Entre 8 e 12 de maio
Entre os dias 8 e 12 de maio, a Associação Portuguesa de Podologia (APP) com o apoio da Cooperativa de Ensino Superior...

A assistência será garantida a partir dos seguintes postos estratégicos:

Dia - 8, 9 e 10 em Pombal - Pavilhão de Atividades Económicas Desportivas e Culturais 

Dia - 11 e 12 em Fátima - Junto ao Santuário, Posto de Turismo de Fátima - Av. Dom José Alves Correia da Silva n, 213

Esta iniciativa da associação, que acontece desde 2004, pretende colocar à disposição dos peregrinos cuidados podológicos diferenciados e altamente especializados, de acordo com as normas de desinfeção e esterilização adequadas, por forma a garantir uma assistência especializada, gratuita e indispensável para uma peregrinação mais segura e minimizando a dor e os riscos de infeção.

Ao longo de 18 anos consecutivos temos estado junto daqueles que percorrem muitos quilómetros em pouco tempo, com a sobrecarga de longas caminhadas, dos repetidos microtraumatismos nos pés e das frequentes lesões graves que se manifestam através de dores, edemas, bolhas, excesso de transpiração, entorses, ruturas ligamentares, queimaduras, stress mecânico e incapacidades de marcha.

Este serviço humanitário que temos prestado ao longo de quase duas décadas aos peregrinos vem no seguimento da nossa missão de, enquanto podologistas, “servir os mais frágeis”, e traduz-se em mais de 1200 cuidados por ano e mais de 50 voluntários envolvidos.

A Associação Portuguesa de Podologia recomenda ainda a todos os peregrinos que não realizem caminhadas superiores a três horas, escolham roupas frescas e que permitam a transpiração, usem calçado que facilite a respiração e a dilatação do pé e meias de fibras naturais e sem costuras. Para além disso a associação aconselha os peregrinos a não caminharem entre as doze e as dezasseis horas por ser o período de maior exposição solar, e a não furarem as bolhas dos pés ou aplicarem pomadas ou medicamentos sem consultar um especialista.

Devem manter os pés secos, evitar hidratar em excesso os pés, usar anti-transpirantes e desodorizantes para controlo do excesso de humidade nos pés.

Dia Mundial do Riso assinala-se no dia 7 de maio
No dia 7 de maio assinala-se o Dia Mundial do Riso, uma data que pretende promover o riso como uma e

Além disso, pode estimular o sistema imunitário, promover o aumento do limiar da dor, acelerar o ritmo cardíaco e aumentar a oxigenação do cérebro (1). “Ao sorrir, as pessoas demonstram a sua autêntica personalidade, seja com um sorriso, uma gargalhada ou um simples gesto de alegria. O riso é essencial para o bem-estar,” comenta Juan Manuel Frade, Diretor Geral da Align Technology de Portugal e Espanha.

No entanto, sorrir e rir pode, por vezes, representar uma insegurança, o que leva muitas pessoas a deixarem de o fazer de forma espontânea e natural, por medo de mostrar os dentes, ao ponto de poder afetar a sua vida social. De acordo com o Barómetro de Saúde Oral 2022, apenas 32,3% dos portugueses têm dentição completa. Quase 70% da população portuguesa tem falta de dentes naturais e 6,4% tem falta de todos os dentes. (2)

As imperfeições na mordida não só podem afetar diretamente a qualidade de vida, como também podem esconder problemas dentários mais graves; a maloclusão, por exemplo, pode ter implicações tanto estéticas como funcionais na vida quotidiana das pessoas, como a baixa autoestima, a necessidade constante de esconder o sorriso, afetar a capacidade de mastigar, a necessidade de interromper refeições e dores na boca. (3)

Em Portugal, ano após ano, regista-se uma tendência positiva nas visitas ao dentista e um aumento do reconhecimento da sua importância. Há cada vez mais pessoas conscientes de que a falta de tratamento dentário, ou os cuidados dentários inadequados, podem levar a problemas como a sensibilidade dentária, a inflamação das gengivas e as perturbações da articulação temporomandibular e, mesmo nos casos mais graves, à perda de dentes.

Por conseguinte, o primeiro passo para prevenir qualquer tipo de infeção e manter um sorriso impecável começa com uma higiene adequada, que inclui a escovagem dos dentes e visitas regulares ao dentista para garantir que tudo está em ordem.

O médico dentista deve supervisionar o tratamento 

Por vezes, para conseguir o sorriso desejado, é também necessário corrigir possíveis malformações na boca, como o desalinhamento dentário ou maloclusões, que podem afetar o dia-a-dia das pessoas, tanto do ponto de vista estético como de saúde.

Para isto existem soluções como os tratamentos ortodônticos, que devem ser realizados por um profissional habilitado que oriente o paciente durante o processo, já que qualquer intervenção para alterar a posição dos dentes é um procedimento médico que movimenta os dentes através do osso.

O papel do médico dentista é fundamental desde a primeira consulta até ao fim do processo. A tecnologia e as ferramentas digitais ajudam-no a detetar as necessidades do paciente e a conseguir um tratamento adequado e adaptado ao paciente, evitando assim complicações que vão causar desconforto ou incómodo.

Os médicos dentistas e ortodontistas sabem que um sorriso é o reflexo da felicidade. Por esse motivo comprometem-se com os pacientes a avaliar cada situação e a disponibilizar os melhores tratamentos e tecnologias possíveis, para criar as bases para que os pacientes tenham a melhor saúde oral e nunca deixem de sorrir.

Referências:

1 Sociedade Espanhola de Neurologia: https://www.sen.es/saladeprensa/pdf/Link160.pdf

2 OMD, Barómetro Nacional de Saúde Oral 2022 Neue PowerPoint Template (omd.pt)

3 Revista do Ilustre Conselho Geral da Ordem dos Odontólogos e Estomatólogos de Espanha (Conselho Geral das Associações de Dentistas e Estomatologistas de Espanha): https://rcoe.es/articulo/48/afectacion-de-la-maloclusion-en-la-calidad-de-vida-del-paciente-odontopediatrico#:~:text=La%20maloclusi%C3%B3n%20puede%20relacionarse%20con,y%20dolor%20en%20la%20boca

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Opinião
As infeções associadas aos cuidados de saúde são eventos adversos que ocorrem durante o internamento

A higiene das mãos (HM) merece destaque como uma dessas medidas, quer seja aplicada de forma isolada e/ou sinérgica, sendo a mais eficaz na prevenção da transmissão horizontal de microrganismos causadores de infeção. Embora singela, assume uma dimensão equitativa e democrática, pois está presente em todos os contextos de prestação de cuidados, devendo ser realizada por todos os profissionais, em todos os momentos preconizados, para e por todos os doentes, por todos os visitantes. Acrescenta-se ainda a sua dimensão económica, como estratégia de redução de custos, permitindo poupar cerca de 16,5 dólares por cada dólar investido. Sem reservas, a HM é a pedra angular de qualquer programa de prevenção e controlo de infeção e resistência aos antimicrobianos.

Semmelweis estabeleceu a relação entre HM e redução da infeção; cem anos volvidos, a solução antisséptica de base alcoólica é o gold standard desta prática e as novas tecnologias estão aí, como ferramentas indispensáveis para a gestão deste indicador. Porém, e em primeiro lugar, a HM é uma medida ancorada no respeito pela dignidade do doente e, inexoravelmente, encarada como um dever para com a vulnerabilidade da pessoa cuidada.

Com a chegada do 5 de maio, a Organização Mundial da Saúde convoca todos a celebrar o Dia Mundial da Higiene das Mãos, no contexto da Campanha "SAVE LIVES: Clean Your Hands", a qual Portugal também abraça. O slogan deste ano, Accelerate action together, insta à colocação da HM como tópico prioritário na agenda sanitária dos países. Aceitemos o repto!

 

 

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SPO deixa recomendações
Sabia que, durante a gravidez, a visão pode sofrer algumas alterações - desde desconforto até ao agr

De acordo com a especialista “a gravidez pode alterar a forma como os olhos propagam a luz devido à retenção de água (tal como acontece com o resto do organismo, por exemplo, os pés, dedos e tornozelos que ficam inchados), o que pode alterar a espessura e o formato da córnea causando alterações na visão, nomeadamente o aparecimento ou agravamento da miopia”.

No entanto, chama a atenção, estas alterações são transitórias pelo que se aconselha que se espere pelo menos algumas semanas, após o nascimento do bebé, para consultar o oftalmologista. “O mesmo racional é aplicável a cirurgias com intenção refrativa (independência de óculos ou lentes de contacto); estas devem ser diferidas para pelo menos seis meses do pós-parto”, revela.

Por isso saiba que a visão embaçada ou olho seco estão entre as alterações mais frequentes e que merecem alguns cuidados.

Segundo Ana Figueiredo, “as flutuações hormonais próprias da gravidez podem alterar a qualidade e a quantidade de produção de lágrimas, levando à síndrome do olho seco, com sintomas que incluem lacrimejo intermitente e excessivo, visão enevoada e sensação de corpo estranho. Isso ocorre porque as minúsculas glândulas que revestem as margens superior e inferior da pálpebra (chamadas glândulas de Meibomius) diminuem a sua produção pelos níveis mais baixos de hormonas – os chamados androgénios – na gravidez. Por outro lado, é possível que, ao longo da gestação, a mulher sofra com alguns desses sintomas causados por um desequilíbrio na quantidade de lágrimas ou evaporação excessiva”. No entanto, explica que esta síndrome “não está necessariamente ligada à gravidez e pode ser desenvolvida através do uso excessivo de computadores/ecrãs e à exposição frequente a vento ou ar condicionado, por exemplo”.

Os sintomas de olho seco, revela, “devem ser tratados com recurso a lágrimas artificiais, que podem ser adquiridas livremente na farmácia, sem receita médica. Existem múltiplas formulações disponíveis (frasco, unidose, mais viscosas ou mais fluidas), sendo a mais adequada a cada caso facilmente aconselhada por um oftalmologista. Além disso, o problema pode ser minimizado, evitando permanecer em ambientes com poeira ou vento excessivo”.

No caso do uso de lentes de contato, acrescenta a médica oftalmologista, “o reforço da lubrificação ocular é mandatório para melhorar a sua tolerância”.

Outros sintomas como “visão enevoada, moscas volantes, manchas escuras - escotomas - no campo de visão, sensibilidade à luz ou perda temporária da visão”, devem representar um sinal de alerta para consultar o mais rápido possível um médico oftalmologista, afirma Ana Figueiredo, sobretudo se a grávida é ou está em risco de ser diabética ou hipertensa.

“As futuras mães com diabetes necessitam de ser monitorizadas cuidadosamente, uma vez que a gravidez pode agravar uma doença ocular prévia. Os sinais de retinopatia diabética incluem, entre outros, visão enevoada, moscas volantes e manchas escuras (escotomas) no campo de visão. O aparecimento da retinopatia, ou agravamento da doença pré-existente, podem determinar a necessidade de rápido tratamento com laser, injeções intraoculares ou mesmo cirurgia. Por outro lado, a diabetes gestacional, um quadro que surge durante a gravidez e desaparece após o parto, também pode causar distúrbios visuais, os quais tendem a reverter após o nascimento do bebé”, explica.

Segundo a especialista, “a hipertensão e a proteinúria de início recente (excesso de proteínas na urina) são dois sintomas cardinais da pré-eclâmpsia e, como a pressão arterial, pode subir rapidamente e colocar em risco a saúde da mãe e do bebé, cuidados rápidos e dirigidos revelam-se essenciais”.

Estudos indicam que 5% a 8% dos casos dessa doença são diagnosticados a partir de sintomas oculares como sensibilidade à luz, perda temporária da visão, manchas pretas ou “flashes” no campo visual e, ainda, visão enevoada. “Em ambos os quadros (diabetes ou hipertensão arterial), o seu diagnóstico precoce depende da realização de um exame de fundo de olho, ou oftalmoscopia, durante a gravidez. Por intermédio de um aparelho, o oftalmologista consegue avaliar o status das artérias, veias da retina, bem como do nervo ótico”, revela adiantando que “a redução dos riscos destas complicações oftalmológicas implica um controlo adequado dos níveis de pressão arterial e glicemia no sangue, efetuado através do seguimento apertado das gestações que se compliquem com a presença destas patologias”.

Por outro lado, se sofre de glaucoma, saiba que durante a gravidez, a pressão ocular tende a diminuir ligeiramente. “Em todo o caso, é recomendado um acompanhamento oftalmológico regular com vista à avaliação periódica do valor da pressão ocular e respetivo ajuste, através dos fármacos/colírios que sejam mais seguros usar em cada trimestre da gestação”, alerta a médica.  

Sempre que a pressão ocular se mantenha descontrolada e acima do desejável, há perigo de lesão irreversível do nervo ótico pelo que poderá ser equacionada a necessidade de uma cirurgia.

“Assim sendo qualquer mulher grávida com histórico em termos de patologia oftalmológica (alta miopia, uveíte, retinopatia diabética, glaucoma ou relacionada com o mero uso de meios corretivos – óculos ou lentes de contacto), deve conhecer o seu padrão de visão habitual por forma a identificar quaisquer alterações e procurar ajuda diferenciada imediata que possa identificar se se trata de algo fisiológico, e como tal reversível após o parto, ou pelo contrário, é uma patologia que implique vigilância e/ou tratamento ao longo da gravidez”, sublinha Ana Figueiredo, acrescentando que a adoção de medidas de estilo de vida saudável, nomeadamente cuidados na gestão do peso, alimentação equilibrada e prática regular de exercício físico são também elas determinantes na redução do aparecimento de complicações.

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Congresso realiza-se até 7 de maio
Manuel Pizarro, Ministro da Saúde, e Fernando Araújo, Diretor Executivo do SNS, participaram na sessão de abertura do 29.º...

“Sem Medicina Interna (MI) e sem internistas não há sistema nacional de saúde. Os internistas são absolutamente essenciais, em especial, nos hospitais. Nada dispensa a necessidade de ter um profissional que faça uma abordagem geral e esses são os especialistas da MI. É fundamental olhar para a pessoa como um todo. Temos no nosso SNS problemas bem identificados, problemas muito diversos. A verdade é que ainda não foi possível encontrar alternativas para colmatar alguns problemas, como o afluxo às urgências”, afirmou o Ministro da Saúde.

Fernando Araújo na sua intervenção afirmou “resolvi utilizar o chatGPT e questioná-lo sobre o que é a Medicina Interna e como esta especialidade pode ajudar a resolver o maior problema do SNS, que são as urgências, as ULS e como é que que os Internistas se podem tornar bons líderes. Neste diálogo que tive com uma espécie de inteligência artificial, ficou bem presente o que nos vai acontecer nos próximos anos. Termino como irão terminar no futuro muitos textos de Medicina Interna, que suscitarão a dúvida sobre quem realmente os escreveu: «Este texto não foi escrito por um humano»”.

“É com imenso prazer que represento a comissão organizadora deste congresso. Agradecemos a colaboração dos vários serviços de Medicina Interna. O que queremos é uma Medicina Interna moderna, afirmativa e representativa, e construir pontes para o futuro. Para organizar este evento foi necessária a colaboração de várias vontades. Este congresso será um momento único de partilha de conhecimentos e união de colegas. O sucesso deste evento está garantido com a vossa presença”, começou por dar as boas-vindas Jorge Almeida, Presidente do congresso.

Por sua vez Lèlita Santos afirmou ser um orgulho ver todos os internistas juntos pela Medicina Interna. “O internista conhece bem as pontes para o futuro. Esta é a área que mais abrange todas as especialidades. A MI é muito abrangente e versátil. Este é um acontecimento fundamental para a especialidade”.

Na sessão de abertura da maior e mais marcante reunião anual de Medicina Interna contou ainda com a presença de Pedro Cunha, presidente do Colégio da Especialidade da Medicina Interna, Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos, Catarina Araújo, vereadora da Saúde da Câmara Municipal do Porto e Maria João Batista, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário de São João.

“Pontes para o Futuro”. É este o tema do 29.º Congresso Nacional de Medicina Interna (29.ºCNMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), que se realiza entre os dias 4 e 7 de maio, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

 

 

Opinião | Dia Mundial sem Dieta
Sabemos que a autoimagem e a aceitação do corpo são questões fundamentais para a saúde mental e físi

Essa pressão social pode levar a perturbações de autoimagem, como a dismorfia corporal – uma perturbação psicológica que tem como base uma preocupação excessiva com o corpo, ou falhas percebidas na aparência física que não são observáveis ou parecem ligeiros aos outros. Esta preocupação causa mal-estar clinicamente significativo, gerando ansiedade, tensão desamparo e hipersensibilidade à crítica, sentimentos de culpa, autodepreciação e desvalorização pessoal. Este tipo de pessoas usualmente, julgam a autoestima com base na forma corporal, sobrevalorizando pequenas imperfeições ou imaginando-as de forma negativa. E isso tem um impacto significativo na autoestima, assim como pode afetar o individuo em termos pessoais e profissionais.

No Dia Internacional sem Dieta, é realmente muito importante que as pessoas entendam que a imagem corporal idealizada pela média é irrealista e, sejamos francos, inalcançável para a maioria das pessoas. A pressão para se adequar a essa imagem idealizada pode levar a dietas extremas e perigosas – as dietas ioiô-, como a restrição calórica excessiva e o uso de laxantes ou diuréticos, que podem ter efeitos colaterais graves para a saúde física e mental.

Não adianta fugir da questão, a eterna busca do corpo e imagem perfeitos, pode resultar em disfunções alimentares extremas e difíceis de tratar, a exemplo, ocorre-me neste momento a anorexia e bulimia nervosa. São perturbações suficientemente graves que não raras vezes levam a consequências perturbadoras para a saúde física e mental e, no limite, a internamentos compulsivos para salvar a vítima desta síndrome da autodestruição.

Vivemos numa sociedade de equívocos, a busca da imagem idealizada – a selfie perfeita, imposta pelos média, redes sociais e também pelo mundo da moda, levam a uma busca pelas famosas “dietas da moda”. São regimes alimentares quase sempre irrealista e que prometem resultados rápidos na perda de peso, mas geralmente carecem de evidências científicas sólidas, ou são apenas mitos sem evidências que as sustentam. Essas dietas muitas vezes envolvem a eliminação radical de grupos alimentares ou nutrientes essenciais, o que pode levar a deficiências nutricionais e a outros problemas de saúde levando a picos de ansiedade extrema e a sentimentos de culpa autodirigida com grande impacto na autoimagem. Muitas vezes, essas dietas podem desencadear comportamentos alimentares desordenados, como compulsão alimentar e restrição alimentar excessiva, resultando em perturbações alimentares graves, como anorexia e bulimia nervosa.

Atente-se, por exemplo, na famigerada anorexia nervosa, esta síndrome é caracterizado por uma restrição severa na ingestão de alimentos, prática excessiva de exercícios físicos, e imagem corporal distorcida. Geralmente, esta perturbação alimentar acarreta muito sofrimento para a vítima e para os seus familiares, que se sentem impotentes para ajudar. Esta problemática inclui perda significativa de peso e risco para a saúde física e mental. Esta é uma perturbação muito grave que requer tratamento multidisciplinar para a recuperação do peso saudável, melhoria da imagem corporal e uma psicoeducação para a adoção de hábitos alimentares saudáveis.

Outra perturbação alimentar inóspita e que resulta da idealização social, é a bulimia nervosa. Neste caso é caracterizada por episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios inapropriados – como a ingestão episódica e massiva de alguns alimentos. Naturalmente, o comer excessivamente, vai-se traduzir em sentimentos de culpa na autoimagem e o medo intenso de ganhar peso levando ao aparecimento do ciclo compulsão e purgação, e podem manifestar-se com sintomatologia depressivas e/ou ansiogénicas, perturbação de sono e comportamentos obsessivos versus compulsivos – personalidades do tipo Cluster B, são os sentimentos mais comuns a estes indivíduos. Como resultado as consequências físicas e mentais são desastrosas, requerendo tratamento multidisciplinar para a interrupção do ciclo de compulsão e purgação, mas sobretudo torna-se necessário uma psicoeducação na melhoria da imagem corporal e adoção de hábitos alimentares saudáveis.

Se pensarmos que “cada caso é um caso”, uma dieta alimentar saudável deve ser essencialmente funcional e adaptada a cada indivíduo. Mas sobretudo adaptada às necessidades individuais do corpo de cada um. Naturalmente, considerando as especificidades biológicas, fisiológicas e sociais de cada pessoa.

As chamadas "dietas da moda" que impõem regras específicas e rígidas, com alimentos proibidos ou permitidos em tempos determinados, ignoram as necessidades individuais do organismo e tratam o corpo como um padrão universal. Essa abordagem generalizada pode levar a complicações nutricionais e problemas de saúde, uma vez que as necessidades nutricionais variam entre os indivíduos.

Recordo que a alimentação deve ser vista como uma abordagem holística, levando em consideração não apenas a nutrição, mas também o bem-estar mental e social do indivíduo por forma que a sua autoimagem, seja fortalecida dentro de um padrão saudável e equilibrado.

Para ajudar as pessoas a lidar com a pressão social em relação à imagem corporal, é importante que elas desenvolvam uma autoimagem positiva e aprendam a aceitar seus corpos como eles são. O principal objetivo de uma dieta equilibrada é a de devolver a estabilidade, mas fazê-lo de forma realista. Mas a pressão social e as dietas da moda fazem com que se passe de um desequilíbrio para outro. Por outras palavras, tenho para mim que uma dieta que resulta é sempre aquela que traduz um final feliz, em termos emocionais e físicos. Os profissionais de saúde, como nutricionistas, psicólogos e coaches de imagem, podem desempenhar um papel importante na promoção de uma autoimagem positiva e na prevenção de transtornos alimentares.

Pessoalmente, recomendo uma abordagem multidisciplinar como ao uso de orientação nutricional, hipnose clínica e o coaching simultaneamente, podem ser ferramentas valiosas na promoção de uma autoimagem positiva e na prevenção de transtornos alimentares. A hipnose clínica, por exemplo, é uma abordagem natural, inócua e não invasiva que pode ajudar as pessoas a superar as distorções cognitivas, obstáculos mentais e bloqueios emocionais que possam estar afetando a sua relação com a comida e com a imagem do seu corpo. São abordagens que ajudam a entender que um corpo saudável é mais importante do que um corpo magro.

Comemora-se o “Dia Internacional da Dieta”, e façamos um alerta, é preciso reconhecer o impacto que a representação idealizada da beleza tem nas pessoas e trabalhar para promover uma imagem corporal saudável e realista. Os média, as empresas de moda e beleza podem trabalhar para promover a diversidade de tamanhos e formas corporais em anúncios e campanhas na promoção dos seus produtos.

Em resumo, a autoimagem e a aceitação do corpo são questões fundamentais para a saúde mental e física das pessoas. É importante ensinarem as pessoas que aprendam a valorizar os seus pontos fortes, as suas realizações pessoais, em vez de apenas a sua aparência física. Isso pode ser mais facilmente alcançado através de práticas terapêuticas, como a hipnose clínica, que pode ajudar a reprogramar as crenças e padrões de pensamento negativos em relação à imagem corporal, já que a hipnose trata a raiz do problema. A hipnose apresenta soluções novas para problemas antigos sendo uma abordagem natural, inócua e não-invasiva faz uso dos recursos internos da e desbloqueia o que porventura possa estar a afetar emocionalmente o paciente. No caso dos transtornos alimentares, como anorexia nervosa e bulimia nervosa, são doenças graves, mas que podem ser prevenidas com a ajuda de especialistas e profissionais de saúde e uma mudança na cultura e na média que promove uma imagem corporal saudável e realista.

 
Dra. Cátia Costa Lopes – Licenciada em Psicologia 
Dr. Alberto Lopes - Neuropsicólogo/Hipnoterapeuta
Clínica Dr. Alberto Lopes - Psicologia & Hipnose Clínica

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5 de maio
As Jornadas da Primavera da Sociedade Portuguesa de Reumatologia desenvolve o primeiro Curso Multidisciplinar de Miopatias...

Este evento conta com a presença de várias especialidades como a Dermatologia, Pneumologia, Radiologia, Neurologia e a Patologia Clínica, que em conjunto abordarão temáticas tais como, o diagnóstico e as ferramentas de avaliação das IIM, como interpretar os anticorpos específicos e associados a IIM, os métodos de imagem e padrão imagiológico nas IIM, o padrão histológico nas várias formas de IIM, o envolvimento pulmonar e cutâneo na IIM e as últimas novidades no tratamento das IIM.

“As Miopatias Idiopáticas Inflamatórias são um grupo muito heterogéneo e complexo de doenças que afetam doentes de todas as faixas etárias, desde a idade pediátrica até à idade adulta, pelo que a necessidade constante de multidisciplinaridade e partilha de conhecimento é essencial para o seguimento adequado destes doentes.” acrescenta Raquel Campanilho-Marques, Coordenadora do Curso e Coordenadora da Consulta Multidisciplinar de Miosites do Hospital de Santa Maria – CHULN.

 

Entrevista | Dra. Filipa Ferreira
Com manifestações clínicas, em fase precoces, que facilmente se podem confundir com outras patologia

Estima-se que, em Portugal, a Hipertensão Arterial Pulmonar afete cerca de 300 pessoas. No mundo, são mais de 25 milhões aqueles que sofrem de uma doença grave, sem cura e que, habitualmente, é diagnosticada em fases avançadas. Para ajudarmos a compreender a doença, começo por lhe perguntar em que consiste e quais as principais causas?

A hipertensão arterial pulmonar é de facto uma doença rara, mas grave que se caracteriza por alterações da vasculatura pulmonar que condicionam uma pressão nas artérias pulmonares mais elevada, dificultando a função do ventrículo direito em bombear sangue. Muitas vezes a causa é desconhecida e nesse caso definimos como hipertensão arterial pulmonar idiopática. Outras vezes pode ser hereditária ou associada a consumo de drogas, fármacos ou anorexígenos.  Pode ainda aparecer associada a outras doenças como doenças do tecido conjuntivo mais conhecidas como doenças autoimunes, à infeção por VIH, a cardiopatias congénitas ou a doença hepática cronica com hipertensão portal. 

Há, no entanto, causas menos comuns como a obesidade, por exemplo… Que causas são estas?

A obesidade pode por alguns mecanismos condicionar hipertensão pulmonar, mas não propriamente hipertensão arterial pulmonar que é já uma forma específica de hipertensão pulmonar. Normalmente a obesidade associa-se a síndrome de apneia obstrutiva do sono ou síndromes de hipoventilação que podem de facto condicionar hipertensão pulmonar. 

Podemos falar em grupos de risco? A que outras patologias pode estar associada?

Podemos sim. Como disse na primeira questão, existem formas de hipertensão pulmonar que aparecem associadas a outras doenças. Assim sendo, podemos identificar as pessoas que tenham essas doenças como doentes de risco para hipertensão arterial pulmonar. Nestes casos o screening anual com ecocardiograma até pode estar recomendado como acontece por exemplo na esclerose sistémica. Devemos estar mais atentos ao aparecimento de sintomas nestes grupos de risco.

Sendo frequentemente ignorados, quais os principais sintomas da doença? Quais os sinais de alerta?

Os sintomas mais frequentes são a dispneia de esforço, ou seja, uma falta de ar desproporcional para um determinado esforço. Numa fase inicial da doença é para esforços intensos como subir lanços de escadas, mas à medida que a doença vai avançando a falta de ar surge para esforços progressivamente menores até causar franca limitação nas tarefas do dia-a-dia. Os sinais de alarme são sintomas que normalmente aparecem numa fase mais avançada da doença e se associam a gravidade como desmaio durante o esforço ou logo após o esforço, inchaço das pernas e/ou barriga, tosse com sangue ou angina de peito.

Diria que esta patologia pode estar subdiagnosticada? O que contribui para os atrasos no seu diagnóstico?

Eu tenho a certeza que esta doença está subdiagnosticada. Mais do que isso! A maioria dos doentes apresenta-se nos centros de referência tardiamente, ou seja, numa fase já avançada da doença. O principal motivo é o facto de os sintomas serem muito inespecíficos e facilmente confundidos com outras doenças cardiovasculares ou doenças pulmonares como asma, insuficiência cardíaca esquerda, DPOC. Outro motivo é a desvalorização destes sintomas pelos próprios doentes porque se instalam progressivamente e as pessoas vão-se adaptando, evitando subidas ingremes ou subir escadas.

A partir de que idade podem surgir os primeiros sintomas? E como é feito o seu diagnóstico? 

Não existe uma idade para o aparecimento dos sintomas. Podem inclusivamente surgir durante a infância. Tudo depende da causa da hipertensão pulmonar. Quando hereditária ou associada a cardiopatias congénitas podem surgir ainda em crianças. Nas formas associadas a doenças do tecido conjuntivo por exemplo, é uma faixa etária mais elevada. Após a suspeita clínica o limiar para realização de ecocardiograma deve ser baixo, por ser um exame facilmente acessível e inócuo para o paciente. Se houver sinais suspeitos de hipertensão pulmonar no ecocardiograma, então o diagnostico deve ser confirmado, já nos centros de referência, através da realização de cateterismo cardíaco direito.

Em que consiste o tratamento? Em que casos está recomendado o transplante pulmonar?

Atualmente, a base do tratamento consiste na utilização de fármacos específicos que pretendem baixar a pressão nas artérias pulmonares – vasodilatadores pulmonares. É uma terapêutica específica, de utilização exclusivamente hospitalar e preferencialmente utilizada nos centros de tratamento que existem em Portugal e que estão definidos. O transplante pulmonar é uma estratégia de recurso para uma fase tardia da doença, em que a resposta ao tratamento com vasodilatadores pulmonares é insuficiente.

Quais os principais desafios nesta área?

Em primeiro lugar, eu diria que é o diagnóstico precoce: Reduzir o tempo que demora aos doentes a chegar aos centros de tratamento desde o início dos sintomas. Mas depois vêm outras formas de desafios relacionados com o facto de a hipertensão arterial pulmonar ainda ser uma doença cronica progressiva, sem cura. Seria bom aparecerem novos fármacos ou intervenções com intuito curativo que fossem verdadeiros modificadores de prognóstico.

Para aqueles que convivem com a doença, quais os principais cuidados a ter?

À semelhança da população em geral, devem adquirir hábitos de vida saudável: não fumar, comer bem, controlar o peso e evitar ter uma vida sedentária (salvo indicação em contrário). Depois há orientações específicas para estes doentes como a indicação para a vacinação contra a pneumonia, gripe e COVID-19. A gravidez está contraindicada na maioria dos casos e por isso em mulheres em idade fértil devem usar métodos eficazes de contraceção.

No âmbito do dia Mundial da Hipertensão Pulmonar, que mensagem gostaria de deixar?

Gostava de deixar uma mensagem de esperança. Esta é uma área com intensa investigação clínica, com inúmeros fármacos inovadores em teste, alguns aparentemente promissores. Em Portugal temos centros diferenciados com equipas multidisciplinares motivadas que todos os dias trabalham com vista a melhorar a prática clínica para que os nossos doentes possam ter acesso aos melhores cuidados de saúde.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
2 e 3 de junho
Está a chegar a 2ª edição do evento “AVC 360º - Integrar e Aplicar”, uma iniciativa formativa da SPAVC destinada primariamente...

O encontro vai decorrer nos dias 2 e 3 de junho de 2023, em Peniche (Hotel MH Atlântico), e tem como objetivo a discussão interpares e multidisciplinar, em sessões eminentemente práticas, centradas em casos clínicos, com interação e recurso a televoto.

O programa culminará com o “Stroke Sunset” - caminhada em grupo destinada à sensibilização da população através da distribuição de folhetos sobre sinais de alarme, fatores de risco e estilos de vida saudável.

Esta reunião é coordenada pelo neurologista Alexandre Amaral e Silva, membro da Direção da SPAVC.

 

Maio é o mês do Coração e das Mães
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a promover a ação nacional de consciencialização para o...

Em Portugal, a incidência do enfarte agudo do miocárdio continua a ser elevada. “Com esta iniciativa  pretendemos consciencializar as mulheres para a adoção de um estilo de vida mais saudável, para que no futuro possam beneficiar de uma vida mais tranquila junto das pessoas de quem mais gostam. Infelizmente, esta realidade deve-se, em muito, aos hábitos de vida que são levados do dia a dia”, afirma João Brum da Silveira, Coordenador Nacional do Stent Save a Life e da Campanha Cada Segundo Conta (APIC).

Segundo Rita Calé Theotónio, “Também os fatores de risco como hipertensão, dislipidemia, diabetes, tabagismo, excesso de peso e sedentarismo contribuem para o aumento do risco de desenvolver esta doença. Na fase da menopausa, a mulher passa por mudanças hormonais, e estes fatores de risco clássicos tornam-se mais comuns aumentando o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Torna-se, assim, primordial a aposta na prevenção destas doenças, adotando um estilo de vida saudável: praticar exercício físico; evitar o consumo de álcool; não fumar; controlar a alimentação, optando por não consumir em excesso alimentos ricos em açúcar e gordura; e manter a vigilância médica regular”.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2019, registaram-se 4.275 mortes totais por enfarte agudo do miocárdio, que atingiram, maioritariamente homens, com uma relação de 133 óbitos de homens por 100 de mulheres. A idade média ao óbito para as mulheres situou-se nos 81 anos, mais 8 anos do que a observada para os homens (73 anos).

Os dados do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI), desenvolvido pela APIC, indicam que, em 2022, cerca de um quarto dos doentes tratados para o enfarte agudo do miocárdio, através de angioplastia primária, foram mulheres com uma média de idade de 65 anos, com um índice de massa corporal médio de 28, e 63 por cento das quais com hipertensão.

O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são sintomas de alarme para o enfarte agudo do miocárdio. Não ignore estes sintomas. Ligue rapidamente 112 e siga as instruções que lhe forem dadas.

A ação “Coração de Mãe” está inserida no âmbito da campanha “Cada Segundo Conta”, promovida pela APIC, e foi desenvolvida pelos alunos do curso de Relações Públicas e Comunicação Empresarial, da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), do Instituto Politécnico de Lisboa, no âmbito da unidade curricular «Comunicação no Interesse Público», com os objetivos de promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce. Para mais informações sobre esta campanha consulte www.cadasegundoconta.pt.

Nas áreas académica e científica
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) assinou, hoje, um acordo de cooperação com a Ordem dos Enfermeiros de...

Segundo o texto do protocolo, rubricado pela bastonária da OEMo, Maria Acácia Ernesto Lourenço, e pelo Presidente da ESEnfC, António Fernando Salgueiro Amaral, o acordo visa a formação de «grupos de trabalho para implementação de programas que concorrem para o desenvolvimento de Enfermagem, criação de oportunidades de vagas para formação em pós-graduação nos níveis de especialidades, mestrados e doutoramento e investigação em Enfermagem».

A «facilitação do acesso às bibliotecas virtuais, as tecnologias de centros de simulação dos procedimentos de Enfermagem e cursos de curta duração para os enfermeiros docentes que irão orientar as práticas nos centros de simulação» são outras ações que fazem parte do objeto do acordo hoje firmado em Coimbra.

Pretende-se, neste âmbito, «desenvolver atividades e programas conjuntos», relacionados com a «implementação de pesquisas multicêntricas e projetos de desenvolvimento em Enfermagem», com a «formação de revisores e editores para criação ou fortalecimento de uma revista de Enfermagem em Moçambique» e, ainda, com o «intercâmbio de docentes e estudantes dos cursos de especialidade».

A promoção e a organização de «atividades científicas, seminários, colóquios, conferências, congressos e outros eventos de índole académica e de divulgação científica na área de Enfermagem», estão também previstas, ao abrigo do presente acordo de cooperação.

«A Enfermagem de Moçambique está convicta que a ESEnfC irá acompanhar-nos até ao topo que almejamos, que é a formação de profissionais de enfermagem capazes de unir o seu pensar com a sua prática, fazer uma reflexão crítica sobre a sua prática, identificar os problemas da sua ação profissional do dia a dia e buscar, de uma maneira sistematizada, a resposta a esses problemas. Isto é possível com a implantação e fortalecimento do ensino superior em Moçambique», afirmou a bastonária da OEMo, Maria Acácia Lourenço.

Já o Presidente da ESEnfC, Fernando Amaral, disse que a instituição que dirige tudo fará, «a partir da cooperação, para garantir uma melhor Enfermagem, que há de levar a uma maior saúde para todos os povos».

Ao notar que da missão da ESEnfC faz parte ser «uma escola global, com responsabilidade social», Fernando Amaral asseverou que a Escola de Coimbra está «disponível a participar com todos e, sobretudo, com aqueles com que tem responsabilidade cultural e histórica, como são os PALOP». «E que, agora, tem a responsabilidade de cooperar com esses países, para melhoria da vida dos [respetivos] povos», vincou o docente de Coimbra.

Quase 11 mil assinaturas
Este ano, a associação Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos (MOG) assinala o Dia Mundial do Cancro do...

O cancro do ovário é o sétimo tipo de cancro mais comum entre as mulheres, com cerca de 314 mil novos casos por ano. É a quinta causa de morte por doença oncológica entre as mulheres, sendo o cancro ginecológico com maior taxa de mortalidade. Para as mulheres que recebem o diagnóstico de cancro do ovário, conseguir o acesso a um tratamento de manutenção em primeira linha pode fazer a diferença na sua vida, permitindo-lhes viver mais anos e com melhor qualidade. Não existe um registo nacional de cancro do ovário, mas estima-se que cerca de 560 novos casos foram diagnosticados em 2020.

Efetivamente, até há pouco tempo, Portugal era dos únicos países da Europa sem uma opção de tratamento de manutenção em primeira linha, financiada e disponível no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Contudo, esta terapêutica já existe no nosso país, mas apenas para doentes com mutação genética (sBRCA ou Gbrca).

“Esta decisão não é democrática, muito menos compreensível. As doentes sem mutação representam a maioria dos casos de cancro do ovário (85%) e apresentam maiores necessidades médicas. Quem tem capacidade financeira pode ter acesso a este tratamento nos hospitais privados, mas as mulheres e famílias que não têm meios monetários para fazer esse investimento, acabam por não ter acesso. Não podemos permitir que estas mulheres sejam deixadas para trás. Há mulheres a morrer e famílias a perder mães, irmãs e filhas por existirem lacunas no acesso a uma terapêutica que está disponível para todas as doentes noutros países da Europa”, reforça Cláudia Fraga, presidente da associação MOG e sobrevivente de cancro do ovário.

 

Trabalhos podem ser submetidos até ao dia 2 de junho
Estão abertas as candidaturas para os Prémios Pfizer, a mais antiga distinção na investigação Biomédica em Portugal, que este...

Os Prémios, atribuídos anualmente, resultam da parceria entre a Pfizer e a Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa (SCMED), com o objetivo de reconhecer o trabalho de investigação desenvolvido pelos cientistas portugueses que, pelo seu esforço e entrega à Ciência, contribuem para gerar novo conhecimento e inovadoras descobertas médicas, melhorando a saúde e qualidade de vida dos doentes e da sociedade.

Os trabalhos podem ser submetidos até ao dia 02 de junho de 2023, através do email da SCMED (consultar regulamento em https://www.pfizer.pt/ ou http://www.scmed.pt/). Na atribuição dos prémios, o júri apreciará o mérito dos trabalhos e projectos apresentados, e a sua decisão será conhecida durante a sessão solene a realizar-se no próximo mês de novembro.

Os Prémios Pfizer têm marcado a investigação que se faz em Portugal, distinguindo os melhores trabalhos de investigação básica e clínica, elaborados total ou parcialmente em instituições portuguesas por investigadores portugueses ou estrangeiros. O valor total atribuído para os Prémios Pfizer 2023 será de 60.000 euros.

 

Cerca de 450 mil portugueses sofrem da condição
No dia 5 de maio memoramos o Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca.

O aumento da prevalência de IC é resultado de um conjunto de fatores, nomeadamente, o envelhecimento da população, o aumento da sobrevida de outras doenças cardíacas (como os enfartes e as doenças cardíacas congénitas) e o aumento da prevalência de doenças crónicas como a hipertensão arterial e a diabetes. Sendo estas as principais causas de IC, existem outros motivos para desenvolvimento de IC, como as arritmias, as doenças das válvulas cardíacas ou doenças do músculo cardíaco (p.ex. miocardites).

Mais do que uma doença, a IC é uma entidade complexa em que o coração é incapaz de dar resposta às necessidades aumentadas de fluxo sanguíneo do organismo, com consequente desenvolvimento de sintomas quando o paciente tenta realizar atividades comuns do dia-a-dia. Com a progressão da doença, esforços progressivamente menores desencadearão sintomas, até uma fase em que estes surgem em repouso. Entre os principais sintomas de IC destacam-se o cansaço, a falta de ar e as pernas inchadas ou aumento do volume abdominal.

É ainda importante não esquecer que se trata de uma doença com um prognóstico sombrio se não acompanhada e tratada. A sua mortalidade chega a ser superior à de muitos cancros (nomeadamente cancros comuns como o da próstata, da mama ou o melanoma); mas continua a ser mais temido um diagnóstico de cancro que um diagnóstico de IC.

Mas neste dia dedicado à IC e a todos os que vivem diariamente com esta doença é importante ressalvar dois pontos de esperança:

Em primeiro lugar, trata-se de uma doença prevenível, ponto em que é basilar a adoção de um estilo de vida saudável, cumprindo uma dieta equilibrada, realizando exercício físico de forma regular e abstendo-se do consumo de álcool e de hábitos tabágicos, conjuntamente com o controlo adequado de doenças crónicas como a hipertensão arterial, a diabetes, a dislipidemia (colesterol alto) e a obesidade.

Em segundo lugar, dispomos, cada vez mais, de terapias eficazes, que permitem uma franca melhoria da qualidade de vida, mas também ganho de anos de vida. É por isso importante que conseguir diagnosticar o mais rapidamente possível, para iniciar tratamento dirigido e eficaz e, assim, garantir uma melhoria do prognóstico. De igual importância, é que os doentes cumpram a medicação de forma regular. Além disso, os doentes com insuficiência cardíaca, e seus familiares/cuidadores, devem aprender a reconhecer sintomas de descompensação (agravamento da falta de ar, inchaço nos pés e pernas ou aumento súbito de peso) e procurar ajuda junto da equipa médica assistente precocemente, para assim evitar uma descompensação mais grave.

Neste dia tenhamos em mente que todos somos importantes na prevenção, diagnóstico e gestão da insuficiência cardíaca, desde a população geral aos profissionais de saúde. Só trabalhando conjuntamente poderemos “detetar o não detetado”.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa assinala 20 anos de existência da MYOS
A MYOS, a associação nacional contra a fibromialgia e a encefalomielite miálgica/ síndrome da fadiga crónica (EM/SFC), vai...

“Apesar de muito ter mudado nos últimos 20 anos em Portugal, relativamente ao reconhecimento da Fibromialgia por parte da classe médica e sociedade em geral, ainda assim os doentes são confrontados diariamente com alguma incompreensão. Muitas vezes, quem olha para nós pensa que estamos bem, mas na realidade debatemo-nos diariamente com um conjunto de sintomas reais que nos provocam sofrimento. As doenças podem ser invisíveis, mas o que sentimos é real”, afirma Ricardo Jorge Fonseca, Presidente da MYOS.

A campanha “Estou bem” pretende comunicar a invisibilidade da fibromialgia, enquanto alerta a população de que apesar de uma pessoa “parecer bem” pode estar a vivenciar um conjunto de sintomas geralmente mal compreendidos.

Uma pessoa com fibromialgia sente dor generalizada e difusa, fadiga, rigidez, dificuldade em dormir, formigueiros, dormência, dores de cabeça, confusão mental, dificuldade em concentrar-se, falta de memória, ansiedade e hipersensibilidade, entre outros sintomas. É o caso de Inês Afonso Lopes, que vive há mais de 20 anos com esta doença:

“Eu tenho fibromialgia desde janeiro de 2002. Ao contrário da grande parte dos doentes nessa altura, tive um percurso muito rápido para obter o diagnóstico, consultei vários médicos, mas com o início dos sintomas ninguém conhecia o motivo. Até que um médico levantou a hipótese de ser portadora de uma doença reumática e, então, fui encaminhada para uma consulta de Reumatologia, onde tive a sorte da médica que me acompanhou estar familiarizada com a fibromialgia e me efetuar o diagnóstico correto”, explica Inês Afonso Lopes.

E acrescenta: “A doença impacta tremendamente a minha vida. Eu não sei o que é viver sem dores e fadiga há 21 anos. São companheiras indesejadas que estão sempre presentes. Se não fizermos a gestão de energia, às vezes não temos capacidade para desempenhar as atividades mais fundamentais do quotidiano. Temos de estar constantemente a medir o nosso estado, qual o nosso nível de dores e de energia, para dosear o esforço ao longo do dia, alternando com períodos de descanso, para não desencadear o agravamento significativo dos sintomas. É muito difícil de gerir esta imprevisibilidade da doença, visto ser uma condição que funciona por ciclos”.

A fibromialgia é uma doença que gera alguma incompreensão, por ainda não se conhecer muito bem as causas que estão na sua origem e não haver alterações detetáveis nos exames laboratoriais e nos exames complementares de diagnóstico usados habitualmente na prática clínica. O diagnóstico é feito com base em critérios de diagnóstico definidos e mediante o historial clínico do doente e exclusão de outras doenças que possam justificar a sintomatologia. Atualmente sabe-se que existe uma alteração nas áreas cerebrais responsáveis pela perceção e processamento da dor, onde o cérebro dos doentes com fibromialgia parece ter uma sensibilidade extrema aos estímulos dolorosos que recebe. Isto significa que estímulos não dolorosos para a maioria das pessoas, são interpretados como dor pelo cérebro destes doentes.

Esta doença afeta homens, mulheres e crianças de todas as idades, etnias e estatutos. Estima-se que afete, mundialmente, cerca de 2% a 5% da população adulta, dependendo dos países, em que 80% a 90% são mulheres entre os 20 e os 50 anos e a incidência aumenta progressivamente com a idade. Em Portugal, segundo um estudo da EpiReuma, estima-se que afete 1,7% da população, com predomínio nas mulheres acima dos 40 anos. Existem ainda muitos casos que não estão diagnosticados, sendo que muitos doentes vivem com indeterminação de diagnóstico durante muito tempo.

Com a campanha “Estou bem”, a MYOS incentiva toda a população a “juntar-se nesta luta pelas vidas” de todos os que sofrem em silêncio.

Para mais informações sobre a campanha “Estou bem” e sobre a MYOS consulte: https://myos.pt/

15 e 16 de maio
O Serviço Cirurgia Geral do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vai dinamizar a quinta edição do Curso de...

O curso tem uma vertente essencialmente prática e é destinado aos internos de MGF com o objetivo de fornecer competências básicas de pequena cirurgia, promovendo a criação de polos de Pequena Cirurgia nos Centros de Saúde e, assim, contribuir para uma melhor capacitação destas unidades na resposta às necessidades das populações. Esta formação vai contribuir ainda para diminuir a pressão exercida sobre os cuidados de saúde hospitalares, concorrendo decisivamente para um melhor acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde.

O curso, que se baseia num modelo de aprendizagem teórico-prático, consiste na apresentação de temas teóricos e casos clínicos e de sessão de prática de sutura em laboratório com treino em modelos de bancada. Posteriormente, os formandos irão para o ambiente hospitalar, sob orientação de cirurgiões, para colocar em prática os conhecimentos adquiridos. O primeiro dia de formação, 15 de maio, vai decorrer no Centro de Simulação Biomédica (Blocos de Celas – CHUC) e o segundo dia, 16 de maio, de cariz prático, na Unidade de Cirurgia de Ambulatório (UCA- Hospital Geral).

 

Lourdes Martin e Adalberto Campos Fernandes integram corpo docente da nova Faculdade
No ano que celebra 10 anos, a Universidade Europeia anuncia a criação da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), a 4ª faculdade...

A diretora da nova Faculdade de Ciências da Saúde é Lourdes Martin, médica e doutorada em medicina familiar, especialista na implementação do Modelo Académico da Universidade Europeia e anterior diretora do Hospital Simulado da Universidad Europea de Madrid. A comissão científica conta, ainda, com Adalberto Campos Fernandes, professor catedrático convidado da Instituição, anterior ministro da Saúde, como Coordenador Estratégico para esta área.

“A criação da Faculdade de Ciências da Saúde transformou-se numa prioridade da Universidade Europeia e foi com esse objetivo que constituímos, ao longo dos últimos dois anos, uma equipa docente com elevada experiência, competência e reconhecimento na área das Ciências da Saúde em Portugal, o que, conjugado com o nosso Modelo Académico de base experiencial, muito inovador e com provas dadas em Espanha (e que pretendemos replicar para Portugal), constitui uma mais valia na oferta da melhor formação aos nossos estudantes e vai de encontro às necessidades de formação de novos profissionais numa área tão crítica para Portugal e para o mundo”, afirma a Reitora da Universidade Europeia, Hélia Gonçalves Pereira.

A Faculdade de Ciências da Saúde conta com uma oferta tanto presencial como 100% online de Pós-Graduações, Programas Avançados e Cursos de Especialização em áreas de forte atratividade para os atuais e futuros profissionais nesta área.

A Universidade Europeia passa a contar assim com 4 unidades orgânicas, nomeadamente Faculdade de Ciências Sociais e Tecnologia, IADE - Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação, Universidade Europeia Online - Faculdade Online e Faculdade das Ciências da Saúde.

 

Campanha “O Lugar do Coração é em Casa” apela a que esteja atento
O Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca, que este ano se assinala a 5 de maio, é dedicado ao tema ‘Detetar o indetetável’, com...

Segundo um inquérito recente desenvolvido pela Spirituc Investigação Aplicada, em parceria com a Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) e com o apoio da Bayer, cerca de 70% dos doentes afirmam que tiveram, pelo menos, um episódio de descompensação nos últimos 24 meses, dos quais 21% foram internados numa média de dois internamentos neste período temporal.

Mónica Vidal, Marketing Manager da área cardiovascular na Bayer, realça: “Quando ocorre um episódio de descompensação, o doente é levado para o hospital e, por vezes, acaba por ser necessário permanecer lá durante algum tempo. Durante esse período, fica temporariamente afastado do seu mundo e dos seus familiares e amigos. Na Bayer acreditamos que o lugar do coração é junto de quem mais gostamos e a viver a nossa rotina sem quaisquer impedimentos ou limitações. Com base nesta premissa, a campanha ‘O lugar do Coração é em Casa’ vem reforçar esta visão.”

O coração é o motor da vida e merece uma atenção especial por parte de todos, para que os especialistas possam diagnosticar e tratar atempadamente as doenças que o podem afetar. A campanha 'O lugar do Coração é em Casa' da Bayer surgiu com o intuito de contribuir para o aumento da literacia na área da insuficiência cardíaca (IC) e de incentivar as pessoas a cuidarem do seu coração.

“A insuficiência cardíaca afeta cerca de 400 mil portugueses e é a primeira causa de hospitalização em pessoas com mais de 65 anos1. Ainda assim, ao realizarmos o inquérito concluímos que continua a haver um grande desconhecimento da população. A prova disso é que mais de metade dos inquiridos (67%) revelaram que não sabiam nada sobre a doença no momento do diagnóstico”, realça Luís Filipe Pereira, presidente da AADIC.

Quando questionados sobre o impacto da IC, 40% dos inquiridos consideram ver a sua vida afetada a vários níveis devido ao cansaço (70%), picos de ansiedade (49%) ou instabilidade emocional (45%). Já as expetativas parecem ser unânimes; quem vive com a doença anseia tratamentos mais eficazes (35%), que melhorem a sua qualidade de vida e contribuam para reduzir o número de hospitalizações, mantendo o seu coração no lugar onde deve estar, junto dos seus entes queridos, em casa.

Para mais informações sobre a insuficiência cardíaca, consulte o seu médico e visite o site: https://www.coracaoemcasa.pt/.

 

 

No Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
Na próxima segunda-feira, dia 8 de maio, pelas 11 horas, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra vai acolher o lançamento...

A nova obra de comunicação de ciência pretende levar os leitores numa aventura pelo mundo das mitocôndrias, as fábricas de energia do corpo humano, apresentando conceitos científicos de forma acessível e cativante sobre doenças raras que afetam em particular estas “centrais energéticas” das células humanas, como é o caso da Neuropatia Ótica Hereditária de Leber (LHON).

O livro foi desenvolvido no âmbito do projeto de comunicação de ciência “Mit.OnOff”, financiado pelo Fundo EEA Grants Portugal, que juntou a Universidade de Coimbra (UC) e a Universidade de Bergen (Noruega) com o objetivo de divulgar e promover o conhecimento científico sobre as mitocôndrias, destacando a sua importância para a saúde e o bem-estar, e fomentando a literacia científica na sociedade.

«Estamos muito entusiasmados com a apresentação deste livro, que resulta de um trabalho colaborativo multidisciplinar e transnacional. É uma oportunidade única de divulgar o conhecimento científico de forma acessível e atrativa para todas as idades, despertando o interesse pela ciência desde cedo. A publicação deste livro concretiza um sonho meu de 10 anos para disponibilizar gratuitamente um instrumento de comunicação de ciência, que se reveste de grande importância para educadores, profissionais de saúde, para os doentes e seus familiares, como ferramenta de literacia em ciência e saúde, na área das doenças mitocondriais, que são raras, mas de grande impacto. Pretende-se dar voz aos doentes através da Ciência», afirma a autora do livro e líder do projeto “Mit.OnOff”, Manuela Grazina.

O lançamento do livro vai contar com a presença de Manuela Grazina; de Laurence Bindoff, neurologista e professor da Universidade de Bergen e parceiro do projeto na Noruega; de Delfim Leão, vice-reitor da UC para a Cultura, Comunicação e Ciência Aberta; de Paulo Trincão, diretor do Museu da Ciência da UC; de Carlos Santos, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC); de Manuel Teixeira Veríssimo, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos; de Luís Pereira de Almeida, presidente do CNC-UC; de Luísa Diogo, coordenadora do Centro de Referência de Doenças Hereditárias do Metabolismo do CHUC; de Carlos Robalo Cordeiro, diretor da FMUC; e de Inês Prazeres, ilustradora do livro.

A participação no evento é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia através do formulário https://bit.ly/3LvJxBC.

 

“Ossos fortes, mães confiantes” é o mote da iniciativa de sensibilização
Estima-se que até 2050 as fraturas por osteoporose aumentem 32%, afetando maioritariamente as mulheres, que ao longo das várias...

A qualidade de vida está diretamente ligada à saúde óssea, uma vez que a osteoporose afeta dramaticamente a mobilidade e a autonomia, em particular numa idade mais avançada. Esta doença desenvolve-se de forma silenciosa ao longo de vários anos e é frequentemente identificada quando ocorre um trauma de baixo impacto, com fratura de fragilidade óssea consequente. As principais localizações para estas fraturas são a anca, coluna vertebral e punho. De acordo com a International Osteoporosis Foundation (IOF), uma em cada três mulheres com mais de 50 anos vai sofrer uma fratura de fragilidade óssea ao longo da vida.

As fraturas são mais comuns em mulheres após a menopausa e o melhor tratamento continua a ser a prevenção. Importa garantir, ao longo da vida, a correta ingestão de alimentos ricos em cálcio, privilegiando aqueles cuja biodisponibilidade seja efetiva, como o leite. A prática regular de exercício físico é outra das decisões que estão à mão de todos e, por isso, a pedagogia é tão urgente e fundamental. 

É esta urgência de consciencializar e responsabilizar cada cidadão pela sua qualidade de vida atual e futura que move a Associação Portuguesa de Osteoporose. Através de uma grande equipa de voluntários e parceiros institucionais, a APO segue determinada a dar voz a esta necessidade de contrariar a baixa esperança de vida saudável, que em Portugal continua abaixo da média europeia.

“A prevenção é sempre a estratégia mais importante. Diria que começa pela Informação e Educação, que é no fundo o que aqui nos traz. É necessário educar nas famílias, na escola, nas empresas, em todas as estruturas sociais. É um imperativo cívico”, sublinha Pedro Cantista, Presidente da APO, a propósito da iniciativa e da sua importância para o futuro.

Para José Pedro Silva, gestor de marca da Mimosa, "o leite é considerado a melhor fonte alimentar de cálcio, mineral essencial para a saúde óssea, e esse foi o pressuposto para uma parceria de décadas entre a Mimosa e a APO, que se estende a diversas iniciativas de sensibilização ao longo do ano. A alimentação tem um papel preponderante na prevenção, e o leite, enquanto facilitador da ingestão de cálcio em todas as idades e fases da vida, dá propósito ao programa de aconselhamento nutricional que promovemos conjuntamente com a APO", refere José Pedro Silva, gestor da marca Mimosa.

“Somos um espaço que recebe milhares de pessoas diariamente e faz-nos todo o sentido ter um papel ativo de consciencialização para a importância da prevenção de uma doença que impacta a qualidade de vida de tantas pessoas, como a osteoporose. É um prazer para o NorteShopping assinalar uma data tão importante, como o Dia da Mãe, com uma ação que vem alertar a população para a consciencialização da importância de cuidar da nossa saúde”, afirma Paulo Valentim, diretor do NorteShopping.

Prevenir esta doença e as limitações físicas que dela resultam permite que a mulher se sinta mais segura e confiante na sua capacidade de enfrentar os desafios diários, contribuindo para uma vida mais plena e feliz.

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