Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
A actividade gripal continuou alta, na segunda semana de Janeiro, entre os dias 05 e 11, tal como a mortalidade por "todas...

O boletim, elaborado semanalmente pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), refere, no entanto, que a taxa de incidência da síndrome gripal baixou ligeiramente, face à primeira semana, dos 127,7 casos para os 119,7 por cada 100 mil habitantes, embora mantendo-se acima da "zona de actividade basal".

No período analisado, e no que toca a internamentos hospitalares, foram admitidos seis novos casos de gripe nas 19 unidades de cuidados intensivos que reportaram a informação, o que corresponde a uma taxa de admissão por gripe de 3,0%, "superior à que foi estimada" para a primeira semana de Janeiro.

Segundo o boletim, foi identificado o vírus influenza B em quatro doentes e o influenza A em dois. Um dos pacientes com influenza B morreu. O INSA precisa que, dos seis novos doentes internados, cinco tinham doença crónica subjacente e, dos quatro que se conhece o estado vacinal, nenhum estava vacinado contra a gripe.

O boletim adianta que, até à segunda semana de Janeiro, foram analisados laboratorialmente 263 casos de síndrome gripal, tendo sido detectados 20 casos do vírus influenza do subtipo A (H3), "na sua maioria pertencentes ao grupo genético que inclui estirpes diferentes da estirpe vacinal 2014/2015".

O vírus influenza B "continua a ser o predominantemente detectado desde o início da época de vigilância, totalizando 79% dos casos de gripe", assinala o mesmo relatório.

O Sistema Nacional de Vigilância da Gripe foi activado em Outubro de 2014 e funcionará até Maio de 2015.

A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe é constituída por 16 unidades, na sua maioria de hospitais do continente e das regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Compete a esta rede assegurar a detecção e a caracterização dos vírus da gripe que estão na origem dos casos mais graves da doença.

Coordenador dos estudos da Zona de Emissões Reduzidas
O Coordenador dos estudos da Zona de Emissões Reduzidas diz que “no centro de Lisboa a esperança de vida decai 6 meses, por...

No dia em que entra em vigor uma nova limitação no uso de carros anteriores a 2000 no centro de Lisboa, Francisco Ferreira, professor da Universidade Nova de Lisboa, revela à Rádio Renascença que às urgências hospitalares da capital chegam "muito mais crianças em dias de maior poluição” e que no centro de Lisboa a esperança de vida é menor.

“As pessoas têm que perceber que no centro de Lisboa a esperança de vida decai seis meses, por causa dos elevados níveis de poluição que lá temos”. É desta forma que Francisco Ferreira, professor da Universidade Nova de Lisboa defende a terceira fase do plano Zona de Emissões Reduzidas (ZER).

No dia em que a circulação de veículos anteriores da 2000 fica proibida no centro da capital, o docente revela à Rádio Renascença que “já foram feitos estudos onde se chegou à conclusão de que as urgências [de Lisboa] têm muito mais crianças em dias de maior poluição”.

“Um veículo antigo é capaz de poluir cinco vezes mais, às vezes 15, 20 e até 50 vezes mais do que um veículo recente”, sublinha Francisco Ferreira.

Além disso, sublinha, "a zona onde as restrições são maiores está muitíssimo bem servida de metro, de autocarros. E há já um conjunto de programas que permitem deixar o carro, por exemplo, num estacionamento, seja ele fora de Lisboa, seja ele já dentro da cidade e depois utilizar o transporte público”.

Mais 886 do que em 2013
O Instituto Português de Oncologia do Porto recebeu no último ano 9.329 dádivas de sangue, mais 886 do que em 2013, um aumento...

Também o número de pessoas que doaram sangue pela primeira vez no IPO do Porto cresceu de 1.640 para 2.080, mais 440 novos dadores, um aumento de 27%. Ao longo do ano o IPO do Porto desenvolve um conjunto de acções de apelo à dádiva de sangue. Em 2014, o dia nacional e o dia mundial do dador de sangue, o período de verão, o dia de são Martinho e a época de natal foram “momentos chave”.

O presidente do conselho de administração considera que “a dádiva de sangue é um pilar do IPO-Porto. Os doentes precisam frequentemente de transfusões, pelo que a aposta na sustentabilidade das dádivas está no centro da nossa actuação.

Graças à solidariedade e coragem dos que se dirigem ao IPO-Porto para doar sangue, temos conseguido manter as nossas reservas num nível muito satisfatório”. No IPO do Porto, a recolha decorre de segunda a sexta, entre as 8h30 e as 19h, e ao sábado, das 8h30 às 12h30.

Estudo refere
A serotonina aumenta os níveis de paciência, concluiu um estudo hoje divulgado, que levanta dúvidas sobre o papel do...

O estudo, publicado na revista científica Current Biology, foi feito por um grupo de investigadores da Fundação Champalimaud (Programa de Neurociências), liderado por Zachary Mainen, investigador principal e director do Programa.

Trabalhando com ratos, os investigadores descobriram uma relação de causalidade entre a activação dos neurónios que produzem serotonina e o tempo que esses ratos estão dispostos a esperar por uma recompensa.

“Este estudo permitiu também rejeitar a ideia de que o aumento de serotonina produz um efeito gratificante”, diz um comunicado da Fundação, que cita Zachary Mainen: “Como se pensa que os antidepressivos aumentam os níveis de serotonina, é comum as pessoas assumirem que quanto mais serotonina os neurónios produzirem, melhor se irão sentir. O que os nossos resultados vêm demonstrar é que a história não é assim tão simples”.

Certo é que, como explicou a investigadora e participante no estudo Madalena Fonseca, “o aumento da serotonina aumenta a capacidade de esperar”. Mas alertou que o estudo também não acaba com a ideia de que mais serotonina quer dizer mais bem-estar, apenas “a está a questionar”.

“A ideia de que a serotonina aumenta o bem-estar é baseada no facto de que os antidepressivos (que actuam sobre o acumular de serotonina) melhoram a depressão. Mas não há nenhuma evidência de que a serotonina melhora o bem-estar”, disse.

Da mesma forma, acrescentou, se o aumento de serotonina ajuda na depressão, tal não quer dizer que a falta de serotonina ajude a aumentar a depressão. Este estudo, feito em ratos, como acentuou a investigadora, deixa a ideia de que podem ser “mais complicados” os mecanismos que levam à depressão.

A serotonina, lembra o comunicado, é um neuromodulador químico, alvo de medicamentos antidepressivos, como o Prozac, que são utilizados frequentemente no tratamento da depressão e de outros distúrbios. É produzida por um pequeno conjunto de neurónios localizados numa área do cérebro chamada núcleo da rafe.

No estudo, os investigadores activaram em alguns casos os neurónios produtores de serotonina e desenvolveram uma tarefa para os ratos, na qual eles têm de esperar por uma recompensa. E observaram que, quando esses neurónios eram activados, os ratos ficavam mais pacientes.

O trabalho mostrou também que quanto mais serotonina era produzida, mais tempo os ratos esperavam, mas mostrou que esse aumento não estava associado a uma recompensa (agradável ou gratificante), ou seja, os ratos não ficavam mais pacientes porque estavam recompensados pelo aumento de serotonina.

Com financiamento do European Research Council, este grupo do Centro Champalimaud vai continuar a investigar diferentes aspectos da função da serotonina, afirma-se no comunicado.

A serotonina é um neurotransmissor (uma molécula que ajuda os neurónios a comunicarem), vulgarmente associado ao bem-estar e à actuação no cérebro a níveis como o sono, apetite ou humor. Na internet, por exemplo, não faltam conselhos e ideias para aumentar a serotonina e com ela melhorar o humor. Este estudo vem questionar essa ligação.

Recolher dados oficiais
O Plano Municipal de Combate ao Desperdício Alimentar de Lisboa inclui a criação de um Observatório do Desperdício Alimentar,...

O plano, sem financiamento municipal e considerado pioneiro pelas Nações Unidas, tem como objectivo “agregar vontades, acções e contribuir para a consolidação de uma rede de cooperação entre diversos agentes que actuam no terreno” – recolhendo comida de restaurantes, por exemplo - na luta contra esta problemática, explicou o vereador da Câmara de Lisboa com o pelouro dos Direitos Sociais, João Afonso.

Segundo o vereador, o Comissariado Municipal de Combate ao Desperdício Alimentar (órgão criado para elaborar o plano) agrega mais de 70 parceiros, entre instituições, as 24 juntas de freguesia de Lisboa, o município e todas as forças políticas da cidade, querendo “articular e compensar possíveis falhas para que a rede sirva toda a cidade por igual”.

O vereador João Gonçalves Pereira, do CDS-PP, é o comissário da iniciativa, constituída por cinco grupos de trabalho que se debruçam sobre segurança alimentar, voluntariado, gestão da recolha e distribuição, estrutura da rede e sensibilização.

Os grupos são coordenados por entidades que trabalham contra o desperdício alimentar, nomeadamente a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Dariacordar, a Comunidade Vida e Paz ou a Refood.

“Temos zero cêntimos de orçamento municipal, vamos invocar a responsabilidade social das empresas para esse envelope financeiro”, explicou o comissário do plano, João Gonçalves Pereira.

Os vereadores João Afonso e João Gonçalves Pereira não quiseram avançar quantas pessoas serão ajudadas com esta iniciativa, defendendo que ainda não foram averiguados números concretos.

Porém, a Refood avançou que distribui cerca de mil refeições por dia e, segundo a responsável, a Dariacordar entrega, em média, 26 mil por mês.

João Gonçalves Pereira afirmou ainda que “o mais fácil foi feito até agora”: “Os desafios e as dificuldades vamos encontrar a seguir”, admitiu, referindo-se ao trabalho já realizado pelos grupos ao nível da constituição do plano de combate ao desperdício alimentar, iniciado em Outubro do ano passado.

O vereador João Afonso avançou que o plano deverá extinguir-se em 2016, mas admitiu que poderá estar concluído antes dessa data e que serão feitas reuniões de acompanhamento a cada seis meses.

João Afonso disse ainda que o Comissariado vai “articular este plano com a iniciativa da Capital Europeia do Voluntariado [Lisboa em 2015], para aumentar a visibilidade desta questão”.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) esteve representada na apresentação do plano por Hélder Muteia, responsável em Portugal, que disse que Lisboa é pioneira com este projecto e que o mesmo deveria ser replicado a nível global. Estudos publicados pela Comissão Europeia estimam que sejam desperdiçados entre 30% a 50% dos alimentos comestíveis ao longo da cadeia alimentar, até chegarem ao consumidor.

O Plano Municipal de Combate ao Desperdício Alimentar de Lisboa foi aprovado, por unanimidade, em reunião do executivo, na passada quarta-feira [14 de Janeiro].

Great Place to Work 2015.
A AbbVie Portugal acaba de ser reconhecida como a 5ª Melhor Empresa para Trabalhar em Portugal na categoria entre 100 e 250...

Para Eduardo Leiva, director-geral da AbbVie Portugal, "este prémio é um importante reconhecimento do trabalho feito em apenas dois anos de nossa existência como companhia. Tem sido uma viagem cultural emocionante e que também nos envolveu na revisão dos nossos sistemas e processos para desenvolver o melhor ambiente para apoiar e desenvolver os nossos colaboradores. Agora sabemos que fomos bem-sucedidos e que os nossos funcionários vivem e valorizam a nossa cultura".

Em 2014, a AbbVie em Portugal conseguiu o 2º lugar na competição GPTW, um marco possível através da promoção da excelência no trabalho e de um negócio mais sustentável.

 

Great Place to Work (GPTW) - Liderança 2015

No início de Janeiro, o GPTW também atribuiu à AbbVie em Portugal o Prémio de Liderança, uma distinção que reflecte a satisfação dos funcionários sobre a forma como a companhia é gerida a nível nacional, com um grande impacto no seu sucesso.

De acordo com os resultados dos questionários, os colaboradores valorizam a forma de trabalhar e o facto de todas as ideias serem aceites, até as mais improváveis, o que faz com que se sintam livres para actuar e para contribuir para o sucesso da empresa.

Eduardo Leiva reconhece: “Não existem más ideias porque todas as contribuições podem ser encaradas como oportunidades para desenvolver a ideia certeira”. O responsável explica que na AbbVie “o importante são os colaboradores e, por isso, exerce-se na empresa o esquema de pirâmide invertida, ou seja, os colaboradores estão no topo e as chefias funcionam como suporte e apoio a todo o seu trabalho.”

 

Acerca da AbbVie

A AbbVie é uma empresa biofarmacêutica global, orientada para a investigação, formada em 2013 na sequência da separação dos Abbott Laboratórios. A missão da empresa é fazer uso da sua experiência, da dedicação dos seus colaboradores e da sua abordagem única à inovação para desenvolver e comercializar terapêuticas avançadas que respondam a algumas das doenças mais complexas e graves a nível mundial. A AbbVie emprega cerca de 25 mil pessoas em todo o mundo, comercializando medicamentos em mais de 170 países. Para mais informações acerca da empresa e dos seus colaboradores, portefólio e compromissos, consulte www.abbvie.com.

Ciclo de Workshops de culinária para doentes em diálise
A APIR, em colaboração com a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra e a nutricionista Ana Rita Mira, vai levar a efeito...

Durante o ano de 2015 a APIR, em colaboração com a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra (EHTC) e a nutricionista Ana Rita Mira, vai levar a efeito um ciclo de cinco workshops de culinária destinados a pessoas com Insuficiência Renal Crónica (IRC) e seus cuidadores. O primeiro workshop irá ocorrer no próximo dia 19, segunda-feira, subordinado ao tema “Cozinha de Inverno”.

Os Workshops são gratuitos e terão uma duração total de 3 horas, composta por uma componente teórica de 30 minutos, ministrada pela nutricionista Ana Rita Mira, e por uma componente prática, conduzida pelos Chefs Orlando Castro e Jorge Pardal que, numa cozinha técnica, orientarão os formandos na confecção dos pratos.

Ao longo dos workshops irá sendo dada informação relativa a técnicas de confecção saudável e escolhas alimentares para os doentes renais em hemodiálise, ao mesmo tempo que os participantes poderão colocar as suas dúvidas de modo a tornar o momento mais interactivo entre todos. No final de cada workshop, haverá um momento de convívio e no qual os formandos serão convidados a degustar o menu que foi confeccionado.

A APIR recorda que os conselhos nutricionais sobre a dieta de uma pessoa com IRC são importantes para a sua qualidade de vida, e espera replicar esta experiência noutras regiões do país.

Esta primeira edição do Ciclo de Workshops teve início em Dezembro e destina-se especificamente a doentes em hemodiálise e seus cuidadores, contudo, esta oferta poderá ser alargada em futuras edições a outros grupos de IRC, tais como, IRC estadios 3 e 4, Diálise Peritoneal, transplantados e crianças e jovens.

A importância de uma boa nutrição para um doente com Insuficiência renal Crónica

A IRC caracteriza-se por ser uma doença que apresenta necessidades nutricionais específicas e diferentes ao longo da sua progressão clínica, desde o seu diagnóstico até às terapias de substituição da função renal e transplante. A alimentação ganha, portanto, uma enorme importância na progressão da doença e na manutenção de um adequado estado de saúde e bem-estar do doente. A alimentação tem como objectivo suprir necessidades específicas e, por isso, implica um processo de adaptação do doente a algumas alterações do seu padrão alimentar e da forma como preparam os alimentos. Neste contexto a nutricionista Ana Rita Mira teve a iniciativa de propor esta iniciativa à APIR e à Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, de modo a proporcionar às pessoas a oportunidade de se dotarem da capacidade de fazerem escolhas alimentares mais adequadas e de aprenderem técnicas de preparação e confecção dos alimentos adaptadas às suas recomendações nutricionais, que poderão reproduzir no seu dia-a-dia familiar. De acordo com dados de 2010, na região correspondente à Administração Regional Centro, existem cerca de 1800 doentes em hemodiálise, dispersos por 14 unidades de hemodiálise. Dado o carácter mais regional destes eventos, estima-se que o público-alvo provenha de unidades dos concelhos de Coimbra, Figueira da Foz, Pombal e Aveiro.

“Pretendemos mostrar o leque variado de menus que se podem compor nutricionalmente equilibrados e saborosos, com a enorme variedade de alimentos que temos disponíveis ao longo do ano”, afirma a nutricionista. “Além de tudo isto, dada a componente muito prática dos workshops, testemunhámos que este projecto ganha uma relevância ainda maior pelo momento de convívio e troca de experiências que proporciona entre todos os participantes e os intervenientes, demarcando ainda mais a sua originalidade na área dos cuidados renais em Portugal.”

Para se inscrever nos Workshops de Culinária, até dia 5 de cada mês, referente ao workshop desse mês através de www.apir.org.pt/ - [email protected] – 218 371 654 - 218 370 826 (Fax).

Esclerose múltipla
Esclarecer as dúvidas das pessoas com esclerose múltipla, promovendo a sua integração na sociedade é um dos principais...

Maria de Jesus Bispo, coordenadora da Delegação Distrital de Faro da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) refere que “Este congresso é de extrema importância para os doentes de esclerose múltipla. É o momento em que todos nos reunimos para abordarmos todos os aspectos da doença e percebermos o que podemos fazer para melhorar a vida destas pessoas”.

E acrescenta: “É necessário colocar os doentes em contacto uns com os outros e com os profissionais de saúde, para que possam partilhar as suas experiências, expor as suas dúvidas e, com isso, permitir que giram melhor a sua doença no dia-a-dia e tenham uma vida mais activa e participativa”.

Entre os principais temas a debater no congresso, destacam-se “O Estado da Arte na Esclerose Múltipla”, apresentado pelo neurologista do Hospital de Santa Maria, João Correia de Sá, “A Nutrição e a Esclerose Múltipla”, pela nutricionista Paula Pereira, e “As questões Urológicas”, da responsabilidade da urologista Vanessa Metrogos.

As questões mais abrangentes relacionadas com o dia-a-dia do doente serão apresentadas pela psicóloga do Hospital de Portimão, Verónica Ferreira.

O congresso termina com uma passagem de modelos, que junta pessoas com esclerose múltipla, cujo objectivo é alargar o conhecimento da população sobre doença e envolver os doentes com a comunidade e em actividades desafiantes. O desfile de moda é apoiado pela loja La Dolce Vita, em Almancil. O evento conta com a presença do actor Marco Delgado, padrinho da Delegação de Faro da SPEM.

 

Sobre a esclerose múltipla

A esclerose múltipla afecta mais de 8 mil portugueses. Em todo o mundo são cerca de 2,5 milhões de pessoas com esta doença inflamatória crónica do sistema nervoso central que se manifesta sobretudo em jovens adultos, entre os 20 e os 40 anos de idade, e que interfere com a capacidade do doente em controlar funções como a visão, a locomoção, o equilíbrio e também a parte cognitiva. 

As mulheres têm duas vezes mais probabilidades de desenvolver esclerose múltipla do que os homens e a patologia tem um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes e das suas famílias. Cerca de 85% dos doentes queixam-se de fadiga constante, independentemente do seu grau de incapacidade provocado pela doença, o que interfere com a sua qualidade de vida e produtividade.

 

Sobre a SPEM

A Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que comemora este ano 30 anos de existência e que tem como missão contribuir para a melhoria das condições de vida das pessoas com Esclerose Múltipla e dos cuidadores. Com mais de 2.500 sócios activos, a SPEM, que tem sede em Lisboa, está presente em várias zonas do país (nove delegações e um núcleo) conseguindo chegar a cada vez mais pessoas. A Delegação de Faro presta apoio social aos doentes e suas famílias, dispõe de um centro de convívio, actividades lúdico-ocupacionais, psicologia clínica, hidroterapia, transporte para usufruto dos serviços disponíveis e uma linha de atendimento permanente SOS: 926 005 845.

Médicos rejeitam
Ordem dá parecer negativo a proposta do Ministério da Saúde para ultrapassar dificuldade de resposta nas urgências dos...

A proposta do Ministério da Saúde de alargar as funções dos enfermeiros nas urgências dos hospitais públicos, para colmatar as horas de espera sentidas nas últimas semanas, é considerada “demagógica, inútil e prejudicial” pela Ordem dos Médicos, que rejeita por isso a solução. No parecer negativo, assinado pelo bastonário José Manuel Silva, é argumentado que os doentes urgentes “não são meros protocolos” e que a requisição de exames por profissionais de enfermagem representaria apenas uma “falsa solução”, escreve o jornal Público na sua edição online.

Em síntese, o bastonário resume que a proposta da tutela “mistura e baralha conceitos, irá aumentar a despesa em exames complementares, vai atrasar a aplicação da triagem dos doentes e vai obrigar os doentes a serem submetidos a exames complementares em dois tempos, nada beneficiando de forma substantiva o processo de avaliação e encaminhamento do doente no serviço de urgência”, reiterando que “a única forma de acelerar a observação dos doentes num serviço de urgência é dotando os serviços de urgência dos recursos técnicos e humanos que necessitam, nomeadamente médicos”.

A posição de José Manuel Silva já tinha sido avançada ao jornal aquando do anúncio da proposta do Ministério da Saúde. Na altura, o bastonário, ainda sem avançar as conclusões do parecer final, já alertava que tinha “sérias reservas” sobre a sua eficácia. “Querem pedir análises e RX para todos os doentes que entram na urgência? Peçam. Mas isso terá custos, alguém vai ter de pagar, e não resolve o problema do doente. Só serve para lhe dar a sensação de que fez alguma coisa enquanto espera horas. É um remendo. O essencial para resolver os problemas das urgências é que o doente seja visto por um médico atempadamente, nos tempos definidos”, dizia.

Agora, no parecer sobre a proposta de despacho que o ministério de Paulo Macedo fez chegar à Ordem dos Médicos, começa por considerar “particularmente grave” a ideia de que os enfermeiros venham a poder “implementar protocolos de analgesia”, isto é, controlar as dores dos doentes que chegam às urgências, antes de serem vistos pelos médicos. “Fazer analgesia antes de observação clínica representa um enorme risco para os doentes, podendo mascarar algumas situações potencialmente graves”, explica José Manuel Silva.

A Ordem dos Médicos defende que a Triagem de Manchester, em que os enfermeiros classificam os doentes que chegam aos hospitais de acordo com a urgência dos casos, atribuindo uma pulseira com a cor correspondente (vermelha, laranja, amarela, verde e azul), consiste em aplicar um protocolo elaborado por médicos e que resulta de algoritmos.

Uma forma de trabalhar que consideram que não se pode estender ao pedido de exames complementares de diagnóstico. “É que o pedido de realização de exames complementares de diagnóstico no contexto geral da Triagem de Manchester deverá ser enformado por uma presunção clínica de diagnóstico até porque, estando em causa exames que importam a ofensa à integridade física do doente e que, em alguns casos, importam riscos para essa integridade, os mesmos só devem ser prescritos/utilizados na medida do estritamente necessário e em face de uma hipótese científica e clinicamente fundamentada de diagnóstico”, lê-se no parecer, que questiona ainda se os doentes vão pagar taxas moderadoras destes exames que podem ser desnecessários e qual o impacto na factura do Serviço Nacional de Saúde.

 

“Aparência de que o utente está a ser atendido”

Para os clínicos, o verdadeiro problema das urgências continua a ser a falta de profissionais e de meios, referindo ainda casos de “classificação errada de alguns doentes, com sérios prejuízos para os mesmos”. Por isso, insistem que os pedidos de exames por parte dos enfermeiros poderão atrasar o trabalho dos próprios profissionais de enfermagem nas triagens, sem resolver o diagnóstico. O parecer afirma que se estará perante uma “aparência de que o utente está a ser atendido e a aceder aos cuidados de saúde, quando a observação por um médico continuará a depender dos recursos médicos existentes”. “Verdadeiramente, o que adianta ao doente fazer alguns exames se, durante horas, nenhum médico puder observar o doente e analisar esses exames?”, questiona o bastonário.

A Ordem argumenta que a medicina não pode ser “normalizada” e que, “na esmagadora maioria dos doentes, o que vai acontecer é que, quando por fim tiverem a sorte de chegar a sua vez de serem sujeitos a observação médica, caso não seja já tarde demais, o doente vai ter de repetir a realização de exames complementares, agora adequados aos diagnósticos diferenciais finalmente colocados na sequência da realização da competente história clínica”.

Como medidas, o parecer propõe o reforço dos cuidados de saúde primários, para que os centros de saúde consigam responder a “situações clínicas agudas que sobrecarregam” as urgências, e o reforço de camas hospitalares para descongestionar as das urgências e não esgotar macas, descrevendo uma visita a um hospital em que José Manuel Silva encontrou 52 macas em salas para 17. Apela-se, ainda, a auditorias externas ao funcionamento dos serviços.

Hospital de Coimbra
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra está a desenvolver um “projecto pioneiro” em Portugal, deslocando periodicamente...

Depois de ter ensaiado o projecto, com 10 instituições, durante seis meses, em 2014, o CHUC formalizou os protocolos naquele sentido, que envolvem 22 instituições de apoio social da região de Coimbra.

A adopção deste modelo evita a deslocação dos utentes daqueles estabelecimentos ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), “facilita-lhes a vida” e, sobretudo, permite “gerir a saúde das pessoas no ambiente em que vivem”, sublinhou José Martins Nunes, presidente do Conselho de Administração do CHUC, durante a sessão de assinatura dos protocolos.

“O hospital está voltado para fora, não está à espera dos doentes”, e, “em articulação com as instituições”, está “onde deve estar, onde há pessoas que precisam dele”, sustentou Martins Nunes.

“Do ponto de vista humano e do ponto de vista do tratamento da doença” este procedimento é melhor do que os métodos convencionais, disse Martins Nunes, defendendo que o CHUC dá, assim, “um passo muito importante” para uma “nova maneira de estar com os cidadãos” que necessitam de cuidados de saúde.

“Também na saúde mental, devemos privilegiar o atendimento das pessoas no ambiente onde vivem”, defendeu igualmente, durante a mesma sessão, António Reis Marques, director do Centro de Responsabilidade Integrado de Psiquiatria e Saúde Mental do CHUC.

O novo modelo nunca será, no entanto, adoptado em prejuízo de avaliações, tratamentos ou internamentos no CHUC, que venham a ser considerados necessários pelos profissionais de psiquiatria e saúde mental integrados na Unidade de Gerontopsiquiatria, assegurou Reis Marques.

O CHUC passa, assim, a responsabilizar-se por “um acompanhamento psiquiátrico integral dos utentes” das instituições de apoio social, o qual será prestado por “uma equipa multidisciplinar constituída por profissionais de psiquiatria e saúde mental integrados na valência de gerontopsiquiatria comunitária”, sintetizou o coordenador da Unidade de Gerontopsiquaitria do CHUC, Joaquim Cerejeira.

Uma percentagem significativa de pessoas idosas que frequentam instituições sociais sofrem de “patologia psiquiátrica complexa”, sobretudo de perturbações cognitivas (essencialmente Alzheimer), referiu Joaquim Cerejeira, sublinhando que se trata de uma população especialmente vulnerável e que requer a prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade.

“Parecendo uma atitude simples”, este projecto representa “um passo de gigante” para as instituições e particularmente para muitos dos seus utentes, afirmou Ana Maria Rocha, do Centro Social Paroquial de Seixo de Mira, defendendo que “são passos como estes que são necessários” para os lares e os seus utentes.

O novo serviço dispõe de duas equipas (integradas também por psicólogos e assistentes sociais, além de médicos e enfermeiros), que se deslocam periodicamente (mensalmente em Coimbra, quinzenalmente fora desta cidade) às 22 instituições envolvidas no projecto, que abrange cerca de uma centena de idosos.

O alargamento do projecto a mais instituições, preconizado pelos CHUC, será feito de acordo com a disponibilidade de meios, disse Reis Marques, considerando que este novo tipo de acompanhamento e prestação de cuidados a idosos não implica mais gastos que os métodos convencionais, representa mesmo uma poupança, designadamente no transporte de doentes, exemplificou.

Governo cria equipa
O Conselho de Ministros aprovou hoje uma equipa para estudar um "modelo de governação transversal" aos subsistemas de...

"A revisão do modelo de governação dos referidos subsistemas tem como objectivo promover ou reforçar a sua gestão articulada, aprofundando sinergias e optimizando recursos", veiculou o comunicado do Conselho de Ministros.

Estas sinergias e optimizações de recursos verificam-se nomeadamente "no âmbito da contratação de fornecimentos e serviços, sem que daí advenha a perda de identidade e das características específicas de cada um dos subsistemas", refere o comunicado.

O Conselho de Ministros autorizou ainda a despesa pela Força Aérea de compra de combustíveis de aviação, para este ano.

No comunicado refere-se que "a despesa máxima autorizada é de cerca de 14,6 milhões de euros, com recurso ao acordo quadro celebrado para o fornecimento de combustíveis operacionais, nos termos do código dos contratos públicos".

Pedem concurso adicional
Associações de defesa dos doentes com VIH/Sida contestaram o concurso aberto no final de 2014 para financiar projectos nesta...

As associações Abraço, CASO, GAT, Ser+ e Fórum Nacional da Sociedade Civil VIH/Sida enviaram uma carta ao Director Geral da Saúde e ao Director do Programa Nacional VIH/Sida, na qual manifestam o seu desacordo relativamente ao concurso aberto pela Direcção-Geral da Saúde a 29 de Dezembro de 2014 e pedem um concurso adicional no início deste ano.

O argumento é o de que o concurso não responde “às prioridades identificadas” e subscritas pelas organizações num documento – “Condições e prioridades para os concursos de financiamento de projectos da sociedade civil na área do VIH e Sida, hepatites víricas, tuberculose e IST” - que foi entregue à tutela em Julho do ano passado.

“Este documento e as prioridades e condições para os concursos nele constante, resultantes do consenso das ONG que o elaboraram e subscreveram, foi considerado pelo Director Nacional do Programa como positivo e um guião para o concurso. No entanto, as condições e prioridades definidas, no concurso agora aberto, mostram que as propostas apresentadas não foram contempladas”, explicam as associações em comunicado.

Estes activistas criticam a abertura do concurso no final do ano e com um prazo reduzido, impossibilitando a submissão de candidaturas bem preparadas e fundamentadas e impedindo que as candidaturas aprovadas se iniciem nos prazos estabelecidos.

Além disso, contestam o facto de os concursos anunciados estarem centrados na área do teste, deixando de fora outras prioridades que as associações consideram essenciais, nomeadamente na área da prevenção, discriminação, literacia e adesão terapêutica.

A verba alocada a este concurso, no valor de 1,9 milhões de euros (90% do valor dos projectos) será distribuída por metade de 2015, 2016 e parte de 2017, o que, mesmo considerando os 25% iniciais, significa um montando inferior ao alocado no concurso de 2014 e “muito longe das necessidades quantificadas”, consideram.

Na opinião dos activistas, este concurso é, “tal como o de 2013, uma aquisição de serviços do Ministério da Saúde às organizações não governamentais, com descrição do número de rastreios, áreas de realização e respectivos meios a utilizar mas pago a 90% e não a 100% como nos contratos de prestação de serviços”.

Entre as propostas apresentadas à tutela em Julho do ano passado, as associações reclamam mais dinheiro, abertura do concurso mais cedo e uma avaliação oficial do custo-benefício das intervenções.

As associações deram conhecimento da carta enviada ao secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, ao ministro da Saúde, à Presidente da Comissão de Saúde e ao Grupo de Trabalho VIH/Sida da Assembleia da República.

Estudo projecta
Segundo um novo estudo britânico, o cancro não matará quase ninguém abaixo dos 80 anos dentro de menos de quatro décadas.

A investigação, conduzida pela University College London teve em conta os avanços contínuos na prevenção e tratamento da doença para fazer esta previsão, ao mesmo tempo que aponta uma dose diária baixa de aspirina como a acção mais eficaz de protecção contra o cancro, escreve a revista Visão na sua edição online.

"É realista esperar que em 2050 quase todas as mortes relacionadas com cancro de criança e adultos até aos 80 anos se tenham tornado evitáveis", lê-se no relatório. David Taylor, professor na University College London, considera que "esta é uma projecção do que já está a acontecer".

"O que faz deste um ponte especial na História é que os cancros estão em processo de se tornarem ou preveníveis ou efectivamente curáveis", comenta.

O professor Jack Cuzick, que liderou o estudo, apela aos médicos que se esforcem por assegurar que os seus pacientes tomam diariamente uma dose de 75 mg aspirina, durante uma década, entre os 50 e os 65 anos.

Não fumar e não ser obeso são meios eficazes de reduzir o risco de cancro, lembra o responsável, considerando, no entanto, que aquela dose diária de aspirina é o melhor meio para diminuir o risco da doença.

O uso da aspirina tem sido alvo de vários estudos e discussões entre a comunidade médica e científica, devido ao aumento do risco de hemorragias e úlceras no estômago, mas Cuzick lembra que uma investigação recente concluiu que a aspirina salvava 17 vidas por cada morte que provocava.

"Protocolo Comum de Actuação Sanitária"
O governo espanhol aprovou esta quarta-feira um plano de luta contra a mutilação genital feminina, informou o Ministério da...

"Comprometo-me a cuidar da saúde da(s) menor(es), de quem sou responsável, e evitar a sua mutilação genital, assim como a comparecer para uma revisão no retorno da viagem", afirma o documento que os pediatras deverão fazer os pais assinarem após informá-los"das consequências para a saúde e das consequências legais que acarreta".

Caso os pais se neguem a assinar o "compromisso preventivo", os médicos poderão comunicar o facto à Justiça, "que poderá iniciar o processo para a adopção de medidas cautelares que evitem (a prática)", acrescenta o texto.

O documento faz parte do "Protocolo Comum de Actuação Sanitária", aprovado esta quarta pelo ministro espanhol da Saúde, Alfonso Alonso, e por representantes dos 17 governos regionais, responsáveis pela administração da Saúde Pública. Será aplicado por todos os médicos do país.

"Quase 17 mil crianças correm risco dentro de Espanha de serem vítimas de mutilação genital", relata o documento.

A fundação internacional Wassu-UAB estima que vivam neste país mais de 57 mil mulheres mutiladas, embora não haja registo médico desses casos. No mundo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), estima-se que haja 130 milhões.

Detectar e registar esses casos é um dos principais objectivos deste protocolo. O outro é "a detecção e a intervenção em meninas em risco de sofrer uma mutilação genital", completa a nota.

"Não consta que se mutile em Espanha, mas que se aproveita a viagem que se faz com as filhas. É nos lugares de origem que se pratica a ablação, seja do clítoris, seja dos lábios vaginais", explica Nieves Crespo, responsável pelo programa de prevenção da mutilação genital feminina na União de Associações Familiares, uma das ONGs que participaram da elaboração do protocolo.

No ano passado, vários juízes espanhóis decidiram no passado impedir a saída de menores do país, retirando-lhes o passaporte, para evitar a mutilação.

Estudo
O frio pode, realmente, ajudá-lo a perder peso e para tal basta que desligue o aquecedor que tem em casa, diz um estudo.

Um estudo publicado na revista Cell Metabolism revela que o tempo mais frio é um grande aliado na perda de peso… sem que seja necessário fazer exercício físico.

Segundo a ABC News, a pesquisa baseou-se na comparação de dois grupos de pessoas que foram colocadas perante temperaturas diferentes. O primeiro grupo esteve numa sala ambientada com 18 graus, já o segundo foi colocado numa com zero graus.

Em ambos os grupos, os participantes produziram a hormona Irisina, que converte lentamente o tecido adiposo branco – gordura que armazena energia no corpo – em tecido adiposo castanho – que queima energia para gerar calor. Contudo, os indivíduos que ficaram na sala mais fria produziram, também, a hormona FGF21, que queima calorias de uma forma mais acentuada.

Deste modo, destaca o estudo, os que permaneceram a zero graus e tremeram de frio queimaram cerca de 300 calorias (o equivalente a 30 minutos de corrida) na transição de 50 gramas de tecido adiposo branco em tecido adiposo castanho.

Investigador português
Um investigador da Universidade do Porto descobriu que uma proteína responsável por regular o ferro no organismo também protege...

"Basicamente descobri o motivo pelo qual pessoas com hemocromatose morrem tão rápido [devido a infecções graves] e são tão susceptíveis, descobri que isto acontece porque estes pacientes têm deficiência de uma proteína que regula o ferro, que se chama hepcidina, e que é necessária para as pessoas saudáveis conseguirem combater a infecção", explicou João Arezes.

O investigador da Universidade do Porto considerou "interessante" o facto de ter descoberto que "uma proteína que regula o metabolismo do ferro é tão importante no contexto de uma infecção".

A partir da conclusão do trabalho, que foi divulgado quarta-feira na publicação norte-americana Cell Host & Microbe, os cientistas do grupo de João Arezes desenvolveram "um medicamento, uma proteína que tem o mesmo efeito da proteína que está em falta nos doentes".

Ao ministrar esta proteína a ratinhos com sobrecarga de ferro "conseguimos, por um lado, diminuir a quantidade de ferro e, por outro lado, proteger os ratinhos da morte após infecção", resumiu o investigador.

Esta substância foi sintetizada pelo grupo de trabalho de João Arezes, em Los Angeles, nos EUA. O que o resultado agora divulgado traz de novo é que "em ratinhos equivalentes a pessoas com hemocromatose conseguimos diminuir os níveis de ferro e, além disso, proteger contra infecções gravíssimas nos doentes através da administração deste composto", resumiu o cientista.

A hemocromatose hereditária é uma doença caracterizada por uma sobrecarga de ferro, ou seja, estes doentes têm demasiado ferro no organismo.

O ferro é essencial para várias funções no organismo, mas, quando está em excesso, é tóxico e deposita-se em vários tecidos, como o coração ou o fígado, levando ao desenvolvimento de problemas como cirroses ou cancro hepático.

Actualmente, os doentes com hemocromatose recebem o mesmo tratamento que já se faz há 50 ou 60 anos, as sangrias, que consiste em retirar sangue, que pode chegar a meio litro por semana, uma forma "não muito agradável" de retirar o ferro em excesso no organismo, descreveu João Arezes.

Contra falta de condições
A Comissão de Utentes de Saúde de Sintra convocou uma concentração para 29 de Janeiro, junto ao Hospital Amadora-Sintra, em...

A porta-voz da comissão, Paula Borges, apelou hoje a todos os utentes do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) – uma entidade pública empresarial - para participarem na concentração para exigirem melhorias de funcionamento que, segundo a representante, passam pela contratação de mais médicos e pela construção de um hospital público no concelho de Sintra.

"A situação deste hospital tem vindo a agravar-se nos últimos anos. Em Dezembro, o serviço de urgência deixa de ter capacidade de resposta. O hospital foi construído para dar resposta a 350 mil utentes e a verdade é que estão 650 mil inscritos", disse hoje Paula Borges aos jornalistas.

Numa conferência de imprensa convocada pela comissão à porta do hospital, a representante disse ainda que já têm sido solicitadas várias reuniões à direcção do hospital, mas sem haver qualquer resposta.

"Tempos de espera na ordem das 24 horas nas urgências, a que acresce a falta de camas para internamento. Colocam em risco a vida dos utentes", critica a comissão em comunicado, sublinhando que isso se deve "à falta de profissionais de saúde".

Utente do Amadora-Sintra, Maria Fernanda contou hoje à Lusa que na terça-feira deu entrada nas Urgências, mas demorou quase 14 horas a ser atendida.

"Cheguei às dez da manhã e só fui atendida à meia-noite. Outras pessoas que lá estavam desistiram ao fim de sete horas de espera, mas eu estava com princípio de enfarte, o meu coração acelerado e não havia médicos, nem macas, nem cadeiras de rodas. Podia ter morrido", disse.

Além do protesto agendado para as 16:00 de 29 de Janeiro, promovido em conjunto com a Plataforma de Lisboa em defesa do Serviço Nacional de Saúde, a Comissão de Utentes da Saúde de Sintra irá promover outras acções em diferentes centros de saúde do concelho.

Câmara de Lamego
A Câmara de Lamego decidiu melhorar o programa de apoio financeiro de incentivo à natalidade, que visa salvaguardar o futuro da...

Em declarações, o autarca referiu que o programa “Enxoval Bebé” (criado em agosto de 2013) já abrangeu cerca de 140 crianças, mas houve algumas que ficaram de fora.

“O programa está a correr muito bem, mas notámos algumas falhas pontuais, desde logo no prazo de apresentação das candidaturas”, explicou, acrescentando que foi decidido alargar o prazo de 60 para 120 dias úteis.

Francisco Lopes lembrou que os primeiros tempos com os bebés “são sempre mais complicados e alguns pais esqueciam-se ou tinham dificuldade em reunir a documentação necessária” para fazer a candidatura.

Com o objectivo de simplificar o processo de candidatura, foi reduzido o número de documentos que é obrigatório juntar ao requerimento.

“Estávamos a pedir muitas coisas, nomeadamente para a comprovação do rendimento. Acabámos por nos cingir à declaração de IRS e prescindimos de outros documentos”, explicou Francisco Lopes.

O programa “Enxoval Bebé” atribui um subsídio de 500 euros para a aquisição de bens de primeira necessidade e comparticipa nas mensalidades da creche.

O autarca contou que os pais estavam a sentir “alguma dificuldade” para apresentar facturas de despesas no valor de 500 euros apenas relativas a leite e fraldas.

“Recebiam 500 euros e tinham que comprová-los com facturas. Alguns pais alegavam que demoravam muito tempo a acumular as facturas no valor de 500 euros. Por isso, alargámos a todos os artigos de puericultura”, explicou.

Criado com o objectivo de contrariar a baixa taxa de natalidade registada em Lamego, o Regulamento Municipal de Incentivo à Natalidade abrange todas as crianças nascidas e registadas no concelho, independentemente da situação financeira familiar.

Além da atribuição dos 500 euros, a autarquia comparticipa o pagamento da mensalidade das crianças que frequentam as creches, a partir do quinto mês e até completarem três anos.

Esta comparticipação pode atingir os 50 euros mensais, para as famílias que se encontram no 1.º escalão, e 25 euros para as que se enquadram no 2.º escalão de abono de família.

“Temos as condições todas para ter crianças, falta é o resto, o que está a montante, que é os pais serem jovens, terem emprego e condições adequadas para ter filhos”, acrescentou Francisco Lopes.

As alterações ao regulamento estão em apreciação pública, devendo entrar em vigor no início de fevereiro.

Prémio de jornalismo na área da saúde
A primeira edição do Prémio de Jornalismo na área da Saúde Global e Medicina Tropical, que recebe candidaturas até 27 de...

Promovido pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-UNL) e pela a Associação dos Alunos e Amigos do IHMT, em parceria com a Casa da Imprensa, o prémio, de 1.500 euros, destina-se a trabalhos jornalísticos que contribuam para "o conhecimento público das questões associadas às mudanças ambientais e climáticas e à (re)emergência de doenças transmitidas por vetores", refere a informação hoje divulgada.

Outro tema a abordar pelos candidatos é a compreensão dos desafios relacionados com a saúde dos viajantes e migrantes, num mundo globalizado.

Sem ou com baixas calorias
Especialistas internacionais concordam sobre os benefícios dos adoçantes sem ou com baixas calorias.

Uma equipa multidisciplinar de especialistas independentes e líderes mundiais formados por Sigrid Gibson, o professor Adam Drewnowski, professor James Hill, professora Eeva Widström, professora Hely Tuorila e a professora Anne Raben1 reuniram-se no Congresso da Associação Internacional de Adoçantes (ISA), que se realizou no passado ano, e participaram numa análise aos benefícios dos adoçantes sem ou com baixas calorias com base em pesquisas científicas.

Os especialistas concordaram que os adoçantes sem ou com baixas calorias podem ter um efeito benéfico sobre a insulina e glicose pós-prandial em indivíduos saudáveis e diabéticos, e um efeito positivo sobre a saúde oral através da utilização em alimentos, bebidas, medicamentos e pastas de dentes, desde que os outros componentes destes produtos não sejam cariogénicos e erosivos.

Os vários especialistas chegaram a um consenso, concluindo que os adoçantes sem ou com baixas calorias são eficazes. Como afirma o professor Adam Drewnowski “todo o trabalho relacionado com a toxicologia e segurança foi realizado por agências internacionais que confirmam a segurança e eficácia destes produtos”.

A declaração de consenso sobre os benefícios dos adoçantes sem ou com baixas calorias, publicados na edição de dezembro 2014 “Nutriton Bulletin” (uma publicação assinada por especialistas na matéria, que contém notícias e análises científicas) destaca o papel benéfico que os adoçantes sem ou com baixas calorias podem ter como alternativa alimentar ou filosofia de vida.

Os resultados desta declaração vêm confirmar as conclusões positivas dos recentes estudos científicos que demostram que os adoçantes sem ou com baixas calorias não contribuem para aumentar o apetite nem têm qualquer efeito imediato sobre a saciedade e, portanto, têm a capacidade de aumentar a perda de peso dentro de um programa pré-definido de perda de peso com base comportamental.

Ao focar os muitos estudos realizados recentemente, baseados em dados científicos sobre os benefícios dos adoçantes sem ou com baixas calorias, este relatório adverte para as percepções e informações incorrectas sobre os efeitos dos adoçantes sem ou com baixas calorias. Para além disso, este trabalho serve como um alerta quer para profissionais de saúde quer para o público em geral sobre o apoio de que beneficiam os adoçantes com baixas calorias, por agências reguladoras em todo o mundo.

"O controlo de peso é um dos principais motivos para o consumo de adoçantes sem ou com baixas calorias e na minha opinião, neste momento, temos um número extraordinário de estudos que mostram que os adoçantes sem ou com baixas calorias são uma ferramenta positiva e não negativa para o controlo de peso", afirma o professor James Hill, que conclui que "esta é uma mensagem que precisa de ser conhecida de forma generalizada".

Ao proporcionar doçura eliminando calorias, as versões dos produtos com adoçantes podem representar um contributo útil numa dieta variada, moderada e equilibrada e com controlo calórico. Para além disso, são mais benéficos para a dentição.

O trabalho que reflete o consenso da comunidade científica pode ser visualizado a partir do site da editora, carregando aqui.

1 S. Gibson, de Sig-Nurture, Ltd., Guildford, Surrey (Reino Unido); A. Drewnowski, do Centro para a Investigacção da Obesidade da Universidade de Washington, Washington, DC (Estados Unidos); J. Hill, do Centro de Saúde e Bem-Estar Anschutz da Universidade do Colorado, Boulder, Colorado (Estados Unidos); A. B. Raben, do Departamento de Nutrição Humana da Universidade de Copenhaga (Dinamarca); H. Tuorila, do Departamento de Ciências da Alimentação e Meio Ambiente da Universidade de Helsínquia (Finlândia); E. Widström, do Instituto Nacional da Saúde e Bem-Estar de Helsínquia (Finlândia).

Observações ao editor

Uma lista de alguns estudos científicos sobre o assunto:

  • Anderson, G.H.; Foreyt, J.; Sigman-Grant M. y otros: The use of low-calorie sweeteners by adults: impact on weight management. The Journal of Nutrition 142: 1163S–9S (2012).
  • Bryant, C.E.; Wasse L.K.; Astbury, N. y otros: Non-nutritive sweeteners: no class effect on the glycaemic or appetite responses to ingested glucose. European Journal of Clinical Nutrition 68: 629–31 (2014).
  • Drewnowski, A.: Dietary habits and use of low-calorie sweeteners: an effective tool in the prevention of obesity and diabetes. Annals of Nutrition and Metabolism 63 (Suppl. 1): 147–8 (2013).
  • EFSA NDA (Comisión de la EFSA sobre Productos dietéticos, nutrición y alergias (2011) : Opinión científica sobre la justificación de las alegaciones sanitarias sobre los edulcorantes intensos y su contribución al mantenimiento o la consecución de un peso corporal normal (ID 1136, 1444, 4299), la reducción de las respuestas glucémicas postprandiales (ID 4298), el mantenimiento de las concentraciones normales de glucosa en sangre (ID 1221, 4298) y el mantenimiento de la mineralización de las piezas dentales al reducir la desmineralización de las mismas (ID 1134, 1167, 1283), conforme al artículo 13(1) del Reglamento (CE) nº 1924/2006. Boletín de la EFSA nº 9: 2229.
  • Keskitalo, K.; Tuorila, H; Spector, T.D. y otros: Same genetic components underlie different measures of sweet taste preference. The American Journal of Clinical Nutrition 86: 1663–9 (2007).
  • Mattes, R.D. y Popkin, B.M.: Nonnutritive sweetener consumption in humans: effects on appetite and food intake and their putative mechanisms. The American Journal of Clinical Nutrition 89: 1–14 (2009).
  • Miller, P.E. y Pérez, V.: Low-calorie sweeteners and body weight and composition: a meta-analysis of randomized controlled trials and prospective cohorts studies. The American Journal of Clinical Nutrition. doi: 10.3945/ajcn.113.082826 (2014).
  • Peters, J.C.; Wyatt, H.R.; Foster, G.D.; Hill, J.O. y otros: The effects of water and non-nutritive sweetened beverages on weight loss during a 12 week weight loss treatment program. Obesity 22: 1415–21 (2014).
  • Raben, A.; Moller, B.K.; Flint, A. y otros: Increased postprandial glycaemia, insulinemia, and lipidemia after 10 weeks’ sucrose-rich diet compared to an artificially sweetened diet: a r

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