VI Encontro Luso-Espanhol de Psicologia na Guarda
A cidade da Guarda recebe, a 26 de maio, o VI Encontro Luso-Espanhol de Psicologia. Acessibilidade e inclusão social são os...

A sessão de abertura, que se realiza às 9:00, no Teatro Municipal da Guarda, contará com a presença do Bastonário da OPP, Francisco Miranda Rodrigues, do Presidente do COP, Francisco Santolaya, e do Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa.

Às 9h45 são entregues os Prémios Ibéricos de Psicologia. Pelas 10h15 Javier Arrellanos falará sobre D(eficiência): Abraçar a diversidade e transformar a diferença em valor. Segue-se uma mesa com o mesmo tema onde vão participar Jorge Pereira, Leonor Carvalho, Tomas Castillo e Ana Sánchez. Será moderada pela vice-presidente da OPP Sofia Ramalho.

A seguir ao almoço, pelas 13h30, há sessões paralelas e, pelas 15h30, Américo Nave vai falar sobre Pobreza(s): A pobreza, que abrange mais ausência(s) e escassez para além dos recursos materiais. Segue-se uma mesa sobre este tema com Isabel Soares, Laura Vallejo Slocker e Pedro Altungy Labrador, moderada por Tiago Pereira, membro da direção da OPP.

Pelas 17h00 será feita a leitura da declaração conjunta do COP e da OPP.

 

HEPFORWARD 2023 - Inspired By Your Patients
A Gilead Sciences Portugal organiza, nos próximos dias 5 e 6 de maio, em Peniche, o HEPFORWARD 2023 - Inspired By Your Patients...

Os principais objetivos desta reunião passam por refletir sobre o futuro da hepatologia, reforçando o compromisso da Gilead com as doenças do fígado, nomeadamente as hepatites víricas e debater o presente e futuro da Hepatite B e Delta, focando os desafios de tratamento.

Vão-se abordar ainda os desafios e oportunidades dos doentes atuais com Hepatite C e partilhar projetos de micro-eliminação da Hepatite C.

No dia 5 de maio, 1º dia do evento, terá lugar uma sessão dedicada ao presente e ao futuro da hepatologia – Hepatologia Forward – que contará com a moderação do Prof. Doutor Fernando Maltez e da Prof.ª Doutora Isabel Pedroto, com a participação do Prof. Doutor Christophe Hezode, do Dr. José Presa e da Prof.ª Doutora Maria Buti.

O dia 6 de maio terá como foco as hepatites víricas, com uma 1ª sessão dedicada ao VHB e ao VHD, com o título “VHB e VHD: 2 em 1!”. Esta sessão contará com a moderação do Dr. Filipe Calinas e da Prof.ª Doutora Lurdes Santos, e terá a participação do Dr. João Madaleno e da Dr.ª Mariana Cardoso. A última sessão, dedicada ao VHC e intitulada “VHC: Mind the GAP” terá a moderação da Dr.ª Ana Cláudia Miranda e da Dr.ª Margarida Sampaio, e conta com a participação da Dr.ª Josefina Mendez da Dr.ª Margarida Mota, da Dr.ª Alexandra Rosu, do Dr. Rui Gaspar e do Dr. Mário Jorge Silva.

O HEPFORWARD 2023 - Inspired By Your Patients proporcionará em vários momentos a partilha e discussão de experiências, que a Gilead acredita que serão muito interessantes e profícuos, principalmente pela oportunidade de participação de todos aqueles que gerem diariamente doentes com doenças do fígado.

 

Opinião
Atualmente, com o nível de vida e stress que muitas pessoas levam, o sono, assim como a alimentação,

O sono é essencial para a regulação e estabilidade do organismo, dorme-se para restaurar energias e o tempo de sono necessário varia de pessoa para pessoa. É importante dormirmos para conseguimos fazer as atividades diárias com qualidade.

As fases do sono

O sono leve tem 4 fases. Após +/- 90 minutos entramos no sono REM (Movimento Rápido dos Olhos) em que 1º adormecemos; 2º entramos no sono ligeiro; 3º entramos no sono médio/profundo; 4º segue-se para o sono profundo onde ocorrem os Sonhos!

Durante estas fases perdemos força do tónus muscular (aquela sensação de que vamos a cair), a temperatura do corpo aumenta, respiramos mais rápido e o coração bate mais depressa.

Sabia que…

  • Crescemos mais a dormir que acordados
  • Em casos raros, problemas do sono podem afetar o crescimento
  • Dormimos 8h por dia, 56h por semana, 224h por mês e 2688h por ano
  • Passamos 1/3 (um terço) das nossas vidas a dormir

Problemas do Sono

Quando o sono não é de qualidade, promovem o desenvolvimento de problemas do sono, tais como:

  • Insónia: Dificuldade em adormecer e manter o sono
  • Hipersónia: Ter sono em excesso e sensação de que não se dormiu tudo
  • Pesadelos: Sonhos intensos e assustadores que podem advir de preocupações, medos e stress
  • Sonambulismo: Ato de levantar e andar pela casa, não reagindo ao que lhe é dito e não recordar o sucedido no dia seguinte
  • Sonilóquio: Falar durante a noite
  • Apneia do Sono: Afeta a respiração durante o sono que pode sofrer algumas paragens, por segundos, durante a noite

Para uma noite de sono com qualidade, deve evitar:

  • Ficar muito tempo na cama
  • Ir dormir zangado ou nervoso
  • Dormir fora das horas normais
  • Fazer exercício à noite
  • Ler e ver TV na cama
  • Estar exposto à luminosidade dos ecrãs de telemóveis e/ou tablets
  • Comer em demasia e deitar-se logo de seguida
  • Ter um relógio luminoso perto da cama
  • Beber bebidas energéticas antes de dormir
  • Não ter horas e rotinas de sono
  • Dormir em locais com temperatura desadequada e com ruído

Não se esqueçam de dormir bem!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Women Choose Health”
Nos últimos dois anos, uma equipa de investigação da Universidade de Coimbra (UC) conduziu um estudo que procurou conhecer a...

Liderado pela psicóloga clínica e investigadora da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) e do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC), Ana Fonseca, o projeto “Women Choose Health” centrou-se na análise do período perinatal, compreendido entre a gravidez e o primeiro ano após o parto, que é considerado um momento de grande vulnerabilidade para as mulheres, que podem desenvolver sintomatologia depressiva ou ansiedade.

O projeto foi implementado pela UC em Portugal e pela Universidade de Oslo na Noruega, em resultado do financiamento atribuído pelo Fundo de Relações Bilaterais dos EEA Grants. Todas as conclusões da investigação vão ser apresentadas amanhã, dia 5 de maio, numa sessão que vai decorrer no Polo I da UC.

Em Portugal, a investigação envolveu 421 mulheres grávidas ou no período pós-parto que apresentavam sintomas de ansiedade e/ou depressão clinicamente relevantes e procurou perceber as opções de tratamento de cada uma (medicação, psicoterapia ou não tratamento). Os resultados revelaram que «apenas 20% das mulheres com sintomas clinicamente relevantes de ansiedade e/ou depressão estava, no momento da participação no estudo, a receber algum tipo de tratamento (farmacológico e/ou psicológico)», adianta a coordenadora da investigação em Portugal.

Ana Fonseca destaca que «estes dados são preocupantes tendo em conta as consequências negativas, para a mulher e para a criança, das perturbações psicológicas neste período; e alertam-nos para a necessidade de delinear estratégias de sensibilização e para a redução de barreiras no processo de procura de ajuda profissional neste período».

Sobre as decisões de tratamento, a investigadora da Universidade de Coimbra adianta que «se verificou que as mulheres que não estão a receber qualquer tipo de tratamento apresentam maior conflito decisional (como, por exemplo, o grau de incerteza/dúvida quanto ao curso de ação a escolher) e mais estigma em relação à doença mental, por comparação com as mulheres que estão a receber algum tratamento para a sua sintomatologia».

Para a equipa de investigação, os resultados do projeto “Women Choose Health” «fazem-nos refletir sobre a importância de adotar estratégias e ferramentas de apoio à tomada de decisão das mulheres neste período». «É importante que os profissionais de saúde coloquem a mulher no centro da decisão, tornando-a num elemento ativo e ajudando-a a tomar decisões informadas e coerentes com as suas crenças e valores, o que potenciará a adesão à opção de tratamento escolhida», remata Ana Fonseca.

A sessão de apresentação de resultados começa pelas 9h30 e vai decorrer na Unidade de Psicologia Clínica Cognitivo-Comportamental da Universidade de Coimbra (UpC3), no Polo I da UC (no edifício da Faculdade de Medicina, 2.º piso).

 

Novo tratamento
A partir de agora, os doentes com Micose Fungoide e Síndrome de Sezáry vão ter acesso a um tratamento inovador que contribuirá...

De acordo com Iván Silva Romero, Southern Cluster Payer Value & Patient Access Director & Country Manager Spain da Kyowa Kirin, o mogamulizumab – é assim que chama a substância ativa do fármaco -, é “um anticorpo monoclonal indicado para o tratamento da Micose Fungóide (MF) e da Síndrome de Sézary (SS), que são os subtipos mais comuns de linfoma cutâneo de células T”

Mais especificamente, explica, “este tratamento está indicado em doentes que tenham recebido previamente pelo menos uma terapêutica sistémica, ou seja, em doentes que tenham sido previamente tratados com outros medicamentos que, para exercerem a sua ação, tenham de passar direta ou indiretamente para o sangue”.

Com esta aprovação, Iván Silva Romero diz que se espera que os doentes com MF e SS “tenham acesso a um novo tratamento que lhes permita melhorar a sua qualidade de vida”. Considerando importante referir que “esta aprovação, e a sua inclusão no sistema de saúde, irá aumentar a visibilidade da doença, facilitando o diagnóstico de novos doentes, reduzindo assim o impacto socioeconómico que esta causa”.

Segundo a informação disponibilizada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Poteligeo só pode ser obtido mediante receita médica e o tratamento deve ser supervisionado por um médico com experiência no tratamento do cancro.

A Micose Fungoide e Síndrome de Sezáry são considerados os dois subtipos mais comuns de Linfoma Cutâneo de Células T, um tipo de cancro raro, com origem nos linfócitos, que se manifesta na pele.

De um modo geral, resume a APCL, “este tipo de linfomas é raro e na maioria dos casos tem um crescimento lento, não afetando a esperança média de vida, podendo assemelhar-se mais a uma doença prolongada de pele (doença crónica)”.

“Missão 70/26” é uma iniciativa nacional para melhorar o controlo da Hipertensão arterial
Conhecida como a “pandemia silenciosa”, a Hipertensão arterial (HTA) afeta já cerca de 42% da população nacional, estimando-se...

A Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) assinala o Dia Mundial da Hipertensão (DMH) a 17 de maio, integrado na semana da HTA, e que tem como objetivo sensibilizar para esta problemática da HTA.  

A SPH considera fundamental consciencializar os portugueses para esta doença, alertando-os para a importância de medir a pressão arterial, controlar a HTA e conhecer os riscos associados a valores não controlados. Rosa de Pinho, Médica de Família e Presidente da SPH, recorda que “a HTA, segundo o estudo PHYSA1, afeta cerca de 42% da população portuguesa e estima-se que mais de 25% dos doentes desconhece que sofre desta patologia crónica. Não tem sintomas e está ligada a doenças cardiovasculares graves, nomeadamente ao Acidente Vascular Cerebral, com taxas de mortalidade e incapacidade elevadas”. Outro fator preocupante é a prevalência crescente de crianças e jovens com HTA, o que se atribui ao consumo excessivo de sal, sedentarismo e aumento de excesso ponderal/obesidade nessas faixas etárias.  

Neste contexto, a SPH desenvolveu a “Missão 70/26”, uma iniciativa nacional para melhorar o controlo da Hipertensão arterial, que tem como objetivo controlar 70% dos hipertensos vigiados nos cuidados de saúde primários em Portugal até 2026, através da implementação de um conjunto de ações destinadas a profissionais de saúde e doentes. “Junto da comunidade, pretendemos sensibilizar a população para a importância de medir regularmente a pressão arterial, de aderir à terapêutica e de consultar o médico regularmente para vigilância da doença. Para isso, e beneficiando do papel de liga da SPH, será implementado um plano de ações com o intuito de divulgar e explicar a HTA junto do público em geral e informar, esclarecer e educar o doente sobre a gestão da doença” acrescenta Rosa Pinho.  

A SPH, enquanto sociedade científica, tem ainda como prioridade envolver os profissionais de saúde, priorizando a atualização de conhecimentos, formação e a redução da inércia médica. Pretende-se envolver outras entidades direta ou indiretamente ligadas ao doente hipertenso, tendo como objetivo comum aumentar o controlo da pressão arterial. Foi criado um prémio para os projetos de profissionais de saúde considerados mais relevantes na área da melhoria da adesão à terapêutica e do controlo de HTA. O regulamento e condições de candidatura serão revelados no DMH. 

De forma a poder monitorizar o impacto das ações desenvolvidas, a SPH fará uma avaliação regular dos indicadores disponíveis no bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários (BI-CSP), sabendo que, à data de hoje, temos 52,8% dos hipertensos vigiados nos CSP controlados (PA< 140/90 mmHg).  

Desta forma, a SPH pretende alterar o panorama atual, caracterizado por um controlo deficiente da pressão arterial, que contribui fortemente para a elevada prevalência de Acidente Vascular Cerebral bem como de outras doenças cardiorenovasculares, como a Doença Isquémica Cardíaca, Demência Vascular e Doença Renal Crónica. 

4 de maio
O Sindicato dos Enfermeiros – SE participa amanhã, 4 de maio, na Conferência Parlamentar “O Êxodo dos Profissionais de Saúde do...

A conferência é organizada pelo Grupo Parlamentar do PSD e procura ouvir representantes das várias profissões da área da Saúde. “É importante recolher a opinião de quem está no terreno todos os dias, de quem sente as dificuldades e diariamente tem de encontrar soluções para fazer face à escassez de recursos humanos”, frisa o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa.

O presidente do SE irá integrar o debate alargado a várias estruturas sindicais e que será moderado pela vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Clara Marques Mendes.

Recorde-se que, de acordo com a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), só no ano de 2022 saíram mais de três mil profissionais de saúde do SNS, sendo que 1.782 eram enfermeiros.

Pedro Costa salienta que “Portugal continua a ter muitas dificuldades para reter os enfermeiros que se formam no País”. E isso, diz, tem reflexos nos índices de emigração. “Todos os anos um terço dos estudantes que termina a formação em Enfermagem emigram à procura de melhores condições de trabalho, um valor que o Sindicato dos Enfermeiros quer ver reduzido de forma substancial, pois trata-se de enfermeiros com uma formação diferenciada e que fazem falta no SNS”.

 

Como a crise financeira pode impactar a saúde mental
Perante a instabilidade que se vive, a inquietação é grande, sobretudo quando não há acesso ao apoio

Muito se tem falado, nos últimos tempos, sobre a crise da Habitação. Além dos arrendamentos mais altos, as várias subidas das taxas de juros nas prestações do crédito à habitação conduzem a um tempo sério de “fazer contas à vida”.

Uma situação financeira que se apresenta incerta, - de crise económica, de inflação, de perda de rendimentos, de falta de poupanças - representa uma ameaça à vida que construímos e que julgamos certa, gerando ansiedade e desânimo quanto ao futuro. Quanto maior a preocupação com a situação financeira que atravessamos, mais difícil será manter o bem-estar físico e psicológico necessários à superação da situação. Ainda que associadas a questões financeiras pessoais já existentes ou de antecipação de dificuldades futuras, as manifestações mentais e físicas são idênticas às outras manifestações de ansiedade – preocupação, cansaço, perturbações do sono, irritabilidade, dificuldades de concentração, agitação, dores de cabeça, alterações digestivas, alterações no apetite.

Entrar numa espiral de pessimismo ou de isolamento não ajuda. É importante enfrentar o stress financeiro começando por aceitar as emoções relativas à condição financeira atual. Perante uma situação de grande esforço e pressão, é natural que apareça o medo, a frustração e a zanga. Devemos tentar olhar para a nossa condição com objetividade: identificar as principais razões da instabilidade financeira e emocional, estudá-la sob várias perspetivas, procurar soluções e definir uma estratégia para ultrapassar a situação. Aumentar a literacia financeira para perceber quais as melhores aplicações ou renegociações de crédito a fazer é também importante, assim como partilhar estas dificuldades em casa, de forma a compreenderem e colaborarem conjuntamente. Em suma, o maior desafio face à ansiedade financeira é encontrar o equilíbrio entre a consciência dos obstáculos que existem, a aceitação do que não podemos controlar e a esperança de encontrar soluções.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Para médicos, investigadores, psicólogos e vários outros técnicos de saúde mental
A editora LIDEL anuncia o lançamento do livro “Psicadélicos em Saúde Mental” com a coordenação de Inês Carmo Figueiredo,...

Durante anos foram estudados os efeitos de substâncias como DMT, LSD, ketamina, MDMA, psilocibina, entre outras, na neurobiologia humana e no bem-estar físico e mental. O interesse por estas substâncias foi impulsionado pela sua potencial aplicação no tratamento de situações clínicas como depressão, ansiedade, perturbação de stress pós-traumático e outras.

Este livro reveste-se da maior importância pelo seu carácter informativo, sistemático e rigoroso sobre este tema. Em “Psicadélicos em Saúde Mental” os leitores podem encontrar descrições das substâncias como propriedades farmacológicas, os seus mecanismos de ação, as indicações com evidência clínica e, ainda, as possíveis aplicações clínicas, que ainda não são suficientemente conhecidas para que possam ser incorporadas em guidelines de tratamento.

Os desafios à implementação da Psicoterapia Assistida por Psicadélicos (PAP), nas suas mais diversas formas, são enquadrados pelos autores numa perspetiva rigorosa, olhando de forma clara para os riscos e benefícios que estas substâncias podem ter junto de quem mais precisa delas.

“(…) as substâncias psicadélicas são substâncias poderosas que podem ser utilizadas para fins diversos, e que têm diferentes padrões de riscos e benefícios (…). Esperamos que este livro seja útil para demonstrar que, apesar de existirem vários tipos de riscos, é desejável que como sociedade encontremos formas de os seus benefícios chegarem a quem mais precisa deles.”
"Temos de louvar o esforço muito meritório deste grupo de jovens clínicos e investigadores, que, sem medo, estudam e divulgam de forma exemplar, séria e aprofundada o tema dos psicadélicos e da saúde mental, que congrega múltiplas áreas do saber, historicamente polémico, mas com enormes potencialidades no momento atual da Psiquiatria e Psicologia (...)", escrevem no prefácio Maria Luísa Figueira, Professora Catedrática Jubilada de Psiquiatria e Saúde Mental –Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Maria João Heitor, Presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.

Pela sistematização do conhecimento atual das substâncias psicadélicas a leitura deste livro é particularmente útil para médicos, investigadores, psicólogos e vários outros técnicos de saúde mental.

“Psicadélicos em Saúde Mental” conta com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental e da SPACE - Sociedade Portuguesa de Aplicação Clínica de Enteógenos.

Em Portugal, a empresa investiu, em 2022, meio milhão de euros em I&D
A LEO Pharma, empresa farmacêutica especializada em Dermatologia médica, terminou o ano de 2022 com vendas líquidas no valor de...

“Em Portugal, todas as categorias de produtos registaram um crescimento no último ano. Este crescimento sustentado tem-nos permitido posicionarmo-nos como uma empresa de referência no âmbito da dermatologia médica, demonstrando o nosso compromisso com os doentes, com os dermatologistas e com a sociedade”, refere Nuno Brás, Diretor Geral da LEO Pharma Ibéria.

A LEO Pharma Ibéria, da qual Portugal é parte integrante, é um dos mercados prioritários para a companhia na Europa. Em relação ao ano passado, a filial ibérica registou um crescimento de 7,6% e uma faturação de 110,4 milhões de euros.

Foco em Dermatologia médica

As doenças de pele podem ser muito graves e crónicas. A Dermatologia médica é uma das áreas terapêuticas mais atrativas e que mais cresce em todo o mundo. A LEO Pharma é o único laboratório com uma ampla experiência em Dermatologia médica que cobre todo o espectro de gravidade das doenças de pele, de moderadas a graves. “A LEO Pharma procura dar resposta às necessidades de milhões de doentes que vivem com doenças de pele, disponibilizando tratamentos que cobrem todo o espectro de gravidade destas patologias, melhorando a sua qualidade de vida. Em Portugal, estamos comprometidos em fazer chegar a inovação em Dermatologia de que dispomos e contribuirmos assim para a uma vida de qualidade a todos os doentes com patologias de pele, nomeadamente com psoríase e dermatite atópica, para quem há claramente uma necessidade médica não coberta”, acrescenta Nuno Brás.

 

 

Maio: Mês da Masturbação
Para assinalar o Mês da Masturbação, Megwyn White, Diretora de Educação da Satisfyer e sexóloga clín

A masturbação ao longo da história: olhar para trás

Na Grécia Antiga a masturbação era considerada uma atividade normal e saudável, especialmente para os homens mais jovens. Era uma forma de libertar tensão sexual e ajudar os rapazes a descobrirem os seus corpos na preparação para o matrimónio. De facto, Aristóteles acreditava que o prazer era uma parte necessária e natural da vida: o objetivo de todas as atividades humanas. No entanto, ele também acreditava em moderação, equilíbrio e que demasiado prazer poderia levar a excessos e decadência moral. Em oposição, os romanos antigos tinham uma perspetiva mais negativa da masturbação: acreditavam que demasiada masturbação podia causar problemas físicos e mentais e que era um sinal de fraqueza e falta de autocontrolo. Era frequentemente associada a escravos e outras pessoas menos abastadas e passou a ser considerada uma prática vergonhosa e imoral.

As razões específicas que criaram um tabu em torno da masturbação durante séculos variaram de acordo com a cultura e o tempo. Nas culturas judaico-cristãs, por exemplo, era considerado um pecado, pois acreditava-se ser contra o mandamento bíblico de "ser fecundo e multiplicar-se". Na Europa do século XIX, as atitudes face à masturbação tornaram-se mais negativas, devido à influência de códigos de conduta religiosos e morais, bem como à crença de que poderia causar doenças físicas e mentais, e às opiniões conservadoras da Rainha Vitória de Inglaterra.

As teorias psicanalíticas do início do século XX também contribuíram para o tabu em torno da masturbação. Sigmund Freud e outros psicólogos sugeriram que esta prática poderia levar a vários problemas de saúde mental, tais como neurose e psicose. Uma das ideias mais controversas de Freud era o conceito de "inveja do pénis", que sugeria que as mulheres eram inerentemente inferiores aos homens porque não tinham um pénis. Freud também acreditava que a sexualidade feminina centrada no clitóris era imatura e infantil, e que as mulheres acabariam por ultrapassar o prazer clitorial e desenvolver uma forma madura de sexualidade centrada no sexo vaginal com um parceiro masculino. Isto, claro, acabou por ser desacreditado pela investigação sexual moderna.

Antes, no século XIX, os médicos costumavam tratar a histeria feminina tocando manualmente nos clítoris dos pacientes até atingirem o orgasmo. A prática da massagem pélvica exigia muito tempo e esforço físico por parte dos médicos, e acabou por levar ao desenvolvimento de dispositivos mecânicos que podiam reproduzir essa estimulação. Embora tenham sido recentemente encontrados objetos romanos mais rudimentares para masturbação, o primeiro brinquedo sexual mecânico ou vibrador foi inventado no final do século XIX por um médico britânico chamado Joseph Mortimer Granville, que concebeu um dispositivo movido a vapor chamado "Granville Hammer". A invenção do vibrador revolucionou o "tratamento" da histeria feminina, tornando-o mais rápido e mais eficaz. Também levou ao desenvolvimento de vibradores pessoais para uso doméstico.

Desestigmatização da masturbação: o nosso presente

No século XXI, o conceito de masturbação tornou-se aceite e desestigmatizado em muitas partes do mundo. As atitudes face à masturbação mudaram e esta é agora considerada uma parte saudável e normal da sexualidade humana.

Uma das maiores mudanças foi o aumento da consciencialização e da educação sobre a saúde e o bem-estar sexuais. Com o surgimento da Internet e das redes sociais, as pessoas têm mais acesso do que nunca a informações e conselhos sobre masturbação e saúde sexual. Isto levou a uma maior consciencialização e compreensão dos benefícios e riscos da masturbação, bem como a uma maior variedade de atitudes e crenças sobre a masturbação.

Outra mudança tem sido o reconhecimento da prática como uma forma de autocuidado e amor-próprio. A masturbação é agora vista como uma forma saudável e estimulante de explorar a própria sexualidade, reduzir o stress e melhorar o bem-estar geral. Esta mudança de perspetiva levou a uma maior abertura e aceitação da masturbação como um aspeto positivo da sexualidade humana.

Os brinquedos eróticos têm desempenhado um papel importante no sentido de tornar a masturbação feminina mais visível na esfera pública. No passado, a sexualidade feminina e a masturbação era frequentemente um assunto tabu e muitas mulheres sentiam-se envergonhadas em falar abertamente sobre o assunto. Contudo, nos últimos anos, os brinquedos sexuais tornaram-se mais acessíveis e populares e ajudaram a quebrar algumas das barreiras para falar sobre a masturbação feminina. É difícil prever exatamente quanto tempo levará a sociedade a aceitar plenamente a masturbação como uma parte natural e saudável da sexualidade humana. No entanto, com esforços contínuos para promover a educação, a consciencialização e a mudança cultural, podem ser feitos progressos no sentido de uma maior libertação sexual e aceitação de todas as formas de sexualidade humana.

Inteligência Artificial (IA) no sexo?: o futuro da masturbação

Embora seja difícil prever ao certo o que o futuro nos reserva, é evidente que ainda há muito espaço para a inovação e a criatividade no campo da masturbação e do bem-estar sexual. Os avanços tecnológicos, como as ferramentas sensoriais interativas, a realidade virtual e a inteligência artificial, podem revolucionar a forma como abordamos e experienciamos a masturbação. As ferramentas sensoriais, tais como os brinquedos sexuais de alta tecnologia que podem ser controlados remotamente ou responder a comandos de voz, podem aumentar muito o prazer e a espontaneidade das experiências sexuais íntimas a solo.

A tecnologia da realidade virtual poderia recriar ambientes imersivos e interativos para a masturbação, permitindo aos utilizadores explorar os seus desejos e fantasias num espaço seguro e controlado. Isto será especialmente útil para os utilizadores que lutam com a ansiedade e timidez relacionadas com o prazer sexual. A IA poderia também ajudar a melhorar as experiências sexuais a solo, fornecendo sugestões e recomendações personalizadas de estimulação sexual com base em preferências, fantasias e comportamentos individuais.

Pessoalmente, estou também muito inspirada pela possibilidade dos dispositivos de bem-estar sexual serem utilizados como instrumentos médicos, com novos avanços em tecnologias vestíveis capazes de determinar biomarcadores como a variabilidade da frequência cardíaca, temperatura e contrações musculares, todos em sincronização para fornecer informações que podem ajudar a melhorar a função sexual e a melhorar a saúde e o bem-estar. Além disso, a integração de tecnologias como a terapia da luz, que se revelou eficaz no tratamento de várias disfunções sexuais como a secura vaginal e a dor durante as relações sexuais, será provavelmente integrada em tecnologias de apoio ao bem-estar sexual.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa da Associação Portuguesa de Asmáticos (APA) com o apoio da GSK
“Iron Asthma” é uma campanha de sensibilização lançada hoje – Dia Mundial da Asma – que procura combater os principais mitos...

Vítor Fonseca tem 44 anos e já participou em provas nacionais e internacionais de longa distância, das quais se destacam quatro maratonas e três triatlos na distância IRONMAN. O pneumologista e atleta tem asma desde os 2 anos de idade, com sintomas graves e persistentes ao longo da infância, com crises noturnas nas quais acordava completamente bloqueado e sufocado. Depois de ter iniciado a medicação prescrita adequada e vacinação antialérgica, começou a praticar ginástica de forma regular e, assim, controlar as crises e a falta de ar. O medo da doença não impediu os pais de incentivar Vítor Fonseca a fazer exercício físico, fundamental para controlar a sua asma.

“Iron Asthma” nasce, precisamente, da vontade de desfazer os mitos existentes relativamente ao exercício físico e doenças respiratórias, esclarecendo a sociedade relativamente aos benefícios da prática desportiva em pessoas com asma moderada e asma grave, sublinhando a importância do controlo da patologia respiratória, de forma a que o doente possa ter uma qualidade de vida plena e saudável.

Vítor Fonseca, mentor do projeto, explica que “Iron Asthma vem demonstrar que a asma moderada e a asma grave são conciliáveis com um desporto exigente do ponto de vista cardiovascular e respiratório. Enquanto pneumologista e pessoa que vive com asma, considero fundamental incentivar todos os asmáticos a praticar exercício, não pensando que a sua doença as vai limitar. Uma asma adequadamente tratada não tem sintomas e é essa outra das mensagens que queremos passar”.

Mário Morais de Almeida, imunoalergologista e presidente da APA, sublinha que “a asma não tem de ser um fator de bloqueio na vida dos doentes. É uma patologia passível de controlo, mediante um tratamento adequado, sendo possível e, até, recomendável, conciliar desporto e asma, pois entre os benefícios que a atividade física traz ao nosso organismo, encontra-se a melhoria e controlo dos sintomas da asma.”

Em Portugal, mais de 700 mil pessoas têm asma. Apenas 57% destes têm a sua asma controlada, o que significa que 43% dos portugueses passam por crises de dificuldade respiratória. Ainda assim, 9 em cada 10 doentes (88%) com asma não controlada tem uma perceção errada do estado de controlo da sua doença, pensando que têm a doença controlada, o que dificulta a procura de melhor tratamento. Quando não controlada, a asma pode ser incapacitante ou mesmo fatal.

Lei que altera regime jurídico continua por regulamentar
- O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) considera fundamental a “clarificação inequívoca” do processo...

A lei que altera o regime jurídico aplicável à gestação de substituição continua por regulamentar desde janeiro de 2022, tendo o CNECV dado o primeiro parecer ao anteprojeto em maio do mesmo ano. O Conselho identificava detalhadamente os aspetos que careciam de regulamentação específica e objetiva, atendendo aos interesses das partes envolvidas e na proteção do superior interesse da criança. Algumas das recomendações então produzidas foram, entretanto, consideradas. Não obstante, o Conselho, em relação à segunda proposta agora sob apreciação, continua a identificar questões fundamentais por definir no que respeita ao relacionamento entre beneficiários e gestante e, sobretudo, entre estes e a criança nascida em resultado das técnicas de Procriação Medicamente Assistida. Esta é matéria complexa e de extrema sensibilidade ética que não pode admitir lacunas na sua regulamentação, as quais constituiriam áreas de exposição a agravamento de vulnerabilidades e/ou de emergência de conflituosidade.

Por regulamentar encontra-se o estabelecimento de um prazo razoável para o exercício do direito ao arrependimento, ou revogação unilateral do contrato por parte da gestante, no respeito pela vontade livre da gestante, em defesa dos interesses da criança nascida e tendo em conta as expectativas dos potenciais beneficiários.

Na eventualidade de revogação unilateral da gestante é necessário considerar os fortes impactos desta decisão, nomeadamente da retirada da criança nascida aos beneficiários, que a acolheram imediatamente após o parto, bem como o de revisão do registo de nascimento, realizado pelos beneficiários após o parto, privilegiando os melhores interesses da criança. Neste caso, e se os progenitores biológicos pretenderem fazer constar o seu nome do registo da criança, deverá existir a inequívoca identificação dos deveres e direitos que lhes assistem.

O Conselho defende também a obrigatoriedade da apresentação de pareceres especializados nos processos de gestação de substituição, nomeadamente da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Psicólogos. No seu pronunciamento, o CNECV chama ainda a atenção para a necessidade de acautelar, em qualquer circunstância, o superior interesse da criança nascida em resultado da aplicação das técnicas de Procriação Medicamente Assistida.

O Parecer Nº 122/CNECV/2023 sobre o projeto de Decreto-Lei que procede à regulamentação da Lei Nº 90/2021, de 16 de dezembro, que altera o regime jurídico aplicável à gestação de substituição foi aprovado por unanimidade e pode ser lido na íntegra aqui.

 

Estudantes propõem estratégias que aumentem o acesso a novas terapias oncológicas
Já são conhecidos os vencedores do Hackathon “ASAP Challenge - Accelerate Science and Access for Patients in Oncology”,...

“Inovação e Oncologia, Qual o futuro?” é o nome do projeto vencedor, que junta estudantes de Medicina, Farmácia, Direito, Engenharia e Economia & Gestão, de instituições de ensino superior de Coimbra, Lisboa, Minho e Porto. O projeto desenvolvido na maratona criativa tem como propósito agilizar o processo de decisão de financiamento de tecnologias de saúde, na área da Oncologia, um processo que, atualmente, demora em média 753 dias.

Reconhecido como a solução mais inovadora por parte do júri da iniciativa, o projeto destacou-se pela combinação de diferentes abordagens que pretendem acelerar e tornar o acesso à inovação mais equitativo.

Numa primeira fase, é proposta a centralização da avaliação técnica na Agência Europeia do Medicamento (EMA) para medicamentos oncológicos inovadores, destinados ao cancro com elevada incidência e elevada taxa de mortalidade. Esta medida irá conferir maior robustez à avaliação e encurtar e homogeneizar esta etapa.

É, também, sugerida a criação de um novo Programa de Acesso Antecipado à Inovação (PAAI), pré decisão de financiamento para um acesso mais célere dos doentes, financiado pela Indústria Farmacêutica, e de um Fundo de Inovação terapêutica (FIT), que acompanha a introdução dessas novas terapias oncológicas em contexto hospitalar, com verbas estatais, europeias e donativos, gerido pelo consórcio Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica (CNFT) – INFARMED, assegurando a equidade de acesso após pedido efetuado pelas Comissões de Farmácia e Terapêutica.

A integração destas estratégias garante um acesso mais célere, garantindo maior eficácia no tratamento da doença, mais anos com qualidade de vida para os doentes, diminuindo a incapacidade por doença através do tratamento mais precoce, com os respetivos ganhos socioeconómicos.

A equipa propõe recorrer a sistemas de informação com monitorização de indicadores clínicos e de qualidade de vida dos doentes, obtidos durante o PAAI. Estes poderiam suportar Bundle Payments na fase de negociação.

O projeto vencedor, desenvolvido por estudantes da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), e da NOVA School of LAW propõe combinar estratégias que pretendem aumentar o acesso às novas terapias oncológicas de forma equitativa nos hospitais, sem necessidade de decisão prévia por parte do INFARMED, aumentando o número de anos com qualidade de vida para o doente e diminuindo a incapacidade por doença pela possibilidade de tratamento nas fases iniciais, que resultam em ganhos socioeconómicos.

Os projetos submetidos no âmbito do “ASAP Challenge” foram avaliados por um painel de jurados de reconhecida idoneidade, cuja experiência profissional permitiu uma integração multidisciplinar de experiências: Professora Doutora Daniela Seixas, CEO da TonicApp, Doutor Francisco Ramos,  Professor Associado Convidado do Departamento de Ciências Sociais em Saúde da ENSP-NOVA, Doutora Leonor Ribeiro, Médica Oncologista e Membro da Direção da Sociedade Portuguesa de Oncologia, Doutora Paula Martins de Jesus, Diretora Médica da MSD Portugal, Doutor Ricardo Baptista Leite, Deputado à Assembleia da República, Doutora Sara Cerdas, Deputada ao Parlamento Europeu, e Doutor Vítor Veloso, Médico Oncologista e Secretário-Geral da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).

O júri atribuiu ainda o segundo lugar ao projeto “Contagem Regressiva”, que defende a disponibilização das terapias inovadoras em centros de referência, após a aprovação da EMA, bem como a criação de uma plataforma nacional de monitorização dos resultados e complicações dos doentes decorrentes da terapêutica instituída, para negociação final dos valores da terapêutica com a indústria farmacêutica.

 

Explica ginecologista e especialista em Medicina da Reprodução
A infertilidade secundária afeta cerca de 10% dos casais em idade reprodutiva em todo o mundo, mas ainda é pouco debatida,...

“A infertilidade secundária é um problema comum. Estes casais não estão sozinhos nas estatísticas. Na verdade, é a forma mais comum de infertilidade feminina e responsável por cerca de metade de todos os casos de infertilidade. No entanto, se já houve, pelo menos, uma gravidez bem-sucedida, muito provavelmente a infertilidade pela qual o casal está a passar terá solução. Um dos fatores, o mais importante, poderá estar relacionado com a idade da mulher”, refere Vânia Ribeiro, ginecologista e especialista em Medicina da Reprodução do IVI.

Segundo a médica, falamos de infertilidade secundária quando a uma gravidez não acontece ou quando se sofrem abortos depois de ter havido, pelo menos, uma gravidez com sucesso. Tal como acontece nos casos de infertilidade primária, o tempo estimado para começar a suspeitar que pode existir um problema é 12 meses em que um casal tem relações sexuais sem proteção e ainda assim não existe nenhuma gravidez. Este prazo reduz-se para 6 meses nos casos em que as mulheres têm mais de 35 anos.

“Se passado este tempo, as tentativas não tiverem sido bem-sucedidas, é chegado o momento de consultar um especialista. A infertilidade secundária tem muitos aspetos em comum com a infertilidade primária, no que diz respeito às suas causas e origens, e pode afetar mulheres e homens, pelo que tem de ser investigada”, acrescenta.

Nas mulheres, a infertilidade secundária pode estar relacionada com a idade, endometriose, alterações hormonais; problemas vaginais ou uterinos. No homem, poderá estar ligada ao declínio da qualidade ou quantidade do sémen, aparecimento de patologias que afetam o aparelho reprodutor masculino ou alterações do trato genital. Em ambos os sexos, o consumo de álcool e tabaco, assim como o excesso de peso são prejudiciais para a saúde e para a fertilidade.

“Apesar de a fertilidade secundária poder ter múltiplas origens e causas, a idade da mulher é fundamental. Nos últimos anos, os casais têm optado por adiar a maternidade, por razões sociais ou profissionais. Se o objetivo é ter mais do que um filho, o fator idade torna-se ainda mais crítico, porque a partir dos 35 anos começamos a observar um declínio na quantidade e qualidade de ovócitos. E, a partir dos 38 anos, aumentam as probabilidades de surgimento de aneuploidias (alterações nos cromossomas) nos embriões”, explica a Dra. Vânia Ribeiro.

Para alguns casais, a ausência de uma gravidez pode estar apenas relacionada com a idade. É por isso que cada vez mais mulheres congelam os seus ovócitos, assegurando o seu potencial reprodutivo. Ainda assim, a médica sublinha que “quanto mais nova for a mulher, mais hipóteses futuras terá de ser mãe com os seus próprios ovócitos”, seja através de uma gravidez natural, seja com a ajuda de tratamentos de procriação medicamente assistida.

Em resumo, Vânia Ribeiro deixa três conselhos às mulheres e aos casais que perseguem o sonho de aumentar a família:

1. Não adiar a maternidade, sobretudo se pensam ter mais do que um filho. O pico de fertilidade na mulher situa-se entre os 20 e 25 anos. Após os 35 anos, a probabilidade de uma mulher engravidar naturalmente cai para metade. Se por razões económicas, sociais ou de doença a mulher pensa adiar a maternidade, então deve ponderar a salvaguarda do seu potencial reprodutivo.

2. Procurar ajuda médica. Se existir um filho ou mais filhos concebidos de forma natural, e a gravidez não acontece, devem procurar um especialista. Nestes casos, os exames diagnósticos são os mesmos realizados nos casos de infertilidade primária, numa primeira etapa: história clínica e exames físicos completos, para os dois membros do casal. Para a mulher, exames como o estudo hormonal, a ecografia e a histerossalpingografia (telerradiografia do útero e das trompas uterinas). Em relação ao homem, realiza-se uma avaliação da qualidade do sémen.

3. Relaxar e desvalorizar comentários menos empáticos. A mulher, ou o casal, deve cuidar da sua vida do ponto de vista social, afetivo e corporal, o que vai ajudar a relaxar e a aliviar alguma pressão que possa estar a sentir em torno da gravidez. Este aspeto aliado a um estilo de vida saudável é um apoio para fortalecer também a saúde mental e a enfrentar comentários menos empáticos que possam surgir. Muitas pessoas não compreendem e não valorizam a angústia de quem já tem filhos e pretende aumentar a família. Procure apoio psicológico se sentir que não está a conseguir equilíbrio na sua vida.

Jovens são ouvidos na Assembleia da República
O sistema de saúde é o tema de debate que vai juntar vários jovens dirigentes na Assembleia da República, na próxima quinta...

O evento, que será aberto ao público, vai debater o estado da saúde em Portugal, mas pretende ser também uma plataforma para que os jovens possam discutir os temas emergentes das suas gerações. A permanência dos jovens em Portugal, as necessidades de mudança, as competências dos mais novos, as exigências de mudança no sistema de saúde e os contributos que podem dar nesta área são alguns dos pontos da conversa. 

“Os jovens têm um papel importante a desempenhar nesta área, contribuindo com novas ideias, perspetivas e soluções inovadoras para os desafios que enfrentamos. É importante que sejam incentivados a participar ativamente no debate sobre saúde, a desenvolver as suas competências e a envolver-se em projetos que promovam a literacia em saúde e a melhoria do sistema de saúde”, explica a presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida. 

A sessão vai dividir-se entre dois painéis: no primeiro, estarão presentes os presidentes de diversas entidades juvenis que representam os estudantes de Medicina, Psicologia, Nutrição, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia. No segundo, estarão representados os jovens profissionais. O evento vai contar ainda com a presença do ex-Ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes, do subdiretor da Direção-Geral da Saúde, Rui Portugal, e dos deputados Ricardo Baptista Leite e Pedro Melo Lopes. 

Para Cristina Vaz de Almeida, “debater significa ouvir e cruzar experiências, reflexões e vozes de pessoas que serão os futuros profissionais a trabalhar com todo o sistema de saúde. Este encontro vai fornecer uma plataforma para a troca de ideias e experiências entre os participantes e o público, contribuindo para o aumento da consciência e educação em saúde”, conclui. 

O evento é aberto ao público e terá lugar no Auditório Almeida Santos, da Assembleia da República, em Lisboa, a partir das 17h30. O programa completo pode ser consultado aqui.  

 

Dia Mundial da Asma assinala-se hoje
No âmbito do Dia Mundial da Asma, que se assinala hoje, a pneumologista, Lígia Fernandes reforça a m

1. Qual o objetivo desta ação de sensibilização desenvolvida em conjunto pela SPP e pela SPAIC?

A SPP e a SPAIC uniram-se este ano para fazer chegar a sua mensagem mais longe e a mais pessoas, com grande destaque para os mais novos…. Queremos dar a conhecer melhor a Asma, o seu impacto e a necessidade de a tratar de forma correta, sem mitos, sem receios e SEM LIMITAÇÕES!

2. Qual a prevalência da asma na população jovem e porquê a escolha deste público para assinalar este dia?

Em Portugal estima-se uma prevalência de asma de 8,4% na população com menos de 18 anos! É a doença crónica mais comum nestas faixas etárias e pode trazer importantes limitações na vida diária e escolar.

Infelizmente muitas crianças e jovens não têm a real noção desta doença e desvalorizam as queixas pelo que esta sensibilização faz todo o sentido ser feita neste grupo em particular.

3. Quais os principais sintomas da asma aos quais devemos estar atentos? Porque é tão importante manter esta doença controlada?

A Asma pode ter várias manifestações, tais como a pieira (chiadeira no peito), a tosse, especialmente à noite ou de manhã, aperto no peito e falta de ar.

Se não controlada a Asma causa limitação da vida em muitos domínios como as atividades físicas, o sono, causa maior cansaço e pode mesmo afetar o desempenho escolar e COMPROMOTER A FUNÇÃO PULMONAR E O FUTURO…

4. Qual a mensagem que a SPP e a SPAIC gostariam de deixar no âmbito deste Dia Mundial da Asma?

A Asma é uma doença crónica, muito subvalorizada, mas que pode ter um impacto tremendo na vida dos doentes, principalmente das crianças e jovens! A SPP e a SPAIC querem sensibilizar este grupo etário para que não aceitem os sintomas, para que não aceitem qualquer limitação na suas atividades diárias (mesmo que estejam "habituados"…)

É preciso procurar ajuda!

O controlo total da Asma é possível!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conhecer as patologias
Para assinalar o Dia Mundial da Asma, a Sanofi lança um novo website “Quem Sou – Compreender a Inflamação tipo 2”, com o...

A Inflamação Tipo 2 pode estar na base de diferentes doenças, muitas delas classificadas como "atópicas", "alérgicas" ou "eosinofílicas", como é o caso da Asma, Dermatite Atópica, Polipose Nasal ou Rinossinusite Crónica com Polipose Nasal, Esofagite Eosinofílica e determinadas Alergias Alimentares. Pessoas que vivem com uma doença Inflamatória Tipo 2, tem maior probabilidade de ter outra, causada pela inflamação subjacente.

A Inflamação Tipo 2 afeta o corpo das pessoas de várias formas, causando sintomas difíceis e imprevisíveis. Partindo desta premissa, o website Quem Sou – Compreender a Inflamação tipo 2 (versão portuguesa do site internacional Who I am – understand inflamation type 2) surge como um instrumento de partilha de informação sobre estas doenças, pretendendo apoiar doentes e informar a sociedade em geral.

“Associamos o lançamento deste website a esta efeméride, precisamente porque a Asma é uma das patologias relacionadas com a Inflamação tipo 2. Ao longo dos anos, na Sanofi, temos trabalhado na ligação entre estas doenças e temos conseguido excelentes resultados. Neste sentido, pareceu-nos fundamental promover a literacia sobre esta inflamação para que mais pessoas possam procurar apoio adequado aos seus casos. É mais um passo na nossa missão de melhorar a vida dos doentes”, afirma Marisol Garcia Pulgar, General Manager da área de Cuidados Especializados da Sanofi

A Asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas, que se caracteriza pelo estreitamento dos brônquios, resultando na sensação de dificuldade respiratória. Tem uma elevada prevalência em todo o mundo, afetando mais de 300 milhões de pessoas e atingindo todas as faixas etárias. Em Portugal esta doença afeta cerca de 700.000 pessoas, sendo estimado que 20 a 30 mil portugueses sofram de asma grave.

Existem diferentes tipos de Asma, que podem ser causados por diferentes respostas do sistema imunológico. A inflamação do tipo 2 está presente em 50-70% das pessoas com asma e reduzir esta inflamação pode ajudar a controlar os sintomas.

Este novo website tem como objetivo aumentar a consciencialização sobre a Inflamação tipo 2, ainda tão desconhecida no nosso país, através da disponibilização de informação útil e fidedigna que pode ajudar no diagnóstico, na gestão e na procura de ajuda médica.

SPO alerta para 6 problemas que podem afetar a visão das futuras mães
Durante o período de gestação, a mulher deve ter um cuidado redobrado com a alimentação, o exercício físico, a higiene oral, a...

“A sensação de olho seco, alterações do campo visual e na focagem são problemas oculares que podem surgir durante o período gestacional. Felizmente, a maioria deles são transitórios e acabam por desaparecer no fim da gravidez, ou do período de amamentação”, afirma Ricardo Parreira, médico oftalmologista e coordenador do Grupo Português de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo da SPO.

A SPO alerta que é fundamental que todas as futuras mães estejam atentas a seis alterações oftalmológicas que podem afetar a sua visão durante os nove meses de gravidez, tais como:

  • Alterações fisiológicas: dizem respeito a mudanças benignas e, geralmente, reversíveis com o final da gravidez;
  • Flutuações de hidratação da córnea: é a alteração fisiológica mais comum e que pode condicionar a flutuação do estado refrativo do olho, o que faz com que os óculos ou lentes de contacto habituais possam não ser tão adequados, durante o período gestacional;
  • Olho seco: também é muito comum devido às alterações hormonais e representa a sensação de um corpo estranho e olho vermelho. Agrava-se em ambientes secos e após a exposição frequente do computador, televisão, telemóvel ou tablet. Nas mulheres que utilizam lentes de contacto, os sintomas podem ser mais acentuados, pelo que é recomendado o uso regular de lágrimas artificiais.
  • Visão desfocada: quando ocorrem alterações transitórias na focagem devido ao aumento da espessura da córnea (edema);
  • Alterações visuais associadas à Pré-eclâmpsia: caracterizam-se por um aumento substancial da pressão arterial, o que pode provocar lesões em vários órgãos do organismo. Em termos oculares, pode manifestar-se desde o aparecimento de manchas pretas (escotomas), intolerância à luz, visão turva, até à perda súbita de visão;
  • Aparecimento de novas doenças ou agravamento das que já existem: em mulheres com diabetes, pode surgir o diagnóstico de retinopatia diabética, ou se já existia antes da gravidez, pode haver um agravamento da mesma. É importante que a grávida seja observada no período pré-concecional e acompanhada regularmente por um médico oftalmologista durante a gestação. O plano de Oftalmologia deve ser personalizado e articulado com a Obstetrícia.

Ricardo Parreira acrescenta ainda que: “os cuidados e a prevenção devem começar antes do início da gravidez, mantendo-se no decorrer do período gestacional. A mulher grávida deve estar atenta aos seus olhos e, caso se aperceba de alguma alteração, deve consultar de imediato um médico oftalmologista. Todas as mulheres com antecedentes de diabetes, uveíte ou alta miopia devem ir a uma consulta mesmo antes de engravidar para fazer uma avaliação e planear cuidadosamente o controlo da doença oftalmológica.”

Para mais informações sobre visão e gravidez, consulte o seu médico oftalmologista e visite o site: https://spoftalmologia.pt/.

Dia 3 de maio
“Mãe é mãe” é uma expressão que simboliza o amor incondicional das mães pelos filhos, incluindo durante a gravidez, e que dá o...

Com o Dia da Mãe a aproximar-se, especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia vão conduzir a conversa sobre o poder do amor materno e a importância de cuidar da saúde na gravidez, partilhando informações valiosas sobre esta fase tão especial. Além disso, uma das grávidas vai ter a oportunidade de receber produtos naturais de dermocosmética. As inscrições estão disponíveis na plataforma.

O evento conta com a participação da terapeuta familiar Carolina Vale Quaresma, que vai abordar o papel fundamental das mães na vida dos filhos. Já para ajudar as grávidas a lidar com alguns medos comuns no início da gravidez, estará presente a enfermeira especialista em saúde materna e obstetrícia Sara Paz.

No primeiro trimestre, muitas mulheres relatam que não se sentem grávidas, e que por não sentirem o bebé ficam mais ansiosas, com receio de algo estar errado e não ser motorizado a tempo. Por isso, a enfermeira vai explicar como reconhecer os sinais de saúde na gravidez, mesmo no primeiro trimestre.

Ainda neste dia, Carla Cardoso, a responsável pelo departamento de investigação e desenvolvimento da Crioestaminal, vai dar a conhecer as potencialidades das células estaminais do cordão umbilical dos bebés e a sua aplicação terapêutica.

Para terminar, a fundadora do projeto Sling Dance Rafaela Peixoto vai dar uma aula de dança para as grávidas.

 

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