerate Science and Access for Patients in Oncology” é o nome do Hackathon que a MSD Portugal vai promover...

No quadro europeu, Portugal é dos países onde o acesso à inovação é mais demorado. O tempo de aprovação médio para novas soluções terapêuticas no SNS são 676 dias1 e a situação acentua-se na área da Oncologia, onde as terapêuticas demoram, em média, cerca 753 dias2  a ser aprovadas, um período superior à média da UE (545 dias2).

Considerando que a inovação em saúde é fundamental para salvar e melhorar a qualidade de vida dos doentes, o mote desta maratona criativa será desafiar os jovens estudantes a analisar o processo, a identificar fatores de constrangimento e a desenvolver soluções inovadoras que possam contribuir para um acesso a novas terapêuticas mais célere e equitativo.

Este Hackathon vai durar 24 horas, num formato virtual, e conta com equipas formadas por alunos de diferentes áreas de conhecimento: Medicina, Farmácia, Engenharias, Direito, Economia e Gestão. Os participantes fazem parte de Instituições de Ensino selecionadas de Lisboa, Porto, Coimbra e Minho.

Para analisar as propostas submetidas, o “ASAP Challenge” conta com um painel de jurados de reconhecida idoneidade, cuja experiência profissional permitirá promover um debate multidisciplinar: Professora Doutora Daniela Seixas, CEO da TonicApp, Doutor Francisco Ramos,  Professor Associado Convidado do Departamento de Ciências Sociais em Saúde da ENSP-NOVA, Doutora Leonor Ribeiro, Médica Oncologista e Membro da Direção da Sociedade Portuguesa de Oncologia, Doutora Paula Martins de Jesus, Diretora Médica da MSD Portugal, Doutor Ricardo Baptista Leite, Deputado à Assembleia da República, Doutora Sara Cerdas, Deputada ao Parlamento Europeu, e Doutor Vítor Veloso, Médico Oncologista e Secretário-Geral da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).

No decorrer do desafio, os estudantes serão acompanhados por profissionais de renome, que assumirão o papel de mentores em diferentes áreas de expertise:

  • Avaliação e Acesso
  • Oncologia
  • Representantes de doentes
  • Gestão da Saúde
  • Legislação

Presente em Portugal há mais de 50 anos, a MSD assumiu, desde sempre, um compromisso com a inovação e a investigação para servir um único propósito: salvar e melhorar a vida em todo o mundo. O “ASAP Challenge” é mais uma iniciativa que reitera este compromisso e posiciona a MSD enquanto agente que pretende contribuir ativamente para a promoção da saúde em Portugal.

Qualidade do ar
De acordo com o alerta dado pela Agência Portuguesa do Ambiente, esta semana estamos sujeitos a resp

Respirarmos ar poluído tem um tremendo impacto na nossa saúde e muitas vezes é uma preocupação descurada no dia-a-dia. Devido ao seu minúsculo tamanho, estas partículas são capazes de penetrar profundamente nas vias respiratórias e depositar-se nos alvéolos pulmonares, podendo mesmo alcançar a corrente sanguínea, causando um aumento do stress oxidativo, pró-inflamatório e pró-trombótico.

A qualidade do ar é um problema global…

Ao aplicar técnicas de aprendizagem mecânica aos dados tanto das estações de monitorização da qualidade do ar como dos satélites meteorológicos, uma equipa de investigação em Monash Uni apurou que apenas 0,18% da área terrestre global e 0,001% da população global estão expostos a níveis de PM2,5 dentro dos valores recomendados pela OMS.

Ian Brough, Head of Environmental Care Category na Dyson afirma: "Esta investigação mostra que a qualidade do ar é um problema global. Estamos cada vez mais conscientes da necessidade de evitar estradas movimentadas, desligar os motores em marcha lenta e proteger o nosso ambiente exterior de poluentes. Mas o que pensamos menos é o impacto que o ar exterior tem no ambiente interior. Os dados dos purificadores conectados da Dyson mostram que quando a poluição do ar exterior é elevada, o mesmo acontece com a poluição interior, onde passamos 90% do nosso tempo.”

…que tem um forte impacto nos jovens

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a poluição atmosférica é a causa de morte de 7 milhões de vidas por ano. Mas reforça que este é um problema particularmente prejudicial para as crianças jovens porque respiram mais depressa, o que significa que inspiram mais poluentes numa fase em que os seus corpos ainda se estão a desenvolver.

Só em 2016 morreram mais de meio milhão de crianças com menos de cinco anos devido a infeções respiratórias causadas pela poluição do ar interior e um estudo da Universidade de Harvard, em 2020, que mostrou que as crianças asmáticas que viviam e frequentavam escolas mais perto de estradas principais tinham maior incidência de sintomas de asma3.

De forma a melhorar o seu bem-estar e da sua família, ficam aqui algumas dicas de como obter um ar interior saudável:

  1. Ventilar de forma eficiente

Muitos edifícios modernos são hermeticamente selados, o que significa que não permitem a entrada de grandes quantidades de ar fresco, levando a que os poluentes interiores possam acumular-se. Para os remover, pode ventilar a sua casa com ar exterior, embora isso, por vezes, possa ser ainda mais prejudicial devido à poluição. É, portanto, aconselhável verificar regularmente a poluição do ar exterior e as concentrações de pólen para evitar a abertura de janelas quando estes níveis são elevados. Por exemplo, não é aconselhável abrir as janelas de manhã cedo e à noite, adotando um cuidado redobrado durante a estação do Verão.

  1. Escolher a mobília correta

Muitos produtos tais como tapetes e móveis emitem pequenas quantidades de formaldeído, um químico incolor, inflamável e de cheiro forte, utilizado para o fabrico de materiais e produtos domésticos. Por isso, deve manter a casa bem arejada quando coloca novos móveis ou tapetes pela primeira vez. Seria também importante escolher pavimentos de superfície dura em vez de tapetes, comprar móveis em segunda mão (após alguns anos, os produtos deixam de libertar formaldeído), ou procurar colchões feitos de materiais naturais, tais como algodão, lã e látex natural.

  1. Livrar-se do pó

O pó doméstico é uma mistura de sujidade, ácaros, pelo dos animais de estimação, pólen e outras partículas que também podem conter produtos químicos emitidos pela mobília, dispositivos eletrónicos, plásticos e tecidos. Para combater isto podemos adotar hábitos de limpeza regulares como limpar os tapetes, lavar a roupa da cama em água quente a 60°C uma vez por semana, deixar os sapatos à porta de casa e aspirar frequentemente todas as superfícies, pavimentos e colchões com um aspirador totalmente selado, que tenha o sistema de filtragem correto para prender eficazmente o pó.

  1. Evitar os espaços húmidos e a condensação

Bolores e ácaros prosperam em ambientes quentes e escuros, como os quartos, e também em lugares frios e húmidos, como a casa de banho. Uma das medidas que podemos tomar para o evitar é manter as cozinhas, casas de banho e corredores livres de tapetes, uma vez que estes são frequentemente locais húmidos, o que promove o crescimento de bolor. Também é útil fechar as portas da cozinha e da casa de banho ao cozinhar ou tomar banho para impedir a entrada de vapor nas noutras divisões, bem como abrir janelas, utilizar um purificador de ar ou exaustor quando se utilizam estas divisões. Finalmente, evitar secar roupa molhada dentro de casa ou em radiadores; é melhor secá-la ao ar livre.

Em suma, há muitas coisas que podemos fazer para garantir que, enquanto estamos dentro de casa, respiramos o ar mais saudável possível, criando um espaço seguro contra os compostos nocivos que estão constantemente a aumentar no ar exterior. Como vimos, não basta ventilar de vez em quando: podemos adquirir hábitos de limpeza para manter os poluentes à distância.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
Numa semana de rescaldo em torno da polémica da Crónica “A imagem não é tudo”, a qual infelizmente,

No “ideal de beleza”, no que diz respeito às mulheres, devemos ter um aspeto sempre jovem e não basta sermos só magras, mas também que, de acordo com o tal jornalista, é inaceitável termos flacidez, o que leva a que exista muita pressão para que os nossos corpos nunca sejam bons o suficiente.

E com as redes sociais, tudo isto tem vindo a piorar. Hoje vivemos numa cultura com estímulos visuais constantes, onde somos bombardeadas com imagens e vídeos que promovem padrões de beleza irrealistas. Vivemos uma epidemia de ansiedade em relação à nossa aparência. Isso refere-se ao fenómeno generalizado de pessoas, especialmente mulheres, que se sentem pressionadas a adequar-se a um determinado padrão de aparência física. Essa pressão pode levar a uma série de resultados negativos, incluindo insatisfação corporal, baixa auto-estima e distúrbios de alimentação.

No livro O Mito da Beleza, a escritora Naomi Wolf relata que “Os ideais de beleza não desceram do céu, eles realmente vieram de algum lugar e serviram a um propósito, muitas vezes financeiro, quanto mais fortes as mulheres se tornavam politicamente, mais pesados os ideais de beleza pesavam sobre elas, principalmente para distrair sua energia e minar seu progresso.” “Embora as mulheres representem 50% da população mundial, elas realizam quase ⅔ de todas as horas de trabalho, recebem apenas 1/10 da renda mundial e possuem menos de 1% das propriedades mundiais.” Ou seja, ter uma grande preocupação em relação à nossa aparência, distrai-nos do que é realmente importante no final das contas.

Tanto homens, como mulheres devem ter a liberdade de se concentrar na sua aparência física, se assim o desejarem, sem serem julgados ou discriminados com base no seu género. Mas ao fazer isso, temos de considerar quais consequências que isso trará para as nossas vidas.

Estamos a enfrentar alterações climáticas, a desigualdade social está a aumentar e nós mulheres continuamos a enfrentar barreiras sistemáticas que podem limitar o nosso poder e influência em várias áreas da vida, como no local de trabalho, na política e na sociedade em geral.

Tudo isso é muito bonito e inspirador no papel. Já pararam para pensar no verdadeiro custo em abrir mão dos padrões de beleza e deixarmo-nos ganhar uns “quilinhos” e parar de fazer botox?

Economicamente, ao abrir mão dos padrões de beleza, as pessoas podem enfrentar oportunidades limitadas em áreas como emprego. Estudos têm mostrado que pessoas consideradas atraentes têm maior probabilidade de serem contratadas para empregos e ganhar salários mais altos, enquanto aquelas consideradas “pouco atraentes” podem enfrentar discriminação no local de trabalho. E quando falamos de trabalhos de quem depende da sua imagem e, sobretudo, pessoas que trabalham na televisão, o custo de não seguir os padrões é muito alto, principalmente se forem mulheres.

A luta contra a pressão social exercida sobre as mulheres para se adequarem a um padrão irreal de beleza, vai ser árdua. Há muito incentivo financeiro para a indústria de beleza, assim como para os media que ganham dinheiro a fazer publicidade destes produtos e serviços. A insegurança das mulheres traz muito lucro.

O que nos resta fazer? Temos que perceber que a imagem só é tudo, se nós como sociedade deixarmos ser tudo. Foi positivo as várias pessoas que se manifestaram contra a crónica, pois é importante que os indivíduos, bem como a sociedade como um todo, continuem a lutar para promover uma imagem corporal positiva e desafiar padrões de beleza irrealistas.

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