Protocolo de cooperação
Cerca de 73 mil embalagens de uma lista de 236 medicamentos deverão ser doadas ao longo deste ano a São Tomé e Príncipe, na...

A ideia do protocolo surgiu em Dezembro, após a tomada de posse do novo Governo são-tomense, que solicitou a Portugal, através do Infarmed, "apoio para viabilizar uma doação de medicamentos destinados ao Hospital Central Dr. Aires de Menezes", em São Tomé e Príncipe, disse fonte da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

De acordo com a mesma fonte, "a doação em apreço respeita apenas a medicamentos a doar pela indústria farmacêutica", mas "o Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe anexou uma lista de outros materiais hospitalares que, porventura, podem fazer parte do portfolio de algum dos laboratórios doadores".

Em termos de medicamentos, as necessidades, para um ano, são de cerca de 73 mil embalagens de uma lista de 236 medicamentos, "às quais a indústria farmacêutica nacional procurará responder", adiantou o Infarmed, acrescentando que "os doadores prevêem enviar um primeiro contentor para São Tomé e Príncipe no final de Fevereiro".

O transporte marítimo para o país, bem como o desalfandegamento e distribuição de medicamentos vão ficar a cargo do Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe, sendo o principal ponto de armazenamento e distribuição o Hospital Central Dr. Aires de Menezes, de onde os medicamentos devem partir para suprir carências detectadas nos hospitais públicos do país.

O protocolo de cooperação, assinado no passado dia 15, envolveu o Embaixador de São Tomé e Príncipe em Portugal, Luís Guilherme de Oliveira Viegas, em representação do Governo do seu país, o Infarmed, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), a Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (Apogen) e a empresa de distribuição de medicamentos Grupo Rangel.

Assegurar as urgências
O Ministério da Saúde pediu aos hospitais que apenas autorizem férias a médicos e enfermeiros no período do Carnaval após...

Após o caos gerado no período natalício pela falta de pessoal nas urgências hospitalares, a tutela pretende evitar que o cenário se repita no Carnaval.

O Ministério receia que o afluxo de doentes seja elevado devido à gripe e, como tal, solicitou às Administrações Regionais de Saúde (ARS) que assegure que as escalas dos serviços de urgência estejam asseguradas antes de serem concedidos dias de férias ao pessoal médico e de enfermagem.

Empresa garante
A empresa que detém a marca de preservativos com produtos contrafeitos, detectados na Polónia, esclareceu hoje que não existem...

“Os produtos contrafeitos que entraram ilegalmente no mercado polaco são cópias das embalagens Durex polacas (escritas em polaco). Nenhum dos lotes detectados na Polónia como produto contrafeito foi colocado no mercado Português. Além disso, os invólucros dos preservativos Durex genuínos, apresentam, além do número de lote e prazo de validade, a marcação CE ‘CE 0120’- omissa no produto contrafeito”, lê-se num comunicado da RB, a empresa que detém a marca de preservativos em causa.

A autoridade que regula o sector do medicamento (Infarmed) alertou para a existência de preservativos contrafeitos de uma marca e modelos comercializados em Portugal.

Numa circular informativa, o Infarmed informa que “a autoridade competente da Polónia detectou a existência de preservativos da marca Durex contrafeitos”.

Em causa estão lotes dos modelos Durex, Durex Extra Safe, Durex Classic e Durex Pleasuremax.

Em Portugal são vendidos os modelos Durex Extra Safe e Durex Pleasuremax, os quais são comercializados com as designações Durex Extra Seguro e Durex Dame Placer, respectivamente.

Ainda que garanta que os lotes com defeito detectados na Polónia não estão à venda em Portugal, a empresa pede atenção aos consumidores.

“Apesar de nenhum dos lotes detectados na Polónia como produto contrafeito ter sido colocado no mercado Português, caso encontre alguma embalagem ou lote contrafeito, aconselhamos que [a] devolva [ao] estabelecimento onde foi adquirido, para que possa ser recolhido e destruído”, lê-se no comunicado.

A empresa, que aconselha “à denúncia e devolução de qualquer produto contrafeito”, criou uma linha de apoio aos consumidores, “com profissionais especializados disponíveis para esclarecer todas as dúvidas”, com o número 800 203 300.

Em Coimbra
Uma investigação desenvolvida no Centro de Neurociências e Biologia Celular e na Faculdade de Medicina de Coimbra “abre portas...

Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) descobriu que “as células do sistema imunitário T CD8”, produzidas pelo Timo (“órgão linfóide situado junto ao coração”) para defender o organismo de infecções, “estão alteradas na artrite reumatóide”, afirma a Universidade de Coimbra (UC), numa nota divulgada.

Essas células são “responsáveis pela manutenção da doença, quer ao nível sanguíneo quer ao nível das articulações”.

Nesta doença crónica, as T CD8 “perdem a tolerância imunológica e destroem as células erradas, ou seja, matam as células boas da articulação”, revela a investigação.

O estudo foi realizado primeiro em modelos animais e posteriormente em humanos, designadamente em “96 doentes com artrite reumatóide, seguidos no Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)”, sob direcção do catedrático da FMUC José António Pereira da Silva.

A equipa de investigadores verificou ainda, nas experiências com modelos ratinhos, que, retirando as T CD8 do sistema, os animais “apresentavam melhorias muito significativas”.

Estes resultados “abrem portas para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos com o foco nestas células que estão a matar as células erradas porque perderam a capacidade de distinguir o que é estranho daquilo que faz parte do organismo”, sustenta Helena Carvalheiro, primeira autora do artigo científico feito a este propósito e já publicado no Arthritis & Rheumatology, “jornal internacional de referência da área”.

A artrite reumatóide provoca a “destruição das articulações e invalidez progressiva” e a procura de novas respostas clínicas “continua a ser um objectivo nuclear, apesar dos notáveis progressos registados já na última década”, sublinha o especialista da FMUC José António Pereira da Silva.

Financiada pela acção Marie-Curie (bolsas atribuídas pela União Europeia) e por um laboratório de indústria farmacêutica, a pesquisa vai agora focar-se em “seleccionar as vias moleculares intracelulares das T CD8, que podem ser modificadas geneticamente” com fins terapêuticos.

“Vamos avaliar como funcionam os sinais dentro destas células, através da análise genética, identificar os que estão alterados e proceder à sua reparação para que todas as peças da máquina voltem a funcionar em favor do doente”, explicita Helena Carvalheiro.

Em três ilhas dos Açores
O Governo dos Açores revelou que as análises laboratoriais confirmaram que há um surto de doença hemorrágica viral entre os...

O surto desta doença nos Açores foi detectado em Dezembro na Graciosa, confirmando-se agora a sua presença em mais três ilhas do arquipélago. As análises foram realizadas pelo Laboratório Regional de Veterinária e pelo CIBIO/Universidade do Porto a amostras de coelhos-bravos mortos recolhidos nas Flores, São Jorge e Terceira, tendo-se confirmado "a presença da nova estirpe da doença hemorrágica viral (DHV) nas populações de coelho-bravo" daquelas três ilhas, segundo um comunicado do executivo regional.

O Governo Regional decidiu, por outro lado, proibir a caça na ilha Terceira, interdição que havia já sido decidida no início do ano para São Jorge e Flores, por causa do número "significativo" de coelhos-bravos encontrados mortos, e na Graciosa, ainda em Dezembro.

Entre 2 e 19 de Janeiro foram recolhidos 2.780 coelhos mortos na ilha das Flores, 1.333 em São Jorge e 80 na Terceira, revela o Governo Regional.

"Os serviços das direcções regionais dos Recursos Florestais e da Agricultura mantêm em curso iniciativas destinadas a informar a população sobre os comportamentos a adoptar para impedir a disseminação do vírus, nomeadamente avisar de imediato os Serviços Florestais dos locais da presença de coelhos mortos, prevenir a disseminação para os coelhos domésticos e promover a desinfecção de calçado, vestuário, ferramentas e interior das viaturas, no caso de contacto com coelhos infectados", diz o governo açoriano.

Segundo a mesma nota, "a implementação destas iniciativas tem permitido uma evolução positiva na contenção dos efeitos do surto da virose hemorrágica detectado em Dezembro de 2014 na ilha Graciosa".

O Governo Regional reitera ainda que esta doença, "apesar de muito contagiosa para os coelhos", não se transmite aos seres humanos ou outras espécies animais. No entanto, a carne dos coelhos afectados não deve ser consumida.

Ordem dos Médicos
O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem Médicos, Carlos Cortes, disse que o Ministério da Saúde está “desorientado”...

“Não é aceitável a desorientação e incapacidade do MS de controlar a situação” nas urgências, afirmou, em Coimbra, em declarações à agência Lusa, Carlos Cortes, considerando que “as medidas avulsas”, que a tutela tem vindo a adoptar, “são o reconhecimento irrefutável da falência” da política que tem seguido para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Picos de afluência [de doentes] às urgências acontecem todos os anos”, este ano talvez de forma algo mais acentuada, e “vão voltar a acontecer”, mas o Ministério da Saúde (MS) reage com “soluções desconexas e a conta-gotas”, afirma Carlos Cortes.

As urgências privadas podem vir a tratar doentes do SNS em alturas de maior afluência aos hospitais, segundo um conjunto de medidas que inclui a repetição da triagem, quando o tempo de espera for ultrapassado.

As medidas constam de um despacho assinado pelo secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, a 9 de Janeiro, quando já tinham ocorrido três mortes em serviços de urgência. Esse número subiu entretanto para oito.

O facto de o acréscimo de afluência às urgências ser encarado com “surpresa”, no entanto, é “motivo de maior preocupação ainda” para os médicos, sublinhou.

A circunstância de o ministro da Saúde, Paulo Macedo, que é “o alto responsável pela saúde em Portugal, ficar surpreendido” com o aumento de afluência, nesta época do ano, aos serviços de urgências dos hospitais públicos, “deixa-nos preocupados”, frisou Carlos Cortes.

“O Ministério [da Saúde] tem estado a vender a imagem de que está a salvar o SNS, através de respostas mínimas”, afirmou o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, considerando que a tutela continua a “esquecer-se das respostas” a nível dos cuidados de saúde primários.

“Em vez de transmitir um sentimento de segurança e de confiança às populações”, o Ministério está a promover o “alarmismo”, anunciando “todos os dias medidas novas, avulsas e desconexas”, enquanto “continuam a morrer pessoas à porta das urgências”.

Os médicos têm “insistido na necessidade de valorizar a prestação de cuidados de saúde primários, através dos centros de saúde”, mas a tutela continua a não querer “ouvir os profissionais que estão no terreno”, sustenta Carlos Cortes, concluindo que “a falta de recursos humanos é o maior problema do SNS”.

Sindicato dos Enfermeiros Portugueses
O dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses Celso Silva disse que, nos últimos dias, têm ocorrido casos de &quot...

O enfermeiro e dirigente da direcção regional do Alentejo do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) Celso Silva disse que estes casos têm ocorrido, porque as macas à disposição, no serviço de urgências, por vezes, estão “todas ocupadas”.

“Desde há uns dias, temos uma enorme afluência de utentes às urgências, o que leva a uma demora no atendimento, superior àquilo que é desejável e recomendado", disse Celso Silva, relatando haver casos de "doentes internados em cadeirões".

Segundo o dirigente sindical, a situação deve-se a uma “diminuição de respostas”, por parte da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) nos centros de saúde, e à “falta” de profissionais no serviço de urgências do hospital de Portalegre, nomeadamente enfermeiros.

“Nós lamentamos imenso aquilo que se está a passar no serviço de urgências. Nós temos, há muito tempo, alertado a administração da ULSNA e aquilo que sabemos é que não são tomadas medidas para que o problema seja minimizado”, disse.

Celso Silva relatou que os tempos de espera no serviço de urgência no hospital de Portalegre "são, por vezes, ultrapassados", em relação ao que é desejável e recomendado, o que considerou ser “inadmissível”.

“O número de profissionais não permite que o atendimento seja mais célere”, disse.

A Lusa tentou obter esclarecimentos da administração sobre o assunto, mas o porta-voz da ULSNA, Ilídio Pinto Cardoso, informou que os responsáveis não iriam fazer qualquer comentário.

Sobre a falta de cuidados de saúde
O presidente da associação de lares privados de idosos desafiou o Ministério da Saúde e a Ordem dos Enfermeiros a verificarem...

O desafio do presidente da Associação de Apoio Domiciliário, de Lares e Casas de Repouso de Idosos (ALI), João Ferreira de Almeida, surge na sequência de declarações do bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto, proferidas na segunda-feira, no final de uma visita ao Hospital das Caldas da Rainha, e de afirmações do ministro da Saúde, Paulo Macedo, feitas no início do mês, durante uma visita ao serviço de urgência do Hospital de Guimarães.

Germano Couto defendeu que “o Ministério da Saúde e o Ministério da Solidariedade Social têm de se entender no que respeita aos lares de terceira idade”, sustentando que, “muitas vezes, as mortes acontecem, não por responsabilidade dos hospitais, mas sim porque [os doentes] não tiveram os cuidados necessários a montante”.

O ministro da Saúde também afirmou, no início de Janeiro, que iria trabalhar em conjunto com o Ministério da Saúde e o da Segurança Social, para encontrar soluções mais eficazes para casos de idosos "depositados" nos hospitais e para impedir "assimetrias" nas taxas de vacinação em lares.

Em declarações o presidente da ALI refutou estas declarações, afirmando que “convinha falarem com as estruturas representativas dos lares de idosos”, antes de as fazerem, para analisarem a situação e verificar as soluções que há para estas situações.

“Com a má fama e a antipatia que há com os lares de idosos, os lares estão mesmo à mão para serem os maus da fita. É fácil descarregar para os que estão mesmo a jeito de apanhar por tabela, e sacode-se a água do capote”, sublinhou.

Para o responsável, é preciso distinguir os diferentes tipos de lares: “Nos licenciados privados há cuidados médicos, nos lares sociais se calhar há menos e, nos lares clandestinos, não há mesmo”.

Segundo João Ferreira de Almeida, os lares privados até evitam levar os idosos às urgências: “Todos sabemos bem o mal que passam quando vão às urgências”.

Assegurou ainda que as instituições licenciadas disponibilizam um “médico próprio” aos idosos, “mesmo não sendo obrigatório segundo a regulamentação em vigor”.

Para Serviço Nacional de Saúde
A Administração Central do Sistema de Saúde indicou que este ano foram autorizadas contratações de 22 médicos especialistas e...

Em comunicado, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) adianta que nos primeiros 20 dias de 2015 foram autorizadas 130 contratações para o SNS, sendo 22 de médicos especialistas e 108 de enfermeiros.

Segundo a ACSS, os 22 médicos especialistas contratados vão ser integrados no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes (quatro), Centro Hospitalar de Leiria (quatro), Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (quatro), Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (dois), Hospital Garcia de Orta (dois), Centro Hospitalar do Algarve (dois), Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (um), Unidade Local de Saúde (ULS) do Baixo Alentejo (um) e ULS de Castelo Branco (um).

A ACSS destaca ainda que 55 enfermeiros contratados vão desempenhar funções no Centro Hospitalar de Lisboa Central e sete no Hospital Fernando da Fonseca.

Governo garante
O secretário de Estado da Saúde negou que o país viva um “período de emergência ou caos generalizado” devido à gripe e pediu...

Leal da Costa, que falava numa conferência de imprensa sobre o surto de gripe deste ano, disse que este “nem era o maior” de que há registo, lembrando que um dos maiores ocorreu em 1999 e que nem por isso se pode atribuir responsabilidade a António Guterres, primeiro-ministro na altura.

O secretário de Estado disse estar farto “de inverdades sistemáticas de que há menores probabilidades de se sobreviver ao inverno por causa dos cortes no Serviço Nacional de Saúde”.

“Como também não é verdade que as mortes nas urgências estejam relacionadas com atrasos nos atendimentos”, acrescentando que todos os anos morrem nos serviços de urgência hospitalares 10 mil portugueses.

O secretário de Estado falava numa conferência de imprensa conjunta com o director-geral de Saúde, Francisco George, e o presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Fernando Almeida.

Em 2014
O programa de comparticipação de medicamentos da Câmara de Leiria para famílias carenciadas beneficiou o ano passado 744...

Numa nota de imprensa, o município liderado por Raul Castro explica que em 2014 “foram formalizadas 583 candidaturas” ao programa, “abrangendo um total de 1.278 indivíduos”, sendo que 356 foram deferidas e contemplaram 744 pessoas.

Em 2013, chegaram ao município 371 candidaturas para este programa, tendo sido diferidos 287 pedidos de apoio de agregados familiares representando 650 beneficiários, tendo a câmara despendido com esta acção cerca de 32 mil euros.

“Comparativamente ao ano de 2013, no ano de 2014 verificou-se um aumento de 212 candidaturas, o que equivale a um acréscimo de 36%”, informa a câmara.

À agência Lusa, a vereadora com o pelouro do desenvolvimento social, Ana Valentim, considerou ser “de grande importância atribuir estes apoios a famílias que não têm capacidade para adquirir os seus próprios medicamentos”.

“Por outro lado, é incontornável salientar não só o aumento das candidaturas, mas em especial o facto de os apoios incidirem sobretudo no colmatar de uma dificuldade sentida pelos mais idosos, crianças e jovens", declarou Ana Valentim.

Das 583 candidaturas, a esmagadora maioria partiu de mulheres – 406 -, sendo que “o escalão etário predominante é o dos 40 anos aos 64 anos (44,05%), seguido pelo escalão que compreende os 0 aos 17 anos (23,64%), o que indicia que o programa abrange um elevado número de menores”, 302 no total.

“Das 18 freguesias/união de Freguesias que compõem o concelho, constata-se que a União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes é aquela de onde se verifica um maior número de candidaturas”, num total de 223, seguida pela União de Freguesias de Marrazes e Barosa, com 188 candidaturas.

O programa de atribuição de comparticipação em medicamentos a famílias carenciadas está implementado desde Abril de 2010 no município de Leiria.

Para o ano em curso e atendendo ao aumento de candidaturas, o município reservou para esta iniciativa uma verba de 80 mil euros.

Inaugurada a 1 de Fevereiro
Um "centro de noite" para idosos "que vivem sozinhos" vai ser inaugurado domingo e entra em funcionamento a...

A directora técnica da Associação "Censo", Sónia Durães sublinhou a "importância" da nova estrutura, sobretudo para "os idosos que ainda têm alguma autonomia mas que se encontram sozinhos, sem retaguarda familiar".

A recuperação da antiga escola primária de Badim, entretanto desactivada, e a adaptação às novas funções permitiu criar sete quartos com capacidade para acolher 12 utentes, e criar três novos postos de trabalho.

Apesar de a intervenção estar concluída, a estrutura só vai entrar em funcionamento no início de Fevereiro "devido aos trabalhos de montagem de o equipamento e mobiliário, necessário".

Gerido pela Associação "Censo", o centro de noite vai ainda prestar apoio às famílias que tenham idosos dependentes de longa duração. "Para descanso do cuidador está previsto que o centro de noite venha a prestar apoio, num período entre 15 a 30 dias, a esses idosos dependentes", explicou Sónia Durães. A responsável adiantou um dos utentes que vai ser acolhido na nova estrutura frequentou a antiga escola primária.

"É um senhor de 63 anos que perdeu as capacidades cognitivas devido à doença de Alzheimer e que nesta altura está aos cuidados da esposa que vai colocá-lo no centro de noite durante algum tempo", afirmou.

A maioria utentes que vão entrar no centro de noite "já vivem sem qualquer retaguarda familiar" e os restantes têm apoio domiciliário ou estão no centro de dia da "Censo" situado na União de freguesias de Messegães, Valadares e Sá, também este instalado num estabelecimento de ensino entretanto desactivado.

Além do centro de noite, também a antiga escola primária de Tangil vai receber um centro cultural, destinado a valorizar a cultura no Vale do Mouro.

De acordo com a Câmara Municipal o investimento ronda os 550 mil euros e vai dotar a antiga escola primária de um auditório, com capacidade para 160 pessoas, e seis salas polivalentes preparadas para a prática e aprendizagem da música.

A entrada em funcionamento do centro cultural de Tangil deverá ocorrer no segundo trimestre deste ano, também para dar apoio da Escola Básica Integrada (EBI) da freguesia, situada nas proximidades.

Segundo dados da Câmara de Monção, em finais do século passado e inícios do actual existiam mais de 30 escolas primárias no concelho, sendo que actualmente apenas quatro continuam a funcionar. No total, recebem perto de meio milhar de crianças de 24 freguesias do concelho.

A maioria das escolas desactivadas foram recuperadas e funcionam actualmente como biblioteca municipal (Monção) delegação da Cruz Vermelha Portuguesa (Ceivães), museu regional (Longos Vales) habitação social (Lara), apoio à actividade agrícola (Merufe), casa mortuária (Barroças e Taias) e sedes de associações locais.

Davos debate
Mais de 2.500 participantes vão debater "O novo contexto global" e os 10 principais desafios que o mundo enfrenta na...

A escalada de conflitos, o risco de pandemias, as divergências face ao crescimento económico entre países e o novo contexto energético são alguns dos temas em debate no Fórum de Davos, que decorre entre quarta-feira e sábado, como habitualmente na estação de ski dos Alpes suíços.

O presidente e fundador do WEF, Klaus Schwab, responsável pela escolha do tema "O novo contexto global", defendeu que 2015 será um ano crucial para a humanidade, que estará na intersecção de dois caminhos, um que levará à desintegração, ao ódio e ao fundamentalismo, e o outro que conduzirá à solidariedade e à cooperação.

Depois dos atentados terroristas de Paris, o programa do encontro não foi modificado, mas estes assuntos serão evocados e "todas as regiões de crise no mundo estarão representadas", indicou na semana passada o fundador do Fórum, professor Klaus Schwab.

A recente eliminação da taxa de câmbio mínima do franco suíço face ao euro, bem como a nova ameaça geoestratégica que representa a expansão do radicalismo, também vão estar no centro dos debates em Davos.

A política monetária a nível mais global será abordada pelos responsáveis dos bancos centrais de França, Itália, Japão e Suíça, depois deste último país ter decidido na semana passada abolir o controlo cambial do franco suíço face ao euro.

Esta medida criou uma 'onda de pânico' que atingiu também o mercado europeu, desvalorizando a moeda única e fortalecendo o dólar norte-americano.

Os efeitos desta medida, que muitos viram como ‘um ensaio geral’ do esperado anúncio que deverá ser feito na quinta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE) sobre o programa de compra de dívida soberana, serão analisados à lupa em Davos.

Este ano os participantes, provenientes de 140 países, serão convidados a centrarem as discussões no presente, mais do que tentar projectar o que ocorrerá no futuro, afirmaram os organizadores, defendendo que "a complexidade e complicação que caracterizam o contexto mundial assim o requerem.

Para o fundador do WEF, este fórum deve facilitar a busca de "novas soluções" para restabelecer a "confiança e estabilidade" económica, mas também política, sendo uma "plataforma de cooperação" entre representantes políticos e da sociedade civil.

Entre os participantes estarão designadamente a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

O ministro da Economia português, António Pires de Lima, vai também marcar presença no encontro, bem como alguns empresários portugueses, como Paulo Azevedo, da Sonae, e José Soares dos Santos e Henrique Soares dos Santos, da Jerónimo Martins.

De nacionalidade portuguesa, estará também António Guterres, na qualidade de Alto-comissário das Nações Unidas para Refugiados, o antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso (2004-2014) e o presidente executivo do Lloyds Bank, António Horta Osório.

Os participantes são representantes dos mundos político, económico, universitário e da sociedade civil provenientes de mais de 140 países.

Mais de uma dezena de representantes de comunidades religiosas também estará em Davos, transformado num campo com alta segurança das polícias e do exército suíço.

O programa do Fórum prevê 280 sessões, das quais cerca de cem serão transmitidas pela Internet, com temas que incluem a procura de soluções para os conflitos geopolíticos, como os que atingem a Ucrânia e vários países do Médio Oriente.

Fundado em 1971, o Fórum de Davos apresenta-se como um “laboratório de ideias” para debater grandes temas relevantes para o mundo a curto e médio prazo.

Duas vezes por semana
Cerca de 3.500 alunos de 54 escolas do primeiro ciclo do ensino básico do concelho de Viseu recebem, a partir de hoje e até ao...

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, deslocou-se hoje de manhã à escola básica de Santiago para lançar simbolicamente mais uma edição da iniciativa Fruta Escolar, que representa um investimento do município de 26 mil euros.

O autarca disse aos jornalistas que, por um lado, é importante para o equilíbrio da alimentação que as crianças comam fruta e, por outro, deve-lhes ser incutido o hábito do consumo da fruta. “Vamos procurar distribuir fruta que seja da época e da região, como a maçã Bravo Esmolfe”, explicou.

O fornecimento de maçãs, peras, clementinas, laranjas e cenouras é garantido pela Cooperativa Agrícola de Fruticultores da Beira Alta e o investimento municipal será candidatado aos apoios disponíveis do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas para este efeito.

Segundo Almeida Henriques, “a iniciativa está a ser desenvolvida em parceria com os cinco agrupamentos de escolas que garantem complementarmente a organização de visitas a quintas, mercados e feiras”.

O objectivo é “ligar os meninos à terra para que percebam que a fruta que comem não se compra só no supermercado”, frisou, considerando que, desta forma, é feita “a sensibilização das crianças para a importância de uma alimentação saudável e do consumo de produtos locais”.

A iniciativa Fruta Escolar “não substitui outros programas já existentes, como o do leite escolar e o da distribuição de fruta nas refeições escolares”, acrescentou.

Nos laboratórios
O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses reduziu, no último ano, de 167 para 15 os processos pendentes nos...

O vice-presidente do instituto, João Pinheiro, disse que esta evolução de resultados “deveu-se ao esforço, eficiência e metodologias utilizadas” pelos três laboratórios do Serviço de Genética e Biologia Forenses do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), acompanhando o seu processo de certificação.

O laboratório do Norte foi acreditado este mês, juntando-se às unidades congéneres do Centro e do Sul, que já tinham obtido a certificação.

Entre outras actividades, estes laboratórios realizam as investigações de paternidade e as perícias da área da criminalística biológica, “na qual assumem particular relevo os perfis de ADN para a base de dados nacional e os crimes sexuais”, afirma em comunicado o Instituto de Medicina Legal.

João Pinheiro salientou que o INMLCF “conseguiu pela primeira vez” o símbolo de qualidade do Instituto Português de Acreditação (IPAC) para aquelas unidades.

“Estamos a cumprir com os mais altos padrões de qualidade, independência e rigor”, acrescentou.

O número de processos pendentes no Serviço de Genética e Biologia Forenses, dirigido por Maria João Porto, teve uma “redução significativa”, ao passar de 167 para 15, entre 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2014.

Os três laboratórios, instalados em Coimbra, Lisboa e Porto, “são os únicos em Portugal acreditados pelo IPAC”, enquanto laboratórios de ensaio no domínio da genética forense.

O Serviço de Genética e Biologia Forenses participa regularmente nas reuniões do European DNA Profiling Group, no âmbito do European Network of Forensic Sciences Institutes, no qual representa Portugal, cujo próximo encontro vai realizar-se em Abril, em Copenhaga (Dinamarca).

Circular Informativa N.º 011/CD/8.1.7.
O Infarmed emitiu uma circular informativa chamando a atenção sobre a contrafacção de preservativos da marca Durex.

A autoridade competente da Polónia detectou a existência de preservativos da marca Durex contrafeitos, nomeadamente lotes dos modelos Durex, Durex Extra Safe, Durex Classic e Durex Pleasuremax, identificados nas tabelas anexas.

Dos modelos acima indicados apenas os Durex Extra Safe e Durex Pleasuremax são comercializados em Portugal com as designações Durex Extra Seguro e Durex Dame Placer, respectivamente.

Em Portugal, até à data, não foram identificados preservativos da marca Durex contrafeitos, mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no espaço económico europeu, o Infarmed recomenda a quem possua este tipo de dispositivo médico que atente à presente informação, nomeadamente à constante das tabelas em anexo.

A existência em Portugal de dispositivos com características que evidenciem tratar-se de produto contrafeito deve ser reportada à Direcção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 72 35; fax: +351 21 798 72 81; e-mail: [email protected].

Aon firma parceria
A Aon Portugal, a QBE Insurance Company e o Health Cluster Portugal, desenvolveram em parceria uma solução de seguro que prevê...

O seguro de responsabilidade civil que engloba Ensaios Clínicos está de acordo com a Lei n.º 21/2014, de 16 de Abril, e destina-se a cobrir a responsabilidade por eventuais danos patrimoniais e não patrimoniais sofridos no decurso do Ensaio.

De acordo com Filipe Pimenta da Gama, Business Development Director da Aon Portugal, “esta parceria posiciona a Aon Portugal na linha da frente no que diz respeito à implementação e administração de programas de seguro de Ensaios Clínicos, ao mesmo tempo que incentiva às actividades de investigação clínica em Portugal, cujo potencial para a criação de valor económico e social pode e deve ser aproveitado”.

O acordo prevê uma solução de seguro aplicável a ensaios de Fase I, Fase II, Fase III ou Fase IV. Os Associados do Health Cluster Portugal (HCP) beneficiam, assim, de condições especiais que passam por prémios 30% abaixo dos praticados pela QBE, o compromisso de cotação em 48h e a ausência de questionários de risco.

A experiência e o conhecimento da Aon Portugal vêm facilitar o acesso a condições especiais e simplificar a burocracia dos processos que têm constituído entraves ao investimento em Ensaios Clínicos em Portugal.

“Portugal tem assistido a uma significativa redução no número de Ensaios Clínicos e isso é sintomático de perda de competitividade. Para além do impacto económico, a redução de Ensaios Clínicos impede a concretização de benefícios sociais, a começar pelo acesso a medicamentos inovadores, a promoção de metodologias de investigação e a criação de postos de trabalho”, conclui Filipe Pimenta da Gama.

A Aon Portugal reforça assim a sua oferta às empresas da indústria farmacêutica e das ciências da vida, constituindo-se como um parceiro estratégico desde a fase da investigação até à fase da comercialização dos medicamentos.

 

Sobre a Aon

Aon corporation (NYSE: AON) é o líder mundial em serviços de corretagem e consultoria de seguros, resseguro e gestão de riscos, e em consultoria de recursos humanos e soluções de outsourcing. Através dos seus mais de 61 mil colaboradores em todo o mundo, a Aon une-se com o intuito de criar resultados para clientes em mais de 120 países através de inovadoras e eficientes soluções e também através de recursos e conhecimentos técnicos líderes globais do seu sector. A Aon foi várias vezes nomeada, por múltiplas fontes do sector, como a melhor corretora de seguros, melhor intermediário de seguros, intermediário de resseguros, gestor de cativas e empresa consultora recursos humanos. Visite www.aon.com para mais informações sobre a Aon e www.aon.com/manchesterunited para saber mais sobre a parceria e o patrocínio da camisola do Manchester United.

Triagem deve ser repetida
As urgências privadas podem vir a tratar doentes do Serviço Nacional de Saúde em alturas de maior afluência aos hospitais,...

As medidas constam de um despacho assinado pelo secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, a 9 de Janeiro, quando já tinham ocorrido três mortes em serviços de urgência. Esse número subiu entretanto para oito.

Segundo o despacho, assinado um dia após uma reunião com as várias entidades com intervenção na resposta à afluência aos serviços de urgência, “todos os hospitais devem ter camas supletivas para internamento”.

“As Administrações Regionais de Saúde (ARS) devem averiguar onde podem estar recursos disponíveis para internamento em caso de necessidade acrescida, elencando todas as capacidades de hospitais e unidades de saúde do sector público, social, privado e militar”.

Refere o despacho que “será necessário deslocar os doentes para onde for preciso e impedir acumulação em salas de observação de serviços de urgência”.

Cabe ainda às ARS fazer “uma avaliação dos serviços de urgência privados e qual tem sido a procura e respectiva capacidade de resposta, para analisar uma eventual participação adicional destes serviços, caso seja necessário”.

Outra medida passa pela preparação imediata, pelas ARS, “de alteração das regras geográficas da referenciação para serviços de urgência, passando freguesias da área de um hospital para outro com menos afluência”.

Segundo Fernando Leal da Costa, “não pode existir falta de macas. É necessário perceber onde podem faltar macas e comprar macas, fazendo inclusive uma reserva de macas”. Para ajudar neste propósito, “o INEM vai efectuar esse levantamento e emprestar macas”, refere o documento.

Os hospitais vão fazer a retriagem “em altura de maior pico de afluência aos serviços de urgência”. Para tal, devem “aumentar o número de triadores e cumprir as determinações da triagem de Manchester, que determina a repetição da triagem quando o tempo de espera até à primeira observação médica for ultrapassado”.

Em relação aos profissionais, este despacho refere que devem ser identificados “quais os médicos disponíveis para supletivamente poderem participar na observação e tratamento de doentes nos serviços de urgência nas horas de maior pico”.

“Todos os médicos com especialidades afins à medicina interna, ou afins à cirurgia geral e os internos de especialidade já detentores de autonomia para a prática da medicina devem integrar as escalas dos serviços de urgência”, lê-se no documento.

Para substituir os médicos que eventualmente adoeçam, “os hospitais devem ser instruídos pelas ARS a terem anexa à escala de urgência médicos aos quais se poderá pagar um valor como horas de prevenção nas noites e dias feriados”.

Os hospitais podem contratar em regime de tarefa ou avença “onde for preciso”, dando disso conta à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a qual deve dar “a máxima urgência aos pedidos de contratação de médicos, em especial daqueles que possam ser chamados a participar na produção de situações urgentes”.

Nos cuidados de saúde primários, “deve ser acelerada a colocação dos médicos que já terminaram os internatos. Não podem existir médicos de medicina geral e familiar que ainda não tenham lista de doentes atribuída”.

A tutela quer ainda que as pessoas internadas em lares e que não querem ser vacinadas devem receber a visita de delegados de saúde e enfermeiros que lhes expliquem “o porquê da necessidade e a utilidade da vacinação”.

Desrespeita a lei e representa "uma dupla tributação"
O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas defendeu que o novo diploma sobre Assistência na Doença aos Militares...

"Recorreremos a todos os meios à disposição para pôr cobro a toda esta situação, a esta indignidade que é por demais evidente", afirmou o coronel Pereira Cracel, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA).

Manuel Pereira Cracel alegou que as alterações legislativas para alargar os descontos para a ADM aos cônjuges de militares que trabalham no privado, que o Ministério da Defesa quer aprovar nas próximas semanas, representam "uma dupla tributação e uma desconsideração" sobre os militares das Forças Armadas.

O coronel da Força Aérea criticou também um despacho do ministro da Defesa, publicado na segunda-feira [19 de Janeiro], que define os conceitos de saúde assistencial e saúde operacional, sustentando que este visa "transferir para os militares o ónus dos encargos que de facto cabem ao Estado suportar".

Num comunicado divulgado, a AOFA diz que com as alterações aos descontos para Assistência na Doença aos Militares (ADM) "os militares transformaram-se nos únicos cidadãos que pagam impostos, como os outros, em parte destinados a assegurar os cuidados de saúde de que necessitam e depois voltam a pagar o que já tinham pago".

Segundo a AOFA, o decreto-lei do Ministério da Defesa "não cumpre" a Lei de Bases da Condição Militar, que "consagra para os militares e suas famílias especiais direitos, entre outras áreas, na assistência sanitária".

A associação acusa a secretária de Estado, Berta Cabral, com quem se reuniu no início do mês, de ter sido "infeliz" ao proferir declarações sobre este diploma que "não corresponde à crueza dos números".

A AOFA divulga um quadro com casos em que, com as novas alterações, o cônjuge de um oficial general (posto com remuneração base de 5.166,36 euros) que não trabalhe não fará qualquer desconto, enquanto o cônjuge de um capitão ou primeiro-tenente (posto com remuneração base de 1.922,37 euros) com um vencimento de 600 euros no privado passa a descontar 53,15 euros.

Outro exemplo mostra que cônjuges de oficiais generais ou de capitães/primeiros-tenentes que trabalhem na administração pública com vencimentos iguais passarão a descontar o mesmo valor para a ADM.

Em declarações à Lusa na semana passada, a secretária de Estado da Defesa afirmou que os cônjuges de militares que trabalhem no privado vão passar a pagar para beneficiarem da Assistência na Doença aos Militares e que o diploma estará concluído este mês. A secretária de Estado da Defesa referiu que a contribuição dos cônjuges de militares que trabalhem no privado será igualmente de 3,5% sobre 79% do vencimento base [dos militares], mas sem o subsídio da condição militar, que representa 20%".

Abc
O complexo processo da ejaculação é fundamental para a dinâmica sexual do homem e do casal e é indis
ejaculação prematura

De entre as várias causas determinantes da ejaculação prematura relevam as causas psicológicas, ou seja as causas em que os aspetos psíquicos interferem com o controlo cerebral da ejaculação.

Na verdade, a importância dos mecanismos anatomofisiopatológicos da ejaculação é decisiva para o entendimento da causa, do diagnóstico e do tratamento da disfunção ejaculatória.

Fisiologia da ejaculação
A ejaculação é um complexo processo que depende da regulação direta do sistema nervoso central, melhor dizendo, de centros nervosos localizados na medula espinal e no cérebro.

A ejaculação é o conjunto de fenómenos neuromusculares que permitem a expulsão do esperma para o exterior do corpo. Acompanha-se habitualmente de uma sensação de prazer, o orgasmo masculino.

Tal como a primeira menstruação marca o início da puberdade feminina, pode considerar-se que a primeira ejaculação marca o início da puberdade masculina. Surge entre os 12-14 anos de idade, geralmente sob a forma de uma emissão nocturna.

As fases de emissão e expulsão
O esperma é um líquido viscoso e esbranquiçado que resulta das secreções das várias glândulas sexuais. A secreção testicular, onde se concentra a totalidade dos espermatozóides, contribui com apenas 10-15% do volume total do esperma; o resto do ejaculado provém da secreção das vesículas seminais (são duas bolsas localizadas entre o fundo da bexiga e o reto, obliquamente acima da próstata) e da próstata.

Cada ejaculação desenvolve-se em duas fases, que são cronologicamente muito próximas: a emissão e a expulsão.

A fase de emissão corresponde à passagem do esperma para a porção posterior da uretra, através dos canais ejaculadores. O aumento da tensão na uretra posterior corresponde à sensação de ejaculação iminente.

A segunda fase, a expulsão, é constituída pela propulsão do esperma ao longo de toda a uretra até à saída. São geralmente três a seis contrações, com 0,8 segundos de intervalo.

A ereção peniana, que costuma anteceder a ejaculação, transforma a uretra num tubo quase reto, o que facilita a expulsão espermática. Ao longo da uretra peniana produzem-se ainda contrações peristálticas da parede, auxiliadas pela constrição do corpo esponjoso peniano. O orgasmo é essencialmente um fenómeno cerebral, que é percecionado como uma intensa sensação de prazer físico-psíquico. Constitui o clímax da atividade sexual e geralmente acompanha o processo de ejaculação, sendo simultânea com a fase de expulsão.

Ejaculação Prematura
Qualquer perturbação, orgânica ou psicológica, que perturbe a anatomia ou a fisiologia da ejaculação pode provocar uma disfunção ejaculatória. Esta pode ser encarada pelo homem com um grau variável de preocupação, que depende da etiologia, da idade do aparecimento, dos sintomas acompanhantes, da repercussão sobre a fertilidade, do efeito psicológico que produz.

A ejaculação prematura é a mais frequente das disfunções sexuais masculinas, com uma prevalência que atinge, nos países europeus e norte-americanos, cerca de 30-35% dos homens, independentemente da idade.

Pode definir-se como a situação recorrente em que a ejaculação se produz antes de desejada pelo homem. Esta é uma definição simples que caracteriza bem o problema, introduzindo o conceito de controlo ejaculatório. Mas não é possível estabelecer uma definição absoluta da ejaculação prematura, já que esta precisa de ser qualificada em função da idade do indivíduo, das circunstâncias, da frequência das relações sexuais, das expectativas de cada parceiro.

A avaliação subjetiva do casal, baseada em critérios de prazer e satisfação, mais do que critérios de tempo, de desempenho ou de performance, é essencial para a caracterização clínica da ejaculação prematura.

A utilização do termo “ejaculação prematura” é preferível a “ejaculação precoce” ou “ejaculação muito rápida”, devido a ser melhor descritiva e ter menor representação negativa para o homem e para o casal.

Causas
A ejaculação prematura deve-se à ausência ou à diminuição do controlo cerebral dos mecanismos medulares da ejaculação. A principal e mais frequente causa é psicológica.

A causa orgânica é relativamente rara, quase sempre devido a processos inflamatórios e/ou infeciosos da próstata e vesícula seminal. Pode dever-se à ação de certas drogas ou medicamentos, como anfetaminas, cocaína, nicotina e alguns alucinogénios. A espinha bífida, a esclerose múltipla e outras doenças medulares podem ainda ser causa de ejaculação prematura.

Existem dois tipos de ejaculação prematura: primária, quando surge na adolescência; e secundária, quando se instala num momento tardio da vida sexual.

A ejaculação prematura primária é quase sempre devida a um erro na aprendizagem das primeiras experiências sexuais. A aprendizagem é o principal mecanismo que vai permitir que a ejaculação se converta num ato voluntário. Todas as circunstâncias que interfiram negativamente nesta aprendizagem podem gerar um reflexo condicionado que desencadeie a ejaculação prematura. Neste mecanismo cria-se um círculo vicioso: o indivíduo reage mais rápido, aumenta a ansiedade, favorece a ejaculação prematura e bloqueia o potencial que permite o prazer sexual.

Os fatores desencadeadores da ejaculação prematura secundária estão relacionados com tudo o que é inerente à terminologia de stress, característica da sociedade atual, em que o prazer erótico se encontra ligado ao sucesso e ao poder. Ou ainda ao tipo de vida consumista, com os seus hábitos tóxicos (álcool, drogas, estimulantes, tabaco, etc.), poucas horas de descanso ou falta de exercício físico. O elevado grau de ansiedade desencadeia uma grande frustração, que faz aumentar a ansiedade antecipatória a próximos fracassos.

Entre as múltiplas causas de origem psicológica capazes de provocar alterações da ejaculação, mencionam-se ainda os transtornos de personalidade, fatores educativos e religiosos, sentimentos de receio e medo, culpabilidade ou angústia, medo da paternidade, mau relacionamento conjugal, etc..

A repercussão individual e conjugal da disfunção ejaculatória é, por outro lado, muito importante. Pode desencadear uma hostilidade inconsciente, receio da crítica da parceira, sentimentos de culpa por não a satisfazer, excesso de preocupação pela resposta da parceira, complexo de inferioridade e inapetência.

A deterioração do relacionamento conjugal e sexual conduz a uma escassa frequência de interações sexuais. Este contexto desenvolve e potencializa o medo do fracasso, provoca uma resposta ejaculatória mais rápida e aumenta os níveis de ansiedade em relações sexuais posteriores. Em frequentes circunstâncias, níveis de ansiedade elevados levam a comportamentos de evitação do ato sexual ou, inclusivamente, a uma fobia do sexo.

Prof. Nuno Monteiro Pereira, Urologista e Professor Universitário in PRIVIEW

Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.

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