Retrato comparado da realidade ibérica
Enquanto os espanhóis deverão continuar a aumentar até aos 47,6 milhões em 2080, os portugueses poderão estar reduzidos a 7,1...

A população portuguesa está mais envelhecida do que a espanhola e tem uma menor esperança de vida à nascença, segundo o retrato comparado da realidade ibérica que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta terça-feira.

No retrato comparado, ressalta que as espanholas adiam mais do que as portuguesas o momento de ter o primeiro filho. Do lado de lá da fronteira, o risco de pobreza entre os jovens é mais elevado do que cá: 34,8% contra 28,4% em Portugal. Ambos os países têm menos casas ligadas à Internet do que a média da União Europeia, escreve o jornal Público na sua edição digital.

As projecções demográficas actuais estimam que em 2080 os portugueses terão decrescido dos actuais 10,5 milhões para apenas 7,1 milhões. Ao contrário, em Espanha a população deverá aumentar de 46,7 para 47,6 milhões. As taxas de crescimento dos dois países têm registado quebras acentuadas, mas enquanto Espanha registou uma quebra de -4,7% em Portugal essa quebra já era, no mesmo ano, de -5,7%.

Por cá, há mais bebés a nascer fora do casamento: 45,6% em 2012, contra os 35,3% de Espanha. Portuguesas e espanholas partilham também o facto de, no período compreendido entre 2004 e 2013, virem a adiar continuamente o momento em que têm o primeiro filho. Apesar disso, as espanholas têm-no numa idade mais avançada: 30,4 anos em média, em 2013; contra os 29,7 anos em Portugal.

Os espanhóis ganham aos portugueses na esperança de vida à nascença. Em Espanha era, em 2012, de 79,5 anos para os homens e de 85,5 anos para as mulheres. Quanto aos portugueses, ficavam-se nesse mesmo ano nos 77,3 anos para os homens e nos 83,6 anos para as mulheres. Do mesmo modo, a esperança de vida saudável aos 65 anos era, em 2011, mais elevada em Espanha para ambos os sexos (homens 9,7 anos; mulheres: 9,2 anos). Já os portugueses podem após os 65 anos de idade contar com mais 7,9 anos de vida saudável, no caso dos homens, e de 6,4 anos no caso das mulheres.

A educação, mais concretamente o abandono escolar, é o campo em que os portugueses se saem melhor neste retrato comparado. Apesar de ambos os países registarem diminuições contínuas nas taxas de abandono escolar, Portugal regista quer a descida mais acentuada (39,3% em 2004 e 18,9% em 2013) quer o valor mais baixo, já que em Espanha essa taxa era em 2013 de 23,6%.

Ao mesmo tempo, Portugal registou um aumento mais acentuado nas taxas de escolaridade do nível superior, ou seja, passou de 16,3% em 2004 para 30% em 2013. Porém, em Espanha os valores foram sempre superiores, quer em relação a Portugal quer em relação à média europeia. Por outro lado, há mais portugueses do que espanhóis a irem estudar no estrangeiro: 4,9% contra 1,5%.

Um denominador comum aos dois países é o elevado preço que as respectivas populações pagam pelas comunicações e que, segundo o INE, é “bastante acima” da média europeia. Tal poderá ajudar a perceber por que é que a proporção de alojamentos com ligação à Internet seja inferior à verificada no conjunto da União Europeia quer em Portugal quer em Espanha. O destaque do INE aponta valores próximos dos 62% em Portugal e 70% em Espanha, contra os 79% da União Europeia.

Em termos de pobreza, as estatísticas relativas a 2012 mostram que 25,3% dos residentes em Portugal e 28,2% dos residentes em Espanha se encontrava em risco de pobreza ou exclusão social. Mas convém aqui lembrar que esta taxa representa a proporção de indivíduos com um rendimento abaixo dos 60% do rendimento nacional mediano. Como este, tal como o salário mínimo nacional, é em Portugal bastante mais baixo do que em Espanha, é também menor a percentagem de indivíduos que ficam abaixo dessa linha.

Ano de 2014
Euros. Esta foi a palavra que mais se destacou nos meios de comunicação portugueses durante o ano de 2014.

A Cision elaborou um estudo com a finalidade de apurar as palavras que mais se destacaram na agenda mediática nacional, no ano de 2014 e, entre estas, as que mais vezes foram utilizadas. Através do algoritmo Cision de análise textual foi encontrado um conjunto de palavras que mais se notabilizaram nos órgãos de informação. Estas palavras foram posteriormente sujeitas a uma pesquisa para se chegar ao número final de referências de cada uma delas nos órgãos de comunicação social. Desta forma, foi possível estabelecer um ranking das palavras mais mediáticas do ano de 2014.

A palavra “euros” foi, entre as mais proeminentes, a mais referenciada em artigos noticiosos, com o impressionante registo de 618.527 referências. Nesta lista de palavras notáveis seguiram-se as palavras “governo”, com 491.996 referências, “milhões”, com 451.389 referências, e “mundial”, com 321.803. Esta última foi em muito impulsionada pelo Mundial de Futebol do Brasil, decorrido no último Verão. Ficou a cargo da “Europa” fechar o Top 5, com 314.321 registos apurados em artigos noticiosos.

Comprar, vender, investir, dever, emprestar são acções que convergem na palavra mais mediática do ano. Em “euros” funciona a economia nacional e a proeminência desta palavra nos órgãos de comunicação social parece indiciar que o principal foco da agenda mediática nacional, em 2014, foi mesmo a economia. A relevância dada à palavra “euros” por parte dos media nacionais parece consentânea com uma das fontes de maior preocupação da sociedade portuguesa actual.

No ranking seguem-se as palavras “futebol”, “saúde”, “política”, “Benfica” (o campeão em título na modalidade de futebol) e, a fechar este ranking, surge a palavra “banco”. A situação ocorrida no BES foi decisiva para que esta palavra se destacasse como uma das mais proeminentes nos media portugueses em 2014.

Relativamente à política nacional, as palavras que mais se destacaram nos media a seguir a “governo” foram as palavras “PS” e “PSD”. No desporto, Benfica, Sporting e FC Porto dominaram as atenções, com os três clubes a somarem um total de 546.969 referências.

Quando a observação se cinge a palavras que definem grandes temas o “futebol” destaca-se, relegando as palavras “saúde” e “política” para 2º e 3º lugares.

A título de curiosidade, o dia 21 de Novembro marcou decisivamente a entrada de uma palavra na agenda mediática. A palavra “Sócrates” registou, nas últimas semanas, um aumento exponencial em termos de visibilidade nos meios de informação nacionais. Mais do que qualquer outra. Em pouco mais de um mês, esta palavra obteve mais de 40.000 referências. Se o período de análise se resumisse ao mês de Dezembro, “Sócrates” teria sido a palavra que lideraria o ranking.

O objecto de análise deste estudo, realizado pela Cision - líder global em serviços e software de pesquisa, monitorização e análise de media - são todas as notícias veiculadas no espaço editorial português, em mais de 2000 meios de comunicação social (televisão, rádio, online e imprensa).

O período temporal sobre o qual incidiu o estudo foi o período decorrido entre os dias 1 de Janeiro e 29 de Dezembro de 2014, num total de mais de 7 milhões de artigos analisados.

 

Estudo conclui
Um estudo da Universidade de Zurique revelou que o cérebro humano está a adaptar-se à tecnologia dos smartphones touchscreen.

A Universidade de Zurique levou a cabo um estudo com uma amostra de 37 voluntários para perceber as diferenças entre os utilizadores de smartphones e os utilizadores de telemóveis convencionais. Dos 37 sujeitos estudados, 26 eram utilizadores de smartphones touchscreen e apenas 11 utilizavam modelos com tecnologia menos avançada. O estudo mostrou que os utilizadores de smartphones têm dedos e polegares mais sintonizados com o cérebro.

As conclusões da pesquisa foram baseadas na medição e registos da actividade cerebral eléctrica através do electroencefalograma (EEG). As leituras do EEG tiveram em conta as mensagens eléctricas enviadas pelos nervos entre o cérebro e as mãos, enquanto os voluntários enviavam mensagens de telemóvel. Esta medição foi feita usando múltiplos eléctrodos colocados na cabeça dos indivíduos.

A partir desta informação, os cientistas reconstruíram uma imagem ou mapa de quanto tecido cerebral está ligado a uma determinada região do corpo. Os resultados revelaram diferenças visíveis entre os utilizadores de smartphones e os utilizadores de telemóveis convencionais, sendo que os primeiros tiveram leituras mais altas de actividade cerebral em resposta ao toque mecânico dos dedos polegar, indicador e médio. Isto parece ter ligação à frequência com que os utilizadores usam os smartphones, pois quanto maior o uso, maior a resposta.

Os investigadores explicam que a descoberta, publicada no jornal Current Biology, faz todo o sentido, uma vez que o cérebro é maleável e pode ser moldado pelas experiências. Por exemplo, a área cerebral que representa os dedos usados para tocar violino era maior nos violinistas do que noutros indivíduos, revela o mesmo estudo.

“Fiquei realmente surpreendido com a escala de mudanças no cérebro introduzidas pelo uso de smartphones”, disse em declarações Arko Ghosh, autor do estudo e investigador do Instituto de Neuroinformática da Universidade de Zurique. O cientista sublinhou que a descoberta mostra como os smartphones se tornaram parte da nossa vida.

Paulo Macedo diz
O Ministério da Saúde vai penalizar as empresas de prestação de serviços que falhem a colocação de médicos nos hospitais e...

As penalizações em estudo passam pelo pagamento de multas ou pela proibição de participação em concursos, além da rescisão de contratos a que já se tem recorrido, apurou o jornal Diário de Notícias (DN).

O Ministério da Saúde vai penalizar as empresas de prestação de serviços que falhem a colocação de médicos nos hospitais e centros de saúde. O incumprimento de contratos, que deixa frequentemente escalas por preencher, está a acontecer em grande parte dos hospitais públicos, que têm pouca margem para as evitar. É o caso do Amadora-Sintra, que lidou recentemente com esperas acima das 20 horas na urgência.

Perante constantes falhas, o Ministério da Saúde disse ao DN que "no âmbito dos novos concursos a realizar, está a estudar medidas que visam assegurar que as empresas prestadoras de serviços cumpram os contratos estabelecidos, sob pena de penalizações para as que entrarem em incumprimento".

A proposta, que irá abranger já os concursos do próximo ano, não está ainda finalizada, mas entre as medidas em estudo estão não só o pagamento de multas dissuasoras, mas também a impossibilidade de participar no concurso seguinte, caso não cumpram o que está estipulado em contrato. O mesmo se passa com as rescisões de contratos, que já vão acontecendo em algumas situações, especialmente com os médicos que faltam.

Infarmed
O número de medicamentos utilizados aumentou 1,5 % em 2014 face ao ano anterior, estimando-se a dispensa de 2 milhões de...

De acordo com um comunicado de imprensa daquela entidade sobre o balanço de 2014, registou-se a dispensa de mais medicamentos que em 2013, com a utilização prevista de 2 milhões de embalagens de medicamentos, o que equivale a um aumento em 1,5% face ao ano anterior, "a preços mais baixos".

Relativamente aos encargos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no mercado de ambulatório, incluindo subsistemas, continuam em linha com os de 2013, rondando os 1.160 milhões de euros.

Por outro lado, "o esforço dos cidadãos" com os medicamentos teve uma redução, estimando-se que os encargos sejam de 696 milhões de euros, ou seja, menos 7 milhões de euros em relação ao ano passado.

Segundo o Infarmed, a comercialização de genéricos cresceu, face a 2013, "para uma quota de 46,3% de unidades de genéricos dispensadas".

"A utilização destes medicamentos permitiu um potencial de poupança de 112 milhões de euros no período de Janeiro-Setembro, estimando-se que atinja os 150 milhões de euros até ao final do ano", é referido no comunicado.

No mercado hospitalar prevê-se uma despesa de 969 milhões de euros, o que representa uma redução de 5,8 milhões de euros face a 2013 para o SNS.

Em 2014 foram ainda aprovadas "22 substâncias activas para utilização em meio hospitalar, representando um aumento de 215% face a 2013, e 22 substâncias activas na área da comparticipação".

"No período compreendido entre Janeiro e Setembro de 2014, a inovação já representava para o SNS um investimento de 142 milhões de euros, valor acima dos 119 milhões de euros investidos pelo SNS em todo o ano de 2013", lê-se na nota do Infarmed.

Quanto à "acção inspectiva", em 2014 realizaram-se 1.358 inspecções a farmácias, distribuidores de medicamentos, fabricantes de medicamentos, entidades do circuito dos produtos cosméticos, entre outros, das quais resultaram 91 processos de contra-ordenação instaurados e 11 participações à Polícia Judiciária.

Mercado será encerrado 21 dias
As autoridades de Hong Kong vão abater hoje 15 mil aves vivas num mercado em Cheung Sha Wan e encerrar o espaço durante 21 dias...

De acordo com o jornal South China Morning Post, as autoridades locais esperam que o abate esteja concluído hoje. O Governo vai também inspeccionar as 27 quintas de criação aviária do território para realizar testes aos animais, avançou o responsável pela segurança alimentar, Ko Wing-man.

"Durante o período em que o mercado de Cheung Sha Wan estiver fechado, a importação de aves vivas da China vai parar", explicou Ko.

As galinhas infetadas faziam parte de encomenda de 1.200 aves da quinta de Huizhou, na província de Guangdong. Ko garantiu que o espaço será sujeito a novas inspecções pelas autoridades do Continente antes de voltar a abastecer Hong Kong.

Tsui Ming-tuen, presidente da Associação de Vendedores de Aves de Hong Kong, manifestou surpresa com o facto de, mesmo com apertada fiscalização, terem sido exportados animais com o vírus H7N9.

Em Janeiro, 20 mil aves foram mortas depois de uma amostra de galinhas de um fornecedor de Guangdong ter testado positivo para o vírus da gripe das aves. Na altura, a cidade esteve três semanas sem comércio de aves vivas.

Os vendedores receberam 30 dólares de Hong Kong (cerca de 3 euros) por cada galinha morta em compensação pelo prejuízo, tal como os criadores por cada ave que não puderam vender devido à suspensão temporária dos mercados.

No domingo, Hong Kong elevou o nível de alerta de gripe das aves depois do internamento de uma mulher em estado crítico. A doente de 68 anos foi hospitalizada no Dia de Natal, duas semanas depois de ter regressado da cidade chinesa de Shenzhen, no sul da China, onde tinha comido carne de frango.

Que iniciam ano comum e especialidade
Cerca de 10% dos médicos que sexta-feira iniciam o ano comum e a formação da especialidade do internato médico são portugueses...

De acordo com a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), vão iniciar sexta-feira o ano comum do internato médico, nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), 1.941 médicos.

Destes médicos, 201 (10,35%) são portugueses licenciados em países terceiros, na sua maioria Espanha (131) e República Checa (48), e 58 têm nacionalidade estrangeira.

Estes clínicos irão ser distribuídos por instituições da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte (685), da ARS do Centro (334), da ARS de Lisboa e Vale do Tejo (667), da ARS do Alentejo (71), da ARS do Algarve (93).

Para unidades de saúde da Região Autónoma da Madeira irão 39 médicos e 52 para a Região Autónoma dos Açores.

No mesmo dia iniciarão o primeiro ano da especialidade do internato médico 1.526 profissionais, dos quais 64 são estrangeiros e 152 (9,9 por cento) são portugueses licenciados em países terceiros, na sua maioria Espanha (77) e República Checa (48).

Estes médicos serão distribuídos por instituições da ARS do Norte (553), da ARS do Centro (244), da ARS de Lisboa e Vale do Tejo (579), da ARS do Alentejo (51), da ARS do Algarve (52), da Região Autónoma da Madeira (24) e da Região Autónoma dos Açores (23).

 

Vagas para internato médico aumentam em mais de 400 desde 2011

Os lugares para ingresso no internato médico aumentaram em mais de 400 vagas entre 2011 e este ano, passando de 1546 para 1950 em 2014, segundo números hoje divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Num comunicado a propósito da contratação de profissionais médicos e da resposta das urgências hospitalares a ACSS lembra que no caso dos médicos o trabalho suplementar/extraordinário pode ir até às 200 horas anuais.

E lembra também que a os cortes na remuneração do trabalho extraordinário vão ter uma recuperação de 20 por cento a partir de dia 01.

No Natal o hospital Amadora-Sintra teve esperas de 20 horas nas urgências, devido a um elevado número de doentes e à falta de clínicos escalados por razões de saúde. O Governo entretanto autorizou os hospitais que necessitem de reforço de equipas a contratar excepcionalmente mais médicos com um valor acima do que está definido na tabela, ou seja, além dos 30 euros à hora.

No documento a ACSS explica que os médicos com mais de 50 anos podem requerer a dispensa do trabalho nocturno e que os com mais de 55 podem requerer a dispensa de trabalhar nas urgências.

Tal faz, diz-se no documento, com que mais de metade dos médicos possam deixar de fazer esses trabalhos, o que levou a que fosse negociado com os sindicatos médicos que essa dispensa das urgências tenha sido prorrogada por dois anos.

“No âmbito do actual processo negocial, iniciado no passado mês de Novembro, esta matéria foi incluída pelo Ministério da Saúde no conjunto de matérias a negociar”, pode ler-se no comunicado.

Quanto ao pagamento de trabalho médico em regime de prestação de serviços o valor estipulado é de 25 e 30 euros, consoante são médicos não especialistas ou especialistas. A lei no entanto admite valores mais elevados “em situações que comprometam a prestação de cuidados de saúde”.

Este ano foram contratados para o serviço nacional de saúde mais 434 médicos e 511 enfermeiros do que em 2013, diz-se no comunicado.

Resultados revelados
O estudo de Fase 3 RA-BEACON do baricitinib – molécula a ser estudada para o tratamento da artrite reumatóide moderada a grave ...

Desenvolvido pela Eli Lilly & Company e a Incyte Corporation, o estudo incluiu 527 doentes com artrite reumatóide moderada a grave que não responderam a pelo menos um tratamento com inibidores de um ou mais factores de necrose tumoral (TNF) e que estavam em tratamento com doses estáveis de fármacos anti-reumáticos modificadores da doença convencionais (cDMARD). As duas empresas irão divulgar os resultados de vários estudos de Fase 3 em curso ao longo de 2015, através de vários comunicados.

De acordo com David Ricks, Vice-Presidente da Lilly e presidente da Lilly Bio-Medicines, “geralmente considera-se que os doentes com artrite reumatóide com uma resposta insuficiente aos inibidores do TNF são os que têm menos probabilidades de responderem a tratamentos subsequentes. Estes resultados reforçam a nossa confiança no potencial de baricitinib como opção terapêutica significativa para todos os que sofrem desta doença debilitante.”

Os doentes receberam uma de duas doses de baricitinib ou placebo uma vez por dia, conjuntamente com a sua terapêutica convencional de base com fármacos anti-reumáticos modificadores de doenças convencionais (cDMARD). A maioria dos doentes que concluiu este ensaio de 6 meses optou por participar num estudo de extensão de longo prazo.

“Estamos muito satisfeitos com estes resultados,” afirmou o Dr. Rich Levy, responsável pelo desenvolvimento de novos medicamentos e Director Médico da Incyte Corporation. “Temos grande expectativa em relação aos dados que vamos receber nos próximos doze meses de outros estudos de Fase 3 de baricitinib na artrite reumatóide, incluindo doentes com uma resposta insuficiente ao tratamento com DMARD convencionais e doentes que se encontram numa fase inicial da doença.”

A incidência de acontecimentos adversos graves com o tratamento com baricitinib, incluindo infecções graves, foi semelhante à do placebo, não tendo sido registadas infecções oportunistas nem perfurações gastrointestinais. Ainda assim, observou-se uma maior incidência de acontecimentos adversos emergentes do tratamento com baricitinib, tais como cefaleias, infecções do tracto respiratório superior e nasofaringite.

Os resultados de vários estudos de Fase 3 que estão actualmente a ser desenvolvidos serão divulgados ao longo de 2015, sendo que está também a ser avaliada a segurança e a eficácia do medicamento num programa amplo de Fase 3 que inclui mais de três mil doentes com artrite reumatóide.

 

Sobre o baricitinib

O baricitinib é um inibidor selectivo das enzimas JAK1 e JAK2 de administração oral uma vez por dia. Conhecem-se quatro enzimas JAK: JAK1, JAK2, JAK3 e TYK2. As citoquinas dependentes da JAK têm sido associadas à patogénese de várias doenças inflamatórias e auto-imunes, o que sugere que os inibidores da JAK podem ser úteis no tratamento de um vasto leque de doenças inflamatórias. O baricitinib demonstra uma potência de inibição da JAK1 e JAK2 aproximadamente cem vezes maior do que da JAK 3 em ensaios de quinases.

Em Dezembro de 2009, a Lilly e a Incyte anunciaram um acordo de colaboração e licenciamento a nível mundial para o desenvolvimento e introdução no mercado do baricitinib e de determinados compostos sucedâneos para o tratamento de doenças inflamatórias e auto-imunes. Actualmente, o baricitinib encontra-se na Fase 3 de desenvolvimento clínico para a artrite reumatóide e na Fase 2 para a psoríase e nefropatia diabética.

 

Sobre a artrite reumatóide

A artrite reumatóide é uma doença auto-imune caracterizada pela inflamação e destruição progressiva das articulações. Existem em todo o mundo mais de 23 milhões de pessoas com artrite reumatóide. Há cerca de três vezes mais mulheres do que homens com esta doença. Tanto os doentes como os médicos sugerem a existência de oportunidades relevantes de melhoria dos cuidados prestados aos doentes. As terapêuticas actuais da artrite reumatóide incluem os anti-inflamatórios não-esteróides, medicamentos anti-reumáticos modificadores da doença de administração oral, nomeadamente o metotrexato, medicamentos e modificadores da resposta biológicos injectáveis dirigidos a determinados mediadores envolvidos na patogénese da artrite reumatóide.

 

Sobre os ensaios de fase 3 do baricitinib

A Lilly e a Incyte estão a realizar quatro ensaios clínicos pivot de Fase 3 do baricitinib em doentes com artrite reumatóide activa moderada a grave, destinados a acompanhar o pedido de autorização às entidades reguladoras da maioria dos países. Foi recentemente iniciado um estudo adicional de Fase 3 de apoio ao desenvolvimento clínico na China. O programa de ensaios clínicos inclui um vasto leque de doentes, entre os quais doentes que nunca foram tratados com metotrexato, doentes com resposta insuficiente ao metotrexato, doentes com resposta insuficiente aos anti-reumáticos modificadores da doença convencionais ou, ainda, doentes com resposta insuficiente aos inibidores de TNF. Espera-se que quatro destes cinco estudos pivot estejam concluídos até final de 2015. Os doentes que completam qualquer um dos cinco estudos de Fase 3 podem entrar num estudo de extensão a longo prazo. Para mais informações sobre este programa de ensaios clínicos, consultar o site www.clinicaltrials.gov

Evitar idas às urgências hospitalares
O Ministério da Saúde deu instruções aos centros de saúde da Grande Lisboa para alargarem os seus horários de atendimento de...

O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando leal da Costa, disse que foram dadas instruções ainda na segunda-feira para que o maior número possível de centros de saúde alargue os seus horários de atendimento a doentes não programados.

Todos os centros de saúde que tenham condições de prolongar o horário devem fazê-lo, embora possa haver unidades que não consigam cumprir esta indicação.

“Determinámos que fosse nos dias 30, 31 e 02 de Janeiro. Poderá ser alargado territorial e temporalmente, mas para já parece-nos razoável seguir este modelo”, acrescentou Fernando Leal da Costa.

O secretário de Estado lembrou que cabe a cada centro de saúde decidir e anunciar aos utentes a sua disponibilidade para alargar o horário.

“Demos uma instrução no sentido de esperar que ela seja cumprida. Espero que as administrações regionais de saúde consigam resolver da melhor forma o problema. Esperamos que os profissionais que estão nestes centros de saúde sintam que é uma hora particularmente difícil para todos aqueles que estão envolvidos no tratamento dos doentes e possam ajudar-se uns aos outros”, afirmou Leal da Costa.

No Natal, o hospital Amadora-Sintra teve esperas de 20 horas nas urgências, devido a um elevado número de doentes com patologia mais grave e à falta de clínicos escalados por razões de saúde.

Para o secretário de Estado Adjunto da Saúde, apesar do “pico excepcional” registado naquele hospital, o Serviço Nacional de Saúde tem mantido “de um modo geral uma muito boa capacidade de resposta”.

O governante recomendou ainda que os utentes devem contactar a linha Saúde 24 antes de se dirigirem a uma urgência hospitalar.

Leal da Costa disse ainda que o Governo autorizou os hospitais que necessitem de reforço de equipas a contratar excepcionalmente mais médicos com um valor acima do que está definido na tabela, ou seja, além dos 30 euros à hora.

“Os hospitais poderão, se necessário, contratar mais médicos, com um valor superior ao definido em tabela, que no nosso entendimento já é um valor muito razoável”, declarou.

No caso do hospital Amadora-Sintra foram já garantidos seis médicos para a urgência até ao dia 05 de Janeiro, a maioria profissionais que não estavam escalados e que assegurarão a noite da passagem do ano neste hospital.

Após longa espera nas urgências
A Inspecção-geral das Actividades em Saúde está a acompanhar o processo de inquérito aberto pelo Hospital de S. José sobre a...

Fonte oficial disse que a Inspecção-geral das Actividades em Saúde (IGAS) está já a acompanhar o inquérito aberto pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), a que pertence o S. José, tendo já pedido o processo clínico do doente.

Em causa está a morte de um homem de 80 anos que terá acontecido após este esperar mais de seis horas, na madrugada de sábado, para ser atendido nas urgências do Hospital de São José, em Lisboa, na sequência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O filho do doente disse na segunda-feira à SIC que o terão mandado ir para fora do local onde se encontrava o pai e que, ao fim de seis horas, terá encontrado o pai morto numa maca no hospital “sem assistência médica” e que junto dele estava “uma ficha em branco”.

Fonte do Centro Hospitalar de Lisboa Central disse que o Conselho de Administração decidiu abrir um processo de inquérito “para apuramento dos factos ocorridos”.

O CHLC disse ainda que “aguarda o resultado da realização de uma autópsia anátomo-clínica”.

Médico ortopedista revela
O uso contínuo de saltos altos pode levar a lesões graves na coluna lombar que representa o eixo de sustentação do nosso corpo....

Luís Teixeira, cirurgião ortopédico afirma que “É muito importante que os saltos altos, primeiro que tudo, concedam estabilidade ao pé para evitar quedas e em segundo lugar que não sejam excessivamente altos (até 3/4 cm aproximadamente) e que correspondam ao número correcto da pessoa - nem acima, nem abaixo - para que o calçado não fique apertado nem folgado.”

O médico fundador do Spine Center, sediado em Coimbra, adianta ainda que os exercícios para os pés são importantes para aliviar as dores: “Nomeadamente os alongamentos dos isquiotibiais (perna) prevenindo cãibras, inchaço e dores. O aconselhável é que mulheres que usam saltos altos todos os dias pratiquem alguma actividade física regularmente e façam alongamentos diários.”

O sapato com salto alto altera a maneira como a mulher anda. Este tipo de calçado força levemente a cabeça para frente e os ombros para trás. A mudança, aparentemente pequena, causa uma angulação diferente na coluna e o resultado pode ser dores no calcanhar, tornozelos, joelhos ou vértebras. “Além das dores, o salto alto favorece a torção do tornozelo e em idosos aumenta o risco de quedas e fracturas secundárias.” Esclarece ainda o médico especialista da área da coluna, recomendando um calçado que respeite o formato dos pés e que evite a compressão sem alterar a forma de andar.

E os modelos dos saltos também podem pesar na equação já que os do tipo fininho “forçam uma maior pressão sobre os calcanhares” enquanto os mais largos são menos prejudiciais. O fundador de um dos centros mais inovadores de tratamento de patologias da coluna vertebral, explica ainda que a mulher que usa saltos diariamente deve, quando possível, retirá-los e apoiar os pés no chão enquanto estiver sentada. Mas, para quem já sofre de dores na coluna, as notícias são menos animadoras, devendo abandonar-se, quase por completo, o uso de saltos e optar por uma terapia como a hidroginástica ou a fisioterapia.

Causa de mais de 1 milhão de consultas por ano nos EUA
Há cuidados no manuseamento da utilização de lentes de contacto que são indispensáveis, pois uma aplicação incorrecta pode...

A utilização de lentes de contacto para a correcção de erros refractivos (miopia, hipermetropia e astigmatismo) é cada vez mais frequente, quer por motivos estéticos, quer pelo facto de poderem ser usadas em situações em que os óculos se tornam incómodos (na prática desportiva, por exemplo). No entanto há cuidados no seu manuseamento que são indispensáveis, pois uma aplicação incorrecta pode provocar infecções e outro tipo de lesões oculares graves, alerta a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

No primeiro estudo epidemiológico conduzido nos EUA sobre este tema, os Centros para o Controlo e Prevenção de Doenças registaram que as infecções oculares são o motivo de cerca de um milhão de consultas por ano. A queratite, uma infecção da córnea que causa dor, inflamação e até cegueira nos casos mais graves, foi a patologia mais observada. Utilizar lentes de contacto é factor de risco mais importante para o desenvolvimento desta infecção.

A SPO recomenda a quem usa lentes de contacto que cumpra de uma forma sistemática os cuidados de higiene aconselhados na manipulação e manutenção das mesmas. A SPO recomenda ainda evitar dormir com as lentes de contacto colocadas, evitar exposições ambientais agressivas e, caso surjam fenómenos de olho vermelho com desconforto associado, a sua imediata remoção.

“Uma utilização desadequada das lentes de contacto pode originar graves alterações nos olhos como lesões ou deformações da córnea, infecções (que podem comprometer a acuidade visual), alergia ou inflamação, alterações na pálpebra, bem como o desencadeamento e/ou agravamento dos sintomas de olho seco”, como refere Pedro Rodrigues, coordenador do Grupo Português de Contactologia e Superfície Ocular da SPO.

O especialista explica que “as lentes de contacto podem ser usadas nos mesmos erros refractivos que os óculos, ou seja, na miopia, hipermetropia e astigmatismo. A satisfação visual é conseguida quando as lentes de contacto estão bem adaptadas e são bem toleradas pelo indivíduo. O campo visual será maior com as lentes de contacto, nomeadamente nos casos de miopia e hipermetropia elevada. A correcção do astigmatismo obriga a uma correcção num determinado eixo, podendo neste caso as lentes de contacto não trazerem vantagem em relação aos óculos, uma vez que estas podem ter alguma instabilidade rotacional provocada pelo pestanejo”

Relativamente às lentes coloridas, utilizadas para modificar a cor dos olhos, Pedro Rodrigues afirma que “não são as mais recomendáveis, já que de um modo geral elas apresentam uma transmissão de oxigénio muito baixa o que poderá aumentar a frequência e a gravidade dos problemas oculares. Não obstante, este tipo de lentes pode ser utilizado na dissimulação de lesões oculares congénitas ou adquiridas.”

Paulo Torres, presidente da SPO, defende que “os utilizadores de lentes de contacto devem ser observados regularmente pelo oftalmologista, de forma a detectar precocemente qualquer alteração ocular. Todo o utilizador de lentes de contacto deverá ter sempre um par de óculos que permita fazer períodos de descanso. É recomendável que a utilização das lentes de contacto não seja superior a oito a 10 horas diárias”.

Novembro registou um aumento
Portugal continua a registar um baixo número de nascimentos. Apesar de tudo, o mês de Novembro registou um aumento de 322 bebés.

O número de crianças nascidas em Portugal continuou a diminuir em 2014, mas o mês de Novembro registou um aumento de 322 nascimentos, em relação ao mês homólogo de 2013, segundo dados do Teste do Pezinho.

Segundo a responsável da Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), Laura Vilarinho, de Janeiro a Novembro deste ano foram rastreados 75.985 recém-nascidos.

Em 2013, e no mesmo período, tinham sido estudados 76.043 recém-nascidos, mais 58 crianças do que este ano.

No mês de Novembro registou-se um aumento de crianças 322 nascidas e rastreadas: 6.683 bebés este ano e 6.361 em 2013.

O Teste do Pezinho é um indicador do número de crianças nascidas em Portugal, uma vez que se trata de uma amostra de sangue colhida no pé da criança entre o seu terceiro e sexto dia de vida. Este exame permite rastrear 25 doenças.

Policia Judiciária
A Polícia Judiciária anunciou que deteve dois médicos por suspeitas de burla ao Estado e por falsificação de receitas, no...

Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) indica que foram detidos dois médicos, de 46 e 65 anos, e que foi apreendida diversa documentação, bem como material relacionado com a prática da actividade criminosa em investigação.

Os médicos foram detidos por suspeitas de crimes de falsificação de documento agravada e burla qualificada. Foram já presentes a tribunal, tendo-lhes sido aplicadas as medidas de coação de inibição da actividade médica, apresentações periódicas às autoridades e proibição de saírem do país.

As detenções ocorrem no âmbito de uma investigação mais vasta em colaboração com o Ministério da Saúde, que decorre desde 2011 e se encontra em fase final, tendo implicado já a detenção de 10 pessoas: seis médicos, dois farmacêuticos, um técnico de farmácia e um empresário do ramo da saúde.

Ao todo, segundo o comunicado da PJ, foram constituídos 16 arguidos e inquiridos 190 utentes. O montante da fraude ainda não se encontra totalmente apurado, mas estima-se que ultrapasse 1 milhão de euros.

Até 5 de Janeiro
O Hospital Amadora-Sintra garantiu seis médicos para a urgência até ao dia 5, a maioria profissionais que não estavam escalados...

Fonte oficial do Hospital Fernando Fonseca, conhecido como Amadora-Sintra, revelou que os esforços com vista à contratação de médicos resultaram em onze clínicos garantidos, dos quais três através de empresas de prestação de serviços e os restantes pertencentes ao corpo clínico da unidade hospitalar.

Estes 11 clínicos irão assegurar uma urgência com seis médicos, número ideal para o “banco” deste hospital, diz a mesma fonte, adiantando que o objectivo da instituição é conseguir oito, tendo em conta o aumento da procura que é previsível acontecer a propósito das festas do final do ano e das condições climatéricas actuais.

A mesma fonte disse que as negociações com as empresas prestadoras de serviços de saúde não foram bem sucedidas, mantendo-se dificuldades na angariação de profissionais por este meio.

Depois das dificuldades de acesso na noite de 25 para 26 deste mês, provocadas pela falta de médicos e por um significativo aumento do número de doentes, o serviço de urgência geral retomou o seu funcionamento normal.

O hospital foi entretanto autorizado a contratar sete profissionais em contrato individual de trabalho e dez médicos em regime de prestação de serviços.

Os profissionais do hospital reiteram o pedido à população servida por esta unidade hospitalar para só se dirigir ao serviço de urgência em caso efectivamente urgente.

Estudo revela
Investigadores revelam que a ingestão de carne vermelha faz o corpo humano activar uma reacção tóxica que faz aumentar a...

Não é nova a ligação que os cientistas tentam fazer entre o consumo de carne vermelha e o aparecimento de cancro. Desta feita, investigadores de uma universidade norte-americana descobriram que a ingestão deste tipo de produto faz o corpo humano activar uma reacção tóxica que faz aumentar a probabilidade de contrair a doença, dá conta o Telegraph citado pelo portal Notícias ao Minuto

A ingestão de carne vermelha está a décadas a ser ligada pelos cientistas de diversas partes do mundo ao surgimento de tumores malignos.

Porém, um novo estudo, realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, dá conta de que, na verdade, a ingestão deste tipo de carne é encarado pelo organismo humano como sendo um corpo estranho, activando, por consequência, uma reacção imunológica.

Os investigadores descobriram que a carne vermelha contém um açúcar que por outros animais mas não pelos humanos, o que desencadeia uma resposta corporal para que este seja eliminado, estimulando a produção de anticorpos que fazem com que haja inflamações que podem, eventualmente, progredir para cancro.

Os testes foram realizados em ratos, estimulando-se o animal a ter o mesmo comportamento que os humanos, verificando-se um aumento espontâneo do número de casos de cancro na espécie. Porém, provar o mesmo facto em humanos poderá ser mais difícil temem os investigadores.

Mas não pense que tem de deixar de comer carne de porco e outras, porque na verdade o que potencia o surgimento desta doença é o facto de haver um consumo exagerado de carne vermelha. No entanto, não deverá ingerir mais do que 70 gramas deste produto por dia.

Centro Hospitalar
O Sindicato dos Médicos da Zona Centro exigiu explicações sobre a contratação de médicos sem concurso público feita pelo Centro...

"Exigimos a publicação da lista de médicos contratados nestas condições, bem como a fundamentação individual para cada caso. É essencial saber que razões foram assumidas como necessárias e suficientes para tão flagrante desrespeito pelo processo regular de recrutamento e se estas configuram verdadeira excepcionalidade ou apenas uma desculpa para a prepotência administrativa", refere um comunicado emitido por aquela estrutura sindical.

Fonte do gabinete de comunicação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) disse numa resposta via correio electrónico, que as contratações "foram ancoradas em razões de grande premência, com carácter excepcional, para obviar a perda de valências cruciais ou a prestação de cuidados específicos".

A mesma fonte adiantou que as contratações foram "solicitadas e fundamentadas pelos respectivos directores de serviço e apoiadas em argumentos que mereceram a concordância da Administração Regional de Saúde do Centro, da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e aprovação superior".

"Pode-se compreender a tentação de facilitar, mas não podemos aceitar a cultura do facilitismo. O recrutamento para acesso à carreira médica deve respeitar obrigatoriamente princípios como a publicidade prévia, igualdade de oportunidades, imparcialidade, boa-fé e não-discriminação", invoca o Sindicato dos Médicos da Zona Centro (SMZC).

O SMZC anunciou ainda que vai confrontar a Administração Central do Sistema de Saúde e o Ministério da Saúde com esta situação e averiguar "do grau de conivência da administração central com esta irregularidade e outras que estejam em curso".

Hospitais
Nas épocas festivas e em Agosto, é quando mais se procura profissionais de saúde, mas os valores de referência pagos a estes...

Os médicos tarefeiros têm recebido salários cada vez mais degradantes, algo que não deveria acontecer pois, em Agosto de 2011, o Ministério da Saúde publicou um despacho que indica o valor a ser recebido por um médico não especialista e especialista era de 25 euros e 30, respectivamente. Mas as empresas têm vindo a baixar os valores e chegam a oferecer 10 a 12 euros por hora, conta o Jornal de Notícias citado pelo portal Notícias ao Minuto.

Ao Jornal de Notícias, o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, revelou que o problema da falta de médicos no Amadora-Sintra tem levado a longas esperas nas urgências nos últimos dias e isto “é apenas a ponta do icebergue”.

A falta de médicos leva a que se contrate por empresas de trabalho temporário, o que acontece muito nestas épocas, e depois não se consegue dar resposta.

“É uma realidade que se vive todos os anos. Os médicos dos quadros fazem as suas férias e depois há que correr ao trabalho temporário. O que acontece é que os preços têm vindo a degradar-se e os médicos prestadores de serviços não têm interesse em trabalhar com valores/hora baixos e carga fiscal agravada”, afirma um responsável de uma empresa de recursos humanos.

Existem 20 empresas legalizadas para responder aos concursos do Sistema Nacional de Saúde, mas nesta altura do ano fica difícil de contratar porque os pedidos são feitos muito em cima da hora e há médicos que não estão interessados no valor prometido.

Conselhos à população
A Direcção-Geral da Saúde emitiu uma recomendação de cuidados extra devido ao tempo frio que se faz sentir em Portugal...

Na sua página oficial da internet, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) recomenda que os equipamentos de aquecimento sejam verificados antes de serem utilizados, que não sejam usados aquecimentos de exterior (esplanadas) em espaços interiores e que, antes de as pessoas se deitarem ou saírem de casa, verifiquem se os aparelhos estão desligados de forma a evitar fogos ou intoxicações.

A DGS recomenda ainda especial cuidado a quem utiliza lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos a gás, pedindo que seja feita a correcta ventilação das divisões de forma a evitar a acumulação de gases nocivos à saúde.

Àqueles que são mais vulneráveis ao frio – crianças, idosos, doentes crónicos, principalmente com problemas respiratórios e cardiovasculares, e sem-abrigo – a DGS recomenda que usem várias camadas de roupa adequadas à temperatura ambiente, além de luvas, gorros, meias quentes e cachecóis de modo a proteger as extremidades do corpo. É ainda recomendado que a população ingira bebidas e alimentos quentes.

As recomendações da Direcção-Geral da Saúde surgem após as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que apontam para uma acentuada descida das temperaturas a partir da madrugada de hoje.

Todos os 18 distritos portugueses estão sob aviso amarelo - o terceiro mais grave de uma escala de quatro - até às 07:00 de quarta-feira, devido à “persistência de valores baixos de temperatura”.

O distrito de Faro encontra-se igualmente sob aviso amarelo entre as 18:00 de hoje e as 15:00 de terça-feira devido à agitação marítima, já que são esperadas na costa Sul ondas de sueste com dois metros.

Para hoje, o IPMA prevê tempo frio e céu pouco nublado ou limpo, com o vento a soprar fraco a moderado do quadrante leste, soprando moderado a forte nas terras altas, em especial até ao meio da tarde, e moderado) na costa sul do Algarve.

Prevê-se ainda a formação de geada e uma descida da temperatura mínima.

Quanto às temperaturas, Lisboa deverá chegar aos 10 graus célsius assim como Évora, enquanto Sagres e Braga devem ser as cidades mais quentes ao chegarem aos 15. Em Leiria são esperados 14 graus de máxima, 13 em Coimbra e Porto,

Em Portalegre são esperados nove graus, enquanto a cidade da Guarda será a mais fria com três graus de máxima e menos cinco de mínimas.

Nos Açores, Santa Cruz das Flores, Horta, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada estão previstos 17 graus de máxima, enquanto na Madeira, o Funchal deverá chegar aos 19.

Investigação revela
Uma investigação realizada no Reino Unido avança que a tosse convulsa poderá voltar em força, sobretudo agora que a bactéria da...

A bactéria da tosse convulsa está a alterar-se, conseguindo desta forma enganar as vacinas que previnem contra a doença, escreve o Diário de Notícias.Quem o afirma é uma equipa de investigadores do Reino Unido, que analisou um surto verificado em 2012 e que também afectou Portugal.

Depois de se pensar que estaria erradicada a doença, os investigadores dizem ter encontrado indícios de que esta pode voltar, deixando um sinal de alarme quanto à possibilidade deste regresso.

No Journal of Infectious Diseases, Andrew Preston, um dos responsáveis pela investigação diz que a bactéria da tosse convulsa está a passar por modificações que lhe permitem escapar à acção das vacinas.

A doença que chegou a ser uma das principais causas de morte infantil antes de haver programas de vacinação, tem tido novos surtos, com picos, tendo o mais recente sido registado em 2012, com casos em vários países europeus, incluindo Portugal, mas também nos Estados Unidos e Austrália.

Por esta razão os investigadores analisaram 10 mil amostras biológicas deste ano, tentando perceber o que estaria a provocar este regresso. As conclusões foram que a bactéria está a mudar, as vacinas estão a falhar e a tosse convulsa pode voltar em 2015.

Esta doença “tem uma natureza cíclica e outra das grandes questões é se vai haver novo surto da doença no final de 2015”, sublinha Preston.

Páginas