Deputado PCP alerta
O deputado Jorge Machado alertou, em Penafiel, que em algumas freguesias do concelho ligadas à indústria da pedra encontra-se o...

"Na reunião que tivemos com o Agrupamento de Centros de Saúde e com o Centro de Diagnóstico Pneumológico de Penafiel, foi-nos dado esse dado que é assustador", afirmou o deputado.

Jorge Machado, acompanhado de dirigentes locais comunistas, visita algumas empresas daquele concelho do distrito do Porto que se dedicam à extracção de granitos, nas freguesias de Luzim e Boelhe.

De acordo com o deputado, a elevada prevalência de tuberculose e outras doenças do foro respiratório, que afectará centenas de trabalhadores, está ligada à actividade de extracção da pedra, sobretudo a inalação de sílica durante vários anos.

"A maior incidência de casos de tuberculose na Europa regista-se aqui, nomeadamente nas freguesias de Luzim e Boelhe e outras limítrofes", acentuou, sublinhando a sua preocupação.

Por isso, adiantou o parlamentar, o PCP vai "exigir uma intervenção por parte do Governo para que se crie um plano de emergência". O deputado defende que o plano deve ser acompanhado do reforço de clínicos na região, recordando os 4 mil utentes sem médico de família no concelho de Penafiel são todos das freguesias onde prevalecem os casos de tuberculose.

Por isso, para o PCP, impõe-se o reforço de médicos, nomeadamente nas freguesias de Peroselo e Rio de Moinhos, acompanhado de equipas na área de enfermagem.

Além disso, sinalizou, impõe-se "uma intervenção global para acudir não só às questões da saúde, mas também que envolva a Autoridade para as Condições de Trabalho".

Sensibilização junto das comunidades locais, incluindo no meio escolar, com o apoio de assistentes sociais, são outras medidas que aquele partido vai exigir ao Governo.

Luzim, Boelhe, Rio de Moinhos e Cabeça Santa são as freguesias de Penafiel com maior prevalência de casos de tuberculose.

Segundo o PCP, todos os anos têm sido sinalizados e internados dezenas de novos casos de tuberculose pelo Hospital Padre Américo, em Penafiel.

Sindicato Independente dos Médicos defende
O Sindicato Independente dos Médicos defendeu que a falta de médicos nas urgências hospitalares resolve-se com o recrutamento...

Em comunicado, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) sustenta que "a solução para este problema terá de passar por um planeamento adequado" dos médicos com idade para trabalhar nas urgências, "o que só se conseguirá com a abertura de concursos públicos, para recrutamento de recém-especialistas, e pela criação de condições remuneratórias e de trabalho motivadoras e atractivas".

A RTP Informação noticiou que um homem morreu nas urgências do hospital de Santa Maria da Feira enquanto esperava para ser atendido. O Correio da Manhã adianta que o homem, de 57 anos, morreu no domingo, pelas 22:00, com a família a avançar que a vítima perdeu a vida por falta de assistência médica, após mais de seis horas à espera para ser atendida. O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, ao qual pertence a unidade de Santa Maria da Feira, anunciou a abertura de um "processo de averiguações". O caso surge relatado dois dias depois da notícia de utentes das urgências do hospital de Évora terem aguardado mais de 18 horas para serem atendidos, devido à falta de médicos.

Uma semana antes, na madrugada de 27 de Dezembro, um idoso morreu no Hospital São José, em Lisboa, vítima de um Acidente Vascular Cerebral, alegadamente por ter esperado mais de seis horas nas urgências por assistência médica. O Centro Hospitalar de Lisboa Central, do qual faz parte a unidade, decidiu abrir um inquérito.

A polémica em torno da carência de médicos nas urgências dos hospitais voltou a surgir depois de, no Natal, o Hospital Amadora-Sintra ter registado esperas de 20 horas, devido a um elevado número de doentes com doença mais grave e à falta de clínicos escalados por razões de saúde.

Posteriormente, para colmatar a situação, o Ministério da Saúde autorizou os hospitais que necessitem de reforço de equipas a contratarem excepcionalmente mais médicos, com um valor acima do que está definido na tabela, ou seja, além dos 30 euros à hora.

Desde ontem
A região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo tem agora mais 168 médicos de medicina geral e familiar, um aumento de 22% face a...

Segundo um comunicado da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), que tutela a região na qual os 168 novos profissionais iniciaram o internato médico, os centros de saúde das zonas de Almada/Seixal, Loures/Odivelas e Sintra são as que recebem um maior reforço de médicos em termos absolutos.

A medida, diz-se no comunicado, irá permitir à ARSLVT, no final do internato, assegurar médico de família a mais 319.200 utentes, distribuídos por 15 Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Região de Lisboa.

O internato médico realiza-se após a licenciatura em Medicina e corresponde a um processo de formação médica especializada, teórica e prática. Depois do curso os médicos candidatam-se a um concurso nacional para admissão no Internato Médico, que se destina à escolha dos locais e das áreas de formação (especialidades) e que terá a duração de 4 anos.

A região de Lisboa e Vale do Tejo envolve 3,6 milhões de utentes, distribuídos por 4 distritos e 15 Agrupamentos de Centros de Saúde. A falta de médicos nas urgências dos hospitais tem sido notícia nas últimas semanas, depois de relatos de muitas horas de espera, nalguns casos de 20 horas, e de dois casos de mortes de doentes enquanto esperavam para ser atendidos.

 

Hospitais de Coimbra admitiram mais 207 médicos em formação

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) admitiu 207 novos médicos em formação, aumentando assim para 641 o número de clínicos em actividade formativa, que representam anualmente um encargo de 21,4 milhões de euros.

"Trata-se de um importante investimento no conhecimento e na formação de especialistas que irão substituir as gerações anteriores", disse o presidente do conselho de administração Martins Nunes, na cerimónia de recepção.

Segundo o responsável dos CHUC, foram admitidos 207 médicos que pela primeira vez têm acesso ao emprego, sendo 93 internos de especialidade da formação específica e 114 médicos internos do ano comum.

Os novos médicos em formação representam um encargo anual de 6,8 milhões de euros, embora o investimento anual em formação do centro hospitalar, considerado por Martins Nunes o maior do país, atinja os 21,4 milhões de euros.

"O nosso hospital dará por muito bem empregue este investimento, pois confia na sua capacidade de formação e investigação e confia que os futuros especialistas não vão decepcionar os nossos cidadãos e que colocarão na sua formação toda a sua inteligência, toda a sua capacidade de trabalho e toda a sua ambição", salientou Martins Nunes.

Na sua intervenção, o presidente do conselho de administração dos CHUC referiu que o hospital "mudou nos seus conceitos e nos seus fundamentos", passando a ser "um palco de alta tecnologia ao serviço dos cidadãos, que ficou mais complexo e que exige mais de todos nós".

"O nosso Serviço Nacional de Saúde tem conseguido enfrentar exigentes condições de financiamento, através da realização de ajustamentos que levaram a ganhos de eficiência e a ganhos de gestão clínica e operacional", frisou Martins Nunes.

Dados da Organização Mundial de Saúde
O total de mortos resultantes do surto de Ébola na África Ocidental subiu para 8.153, com 20.656 casos registados, anunciou a...

Quase todos os casos de infecção e mortos foram registados nos três países mais afectados, Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri. Há também registo de oito mortos na Nigéria, declarada entretanto livre do Ébola em Outubro, seis no Mali e um nos EUA. A Espanha e o Senegal, que já foram declarados países livres do Ébola, têm um caso cada, mas não registo de mortos.

Na última semana, o Reino Unido noticiou o seu primeiro caso confirmado de Ébola, uma enfermeira regressada da Serra Leoa cujo estado foi considerado crítico.

A Serra Leoa, que ultrapassou a Libéria no número de pessoas infectadas, tem registo de 9.772, das quais 2.915 faleceram, com referência a 03 de Janeiro.

Na Libéria, que foi o país mais afectado, tem-se assistido a uma clara melhoria da situação nas últimas semanas. Em relação a 31 de Dezembro, o balanço é de 8.115 casos e 3.471 mortes.

No país onde o surto começou há um ano, a Guiné-Conacri, há registo de 2.769 casos, dos quais 1.767 terminaram em morte, com referência a 03 de Janeiro.

O Ébola, um dos vírus mais mortais conhecidos do homem, transmite-se apenas através de contactos directos com os fluidos corporais de uma pessoa infectada e tem como sintomas mais comuns a febre e o vómito.

As pessoas que cuidam dos doentes ou lidam com os corpos dos infectados com Ébola estão especialmente expostas.

Em relação a 28 de Dezembro, há 678 profissionais de saúde infectados, dos quais 382 morreram, adiantou a Organização Mundial de Saúde.

Bombeiros do Oeste
Corporações de bombeiros de concelhos do Oeste, servidos pela urgência de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste,...

"A situação é mesmo caótica e tem retido várias ambulâncias dos corpos de bombeiros. Não estamos a falar numa ou duas ambulâncias, mas cinco por exemplo no dia de ontem [segunda-feira], por falta de macas no hospital. Todos os doentes transportados de emergência para a urgência do hospital de Torres Vedras ficam em cima da maca dos bombeiros horas esquecidas até serem atendidos, paralisando as ambulâncias", denunciou o comandante dos bombeiros da Lourinhã, Carlos Pereira.

Contactado pela Lusa, o administrador do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), Carlos Sá, justificou que a falta de macas se deve ao "período de gripes em que houve um aumento de doentes na urgência, o que leva a um atraso na entrega de macas".

O "caos", que os bombeiros dizem que se arrasta desde há um mês, é também confirmado pelo comandante dos bombeiros de Torres Vedras, Fernando Barrão. No caso de Torres Vedras, só não se tem agravado porque a corporação dispõe de algumas macas suplentes.

A situação está a ter menos impacto junto das corporações do Cadaval e de Mafra, cujos concelhos são também servidos pelo hospital de Torres Vedras. Ainda assim, os respectivos comandantes confirmam que no último mês já "houve casos de ambulâncias retidas".

As corporações alertam que o socorro às populações "está a ser posto em causa", uma vez que algumas já ficarem sem ambulâncias disponíveis nos quartéis e tiveram de pedir ajuda a outras corporações.

"No domingo tivemos de recorrer aos bombeiros do Bombarral para responder a uma situação de socorro na Moita dos Ferreiros, na zona de fronteira, e hoje tivemos de recorrer aos bombeiros de Torres Vedras para se deslocarem ao Vimeiro para outro pedido de socorro porque tínhamos quatro ambulâncias paradas na urgência do hospital, situação que se mantém até agora às 20:00 horas", exemplificou Carlos Pereira.

Dados disponibilizados à Lusa por esta corporação apontam diferentes casos em que as ambulâncias estiveram à espera entre as três e as seis horas.

Apesar de tudo, o administrador hospitalar esclareceu que "os tempos de espera têm vindo a aumentar na urgência, mas continuam dentro dos valores recomendados".

No domingo, os doentes com pulseira amarela (urgentes) esperaram em média 56 minutos para serem atendidos, enquanto o tempo para os da pulseira verde (pouco urgentes) foi de duas horas e 09 minutos, valores semelhantes aos de hoje [terça-feira].

Para melhorar o atendimento, o CHO decidiu aumentar 10 camas de internamento na Unidade de Peniche e transferir doentes da urgência para os serviços de internamento, onde existem camas disponíveis.

O CHO vai também reunir na quarta-feira com os bombeiros para avaliar melhor o problema.

O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais das Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras, e abrange, para além destas, as populações de Óbidos, Bombarral, Cadaval, Lourinhã e parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra, servindo mais de 292.500 pessoas.

Torres Vedras, Mafra, Lourinhã e Cadaval são os concelhos servidos em primeira linha pela unidade de Torres Vedras.

Infarmed
Na sequência da notícia do jornal Público de hoje, conclui-se que apenas 67 doentes foram ou estão a ser tratados com...

Foram, até ao final de 2014, autorizados para os hospitais portugueses 408 tratamentos com os novos fármacos para doentes com hepatite C. Destes tratamentos, 70 correspondem a AUE (autorizações de utilização especial) com esquemas posológicos contendo sofosbuvir ou suas combinações e 185 com um esquema posológico com medicamento inovador alternativo, através de ensaios clínicos ou de esquemas de acesso sem custos para o SNS. Adicionalmente, 153 doentes estão autorizados para tratamento com Boceprevir.

De notar que o panorama do tratamento da Hepatite C crónica conheceu uma evolução significativa com a disponibilização recente de novos fármacos, todos eles com elevadas taxas de cura. Para além dos diversos medicamentos que possuem já autorização de introdução no mercado, espera-se que surjam, nos próximos meses, novos medicamentos e esquemas terapêuticos.

No que respeita especificamente às AUE, ao INFARMED compete autorizar os pedidos solicitados pelos hospitais de acordo com os critérios estabelecidos pela Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica (CNFT). Dos pedidos efectuados foram autorizados 91%. Os restantes não cumpriam os critérios estabelecidos pela CNFT.

Hospitais de Coimbra
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra admitiu hoje 207 novos médicos em formação, aumentando assim para 641 o número...

"Trata-se de um importante investimento no conhecimento e na formação de especialistas que irão substituir as gerações anteriores", disse hoje o presidente do conselho de administração Martins Nunes, na cerimónia de recepção.

Segundo o responsável dos Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), foram admitidos 207 médicos que pela primeira vez têm acesso ao emprego, sendo 93 internos de especialidade da formação específica e 114 médicos internos do ano comum.

Os novos médicos em formação representam um encargo anual de 6,8 milhões de euros, embora o investimento anual em formação do centro hospitalar, considerado por Martins Nunes o maior do país, atinja os 21,4 milhões de euros.

"O nosso hospital dará por muito bem empregue este investimento, pois confia na sua capacidade de formação e investigação e confia que os futuros especialistas não vão decepcionar os nossos cidadãos e que colocarão na sua formação toda a sua inteligência, toda a sua capacidade de trabalho e toda a sua ambição", salientou Martins Nunes.

Na sua intervenção, o presidente do conselho de administração dos CHUC referiu que o hospital "mudou nos seus conceitos e nos seus fundamentos", passando a ser "um palco de alta tecnologia ao serviço dos cidadãos, que ficou mais complexo e que exige mais de todos nós".

"O nosso Serviço Nacional de Saúde tem conseguido enfrentar exigentes condições de financiamento, através da realização de ajustamentos que levaram a ganhos de eficiência e a ganhos de gestão clínica e operacional", frisou Martins Nunes.

Ébola
Portugal registou sete casos suspeitos de Ébola, que as análises revelaram negativos à doença, disse o presidente do Instituto...

Este laboratório, que é o de referência para o diagnóstico do vírus do Ébola, realizou nove análises, provenientes de sete amostras.

A maioria dos casos, todos negativos ao Ébola, revelou malária, existindo também um caso de salmonela.

Fernando Almeida sublinhou que, quando da realização destas análises, são também rastreadas outras doenças: malária, vírus de Marburg e febre de Lassa.

Os testes efectuados no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) demoram cerca de três horas, mais duas para a sequenciação.

No caso de a análise der resultado positivo, uma das duas amostras colhidas será enviada para um laboratório de máxima segurança na Alemanha, com o qual o INSA tem um protocolo de colaboração.

O balanço mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS), datado de quarta-feira passada, indica que mais de 20 mil pessoas foram infectadas com o vírus Ébola, nos três países da África Ocidental mais afectados, e 7.890 morreram.

Os dados registados até 28 de dezembro de 2014 apontam a Serra Leoa como o país com mais casos, um total de 9.446, sendo 2.758 mortais.

A Libéria registou, por seu lado, um abrandamento do ritmo de propagação do vírus, contando 8.018 casos, 3.423 deles mortais.

Na Guiné-Conacri, a OMS registou 2.707 casos, 1.708 deles mortais.

Além destes três países mais atingidos, o balanço de casos mortais mantém-se igual ao anterior - seis no Mali, um nos Estados Unidos e oito na Nigéria -, mas há mais um país com um caso declarado de infecção, o Reino Unido.

4 de Janeiro – Dia Mundial do Braille
Foi em 1827 que Louis Braille inventou o Braille.
Braille

Comemorou-se no passado dia 4 de Janeiro o Dia Mundial do Braille. Este dia é celebrado com o objectivo de despertar a atenção da sociedade para os problemas dos cidadãos invisuais. O alfabeto convencional Braille, processo de escrita em relevo para leitura táctil inventado por Louis Braille em 1827, em Paris, compõe-se de 63 sinais formados por pontos de alto relevo. A partir dos seis pontos relevantes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, números, sinais matemáticos e notas musicais.

Este método veio permitir aos invisuais o desenvolvimento de um vasto número de actividades até então difíceis de manter. De salientar que a invenção do Braille teve um papel muito importante na inclusão de invisuais na sociedade, que até ali não tinham acesso à leitura e ficavam confinadas em sua própria casa ou internadas em asilos para pessoas com problemas mentais.

Com o Braille as pessoas deficientes invisuais passaram a ter acesso ao conhecimento, à cultura, ao lazer, à informação e, a partir desse conhecimento, elas puderam desenvolver a própria consciência, a pensar por si mesmas, e passaram a ter uma vida de cidadãos.

Apesar desta invenção ter vindo facilitar a vida dos invisuais em muitos aspectos do quotidiano são ainda muitas as dificuldades que esta população tem. Em Outubro do ano passado (2014) a presidente da Associação dos Cegos e Ambliopes de Portugal (ACAPO), Ana Sofia Antunes, em entrevista ao jornal digital Observador, alertou para o facto de perto de 45% das pessoas invisuais estarem desempregadas. A dirigente chamou ainda a atenção para “lacunas ao nível do apoio educacional, seja ele na escolaridade regular como depois na escolaridade superior, as questões de acessibilidade na via pública e aos meios de informação”.

Ana Sofia Antunes alertou igualmente para o facto de esta ser uma população fortemente discriminada. Exemplo disso são as dificuldades no acesso ao emprego, mas também uma simples deslocação, em que uma pessoa cega tem de conseguir ultrapassar uma série de barreiras, principalmente arquitectónicas.

Deficiência Visual
A deficiência visual caracteriza-se pela existência de um dano do sistema visual na sua globalidade ou parcialmente, podendo variar quanto às suas causas, e traduz-se numa redução ou numa perda de capacidade para realizar tarefas visuais. Ou seja, podemos considerar uma pessoa cega como sendo aquela que não possui potencial visual mas que pode, por vezes, ter uma percepção da luminosidade.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a deficiência visual engloba duas grandes categorias: a cegueira e a amblíopia, diferenciadas em função dos critérios "acuidade visual" (do melhor olho após correcção) e "campo visual".

De um ponto de vista do desenvolvimento da pessoa com deficiência visual, a cegueira pode ser de três tipos:

- Congénita - se surge dos 0 ao 1 ano de idade. Neste tipo de deficiência, a pessoa não tem qualquer referência visual – imagem mental. Apenas possui uma representação intelectualizada do ambiente - cores, perspectivas, volumes, relevos -, uma vez que existe ausência do conceito visual.

- Precoce - se surge entre o 1º e o 3º ano de idade;

- Adquirida - se surge após os 3 anos de idade. Também designada de cegueira tardia ou recente. A pessoa possui toda a riqueza do património visual anterior à cegueira. Ao contrário da congénita, existe representação de um objecto ou de um ambiente por analogia.

Principais causas da cegueira
As principais causas de cegueira no mundo não são as mesmas que afectam os portugueses. Em Portugal, como noutros países do Mundo Ocidental, as principais causas de baixa visão e/ou cegueira são a degenerescência macular ligada à idade (DMI), a retinopatia diabética e o glaucoma.

“Em Portugal, embora sem dados concretos, poderemos afirmar que serão poucos os casos de cegueira total por causas passíveis de tratamento médico e ou cirúrgico. No entanto, em consequência do estilo de vida e do aumento da esperança de vida nos países desenvolvidos, temos vindo a assistir a um aumento dos casos de baixa visão por retinopatia diabética e DMI”, explicou Paulo Torres, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia por ocasião do Dia Mundial da Visão, a 9 de Outubro.

Vigiar a saúde dos olhos é a única forma de manter a qualidade da visão. Por isso, Paulo Torres defendeu que “as visitas periódicas ao oftalmologista são fundamentais, assim como a observação dos olhos nas várias fase da vida, como por exemplo nas crianças para despiste da ambliopia, vulgo “olho preguiçoso”, das mulheres grávidas ou em menopausa, cujas alterações hormonais possam provocar doença ocular, de todos os indivíduos na faixa etária dos 40 aos 50 anos em que surge a presbiopia, vulgo “vista cansada”, e nas faixas etárias mais avançadas para despiste de catarata e DMI. E, obviamente, a SPO recomenda vigilância apertada naqueles que têm doença ocular conhecida”.

Alguns factos sobre a cegueira e baixa visão no Mundo

  • Cerca de 285 milhões de pessoas em todo o mundo são cegas ou sofrem de baixa visão. Destes, 39 milhões são cegos e 246 milhões têm deficiência visual moderada ou grave;
  • 90% dos cegos vivem em países pobres;
  • 80% da deficiência visual é evitável, sendo tratável ou passível de prevenção;
  • As estratégias de reparação da visão e prevenção da cegueira são das intervenções em saúde com melhor relação custo-benefício;
  • O número de cegos por doença infecciosa foi bastante reduzido nos últimos 20 anos;
  • Estima-se que haja 19 milhões de crianças com deficiência visual em todo o mundo;
  • Cerca de 65% das pessoas com deficiência visual têm 50 anos ou mais, grupo etário que corresponde a 20% da população mundial;
  • O envelhecimento da população em muitos países significa que há cada vez mais pessoas em risco de desenvolver deficiência visual relacionada com a idade.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
À chegada ao Gana
O novo chefe da missão da ONU contra o Ébola afirmou que acabar com o mais mortífero surto da epidemia é difícil, mas possível,...

"Esta é uma crise global. Temos tempos difíceis pela frente, mas podemos conseguir", declarou Ismail Ould Cheikh Ahmed, o novo chefe da Missão das Nações Unidas de Resposta à Emergência do Ébola (UNMEER), à chegada ao Gana.

Ahmed, um mauritano, que chegou a Acra para assumir oficialmente o cargo, substituindo o norte-americano Anthony Banbury, realçou que “não há um plano B”.

“O trabalho à frente continua a ser muito difícil, mas nós realmente não temos outra escolha”, acrescentou, num comunicado.

A UNMEER, com sede na capital de Gana, está a liderar os esforços internacionais na luta contra o Ébola.

De acordo com os últimos dados da Organização Mundial de Saúde, existem mais de 20.200 casos confirmados, prováveis ou suspeitos de Ébola e pouco mais de 7.900 mortes relatadas. Os três países mais afectados são a Serra Leoa, Libéria e Guiné.

Ahmed visitará esta semana a Libéria e a Serra Leoa e a Guiné pouco depois "para reforçar as prioridades estratégicas da UNMEER e ver em primeira-mão a resposta ao Ébola", é referido no texto.

Nas visitas será acompanhado pelo enviado especial das Nações Unidas sobre Ébola, David Nabarro.

Antes de sua nova nomeação, Ahmed foi Representante Especial Adjunto e Chefe Adjunto da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL).

Numa conferência de imprensa na semana passada, no Gana, na véspera da sua partida para Nova Iorque, Banbury tinha dito estar confiante de que o número de casos de Ébola iria começar a diminuir no início de 2015.

Direcção-Geral da Saúde
Mais de 80% das vacinas contra a gripe gratuitas, disponíveis no Serviço Nacional de Saúde, já terão sido administradas,...

Até à última semana de 2014, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) estima que tenham sido administradas gratuitamente 910 mil doses da vacina contra a gripe, que começou a ser dada em Outubro, contando as que são administradas nos centros de saúde, mas também em lares ou unidades de cuidados continuados.

Nesta época vacinal, à semelhança do que aconteceu em anteriores, as pessoas com mais de 65 anos podem levar gratuitamente a vacina nos centros de saúde, sem necessidade de receita médica ou guia de tratamento, nem de pagamento de taxa moderadora.

A DGS calcula que 60% da população com mais de 65 anos já tenha sido vacinada e avisa que quem ainda não recebeu a vacina pode continuar a procurá-la em qualquer centro de saúde.

Para esta época vacinal, Portugal dispôs de perto de dois milhões de vacinas contra a gripe, entre as que são gratuitas no Serviço Nacional de Saúde e as que podem ser compradas nas farmácias, mediante receita médica e com comparticipação.

Os grupos alvo prioritários da vacina da gripe são as pessoas com mais de 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos a partir dos seis meses de idade, grávidas e profissionais de saúde ou prestadores de cuidados em lares de idosos.

Embora não sendo um grupo prioritário, a vacina é também recomendada para quem tem entre 60 e 64 anos.

Além dos idosos, a vacina é gratuita no Serviço Nacional de Saúde também para os residentes em lares da segurança social, das misericórdias e das instituições particulares de solidariedade, bem como para os doentes na rede de cuidados continuados integrados.

Nesta lista incluem-se ainda os doentes em diálise crónica, alguns profissionais de saúde com recomendação para a vacina e crianças institucionalizadas com doenças crónicas, entre outros grupos específicos.

Lamentando "insinuações sem razão"
O presidente da associação de lares de idosos privados escreveu ao ministro da Saúde a lamentar as declarações em que se...

“Já no inverno passado fez as mesmas declarações. Penso que seria melhor começar por analisar a situação com as estruturas representativas dos lares de idosos, para não se ficar apenas com a insinuação sobre falta de cuidados que não têm razão de ser na grande maioria dos lares privados licenciados”, lê-se na missiva enviada ao ministro Paulo Macedo, e assinada por João Ferreira de Almeida, presidente da Associação de Apoio Domiciliário, de Lares e Casas de Repouso de Idosos – ALI.

A posição da ALI surge na sequência das declarações do ministro da Saúde, em Braga, onde afirmou que iria trabalhar em conjunto com o Ministério da Saúde e a Segurança Social para encontrar soluções mais eficazes para casos de idosos "depositados" nos hospitais e para impedir "assimetrias" nas taxas de vacinação em lares.

Durante uma visita ao serviço de urgência e à maternidade do Hospital de Guimarães, o ministro da Saúde explicou, em declarações à Lusa, que há lares com taxas de vacinação de "quase 100%", mas que existem outros onde essa taxa é quase nula e onde se deixa "infectar" os utentes, levados depois "sem critérios" para as urgências.

Na resposta, a ALI refere que desconhece se existe uma diferença entre o número de idosos que chega às urgências hospitalares indo de casa e aqueles que lá chegam idos dos lares, frisando ainda a necessidade de separar a realidade dos lares licenciados da dos lares clandestinos.

João Ferreira de Almeida afirma que as instituições licenciadas disponibilizam um “médico próprio” aos idosos, “mesmo não sendo obrigatório segundo a regulamentação em vigor”.

“A grande maioria dos lares clandestinos não. O problema é que quando se fala de lares convém distinguir porque, assim, até parece que é tudo igual. E não é”, declarou, sublinhando que “seria bom que o Estado, de uma vez por todas, fizesse alguma coisa de concreto para combater a clandestinidade neste sector”, afirmando que está em causa “um grave problema de saúde pública”.

O presidente da ALI refere ainda que “a maioria dos lares licenciados tenta evitar a ida dos idosos às urgências”, refutando ainda as declarações do ministro que apontam para transporte de doentes para as urgências, “sem critérios”.

“Nenhum lar gosta de por em risco os seus idosos, pelo que não se entende a alusão a idas desnecessárias que até são confirmadas, antes, pelo INEM”, declarou João Ferreira de Almeida, criticando ainda o atendimento hospitalar que é prestado aos mais velhos, “com repetidas idas e voltas sem que nada de significativo seja feito face aos respectivos quadros clínicos” ou ainda os “muitos casos de altas precipitadas”.

Detectadas pelo Ministério
A Autoridade do Medicamento efectuou 11 participações à Polícia Judiciária durante o ano passado, no âmbito da sua actividade...

Um balanço oficial relativo ao combate à fraude na saúde indica que o Centro de Conferências de Facturas detectou 31 situações irregulares em 2014, sete das quais foram comunicadas à PJ e outras 17 estão em vias de o ser. Outras sete situações foram comunicadas à Inspecção-geral das Actividades em Saúde.

Das 31 situações irregulares encontradas pela Conferência de Facturas, 15 correspondem a eventuais irregularidades com prescritores (médicos) e 16 referem-se a prestadores, com um encargo para o SNS a totalizar 118 milhões de euros.

Já a Autoridade do Medicamento (Infarmed) realizou em 2014 um total de 1.358 inspecções, 845 das quais em farmácias e 163 em distribuidores de medicamentos. Foram encontradas 11 situações que motivaram participações à Polícia Judiciária e instaurados ainda 91 processos de contra-ordenação.

No balanço referente à fraude na saúde, o Ministério destaca a importante colaboração da Polícia Judiciária e lembra que esta polícia já divulgou 10 operações de combate à fraude no ano passado. Destas operações resultaram 67 arguidos e 23 suspeitos, tendo sido ouvidas mais de 400 testemunhas. Os montantes da fraude ainda não se encontram totalmente contabilizados, mas os encargos do SNS com os prevaricadores ascendem a 347 milhões de euros.

PJ realizou 10 operações de combate à fraude na saúde em 2014

A Polícia Judiciária (PJ) realizou no ano passado 10 operações de combate à fraude na saúde das quais resultaram 67 arguidos, tendo sido ouvidas mais de 400 testemunhas.

Segundo um balanço oficial da fraude na saúde em 2014, a que a agência Lusa teve acesso, os encargos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com os prevaricadores ascendem a 347 milhões de euros, apesar de os montantes com a fraude não se encontrarem ainda contabilizados.

Isto significa que mais de 300 milhões de euros foram pagos pelo SNS aos prevaricadores, mas nem todo o dinheiro pode estar ligado à fraude, podendo haver uma fatia que é legal.

De acordo com os números oficiais do Ministério da Saúde, só a Autoridade do Medicamento (Infarmed) realizou em 2014 quase 1.400 inspecções.

Destas, a maior fatia (845) foi em farmácias, 163 em distribuidores de medicamentos e 40 a fabricantes de fármacos.

O Infarmed fez ainda 17 inspecções a boas práticas clínicas, nove a titulares de Autorização de Introdução do Mercado de medicamentos, 160 a entidades ligadas a produtos cosméticos, 89 a fabricantes e distribuidores de dispositivos médicos e 18 a locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica.

No total foram instaurados 91 processos de contra-ordenação e 11 situações foram comunicadas à PJ.

Estudo revela
As crianças que têm acesso a 'tablets' ou 'smartphones' nos seus quartos dormem menos do que as crianças...

As conclusões da investigação publicadas na revista Pediatrics mostram que ter um chamado "pequeno ecrã" à mão é pior do que ver televisão, no que toca à falta de sono, de acordo com a observação de 2 mil crianças em idade escolar.

No geral, aqueles que têm acesso a 'tablets' ou 'smartphones' dormem menos 21 minutos por noite em comparação com os que não usam essa tecnologia e têm mais probabilidade de acusar falta de sono.

Já as crianças com televisão no quarto dormem menos 18 minutos do que as que não têm esses aparelhos na mesma divisão em que dormem.

"A presença de pequenos ecrãs, mas não de televisão, no ambiente de sono, está associada com a percepção de descanso ou sono insuficiente", indica o estudo de Jennifer Falbe, da Universidade da Califórnia.

Ordem dos Enfermeiros
A Ordem dos Enfermeiros revelou que 2.082 enfermeiros pediram para emigrar em 2014, uma média de 5,7 por dia, sobretudo da...

De acordo com um balanço divulgado 2.082 enfermeiros pediram em 2014 à Ordem a “Declaração das Directivas Comunitárias” para trabalhar no estrangeiro.

Por regiões, foi no sul que foram feitos mais pedidos (1.009), a que se seguem o centro (617), o norte (345), a Madeira (82) e os Açores (29).

Em 2014 emigraram menos 17,3% enfermeiros do que em 2013 (quando se verificaram 2.516 pedidos), ano que quebrou a tendência de crescimento que se mantinha desde, pelo menos, 2010.

Com base em dados disponíveis, a Ordem dos Enfermeiros (OE) destaca que “a Europa é o destino escolhido pela esmagadora maioria dos enfermeiros que decidiram emigrar”.

Os países de destino são, por ordem, a Inglaterra, a França, a Bélgica, a Alemanha, a Suíça e a Irlanda.

A maior parte dos que emigram “são profissionais em início de carreira, já com alguma experiência. Mas também tem optado pelo estrangeiro um número substancial de enfermeiros na faixa etária dos 30/40 anos, muitos dos quais altamente especializados”, destacou a OE.

Como cuidar?
As crianças e os jovens infectados pelo VIH ou com SIDA, embora possam necessitar de cuidados especí
Crianças com Sida

 

É fundamental que a família, em especial, lhes dê todo o carinho e apoio. Abracem-nos, peguem-lhes ao colo, beijem-nos, levem-nos à escola, enfim, façam tudo para que as crianças e os jovens se sintam integrados no meio familiar e social.

 

No entanto, há situações que merecem especial atenção:

  • É importante estar atento ao estado de saúde e ao comportamento da criança. Se verificar alguma situação fora da rotina deverá avisar o médico;
  • É fundamental dedicar especial atenção aos problemas respiratórios, febre, diarreia ou alterações do sono e do apetite. Esclareça os sinais de alarme com o médico assistente;
  • Converse com o profissional de saúde antes de a criança fazer qualquer vacina, uma vez que algumas vacinas podem provocar sinais de doença;
  • É preferível optar por brinquedos de plástico e laváveis. Bonecos de pano ou peluche sujam-se facilmente e podem transportar germes que provocam doenças. Caso a criança brinque com este tipo de bonecos, deve lavá-los na máquina, de modo a mantê-los o mais limpos possível;
  • Não deixe a criança aproximar-se do cesto, cobertor ou jornal onde costuma estar o animal de estimação;
  • No caso de a criança conviver com animais de estimação (cães, gatos, pássaros, etc.), pergunte ao médico como proceder;
  • Proteja a criança ao máximo, evitando o contacto com doenças infecciosas, especialmente a varicela. Se a criança com VIH esteve próximo de alguém com varicela, contacte imediatamente o seu médico. A varicela pode agravar o estado da criança infectada;
  • Se a criança se arranhar, cortar ou fizer uma ferida, lave a pele com água quente e sabão e coloque, imediatamente, um penso ou ligadura em função da dimensão da ferida.
Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Legionella
A Adubos de Portugal retomou a produção na semana passada, depois de ter estado parada mais de um mês no seguimento do surto de...

"A ADP recebeu, a 26 de dezembro, autorização da Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) para retomar a actividade total da fábrica", avançou à agência Lusa uma fonte da empresa.

A IGAMAOT tinha emitido um mandado de suspensão de actividade da fábrica, decisão relacionada com a presença da bactéria “legionella” numa das torres de arrefecimento da unidade.

Na semana passada, a produção foi retomada, depois de a ADP ter efectuado a operação de limpeza da estrutura e da IGAMAOT ter considerado estarem reunidas as condições para que a produção voltasse a efectuar-se.

No relatório final do surto, divulgado a 15 de dezembro, é referido que a situação de Vila Franca de Xira, registada a partir de 07 de novembro, causou 12 mortos e 375 doentes.

Poucos dias após o início do surto, o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, anunciava uma acção inspectiva extraordinária à ADP, em Vila Franca de Xira, para averiguar um eventual crime ambiental.

A 12 de novembro, a empresa de fertilizantes garantia cumprir a lei e seguir as recomendações das inspecções.

A 21 de novembro, no final da última reunião do grupo de trabalho constituído pelo Ministério da Saúde para acompanhar o surto, o director geral da Saúde revelava que as bactérias encontradas em doentes com “legionella” eram semelhantes àquelas detectadas numa torre de refrigeração da ADP.

Contactada pela Lusa na altura, a empresa escusou-se a comentar o assunto.

A doença do legionário, provocada pela bactéria “Legionella pneumophila”, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Portugal tem
Portugal já tem mais de mil desfibrilhadores disponíveis em locais públicos, como aeroportos, centros comerciais ou...

Cabe ao Instituto Nacional de Emergência Médica licenciar estes desfibrilhadores automáticos externos, que desde setembro passaram mesmo a ser obrigatórios em vários locais públicos, como estabelecimentos comerciais de dimensão relevante, aeroportos, estações ferroviárias ou recintos desportivos e de lazer com lotação superior a cinco mil pessoas.

A utilização de desfibrilhadores em espaços públicos tem regras definidas desde 2009, cabendo sempre ao INEM licenciar a sua utilização, bem como promover a adesão de mais empresas e instituições.

Segundo um balanço divulgado hoje em comunicado, existem actualmente em Portugal 1.006 desfibrilhadores distribuídos por 867 espaços públicos e por ambulâncias tripuladas por pessoal que não pertence ao INEM.

Os desfibrilhadores chegaram já a 21 estabelecimentos de ensino, a mais de 200 estabelecimentos comerciais com área superior a 2.000 metros quadrados e a 144 áreas comerciais com mais de 8.000 metros quadrados.

Há também desfibrilhadores automáticos em quase 140 recintos desportivos ou de lazer, em 14 instalações bancárias, em seis aeroportos ou portos comerciais, em 40 aeronaves e ainda numa dezena de embarcações.

No total de todos os espaços há mais de 10 mil operacionais preparados para usar os desfibrilhadores.

Estes desfibrilhadores automáticos externos (DAE) são portáteis e permitem, através de elétrodos postos no tórax de uma vítima em paragem cardíaca, analisar o ritmo do coração e recomendar ou mão um choque eléctrico.

Infarmed
O INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P., apresenta um balanço das principais actividades...

Assim, foi possível continuar a assegurar equidade e aumentar o acesso dos cidadãos aos medicamentos e à inovação terapêutica. Regista-se a dispensa de mais medicamentos que em 2013, com a utilização prevista de 2 milhões de embalagens de medicamentos, o que equivale a um aumento em 1,5% face ao ano anterior, a preços mais baixos, reduzindo, ao mesmo tempo, a despesa do Estado e o custo para os cidadãos.

Os encargos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no mercado de ambulatório, incluindo subsistemas, mantêm-se em linha com os do ano passado e cifram-se em 1.160,6M€.

Registou-se também uma redução do esforço dos cidadãos com medicamentos. Por conseguinte, estima-se que os seus encargos sejam de 696M€, o que representa uma redução de 7M€ face a 2013, dando continuidade à poupança verificada nos últimos anos.

Registou-se um aumento da comercialização de medicamentos genéricos face ao ano anterior, para uma quota de 46,3% de unidades de genéricos dispensadas, em conformidade com uma das metas prioritárias para 2014, contribuiu em grande medida para estes resultados. A utilização destes medicamentos permitiu um potencial de poupança de 112M€, no período de Janeiro-Setembro, estimando-se que atinja os 150M€ até ao final do ano, mantendo-se a tendência de crescimento da quota.

Ao nível do mercado hospitalar, mantêm-se a curva decrescente verificada em 2012 e em 2013, consolidando a inversão da tendência de crescimento verificada na última década.

Neste mercado prevê-se uma despesa de 969M€, o que representa uma redução de 5,8M€ face a 2013 para o SNS, valores que ainda não incluem a contribuição da indústria farmacêutica resultante dos acordos celebrados com o Governo.

O investimento e o acesso à inovação terapêutica foram incrementados em 2014, podendo afirmar-se que terá sido o melhor ano de sempre na aprovação de medicamentos inovadores, seja em novas substâncias activas, seja em novas indicações para substâncias já existentes. Assentando em pressupostos rigorosos, através da comparticipação em ambulatório ou da avaliação prévia hospitalar, o SNS continuou a disponibilizar aos cidadãos o acesso a medicamentos inovadores. Em 2014, até à data, foram aprovadas 22 substâncias activas para utilização em meio hospitalar, representando um aumento de 215% face a 2013, e 22 substâncias activas na área da comparticipação. No período compreendido entre Janeiro e Setembro de 2014, a inovação já representava para o SNS um investimento de 142M€, valor acima dos 119M€ investidos pelo SNS em todo o ano de 2013.

Por outro lado, a criação de um inovador e amplamente participado Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias de Saúde (SiNATS) permitirá promover o desenvolvimento de inovação relevante, bem como contribuir para maximizar os ganhos em saúde e a qualidade de vida dos cidadãos. Este sistema, desenvolvido em 2014, será uma ferramenta essencial para garantir o acesso à verdadeira inovação, bem como a sustentabilidade do SNS, a utilização eficiente dos recursos públicos em saúde, a monitorização da utilização e da efectividade das tecnologias a redução dos desperdícios e ineficiências e a promoção do acesso equitativo às tecnologias.

Em matéria de Dispositivos Médicos (DM), foi desenvolvido um ambicioso trabalho que visa a codificação de todas as classes previstas, correspondente a 211 mil DM, onde se incluem todos os novos dispositivos que entraram no mercado. Através da atribuição de um código único, denominado de CDM – Código de Dispositivos Médico, cada dispositivo é caracterizado e agrupado consoante as suas características técnicas e finalidades médicas. Este processo tem sido desenvolvido dando prioridade aos grupos de dispositivos que representam, por um lado, maior risco associado à utilização e, por outro, maior impacto financeiro para o SNS.

No decorrer deste ano, tem sido prioritária a actualização constante relativa à codificação de dispositivos médicos disponíveis no mercado, a recolha sistemática da informação reportada pelos hospitais e o reforço do processo de monitorização e de análise dos dados.

A elaboração do Formulário Nacional de Medicamentos (FNM) foi concluída e aprovada pela Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica (CNFT), durante o ano de 2014. Esta Comissão elaborou os vários módulos do FNM, encontrando-se em curso a revisão final dos documentos aprovados para publicação no sítio electrónico do Infarmed em Janeiro de 2015.

O Fundo para a Investigação em Saúde, com uma dotação de 1M€, foi constituído em 2014 e está em condições de iniciar a sua actividade em Janeiro de 2015. De momento encontram-se em preparação os concursos a promover pelo Fundo, em colaboração com a Fundação para a Ciência e Tecnologia, I.P., bem como a definição das áreas científicas de investigação a subsidiar pelo Fundo em 2015.

Em matéria de ensaios clínicos, no sentido de dar cumprimento ao disposto na Lei da Investigação Clínica, o INFARMED, I.P. está a desenvolver a plataforma electrónica que suporta a Rede Nacional de Estudos Clínicos (RNEC). Estão actualmente em curso 3 fases do projecto, lançadas a 30 de Outubro. A entrada em produção desta plataforma, prevista para o segundo trimestre de 2015, potenciará o desenvolvimento e aumentará a transparência sobre a investigação clínica em Portugal, nomeadamente pela promoção de interacção entre os diferentes parceiros nesta área e pela divulgação de informação sobre a mesma aos profissionais de saúde e ao público em geral.

A Plataforma de Comunicações - Transparência e Publicidade registou 3.553 novas entidades em 2014, num total de 7.449 entidades (desde 15/02/2013). Foram declarados nesta plataforma patrocínios concedidos no valor de 60.742.277,02€, com destaque para as empresas farmacêuticas.

Relativamente à acção inspectiva, em 2014 realizaram-se 1.358 inspecções a farmácias, distribuidores de medicamentos, fabricantes de medicamentos, titulares de AIM, entidades do circuito dos produtos cosméticos, entre outros, das quais resultaram 91 processos de contra-ordenação instaurados e 11 participações à Polícia Judiciária.

Estudo revela
Um estudo recente revela que a maior parte dos cancros surgem devido à falta de sorte, muito mais do que por causa da genética...

A maior parte das doenças cancerígenas está mais ligada à falta de sorte do que à genética ou a um estilo de vida pouco saudável. Mas isto não quer dizer que o estilo de vida e a componente genética devam ser totalmente descartados

A conclusão é de investigadores norte-americanos da universidade de medicina John Hopkins, que descobriram que dois terços das doenças oncológicas são consequência de erros nas divisões celulares sob as quais não temos controlo.

Os cientistas concluíram que quanto mais divisões celulares ocorrerem, maior é a probabilidade de se ter cancro.

Isto explica a maior prevalência dos cancros do cólon em relação aos do intestino: há uma maior divisão celular. O mesmo acontece com o cancro no pâncreas, que é mais comum do que os localizados na zona pélvica porque o pâncreas regenera-se mais rapidamente.

Estes investigadores defendem que é impossível prevenir a maioria dos tipos de cancro através de uma mudança de estilo de vida ou controlo genético e que se deve promover a detecção destas doenças o mais cedo possível.

“Se dois terços dos cancros são explicados por mutações aleatórias no ADN que ocorrem durante divisões celulares, então uma mudança de estilo de vida pode ser essencial para a sua descoberta. Mas isto não se aplica a todas as doenças cancerígenas”, explicou o médico Cristian Tomasetti, citado pelo jornal britânico Telegraph. “Deve investir-se em recursos para detectá-los numa altura em que podem ser curados”.

Mas isto não quer dizer que o estilo de vida e a componente genética devam ser totalmente descartados. O cancro do pulmão e da pele, por exemplo, têm uma maior prevalência do que o previsto pelas divisões celulares. Isto é, fumar ou excessiva exposição solar também potenciam estas doenças.

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