Ébola
A palavra "Ébola" ouve-se a cada corredor do maior hospital de Angola, por entre a preocupação de utentes e de...

No Hospital Josina Machel, ainda hoje conhecido em Luanda como Maria Pia, nome do tempo colonial português, trabalham mais de 1.200 profissionais de saúde, entre enfermeiros e médicos.

Por dia, explica à Lusa a directora clínica, Mariquinha Venâncio, são quase 500 pessoas atendidas nas urgências da unidade, construída em 1883 e que ainda ostenta os traços arquitetónicos originais, apesar do alargamento realizado em 2005.

"A maior parte dos casos vão para uma área comum, de todos os pacientes, até identificarmos quem é quem (possíveis casos de Ébola) é um pouco difícil. Temos que ter todas as medidas de precaução em vigência nestas áreas para que haja um mínimo de contacto entre pacientes e profissionais", conta a médica, confessando preocupação com algo que escapa ao controlo do hospital.

Por entre a azáfama do dia-a-dia, ali todos se prepararam para a ameaça do Ébola, agora que o país enfrenta risco elevado de propagação da epidemia, com os primeiros casos mortais confirmados no país vizinho da República Democrática do Congo.

Além dos amplos e abertos corredores, o Hospital Josina Machel passou agora a ter também uma área totalmente fechada e isolada, junto às urgências, para quarentena de casos suspeitos de Ébola. Pode receber dois pacientes em permanência, por entre medidas de biossegurança que também já estão preparadas para evitar qualquer contacto directo entre profissionais e pacientes.

"Temos os equipamentos de biossegurança, uma série de materiais exigidos, espaço para quarenta. Ou seja, temos praticamente todas as condições criadas, estamos preparados, mas gostaríamos que não aparecesse (nenhum caso de Ébola) mesmo", desabafa Mariquinha Venâncio.

Com as condições criadas, as acções de formação dos profissionais da unidade sobre como lidar com eventuais casos de Ébola repetem-se regularmente e as perguntas, garante a epidemiologista do maior hospital angolano, também.

"Estamos a tentar prepará-los, com muita cautela, para que não se levantem tremendas preocupações e está a correr bem. Fazem muitas perguntas, muitas mesmo, o que é bom para que estejam bem preparados", diz a especialista Angelina Alda.

Embora com informações e conselhos espalhados por toda a unidade, os responsáveis do hospital admitem que se vê "grande preocupação" nos profissionais que ali trabalham.

"Mas não precisam de entrar em pânico perante casos suspeitos. Têm de tomar todas as medidas de precaução e evitar o contacto com os pacientes, para não se exporem tanto", remata Mariquinha Venâncio, em jeito de manifestação de um desejo.

Médicos sem Fronteiras
A presidente da organização humanitária internacional Médicos sem Fronteiras, Jeanne Liu, afirmou hoje que o mundo está a ...

“Em seis meses da pior epidemia de Ébola da história, o mundo está a perder a batalha. Os líderes não estão a conseguir travar esta ameaça transnacional”, disse Jeanne Liu, durante um discurso proferido nas Nações Unidas, em Nova Iorque, segundo um comunicado da organização humanitária.

“O anúncio (da Organização Mundial de Saúde - OMS) a 8 de agosto de que a epidemia constituía uma ‘emergência de saúde pública de preocupação internacional’ não levou a uma acção decisiva e os Estados uniram-se essencialmente numa coligação global de inactividade”, criticou a representante.

No mesmo discurso, Jeanne Liu pediu à comunidade internacional para financiar a instalação de mais camas para uma rede regional de hospitais de campanha, o envio de pessoal médico qualificado e a distribuição de laboratórios móveis na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria.

O vírus do Ébola, para o qual não existe tratamento, nem vacina, causou mais de 1.550 mortos em 3.069 casos registados pela OMS, até 26 de agosto.

Destes casos, a Libéria registou 694, a Guiné-Conacri 430, a Serra Leoa 422 e a Nigéria seis.

A OMS indicou hoje que a epidemia já fez 31 vítimas mortais na República Democrática do Congo (RDC), esclarecendo ainda que a doença permanece circunscrita à região noroeste do país.

Perante o actual ritmo de contágio, a agência das Nações Unidas indicou que irá demorar entre seis a nove meses, e uma verba de pelo menos 490 milhões de dólares (cerca de 373 milhões de euros), para conseguir controlar esta epidemia, que poderá atingir 20 mil pessoas.

Investigador defende
O responsável pela organização de um encontro mundial sobre tratamento de agressores sexuais, que começa quarta-feira, no Porto...

Segundo Ricardo Barroso, especialista em psicologia e ciências sociais da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, com investigação desenvolvida nesta área, deveria avançar-se para “algo muito bem pensado e estruturado para que dentro de 5/6 ou dez anos possam surgir resultados visíveis sobre a redução da incidência e reincidência deste tipo de crimes”.

O processo de registo e notificação, as especificidades comportamentais de agressores sexuais adolescentes, as características de agressores sexuais ‘online’ e as novas metodologias de intervenção farmacológica e psicoterapêutica são assuntos em destaque na conferência mundial da IATSO (International Association for the Treatment of Sexual Offenders), que reunirá até sábado, na Faculdade de Psicologia e de Ciências das Educação da Universidade do Porto, cerca de 300 especialistas, 98% dos quais estrangeiros.

Questionado pela Lusa sobre a proposta de lei que prevê a criação de um registo de identificação criminal para agressores sexuais em Portugal - que, segundo a edição de hoje do Correio da Manhã, incluirá uma base de dados informática acessível aos pais de crianças até aos 16 anos - o investigador disse não ter dúvidas de que existe por parte do Ministério da Justiça uma intenção clara de intervir eficazmente neste âmbito.

Contudo, lamenta a inexistência, até ao momento, de “um plano concreto, devidamente fundamentado e com objectivos a curto, médio e longo prazo, sem ter de ser a ‘correr para cumprir o calendário da legislação europeia’”.

“O resultado disso não terá grandes efeitos, parece-me. Os estudos tendem a sugerir que o registo de agressores sexuais numa base de dados, do ponto de vista da eficácia do controlo/prevenção da reincidência tem alguma eficácia desde que o acesso a esta base seja feito única e exclusivamente por entidades policiais e de reinserção social e desde que enquadrada num conjunto de outras medidas, algo que, infelizmente, não está a ser feito em Portugal”, considerou.

Além disso, acrescentou, “a ser verdade o que a notícia transmite (sobre o acesso público das informações), a legislação pura e simplesmente será considerada ilegal em termos europeus, tal como aconteceu em França em 2006 e no Reino Unido em 2004, uma vez que é permitida a constituição de uma base de dados desta natureza, mas não o acesso/a exposição pública da mesma. Isto é perfeitamente claro e tenho a certeza que o Ministério de Justiça sabe disto”.

Assim, diz Ricardo Barroso, “uma medida desta natureza é, por si só, totalmente inútil se não for acompanhada de outras medidas. É necessário haver intervenção psicoterapêutica com estes agressores, seja em contexto prisional, seja em contexto de liberdade condicional e é também muito importante a formação especializada aos próprios técnicos (psiquiatras, psicólogos) porque é uma área sensível e que requer muita especialização, tanto na intervenção com vítimas, como com agressores”.

Psiquiatras, psicólogos, criminologistas, juristas, entre outros profissionais, procuram discutir nesta conferência da IATSO, no Porto, os mais recentes estudos sobre instrumentos e técnicas de avaliação do risco de reincidência, bem como sobre as melhores metodologias de intervenção e tratamento destes agressores.

Com o tema escolhido para o congresso em Portugal (“Criminal Policies in Sexual Violence: From Research to Legislation and Treatment”) procurar-se-á salientar “a necessidade da legislação e da prática profissional se basear em investigações altamente qualificadas, em particular em termos da sua eficácia interventiva/preventiva”.

Para abordar a eficácia do processo de registo e notificação dos agressores sexuais foram convidados dois considerados dos maiores especialistas mundiais nesta matéria que apresentarão estudos recentes sobre esta medida: Terry Thomas (University of Leeds, Reino Unido) e Bill Hebenton (University of Manchester, Reino Unido).

Associações de consumidores exigem
Associações de defesa dos consumidores de 15 países europeus, incluindo Portugal, lançam hoje uma campanha que visa exigir...

Segundo a associação Deco, que em Portugal é o parceiro a campanha, pretende-se que os produtos com carne transformada tenham “rótulos com informação mais esclarecedora”.

“Conheça a origem da sua carne” é o nome escolhido para esta campanha, que irá circular essencialmente nas redes sociais, lançando aos consumidores o repto de se pronunciarem sobre o assunto.

É ainda pedido aos portugueses que enviem exemplos de fotografias de rótulos que encontrem no mercado nacional e que tenham a informação considerada mais esclarecedora.

Dulce Ricardo, da Deco, explicou à agência Lusa que actualmente só a carne bovina fresca deve indicar onde o animal nasceu, foi criado e abatido. Quando a carne é transformada, essas menções deixam de ser necessárias nos rótulos dos produtos.

As associações europeias de defesa do consumidor pretendem que seja indicada a origem e local de transformação da carne de todos os produtos transformados, como lasanhas, hambúrgueres, ‘nuggets’, salsichas ou bacons.

“Temos tido alguns escândalos alimentares que colocam à prova a confiança dos consumidores”, lembrou Dulce Ricardo, indicando, nomeadamente, os casos de carne de cavalo encontrada em produtos transformados vendidos como carne bovina.

Assim, a organização europeia de associações de defesa do consumidor pede “cada vez maior transparência” na informação que é fornecida: “uma rotulagem mais completa e esclarecedora irá ajudar a uma escolha mais precisa do consumidor”.

Cada país vai recolher até ao final deste mês testemunhos recolhidos junto dos consumidores que serão depois compilados e resumidos pela organização europeia que pretende pressionar os estados europeus a adotarem legislação para melhorar a rotulagem dos produtos transformados contendo carne.

Em Portugal, a campanha irá circular pelas redes sociais e pode também ser acedida através do site da associação Deco.

Equipas deslocam-se
As equipas do Centro Oncológico de Vila Real vão deslocar-se ao Nordeste Transmontano para tratarem os doentes desta região,...

As administrações do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) divulgaram à Comunicação Social a parceria que ainda vai ser oficializada com o propósito de garantir aos doentes oncológicos do distrito de Bragança uma resposta de proximidade.

A colaboração entre as duas instituições transmontanas surge na sequência da saída, em julho, da única médica oncologista que nos últimos dois anos permitiu aos doentes serem acompanhados e tratados no serviço de oncologia em Macedo de Cavaleiros.

Uma dificuldade que “acabou por se tornou numa oportunidade e que gerou uma solução muito melhor do que tinham até agora”, segundo o presidente do Conselho de Administração da ULSNE, António Marçôa.

As equipas do Centro Oncológico de Vila Real vão deslocar-se a Macedo de Cavaleiros conforme “a necessidade média que houver por parte dos doentes”, como adiantou o presidente do CHTMAD, Carlos Cadavez.

Esta instituição dispõe de uma equipa composta por 15 médicos de diferentes áreas da especialidade que vão disponibilizar em Macedo de Cavaleiros, com excepção da Radioterapia. O Centro Oncológico tem equipamento capaz de dar apenas reposta aos doentes de Vila Real, pelo que os utentes do distrito de Bragança que necessitem deste tratamento terão de continuar a deslocar-se ao Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto.

O propósito desta parceria, que estreita o relacionamento entre as duas instituições de saúde transmontanas é “assistir, sempre que possível, os doentes próximo das suas casas e das suas famílias”.

“É muito mais barato para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tratar os doentes em Macedo de Cavaleiros do que fazê-los deslocar todos para o Centro Oncológico de Vila Real ou para o IPO do Porto”, defendeu o presidente do CHTMAD, Carlos Cadavez.

O presidente da ULSNE, António Macro, lembrou que o Centro Oncológico de Vila Real, inaugurado em 2009, “já foi concebido para tratar os doentes dos dois distritos, Bragança e Vila Real.

Os responsáveis não avançaram as condições, nomeadamente a nível financeiro, deste acordo, justificando que a preocupação primeira “é o tratamento dos doentes e só depois vão tratar as outras questões burocráticas”.

A ULSNE gasta em média por ano 220 mil em transportes de doentes, sobretudo do foro oncológico, segundo dados da administração.

No ano de 2013, o serviço de oncologia de Macedo de Cavaleiros atendeu 514 doentes num total de 2.687 consultas, e 238 doentes em mais de duas mil sessões no hospital de dia, em que se inclui a quimioterapia, como indicou o director clínico da ULSNE, Domingos Fernandes.

O Centro Oncológico de Vila Real tem capacidade para dar resposta a 80% das necessidades desta especialidade.

No ano de 2013, contabilizou quase oito mil consultas de oncologia, perto de 900 internamentos nas 28 camas disponíveis e mais de 5.500 sessões no hospital de dia.

Segundo o responsável Carlos Cadavez, a instituição realizou ainda mais de 5.700 visitas em serviços domiciliários.

Ébola
Figuras de destaque assinaram uma petição na Internet exigindo aos líderes africanos e à comunidade internacional que impeçam...

Reconhecendo que as preocupações por trás das restrições que, por exemplo, impedem as viagens para os países mais afectados pela epidemia, são “legítimas” e destinadas a proteger as populações, os signatários recordam aos líderes africanos que têm uma “dever de solidariedade” para com os vizinhos do continente e à comunidade internacional que tem “obrigações humanitárias em situações de emergência”.

Os signatários do “apelo à acção urgente” publicado na página Go Petition (http://www.gopetition.com/petitions/ebola-stop-quarantine-of-entire-coun...) – entre os quais a política e activista moçambicana Graça Machel, ex-chefes de Estado como Olusegun Obasanjo (Nigéria) e Benjamin Mkapa (Tanzânia), vários representantes das Nações Unidas e o músico senegalês Youssou N’Dour – urgem a ambos que garantam “que o fluxo da assistência essencial possa chegar aos que dela precisam” e, ao mesmo tempo, possibilitem que “a actividade económica necessária a sustentar a vida nas cidades e aldeias” possa continuar.

Ao contrário, destacam, é necessário assegurar “corredores de acesso económico e humanitário”, tanto dentro dos países afectados, como entre países.

Por isso, os signatários aplaudem a decisão da Comunidade Económica Dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no sentido de serem levantadas as restrições de viagem para os países mais afectados pelo vírus, que “estão a impedir o combate ao Ébola e a limitar a chegada de peritos e equipamentos essenciais, bem como de combustível para o abastecimento eléctrico, medicamentos para tratar outras doenças mortíferas, como a malária, e alimentos para prevenir a fome”.

Os signatários agradecem os esforços dos que, a nível local e internacional, trabalham no sector da saúde, “arriscando as suas vidas diariamente, intervindo no terreno para erradicar o flagelo do Ébola, muitas vezes sem acesso a luvas ou outros equipamentos de protecção”.

O vírus Ébola transmite-se por contacto directo com sangue, fluidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados, provocando febres hemorrágicas que, na maioria dos casos, são fatais. Não existe tratamento nem vacina, cenário que faz do Ébola um dos mais mortais e contagiosos vírus para os seres humanos.

Por isso, os peticionários instam também o sector privado, nomeadamente à indústria farmacêutica e à comunidade científica, a “financiar, facilitar e disponibilizar imediatamente o acesso a todos os métodos de prevenção e tratamento conhecidos” para combater o vírus.

Os signatários instam os líderes de opinião africanos – “artistas, atletas, cineastas, escritores, jornalistas, académicos” – que se envolvam em “campanhas de informação” sobre a prevenção e a transmissão do vírus.

A epidemia de Ébola já impôs a quarentena às populações dos três países da África Ocidental mais atingidos, Libéria (694 mortes registadas), Guiné-Conacri (430) e Serra Leoa (422).

O Ébola tem fustigado o continente africano regularmente desde 1976, sendo o actual surto o mais grave desde essa data.

Saiba como tratar
A dermatite das fraldas é uma inflamação da pele, na zona habitualmente coberta pela fralda.
Dermatite das fraldas

A dermatite das fraldas, é a designação dada à condição inflamatória localizada na zona da pele do bebé que está em contacto com a fralda, abrangendo a região do períneo, nádegas, abdómen inferior e coxas. Constitui um dos problemas mais frequentes no bebé, durante o seu primeiro ano de vida. A incidência máxima ocorre entre os 6 e os 12 meses de idade.

Não se sabe ao certo quantos bebés sofrem deste incómodo, mas estima-se que atinja entre 25 a 65% das crianças, sendo que algumas parecem ser mais propensas que outras relativamente ao desenvolvimento destas dermatites. Este problema poderá representar um primeiro sinal de predisposição a problemas crónicos da pele. Isto porque, a pele da criança é fina, frágil, sensível, imatura e pouco protegida. É necessário assim ter em atenção os aspectos particulares da pele da criança, para prevenir e evitar os riscos ligados ao tratamento tópico neste grupo etário.

Habitualmente a dermatite das fraldas é causada pela humidade, a fricção e o contacto com irritantes químicos e biológicos, contidos na urina e nas fezes. No seu conjunto, estes agentes comprometem a barreira cutânea e tornam a pele vulnerável a agentes infecciosos oportunistas. Contudo, se prevenidas e/ou tratadas convenientemente, trata-se de uma condição que se resolve ao fim de 2 a 3 dias, sem complicações.

A prevenção e tratamento passam pelo uso de fraldas de tamanho adequado, super absorventes, que devem ser frequentemente mudadas. A limpeza cutânea deve ser suave, sem fricção e devem ser evitados produtos irritantes. O uso de emolientes ou pastas protectoras após cada muda de fralda, reduz a maceração e o contacto com irritantes e auxilia a cicatrização.

Sinais e Sintomas
O período crítico para a dermatite das fraldas, situa-se entre o primeiro e o sexto mês de via, sendo nesta fase que são requeridos cuidados redobrados.

De um modo geral, a dermatite das fraldas é caracterizada por manchas e lesões de coloração vermelha, por vezes brilhantes e com aspecto molhado. Nas peles negras estas manchas apresentam uma cor castanha escura ou púrpura.

Normalmente, ocorre nas áreas da pele em contacto directo com a fralda, sendo menos evidente nas pregas inguinais. Nos casos mais graves, a erupção pode mesmo alastrar para fora da zona da fralda.

Regra geral as lesões são evidentes e não originam qualquer dúvida quanto ao diagnóstico, no entanto, é importante a realização de um diagnóstico diferencial, de forma a distinguir a dermatite das fraldas de outras afecções da pele. Se a pele se tornar áspera e adquirir uma cor violácea, o estado é já mais avançado. Esteja atenta aos sinais.

Factores de risco
Além da agressão provocada pelas fraldas, outros elementos predispõem a criança para o surgimento da dermatite e que pode ser diferente de criança para criança. No entanto, os bebés com eczemas entre os 3 e os 6 meses apresentam maior grau de vulnerabilidade à ocorrência deste problema.

Sabe-se actualmente que o leite materno possui uma composição elevada em anticorpos que protegem o bebé de muitas maleitas. Por isso, a passagem para um outro tipo de alimentação enfraquece o sistema imunitário da criança e torna-a mais propensa a sofrer deste tipo de moléstia. Por outro lado, o período da dentição diminui igualmente a resistência do bebé a infecções e aumentam a vulnerabilidade relativamente a bactérias e fungos.

Complicações
Se a dermatite das fraldas persistir durante vários dias, a possibilidade de ter ocorrido candidíase é elevada, uma vez que a humidade e a temperatura na zona da fralda a tornam propícia ao desenvolvimento de fungos.

Por outro lado, uma dermatite das fraldas não tratada ou infectada pode evoluir para a maceração e exsudação, formação de pápulas, vesículas ou bolhas, erosão ou ulceração da pele, infecção do pénis ou vulva e infecção do tracto urinário, podendo mesmo ocorrer adesão ou cicatrização dos genitais.

A alteração do pH da pele pode despoletar o desenvolvimento de infecções oportunistas de origem bacteriana (Streptococcus ou Staphylococcus), fúngica (leveduras) ou viral (herpes simplex).

Tratamento
O tratamento da dermatite das fraldas envolve medidas não farmacológicas e farmacológicas.

Assim, deve mudar a fralda frequentemente, pelo menos 6 vezes por dia, de preferência após as refeições. Manter a criança o maior tempo possível sem fralda poderá ser benéfico, principalmente nas crianças que apresentem episódios repetidos de dermatite. Prefira o uso de fraldas descartáveis absorventes, transpiráveis e não oclusivas e se usar fraldas de pano, evite colocar coberturas de plástico sobre as fraldas. Na higiene prefira lavar a pele da zona da fralda só com água e não utilize sabonetes nem toalhitas de limpeza. Seque bem a pele antes de colocar a nova fralda.

Para complementar as medidas atrás referidas deve utilizar produtos de “barreira”, que protegem a pele e são considerados seguros e eficazes. Estes produtos funcionam como uma barreira física entre a pele e os irritantes externos, protegendo as superfícies cutâneas em processo de cicatrização.

Em caso de inflamação intensa consulte o pediatra ou dermatologista.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Saiba tudo
Embora seja uma situação frequente na prática clínica, a sinusite aguda é muitas vezes mal diagnosti
Sinusite bacteriana aguda

O diagnóstico é frequentemente efectuado em consulta externa. No entanto, muitos médicos continuam a ter dificuldades em distinguir a sinusite aguda da rinite alérgica ou de patologias virais. Não existe nenhum conjunto de sintomas que permita fazer com segurança este diagnóstico.

Causas e manifestações da sinusite aguda
A sinusite aguda define-se como uma inflamação de um ou mais seios peri nasais que persiste durante menos de 3 semanas. Nos adultos, a sinusite é sobretudo maxilar, seguida por ordem de frequência de envolvimento pela infecção dos seios etmoidais, frontais e esfenoidais. Nas crianças, a sinusite é sobretudo etmoidal. A sinusite é provocada por qualquer mecanismo que obstrua os orifícios dos seios peri nasais (por ex., infecção viral) e provoque edema das membranas mucosas, reduza a limpeza ciliar e determine acumulação de líquido. Estas situações facilitam a proliferação bacteriana. Outros factores que podem ajudar ao aparecimento de sinusite aguda são a redução das defesas do hospedeiro, a introdução de bactérias nos seios peri nasais a partir de focos de origem dentária, a utilização excessiva de descongestionantes nasais, alterações da anatomia do nariz e corpos estranhos intranasais.

Os sintomas clássicos da sinusite aguda são as cefaleias, a rinorreia anterior ou posterior e a febre. No entanto, estes sintomas podem estar ausentes ou surgir isoladamente. Outros sintomas que podem associar-se à sinusite aguda são o edema peri orbitário, a dor de dentes, a dor de cabeça, a dor de garganta, a pieira, a tosse e a diminuição do olfacto. Alguns destes sintomas são igualmente característicos das infecções virais das vias aéreas superiores e da rinite alérgica. A rinorreia posterior purulenta é o sinal mais fiável de diferenciação entre sinusite e rinite alérgica.

Diagnóstico de sinusite aguda
O diagnóstico de sinusite aguda pode ser efectuado com um alto grau de probabilidade quando existem quatro ou mais dos seguintes sinais ou sintomas:

  • Odontalgia maxilar;
  • Redução da transiluminação dos seios peri nasais ou opacificação dos mesmos;
  • Má resposta aos descongestionantes nasais;
  • Rinorreia com cor ou rinorreia mucopurulenta;

Se todos estes sintomas estiverem ausentes, pode afastar-se o diagnóstico de sinusite aguda.

No entanto, este diagnóstico só pode ser confirmado por punção do seio peri nasal ou cultura do aspirado. O aspirado mostra Streptococcus pneumoniae em aproximadamente 35% dos casos e Haemophilus influenzae em 25%. Quatro microrganismos observados mais raramente são a Moraxella catarrhalis, Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes e Pseudomonas aeruginosa. A punção dos seios peri nasais não é um procedimento de rotina, pelo que têm de ser usados outros meios mais práticos para efectuar o diagnóstico.

Várias ferramentas de diagnóstico são úteis para identificar a sinusite aguda:

  • o exame radiográfico dos seios peri nasais;
  • a tomografia computadorizada (TC);
  • a ressonância magnética (RM);
  • a transiluminação;
  • a rinoscopia com fibroscópio;

A radiografia dos seios peri nasais pode mostrar a existência de espessamento da mucosa, níveis líquidos ou opacificação sinusal. No entanto, uma radiografia normal não permite excluir o diagnóstico e este método tem uma elevada taxa de falsos-positivos e de falsos-negativos.

Os tomogramas por TC ou RM são úteis na definição da anatomia dos seios peri nasais. Por este motivo, são especialmente úteis para avaliar os casos de sinusite crónica, que mais frequentemente do que a sinusite aguda, se associa com alterações da anatomia.

A transiluminação é um método pouco preciso de fazer o diagnóstico de sinusite aguda, porque não permite avaliar o grau de espessamento da mucosa. No entanto, quando se observa uma transmissão normal da luz, provavelmente não haverá infecção dos seios.

A rinoscopia permite observar alterações inflamatórias nos seios etmoidais e maxilares. É igualmente um método muito útil para obtenção de bom material para cultura, para corrigir obstruções e para avaliar a sinusite crónica ou recorrente.

Tratamento da sinusite aguda
O tratamento atempado da sinusite aguda previne a lesão permanente das mucosas, a sinusite crónica e complicações mais graves como a celulite da órbita, nevrite óptica, trombose do seio cavernoso e abcesso subdural. Mesmo que o diagnóstico não possa ser confirmado, pode iniciar-se tratamento empírico, porque a maioria das infecções dos seios são provocados por H. influenzae ou S. pneumoniae. O tratamento é feito habitualmente com antibióticos e descongestionantes, assim como com esteroides tópicos, se houver simultaneamente rinite alérgica. Estes fármacos reduzem o edema dos tecidos, melhoram as trocas gasosas, aliviam a dor e melhoram a drenagem sinusal, evitando assim as complicações.

Para além dos antibióticos, são úteis na terapêutica da sinusite aguda os descongestionantes tópicos e orais, os anti-histamínicos, os corticóides tópicos e os mucolíticos. Pensa-se que estes fármacos facilitam a drenagem sinusal por reduzirem o edema dos tecidos.

Medidas não farmacológicas podem, também, contribuir também para aliviar os sintomas. Entre estas estão as inalações com soro fisiológico, os adstringentes e o ar quente e seco. Se os sintomas persistirem, o diagnóstico deve ser reconfirmado.

Os doentes devem ser enviados a um otorrinolaringologista, se aparecerem complicações, se houver agravamento após dois dias de tratamento, se o tratamento não resultar ao fim de dois ciclos de antibióticos adequados à situação e se o doente estiver imunodeprimido ou aparecer uma infecção nosocomial. Nestes casos deve ser obtida uma TC dos seios peri nasais.

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Unicef
Cerca de 3,5 milhões de crianças moçambicanas, entre os seis e os 12 anos, e mais de 1,5 milhões de mulheres em idade fértil,...

O alerta foi lançado pelo representante daquela agência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) EM Moçambique, Koen Vanormelingen, durante a Reunião Nacional do Programa Nacional de Iodização do Sal.

O responsável defendeu a necessidade de as autoridades moçambicanas promoverem a regulamentação e comercialização de sal iodado, como forma de garantir o aumento do consumo deste produto.

"Toda a mulher grávida e toda a criança necessitam de consumir sal iodado todos os dias. É a responsabilidade conjunta do Governo e do sector privado garantir que todo o sal comercializado no país seja iodado", realçou Vanormelingen.

Nesse sentido, é necessário o estabelecimento de mecanismos simples para a compra de iodo de potássio, aplicação do sistema de controlo de qualidade e a difusão do conhecimento sobre a importância do consumo de sal iodado, acrescentou.

Segundo dados apresentados durante o evento, as províncias mais populosas de Moçambique, nomeadamente Nampula (norte) e Zambézia (centro), são as que registam menor consumo de sal iodado no país.

Centro Hospitalar Baixo Vouga
O deputado socialista Filipe Neto Brandão criticou hoje a “omissão” de informação sobre listas de espera para consulta médica...

Numa pergunta entregue hoje no Parlamento, dirigida ao Ministério da Saúde, o deputado do PS refere que há já quase um ano que não é disponibilizada no sítio do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) na internet “a informação que a lei impõe” sobre tempos de espera para consulta a tempo e hora e para tempos máximos de resposta garantida.

“Tal omissão prejudica, pela sua opacidade, a imagem pública do CHBV e do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e inviabiliza a monitorização e escrutínios pela lei”, afirma o parlamentar.

Para Filipe Neto Brandão, a relação de confiança, que não pode deixar de existir entre utentes e SNS, exige, pois, a pronta reparação dessa falha e a actualização da informação disponibilizada, no caso pelo CHBV.

Na pergunta, o deputado socialista questiona o ministro Paulo Macedo quando é que irá “determinar para integral cumprimento das obrigações legais na matéria”, bem como “quais são os actuais tempos médios de espera para consulta médica” e “qual a evolução desses tempos médios para consulta, reportados trimestralmente, desde outubro de 2013 até hoje”.

O socialista quer ainda saber por que razão aquela unidade hospitalar não disponibiliza no seu ‘site’ informação actualizada.

Neto Brandão lembra ser “sabido que o conselho directivo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) explicou já que os ‘sistemas utilizados pelos estabelecimentos prestadores’ devem garantir ‘de forma permanente’ a consulta dessa informação, pelo menos, ‘relativamente a cada um dos trimestres do ano’”.

A 13 de junho, reagindo em conferência de imprensa a críticas do presidente da secção regional do Centro da Ordem dos Médicos, o conselho de administração do CHBV assegurou que, naquele momento, a unidade não tinha doentes em lista de espera.

Ébola
A epidemia de Ébola, que impõe quarentenas às populações dos três países da África ocidental mais atingidos, dificulta as...

Na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa, as zonas de quarentena e as restrições de deslocações de pessoas "limitaram seriamente o movimento e a comercialização dos alimentos. Esta situação levou a compras ditadas pelo pânico, penúrias alimentares e preços inflacionados de certos produtos, particularmente, nos centros urbanos", indicou, em comunicado, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Os mecanismos de supervisão da FAO emitiram um "alerta especial", pois a situação agravou-se devido à falta de mão de obra e dado que se aproximam duas grandes campanhas agrícolas na região, a do arroz e a do milho, "pondo em perigo a segurança alimentar de um elevado número de pessoas".

Os três países são importadores de cereais, principalmente a Libéria, "o mais dependente do fornecimento externo", sublinhou a FAO.

Em Monrovia, o preço de alguns alimentos disparou, como é o da mandioca, base da alimentação e cujo preço "aumentou 150% nas primeiras semanas de agosto", indicou.

Para responder às necessidades alimentares imediatas, o Programa Alimentar Mundial (PAM) lançou uma operação de emergência, a nível regional, durante a qual deverá distribuir 65.000 toneladas de alimentos a cerca de 1,3 milhões de pessoas, de acordo com a organização.

A FAO insistiu na necessidade de avaliar rapidamente as "medidas susceptíveis de atenuar o impacto da falta de mão de obra durante o período de colheita e para as atividas depois da colheita".

A doença do vírus Ébola, para a qual não existe tratamento, nem vacina, causou mais de 1.550 mortos em 3.069 casos registados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), até 26 de agosto.

Destes casos, a Libéria registou 694, a Guiné-Conacri 430 e a Serra Leoa 422.

Ébola
O surto da epidemia de Ébola na República Democrática do Congo já vitimou 31 pessoas na província de Equateur, segundo...

De acordo com a mesma informação, as autoridades sanitárias da República Democrática do Congo (RDC) registaram, entre 28 de julho e 29 de agosto, um total de 53 casos, dos quais 13 confirmados em laboratório, 19 prováveis e 21 suspeitos de Ébola.

O último balanço, feito na semana anterior, identificava 13 mortes por Ébola no país.

Nesta altura está ainda a ser monitorizada a situação de 185 pessoas que tiveram contacto com doentes infectados por Ébola, disse o ministro citado pela imprensa do país.

Félix Kabange Numb refere que a situação naquela província está sob controlo, face às medidas de contingência adotadas pelo Governo, que disponibilizou 1 milhão de dólares (760 mil euros) para o Plano de Resposta à epidemia do Ébola.

Este é já o sétimo surto da doença no país.

Segundo informação anteriormente enviada à Lusa pela delegação de Kinshasa da Organização Mundial de Saúde (OMS), o "epicentro da epidemia" está na localidade de Lokolia, a cerca de 1.200 quilómetros da capital.

Neste cenário, aquela organização assegura que está a "reforçar a presença técnica" no país, "enviando especialistas em várias áreas para a região".

Estão igualmente em curso campanhas para a sensibilização da população e apoio psicossocial que incluem familiares e vítimas deste surto de Ébola.

De acordo com a OMS em Kinshasa, as autoridades congolesas estão a promover o "isolamento e gestão de casos" detectados, a "desinfestação" das casas e "reforço das capacidades nacionais para fazer face à epidemia".

A evolução da situação na RDC está a ser seguida com especial atenção em Angola, que através de sete províncias partilha uma fronteira de cerca de 1.500 quilómetros com aquele país.

A presença do Ébola no país vizinho colocou automaticamente Angola no grupo de países com risco "moderado a alto" de infecção.

As autoridades sanitárias angolanas admitem que o país está em "alerta" mas garantem não foi detectado qualquer caso suspeito. Estão igualmente a "redobrar" e a "acelerar" a mobilização de equipas para o controlo, alerta e vigilância sanitária, nomeadamente nos postos de fronteira a norte.

De acordo com o Executivo, a forte movimentação de pessoas com a RDC já obrigou à adopção de "medidas preventivas", nomeadamente ao nível da vigilância das fronteiras, com agentes de segurança e militares munidos de elementos de biossegurança.

Investigadores japoneses
Uma equipa de investigadores da universidade japonesa de Nagasaki desenvolveu um método simples e barato que pode detectar a...

O novo método, desenvolvido por cientistas em conjunto com a empresa Eiken, ajudará a detectar de forma mais rápida o vírus que pode ser mortal e que está a afectar gravemente vários países da África Ocidental, onde já causou mais de 1.500 mortes.

O novo exame, que utiliza uma substância desenvolvida para detectar, amplificando ou aumentando, apenas os genes específicos do vírus, pode fazer-se num tubo de ensaio aquecido até 60 ou 65 graus.

Para a realização de todo o processo é apenas necessária uma pequena pilha, pelo que o teste é adequado para as regiões afectadas pelo Ébola, disse o responsável do departamento de doenças infecciosas da Universidade de Nagasaki, Jiro Yasuda.

O procedimento mais utilizado actualmente, o teste molecular RT-PCR, demora até 24 horas e requere uma equipa dedicada e o fornecimento estável de electricidade, pelo que é difícil aplicá-lo nas regiões com escassa infraestrutura energética.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a epidemia do vírus Ébola, que afecta a África Ocidental, é uma das emergências sanitárias mais complexas dos últimos anos, e que são necessários pelo menos 490 milhões de dólares para tentar conter os contágios, que estão a aumentar de forma exponencial.

No actual surto epidémico, o vírus Ébola contagiou 3.069 pessoas, das quais 1.552 morreram, segundo a mais recente contagem da OMS.

Ébola
O estado do cidadão britânico infectado pelo vírus do Ébola, desde segunda-feira passada internado num hospital do norte de...

William Pooley, de 29 anos, mostra “sinais positivos”, sete dias depois de ter sido isolado no Royal Free Hospital de Londres, uma vez repatriado da Serra Leoa, onde residia e contraiu o vírus.

“Está muito melhor do que pensávamos que estaria. Recuperou o apetite”, disseram à estação pública de televisão os seus pais, que acreditam numa recuperação completa do filho, a longo prazo.

Na segunda-feira passada, os médicos administraram ao britânico a primeira doses de ZMapp, um fármaco em fase experimental contra uma doença para a qual não existem ainda vacinas nem tratamentos aprovados”.

Trata-se do mesmo soro que foi dado a dois cidadãos norte-americanos que acabaram por sobreviver à doença.

Outros dois doentes tratados com ZMApp não sobreviveram, um dos quais foi o religioso espanhol Miguel Pajares, embora os cientistas creiam que o carácter avançado da infecção pode ser decisivo, nesses casos.

O responsável clínico da área de doenças infectocontagiosas do centro onde Pooley continua internado, Michael Jacobs, sublinhou que os médicos deixaram “absolutamente claro” ao doente e à família que se trata de um medicamento “experimental”.

Até agora, o medicamento mostrou-se eficaz em experiências com primatas, mas os cientistas ainda não confirmaram até que ponto contribui para a cura em seres humanos.

Quarenta e sete por cento dos infectados pela estirpe do Ébola que está a atacar a África Ocidental, que já fez mais de 1.500 mortos no último surto, sobreviveram sem que lhes fosse administrado o medicamento.

Serviço Regional de Saúde
O presidente do Governo dos Açores revelou ontem que a região vai contratar mais 105 enfermeiros para o Serviço Regional de...

“Tive a oportunidade de transmitir ao Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e ao Conselho Directivo Regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros que o Governo Regional tomou já a decisão de contratar mais 105 enfermeiros que vão satisfazer necessidades quer dos centros de saúde, quer dos hospitais”, disse Vasco Cordeiro.

O chefe do executivo açoriano, que falava aos jornalistas no final de um audiência concedida ao Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e à Ordem dos Enfermeiros, em Ponta Delgada, referiu que segue-se agora a fase de lançamento dos concursos públicos por parte das entidades com responsabilidade nesta matéria, visando a colocação dos enfermeiros.

“Isto constitui um factor valorizador de como os cuidados de saúde são prestados na nossa região e o reforço das condições que o Serviço Regional de Saúde tem para que se preste um serviço de qualidade, com profissionais empenhados, dedicados que correspondem às necessidades dos açorianos e das açorianas”, declarou.

Tiago Lopes, da Ordem dos Enfermeiros, considerou a admissão de mais 105 enfermeiros como um “ponto de partida”, mas disse que gostaria de saber, em concreto, qual o destino destes profissionais e qual o número real necessário nos Açores.

No sábado, em declarações aos jornalistas, Tiago Lopes disse que a ordem pretende fazer um levantamento, até ao final do ano, do número de enfermeiros em falta no Serviço Regional de Saúde dos Açores.

Quanto ao dirigente da delegação dos Açores do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, pediu ao presidente do Governo Regional que, “a curto prazo”, uniformize os salários dos profissionais de saúde que possuem um contrato individual de trabalho e os que estão integrados no regime da função pública.

“Outra questão que nos preocupa é o regresso dos enfermeiros às 35 horas, uma vez que ainda não regressamos, contrariamente a toda a função pública. Nós temos um entendimento jurídico neste sentido, o Governo Regional não tem esse entendimento sem o banco de horas”, declarou Francisco Branco.

Vasco Cordeiro considerou ser “pouco justificável” que os enfermeiros do Serviço Regional de Saúde venham a ter um horário de 35 horas semanais sem aderir ao banco de horas, ao contrário do que aconteceu com todos os restantes trabalhadores da função pública regional.

“Este é um aspecto que o Governo Regional considera essencial. Obviamente que a profissão, como outras profissões, tem as especificidades que tem, mas estamos abertos aos termos em que isso pode e deve ser feito, caso exista esta disponibilidade”, declarou.

Vasco Cordeiro afirmou que “não há nenhum compromisso de acolher ou não acolher" esta pretensão do regresso às 35 horas no caso dos enfermeiros, havendo sim a “necessidade de, tendo em conta os argumentos que foram avançados, poder-se confirmar algumas questões, de forma a tomar uma decisão final”.

Caldas da Rainha
A Comissão de utentes do Hospital das Caldas da Rainha lamentou ontem o encerramento das Urgências de Obstetrícia e Ginecologia...

A comissão considera “absolutamente lamentável que, mesmo com a fusão das duas maternidades previamente existentes (Caldas da Rainha e Torres Vedras) seja, ainda assim, necessário encerrar por alguns dias a única maternidade existente, deixando as utentes sem esse serviço, obrigando-as a recorrer a Lisboa e Leiria”.

Em comunicado a comissão atribui o encerramento a “um elevado défice de planeamento a par de uma enorme falta de sentido de responsabilidade e de respeito pelos direitos dos cidadãos em áreas tão básicas e essenciais como a saúde materna” e denuncia “a sobrecarga de trabalho de médicos e enfermeiros” que diz reflectir-se “no atendimento aos utentes”.

O serviço, cujo encerramento estava previsto até ao dia 2 de setembro, foi reaberto na sexta-feira, depois de uma reorganização que permitiu suprir a ausência dos médicos em férias e de baixa médica.

Freguesia do Areeiro
A Junta de Freguesia do Areeiro, em Lisboa, lançou ontem uma campanha de recolha de alimentos, que se estende durante o mês de...

“Esta iniciativa visa reforçar não apenas a capacidade de auxílio da Junta de Freguesia ao Banco Alimentar, como também contribuir para a constituição de ‘kits’ de emergência, utilizados para colmatar as necessidades básicas durante o período em que os agregados familiares carenciados se encontram à espera de resposta de outros meios de ajuda”, lê-se na nota divulgada ontem por aquela autarquia, adiantando que “todos os pedidos serão alvo de um escrutínio rigoroso por parte do Gabinete de Acção Social”.

Entre os alimentos que podem ser doados estão o leite meio-gordo, as papas e cereais de pequeno-almoço, a cevada ou café solúvel, o açúcar, a farinha, as massas e os enlatados (salsichas, atum, feijão).

Os bens podem sem entregues na sede da Junta de Freguesia, na rua João Villaret, n.º9, ou na delegação da mesma, na rua Abade Faria, nº 37, r/c direito.

Hospitais privados apoiariam, se houvesse equilíbrio na oferta na saúde
A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada afirmou ontem que apoiaria autorizações prévias ao envio de doentes para o...

A propósito da publicação da lei do acesso a cuidados de saúde transfronteiriços, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) refere, em comunicado, ver "com certa desilusão a transcrição da directiva comunitária que lhe deu origem, que poderia ser o preâmbulo de uma livre circulação de doentes" no espaço europeu.

"A liberdade e a equidade ainda não chegaram à saúde, em especial em Portugal. As autorizações prévias exigidas por essa lei, além de serem ferozmente restritivas, são contraditórias, pois aceitam a liberdade de escolha do doente na sua deslocação ao estrangeiro, quando em Portugal essa liberdade é negada no acesso aos hospitais privados portugueses, alguns dotados de tecnologia única no país" afirmou o presidente da APHP, Artur Osório Araújo, citado no comunicado.

Para os hospitais privados, esta transcrição "nega a equidade e igualdade no acesso ao estabelecer financiamentos fortemente restritivos, em função de tabelas recém-criadas, com preços artificiais e que não incluem o pagamento de estadias e viagens".

Investigadores desenvolvem
Um grupo de investigadores das universidades do Minho e do Porto desenvolveu dermocosméticos "inovadores" que &quot...

O resultado da aplicação destes cremes, desenvolvidos pelo Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da UMinho em parceria com a empresa portuguesa M&MBiotechnology, Lda, e com a Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Porto, será feita hoje, em Guimarães, no âmbito do 62.º Congresso Internacional e Encontro Anual da Sociedade de Plantas Medicinais e Investigação em Produtos Naturais (GA2014), que decorre no campus de Azurém da Universidade do Minho (UMinho).

"São dermocosméticos com funcionalidade hidratante e coadjuvantes para o tratamento de queimaduras, psoríase e feridas recalcitrantes (profundas e de difícil cura), que actuam em algumas horas ou em alguns meses, consoante a gravidade dos casos", explica Alberto Dias, coordenador do polo CITAB da UMinho.

No congresso, indica um comunicado da UMinho, vão também ser divulgados mais de 800 trabalhos científicos, alguns dos quais poderão vir a dar origem a novos fármacos para o tratamento de algumas das doenças com as maiores taxas de mortalidade em Portugal e no mundo.

"O consumo de plantas aromáticas e medicinais pode auxiliar no combate e na prevenção de várias patologias, em particular doenças cardiovasculares, cancro, diabetes, inflamações, doenças do foro neurológico e infecções fúngicas e bacterianas", salienta Alberto Dias.

De acordo com este especialista, há já várias plantas medicinais e aromáticas, "desde as mais comuns, como os orégãos, os coentros, a salsa, o caril e outras não comestíveis, que são incluídas em medicamentos convencionais. Um dos exemplos mais notórios é o taxol, que é utilizado no combate ao cancro da mama".

Alberto Dias aponta ainda o papel da nanotecnologia e dos "chamados alimentos funcionais e netracêuticos" no tratamento de moléstias.

"A nanotecnologia permite direccionar o tratamento para o foco do problema, o que se revela particularmente importante quando existem compostos que são tóxicos se administrados aos pacientes pelas vias convencionais", diz.

Quanto aos alimentos funcionais e nutracêuticos, "além dos nutrientes que fornecem, actuam como preventivos de algumas doenças", aponta o investigador do CITAB, que refere como exemplo "o iogurte que reduz o colesterol".

O evento conta ainda com um workshop que "atesta benefícios da utilização de Cannabis em medicamentos" versando-se "na produção de cannabis para fins medicinais e sobre as utilizações fitoterapêuticas da planta".

O 62.º Congresso Internacional e Encontro Anual da Sociedade de Plantas Medicinais e Investigação em Produtos Naturais (GA2014) decorre até 4 de setembro e, segundo a UMInho, são esperados mais de 170 cientistas.

Intervenção cirúrgica
Quando opta por recorrer à colocação de implantes mamários, deve proceder de uma forma consciente e
Cirurgia implante mamário

Consulta
Procure obter consulta com um médico especialista na área. Se tiver dificuldade procure obter indicações através do seu médico assistente ou junto da Ordem dos Médicos acerca dos especialistas habilitados para o efeito.

Procure, durante a consulta ou consultas, obter informações tão detalhadas, quanto possível, de forma a esclarecer todas as suas dúvidas e poder optar pela solução que entender mais satisfatória em colaboração com o especialista. Dê algum tempo a si mesma para tomar a decisão após recolha das informações e esclarecimento de todas as suas dúvidas.

Poderá ser necessário existir uma troca de informação entre o especialista consultado e o seu médico assistente, tendo em conta o seu estado de saúde global.

Cirurgia
Procure esclarecer junto do especialista pormenores como a localização da incisão para colocação do implante mamário, tipo de anestesia ou duração do internamento.

Deve esclarecer os seguintes pontos:

  • Qual a localização da cicatriz. Vantagens e desvantagens das diferentes localizações (submamária, axilar, peri-areolar, umbilical);
  • Qual a localização do implante e respectivas vantagens e desvantagens (em cima ou abaixo do músculo);
  • Qual o tipo de anestesia a usar (local ou geral);
  • Qual o grau de confiança que o cirurgião deposita no anestesista e se trabalha habitualmente com ele;
  • Quanto tempo demora a cirurgia;
  • Quais as condições do local onde a cirurgia se vai efectuar em caso de surgir uma emergência e se existe local de recobro devidamente equipado;
  • Se irão ser necessários drenos após a cirurgia;
  • Se é necessária alguma medicação após a cirurgia, nomeadamente para as dores;
  • Qual o tempo previsível de recuperação e quanto tempo vai permanecer no hospital;
  • Se existe alguma contraindicação para a colocação de implantes mamários relativa a alguma doença de que eventualmente seja portadora.

Certifique-se que o local onde o procedimento vai ser efectuado tem as condições técnicas adequadas no entender do especialista consultado. Trata-se de um requisito essencial em qualquer tipo de cirurgia e que pode representar a diferença entre uma assistência adequada, ou não, sobretudo no caso de complicações inesperadas. Em caso de dúvida consulte a Ordem dos Médicos e/ou a Direcção Geral de Saúde.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

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