Prevenir o reaparecimento ou o alastramento
Investigadores israelitas estão a desenvolver uma vacina profilática que pode ser eficaz contra 90% de todos os tipos de cancro...

A inovação é da responsabilidade da farmacêutica Vaxil BioTherapeutics, sediada em Israel, que há mais de uma década tem trabalhado na vacina já testada em doentes com mieloma múltiplo, um cancro com origem nas células plasmáticas, e com cancro da mama.

Numa entrevista ao jornal online israelita "NoCamels", Julian Levy, director executivo da Vaxil, revelou que a companhia "está a trabalhar num fármaco capaz de evitar que o cancro regresse" ao organismo dos doentes.

Segundo Levy, os investigadores estão "a tentar aproveitar o poder natural do sistema imunitário para combater o cancro fazendo-o identificar as células cancerígenas, destruindo-as", garante.

A ImMucin não é uma substituta para os tratamentos convencionais utilizados nas doenças oncológicas, nomeadamente a quimioterapia e a radioterapia.

Ao contrário das vacinas tradicionais, a ImMucin destina-se a ser administrada a pessoas que "já estão doentes", mas precisa de um organismo "relativamente saudável" para funcionar, pelo que não deverá ser eficaz em situações em que a doença esteja em estado avançado. A ideia é evitar a propagação ou a recidiva da doença.

A vacina estimula uma parte específica do sistema imunitário e ensina-o a atacar as "células-más" que reconhece como cancerígenas.

Despacho do secretário de Estado da Saúde
As instituições de saúde podem, a partir de hoje, contratar médicos e enfermeiros para os serviços de urgência, bem como...

O documento, publicado em Diário da República, refere que apesar da “conjuntura de forte contenção de despesa pública, que se mantém”, o Orçamento do Estado para este ano admite, “em situações excepcionais”, a “celebração ou renovação de contratos de trabalho, desde que demonstrados os requisitos cumulativos enunciados na lei, de entre os quais a sua imprescindibilidade”.

O Ministério da Saúde - levando em conta “os riscos decorrentes da não obtenção imediata dos recursos humanos tidos por indispensáveis à inadiável prestação de cuidados de saúde” – permite, através deste despacho e “a título excepcional, a celebração de contratos de trabalho a termo resolutivo para acorrer a situações de ausência temporária de trabalhadores”.

É ainda permitida a “celebração de contratos de trabalho de profissionais médicos e enfermeiros para os serviços de urgência, por parte dos hospitais, centros hospitalares e unidades locais de saúde com a natureza de entidade pública empresarial e integrados no Serviço Nacional de Saúde”.

Estes contratos terão de ser ratificados pelo ministro da Saúde, após solicitação dos serviços e estabelecimentos de saúde, que terão de demonstrar a “a imprescindibilidade do recrutamento”.

As instituições têm ainda de demonstrar que “os encargos com os recrutamentos em causa estão previstos nos orçamentos dos serviços a que respeitam”.

Estudo
Um estudo realizado na Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, revela que o Mirabegron não ajuda apenas a...

Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e divulgado no jornal Cell Metabolism revela a existência de um medicamento para o tratamento de bexiga hiperactiva que também ajuda a emagrecer.

Trata-se do Mirabegron, um fármaco que aumenta o metabolismo do tecido adiposo castanho, conhecido como ‘gordura castanha’, que recorre ao consumo de glicose para gerar calor ao metabolismo e, com isso, queimar calorias, escreve o Notícias ao Minuto.

A conclusão surgiu depois de terem sido analisados 12 homens que tomavam 200 miligramas de Mirabegron. Em todos os participantes o metabolismo desta gordura castanha aumentou, o que fez com que o gasto calórico fosse maior e com isso o emagrecimento mais eficaz. Mais concretamente, os intervenientes nesta pesquisa apresentaram um aumento do gasto calórico em repouso de cerca de 203 calorias.

Proposta de resolução
Para fazer frente às muitas horas de espera nas urgências dos hospitais, o Ministério da Saúde decidiu dar competências aos...

Os problemas das últimas semanas nas urgências dos hospitais, com longas filas de espera e cinco casos em que doentes acabaram por falecer, levaram a que o Ministério da Saúde apresentasse uma proposta de resolução. O despacho, que deve vigorar a partir de Junho, consiste em atribuir aos enfermeiros competências na triagem para pedir exames complementares de diagnóstico e darem analgésicos para controlar a dor.

Os enfermeiros, como já havia noticiado o Jornal de Notícias, congratulam-se com a medida, mas para os médicos esta visa enganar os doentes, dando-lhes a ideia de que estão a ser atendidos. Mais: defendem que pode ser perigoso.

“Fazer analgesia antes de observação clínica representa um enorme risco para os doentes, podendo mascarar algumas situações potencialmente graves”, defende a Ordem dos Médicos, que chega mesmo a afirmar que “o despacho é demagógico, inútil e prejudicial”.

Ao Jornal de Notícias, o bastonário José Manuel Silva conta que o número de casos em que os doentes acabam por morrer à espera de serem atendidos é muito superior ao que se imagina e que nem todas as situações são tornadas públicas apenas porque a família não o quer.

Segundo o responsável, a medida não resolve nenhum dos verdadeiros problemas das urgências em Portugal e tem como único objectivo camuflar o facto de haver poucos médicos para tantos doentes.

Estudo refere
Pessoas que trabalham 49 ou mais horas têm mais 13% de risco de procurarem um escape no álcool. Esta é a principal conclusão de...

Pessoas que trabalham mais de 48 horas por semana têm maiores probabilidades de desenvolver uma relação perigosa com o álcool, refere o Daily Mail com base num novo estudo de autoria finlandesa.

Segundo a investigação, um elevado número de horas de trabalho por semana pode levar as mulheres a beber até cerca de 14 bebidas por semana e os homens 21 bebidas. Quantidades consideradas elevadas e perigosas, podendo levar à dependência, escreve o Notícias ao Minuto.

O Daily Mail recorda que, segundo as normas europeias, o limite de horas de trabalho por semana é de 48h, havendo no entanto muitos trabalhadores que excedem o tempo recomendado, na tentativa de conseguirem uma promoção, um aumento salarial ou simplesmente para cumprir prazos.

Este novo estudo confirma que uma bebida ao final da semana, após o trabalho, pode aliviar o stress, mas cria também o perigo de, em excesso, se tornar num vício e contribuir para um pior desempenho no trabalho, nomeadamente, através da redução da produtividade, do aumento do número de pedidos de baixas e do aumento de acidentes de trabalho.

O estudo, levado a cabo pelo Instituto Finlandês de Saúde, analisou 333.693 pessoas de 14 países e concluiu que as pessoas que trabalham 49 ou mais horas têm mais 13% de risco de procurarem um escape no álcool.

“O local de trabalho pode ser um importante espaço para o combate ao consumo do álcool, pois grande parte da população está empregada. Seria importante ver de que forma é que acções de prevenção no horário de trabalho podem ser benéficas para contrariar estes casos”, afirma Marianna Virtanen, responsável pelo estudo.

Já uma outra investigadora da Universidade de Saúde Pública de Harvard refere que é necessário haver uma maior regulação dos horários de trabalho, uma vez que não se pode ignorar as consequências graves que o excesso de trabalho pode ter na vida das pessoas.

Associado ao excesso de consumo de bebidas alcoólicas está também o aparecimento de outras doenças, como o aumento do risco de sofrer ataques cardíacos, cancro ou problemas psicológicos.

Em 2014
A Unidade de Reconstrução Génito-Urinária e Sexual do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra realizou 10 cirurgias de...

Das 10 cirurgias de reatribuição sexual, foram feitas "sete faloplastias [mudança de sexo de feminino para masculino] e três vaginoplastias [mudança de sexo de masculino para feminino]", informou a directora da Unidade de Reconstrução Génito-Urinária e Sexual (URGUS), Lígia Fonseca.

Segundo a directora da URGUS, devido a "uma maior visibilidade", há cada vez mais pessoas a terem consultas na unidade e a lista de utentes "tem vindo a aumentar", apesar de nem "todos fazerem a cirurgia".

O processo de mudança de sexo "pode demorar entre dois a quatro anos", dependendo não só de consultas de acompanhamento, assim como da realização de cirurgias complementares como as mastectomias (remoção), mamoplastias (aumento) ou histerectomias (remoção do útero).

De momento, a unidade "tem registadas 125 pessoas", com 37 em fase de avaliação, "41 em tratamento hormonal e 25 em fase de cirurgias", referiu a URGUS, em comunicado.

A URGUS, constituída em 2011, é a única unidade do Serviço Nacional de Saúde que faz a cirurgia de reatribuição sexual, contando com uma equipa multidisciplinar de 11 elementos, com especialistas em sexologia, endocrinologia, ginecologia, cirurgia plástica e reconstrutiva e urologia.

O parlamento debate, hoje, em plenário, um projecto de lei do PS para que as pessoas transexuais tenham os mesmos direitos no acesso ao emprego e no trabalho, para acabar com a discriminação.

Para isso, o Partido Socialista propõe uma alteração ao Código do Trabalho para que passe a incluir expressamente a "identidade de género, no âmbito do direito à igualdade no acesso a emprego e no trabalho". O PS lembra a importância da lei que criou, em 2011, o procedimento de mudança de sexo e de nome próprio no registo civil, mas lamentam que persista a discriminação sobre os transexuais.

"As pessoas transexuais e com disforia de sexo são ainda violentamente discriminadas, pagando por essa discriminação uma dor incomensurável, o que justifica os avanços que o legislador vai marcando nesta matéria", refere o grupo parlamentar do PS no documento.

Após a inclusão no Código Penal da expressão "identidade de género", nos artigos relativos ao homicídio qualificado e ofensas à integridade física qualificadas, o PS considera que "seria incompreensível, em face da discriminação vivida diariamente em função da identidade de género no mundo do trabalho, que o legislador não introduzisse" esta categoria no artigo 24.º do Código do Trabalho.

Dados do Inquérito LGBT Europeu, referentes a Portugal, referem que 79% dos transexuais defendem medidas anti discriminação nesta área e 57% admitiram que esconderam sempre no emprego serem transexuais.

Segundo o relatório da Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais, 60% das mulheres transexuais e 43% dos homens transexuais sentiram discriminação na procura de emprego.

Governo garante
O secretário de Estado adjunto da Saúde garantiu hoje que o helicóptero do INEM vai manter-se em Macedo de Cavaleiros, por o...

Fernando Leal da Costa afirmou que esta é “uma decisão técnica” e que “está tomada”, porém adiantou também que o Governo vai continuar a contestar as acções intentadas pelos autarcas do distrito de Bragança nos tribunais por discordar dos argumentos.

Os 12 presidentes de Câmara do distrito de Bragança avançaram com várias acções conjuntas nos tribunais para impedir a deslocalização do helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros para Vila Real, anunciada para Outubro de 2012.

O meio de socorro aéreo nunca chegou a ser retirado e, depois de várias decisões contraditórias de diferentes instâncias judiciais, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela julgou procedente uma das acções principais, em Dezembro de 2014, decretando a obrigação de permanência do helicóptero em Macedo de Cavaleiros.

O governante afirmou, em Macedo de Cavaleiros, à margem da assinatura de um protocolo para tratamento de doentes oncológicos, que o recurso aos tribunais “tratou-se de um equívoco dos presidentes das câmaras”.

Segundo explicou, o Ministério da Saúde, num determinado momento, anunciou a intenção de realinhar os helicópteros do INEM” e “pôs-se a possibilidade que chegou a ser pensada de deslocalizar o helicóptero de Macedo para Vila Real”.

“Essa questão acabou por não se concretizar porque a analise que nós fizemos das condições existentes em Vila Real indicam que o helicóptero estará melhor situado aqui do que lá”, afirmou.

Ainda assim, o secretário de Estado adiantou que o Governo “contestou e continuará a contestar” o caminho judicial seguido pelos autarcas por discordar dos “argumentos apresentados para a não retirada do helicóptero”.

A última sentença judicial datada de Dezembro e favorável aos autarcas é passível de recurso.

O governante reiterou, contudo que a decisão técnica “está tomada” e “o helicóptero vai-se manter em Macedo de Cavaleiros”.

“Essa matéria não é uma matéria de decisão judicial, é uma matéria de decisão técnica específica, de organização de serviços de urgência e desse ponto de vista, porque essa é a melhor decisão, o helicóptero aqui se vai manter”, conclui.

Na fundamentação das acções judiciais, os autarcas argumentam que o Estado e as entidades que o representam estavam a violar os protocolos celebrados em 2007 com o Ministério da Saúde.

O meio aéreo e o reforço da rede de socorro e emergência foram as contrapartidas dadas à região pelo encerramento do serviço de atendimento permanente à noite em todos os centros de saúde.

O helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros é o que mais saídas regista entre a frota aérea de emergência médica e serve a região do país que mais afastada se encontra dos hospitais de referência.

No âmbito de um protocolo assinado
A esmagadora maioria dos doentes oncológicos do distrito de Bragança deixaram de ter de se deslocar ao Porto para tratamentos e...

Os doentes são agora tratados no hospital desta cidade do Nordeste Transmontano por profissionais do Centro Oncológico de Vila Real, que se deslocam a esta região, graças à parceria estabelecida entre a Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) e o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).

Dos cerca de 1.300 doentes com esta patologia no distrito de Bragança, apenas “entre 10 a 15%” vão ter de continuar a deslocar ao Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e só terão que fazer viagens também, mas a Vila Real, aqueles que necessitem de radioterapia, segundo os responsáveis.

“É um conforto muito superior”, garantiu o presidente do Conselho de Administração da ULSNE, António Marcôa, já que, em vez dos doentes, são os médicos que se deslocam a Macedo de Cavaleiros.

No âmbito desta colaboração, o Centro Oncológico de Vila Real vai contar com os serviços da unidade de cuidados paliativos de Macedo de Cavaleiros, que recentemente duplicou a capacidade de oito para 15 camas e pode ir até às 20.

“Uma percentagem elevada dos doentes internados no Centro Oncológico de Vila Real teriam características de paliativos, era necessário libertara aquelas camas para internamento e tratamento oncológico”, concretizou António Marcôa.

O presidente do CHTMAD, Carlos Cadavez, defendeu que “os doentes devem ser tratados o mais próximo da sua residência”.

“Isto além do conforto que dá ao doente, também poupa dinheiro. Para que é que hão de andar ambulâncias de um lado para o outro se com a deslocação de um profissional concentramos os doentes”, considerou.

O presidente anunciou ainda que “está bem encaminhado” o processo de aquisição de um segundo acelerador linear, que vai implicar um investimento de cerca de três milhões de euros, para o Centro Oncológico de Vila Real ter capacidade de resposta permanente a tratamentos de radioterapia.

O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, o social-democrata, Duarte Moreno, aproveitou a presença do secretário de Estado adjunto da Saúde na cerimónia para alertar o Governo para os problemas com se depara o hospital daquela cidade e os receios de encerramento.

“Eu acho que a minha presença aqui, neste momento, deve ser entendida como a prova provada de que não há nenhuma intenção e encerrar este hospital. Não vim de maneira nenhuma proceder às exéquias do hospital, eu vim aqui antes pelo contrário”, respondeu o governante, Fernando Leal da Costa.

Faculdade de Ciências de Nutrição do Porto
Um médico prescrever uma alheira para a dieta de um doente renal pode parecer um contra-senso que uma clínica de hemodiálise de...

O alimento resulta de um desafio lançado pela empresa Tecsam, responsável pela unidade de Mirandela, à Faculdade de Ciências de Nutrição do Porto, que encontrou a receita na original alheira à base de aves criado pelos judeus e que ao longo dos tempos foi sendo adaptada à tradições transmontanas da carne de porco.

Os promotores prometem, a partir da terra da famosa alheira de Mirandela, criar um alimento que pode também ajudar a atenuar o problema de subnutrição de proteínas de que padecem alguns doentes renais em hemodiálise, por não comerem carne e peixe.

A responsável pelo estudo para o projecto produtos alimentares adaptados a doentes em hemodiálise, Olívia Pinho, confessou que quando foi confrontada com o desafio hesitou por lhe parecer um contra-senso dar alheira, um enchido gordo e salgado, a estes doentes.

As desconfianças desapareceram depois de a empresa de Mirandela lhe ter apresentado a ideia que surgiu da dificuldade em alimentar os hemodialisados, que ficam com um baixo teor de proteína, com perda de músculo e por vezes desnutrição.

Analisou várias alheiras produzidas nesta região de Trás-os-Montes e encontrou aquela que tem o ponto certo para estes doentes: um enchido à base de carne de aves, com azeite, pão e ervas aromáticas, em vez da carne de porco, banha e alho.

Esta alheira tem menos potássio e sódio, que estes doentes não podem ingerir.

A investigadora alerta, contudo que “tem de se ter muito cuidado e alguma vigilância sobre os restaurantes que vão aderir” e “atenção à quantidade” que os doentes vão ingerir.

Uma das principais produtoras de alheira em Mirandela, Sónia Carvalho, forneceu alguns produtos para a fase de investigação e garantiu que, nos estudos realizados, a tradicional alheira de caça que confecciona foi aprovada com apenas alguns ajustes nos teores de sal.

Os produtores vão poder comercializar este enchido com um rótulo adaptado a chamar a atenção de que pode ser consumido por estes doentes.

O administrador da empresa responsável pelo centro de hemodiálise, Nunes Azevedo, explicou como surgiu esta ideia e novo produto já experimentado entre os cerca de 100 doentes que fazem tratamento nesta unidade.

“Aos doentes que têm resistência à ingestão de carne e peixe, sempre que lhes fazia a pergunta: e uma alheira, come? A resposta era 100% positiva e, daí, surgiu esta ideia”, contou.

O curioso, continuou, é que, embora com menos sal e com estas características, “os doentes saborearam a alheira e gostaram imenso dela”.

A empresa vai agora realizar um estudo em doentes desnutridos, a quem será dada uma alheira no final de cada sessão de hemodiálise para perceber de que forma contribui para atenuar o problema de desnutrição proteica.

As conclusões serão apresentadas no congresso português de nefrologia e na Associação europeia de diálise e transplante.

O administrador espera que a clínica com a empresa mãe em Mirandela possa “dar à comunidade internacional um alimento que o doente renal gosta e resolver o problema de subnutrição proteica”.

Para breve está também o lançamento de um livro com receitas de vários chefs de cozinha transmontanos à base de alheira para doentes renais e a forma de a combinar com outros alimentos.

14 de Janeiro
A APAV e a Direcção-Geral da Saúde assinam, na quarta-feira, um protocolo de colaboração que visa melhorar as condições de...

O protocolo pretende “regulamentar a colaboração e cooperação directa e recíproca” entre a APAV e a Direcção-Geral da Saúde (DGS)”, em áreas como a informação à vítima e encaminhamento, formação, colaboração em acções e projectos nesta área, apoio técnico comum, partilha de informação e realização de campanhas comuns de sensibilização, refere a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.

Maria de Oliveira, técnica da APAV, disse que este protocolo vai ao encontro do que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem afirmado, que “o sector da saúde tem de ter um potencial para adoptar um papel mais proactivo a nível da prevenção primária, secundária e terciária” de situações de violência.

Para a técnica, “é importante que a Direcção-Geral da Saúde e o próprio Ministério da Saúde participem na prevenção deste tipo de situações”.

“Estima-se que cerca de 12 milhões de pessoas, a cada ano, no mundo seja vítimas de vários tipos de violência”, com consequências “não só a nível físico, mas também a nível psicológico nas vítimas”, sublinhou.

O que o protocolo pretende que “haja uma colaboração mútua” entre as duas instituições, “com especial enfoque” nas pessoas que recorrem ao Serviço Nacional de saúde (SNS) e que podem “beneficiar de um apoio especializado” nesta área, explicou Maria de Oliveira.

Visa também formar os profissionais de saúde no sentido de conhecerem os sinais que podem detectar uma situação de violência que está a ser vivenciada por uma criança, uma mulher ou um idoso, e saberem os serviços para onde podem encaminha as vítimas.

“O crime e a violência não são em si uma questão de saúde pública, nem um problema médico típico e, como tal, os profissionais de saúde também precisam de alguma ajuda no sentido de encaminhar e ajudar as vítimas que recorrem ao Serviço Nacional de Saúde”, disse Maria de Oliveira.

Apesar de já haver “uma maior sensibilização” por parte de alguns profissionais de saúde para estas questões, a técnica considerou que “ainda há um trabalho a fazer no sentido da denúncia deste tipo de situações”.

Já há muitos profissionais de saúde a contactarem a APAV para denunciar uma situação ou para pedir a sua colaboração para fazer o atendimento às vítimas, sendo que o protocolo vem “rentabilizar esta articulação que já existe de forma informal”.

O protocolo será assinado na quarta-feira, na sede da APAV, em Lisboa, pelo presidente da associação, João Lázaro, e pelo director-geral da Saúde, Francisco George.

A vários centros hospitalares do país
A Entidade Reguladora da Saúde instaurou processos a vários centros hospitalares do país por dificultarem o acesso de doentes...

Num parecer divulgado hoje pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), é mencionado o caso de um jovem que teve um acidente em Chaves, tendo sido transferido do Hospital de Chaves para o Hospital de Santa Maria, após lhe ter sido negado o acesso ao Hospital de Santo António (HSA) por “indisponibilidade de vaga, secundada por igual indisponibilidade dos hospitais da zona norte e centro”.

O caso remonta a Fevereiro de 2014, quando um jovem de 20 anos vítima de um acidente de viação teve que fazer 400 quilómetros de ambulância para ser visto por uma equipa de neurocirurgia, porque não havia vagas nos hospitais próximos.

A ERS considera que neste caso houve uma violação do direito de acesso do doente aos cuidados de saúde, decorrente do facto de o Centro Hospitalar Trás os Montes e Alto Douro (CHTMAD), que inclui o hospital de Chaves, ter agido de “forma isolada” e não ter reportado ao CODU (entidade coordenadora) as dificuldades na obtenção de vaga.

A recusa do doente pelo HSA, na qualidade de centro de referenciação neurocirúrgico do CHTMAD, criou um obstáculo aos cuidados de que o doente precisava, considera o regulador da saúde.

Quanto ao CODU, “não assumiu a efectiva coordenação da transferência inter-hospitalar do utente em causa”.

Assim, a ERS abriu um processo de instrução ao CHTMAD e ao Centro Hospitalar do Porto (Hospital de Santo António) e emitiu uma recomendação à ARS Norte, no sentido de avaliar o cumprimento das regras nos cuidados hospitalares urgentes a doentes traumatizados, e ao INEM, para que garanta a resposta ao doente urgente, nomeadamente em matéria de referenciação e de transporte inter-hospitalar.

A entidade reguladora avançou também com processos contra o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e o Hospital Distrital de Santarém (HDS) por “constrangimento no âmbito de transferência inter-hospitalar de utente”.

Em Outubro de 2013 a ERS tomou conhecimento deste caso, em que um doente internado no CHUC foi objecto de transferência inter-hospitalar para o HDS, no qual não foi recebido, tendo sido então encaminhado para o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT).

A ERS considera que apesar de haver fundamento na decisão de transferência do utente, com vista à prestação de cuidados de reabilitação de proximidade, houve uma falha “na identificação da unidade hospitalar elegível para a admissão do utente”.

“Assim, embora não tenha ocorrido uma efectiva violação do direito de acesso do utente, não deixou de se verificar um constrangimento no acesso, em virtude, quer de uma errada escolha do hospital de destino, com base no critério da área de residência do utente, por parte do CHUC, quer de uma recusa baseada em critérios meramente administrativos, por parte do HDS, em aceitar o utente após ter havido um prévio acordo de transferência entre o médico de neurocirurgia do CHUC e o Chefe de equipa de Urgência do HDS2, conclui a ERS.

Foi, ainda, aberta instrução ao Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), que inclui os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, por constrangimento no acesso de um utente às urgências.

Na sequência de um acidente de trabalho, ocorrido em Setembro de 2013, o utente em causa foi transportado pelo INEM para o CHLN, onde foi observado no serviço de urgência central e na especialidade de cirurgia plástica.

Após a observação, foi referenciado para o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, que por sua vez, a após uma nova observação clínica, decidiu transportar o doente para o Centro Hospitalar Lisboa Central.

A ERS concluiu que não foram devidamente consideradas as regras de referenciação aplicáveis para situações de urgência em Lisboa, que não foi valorizado o juízo clínico no momento da triagem e não foi respeitado o acesso aos cuidados de saúde.

Situações chegaram à Entidade Reguladora da Saúde
Beneficiários da ADSE queixaram-se de receber um tratamento diferente dos utilizadores do Serviço Nacional de Saúde nas...

As situações chegaram à Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e motivaram um parecer deste regulador, que é hoje divulgado. Um dos casos apresentados foi o de uma utente que se deslocou com o seu filho menor a uma unidade privada de saúde, convencionada do SNS, para a realização de exames prescritos pela sua médica de família.

No entanto, foi-lhe recusada a isenção de pagamento de taxa moderadora, atenta a sua condição de beneficiária da Direcção Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública (ADSE).

À ERS chegou ainda o caso de “uma utente a quem, no âmbito de uma consulta de planeamento familiar no respectivo centro de saúde, foi prescrita a realização de uma ecografia endovaginal, com indicação da sua condição de beneficiária da ADSE, e que apenas lhe permitia deslocar-se a estabelecimentos de saúde que tivessem celebrado convenções com este subsistema”.

Perante estes, e outros casos, a ERS averiguou “se a qualidade de beneficiário da ADSE invalida o tratamento do utente como beneficiário do SNS, em especial no que respeita ao acesso aos cuidados de saúde no âmbito do SNS e à aplicação do regime das taxas moderadoras”.

“Sempre que acedam aos cuidados de saúde prestados pelos estabelecimentos integrados no SNS, os cidadãos em situação idêntica devem receber tratamento semelhante e os cidadãos em situação distinta devem receber tratamento distinto, de modo a que todos os cidadãos, sem excepção, possam usufruir, em iguais circunstâncias, e em função das necessidades, da mesma quantidade e qualidade de cuidados de saúde”.

Segundo o parecer da ERS, “se um beneficiário da ADSE se dirige a um qualquer estabelecimento prestador de cuidados de saúde que tenha celebrado uma convenção com este subsistema, o acesso deverá ser enquadrado nessa qualidade”.

“Se, porventura, aquele utente, ainda que beneficiário de um subsistema de saúde, se dirige ao SNS para receber cuidados de saúde, é na qualidade de beneficiário do SNS que deve ser tratado”, lê-se no parecer.

Para o regulador, “o beneficiário da ADSE não deve ser prejudicado no acesso ao SNS, nem porventura ver limitada a sua liberdade de escolha e opção pelo regime de beneficiário do SNS”.

“Se o beneficiário da ADSE optar por seguir o circuito SNS (dirigir-se a centro de saúde e daí poder ser referenciado com credencial emitida pelo SNS para estabelecimento privado convencionado), tal deverá ocorrer em condições de igualdade com os demais utentes beneficiários do SNS”.

E “se o beneficiário da ADSE optar por ser tratado nessa sua qualidade deve seguir o circuito ADSE, dirigindo-se directamente a um estabelecimento integrado na rede de prestadores convencionados da ADSE”.

Terceira fase das Zona de Emissões Reduzidas
A partir de quinta-feira, dia 15 de Janeiro, os carros com matrículas anteriores a 2000 não podem circular no centro de Lisboa.

Os automóveis com matrículas anteriores a 2000 e a 1996 passam a estar proibidos, a partir de 15 de Janeiro, de circular, entre as 07h00 e as 21h00 dos dias úteis, no centro da cidade de Lisboa. As restrições de circulação para os carros com matrículas anteriores a 2000 dizem respeito à zona 1, que vai do eixo da Avenida da Liberdade à Baixa (limitada a norte pela Rua Alexandre Herculano, a sul pela Praça do Comércio e abrangendo a zona entre o Cais do Sodré e o Campo das Cebolas).

Já os carros com matrículas anteriores a 1996 ficarão impedidos, a partir de quinta-feira, de circular na zona 2 (definida pelos limites Avenida de Ceuta, Eixo Norte-Sul, Avenidas das Forças Armadas, dos Estados Unidos, Marechal António Spínola, do Santo Condestável e Infante D. Henrique). Estas restrições de circulação enquadram-se na terceira fase das Zona de Emissões Reduzidas (ZER).

A segunda fase foi implementada em 2012 e a primeira criada em 2011. Exceptuam-se, a estas restrições, os veículos de emergência, históricos, de residentes, de polícia, militares, de transporte de presos, blindados de transporte de valores, os carros a gás natural, GPL e os motociclos. Os táxis terão um período de excepção até 30 de Junho.

Concurso que terminou em Dezembro
A Administração Central do Sistema de Saúde contratou mais 169 médicos de família, concluindo o concurso que terminou em...

Os clínicos admitidos foram colocados em unidades de cuidados de saúde primários do Norte (83), do Centro (33), de Lisboa e Vale do Tejo (45), do Alentejo (4) e do Algarve (4).

Segundo a Administração Central do Sistema de Saúde, o reforço de mais 169 médicos de família no Serviço Nacional de Saúde (SNS) permitirá dar cobertura médica a mais de 321 mil utentes.

Em Dezembro, foi igualmente autorizada a contratação individual de 39 médicos especialistas e 132 enfermeiros para os hospitais do SNS, além dos 1941 internos que iniciaram o ano comum do internato médico a 2 de Janeiro de 2015 e de 14 médicos para área de medicina intensiva.

Equipa de Portugal, Holanda, Estados Unidos e China
Uma equipa de duas dezenas de investigadores de Portugal, Holanda, Estados Unidos e China acaba de identificar o “possível...

A equipa de investigadores daqueles quatro países descobriu que “os receptores A2A para a adenosina” têm “um papel crucial no surgimento de problemas de memória”, afirma a UC numa nota divulgada.

A adenosina é a “molécula que funciona como sinal de stress no funcionamento de vários sistemas do organismo, especialmente no cérebro”.

Esta é uma “investigação sem precedentes”, sublinha a Universidade de Coimbra (UC), adiantando que o estudo, envolvendo especialistas da Faculdade de Medicina e do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC, vai ser publicado no Molecular Psychiatry, “o mais importante jornal internacional da área da psiquiatria”.

A investigação, desenvolvida com “modelos animais (ratinhos) saudáveis”, permitiu verificar, pela primeira vez, que o funcionamento em excesso dos receptores A2A (“localizados na membrana dos neurónios”) é “suficiente para causar distúrbios na memória”, salienta a UC.

Para conseguir a máxima precisão na informação sobre o comportamento dos ratinhos durante as experiências, os especialistas de Coimbra envolvidos no estudo criaram “um dispositivo inovador para, através da utilização de uma técnica de optogenética (técnica que não existe na natureza e que utiliza a luz para actuar e controlar ocorrências específicas em sistemas biológicos), activar este receptor de adenosina e controlar de forma única o comportamento dos circuitos neuronais”.

Assim, “no exacto momento em que os modelos animais desempenhavam as tarefas de memória, foi possível verificar, inequivocamente, que uma simples activação intensa do receptor A2A era suficiente para provocar danos no circuito e gerar problemas de memória”, explica Rodrigo Cunha, coordenador da equipa portuguesa.

Esta descoberta é determinante para a Alzheimer, doença incurável caracterizada pela perda de memória, nomeadamente “para o desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento da demência mais comum”, sustenta Rodrigo Cunha.

“Se a simples activação do receptor A2A é suficiente para causar distúrbios na memória, é possível desenvolver bloqueadores selectivos deste receptor”, acrescenta aquele professor da Faculdade de Medicina de Coimbra.

“Os investigadores já sabem o caminho a seguir”, conclui Rodrigo Cunha, recordando que “seis anteriores estudos epidemiológicos (alguns europeus) distintos” já tinham confirmado que “o consumo de cafeína diminui a probabilidade de desenvolver Alzheimer e que age sobre os receptores A2A (a cafeína liga-se aos receptores e impede o perigo)”.

Os investigadores pretendem agora “desenhar moléculas químicas semelhantes à cafeína capazes de actuar exclusivamente sobre este receptor, impedindo-o de provocar danos na memória”, conclui Rodrigo Cunha.

INEM quer contratar
O INEM quer contratar ainda este ano 70 profissionais para os serviços de atendimento das chamadas de emergência e vai abrir...

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) garante, em comunicado, que o número de profissionais nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) permite que as chamadas de emergência sejam atendidas rapidamente - “na casa dos segundos” – mas pretende reforçar o quadro de pessoal.

Actualmente existem 185 Técnicos Operadores de Telecomunicações de Emergência (TOTE) mas o INEM “encontra-se novamente a encetar os mecanismos necessários para lançar um novo procedimento concursal que permita a contratação de 70 novos profissionais para os CODU do INEM, em número que aproxime a totalidade dos profissionais com esta categoria ao previsto no mapa de pessoal do INEM para 2015: 296 TOTE”.

Além deste reforço, o INEM recorda ainda que já iniciou uma formação junto dos Técnicos de Emergência (TE) para que possam desempenhar igualmente funções nos CODU.

O INEM conta com 770 técnicos de emergência e já tem autorização da tutela “para abertura imediata de concurso externo para a contratação sem termo de 85 novos Técnicos de Emergência para operar as Ambulâncias do Instituto”, anuncia.

No comunicado, recorda ainda o estudo realizado internamente no INEM, e divulgado em Julho de 2013, que indicou que 75% dos Técnicos de Ambulância de Emergência se encontravam em ‘burnout’, uma síndrome de exaustão emocional relacionado com profissões de saúde.

Os resultados do estudo revelaram também que existiam “valores equivalentes de ‘engagement’, ou seja, da capacidade destes profissionais se manterem envolvidos na sua profissão, atribuindo um significado ao trabalho que desenvolvem e à tarefa que realizam”.

Na sequência dos resultados do estudo, o INEM decidiu em Outubro de 2013 dar início ao Programa “Cuidar dos que Cuidam – Programa de prevenção de ‘burnout’ e promoção de ‘engagement’”, tendo decorrido até ao momento 55 acções de formação para ensinar a conhecer e identificar o ‘burnout’ e a desenvolver aptidões e treino de competências.

Exigem nova organização dos serviços de saúde
As Comissões de Utentes da Saúde e Serviços Públicos do Médio Tejo anunciaram que vão lançar um abaixo-assinado para que a...

"Vamos lançar um abaixo-assinado para dar a possibilidade a dezenas de milhares de cidadãos do Médio Tejo de reafirmarem a exigência de uma nova organização dos serviços de saúde, e que deverá passar pela valorização dos cuidados de saúde primários, em centros e extensões de saúde, e pela sua articulação com os cuidados hospitalares prestados pelos hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT)", disse um porta-voz da Comissões de Utentes da Saúde e Serviços Públicos (CUSSP).

Segundo defendeu Manuel José Soares, os três hospitais do CHMT - Abrantes, Tomar e Torres Novas -, a cerca de 150 quilómetros de Lisboa, "devem ter serviços de urgência, medicina interna, cirurgia e pediatria, para além de desenvolverem as outras valências".

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 250 mil habitantes do Médio Tejo, distrito de Santarém.

Em conferência de imprensa realizada nas três cidades com hospitais, no mesmo dia e à mesma hora, a CUSSP apresentou os resultados de um ciclo de reuniões realizadas com diversas estruturas no distrito de Santarém, para "elencar prioridades de acção para 2015".

Das decisões anunciadas, a CUSSP disse que vai pedir, com carácter de urgência, reuniões à Comunidade Intermunicipal de Médio Tejo e às autarquias, com o objectivo de "envolver os autarcas na defesa de cuidados de saúde que respondam às necessidades das populações".

Governo afirma
A secretária de Estado da Defesa afirmou que os cônjuges de militares que trabalhem no privado vão passar a pagar para...

Berta Cabral advogou que os cônjuges de militares que se encontram nesta situação "têm estado" a beneficiar da Assistência na Doença aos Militares (ADM) sem pagar mas "não têm direito".

"Têm estado [neste subsistema de saúde] mas esta é uma situação que tem de ser resolvida, isto arrasta-se há 10 anos e chegou ao limite a possibilidade de se manterem no sistema", afirmou a governante.

Berta Cabral adiantou que até ao fim de Janeiro deve ficar concluído um decreto-lei "para resolver este problema", que determina que se possa optar por ficar "no sistema mediante o pagamento de uma comparticipação, como acontece com todos e como é justo".

"Se um militar for casado com uma militar ambos pagam para a ADM, se um militar for casado com um funcionário público ambos pagam, um para a ADM e outro para a ADSE, se um militar for casado com uma pessoa do sector privado essa pessoa tem de pagar para poder estar na ADM, porque senão ficava em situação distinta dos anteriores", sustentou.

"Esta é a regra, todos têm de comparticipar porque só assim os subsistemas são solidários, de outra forma uns estariam a pagar para os que não comparticipam, ora, isto não é justo", acrescentou a secretária de Estado da Defesa.

Berta Cabral referiu que só "os cônjuges que não trabalham ou estão desempregados continuam no sistema e não pagam": "É a única excepção, os que trabalham por conta de terceiros do sector privado não podem estar no sistema e querem estar no sistema".

Sobre as críticas das associações socioprofissionais de militares, que invocam a violação do Estatuto dos Militares e da Condição Militar, a secretária de Estado assinalou que elas são colocadas "desde 2005".

Berta Cabral defendeu que estas leis "não são colocadas em causa", porque o que "o Estatuto diz é que [os militares] têm direito à saúde e à assistência na doença para si e para os seus familiares, mas não necessariamente gratuita".

"Há muito tempo que ela não é gratuita, há muito tempo que os militares e os seus cônjuges, sobretudo quando são da ADSE, da ADM ou outro subsistema público, têm de contribuir, tem vindo a haver uma evolução nessa comparticipação, há muito tempo que já contribuem para os subsistemas", declarou.

A secretária de Estado da Defesa referiu que a contribuição dos cônjuges de militares que trabalhem no privado será igualmente de 3,5% sobre 79% do vencimento base [dos militares], mas sem o subsídio da condição militar, que representa 20%".

Ainda no campo da saúde militar, Berta Cabral adiantou que a dívida da ADM aos hospitais, de cerca de 60 milhões de euros "ficou resolvida" no Orçamento do Estado para 2015, tendo sido feito "um encontro de contas que extingue essa dívida".

Já o sistema de facturação do Hospital das Forças Armadas, revelou, foi alterado este mês, representando "uma redução significativa dos custos para os militares e as suas famílias".

Desde o início do ano
Mais de 30 centros de saúde já têm um enfermeiro de família em funções desde o início do ano, segundo uma portaria hoje...

A figura do enfermeiro de família foi oficialmente criada no dia 05 de Agosto de 2014, com a publicação em Diário da República do decreto-lei que prevê esta nova actividade nos centros de saúde.

O diploma que estabelece o plano de acção, o modelo de governação, os locais e o período temporal de execução das experiências piloto do enfermeiro de família foi hoje publicado, com efeitos desde dia 2 de Janeiro.

Estes projectos-piloto estão a funcionar em 31 agrupamentos de centros de saúde (ACES) de todo o país (seis na ARS Norte, oito na ARS Centro, nove na ARS de Lisboa e Vale do Tejo, quatro na ARS do Alentejo e quatro na ARS Algarve).

As experiências piloto nestes ACES estão a decorrer em 15 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) em oito Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo A e em 12 USF modelo B.

A portaria define que a intervenção do enfermeiro de famílias deve ser feita em colaboração com outros profissionais de saúde e outros serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A sua “carteira de serviços” está integrada na carteira de serviços definida para as USF e USCP, e integra os programas de vigilância, educação e promoção da saúde, o programa nacional de vacinação, a detecção precoce de doenças não transmissíveis, os programas de gestão do risco, os programas de gestão da doença crónica, os programas de visitação domiciliária e outros programas adequados à localização sociodemográfica da unidade de saúde.

Terminado o período previsto para as experiências piloto – dois anos -, será ouvida a Ordem dos Enfermeiros e será feita uma avaliação. Se esta for satisfatória, será progressivamente alargada a actividade do enfermeiro de família no SNS.

O modelo de Enfermeiro de Família é defendido pela própria Organização Mundial de Saúde e existe já em vários países europeus, como é o caso de Espanha e do Reino Unido.

Saiba qual a razão
Segundo o jornal El Pais as pessoas que decidiram deixar de fumar e não estão a conseguir controlar o vício é porque não...

São muitos os que fazem a promessa de deixar de fumar, mas muitos poucos os que a conseguem cumprir. Segundo o El Pais, o problema pode estar na forma como o decidiu fazer, pois nem todos os métodos funcionam da mesma forma para todas as pessoas.

Assim, mais do que encontrar novos fármacos, os investigadores estão a centrar os seus esforços em tentar definir que tipo de perfil se adequa melhor a cada tratamento existente no mercado: seja os tratamentos substitutivos, como pastilhas, caramelos ou sprays bucais da nicotina; ou a toma regular de medicamentos como a vareniclina.

Segundo os investigadores do Centro de Cancro de Abramson da Universidade da Pensilvânia, cujo estudo foi publicado no Lancet Respiratory Medicine, a eficácia do tratamento depende da rapidez com que se elimina a nicotina do corpo.

De acordo com um estudo clínico em que participaram 1.246 pessoas, os fumadores que possuem um metabolismo considerado normal beneficiam mais de tratamentos como a vareniclina, enquanto os adesivos de nicotina serão mais indicados para quem tem o metabolismo mais lento.

As pessoas com metabolismo mais acelerado eliminam mais facilmente a nicotina do corpo, sofrendo mais rapidamente de sintomas como irritação, ansiedade e nervosismo, necessitando por isso de um tratamento mais forte.

Em média, o organismo demora entre uma semana e 10 dias a eliminar a nicotina do corpo e a ficar limpo desta substância. O ritmo, porém, varia de pessoa para pessoa.

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