José de Mello Saúde investe 2 milhões de euros em clínica
É mais um passo para reforçar a proximidade da rede CUF com as populações. A José de Mello Saúde vai abrir uma nova clínica no...

A inaugurar no primeiro trimestre, a Clínica CUF Miraflores representa um investimento de dois milhões de euros e irá acolher mais de 120 profissionais. O corpo clínico será liderado por João Paço que acumula este cargo com o da direcção clínica do Hospital CUF Infante Santo.

Com cerca de 1000 metros quadrados, divididos em dois pisos, a Clínica CUF Miraflores disporá de 18 gabinetes de consulta, dois gabinetes de exames, uma sala de tratamentos e uma sala de pensos, para além de postos de colheita de análises clínicas e de um serviço de imagiologia dotado de RX, Ecografia e TAC, funcionando seis dias por semana em horário alargado. Os clientes terão à disposição 370 lugares de estacionamento.

A Clínica CUF Miraflores disponibilizará consultas das diferentes especialidades médicas e cirúrgicas, incluindo “consulta do dia” (regime diário não programado) de medicina geral e familiar, a par de exames de diagnóstico e de tratamentos específicos de diferentes especialidades como é o caso da cardiologia, dermatologia, ginecologia, obstetrícia, oftalmologia, otorrinolaringologia, pediatria, entre outras.

A Clínica CUF Miraflores irá funcionar em articulação com o Hospital CUF Infante Santo, que conta com um serviço de atendimento permanente, 24 horas por dia, a par da capacidade de bloco operatório e de internamento e de um conjunto alargado de meios complementares de diagnóstico e tratamento de última geração.

A abertura desta clínica, a primeira clínica CUF em Oeiras, vem assim facilitar o acesso das populações das freguesias deste concelho aos cuidados de saúde da rede CUF, líder na prestação de cuidados de saúde em Portugal, e que, em 2015, comemora 70 anos de existência

Incluindo recomendações para doentes submetidos a cardioversão
Esta actualização baseia-se num parecer positivo do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do...

A Bayer HealthCare anunciou a inclusão no Resumo das Características do Medicamento (RCM) de Xarelto de recomendações específicas sobre cardioversão para os médicos que tratam doentes com fibrilhação auricular não valvular (FA). Esta actualização fornece informação importante aos médicos acerca da utilidade clínica do rivaroxabano em doentes com FA submetidos a cardioversão e assenta num parecer positivo do CHMP, publicado em Dezembro de 2014. Xarelto é agora o único novo anticoagulante oral com recomendações específicas, tanto para cardioversão precoce como retardada.

“É Importante assegurar uma terapêutica anticoagulante adequada para doentes com FA submetidos a cardioversão. Com a varfarina, os doentes apresentam frequentemente desvios do intervalo terapêutico aconselhado de anticoagulação, sendo necessário adiamentos frequentes dos procedimentos ou aumentando o risco de eventos tromboembólicos como o Acidente Vascular Cerebral”, refere Riccardo Cappato, M.D., do Centro de Arritmia e Electrofisiologia, da Universidade de Milão, IRCCS Policlínico San Donato, San Donato Milanese, Milan, Itália e co-investigador principal do estudo X-VeRT. “A actualização do RCM de Xarelto fornece aos médicos orientações muito claras para doentes com FA submetidos a cardioversão. O estudo X-VeRT mostrou que Xarelto era uma alternativa efectiva e bem tolerada aos antagonistas de vitamina K (AVK) com vantagem prática sobre estes”.

A actualização do RCM baseia-se nos resultados do estudo X-VeRT, o primeiro ensaio prospectivo de um novo anticoagulante oral em 1504 doentes com FA submetidos a cardioversão. Os resultados do estudo X-VeRT demonstraram que, quando comparado com o uso de AVK, o rivaroxabano foi associado a uma redução numérica de 50% do risco de eventos cardiovasculares, no objectivo primário de eficácia composto por AVC, acidente isquémico transitório, embolia periférica, enfarte do miocárdio e morte cardiovascular (0,5% vs. 1,0%; redução de risco: 0,50; 95% de intervalo de confiança: 0,15-1,73), com um menor risco numérico de hemorragia de 24 por cento nos primeiros resultados de segurança (0,6% vs. 0,8%; redução de risco 0,76; 95% de intervalo de confiança: 0,21-2,67). A vantagem prática da utilização do rivaroxabano foi demonstrada pela redução do tempo até à cardioversão comparativamente com a AVK, particularmente em doentes planeados para uma cardioversão retardada. O estudo, publicado no European Heart Journal em Setembro de 2014, foi desenhado para complementar os dados anteriores sobre o rivaroxabano obtidos no ROCKET AF e não foi planeado para atingir significância estatística.

Sobre a cardioversão em doentes com FA

Os doentes com FA têm um ritmo cardíaco irregular, que causa uma circulação do sangue turbulenta, que pode levar à formação de trombos. A cardioversão é um procedimento médico comum que serve para restaurar um ritmo sinusal regular. Sem anticoagulação adequada, estes doentes estão em risco de complicações tromboembólicas, com risco de AVC entre 5-7%. As guidelines actuais recomendam pelo menos três semanas de anticoagulação efectiva com AVKs (INR alvo 2.0-3.0), antes da cardioversão (ou menos se um ecocardiograma transesofágico não tiver revelado trombos na aurícula esquerda ou no apêndice auricular esquerdo) e quatro semanas de anticoagulação oral após o procedimento.

Sobre o estudo X-VeRT

O estudo X-VeRT foi um estudo de fase IIIb prospectivo, aleatorizado, aberto, de grupos paralelos, envolvendo 1,504 doentes hemodinamicamente estáveis com FA > 48 horas ou de duração desconhecida, recrutados em 16 países. Doentes que nunca tinham sido anticoagulados ou doentes com experiência de anticoagulação programados para cardioversão foram aleatorizados para o rivaroxabano 20mg em toma única diária. (ou 15mg em toma única diária se a depuração da creatinina estivesse entre os 30 e os 49 mL/min) ou AVK com dose ajustada ao INR terapêutico (INR alvo 2.0-3.0) num rácio de 2:1. A decisão relativa a cardioversão precoce (um objectivo de 1-5 dias de rivaroxabano ou dose usual de AVK antes de intervenção) ou cardioversão atrasada (rivaroxabano ou AVK durante 3-8 semanas antes da intervenção) foi tomada pelo investigador.

Sobre o Xarelto® (Rivaroxabano)

Rivaroxabano é o novo anticoagulante oral com um leque de indicações mais amplo e é comercializado com o nome Xarelto®. O Xarelto® está aprovado para cinco indicações em sete diferentes áreas terapêuticas, protegendo doentes num maior número de problemas venosos e arterial tromboembólicos (VAT) do que qualquer outro novo anticoagulante oral.

Prevenção de AVC e embolia sistémica em doentes adultos com fibrilhação auricular não valvular com um ou mais fatores de risco;

O tratamento de trombose venosa profunda (DVT) em adultos;

A prevenção de trombose venosa profunda e embolia pulmonar em adultos;

A prevenção de trombose venosa profunda em adultos submetidos a cirurgia da anca;

Prevenção de trombose venosa profunda em doentes submetidos a cirurgia do joelho;

Prevenção de eventos aterotrombóticos (morte cardiovascular, enfarte do miocárdio ou AVC) depois de síndrome agudo coronário em doentes adultos com biomarcadores cardíacos elevados e sem AVC anteriores ou ataques isquémicos trasitórios quando co-administrados com ácido ácido acetilsalicílico (AAS) apenas ou com ácido acetilsalicílico com clopidogrel ou ticliopidina.

As Autorizações de Introdução no Mercado podem diferir de país para país, mas Xarelto está aprovado em todas as indicações em mais de 125 países.

O Rivaroxabano foi descoberto pela Bayer HealthCare e está a ser desenvolvido conjuntamente coma Janssen Research & Developement, LLC. Xarelto® é comercializado fora dos EUA pela Bayer HealthCare e nos EUA pela Janssen Pharmaceuticals, Inc (a Johnson&Johnson Company).

Os medicamentos anticoagulantes são terapêuticas potentes usadas na prevenção ou no tratamento de doenças graves e potencialmente fatais. Antes de iniciar qualquer terapêutica com anticoagulante, os médicos deverão avaliar os benefícios eos riscos de cada doente individualmente.

O uso responsável do Xarelto® é uma alta prioridade para a Bayer e a companhia desenvolveu um Guia do Prescritor para médicos e o Cartão do Doente para os doentes, com a finalidade de apoiar as boas práticas médicas.

Sobre a Bayer HealthCare

O Grupo Bayer é uma empresa global com competências centrais nas áreas da saúde, agricultura e materiais de alta tecnologia. A Bayer HealthCare, um subgrupo da Bayer AG com vendas anuais de mais de 18,9 mil milhões de Euros (2013), é uma das companhias inovadoras líderes mundiais na indústria dos cuidados de saúde e de produtos médicos e está sediada em Leverkusen, na Alemanha. A empresa combina as actividades globais das Divisões Saúde Animal, Consumer Care, Medical Care e Pharmaceuticals. A Bayer HealthCare tem como objectivo descobrir, desenvolver e fabricar produtos que venham a melhorar a saúde humana e animal em todo o mundo. A Bayer HealthCare emprega 56.000 pessoas (31. Dez. 2013) e está representada em mais de 100 países.

Reavaliação
A exposição ao bisfenol A - um composto químico usado em vários plásticos de uso quotidiano - "não representa riscos para...

Após uma reavaliação completa lançada em 2012 sobre esta substância, possível causadora de transtornos do sistema endócrino, a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) recomenda dividir por doze o limite de segurança da exposição humana a este composto: a dose diária tolerável deve ser de 4 microgramas (µg) por quilograma de peso corporal, contra os 50 µg actuais, recomenda um relatório agora publicado.

No entanto, a exposição diária normal do ser humano a esta substância já é "três a cinco vezes inferior" ao novo nível, garante a EFSA.

O bisfenol A, ou BPA, está proibido desde 2011 nos biberões distribuídos na União Europeia, mas é utilizado nas embalagens de plástico para alimentos, garrafas de água, recibos de caixas electrónicas, entre outros produtos.

Esta agência europeia salienta, contudo, a "incerteza sobre os efeitos potenciais do BPA nas glândulas mamárias, assim como nos sistemas reprodutor, metabólico, neurocomportamental e imunológico", assim como os seus possíveis efeitos indesejáveis "nos rins e no fígado".

Esses efeitos, assim como a possível incidência no desenvolvimento de cancro, em particular o de mama, "são considerados pouco prováveis, mas não podem ser excluídos". O BPA "também pode ter efeitos nas glândulas mamárias dos animais", lê-se no documento.

>A agência pede paciência a quem que se opõe ao BPA, como as autoridades francesas que proibiram o uso desta substância em todas as embalagens de produtos alimentares, até que todas as dúvidas sejam dissipadas.

Para "responder a uma grande quantidade de perguntas", a EFSA aguarda ainda a publicação dos resultados de um estudo de toxicologia, realizado nos Estados Unidos, cuja análise dos resultados deve estar concluída dentro de dois ou três anos.

Porém, um relatório intermediário publicado em Janeiro de 2014 pela EFSA estimava que o BPA poderia ser nocivo.

A agência europeia, acusada com frequência por activistas do meio ambiente e por associações do consumidor de tomar partido a favor da indústria, finalizou esta "reavaliação completa" por meio de uma consulta pública na Internet.

Estudo revela
Deixar os filhos dormir mais horas melhora o seu desempenho escolar a Matemática e línguas, conclui estudo.

Dormir mais horas de noite melhora a prestação escolar das crianças e adolescentes, segundo um estudo da Universidade McGill e do Instituto Universitário Douglas de Saúde Mental em Montreal, no Canadá. Matemática e línguas são as disciplinas em que a qualidade do sono mais interfere. "Para a Matemática e línguas precisamos de usar habilidades a que chamamos de ‘funções executivas’, como a memória de trabalho, o planeamento, a capacidade de não nos distrairmos. O hardware que suporta essas habilidades localiza-se no córtex pré-frontal do cérebro, que é muito sensível aos efeitos insuficientes do sono", sublinhou Reut Gruber, psicólogo clínico e principal autor do estudo, à revista Time.

A Fundação Nacional do Sono norte-americana aconselha as crianças entre os 5 e os 12 anos a dormir entre 10 a 12 horas por noite. Já os adolescentes devem dormir cerca de 9 horas. Um dos factores que mereceu maior atenção por parte dos investigadores canadianos foi a eficiência do sono. "É a proporção da quantidade de tempo que se dorme relacionada com a quantidade de tempo que passa na cama. Se uma pessoa não consegue dormir durante a maior parte do tempo que passa na cama, o sono não é eficaz", explicou o principal autor do estudo. Na investigação participaram 75 crianças saudáveis, entre os 7 e os 11 anos, que utilizaram um actigraph no pulso, uma espécie de relógio que avalia a qualidade do sono através da monitorização do organismo enquanto dormem.

No fim, os cientistas relacionaram os dados recolhidos sobre a qualidade do sono com os resultados escolares, a idade das crianças e o estatuto socioeconómico dos pais.

Além de aconselhar os pais a adoptar hábitos de sono saudáveis, como retirar dos quartos a televisão e os computadores, Reut Gruber referiu que os pediatras também têm um papel importante na análise de uma boa noite a dormir. "Muitas crianças podem ter problemas de sono de que ninguém está ciente", acrescentou o psicólogo clínico.

Projecto Tricota
Manta pelos direitos dos idosos chega à Assembleia da República Tem mais de 40 metros, quer entrar no Guinness e foi estendida...

A manta elaborada pelo projecto Tricota esta ideia esteve estendida na escadaria da Assembleia da República (AR). O objectivo desta iniciativa é chamar a atenção para os direitos dos idosos, mas também lutar contra os maus-tratos.

O próximo passo é entrar no Guinness. Depois de mostrarem os 40 metros de manta na escadaria, os responsáveis pelo projecto entregaram à presidente da AR, Assunção Esteves, um documento com os pormenores desta ideia. "O nosso grande objectivo é que a lei possa promover as comissões de protecção, à semelhança da lei que existe de protecção a crianças e jovens", explicou a coordenadora do Tricota esta ideia, Ana Martins. Assunção Esteves afirmou, por seu lado, que a "solução está a caminho": "O envolvimento dos poderes locais, não apenas dos poderes centrais, da sociedade envolvente a todos os níveis, não só das associações, mas também das relações de vizinhança. Este é um desafio para todos."

Neste momento, a manta é composta por 1225 quadrados, tricotados em 70 instituições e por mais de uma centena de idosos, sendo que vai continuar a crescer até atingir o próximo objectivo: entrar no livro de recordes do Guinness como a maior manta de tricô do Mundo. Na apresentação da manta gigante na AR esteve também presente o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Paulo Vistas, e Ricardo Carriço, actor que é padrinho do projecto. Foi precisamente um grupo de instituições de Oeiras que iniciou o Tricota esta ideia e levou o projecto a outros municípios.

Hospital de Gaia/Espinho
O Centro Hospitalar de Gaia e Espinho vai implementar, a partir de Março, uma Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos,...

“Este é um projecto a que o Centro Hospitalar concorreu e ganhou para obter um financiamento junto da Fundação Calouste Gulbenkian para a implementação de uma Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos”, explicou à Lusa a administração do hospital que hoje assinou acordos de parceria com alguns organismos como as câmaras municipais de Gaia e Espinho.

Para o autarca de Gaia, “esta foi uma oportunidade boa de satisfazer uma das prioridades” do município que com a parceria pretende “criar um modelo que possa ser replicado a fim de reforçar o apoio e os serviços de proximidade”.

Eduardo Vítor Rodrigues destacou ainda a importância do serviço que permite “manter as pessoas no seu núcleo residencial sem aquele processo muito negativo de institucionalização”.

De acordo com o Conselho de Administração, a unidade a actividade a ser desenvolvida pela Unidade Domiciliária será “assistencial e também de consultadoria e de formação aos profissionais de saúde e aos cuidadores”.

“A vantagem do projecto é essencialmente permitir que o doente que necessite destes cuidados permaneça no domicílio se essa for a sua vontade, continuando a ter os cuidados diferenciados de que necessita”, assinalam.

Será criada uma equipa de cuidados paliativos domiciliários (ECPD), com sede no Centro Hospitalar, e que visa “alargar o âmbito da actividade assistencial da Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos aos doentes que carecem de cuidados paliativos diferenciados no domicílio e suas famílias”.

Neste momento o projecto está numa “fase de operacionalização, prevendo-se o seu início no terreno em Março”.

A assinatura do termo de aceitação com a Fundação Gulbenkian já foi formalizada e hoje foram assinadas parcerias com alguns organismos da comunidade como Agrupamentos de Centros de Saúde de Gaia e Espinho, Cruz Vermelha Portuguesa e Liga dos Amigos do Hospital de Gaia e de Espinho “que contribuirão para o sucesso do projecto”.

Programa de Intervenção em Saúde
A Administração Regional de Saúde do Centro comprometeu-se em devolver o valor das taxas moderadoras cobradas indevidamente a...

A decisão foi comunicada após uma reunião entre a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) e a Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU), em Coimbra, em que foi determinado que vão ser reembolsados os valores das taxas moderadoras cobradas indevidamente a antigos mineiros, afirmou o presidente da ARSC, José Tereso.

Segundo o presidente da ARSC, também vai ser reforçada "a revisão do Programa de Intervenção em Saúde" e criado um código informático relativo ao Programa de Intervenção em Saúde (PIS), para agilizar os processos nos centros de saúde e nos hospitais.

A situação vai ficar resolvida "no mais curto espaço de tempo", disse, não adiantando, no entanto, uma data específica.

Atendendo aos riscos da radioactividade do urânio, teve início, em Novembro de 2007, um programa que visava a identificação precoce de qualquer alteração no estado de saúde dos antigos trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio (ENU), que esteve sediada na Urgeiriça, no concelho de Nelas, distrito de Viseu.

Em 2010, foi publicado um diploma que respondia a várias reivindicações, nomeadamente o acompanhamento médico periódico e gratuito aos trabalhadores, aos seus cônjuges ou pessoas com quem vivem em união de facto e aos descendentes directos.

"A democracia venceu", sublinhou o presidente da ATMU, António Minhoto, recordando que após a denúncia da associação de que estavam a ser cobradas taxas moderadoras, o PEV, BE, PCP e PS levaram à discussão na Assembleia da República quatro projectos de resolução a exigir o cumprimento do diploma, que foram aprovados por unanimidade no dia 9.

Após ver as suas reivindicações aceites junto da ARSC, a associação espera que, ainda neste ano, "em virtude da constatação da necessidade do PIS", sejam indemnizados os antigos mineiros e suas famílias por exposição à radioactividade.

"Esperamos que em 2015 isso seja uma realidade", afirmou, assegurando que, caso tal não se registe, a associação está disposta a desenvolver "lutas intensas" pelas indemnizações. Segundo António Minhoto, o Estado "tem de ter um gesto de justiça" para com os antigos mineiros, referiu.

O presidente da ATMU estima que o PIS esteja a envolver mais de 200 antigos trabalhadores da ENU (a maioria do concelho de Nelas), num total de cerca de 500 pessoas, se lhes forem juntados os familiares.

A ENU teve a seu cargo, desde 1977, a exploração de minas de urânio em Portugal. A empresa entrou em processo de liquidação em 2001 e encerrou definitivamente no final de 2004.

Plano de Contingência de resposta à gripe
Os hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo vão ter mais 169 camas para fazer face à gripe, anunciou a Administração...

A reabertura de 169 camas é “uma medida que permitirá aos serviços da região dar resposta ao aumento da procura que se tem registado”, afirma-se num comunicado da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) divulgado.

A medida insere-se no Plano de Contingência de resposta à gripe. Hoje mesmo o ministro da Saúde, Paulo Macedo, tinha dito que "foi pedido a cada ARS (Administração Regional de Saúde) para que veja na sua área de influencia" que camas podem ser reabertas e, depois, que seja inventariada a capacidade de resposta em cada região.

Segundo um despacho do secretário de Estado Adjunto do ministro, Fernando Leal da Costa, de 9 de Janeiro, assinado um dia após uma reunião com as várias entidades com intervenção na resposta à afluência aos serviços de urgência, "todos os hospitais devem ter camas supletivas para internamento".

De acordo com o documento da ARSLVT foi Hospital de Santarém o que reabriu mais camas, 53, seguindo-se as 41 do Hospital Fernando da Fonseca, e depois os Centros Hospitalares Lisboa Ocidental, Central e Norte com 20 camas cada. O Centro Hospitalar Lisboa Oeste tem nove camas mais e o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo seis camas.

Uma de 3 premiadas pela L'Oreal
Uma investigadora propõe uma nova terapia para doentes de AVC, mais segura e com menos efeitos secundários, utilizando pequenas...

"Proponho desenvolver uma terapia que, por um lado, seja mais inclusiva, que abranja um maior número de pacientes, e por outro lado, seja mais segura, não ofereça tantos efeitos secundários que possam colocar em risco o doente", explicou Raquel Ferreira.

A trabalhar no Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS), da Universidade da Beira Interior, Raquel Ferreira foi uma das três seleccionadas na 10.ª edição das "Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência", que pretende incentivar jovens investigadoras, a trabalhar em Portugal, até aos 35 anos, a prosseguir estudos em ciências da saúde e ambiente, prémios que vão ser entregues, em Lisboa.

Vânia Calisto é outra das premiadas e tenta encontrar um material absorvente para remover os resíduos de medicamentos psiquiátricos das águas nas estações de tratamento (ETAR), assim como Sónia Melo, que procura uma forma de fazer "biópsias líquidas", em casos de cancro, através de uma análise ao sangue, um método menos evasivo.

Raquel Ferreira, do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular, Universidade do Porto, faz uma abordagem indirecta e pretende "reforçar a vasculatura e assim potenciar a recuperação e a sobrevivência dos neurónios", através da administração de células de pacientes tratadas com nanopartículas contendo ácido retinóico.

A cientista salientou que "estas são células especializadas que, quando acontece um AVC, migram até ao cérebro e tentam recuperar a vasculatura mas, infelizmente, estes processos não são totalmente eficazes". Por isso, vai tirar partido de um processo que acontece naturalmente e melhorá-lo.

O projecto de Sónia Melo tem como objectivo "conseguir, através da extracção de vesículas que circulam nos pacientes, os exossomas, fazer uma biopsia líquida", ou seja, sem ter de ir evasivamente ao tumor primário, pretende-se olhar para as células e para as mutações do tumor, o que pode "ajudar em tratamentos mais dirigidos ou esclarecer sobre resistências a certas terapias".

Trata-se de tentar desenvolver uma forma de diagnóstico precoce em doenças oncológicas e de monitorização através de uma análise ao sangue.

A investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, da Universidade de Aveiro, Vânia Calisto, pretende encontrar formas de remover fármacos de águas contaminadas que podem afectar os ecossistemas e mesmo o ser humano, já que as ETAR não estão preparadas para tratar este novo tipo de poluentes.

"As metodologias que existem, mais avançadas, são geralmente demasiado caras para ser aplicadas em larga escala e foi neste sentido que me propus desenvolver absorventes alternativos, produzidos a partir de resíduos industriais que tenham baixo valor económico e aliem ao mesmo tempo elevada eficácia na remoção dos fármacos e baixo custo de produção e aplicação", explicou Vânia Calisto.

"Estamos a falar de um carvão que seria capaz de renovar os fármacos da água", resumiu a cientista.

A directora geral da L'Oreal Portugal, Inês Caldeira, disse que "as Medalhas de Honra são um incentivo financeiro que permite a estas jovens prosseguir os seus projectos com mais autonomia, em especial num contexto em que o financiamento é escasso".

Mas, a distinção é também "uma motivação que as faz acreditar em si mesmas e nas suas capacidades para ultrapassar barreiras do conhecimento", acrescentou.

Portugal é um dos países em que as mulheres estão mais representadas na ciência (segundo estatísticas da União Europa, é o 4.º país com mais mulheres dedicadas à ciência, com 46%), mas "continuam sub-representadas, não só no que toca à investigação, mas especialmente nos cargos de decisão na área", refere a L'Oreal.

Ministro da saúde
O recurso aos hospitais privados pelos doentes do Serviço Nacional de Saúde foi considerado uma possibilidade "quase nula...

"Quero deixar muito claro que a menção que foi feita à eventual colaboração com privados será numa situação de excepção, que não é o caso", afirmou hoje, em Sintra, o ministro da saúde, acrescentando não prever, "com uma probabilidade sequer razoável", o recurso aos serviços privados.

A possibilidade das urgências privadas tratarem doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em alturas de maior afluência aos hospitais consta num conjunto de medidas previstas num despacho do secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa.

O ministro da saúde admitiu que, apesar da estirpe do vírus da gripe vir a ser semelhante à de há dois anos, também há a possibilidade "de ainda ser pior", o que justifica o planeamento de medidas excepcionais. "Nesse sentido temos de fazer o levantamento para esse cenário extremo, a que tipo de camas podemos recorrer, obviamente em primeiro lugar com os hospitais do sector social, com os quais existem acordos estabelecidos, e depois eventualmente saber que camas podiam estar no sector privado", explicou Paulo Macedo.

A probabilidade de recurso "ao sector privado por causa da gripe é muito baixa", considerou o ministro, frisando que se a gripe provocada por uma estirpe semelhante à de há dois anos "essa probabilidade é quase nula".

Paulo Macedo esclareceu que "foi pedido a cada Administrações Regionais de Saúde (ARS) para que veja na sua área de influencia" que camas podem ser reabertas e, depois, que seja inventariadas a capacidade de resposta em cada região.

Segundo um despacho de Fernando Leal da Costa, de 9 de Janeiro, assinado um dia após uma reunião com as várias entidades com intervenção na resposta à afluência aos serviços de urgência, "todos os hospitais devem ter camas supletivas para internamento".

"As administrações regionais de saúde devem averiguar onde podem estar recursos disponíveis para internamento em caso de necessidade acrescida, elencando todas as capacidades de hospitais e unidades de saúde do sector público, social, privado e militar", lê-se no despacho.

No documento admite-se que "será necessário deslocar os doentes para onde for preciso e impedir acumulação em salas de observação de serviços de urgência". Cabe ainda às ARS fazer "uma avaliação dos serviços de urgência privados e qual tem sido a procura e respectiva capacidade de resposta, para analisar uma eventual participação adicional destes serviços, caso seja necessário".

As ARS devem preparar de imediato a "alteração das regras geográficas da referenciação para serviços de urgência, passando freguesias da área de um hospital para outro com menos afluência", estipulou-se no despacho.

O ministro da saúde recusou que a falta de médicos no SNS se deva às baixas remunerações, notando que "são bem pagos relativamente aos outros portugueses", embora reconheça que têm "uma progressão muito lenta" na carreira. Paulo Macedo falava durante a assinatura de um protocolo com a Câmara de Sintra para a construção de quatro centros de saúde no concelho, em Algueirão-Mem Martins, Queluz, Almargem do Bispo e Agualva.

"Os centros de saúde vão começar a ser construídos este ano e deverão abrir em 2016", apontou, por seu lado, o presidente da autarquia, Basílio Horta, um investimento total de 7,9 milhões de euros, dos quais cerca de 2,4 milhões de euros do município que também cede os terrenos.

Investigadores criam
Investigadores de diferentes áreas criaram o Observatório para as Condições de Vida com o objectivo de analisar como vivem as...

“A ideia é tentar compreender melhor o que se passa com as populações, a forma como vivem, como se encontra a saúde e a sua qualidade de vida”, disse a investigadora do Observatório para as Condições de Vida (OCV), Ana Rajado.

A investigadora explicou que o projecto agrega investigadores de várias áreas do conhecimento e de diferentes instituições que pretendem estudar as questões relacionadas com o trabalho, saúde, educação, habitação, estado social, segurança social e a dinâmica de populações.

O observatório é apresentado na quinta-feira, em Lisboa, numa sessão pública em que será debatida a “evolução das condições de vida das populações e saúde”, uma área que os peritos consideram “urgente trabalhar e compreender melhor, sublinhou.

Isabel do Carmo, endocrinologista e uma das fundadoras do projecto, acrescentou que, “antes de tudo, é necessário considerar que a saúde não depende só dos cuidados de saúde”.

“Depende das condições em que as pessoas vivem e a verdade é que nos últimos três anos, vai para quatro, as condições de saúde das populações têm-se degradado”, disse Isabel do Carmo.

A “prova disso” é o facto de um quarto da população viver abaixo do limiar da pobreza, uma situação que levou à degradação das “condições de habitação, de alimentação e também, infelizmente, de acesso aos cuidados de saúde”. A especialista explicou que observatório pretende “aplicar uma análise científica à situação actual” da população, dando resposta às hipóteses que se vão colocando nas várias áreas.

“Eu posso pôr a hipótese que, neste momento, já há pessoas com insuficiência de calorias e com carências a nível de vitaminas e sais minerais, mas tenho de a provar” do ponto de vista científico, explicou.

Também “há hipóteses muito fortes de deterioração das condições de vida e de trabalho das pessoas mas é preciso fazer investigação sobre isso”, sustentou.

Mas também “há situações que já são objectivas”, como o aumento dos casos de pneumonia nos últimos três anos, constatado através de dados e que a própria Sociedade Portuguesa de Pneumologia já apontou como provável causa para esse aumento as condições em que as pessoas vivem.

“É perfeitamente lógico porque as pessoas vivendo em piores condições estão mais fragilizadas em relação às infecções”, disse a endocrinologista, apontando ainda a situação nas urgências hospitalares. “A questão das urgências também não é hipótese porque já se percebeu que houve uma ruptura do Serviço Nacional de Saúde”, frisou.

Ana Rajado adiantou que um dos objectivos do observatório é criar um indicador de bem-estar para “tentar compreender qual é o mínimo necessário para as pessoas viverem com alguma qualidade e, sobretudo, com saúde”. É necessário as pessoas “ter algum nível de bem-estar, que neste momento não existe para a maioria das pessoas”, lamentou.

“Nós queremos que o observatório ajude de alguma forma a clarificar e a informar as pessoas e, eventualmente, ter algum reflexo na melhoria de vida” da população, acrescentou.

Conclusões do primeiro barómetro nacional de saúde oral
O primeiro Barómetro Nacional de Saúde Oral, realizado pela consultora QSP, mostra que os portugueses têm plena confiança no...

Entre os que participaram no barómetro, que tem validade estatística, 93,5% dos inquiridos afirmam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com o seu médico dentista.

Entre os que responderam ao barómetro, 63,7% confessa que nunca mudou de médico dentista, sendo os principais factores de fidelização a confiança no médico dentista, a qualidade nos serviços prestados e a habituação.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, considera que “as conclusões do barómetro mostram que existe uma relação muito forte entre os médicos dentistas e os doentes. A percentagem de doentes que nunca mudou de médico dentista é muito elevada e prova que a relação humana é mais forte do que a comodidade, conveniência ou luxo das instalações. A confiança é um valor que temos de estimar e estimular a par da qualidade técnica dos nossos profissionais que em Portugal é das mais avançadas do mundo”.

Os atributos que os portugueses mais associam ao seu médico dentista são “confiável”, “prestável”, “paciente” e “cuidadoso”. É ainda de salientar que a maioria, 64,5%, esclarece as suas dúvidas de saúde oral junto do seu médico dentista, em prejuízo de outros meios, como a internet.

Apenas 7,7% diz que mudou ou está a pensar mudar de médico dentista, havendo 21% que só pretende mudar em caso de necessidade.

Só 0,7% diz estar insatisfeito ou muito insatisfeito com o seu médico dentista. O principal motivo de insatisfação é para 64,1% dos inquiridos o preço elevado, seguindo-se, com apenas 12%, o resultado dos tratamentos.

Uma maioria de portugueses, 63,9%, afirma que tomou conhecimento do seu médico dentista por recomendação de amigos, familiares ou conhecidos. 14,5% revela que viu a clínica ou o consultório na rua e entrou, e 7% tomou conhecimento do seu actual médico dentista através da publicidade tradicional. Nenhum dos inquiridos mencionou as redes sociais, embora 4,2% tenha escolhido o seu médico dentista através da internet e apenas 0,1% referiu a recomendação por outro médico.

O barómetro conclui também que 97,8% dos portugueses valorizam mais o profissional médico dentista do que a clínica ou consultório.

A Higiene e limpeza (78,4%) são os factores mais relevantes para os inquiridos, seguindo-se os preços praticados (77,1%), os resultados dos tratamentos (76,7%), a confiança no médico dentista (74,7%), equipamentos modernos (72,2%) e meios complementares de diagnóstico (70,2%).

Sempre que vão ao médico dentista 88% dos inquiridos reconhecem que lhes é explicado tudo o que vai ser feito e uma percentagem quase idêntica afirma que compreende tudo o que o seu médico dentista lhe transmite nas consultas. Apenas 26% diz ter medo de ir ao dentista.

Ir ao dentista regularmente é importante para a saúde oral e para a saúde em geral para mais de 90% dos inquiridos. O pagamento da consulta é feito no ato por 81,3% dos portugueses, havendo 8,3% que utilizam um subsistema de saúde e 4,3% têm seguro ou plano de saúde. Apenas 10,2% dos portugueses recorrem ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) quando precisam de serviços de saúde oral e 51,5% considera que não existem cuidados de saúde oral no SNS.

Entre os que responderam ao barómetro, 20,9% diminuiu o número de visitas ao médico dentista no último ano e a questão monetária é o principal motivo evocado para não ir ao dentista. Há 8,3% de portugueses que nunca foram a uma consulta de medicina dentária.

Resumo da Ficha Técnica: Foram realizadas 1102 entrevistas presenciais. A amostra foi construída através do método de amostra estratificada proporcional, para as variáveis género e idade e desproporcional para a variável região, segundo dados do INE. A margem de erro teórica é de 2,95% para um intervalo de confiança de 95%.

Prevalência aumenta com a idade
A disfunção erétil pode surgir em qualquer idade, embora a prevalência aumente com a idade.
Disfunção eréctil

A disfunção erétil (DE) é a incapacidade persistente para obter ou manter uma ereção peniana que permita a um homem ter relações sexuais satisfatórias. Significa o mesmo que “impotência sexual”, embora este termo seja pouco utilizado pela comunidade científica, exceto quando descreve um grau extremo de disfunção erétil. Nada tem a ver com outros problemas sexuais masculinos, como a falta de desejo sexual, as alterações da sensação de prazer (orgasmo) ou os problemas de emissão de esperma (ejaculação).

Quando se fala de DE, pode-se estar a falar de uma incapacidade total para conseguir uma ereção, de uma incapacidade parcial ou de só ter ereções de curta duração, mas todas estas situações são disfunções. Precisamente por existirem tão grandes variações, é difícil calcular a verdadeira prevalência da disfunção erétil.

Apesar de ser uma disfunção benigna, a disfunção erétil pode afetar a saúde física e psicossocial e ter um impacto significativo na qualidade de vida dos homens que sofrem desta condição e das suas parceiras.

Estudos demonstram que a disfunção erétil pode ser uma manifestação precoce de doença vascular periférica ou de doença coronária, pelo que deve ser encarada não só como uma questão de qualidade de vida mas também como um aviso potencial de doença cardiovascular.

Estudo epidemiológico Episex-pt
Em 2006, a Sociedade Portuguesa de Andrologia revelou os resultados de um ambicioso estudo epidemiológico sobre as disfunções sexuais em Portugal. O estudo, denominado Episex-pt (Vendeira, Pereira et al., 2006), foi efetuado por aplicação direta de um questionário, onde foram analisados os dados referentes a 1250 homens e 1250 mulheres, com idades compreendidas entre 18 e 75 anos, inquiridos em Portugal Continental entre Março e Dezembro de 2004. A amostra foi estratificada por região do país e grupo etário.

O Episex-pt revelou que 12.9% dos homens (cerca de 460 mil indivíduos) referiam problemas de ereção.

O estudo comprovou que a disfunção aumenta de prevalência com a idade: acima de 40 anos 17.6% dos homens referiram algum grau de disfunção erétil, sendo de 23.4% a prevalência nos homens com mais de mais de 50 anos.

Um levantamento levado a cabo pela Sociedade Portuguesa de Andrologia em 2004 avaliou em apenas cerca de 10 mil o número de consultas anualmente realizadas em todo o País. Ou seja, recorreram a consultas especializadas menos de 5.6% dos homens que se estima terem problemas eréteis...

Existindo uma DE, e ao contrário do que muitos pensam, esta pode ser tratada quase sempre, independentemente do grupo etário e, até, da etiologia. O reconhecimento dessa realidade é cada vez maior. Na verdade, e apesar da baixa procura de ajuda especializada, são cada vez mais os homens que, tratados, conseguem recuperar a sua capacidade erétil, graças aos cada vez mais eficazes tratamentos existentes.

O que é que pode causar uma disfunção erétil?
A função erétil requer uma sequência de acontecimentos, o que significa que a disfunção erétil pode surgir sempre que houver interrupção ou perturbação de qualquer deles. Vimos que é a nível cerebral que os estímulos sensoriais passam a integrar os afetos, as memórias, os conhecimentos e as fantasias. É exatamente nesta fase do processo sequencial que qualquer dificuldade ou perturbação na integração de qualquer um dos fatores referidos, determinará uma causa psicológica de DE. Por exemplo, uma desastrosa prévia experiência sexual, registada no hipocampo, pode perturbar o estímulo sensorial, diminuindo a sua atividade.

Cerca de 10 a 20% dos casos de disfunção erétil devem-se exclusivamente a fatores psicológicos. Entre eles encontram-se a ansiedade, a depressão, a falta de autoestima, o sentido de culpa, o medo de falhar. Mas a maior parte dos fatores psicológicos existe em associação com as causas orgânicas ou, melhor dizendo, surge como reação secundária às causas físicas. Esse grupo pode atingir 80% das situações.

As causas físicas são principalmente de dois tipos: neurológicas, como por exemplo os casos de interrupção da condução nervosa periférica por cirurgias radicais de remoção do reto, da próstata e da bexiga, ou vasculares, quando a circulação sanguínea do pénis está perturbada.

A causa mais frequente de disfunção erétil é precisamente a insuficiência arterial, que é responsável por cerca de 60-70% das causas orgânicas de disfunção. Uma série de doenças crónicas - aterosclerose, hipertensão, diabetes, alcoolismo, tabagismo - provoca alterações da parede dos vasos sanguíneos, obstruindo o seu interior ou diminuindo a elasticidade da sua parede. Isso pode determinar uma diminuição do aporte sanguíneo.

Menos frequente é a insuficiência venosa, que acontece em cerca de 20% dos casos orgânicos de disfunção erétil e pode dever-se a malformação congénita ou a lesões tardias. Quando a anomalia venosa é congénita as queixas são muito precoces, frequentemente desde a adolescência. Se são lesões tardias geralmente encontramos uma história de diabetes, excesso de tabaco, doença de Peyronie ou, simplesmente, não encontramos qualquer explicação.

As causas endocrinológicas, não considerando a diabetes, são responsáveis por apenas cerca de 5% das disfunções. As situações mais relevantes são devidas a problemas da hipófise, do testículo, da tiroideia ou simplesmente devidas a alterações intrínsecas do envelhecimento que se repercutem no sistema hormonal.

Outra causa muito frequente de disfunção erétil é a tóxica e a medicamentosa. Pode estar presente em cerca de 25% das perturbações erécteis. Para além das drogas ilícitas, onde dominam a cocaína, a heroína e o ecstasy, encontram-se os anti-hipertensores, os anti-histamínicos, os antidepressivos, os supressores do apetite e os anti-ulcerosos pépticos.

Como se diagnostica a disfunção erétil?
Para determinar o tipo e grau de DE é muito importante conhecer a história do doente, realizar exames físicos e laboratoriais, estabelecer uma avaliação psicológica e endocrinológica e, caso necessário, realizar testes mais específicos.

A história do doente, a começar pela caracterização sumária do envolvimento social, inquirindo a idade, as habilitações literárias e profissionais, estado civil, idade da mulher, número de filhos, onde habita, com quem vive, o modo como vive é muito importante. Depois, interessa caracterizar os antecedentes de doença.

Como se trata a disfunção erétil?
Uma regra básica da terapêutica da DE impõe que se tentem sempre medidas menos invasivas antes de se avançarem para medidas mais invasivas. Assim, a terapêutica da DE pode ser classificada em três níveis, baseados não só na agressividade da terapêutica, mas também em critérios práticos de quem deve prescrevê-la e executá-la.

As chamadas terapêuticas de primeira linha são aquelas que podem ser prescritas por qualquer médico, desde que bem conhecedor da DE e dos tratamentos que prescreve.

As terapêuticas de segunda linha, reservadas para situações mais graves ou que não melhoraram com as terapêuticas de primeira linha, estão vocacionadas para serem prescritas e/ou administradas por sexólogos e andrologistas.

A terceira e última linha terapêutica, para situações ainda mais graves, é exclusivamente constituída por técnicas cirúrgicas.

Nuno Monteiro Pereira in Revisitar as Disfunções Sexuais Masculinas

Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Ébola:
O método da Organização Mundial de Saúde de apresentação dos casos de Ébola, em balanços acumulativos, foi criticado em Davos...

“É inútil dizer que há tantos casos confirmados e mortes desde o início da epidemia, o que é preciso é saber quantos casos por semana, é o único método para compreender a evolução da doença”, declarou Hans Rosling, professor de saúde pública na Suécia.

Rosling trabalha sobre o Ébola com o Ministério da Saúde da Libéria, um dos três países mais afectados pelo vírus, juntamente com a Serra Leoa e com a Guiné-Conacri.

“Desde 1 de Janeiro de 2015, contamos cerca de um caso de Ébola confirmado por dia” na região, adiantou, comparando com Agosto quando se registavam 20 casos por dia.

O professor sueco chamou ainda a atenção para a necessidade de enviar especialistas em doenças epidémicas para a região.

“Enviar pessoas sem experiência para o terreno não é útil”, disse.

O coordenador da ONU para a luta contra a epidemia, David Nabarro, indicou no mesmo debate que a região precisava “de seis dezenas de especialistas em coordenação, africanos”, para optimizar todos os programas de ajuda em curso.

 

Banco Mundial reduziu estimativa de prejuízo económico da epidemia

O Banco Mundial (BM) reduziu a sua estimativa do prejuízo económico da epidemia de Ébola, mas alertou que os três países africanos mais afectados ainda terão de suportar um custo elevado.

Num relatório divulgado na terça-feira, o BM indicou que a epidemia custará este ano 6,2 mil milhões de dólares (5,3 mil milhões de euros) aos países da África subsaariana, quando numa estimativa divulgada em Outubro referia o valor de 25 mil milhões de dólares (21,5 mil milhões de euros).

“A eventualidade de uma propagação além dos três países afectados e o seu custo económico são agora muito mais baixos do que o que se temia graças às acções intensivas dos países e da comunidade internacional”, disse a instituição.

“Atingidos em cheio” pelo vírus do Ébola, a Guiné-Conacri, a Serra Leoa e a Libéria vão continuar a pagar este ano um pesado custo, calculado no total pelo BM em 1,6 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros).

De acordo com o relatório, a Serra Leoa será o país mais afectado economicamente, com um custo de 920 milhões de dólares (794,7 milhões de euros), seguido da Guiné-Conacri (540 milhões de dólares ou 466 milhões de euros) e da Libéria (180 milhões de dólares ou 155 milhões de euros).

Como em 2014, a epidemia da febre hemorrágica deve igualmente amputar as perspectivas de crescimento dos três países. Para a Serra Leoa, é esperada para este ano uma recessão de 3%, quando antes do início da crise estava previsto um crescimento de 8,9%. A Guiné-Conacri deve ter uma recessão menor (-0,2%), enquanto a Libéria poderá crescer 3%, segundo o BM.

“Até atingirmos o objectivo de zero casos de Ébola, o risco de um grave impacto económico para os três países continua inaceitavelmente alto”, considerou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, citado num comunicado.

A epidemia de Ébola, que causou perto de 8.500 mortos desde há um ano, a grande maioria na África Ocidental, parece registar um ligeiro declínio, revelou recentemente a Organização Mundial de Saúde.

No Porto
Especialistas mundiais reúnem-se no sábado no Porto para debater os avanços terapêuticos na síndrome de Morquio tipo A, uma...

Elisa Leão Teles, coordenadora do encontro e directora da Unidade de Doenças Metabólicas do Centro Hospitalar de S. João, Porto, disse que a nova e única terapêutica foi aprovada a nível europeu pela Agência Europeia do Medicamento em Abril de 2014, mas em Portugal o processo de disponibilização com reembolso está em curso, aguardando parecer do Infarmed.

“Esta terapêutica é de administração exclusivamente hospitalar, semanalmente, por via endovenosa, em regime de hospital de dia. Tal como outras terapêuticas lisossomais, tem um custo muito elevado, com reembolso total”, acrescentou.

Elisa Teles explicou que a síndrome de morquio é “uma doença hereditária do metabolismo, extremamente rara, crónica, progressiva, debilitante e com morbilidade e mortalidade aumentada”. Normalmente é diagnosticada no início da infância, sendo cada indivíduo afectado de forma distinta e com taxas variadas de progressão da doença e envolvimento dos órgãos.

A síndrome pode resultar em complicações músculo-esqueléticas levando a uma estatura baixa, bem como problemas potencialmente graves a nível cardíaco, pulmonar, sistema nervoso, olhos, ouvidos, nariz e garganta, fígado e dentes. A nível cognitivo, as capacidades dos doentes são normais.

“Chegamos finalmente a outra possibilidade de terapia, que é a terapia enzimática de substituição, isto é colocar no organismo do doente a enzima que lhe falta melhorando-lhe a resistência e a capacidade de marcha”, explicou a especialista.

Até há cerca de um ano, além das correcções cirúrgicas, havia apenas um tratamento sintomático para estes doentes, tentando abreviar a sintomatologia, nomeadamente a dor óssea e articular, que é uma característica destes doentes.

“É um passo grande”, considerou, referindo que aquilo que se pretende no encontro de sábado, na Fundação de Serralves, é “reunir os peritos internacionais com os peritos nacionais, alertar e orientar relativamente ao diagnóstico e à monitorização e tratamento do doente”. A coordenadora da reunião salientou que estes doentes quando diagnosticados devem ser dirigidos para unidades de doenças metabólicas, com equipas multidisciplinares alargadas.

Um novo bloco ou uma deslocalização dos serviços
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, comprometeu-se com a ampliação das urgências do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra),...

Paulo Macedo falava durante a assinatura de um protocolo para a construção de quatro centros de saúde no concelho de Sintra, adiantando que "o hospital de Amadora-Sintra é um excelente hospital em termos técnicos", admitindo, no entanto, que os serviços de urgência têm dificuldades em dar resposta.

"Aquela urgência, tal como está a funcionar, precisa claramente de uma ampliação. Esse projecto foi pedido pela Administração Regional de Saúde (ARS) ao conselho de administração", revelou o ministro da Saúde, acrescentando que a solução passará por "um edifício novo ou uma deslocalização" da urgência, para outra zona da unidade.

O governante reconheceu que, independentemente de problemas de recursos humanos pontuais, a urgência do Amadora-Sintra, "como está planeada há mais de uma década, só dá resposta com macas, fora dos sítios onde elas devam estar".

A autarquia de Sintra assinou com a ARS de Lisboa e Vale do Tejo um protocolo para a instalação de quatro unidades de saúde no município, em Algueirão-Mem Martins, Queluz, Almargem do Bispo e Agualva. A câmara de Sintra, presidida por Basílio Horta e a ARS comprometem-se a promover uma parceria na qual o município cede gratuitamente, em regime de direito de superfície, o espaço para a instalação de uma Unidade de Saúde em Algueirão-Mem-Martins, nos terrenos da antiga fábrica da Messa.

Esta nova unidade vai substituir a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Algueirão, a Unidade de Saúde Familiar Natividade (Ouressa), a Unidade de Saúde Pública Sintra, a Unidade de Cuidados na Comunidade Cruzeiro e o Espaço Jovem.

A futura unidade de saúde de Queluz será instalada na antiga Escola Básica D. Fernando II, em substituição da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Lusíadas.

A nova unidade de saúde projectada para Almargem do Bispo irá substituir a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados - pólos de Almargem do Bispo, Sabugo, D. Maria e Negrais.

A unidade de saúde em Agualva vai substituir a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Agualva, tal como as restantes em terreno cedido pelo município, mas a sua concretização fica adiada para 2016.

Paulo Macedo garantiu ao presidente da Câmara de Sintra que "não haverá qualquer fecho de centro de saúde sem plano de substituição".

Através de contrato-programa, a assinar posteriormente, a ARS compromete-se a financiar "até ao limite de 70%" do valor de cada uma das empreitadas para instalação das unidades de saúde, com excepção da unidade de Agualva, assegurando o município "o pagamento do valor remanescente", ou seja, os restantes 30%.

A autarquia, em comunicado, adiantou que o investimento "ronda os 7,9 milhões de euros, nos quais a câmara participa com cerca de 2,4 milhões de euros, a que acresce a cedência dos terrenos".

"Os centros de saúde vão começar a ser construídos este ano e deverão abrir em 2016", apontou o presidente da autarquia, Basílio Horta, assegurando que a unidade de Agualva não será esquecida e também vai ser construída com apoio municipal.

Elementos da Comissão de Utentes da Saúde de Sintra manifestaram-se em frente ao Palácio Valenças, onde decorreu a assinatura do protocolo, empunhando cartazes onde se lia "Por um hospital público em Sintra" e "Sintra, 160 mil utentes sem médico".

Assinala-se a 15 de Fevereiro
Duas equipas de enfermeiros perioperatórios do Hospital de Santo André, unidade de Leiria do Centro Hospitalar de Leiria,...

As sessões de informação decorreram de 7 a 9 de Janeiro, e deram a conhecer as funções de cada um dos enfermeiros em ambiente cirúrgico, no âmbito do Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório, que se assinala a 15 de Fevereiro.

Os profissionais de enfermagem recriaram uma sala de operações onde simularam uma intervenção cirúrgica à apendicite do João, um menino imaginário de cinco anos. Numa dinâmica de vinte minutos foi possível compreender na prática as funções do cirurgião, do anestesista, dos enfermeiros (de anestesia, circulante e instrumentista) e do assistente operacional, para um procedimento seguro e de qualidade.

O objectivo desta dinâmica foi dar visibilidade à enfermagem perioperatória, com a promoção do conhecimento e informação, através da proximidade dos cidadãos mais pequenos com o ambiente cirúrgico, mostrando às crianças a importância e a missão dos enfermeiros perioperatórios numa sala de operações, ainda que a fingir, na medida em que asseguram a qualidade e segurança do doente durante todo o procedimento cirúrgico, e fomentam a humanização dos cuidados, com o esclarecimento de dúvidas e a amenização dos medos.

Para assinalar o Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório, a Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP) promove um concurso nacional de desenho dirigido às crianças, subordinado ao tema “A representação que as crianças têm do Enfermeiro de Bloco Operatório”.

Em Leiria, esta iniciativa está a ser desenvolvida em parceria com o Centro Hospitalar de Leiria (CHL), que desafiou os alunos das oito escolas visitadas a participar.

Todos os desenhos serão expostos no centro comercial Leiriashopping, entre os dias 15 e 21 de Fevereiro, e será atribuído um prémio regional para os três melhores desenhos e um prémio para os três trabalhos que se destacarem a nível nacional.

O enfermeiro perioperatório avalia a necessidade dos cuidados, executa-os, previne complicações e zela pela segurança e conforto dos doentes no período perioperatório. A sua missão é cuidar da pessoa, tendo em conta a sua individualidade e vulnerabilidade, antes, durante e após a cirurgia.

Ordem dos Enfermeiros/Norte favorável
O presidente da secção regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, Jorge Cadete, manifestou-se favorável à parceria com o poder...

“É uma boa medida mas, tal como dizem os autarcas, tem de ser acompanhada do devido financiamento. Esse acompanhamento tem de ser previsto de forma a tornar sustentável esta passagem de competências”, disse.

Segundo um documento do Governo sobre as competências a descentralizar na área da saúde, os municípios podem participar na "definição dos períodos de funcionamento e cobertura assistencial, incluindo o alargamento dos horários de funcionamento das unidades funcionais dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES)".

A delegação de competências nos municípios será desenvolvida através de "contratos inter administrativos" nas áreas da educação, saúde, segurança social e cultura, mas segundo o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, médicos e enfermeiros, à semelhança de professores, não serão abrangidos pelo novo regime.

No regime de delegação de competências nos municípios e entidades municipais aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros está previsto o alargamento do horário dos centros de saúde, em função das necessidades locais.

Para Jorge Cadete, “se houver uma maior proximidade em termos vigilância e protecção da saúde evitam-se muitos agravamentos do estado de saúde e evitam-se muitas idas às urgências”.

“Se o cidadão apresenta problemas ao nível de respostas de saúde, o autarca está, melhor do que ninguém, posicionado para encontrar as melhores soluções e se essas soluções forem encontradas numa estratégia de melhor parceria com as organizações de saúde é uma mais-valia”, considerou.

Contudo, frisou, “não vale só descentralizar, é necessário que esta devolução de competências seja devidamente suportada financeiramente. Quem tem a ganhar é o cidadão”.

Nos recursos humanos da saúde, os municípios poderão assumir o "recrutamento, gestão, alocação, formação e a avaliação do desempenho" de técnicos superiores, técnicos superiores de saúde, técnicos de diagnóstico e terapêutica e assistentes técnicos e assistentes operacionais, segundo o documento.

Além da articulação com os ACES na adaptação ou alargamento do horário dos centros de saúde, "em função das necessidades locais", respeitando os períodos mínimos previstos na lei, os municípios devem promover "intervenções de apoio domiciliário" e de "apoio social a dependentes".

O presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros defendeu também um maior investimento na rede de cuidados continuados como uma das medidas para resolver a situação nas urgências.

Para Jorge Cadete, grande parte dos problemas surgem porque não existem camas para internar os doentes que necessitam de maiores cuidados, mas considerou que “o recurso aos privados deve ser analisado com cuidado”.

“Teria de haver estratégias e planos de contingência para que quando houvesse este aglomerado de doentes pudesse haver abertura de camas. Reforçar a rede de cuidados continuados seria uma resposta”, disse.

O primeiro no norte do país
O primeiro centro de actividades ocupacionais do norte do país destinado a jovens com o Síndrome de Asperger vai começar a...

Segundo a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), o novo espaço localiza-se na freguesia de Valpedre e está equipado para proporcionar actividades a jovens autistas de elevada funcionalidade. "Estamos muito contentes com o espaço e reconhecidos à câmara de Penafiel", disse António Sousa Vieira, director da delegação Norte daquela associação. E acrescentou: "Quero agradecer ao Município de Penafiel pela cedência deste espaço e pela contribuição necessária à sua remodelação. Desde o primeiro momento acarinhou este projecto e contribuiu para a sua concretização, reforçando esta mais-valia para a região".

O equipamento vai começar a funcionar com três utentes, mas a expectativa da associação é que até ao final do ano se possa chegar aos 12. A dificuldade actual, explicou, é que ainda não foi possível fazer protocolos com a Segurança Social, o que onera o custo do serviço. Quando tal acontecer, previu, aumentará rapidamente o número de utentes.

O centro de actividades pode acolher até 20 jovens, mas essa capacidade revelar-se-á insuficiente para as necessidades da região norte. Por isso, assinalou o dirigente, são necessários mais equipamentos no norte, incluindo na região do Porto.

A Síndrome de Asperger é uma perturbação neuro-comportamental de base genética e pode ser definida como uma perturbação do desenvolvimento que se manifesta por alterações sobretudo na interacção social, na comunicação e no comportamento.

Calcula-se que em Portugal existam cerca de 40 mil portadores de Síndrome de Asperger, afectando maioritariamente os rapazes.

O centro de actividades ocupacionais de Valpedre tem uma ocupação máxima de 20 utentes, jovens e adultos, com idades superiores a 18 anos. Treino de competências pessoais e profissionais, informática, artes plásticas, natação, agricultura e jardinagem e saídas de grupo são algumas das actividades previstas para aquele equipamento.

Para Antonino de Sousa, presidente da Câmara de Penafiel, o centro constitui "um desafio que marca pela diferença e demonstra a cidadania da nossa região".

"Mostramos, mais uma vez, que em Penafiel vemos a inclusão social como uma das grandes prioridades", assinalou.

Protocolo de cooperação
Cerca de 73 mil embalagens de uma lista de 236 medicamentos deverão ser doadas ao longo deste ano a São Tomé e Príncipe, na...

A ideia do protocolo surgiu em Dezembro, após a tomada de posse do novo Governo são-tomense, que solicitou a Portugal, através do Infarmed, "apoio para viabilizar uma doação de medicamentos destinados ao Hospital Central Dr. Aires de Menezes", em São Tomé e Príncipe, disse fonte da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

De acordo com a mesma fonte, "a doação em apreço respeita apenas a medicamentos a doar pela indústria farmacêutica", mas "o Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe anexou uma lista de outros materiais hospitalares que, porventura, podem fazer parte do portfolio de algum dos laboratórios doadores".

Em termos de medicamentos, as necessidades, para um ano, são de cerca de 73 mil embalagens de uma lista de 236 medicamentos, "às quais a indústria farmacêutica nacional procurará responder", adiantou o Infarmed, acrescentando que "os doadores prevêem enviar um primeiro contentor para São Tomé e Príncipe no final de Fevereiro".

O transporte marítimo para o país, bem como o desalfandegamento e distribuição de medicamentos vão ficar a cargo do Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe, sendo o principal ponto de armazenamento e distribuição o Hospital Central Dr. Aires de Menezes, de onde os medicamentos devem partir para suprir carências detectadas nos hospitais públicos do país.

O protocolo de cooperação, assinado no passado dia 15, envolveu o Embaixador de São Tomé e Príncipe em Portugal, Luís Guilherme de Oliveira Viegas, em representação do Governo do seu país, o Infarmed, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), a Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (Apogen) e a empresa de distribuição de medicamentos Grupo Rangel.

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