Negociações vão ser retomadas
Estrutura sindical recebeu mensagem a convocar para uma reunião às 20h30 do dia 4, data que o sindicato tinha estabelecido como...

O Ministério da Saúde acedeu ao repto lançado pelo Sindicato dos Enfermeiros - SE para que fossem retomadas as negociações tendentes ao estabelecimento de um Acordo Coletivo de Trabalho, à resolução dos problemas na aplicação do Decreto-Lei 80-B/2022, do risco e penosidade e da valorização da profissão.

Na semana passada tinha sido lançada a data de 4 de julho como o término do prazo para que a Tutela desse um sinal de abertura para voltar a negociar temas que têm trazido os enfermeiros insatisfeitos e desmotivados, sob pena de uma greve prolongada a partir do final do corrente mês. Esse sinal surgiu a pouco menos de três horas de findar o prazo e Pedro Costa, presidente do SE, deixa desde já o alerta de que “o Governo vai ter de trazer um mínimo de garantias de que quer solucionar os problemas que trazem os enfermeiros muito insatisfeitos há anos”, na reunião que está aprazada para dia 19 deste mês.

Se tal não acontecer, os enfermeiros manterão a intenção de paralisar o SNS, durante todo o mês de agosto, altura em que os constrangimentos são ainda maiores e evidentes, num sistema de saúde frágil e desprovido do seu maior ativo, os seus profissionais. 

“Relembro que o SNS só vai respondendo às necessidades em saúde dos portugueses graças ao empenho dos profissionais de saúde, que fazem milhares de horas de trabalho extraordinário, para que nenhum doente fique sem acesso a cuidados de saúde. Só no caso dos enfermeiros, em 2021, fizeram um total de sete milhões de horas extraordinárias”, recorda Pedro Costa, acrescentando que os enfermeiros “aguardam desde 2017 pela conclusão do Acordo Coletivo de Trabalho e temos ido até ao limite do razoável, sempre de espírito aberto para negociar, mas há limites para tudo”.

O Sindicato dos Enfermeiros exorta ainda o Governo a trabalhar desde já de forma antecipada para que, “aquando da elaboração do Orçamento de Estado para 2024, sejam contempladas verbas para a valorização da classe e uma vez por todas, o risco e penosidade da profissão não sejam só louvores e condecorações”. Caso não aconteça de forma antecipada, afiança Pedro Costa, “já sabemos que nada vai ser contemplado e que, na altura de discussão do Orçamento vão sempre surgir dificuldades de última hora, que vão adiar a tomada de decisões, prejudicando todos os portugueses, que têm no SNS a única resposta solidária e universal em saúde”.

Podcast “Como anda a nossa saúde?”
A medida permite agrupar as necessidades dos doentes e criar políticas direcionadas a certos grupos, como diabéticos ou...

O Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, afirma que o Governo está a trabalhar na criação de instrumentos de estratificação do risco de forma a dar uma resposta mais concreta ao doente. Segundo esta medida, “a população estará organizada de acordo com as suas necessidades e, com esses instrumentos, será possível dirigir políticas muito mais efetivas aos vários contextos e às várias características da população”, explica. O anúncio foi feito no podcast “Como anda a nossa saúde?”, conduzido pela Onya Health. 

“Nós estamos, neste momento, a criar, a implementar, instrumentos de estratificação do risco”, diz Ricardo Mestre. Estes instrumentos “permitem conhecer antecipadamente, de forma estruturada, aquilo que são as características e as necessidades da nossa população, agrupando essas necessidades e podendo permitir ter políticas direcionadas a essas necessidades”. Falamos, por exemplo, de diabéticos, hipertensos, pessoas que acumulam vários problemas de saúde e que também têm problemas sociais, pessoas que apenas precisam de acompanhar o seu estado de saúde com rastreios ou com vacinação, entre outros. 

Ao microfone da Onya Health, o atual Secretário de Estado referiu ainda que a prioridade deste mandato é “valorizar os profissionais de saúde” através de um “diálogo muito próximo e colaborativo com as várias estruturas que representam os profissionais do SNS”, como as Ordens, sindicatos e grupos de trabalhadores.  

A valorização da remuneração e a criação de novas carreiras são apontadas pelo político como algumas das conquistas do executivo, assim como o reforço da dotação orçamental do SNS. “Para 2023, nós temos um reforço de receitas de impostos de 10.5% em termos da comparação com 2022. É maior orçamento de sempre que nós temos no Serviço Nacional da Saúde”, sublinha. 

Um dos maiores desafios do futuro continua a ser o envelhecimento da população. Ricardo Mestre admite que “a saúde não vai conseguir resolver a questão do envelhecimento sozinha: é preciso uma articulação com os outros setores da sociedade, nomeadamente o setor social”. Para atenuar o problema, o Secretário de Estado confirma que já há políticas em curso: ao longo deste ano estão a ser apresentados os planos para o envelhecimento ativo e saudável e para a requalificação da rede nacional de cuidados continuados e integrados.  

O episódio completo está disponível em todas as plataformas de podcast:

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Via Verde AVC com Trombectomia
O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) apresentou no dia 3 de julho, a Via Verde AVC com Trombectomia, um...

Um “salto gigante”, diz o CHUA, para dar resposta a esta patologia. Ana Paula Fidalgo, coordenadora da Unidade de AVC do CHUA, refere que “é com orgulho que vê o procedimento da trombectomia ser realizado nesta unidade hospitalar”, acrescentando que ao “encurtar o tempo de tratamento, estamos à espera que os resultados aos três meses sejam muito melhores”.

A realização deste procedimento só foi possível com a aquisição do angiógrafo biplanar e da consequente contratação de dois neurorradiologistas de intervenção.

Jorge Brito, diretor do Serviço de Radiologia, saudou a equipa da Unidade de AVC por alcançar o nível A, reconhecendo que a neurorradiologia de intervenção era uma lacuna e louvou a coragem e determinação dos novos neurorradiologistas de intervenção em abraçarem este projeto.

Este procedimento tem vindo a ser desenvolvido pelos neurorradiologistas Inês Gil e Francisco Ornelas Raposo, que consideram fundamental o apoio de base da equipa da Unidade de AVC.

Otimista quanto ao futuro e consciente do enorme trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, Horácio Guerreiro, Diretor Clínico do CHUA sublinhou que “os equipamentos e as instalações existem, existem os profissionais, pelo que esta é uma área que se vem colocar ao nível do que melhor se faz a nível internacional”.

Para o presidente da Sociedade Portuguesa de AVC, professor Vítor Tedim Cruz, “o AVC não se resolve com um herói singular. É uma patologia que é um desafio de organização, onde é preciso trabalhar a prevenção, o tratamento agudo, a reabilitação, prevenir as recorrências e isto é uma orquestra muito bem montada, onde o valor em saúde depende da afinação de todos os profissionais”.

Paulo Morgado, presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve, salientou a mais-valia deste procedimento inovador que permite “salvar cérebro”. “Até agora, estes doentes ao serem transferidos para Lisboa, mesmo por helitransporte chegavam lá fora da janela terapêutica. Estamos a ter um impacto decisivo na mortalidade, na morbilidade e na incapacidade que muitas vezes resulta do AVC”, explica.

Unidade de AVC nível A

No início do mês de junho, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) comunicou a deliberação de autorização para a «Via Verde do Acidente Vascular Cerebral no Adulto» da Unidade de AVC do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) passar a ser classificada com nível A.

A deliberação da Direção Executiva do SNS refere ainda que “o CHUA dispõe de capacidade técnica e recursos humanos que lhes permite assegurar esta resposta, cumprindo com os requisitos em vigor, de acordo com uma proposta que será progressiva”.

De acordo com Paulo Neves, vogal executivo do Conselho de Administração, “é essa capacidade técnica e de recursos que irá permitir à Unidade de AVC do CHUA obter a Certificação ESO já em fevereiro de 2024, tornando-se a segunda unidade certificada do País”.

Saiba o que é
Já todos ouvimos falar em burnout, mas atualmente alguns psicólogos falam no termo Burn-on.

Quais são as principais características do burn-on comparativamente ao burnout? Burnout significa estar em exaustão física, mental e/ou emocional, estado este que incapacita a pessoa de realizar as suas atividades de vida diárias. O burn-on, por sua vez é sinónimo de estar sempre à beira do burnout, no entanto a pessoa ainda consegue ter alguma energia vital para se manter relativamente ativa. É claro que como passar do tempo a pessoa pode deprimir ou desencadear um burnout, o corpo é uma máquina que também se desgasta e que de forma insidiosa o burn-on pode levar a consequências físicas e mentais mais graves.

Paradoxalmente, o burn-on começa por ter uma curva insidiosa à qual a pessoa se vai adaptando, mas é esse o seu maior problema já que geralmente o pensamento da pessoa é o “eu consigo aguentar…”. Nada mais errado! Recordo que esta síndrome apresenta características depressivas, mas não é depressão é mais uma espécie de exaustão crónica. Habitualmente a pessoa não têm consciência deste estado de quase exaustão permanente, sobretudo porque vivemos numa sociedade voltada para a produção. Contudo, existem algumas pistas que nos alertam de que algo não está bem connosco:

  • Falta de distinção entre tempo de trabalho e tempo livre. Com as tecnologias e a internet a um click instantâneo, encontramo-nos constantemente a verificar e a gerir a caixa de e-mail e por isso claramente não há um limite saudável entre vida profissional e pessoal;
  • Falta de energia para fazer atividades fora do âmbito do trabalho: fazer desporto, passear, estar com amigos ou mesmo ler um livro;
  • Encher excessivamente a vida privada com atividades e compromissos;
  • Stresse, ansiedade, pressão alta, dores de cabeça recorrentes, tensão muscular.

Estes são alguns sinais de alerta que devem ter sido em conta, pois podemos estar na presença de um burn-on e que deve ser tratado o quanto antes. Por exemplo a hipnose clínica pode ser de grande ajuda. O uso da hipnose neste tipo de síndrome tem tudo a ganhar e nada a perder, até porque geralmente a medicação (psicofármacos) já pouco ajuda, uma vez que geralmente que está em burn-on está a tomar medicação, como referi, numa tentativa de se aguentar mais um pouco. A hipnose apresenta soluções novas para problemas antigos sendo uma abordagem natural, inócua e não-invasiva faz uso dos recursos internos da e desbloqueia o que porventura possa estar a afetar emocionalmente o paciente. Como exemplo, o uso da hipnose pode ajudar a reduzir a ansiedade e o stresse, melhorando a qualidade do sono e aumentando a energia. Também pode ajudar as pessoas a reprogramarem seus pensamentos e comportamentos negativos, para que possam lidar melhor com a ansiedade do dia a dia.

Que tipos de pessoas são mais propensas a desenvolver este tipo de problemas, como o burn-on? Por exemplo, pessoas perfecionistas e orientadas excessivamente para metas e objetivos; ou pessoas cujo único sentido de vida seja o trabalho, ou também aquelas pessoas que trazem uma história de vida feito de traumas, exigências absurdas ou necessidade de valorização pelas figuras de vinculação.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Vevo MD disponível no Serviço de Neurofisiologia
A FUJIFILM PORTUGAL S.A., em parceria com a FUJIFILM VisualSonics Inc., efetuou recentemente a primeira instalação do...

O Vevo MD é o primeiro sistema do mundo de imagem de ecografia de ultra-alta frequência com marcação CE para uso clínico e desempenha um papel fundamental em estudos de pesquisa, permitindo a observação dos três primeiros centímetros do corpo humano na mais alta resolução disponível.

O FUJIFILM VISUALSONICS Vevo MD apresenta uma tecnologia de ponta, permitindo a visualização de estruturas anatómicas não visíveis com um ecógrafo convencional. Dispõe de uma interface touchscreen personalizável, para melhorar o fluxo de trabalho e reduzir os tempos de exame e utiliza uma gama avançada de sondas, até 70MHz, apropriadas até para neonatologia, sendo compatível com sondas da série UHF, uma tecnologia patenteada, que permite a melhor resolução de qualquer sistema de ecografia de uso geral atual, disponíveis em diferentes tamanhos e resoluções para permitir maior flexibilidade.

O Vevo MD abre novas possibilidades para imagens médicas nunca antes vistas, com resolução de 30µm, o equivalente a menos de meio grão de areia. Permitindo a sua aplicação em áreas tão distintas, como: Neonatologia e Pediatria, Vascular, Partes Moles, Músculo-esquelética e Dermatologia.

 

 

 

 

International Society on Thrombosis and Haemostasis
O Laboratório de Hemostase do Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), do qual é...

Foi no âmbito do ISTH 2023 Congress, (International Society on Thrombosis and Haemostasis), que teve lugar em Montréal, Canadá, no final do mês de junho, que João Mariano Pego, aceitou o convite para integrar o estudo do Comité Científico de Geração de Trombina passando, assim, o Laboratório de Hemostase do CHUC a constituir-se como um dos laboratórios de referência internacional.

João Mariano Pego explica que “o Teste de Geração de Trombina (TGT) é um ensaio global para a avaliação do equilíbrio hemostático. As aplicações clínicas e diagnósticas do TGT incluem: distúrbios trombóticos, como AVC, síndrome coronário agudo, trombose de stent, síndrome antifosfolipídico, risco de trombose venosa profunda, risco de recorrência de tromboembolismo venoso, risco de trombose consecutiva a cirurgia cardíaca em neonatos, ECMO, trombose associada a cancro, recorrência de cancro mama; distúrbios hemorrágicos, como hemofilia, doença de Von Willebrand, distúrbios

hemorrágicos adquiridos, doença cardiovascular, nomeadamente predição de hemorragia em cirurgia cardíaca; diagnóstico de coagulopatias em doenças infeciosas, como infeções bacterianas e sépsis, infeções virais, COVID-19 e terapêutica antitrombótica”.

João Mariano Pego refere, ainda, o facto de “hemorragia e trombose serem condições desafiadoras para os médicos devido ao seu potencial impacto crítico nos doentes. Avaliar o equilíbrio hemostático do doente refletindo o risco de hemorragia ou tromboembolismo é, portanto, crucial”, conclui.

 

Reforço de presença no distrito de Santarém
Torres Novas foi a cidade escolhida pela Joaquim Chaves Saúde para reforçar a sua presença no distrito de Santarém. Esta nova...

O Grupo pretende, através desta abertura, alargar a sua rede nesta região do país, proporcionando uma maior proximidade e comodidade aos mais de 400 mil residentes no distrito.

Para Carlos Cardoso, diretor técnico do Laboratório Dr. Joaquim Chaves de Lisboa, “Torres Novas é uma cidade com mais de 34 mil habitantes e, por isso, fazia sentido ter uma presença mais próxima desta população, garantindo-lhe uma maior comodidade e respondendo às suas necessidades. Com este novo posto de análises clínicas, reforçamos a nossa presença no distrito de Santarém e garantimos a esta população o acesso a um serviço pautado pelo rigor, rapidez e qualidade na entrega de resultados”.

A Joaquim Chaves Saúde conta com cerca de 400 postos de análises clínicas a funcionar em todo o território nacional e tem como missão melhorar o acesso das populações de todo o país a serviços de qualidade, mantendo o rigor e compromisso que caracterizam o Grupo.

 

Nova edição da Week of Possibilities
A AbbVie promoveu, durante o mês de junho, uma nova edição da Week of Possibilities, o programa global de responsabilidade...

Na primeira iniciativa, cerca de 70 colaboradores da AbbVie juntaram esforços numa ação de controlo de espécies invasoras na Tapada do Saldanha, no Parque Natural de Sintra-Cascais. A ação permitiu a remoção de centenas de acácias, contribuindo para a regeneração e restituição da floresta nativa, a sustentabilidade das espécies autóctones, a biodiversidade e a redução do risco de incêndio.

Na segunda iniciativa, um grupo de cerca de 40 colaboradores confecionou mais de 100 refeições completas – incluindo sopa, prato principal e sobremesas, para a REFOOD, responsável pela sua distribuição às famílias.

“O entusiasmo e desejo dos nossos colaboradores em participar tem sido tal que este ano sentimos a necessidade de promover não uma, mas duas ações de voluntariado”, afirma Antonio Della Croce, diretor-geral da AbbVie em Portugal. “A Week of Possibilities é uma iniciativa que em tudo reflete a Cultura da AbbVie e o nosso compromisso com a comunidade. Um compromisso que não se esgota na realização desta atividade, mas que nos acompanha ao longo do ano na nossa missão de causar um impacto notável na vida das pessoas e na forma como atuamos”, acrescenta.

A Week of Possibilities, criada em 2014, é um programa de responsabilidade social que envolve milhares de colaboradores da AbbVie em mais de 50 países. Ao longo desta semana, colaboradores do mundo inteiro unem esforços, com parceiros locais, sem fins lucrativos, para executar projetos que beneficiam as comunidades locais, impactando dezenas de milhares de pessoas.

Com a aquisição da Clínica do Coração do Alentejo e da clínica Radiologia de Albufeira
A Affidea, líder europeia na prestação de diagnósticos avançados, serviços de ambulatório e clínicas especializadas em Cuidados...

Com 28 anos de história, a Radiologia de Albufeira é uma clínica de diagnóstico por imagem, disponibilizando exames de Ressonância Magnética, Tomografia Computorizada, Ecografia, Mamografia, Raios-X, Densitometria Óssea e Ortopantomografia. Anualmente, passam por esta unidade cerca de 19 000 utentes. Com uma equipa de profissionais altamente especializados, a Radiologia de Albufeira sempre procurou acompanhar a evolução tecnológica, científica e clínica.

A Clínica do Coração do Alentejo é, desde 2009, o centro de referência em Cardiologia em toda região, dispondo também de consultas de especialidade nas áreas de Psiquiatria, Dermatologia, Medicina Interna, Pneumologia, Reumatologia, Urologia, entre outras. Esta nova unidade complementará a oferta já existente na unidade Affidea, em Évora.

A decisão da Affidea em adquirir estas clínicas está alinhada com o objetivo estratégico de ampliar o seu portfólio de serviços clínicos, respondendo às necessidades das comunidades locais, ao mesmo tempo que expande a sua presença geográfica em todo o país.

Miguel Santos, CEO da Affidea Portugal, afirmou: "É com enorme satisfação que acolhemos os profissionais da clínica Radiologia de Albufeira e da Clínica do Coração do Alentejo na família Affidea. Estas aquisições são mais uma evidência do nosso compromisso em prestar serviços de saúde de elevada qualidade e de reforçar a nossa posição no mercado nacional. Estamos muito entusiasmados para começar a trabalhar juntos, prestando os melhores cuidados de saúde a mais de 1,5milhões de utentes/ano."

Guy Blomfield, CEO da Affidea Group, comentou: "Essas aquisições são mais um marco significativo na nossa jornada de crescimento e marcam o quinto investimento bem-sucedido este ano, após as expansões recentemente anunciadas na Suíça, Roménia, Croácia e Reino Unido. Atualmente detemos 332 centros em 15 países, atendendo mais de 12 milhões de pacientes anualmente. Hoje, estamos entusiasmados por expandir ainda mais a nossa presença em Portugal, um mercado com imenso potencial. É mais uma prova do nosso compromisso de investir continuamente em aquisições estratégicas que se alinham com a nossa ambição de alargar os nossos serviços de ambulatório a diversas especialidades, complementando a nossa oferta de diagnósticos avançados, e permitindo-nos oferecer mais cuidados de saúde acessíveis e de qualidade às comunidades onde estamos presentes.”

Com estas aquisições, a Affidea Portugal acolhe mais 80 profissionais na sua equipa, sendo mais de 50% médicos. As capacidades clínicas da Affidea saem não só reforçadas, mas também o seu compromisso em disponibilizar aos pacientes e médicos prescritores em todo país uma equipa de profissionais de saúde altamente especializadas.

Opinião
Com o verão, chega o período de férias para grande parte da população.

Quando falamos de exposição solar, moderação é a palavra que melhor se adequa. Se vai estar no exterior, tenha em conta que a radiação UV apresenta muitos benefícios associados à produção de vitamina D, uma substância que estimula o bem-estar da pele e o sistema cardiovascular. Porém, se privilegiar uma exposição prolongada, sem qualquer tipo de proteção, estará a aumentar a probabilidade de desenvolver lesões nas estruturas oculares, nomeadamente na córnea, no cristalino, nas pálpebras e/ou retina.

Ao aproveitar os dias de calor, leve consigo os seus óculos de sol. Mais do que um objeto puramente estético, os seus óculos de sol são considerados equipamento de proteção individual (EPI), que devem apresentar a marca CE e a categoria de transmissão luminosa de um a quatro. Estes EPI devem obedecer a várias normas de qualidade ISO com parâmetros de avaliação de desempenho com elevado detalhe técnico e muito específicas. É importante saber que uma lente escura sem proteção UV provoca dilatação da pupila, e consequentemente a entrada de uma maior quantidade de radiação UV no olho, podendo causar danos significativos à visão. No que diz respeito à armação, esta deve ser grande e bem ajustada ao rosto, de modo a proteger os anexos oculares e a evitar a entrada de radiação UV pelas laterais dos óculos.

Para se certificar que opta pela melhor escolha para a saúde da sua visão e dos seus olhos, aconselhe-se com o seu especialista da visão, o optometrista, sobre quais as especificações técnicas e parâmetros de adaptação devem cumprir os seus óculos de sol. Melhor do que ninguém o optometrista ajudará a garantir de que a lista de requisitos está a ser devidamente cumprida, protegendo a sua visão e os seus olhos do risco. Se utilizar lentes de contacto, aconselha-se a utilização de lentes com filtro UV, que junto com os óculos de sol potenciam uma proteção adicional.

Pode ainda utilizar chapéu, de preferência com abas largas, que bloqueiem a emissão direta da radiação UV, assim como utilizar protetor solar adequada para a zona peri-ocular. No entanto, é importante que este tipo de proteção não protege da radiação UV indireta ou em momento em que o sol se encontra mais próximo do horizonte. Não se esqueça de evitar a exposição solar nos períodos de maior radiação, ou seja, entre as 11 e as 17 horas, e mantenha-se sempre que possível na sombra, sem retirar os óculos de sol, pois em locais como a praia, a água e a areia refletem a radiação UV.

Ao adotar estes cuidados, garantirá um verão mais seguro para a saúde da sua visão. Contudo, recorde-se que existe radiação UV todo o ano e estas medidas devem ser adotadas durante as quatro estações do ano, pois a exposição recorrente ao longo de vários anos está associada ao aparecimento de condições como as cataratas e a degeneração macular.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Luísa Figueiredo
A European Molecular Biology Organization (EMBO) anunciou hoje que irá atribuir o título de membro vitalício da EMBO a Luísa...

Luísa Figueiredo é natural do Porto, em Portugal. Fez o seu doutoramento em parasitologia da malária no Institut Pasteur (Paris, França), mas foi durante o seu trabalho de pós-doutoramento na Rockefeller University (Nova Iorque, EUA) que se cruzou pela primeira vez com o parasita que continua a ser o foco da sua investigação até hoje: o Trypanosoma brucei. O tripanosoma é um parasita unicelular que causa doença do sono em humanos e nagana em bovinos, na África Subsariana. A Luísa regressou a Portugal e estabeleceu o seu laboratório de investigação independente no iMM, em 2010, onde estuda as interações entre o parasita e o hospedeiro. A sua equipa foca-se nos mecanismos celulares e moleculares usados pelos tripanossomas para se adaptarem ao hospedeiro e para escaparem às defesas do seu sistema imunitário. Ao longo dos anos, a Luísa fez contribuições inovadoras na área da parasitologia, como a colonização preferencial de diferentes tecidos por tripanossomas, mas também no campo da biologia molecular, com descobertas sobre a importância das modificações nas moléculas de RNA na regulação da expressão genética. As suas descobertas podem contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para a doença do sono e a nagana, que continuam a ser um problema de saúde pública e um grande desafio económico na África Subsariana.

Esta não é a primeira vez que a EMBO reconhece as contribuições científicas da Luísa Figueiredo. Em 2010, a Luísa recebeu uma Installation Grant da EMBO para estabelecer o seu laboratório de investigação no iMM. "Sinto-me profundamente honrada por ter sido eleita como membro da EMBO. A EMBO foi determinante na minha carreira, através do programa EMBO Young Investigators, ao financiar o estabelecimento do meu laboratório de investigação incitando a criatividade e facilitando a gestão. É um privilégio fazer parte desta organização e juntar-me a este grupo de cientistas excecionais que têm sido uma inspiração ao longo da minha carreira. Estou ansiosa por continuar a participar nas iniciativas da EMBO, servir de mentora a jovens cientistas e contribuir para fortalecer a comunidade científica na Europa", afirma Luísa, sobre o significado deste reconhecimento. A sua excelência científica foi também reconhecida no passado por outras instituições de renome, como o Conselho Europeu de Investigação e a Fundação "la Caixa".

A tradição da EMBO de reconhecer investigadores excecionais remonta a 1963, quando a EMBO selecionou um grupo inicial de 150 membros que, desde então, tem vindo a crescer através de eleições anuais. Luísa Figueiredo junta-se agora a outros investigadores do iMM que fazem parte desta rede, como Maria do Carmo Fonseca, Maria Mota e Bruno Silva Santos. Na qualidade de novo membro da EMBO, Luísa terá um papel ativo nas iniciativas da organização, como a participação no Conselho e nos comités da EMBO, a avaliação de novas candidaturas, a orientação de jovens cientistas ou a participação nos conselhos editoriais das revistas da EMBO Press. Através destas atividades, os membros da EMBO ajudam a reforçar as comunidades de investigação na Europa e no resto do mundo e a definir a direção da investigação no domínio das ciências da vida.

Maior bolsa nacional para jovens médicos doutorados abre candidaturas
A CUF, através da CUF Academic Center, e a Fundação Amélia de Mello lançaram ontem o processo de candidaturas para a Bolsa CUF...

O investimento no ensino e na cooperação com as instituições universitárias permite não só aumentar o conhecimento médico, como incentivar a investigação clínica que procura diariamente encontrar avanços em diferentes campos da saúde, sempre com o intuito de desenvolver e aplicar melhores práticas clínicas ao serviço dos doentes. Iniciativas como a Bolsa CUF D. Manuel de Mello tornam-se, por isso, fundamentais para garantir à comunidade científica as condições necessárias ao bom desenvolvimento da sua atividade e, em simultâneo, para valorizar e distinguir o mérito dos investigadores portugueses, e dos seus trabalhos, onde todos têm o mesmo propósito: contribuir para a melhoria contínua dos cuidados de saúde. 

As candidaturas da Bolsa CUF D. Manuel de Mello decorrem até 29 de setembro e a decisão do júri será anunciada até 22 de dezembro de 2023.

A Bolsa CUF D. Manuel de Mello conta já com 16 anos de história, tendo distinguido projetos de investigação de doenças como Lúpus, Alzheimer, esquizofrenia, tuberculose, entre outras áreas médicas.

Consulte o regulamento em: www.cuf.pt e www.fundacaoameliademello.org.pt

 

 

 

 

Iniciativa da Boehringer Ingelheim e Ordem dos Médicos
O BI Award for Innovation in Healthcare está de volta, com uma 2ª edição que pretende distinguir projetos inovadores capazes de...

O objetivo desta iniciativa é dar visibilidade a ideias e projetos que contribuam para uma otimização das diferentes áreas orgânicas e funcionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Quem se sentir inspirado pela vontade de mudar, pode enviar a sua candidatura a partir de hoje e até 12 de agosto.

Na 1º edição do BI Award for Innovation in Healthcare, em 2021, reuniram-se mais de 100 candidaturas, cujo foco dos projetos foi a retoma dos níveis assistenciais na prestação de cuidados de saúde, na sequência das quebras associadas à pandemia.

Em 2023, o tema recai sobre os muitos desafios que se colocam a todo o sistema de saúde, por forma a cumprir as expectativas e necessidades sociais, melhorar os resultados em saúde e a qualidade de vida dos Portugueses, num quadro operacional que deve procurar garantir a sua sustentabilidade, atual e futura.

“O BI Award 2023 é uma forma positiva e concreta encontrada pela Boehringer Ingelheim para apoiar o sistema de saúde, sempre em linha com a nossa missão de ‘criar valor através da inovação’.” Vanessa Jacinto, Head of Market Access & Public Affairs da Boehringer Ingelheim Portugal acrescenta ainda que a aposta nesta iniciativa pretende inspirar ”projetos que se alinham com a missão de dar a todos os portugueses o direito à saúde e contribuir para a sua qualidade de vida. O SNS é o pilar central da saúde dos portugueses e, dessa forma, faz-nos todo o sentido promover uma iniciativa que apoia a implementação de projetos que possam colmatar as necessidades do SNS, de forma sustentável.”

"A missão da Ordem dos Médicos é promover a excelência da Medicina e garantir os melhores cuidados de saúde à população. A inovação desempenha um papel fundamental nesse propósito, impulsionando melhorias que têm verdadeiramente impacto na vida das pessoas. Associamos-nos, pois, com muito entusiasmo à Boehringer Ingelheim e ao BI Award 2023, com o objetivo de encontrar projetos que façam a diferença no tratamento dos utentes e que construam um futuro mais promissor para cuidados de saúde de excelência.", refere Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos.

Os projetos candidatos devem ter como temas ou áreas os pilares-chave definidos para este prémio: 

  • Sustentabilidade do Sistema de Inovação - Novas soluções que garantam uma vida mais longa e saudável, o que pode passar por encontrar métodos para prevenir doenças, melhores soluções de diagnóstico, terapias mais eficazes, abordagens de medicina personalizada e tecnologias de saúde inovadoras. O envelhecimento da população, o aumento da prevalência das doenças crónicas e as alterações aos fatores ambientais externos, são problemáticas atuais que devem ser resolvidas para que se garanta a sustentabilidade.
  • Sustentabilidade dos Modelos de Prestação de Cuidados de Saúde - O nível crescente de procura por cuidados de saúde tem tornado mais premente a necessidade de inovação no modelo assistencial. Aqui, podem explorar-se soluções para desburocratização dos modelos de organização, soluções virtuais ou realidade aumentada para prestação de cuidados e sugestões para hospitalização domiciliária entre outras.
  • Sustentabilidade na adoção de Inovação Tecnológica e Digital - A saúde digital é uma das grandes áreas de inovação na saúde, um processo que se espera poder culminar na transformação digital de todo o ecossistema, mas que depende também da sua eficaz implementação e sustentabilidade. No que diz respeito às áreas de atuação, podem ser de soluções de Computação na Nuvem a soluções na área de Big Data e Inteligência Artificial (IA), entre outras.
  • Sustentabilidade centrada no utente - A adoção de inovação tecnológica acelerou a determinação dos doentes para se tornarem mais ativos e comprometidos com a gestão da sua saúde e qualidade de vida, pelo que neste pilar o que se procura são soluções que reforcem comportamentos que favoreçam estilos de vida saudáveis e qualidade de vida, que ajudem os utentes na gestão da doença e adesão à terapêutica, ou soluções de partilha de informação sobre a situação clínica do doente/utilizador, entre outras.
  • Sustentabilidade Ambiental - As atividades do sistema de saúde impactam significativamente o meio ambiente. Encontrar alternativas que reduzam este impacto sem comprometer a qualidade da prestação de cuidados de saúde representa um desafio considerável, para o qual se procuram soluções ao nível da educação de profissionais de saúde sobre alternativas com baixa pegada de carbono, da poupança energética e da promoção da segurança química, entre outras.

As 12 equipas selecionadas na fase de candidatura terão a oportunidade de, durante 48h, num formato de hackathon, que vai decorrer em outubro, serem acompanhadas por mentores especializados, num modelo colaborativo que lhes irá permitir abordar problemas sobre um dos temas acima, desenvolvendo soluções e apresentar o projeto (pitch) a um júri de renome, que será responsável pela sua avaliação e escolha das três equipas vencedoras.

Estas irão receber um prémio de valor monetário: o 1ª prémio será no valor de 20.000,00€, o 2º prémio o valor de 10.000,00€ e, por último, a equipa que ganhar o 3º prémio terá uma recompensa de 5.000,00€. A 2ª edição traz ainda uma inovação:  cada equipa que chegar até à fase do hackathon receberá o valor de 1.000,00€. A iniciativa pretende integrar os projetos vencedores num ecossistema adequado à sua aplicação, que permitirá a contribuição direta para a sociedade e a saúde dos portugueses. Os projetos vencedores serão conhecidos no evento final, que se realizará no dia 24 de novembro.

Para mais informações e candidaturas consultar o https://biaward.pt/.

O que precisa saber
A escoliose é uma deformidade do plano frontal da coluna ou, por outras palavras, a coluna apresenta

Esta condição afeta entre 2 a 3% da população e apenas a 1% destas pessoas se irá aplicar um tratamento. Embora a escoliose possa ser detetada logo na infância, a maioria dos diagnósticos ocorre no período da adolescência, sendo que em cerca de 70 a 80% dos casos a causa é desconhecida, designando-se, assim, por escoliose idiopática.

As raparigas representam cerca de 80% dos diagnósticos de escoliose e, como dito anteriormente, é muitas vezes na adolescência que o diagnóstico chega. Nesta altura, podem detetar-se assimetrias francas da altura dos ombros, assimetrias das pregas, uma bossa torácica, do lado direito ou do lado esquerdo e, em alguns casos, a nível lombar.

Naturalmente, esta condição tem consequências ao nível da saúde mental, já que o corpo se começa a distanciar dos padrões ideais de beleza que são amplamente veiculados nos media e a perceção negativa da autoimagem automaticamente se reflete na quebra da autoestima.

O medo e a vergonha caracterizam estes jovens que, muitas vezes, tendem a encobrir alguns sinais que já possam ter detetado. Esta situação não só gera um atraso no diagnóstico que pode ditar a evolução para uma situação mais complicada como, por outro lado, pode provocar o isolamento social destes jovens, que não querem ser notados pelos seus pares.

Por isto, é tão importante falarmos de escoliose e sensibilizarmos pais, encarregados de educação e educares para estarem atentos às suas crianças e adolescentes. Para quem é afetado pela escoliose, a deteção precoce e um acompanhamento cuidadoso são cruciais.

Quanto ao tratamento, podemos assumir que existem três níveis de intervenção. Num primeiro nível, a escoliose apenas exige um seguimento para que se perceba como progride durante a adolescência. Num segundo nível, no caso dos adolescentes, se já existem curvas com indicação terapêutica, muitas vezes vão precisar de tratamento com um colete. E no terceiro e último nível, quando se trata de curvas muito importantes ou que apresentem uma perspetiva de evolução inexorável, é necessário recorrer a cirurgia. No que toca à cirurgia, hoje em dia temos vários tipos de técnicas, vários tipos de materiais, que nos permitem obter os melhores resultados possíveis.

A campanha “Josephine explica a Escoliose” visa, ano após ano, aumentar o grau de sensibilização e conhecimento sobre esta doença. É necessário desfazer mitos. É necessário que pais e encarregados de educação estejam mais atentos e pratiquem a observação, de forma mais ou menos discreta, para detetar possíveis assimetrias que devem ser, posteriormente, avaliadas pelo médico de família, que deve, por sua vez, referenciar para um ortopedista, caso tenha dúvidas relativamente à existência de escoliose.

É importante também sublinhar que o verão é uma altura propícia para detetar sinais de escoliose e que, mesmo na praia ou piscina, é fácil fazer um pequeno teste, que servirá de base para o diagnóstico desta condição. O teste de Adams consiste em pedir à criança ou adolescente que incline o tronco para a frente com os pés juntos, sem dobrar os joelhos e que una as mãos. A curva da escoliose será mais evidente quando o corpo se curva para a frente.

Assim, qualquer assimetria na caixa torácica ou outras deformidades ao longo das costas pode indiciar que se trata de escoliose.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Novas Diretrizes da Sociedade Europeia de Hipertensão
As diretrizes atualizadas da Sociedade Europeia de Hipertensão (ESH) destacaram o papel da denervação renal (RDN) como o...

Estas novas orientações, que foram partilhadas no dia 24 de junho, durante a 32ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Hipertensão, e simultaneamente publicadas no Journal of Hypertension, reforçam a posição favorável adotada em documentos recentes de outras sociedades importantes, incluindo a recente declaração de consenso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) e da Associação Europeia de Intervenções Cardiovasculares Percutâneas (EAPCI).

A RDN é uma nova técnica que reduz a atividade do sistema nervoso simpático renal por radiofrequência e ultrassons. Para além de melhorar o controlo da pressão arterial, poderá também contribuir para a monitorização ambulatória da hipertensão, reduzindo significativamente o tratamento farmacológico.

Estas novas diretrizes clínicas reforçam a segurança e a eficácia da RDN como um terceiro pilar para a hipertensão não-controlada, acompanhada de alterações no estilo de vida e na medicação. Trata-se de um avanço positivo para os doentes e reforça o desejo da comunidade clínica de incluir novas opções de tratamento para melhorar as taxas de controlo da hipertensão.

Para além da utilização da RDN como tratamento para o controlo da pressão arterial e da atualização no diagnóstico e tratamento da hipertensão não-controlada, as novas orientações da ESH introduzem outras novidades, como o diagnóstico e tratamento de doentes com hipertensão e fibrilhação auricular, ou no que diz respeito ao tratamento da patologia em condições demográficas e clínicas não abordadas ou, apenas, marginalmente abordadas nas orientações anteriores.

As novas diretrizes da ESH, bem como os documentos de posição publicados recentemente sobre a RDN, foram apoiados por dados clínicos do programa de pressão arterial Symplicity da Medtronic, que conta com mais de 25.000 doentes tratados com RDN em todo o mundo. Também foi estudada como uma opção de tratamento em mais de 4.000 doentes, com e sem medicação, e em doentes com alto risco cardiovascular de base ou comorbidades. No futuro, e através dos avanços previstos nesta tecnologia, a Medtronic espera continuar a fazer avançar o campo da RDN através dos programas clínicos em curso, tais como os estudos SPYRAL AFFIRM e GSR-DEFINE.

Instituto Europeu de Patentes
O Instituto Europeu de Patentes (IEP) anunciou hoje que Filipa Rocha ficou em segundo lugar no Prémio Jovens Inventores 2023. A...

"É uma honra e um privilégio estar entre os finalistas do Prémio Jovens Inventores. Foi um verdadeiro incentivo para continuar a minha investigação e procurar novas oportunidades e colaborações", afirmou Filipa Rocha.

Cerca de 90 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo vivem com alguma forma de perda de visão, de acordo com a Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB). Os professores e os pais de crianças com deficiências visuais têm dificuldade em encontrar ferramentas e brinquedos educativos que não tenham de ser adaptados - uma questão que a invenção procura resolver.

Filipa Rocha ficou em segundo lugar entre três finalistas na segunda edição do Prémio Jovens Inventores que o Instituto Europeu de Patentes (IEP) criou para inspirar a próxima geração de inventores. O prémio reconhece jovens inovadores com idade igual ou inferior a 30 anos que tenham desenvolvido soluções tecnológicas para resolver problemas globais e ajudar a alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. O trabalho da jovem inventora na melhoria do acesso à educação contribui para o ODS 4: Educação de qualidade e para o ODS 10: Redução das desigualdades.

Como um jogo de computador de arrastar e largar

A codificação baseada em blocos é uma linguagem de programação em que o programador constrói sequências de instruções arrastando e largando blocos num monitor. Os blocos são decorados com ícones de espuma 3D. Estes ícones representam movimentos direcionais ou funções de fala utilizadas para comandar o comportamento de um robô. Utilizando estes blocos, as crianças com deficiência visual podem controlar o robô como se estivessem a jogar um jogo de computador. Filipa Rocha chama a esta invenção 'Block-based Accessible Tangible Programming Systems' ou BATS.

O protótipo da ferramenta de aprendizagem demorou menos de um ano a ser criado. Foi testado remotamente com cinco famílias de crianças com deficiência visual entre os 6 e os 12 anos de idade durante a pandemia de Covid-19. O trabalho da investigadora tem dado passos significativos no sentido de tornar o pensamento computacional acessível a todos, em particular às crianças com deficiência visual ou cegas.

"Mesmo que as crianças não queiram seguir uma carreira tecnológica, mesmo que queiram ir para finanças, negócios, gestão ou outra coisa qualquer, o seu futuro vai passar pela utilização da tecnologia e é importante compreendê-la", explica Sousa Rocha.

O vencedor do Prémio Jovens Inventores foi anunciado na cerimónia híbrida do Prémio Inventor Europeu 2023, a 4 de julho de 2023, em Valência. Esta cerimónia foi transmitida online aqui.

Para mais informações sobre o impacto da invenção, a tecnologia e a história da inventora portuguesa, clique aqui.

Opinião
É um artigo que exige alguma reflexão e nomeadamente algum estudo, sendo que não existem provas evid

Quando uma pessoa com deficiência auditiva depende de tecnologias para que a perceção seja feita, essa dependência também acontece em consequência do resultado, de procedimentos que são por exemplo, leitura labial atendendo e proporcional à dificuldade auditiva do sujeito. Maior ou menor dificuldade definido pelo espaço envolvente, tais fatores como o ruído e até mesmo da iluminação, o auxílio de recursos como a legendagem (escrita) e os sinais gráficos ou luminosos poderão ajudar na descompressão cerebral de procedimentos na compreensão oral. No entanto, o uso de aparelhos auditivos mais robustos, como implantes cocleares e próteses auditivas tecnologicamente mais avançadas, poderão ajudar no sentido em que o processamento e a supressão de ruído é realizada de forma mais eficiente.

Partindo do pressuposto que a audição humana é bastante complexa, gostaríamos de passar a seguinte definição:

O processo auditivo começa com a captação do som pelo ouvido externo, que direciona o som para o canal auditivo. O som atinge o tímpano, que vibra e transmite essas vibrações para os ossículos no ouvido médio. Esses ossículos amplificam as vibrações e as enviam para a cóclea, no ouvido interno. A cóclea contém células ciliadas que convertem as vibrações em sinais elétricos, que são enviados pelo nervo auditivo para o cérebro. O cérebro então processa esses sinais e os transforma em sons que podemos entender.

Quando se depende de tecnologias auditivas como os implantes auditivos, parte deste processo torna-se mais reduzido, mas mais complexo porque está dependente da qualidade de calibração do aparelho auditivo. No caso das próteses auditivas, o processamento auditivo acaba por ser um pouco mais próximo do natural não obstante a apropriada calibração.

A parte comum é que o nosso cérebro processa os sons e dá-se a compreensão oral dos mesmos, como resultado da reavivação de memória auditiva, no reconhecimento e na aquisição, e posteriormente, os estímulos que correspondem aos determinados sentimentos e reações da pessoa a ouvir por processos neurológicos.

Assim, o córtex auditivo é a parte do cérebro que processa os sinais elétricos enviados pelo nervo auditivo. Ele é responsável por interpretar esses sinais e transformá-los em sons que podemos entender. O córtex auditivo é dividido em várias áreas, cada uma responsável por diferentes aspetos do som, como tom, volume e localização. Quando ouvimos um som, o córtex auditivo recebe esses sinais elétricos e começa a processá-los. O processo cognitivo envolvido na audição humana é muito complexo e ainda não é completamente compreendido pela ciência.

Não há evidências científicas que sugiram uma relação direta entre burnout e deficiência auditiva. No entanto, é possível que pessoas com deficiência auditiva possam estar em maior risco de burnout devido a fatores como o "stress" adicional de ter que lidar com a comunicação e a interação social em ambientes de trabalho que não são adaptados às suas necessidades. Além disso, a deficiência auditiva pode levar a uma sobrecarga cognitiva, que pode ser um fator de risco para o burnout. No entanto, é importante lembrar que o burnout é um fenómeno complexo e multifacetado, e que pode ser influenciado por muitos fatores diferentes. A ajuda preciosa de recursos como auxílio à escrita ou legendagem, a tecnologias assistivas, ou que permitam a melhor acessibilidade dificultarão a uma aproximação à situação de burnout. Bem como na melhor leitura labial, ou nas melhores condições de iluminação e de sinalização, ou acústicas com menos ruído.

Lembramos o caso da época da pandemia de covid, em que o uso de máscaras dificultava a comunicação oral, e não apenas nas pessoas com deficiência auditiva, por abafar o som e não permitir a leitura labial...

O burnout pode ser causado por uma combinação de fatores, incluindo o ambiente de trabalho, as condições de trabalho e as características pessoais do indivíduo. Algumas causas comuns de burnout incluem: excesso de trabalho, falta de controlo sobre as tarefas, falta de apoio social e emocional no trabalho, conflitos interpessoais, falta de reconhecimento pelo trabalho realizado, e desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Além disso, fatores como personalidade, história de vida e experiências de vida também podem desempenhar um papel no desenvolvimento do burnout.

O burnout pode ter várias consequências negativas para a saúde física e mental do indivíduo. Alguns exemplos incluem: fadiga crónica, insónia, dores de cabeça, problemas gastrointestinais, depressão, ansiedade, irritabilidade, dificuldades de concentração e problemas de memória. O burnout também pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e a qualidade de vida em geral. Se não for tratado, o burnout pode levar a problemas de saúde mais graves, como doenças cardiovasculares e problemas imunológicos. Portanto, é importante reconhecer os sinais e sintomas precoces do burnout e procurar ajuda profissional se necessário.

A ligação entre a deficiência auditiva e a síndrome de burnout continua a ser alvo de estudo e por parte de sondagens dentro da comunidade de pessoas com deficiência auditiva, dos surdos oralistas em particular. A OMS considera que este problema é derivado de uma quantidade de fatores e de "sobrecarga" cognitiva. Na verdade, o esforço para compreender uma determinada conversação, oralmente, por uma pessoa com deficiência auditiva, é muito maior do que o que uma pessoa sem perda auditiva faz. E para finalizar, relançamos aqui novamente a questão: Será que existe ligação entre a deficiência auditiva e o burnout? Ou será que há um misto de situações que poderão levar ou acarretar a esta situação, partindo também do pressuposto que existem problemas pessoais, em que alguns até podem derivar da deficiência auditiva?

Urge assim, sensibilizar a sociedade, os órgãos governativos, as empresas que possuem nos seus quadros pessoas com este problema e as unidades prestadoras de cuidados de saúde para a premência de suscetibilidade acentuada ao padecimento do fenómeno de burnout por parte das pessoas com deficiência auditiva. Devendo assim, sempre que possível, mitigar os constrangimentos à boa comunicação verbal e apelando a uma maior compreensão dos intervenientes quando são confrontados com as necessidades especiais e específicas destas pessoas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde Mental das crianças e famílias
O projeto Let´s Talk About Children (LTC), dirigido à promoção da saúde mental das crianças e famílias, encontra-se em...

No dia 13 de outubro de 2023 será o lançamento oficial do projeto em Portugal com o seminário “Vamos falar sobre crianças”, a realizar no Auditório do Hospital Pediátrico do Centro hospitalar e Universitário de Coimbra com a participação de diversos especialistas.

O programa preliminar do Simpósio encontra-se disponível aqui.

O Simpósio é de participação gratuita, mas de inscrição obrigatória através do link: https://forms.office.com/e/R02xpJKpRN

Este projeto baseia-se na metodologia que lhe dá nome, “Let’s Talk About Children”, uma intervenção psicossocial criada na Finlândia, pela psiquiatra Tytti Solantus, baseada na evidência, centrada na criança e na família, cujo objetivo principal é a promoção da saúde mental das crianças, bem como a prevenção da transmissão intergeracional de problemas de saúde mental. Esta metodologia contempla o treino de profissionais que lidam com famílias para que possam adquirir competências específicas, que serão fundamentais para que reconheçam precocemente as necessidades psicossociais das crianças e das suas famílias.

Para Joaquim Cerejeira, Coordenador do projeto LTC em Portugal “o objetivo principal deste projeto inovador é a promoção da saúde mental de crianças oriundas de contextos familiares vulneráveis, como, por exemplo, famílias em que há casos de doença mental, carências económicas ou dificuldades na integração social. Vamos envolver profissionais das áreas da saúde, educação e ação social para que possam adquirir novas competências para trabalhar com as famílias em prol do bem-estar das crianças”.

A primeira etapa de implementação centra-se na auscultação das entidades que prestam apoio a famílias em situações de vulnerabilidade, como escolas, autarquias, serviços de saúde e associações, de forma a identificar e a avaliar as respostas existentes, bem como as suas limitações e dificuldades. “Após a fase de auscultação, vai ter início a capacitação dos profissionais que lidam com as famílias e com as crianças nos contextos educativo e da saúde. Este treino vai potenciar a aquisição de metodologias para que os profissionais possam reconhecer precocemente famílias em situação de vulnerabilidade e, através de intervenções multidisciplinares, promover as competências parentais, o desenvolvimento psicossocial das crianças e a saúde mental de toda a família” afirma Joaquim Cerejeira.

Os treinos de capacitação para a metodologia LTC são dirigidos a profissionais de saúde - psiquiatras, pedopsiquiatras, médicos de medicina geral e familiar, enfermeiros, psicólogos -, da área da educação, psicólogos e professores, e intervenção social, assistentes sociais, que contactem com crianças e famílias.

Os treinos de capacitação irão decorrer em duas edições (2023 e 2025) envolvendo um total de 120 profissionais. O programa de capacitação consiste em sessões presenciais, sessões online de acompanhamento e discussão, equivalendo a oito dias de trabalho distribuídos por um período de seis meses. Nas sessões serão abordados conteúdos teóricos sobre a metodologia LTC, que deverão ser implementados pelos profissionais, sendo os casos discutidos nas sessões de acompanhamento online. Os profissionais interessados podem inscrever-se nos treinos de capacitação no link: https://forms.office.com/e/FLWvXDP0Mt

 

Startups de 17 países responderam ao desafio
A AbbVie Portugal anunciou recentemente as cinco startups selecionadas pelo programa de inovação aberta “LeapUp”. Tonic App (PT...

O desafio foi lançado em fevereiro e responderam 59 startups provenientes de 17 países diferentes entre os quais Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Suíça, Bélgica, países nórdicos e do leste da Europa.

A TonicApp, de origem portuguesa, apresenta um conjunto de recursos médicos numa única aplicação móvel, com um assistente virtual baseado em ChatGPT. A Knok, também portuguesa, propõe uma plataforma de saúde digital personalizável e escalável, uma solução de marca branca com mais de 50 aplicações internas personalizáveis e uma API aberta que se integra totalmente com quaisquer sistemas existentes.

A Byteflies, proveniente da Bélgica, está a desenvolver uma solução que traz a qualidade dos dados de ambiente hospitalar para a casa dos doentes, ajudando na monitorização de indicadores oncológicos.  A Vitala, de origem sueca, está a criar uma plataforma integrada para os profissionais de saúde prescreverem, monitorizarem e gerirem exercícios físicos específicos para doentes com doenças crónicas, através de uma app de terapêutica digital. A Popit, da Finlândia, apresenta um dispositivo que pretende alertar os doentes para a toma dos comprimidos, reduzindo assim as hipóteses de esquecimento.

O programa de inovação aberta “LeapUp”, desenvolvido pela AbbVie, em parceria com a Nova SBE Co.Innovation Lab, que é parte integrante do Nova SBE Innovation Ecosystem, tem como objetivo criar as condições necessárias para o desenvolvimento e sucesso destes novos projetos. Após esta fase de seleção, as startups selecionadas têm agora a oportunidade de desenvolver o seu projeto, explorando sinergias, co-criando e co-desenvolvendo novos caminhos e futuras oportunidades de negócio diretamente com a AbbVie Portugal, numa parceria de colaboração.

De acordo com o diretor-geral da AbbVie Portugal, Antonio Della Croce, “estamos muito entusiasmados com a recetividade que o projeto teve nesta sua primeira edição. Recebemos 59 candidaturas de 17 países diferentes, propostas e projetos muito válidos. Estamos conscientes que a inovação tecnológica tem alterado profundamente a prática clínica e a relação entre profissionais de saúde e doentes. Queremos continuar a contribuir e a fomentar essa inovação, dando a oportunidade, com a nossa experiência e o nosso know-how, a estas startups com projetos disruptivos que tanto têm para oferecer ao ecossistema da saúde”.

Nas palavras de Catarina Silva, Innovation Program Manager na Nova SBE, “o LeapUp é basicamente um bom exemplo daquilo que fazemos. É um programa de inovação aberta, em que um dos membros do nosso ecossistema de inovação, a AbbVie Portugal, nos desafiou a procurar startups que respondessem a desafios específicos. E foi isso que fizemos. Um programa de inovação aberta com startups para melhorar a vida das pessoas”.

2.º Encontro Nacional dos Nutricionistas do Serviço Nacional de Saúde
Na passada sexta-feira, dia 30 de junho, realizou-se, na Fundação Engenheiro António de Almeida, no Porto, o “2.º Encontro...

Este Encontro, que teve como tema central os Serviços de Nutrição nas novas Unidades Locais de Saúde (ULS) do Serviço Nacional de Saúde (SNS), contou com a presença de Francisco Goiana da Silva, Membro do Conselho de Gestão da Direção Executiva do SNS. De referir, ainda, a Conferência intitulada “Instrumentos de Gestão: orientações que preditam as boas práticas”, a cargo de Joana Seringa da Escola Nacional de Saúde Pública.

Neste evento destinado a todos os nutricionistas, mas em particular aos que exercem no SNS, foram apresentados, discutidos e partilhados os desafios e as oportunidades no que respeita aos instrumentos de gestão necessários num Serviço de Nutrição nas novas ULS, suportados pela evidência científica, almejando-se a integração dos cuidados nutricionais em todos os níveis de cuidados.

No debate, conduzido por Graça Raimundo e Francisco Goiana da Silva, foram realçadas as vantagens da implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade nestes Serviços, de haver uma necessária cooperação e articulação entre o Serviço de Nutrição e os restantes serviços das ULS, bem como a sua valorização, para a qual é necessária uma definição de indicadores de contratualização, levado a cabo por Clara Matos, Graça Ferro, Hugo de Sousa Lopes, Raquel Arteiro, Rosária Rodrigues e Verónica Túbal.

Para Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas “este é um tema que consideramos de grande pertinência. A criação das novas ULS e a organização dos respetivos Serviços de Nutrição implica a existência de um conjunto de instrumentos de gestão para a implementação de cuidados de saúde integrados, de modo a assegurar, os cuidados nutricionais necessários aos utentes, mas em simultâneo contribuir para a sustentabilidade do SNS.”

Com as novas ULS prevê-se um maior reforço dos cuidados de saúde primários, pelo que este poderá ser o momento de viragem na construção de um país mais saudável e resiliente através de uma maior aposta na promoção da saúde e prevenção da doença. O facto de apenas 2% do total de despesas em saúde ser gasto a prevenir que as pessoas fiquem doentes, valor abaixo da média da OCDE, demonstra que o SNS necessita de uma mudança profunda para dar resposta aos desafios epidemiológicos da atualidade.

“Sabendo que os portugueses perdem qualidade de vida devido aos hábitos alimentares inadequados, as novas ULS são uma oportunidade única para robustecer a nutrição e a profissão de nutricionista no SNS, com Serviços de Nutrição de excelência, bem preparados para funcionar de forma eficaz, com integração de cuidados, para termos verdadeiros ganhos em saúde para os utentes. Os nutricionistas serão cada vez mais a energia nova que o SNS necessita.”

Recorde-se que, no passado mês de março, decorreu na Direção-Executiva do SNS a apresentação pública do Manual para a implementação de Serviços de Nutrição nas ULS.

Ainda no âmbito de um protocolo estabelecido com a Direção-Executiva do SNS, foi nomeada na Ordem dos Nutricionistas uma Equipa Coordenadora Nacional com vista a auxiliar e disponibilizar linhas de orientação para a criação dos Serviços de Nutrição nas novas ULS.

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