Ortopedistas lançam campanha
“Não caia nisso” é o tema de uma campanha de sensibilização que a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia lança na...

“O principal objectivo desta campanha é informar, particularmente os seniores, mas também a população em geral sobre o risco de queda e as complicações daí inerentes”, nomeadamente as fracturas, disse o responsável pela iniciativa, Carlos Evangelista.

As estimativas apontam que 30% dos idosos já caíram alguma vez e que cinco a 10% dessas quedas ocasionaram lesões graves com risco de morte, adiantou o ortopedista.

“As fracturas, particularmente nas pessoas de mais idade, são situações que trazem muita carência, muita dependência a essas pessoas e por isso nós tentamos com esta campanha alertar para pequenos problemas do dia-a-dia”, explicou.

Tendo em conta que “a grande maioria das quedas acontece dentro de casa”, a campanha dá alguns conselhos para as prevenir, como evitar locais pouco iluminados, pavimentos molhados, retirar tapetes que possam provocar derrapagens e consequentes quedas, evitar medicação que perturbe o equilíbrio e em caso de insuficiência, melhorar a audição e a visão.

O ortopedista advertiu que “as pessoas com alguma idade que vivem sozinhas, e não só, têm que ter alguns cuidados em casa e atenção a alguns pormenores que vão evitar a queda”, como não ter objectos no chão, ter uma luz de presença no quarto para quando se levanta durante a noite, andar com o telemóvel ao peito ou tomar banho sentada.

Além dos problemas médicos, “as quedas apresentam custos sociais, económicos e psicológicos enormes, aumentando a dependência e a institucionalização”.

Um dos objectivos da campanha é também diminuir os custos no tratamento destas fracturas que, segundo dados da Direcção-Geral da Saúde, estimaram-se, em 2006, em 52 milhões de euros, só em cuidados hospitalares.

“O que vai acontecer em meia dúzia de anos e já está a acontecer é os hospitais estarem cheios de doentes idosos com fracturas do colo do fémur”, disse o médico, defendendo como medida para evitar esta situação a aposta na prevenção, que deve começar junto das crianças.

Carlos Evangelista salientou ainda o impacto das fraturas do colo do fémur, que são “a grande problemática das quedas”, no dia-a-dia das pessoas

“Se a pessoa não for operada nas primeiras horas, se não tiver toda a atenção que é devida, mesmo no pós-operatório, as pessoas iniciam um processo de recusa de andar porque têm medo de cair novamente”, o que leva a uma atrofia da massa óssea.

Devido a este problema, a pessoa começa a fechar-se em casa, a deixar de falar com a família e a entrar num processo de depressão que a pode levar à morte, disse Carlos Evangelista, apontando esta situação como uma das explicações para o elevado número de mortes a seguir à fractura do colo do fémur (28%).

“É todo um acumular de um processo que resulta da desistência de viver”, lamentou.

Esta campanha vai contar com iniciativas de sensibilização em lares de terceira idade, universidades seniores, em centros de saúde e acções de rua, com a distribuição de panfletos a alerta para esta problemática.

Senador de Porto Rico propõe
Um senador de Porto Rico apresentou segunda-feira um projecto de lei para multar os pais com filhos obesos, uma iniciativa...

O senador Gilberto Rodríguez Valle já afirmou, perante a polémica, estar disposto a rever a sua proposta de multar os pais com crianças obesas e acusá-los de maus-tratos, se durante um período determinado os filhos não emagrecerem.

“Não é a forma correcta de o fazer. Vai trazer complicações porque há crianças obesas por complicações médicas e razões genéticas”, afirmou ao jornal El Nuevo Dia o presidente da Academia Americana de Pediatria de Porto Rico.

A proposta estabelece que o Departamento de Educação seja responsável por identificar os casos de maior risco de obesidade infantil e dar orientação aos pais.

Se ao fim de seis meses, segundo o projecto, a criança não tiver emagrecido o caso deverá ser enviado para o Departamento da Família.

O Departamento da Família fará novo acompanhamento por mais um período de seis meses e, caso a criança não tenha melhorado, os pais são multados em 500 dólares.

Se seis meses depois continuar a não haver progressos, a multa passará a ser de 800 dólares.

Uma criança obesa “é um problema de saúde e pode converter-se num gasto económico devido ao desenvolvimento de doenças no coração, diabetes e outras patologias”, afirmou o senador José Luís Dalmau, que também defende o projecto de lei apresentado pelo seu colega.

“Têm de haver consequências para os pais das crianças obesas”, vincou.

Em ratos
Uma insulina "inteligente" experimental, que actua durante 14 horas, apresentou resultados promissores em ratos e...

O produto, designado como Ins-PBA-F e desenvolvido por bioquímicos na Universidade de Utah, Nos Estados Unidos, entra automaticamente em acção quando o nível de açúcar no sangue dispara, de acordo com a investigação publicada nos Procedimentos da Academia Nacional de Ciências.

Testes em ratos com uma forma de diabetes tipo 1 mostraram que uma injecção pode, “repetida e automaticamente, baixar os níveis de açúcar no sangue depois de serem dadas aos ratos quantidades de açúcar comparáveis às que consumiriam às refeições", refere o estudo.

O medicamento imitou com bastante precisão o modo como os organismos de ratos normais reporiam o seu nível de açúcar no sangue para valores equilibrados depois de comer, segundo os investigadores.

O coautor do estudo, Danny Chou, professor assistente de Bioquímica na Universidade de Utah, considerou tratar-se de "um avanço importante na terapia com insulina”, disse.

“A nossa insulina derivativa parece controlar o açúcar no sangue melhor do que qualquer outra coisa atualmente disponível para tratar doentes com diabetes”, sublinhou.

As pessoas com diabetes tipo 1 têm de controlar constantemente o nível de açúcar no sangue e injectar-se manualmente com insulina quando necessário.

Qualquer erro ou lapso poderá levar a complicações, incluindo problemas cardíacos, cegueira e mesmo morte.

O Ins-PBA-F é uma versão quimicamente modificada de uma hormona naturalmente produzida pelo organismo e difere de outros produtos de ‘insulina inteligente’ em desenvolvimento, que usam uma barreira proteica, como um gel ou um revestimento, que inibe a insulina quando o nível de açúcar é baixo.

Após mais testes de segurança a longo prazo em animais de laboratório, os primeiros testes de segurança em seres humanos poderão começar dentro de dois a cinco anos.

Hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas
As dívidas do Centro Hospitalar do Médio Tejo, composto pelos hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, ascendem a mais de...

Os "números da realidade" do Centro Hospitalar do Médio (CHMT) foram apresentados pelo Conselho de Administração (CA) aos autarcas da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), tendo o presidente do CA elencado ainda os resultados a nível financeiro, de recursos humanos e actividade assistencial, "descrição com base nos resultados reais" entre o ano de 2010 e 2014.

No documento pode ler-se que, relativamente aos resultados financeiros, o CHMT recebeu um investimento de 85 ME, entre 2012 e 2014, por via de aumentos de capital e programas de regularização de divida.

"Apesar deste investimento, a divida acumulada, a 31 de Dezembro de 2014, encontra-se ao nível de 2010, cifrando-se em mais de 42 ME, no limite da sustentabilidade", aponta.

O CA do CHMT, que tomou posse em Julho de 2014, refere ainda que, entre 2010 e 2014, no sector dos Recursos Humanos (prestação directa de cuidados de saúde), "o número de saídas suplanta largamente as entradas", acrescido do facto de a maior quantidade de saídas verificar-se em médicos, enfermeiros e assistentes operacionais, num total de mais de três centenas de profissionais.

Quanto aos Resultados Assistenciais, o CA destaca a diminuição da lotação dos hospitais em 93 camas, assim como a diminuição das consultas médicas de 2013 para 2014.

Os dados entre 2010 e 2014 refletem ainda um aumento das Sessões de Hospital de Dia, a diminuição dos partos na maternidade do CHMT, situada em Abrantes, a diminuição dos atendimentos nos Serviços de Urgência, uma diminuição significativa dos atendimentos na Unidade Médica Cirúrgica, e diminuição dos atendimentos na Urgência Pediátrica.

O documento aponta ainda para uma diminuição da actividade cirúrgica convencional e um aumento da actividade cirúrgica realizada em regime de ambulatório.

Nesta mesma reunião foram ainda deixadas as directrizes do actual Conselho de Administração, tendo o seu presidente, Carlos Andrade Costa, com um mandato válido até 2016, garantido que "o principal objectivo terá como prioridade o fortalecimento das competências clínicas" do CHMT.

"Este fortalecimento passará pelo aumento de médicos do quadro, pela diminuição da dependência de prestadores de serviços, pelo aumento das competências formativas, pelo reforço dos hospitais de dia e pelo reforço das competências clínicas na gestão da doença crónica", pode ler-se no documento.

"Qualquer pensamento estrutural sobre o CHMT está dependente do atingir das metas anteriores", defendeu Carlos Andrade Costa, referindo que "poderão ser tomadas medidas avulsas e pontuais por força dos recursos disponíveis".

Em declarações, Maria do Céu Albuquerque, presidente da CIMT, disse que os autarcas "vêm com grande preocupação um serviço que está deficitário e desarticulado, entre os cuidados hospitalares e os cuidados primários de saúde".

"Para além dos números, existem pessoas com problemas de saúde que têm de ser resolvidos, e os autarcas querem fazer parte da solução para tornar este serviço mais próximo e mais eficiente", notou.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 250 mil habitantes do Médio Tejo, distrito de Santarém.

Instituto do Sangue
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação apelou à dádiva de sangue, devido à quebra nas colheitas nesta altura do...

Segundo uma nota do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), as dádivas de sangue "têm diminuído sucessivamente", caindo a reserva nacional das 17.620 unidades, do início do ano, para as 11.240 unidades, ontem.

Os grupos sanguíneos nos limites inferiores aos desejáveis são o 0-, o 0+ e o A-, com reservas para cinco a seis dias, precisou o presidente do IPST, Helder Trindade, frisando que a não reposição das reservas pode levar ao adiamento de cirurgias dentro de "uma semana ou duas".

Helder Trindade esclareceu que a diminuição das dádivas, normal nesta época do ano, se manifestou na última semana de Janeiro e nos primeiros dias de Fevereiro, devido às habituais constipações e gripes, que, disse, levaram os dadores regulares a recusarem dar sangue.

"Sabemos que a próxima semana não vai alterar o fluxo de dadores - pelo contrário, é Carnaval", lembrou, assinalando que "a gripe vai continuar a deixar sequelas".

O presidente do IPST apela, neste sentido, aos dadores não regulares para que reforcem a sua dádiva o mais breve possível.

Hospital de Bragança
A Unidade Local de Saúde do Nordeste informou que análises recentes feitas água do hospital de Bragança revelaram que já não...

“O resultado da mais recente análise efectuada pelo Laboratório Regional de Saúde Pública de Braga à qualidade química e biológica da água da Unidade Hospitalar de Bragança - conhecido esta tarde – revelou-se negativo, ou seja, não foi detectada qualquer presença da bactéria Legionella Pneumófila Serotipo 1”, lê-se num comunicado da entidade responsável pelas unidades de saúde no distrito de Bragança.

O esclarecimento surge depois de, na sexta-feira, a Unidade Local de Saúde (ULS)do Nordeste ter confirmado que detectada a presença da bactéria na água do hospital de Bragança, no dia anterior, e que tinham sido “tomadas as medidas necessárias” sem registo de casos de doença.

A administração defende que o resultado conhecido “comprova a eficácia das medidas adoptadas pela ULS Nordeste, na passada sexta-feira, logo após ter sido identificada, através de uma acção de monitorização periódica, a presença da referida bactéria naquele hospital”.

A ULS Nordeste não especifica, contudo, as medidas que tomou para resolver a situação.

No esclarecimento por escrito, aquela entidade salienta que “além da actual garantia da qualidade química e biológica da água, atestada pelos resultados agora divulgados, não foi registado nesta entidade qualquer caso de doença com origem de infecção pela bactéria mencionada”.

Em 2011, três doentes foram infectados e dois acabaram por morrer vítimas da bactéria detectada numa ala do quarto piso do edifício hospitalar.

Naquela ocasião também foi detectada a presença de “legionella pneumophila” na água do hospital de Bragança, que procedeu à desinfecção através da injecção de água a alto impacto nas canalizações e com cloro e lixívia.

São cerca de 20 mil
20 mil pessoas com a forma mais grave de epilepsia queixam-se de atrasos na referenciação para cirurgia. A denúncia parte da...

Para estes doentes, os medicamentos já não resolvem o problema. A epilepsia refractária, a forma mais grave da doença, afecta um terço do universo dos portadores de epilepsia em Portugal e o único tratamento possível é a cirurgia. A taxa de sucesso é altamente satisfatória, mas a espera é longa.

Em declarações à Renascença, o presidente da Liga Portuguesa contra a Epilepsia (LPCE), Francisco Sales, fala de “um atraso grande no envio dos doentes para cirurgia, e a percentagem de cura é muito elevada: em cada dois doentes, um fica completamente sem crises e o outro melhora substancialmente”.

Outro problema é o difícil acesso aos medicamentos nas farmácias. Francisco Sales diz que “muitas vezes as farmácias não têm os medicamentos em stock e os doentes têm de esperar várias semanas”.

O presidente da Liga Portuguesa contra a Epilepsia alerta contudo que “o doente nunca deve deixar de tomar a medicação”.

Daí, o conselho: “tenham stock de medicação em casa porque sabem que, se deixarem chegar ao fim, poderão ter mais dificuldade em comprá-la no imediato”.

A Liga Portuguesa contra a Epilepsia estima que todos os anos surjam 5 mil novos casos da doença. Desses, cerca de 300 são candidatos a cirurgia. Mas só 50 são operados.

 

Dia Internacional da Epilepsia é assinalado hoje

Epilepsia é mais do que ter crises é o tema de uma campanha europeia que decorrerá em 2014/2015 e cujo objectivo é alertar e sensibilizar a sociedade e os governos para as questões de quem vive com epilepsia.

 

Talvez não saiba que:

> Na Europa existem 6 milhões de pessoas com epilepsia

> Cerca de um terço das pessoas com epilepsia não respondem aos medicamentos existentes: são 20 milhões em todo o mundo

> Muitas formas de epilepsia persistem durante toda a vida e algumas são progressivas

> Cerca de 80% das pessoas com epilepsia apresentam co-morbilidades (ou seja, outras doenças associadas)

> A taxa de mortalidade nas pessoas com epilepsia é superior à da população em geral, existindo um risco 20 vezes superior de morte súbita

> Para além das crises epilépticas, muitos outros factores prejudicam a qualidade de vida das pessoas com epilepsia, por exemplo, a discriminação, o estigma, ou os efeitos secundários da medicação

Estudar o papel do nitrito, ascorbato e óxido nítrico
O investigador Tiago Monteiro, do Centro de Neurociências de Coimbra, foi distinguido pela Gulbenkian pelo seu envolvimento num...

O investigador Tiago Monteiro, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, foi premiado pelo Programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian, para estudar o papel do nitrito, ascorbato e óxido nítrico em patologias cerebrais resultantes da privação de oxigénio.

A distinção, na área científica da Química e Cérebro no âmbito do Ano Europeu do Cérebro, será entregue numa cerimónia oficial da FCG, no próximo dia 24 de Fevereiro, pelas 15 horas, no Auditório 3. O prémio, no total de 12.500 euros, é repartido em duas partes: 2.500 para o investigador e 10 mil para a Instituição de acolhimento suportar os encargos com a execução da investigação.

Rui Barbosa, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) responsável pelo acolhimento institucional do projecto, detalha os objectivos do estudo: “o estudo das reacções do nitrito no cérebro envolverá a sua medição, em tempo real, no espaço extra celular, com um sensor de dimensões micro (microbiosensor), em simultâneo com a medição do fluxo sanguíneo cerebral com sonda laser. Posteriormente serão realizadas experiências in vivo com os microbiosensores implantados no cérebro de rato, os quais permitirão modular a sua actividade neuronal”.

O investigador salienta ainda que “os resultados deste estudo in vivo no cérebro podem contribuir para esclarecer o papel do nitrito, ascorbato e óxido nítrico na função vascular do cérebro, promovendo o fluxo sanguíneo em estados de privação de oxigénio e abrindo a possibilidade de novas abordagens terapêuticas para determinadas patologias cerebrais”.

O Programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian distingue anualmente propostas de investigação de elevado potencial criativo em áreas científicas no âmbito das disciplinas básicas: Matemática, Física, Química e Ciências da Terra e do Espaço, apoiando a sua execução em centros de investigação portugueses.

A distinção destina-se a jovens envolvidos em trabalhos de investigação em instituições de investigação portuguesas, cuja idade seja inferior a 26 anos, sendo que a bolsa divide-se em duas partes, uma para o investigador e a outra para a instituição de acolhimento.

12 países envolvidos
Para ter um retrato mais fiel do número de doentes autistas na Europa e da melhor forma de tratar estes doentes, o Instituto...

São 12 países a trabalharem para uma causa comum: Saber a nível europeu quantas pessoas sofrem de autismo, qual a melhor forma de detectar a doença e os custos económicos e sociais envolvidos, escreve a TSF Online.

O Instituto Ricardo Jorge, em colaboração com o Hospital Pediátrico de Coimbra, vai estar envolvido neste projecto europeu que demorará três anos e custará 2,1 milhões de euros.

Sabe-se que 50% dos casos de autismo nas crianças provêm de marcadores genéticos mas pensa-se também que factores ambientais possam influenciar a doença.

O projecto ASDEU pretende validar marcadores biológicos comuns para diagnosticar esta perturbação neurológica.

Os investigadores pretendem que o melhor conhecimento sobre o autismo sirva para a adequação de políticas comuns de diagnóstico e maior apoio nos países europeus envolvidos.

Pela primeira vez
A segunda-feira de cada segunda semana do mês de Fevereiro foi instituída, a nível mundial, o Dia da Epilepsia. É hoje...

A partir de 2015, a segunda-feira de cada segunda semana do mês de Fevereiro, passa a ter um significado diferente, quer se encontre no hemisfério norte, no hemisfério sul, a oeste ou a leste de Greenwich, tenha as crenças que tiveres, seja mulher ou homem. É o mesmo dia em todo o Mundo. É o Dia Mundial da Epilepsia e este ano, esse dia é, 9 de Fevereiro.

Foi este o dia maioritariamente escolhido pelas organizações ligadas à epilepsia em todo o mundo. Na Europa, este dia era já o Dia Europeu da Epilepsia e esteve sempre muito relacionado com o Dia de São Valentim, personagem historicamente invocada pelos doentes que sofriam de epilepsia para sua protecção, surgindo como patrono da Epilepsia.

A importância de promover o conhecimento e a sensibilização pública para esta doença não pode ser subestimada.

A aprovação em 2011, no Parlamento Europeu, da Declaração Escrita de Epilepsia e o recente reconhecimento (Janeiro de 2015) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) da epilepsia como doença prioritária necessitando de uma acção coordenada a nível de cada país, dirigida aos seus aspectos médicos, sociais e conhecimento público, faz-nos acreditar que iniciativas deste género podem contribuir de facto para melhorar a assistência clínica às pessoas que sofrem de epilepsia, bem como fomentar o investimento na investigação em epilepsia, nomeadamente no desenvolvimento de novos tratamentos ou em estratégias preventivas.

É objectivo da Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE), que em Portugal as autoridades de Saúde integrem rapidamente as recomendações da Comissão Europeia e da OMS.

Estabelecer um Dia Mundial de Epilepsia, é enviar uma mensagem forte para toda a comunidade, que a epilepsia é uma doença global, requerendo acções a nível de cada país.

 

Iniciativas programadas

Articulação com a campanha europeia - “epilepsia é mais do que ter crises”. Divulgação dos vídeos publicitários promovendo uma maior sensibilização pública para esta doença

Acções de rua sob o lema “Um gesto basta”, onde um comportamento muito simples, como a partilha de um objecto simbólico, no nosso caso um balão lilás, se pode transformar num projecto de entre ajuda. A LPCE promove estas iniciativas de rua com uma dupla finalidade: informação e angariação de fundos.

Desenvolver projectos de investigação
A Direcção-Geral da Saúde assina acordo para desenvolver projectos de investigação relacionados com o envelhecimento activo e...

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) assinou, dia 4 de Fevereiro, um acordo-quadro de colaboração com a Fundación General de la Universidad de Salamanca, a Fundación General del Consejo Superior de Investigaciones Científicas e a Universidade do Algarve para desenvolver projectos de investigação e iniciativas relacionadas com envelhecimento da população.

O processo global de envelhecimento da população, resultante do aumento progressivo da esperança de vida e da redução das taxas de natalidade, coloca desafios semelhantes em Portugal e Espanha.

De acordo com diferentes estudos populacionais, a faixa etária da população com mais de 65 anos crescerá mais de 21% até 2050. Tanto no caso português como no espanhol, estas previsões ultrapassam os 30%.

A nova pirâmide populacional exigirá profissionais do Sistema Nacional de Saúde que, a partir das suas áreas de especialização, possam compreender o envelhecimento de uma forma integradora, pelo que esta será uma das acções fundamentais a desenvolver no âmbito desta colaboração.

O acordo agora assinado pretende potenciar esta investigação levada a cabo por equipas interdisciplinares, visando também a criação de um grupo de trabalho com o objectivo de apresentar um projecto no âmbito do Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP) da União Europeia.

Prémio em Contracepção 2015
Estão abertas a partir de hoje as inscrições para o 4º Prémio de investigação na área da contracepção, da responsabilidade da...

A Sociedade Portuguesa de Contracepção (SPDC) e a multinacional farmacêutica Gedeon Richter, que patrocina o prémio, abrem hoje, dia 9 de Fevereiro, as candidaturas para o 4º Prémio na área da contracepção e recebem projectos até 31 de Julho. O prémio surge para premiar estudos de investigação na área da saúde sexual e reprodutiva e impulsionar a investigação nacional.

Os autores do trabalho vencedor serão premiados com o montante de 6 mil Euros, pelo que se podem candidatar ao prémio, licenciados, profissionais de saúde ou educação na área da saúde sexual e reprodutiva, sócios da SPDC.

A direcção da SPDC afirma que, “Em Portugal, os apoios à investigação são muito escassos. Os profissionais de saúde procuram desenvolver investigação na área da saúde sexual e reprodutiva em condições muito difíceis, pelo que pretendemos que esta iniciativa seja um incentivo à investigação nesta área tão importante na vida da população.”

 “Queremos promover a inovação e investigação nacional e continuar a incentivar os profissionais portugueses no desenvolvimento de projectos que permitem criar respostas que vão ao encontro das necessidades da população no que diz respeito à sua sexualidade e saúde reprodutiva”, refere Daniel Pereira da Silva, Medical Advisor da Gedeon Richter Portugal.

A entrega do 4º Prémio em Contracepção, vai decorrer na 5ª Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Contracepção, que se realiza de 25 a 26 de Setembro de 2015, em Lisboa.

Em 2014, o 3º Prémio em Contracepção foi atribuído ao trabalho “Adolescentes e Contracepção de Longa Duração - Satisfação e continuação no primeiro ano de utilização” ao grupo constituído por Lúcia Correia, Ana Marujo, Inês Antunes, Isabel Martins, Fátima Palma e Maria José Alves da Maternidade Alfredo da Costa.

As candidaturas podem ser enviadas para o e-mail [email protected]. Os trabalhos vão ser avaliados por um júri nomeado pela SPDC, constituído por cinco médicos diferenciados na área da saúde reprodutiva. O regulamento do prémio pode ser consultado aqui.

 

Avastin, Herceptin, Nivestim e Torisel
O Infarmed emitiu uma Circular Informativa - N.º 019/CD/8.1.7. – sobre a possível distribuição de medicamentos falsificados.

A Agência Europeia do Medicamento emitiu uma informação sobre a possível distribuição ilegal dos medicamentos constantes da tabela abaixo, na sequência de um furto nos serviços farmacêuticos de um hospital romeno:
 

Medicamento

Dosagem

Forma farmacêutica

Lote

Validade

Titular de AIM/Representante

Avastin

25mg/ml (4 frascos)

Concentrado para solução para perfusão

B7110B01
B8000B02

11-2015
04-2016

Roche Farmacêutica Química, Lda.

Avastin

25mg/ml (16 frascos)

Concentrado para solução para perfusão

B7031B03
B7050B06

02-2016
06-2016

Roche Farmacêutica Química, Lda.

Herceptin

150 mg

Pó para concentrado para solução para perfusão

H4450B03

05-2018

Roche Farmacêutica Química, Lda.

Torisel

25mg/ml

Concentrado e solvente para solução para perfusão

AJ64/92

04-2017

Laboratórios Pfizer, Lda.

Nivestim

30 MU/0,5 ml

Solução injetável ou para perfusão

2861123B

03-2016

Hospira Portugal, Lda.

 

Apesar de não ter sido detetada a existência destes lotes de medicamentos em Portugal, alerta-se que medicamentos fornecidos por distribuidores não autorizados devem ser considerados como falsificados, não podendo ser considerados seguros ou eficazes, pelo que não devem ser utilizados.

Atendendo a que estes medicamentos são utilizados apenas em meio hospitalar, as entidades que eventualmente tenham adquirido estes lotes de medicamento não devem proceder à sua venda, dispensa ou administração, devendo comunicar de imediato ao Infarmed.

 

Psiquiatra Luís Patrício defende
O psiquiatra Luís Patrício manifestou-se favorável à venda de canábis nas farmácias, para uso terapêutico, numa posição...

Em declarações, Luís Patrício, um dos pioneiros no tratamento da toxicodependência em Portugal, considerou que a medida para utilização em saúde é bem-vinda, mas não para utilização lúdica.

“Se a questão que se põe é de existir na farmácia canábis na forma de erva – uma vez que de cápsulas já tivemos. Se a hipótese é a utilização de erva de marijuana como fim terapêutico, é bem-vinda”, sublinhou o psiquiatra e autor do livro “Políticas e Dependências – Álcool e (De)mais Drogas em Portugal, 30 Anos Depois”.

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, afirmou no sábado, em declarações à rádio TSF, a título pessoal, que concorda com a despenalização do uso de drogas leves, para que "não haja criminalidade altamente organizada e branqueamento de capitais".

Para Paula Teixeira da Cruz, a despenalização do consumo de drogas leves - disponibilizando-a, por exemplo, em farmácias - representa não um ganho para o Estado, mas sobretudo para os cidadãos, porque não alimenta um negócio "profundamente rentável".

Para o psiquiatra, é necessário, primeiro, “clarificar o que é droga”, decidindo se “continua a ser apenas aquilo que é ilegal” ou se se pode começar “a falar de substâncias de princípio ativo”.

Para o psiquiatra, o que se vende nas farmácias são “medicamentos para tratar, para prevenir”.

Luís Patrício recordou que já se vendem medicamentos para tratar determinados tipo de situações associadas a dependências patológicas, como álcool ou heroína e de outros medicamentos.

Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência
O presidente do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência considerou que “ainda não é hora” de discutir a...

João Goulão, que falava na sequência das declarações da ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, sobre a despenalização de uso de drogas leves, salientou que este assunto “não é uma prioridade”.

“Penso que, neste momento, temos tantas e tão graves situações na política interna, nas condições de vida dos nossos cidadãos, que esta, de facto, não me parece uma prioridade política. Por outro lado, em Portugal os indicadores de consumos têm evoluído de forma positiva”, recordou o presidente do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (OEDT).

No entender de João Goulão, a discussão sobre este assunto só se justificava se tivesse havido um retrocesso nos indicadores.

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, afirmou no sábado, em declarações à rádio TSF, que concorda com a despenalização do uso de drogas leves, para que "não haja criminalidade altamente organizada e branqueamento de capitais".

“Lembro que o primeiro-ministro já veio dizer que as declarações da ministra foram proferidas a título individual, e isto corresponde à posição oficial do Governo português, ou seja, que não vai ser avançada nenhuma posição relativa a esta questão da legalização ou regulação de vendas de drogas, nomeadamente a canábis”, sublinhou.

Na opinião de João Goulão, existem duas questões que têm sido abordadas de forma “mais ou menos” misturada.

“Por um lado, temos a questão do uso terapêutico de canábis, que terá as suas indicações médicas e vantagens em algumas situações clínicas muito particulares. Esta é uma questão que merece ser discutida, mas é um assunto para as agências do medicamento, é uma questão clínica e pode conduzir à possibilidade de prescrição de canábis e a sua aquisição nas farmácias”, disse.

Por outro lado, indicou João Goulão, existe a questão do uso recreativo de drogas, que deve ser discutida, mas “noutro contexto e com outros contornos”.

“Em Portugal, fomos pioneiros ao discriminarmos o uso de todas as substâncias em 2000 e isso teve impactos positivos na evolução dos indicadores. Há um conjunto de políticas que estão a ser seguidas desde então”, disse, lembrando no entanto que consumir drogas é proibido.

“Deixou de ser crime, mas é penalizado à luz do direito administrativo. Fomos tão longe quanto possível num paradigma penalizador proibicionista de drogas”, frisou.

João Goulão salientou ainda que estão a decorrer algumas experiências nos Estados Unidos e no Uruguai.

“Na minha opinião, agora é tempo de acompanhar as experiências noutros países e ver o impacto que têm ao nível dos consumos e na saúde individual e colectiva e, por outro lado, em 2016, as Nações Unidas vão organizar uma conferência para debater estas questões”, concluiu.

Em Tomar
O tornado que atingiu um jardim escola em Tomar, há cinco anos, deixou cicatrizes físicas e emocionais em dezenas de crianças,...

Uma criança que “voou” com o telhado da escola, outras soterradas em armários ou cobertas de vidros são algumas das imagens que, durante muito tempo, alunos e professores do Jardim Escola João de Deus, em Tomar, não conseguiram apagar após o tornado que atingiu aquela escola, a 7 de Dezembro de 2010.

O fenómeno meteorológico deixou cicatrizes físicas, mas também psicológicas nas crianças, cujos pais começaram a identificar sinais como medo do vento e da chuva, enurese nocturna e pedidos para dormir com a mãe ou o pai.

Na escola, os tempos seguintes também foram de medo, principalmente em dias de vento, de tal forma que a direcção pediu ajuda ao hospital local, sem capacidade para realizar uma intervenção a 136 crianças, familiares e professores.

Para contornar a situação, a Protecção Civil de Tomar pediu ajuda à pedopsiquiatria do Hospital Dona Estefânia, do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), que atende a zona sul do país.

Mas os custos para deslocar 136 crianças, familiares e educadoras semanalmente, durante seis meses, e o impacto no absentismo laboral dos pais e no funcionamento do jardim-escola ameaçavam tornar a intervenção inviável, pelo que uma equipa coordenada pelo enfermeiro António Nabais apresentou uma alternativa: levar a intervenção ao contexto escolar.

A iniciativa, inédita em Portugal, decorreu em 2011, ano em que quatro enfermeiros (dois especialistas em saúde mental e dois de cuidados gerais) da Área de Pedopsiquiatria do CHLC trabalharam uma vez por semana com estas crianças, mas também com pais e professores.

António Nabais disse que, na avaliação realizada através de inquéritos e pela interpretação dos desenhos das crianças – com idades entre os três e os dez anos – foi possível averiguar que quase metade (41,7%) apresentava possível perturbação mental.

Destas, a grande maioria já apresentava perturbação mental – nomeadamente ao nível do comportamento - antes do tornado, tendo com este aumentado em dez vezes a possibilidade do seu problema se agravar e evoluir para doença mental.

As crianças que ficaram marcadas após o tornado manifestavam perturbações emocionais, tendo sido estas as que mais facilmente melhoraram.

Os profissionais organizaram grupos terapêuticos, consoante a idade das crianças, com as quais dramatizaram histórias com o objectivo de verbalizar a situação vivida e ultrapassar o seu impacto.

Para os mais pequenos, entre os quatro e os seis anos, foi escolhida a história de “Os três porquinhos”, envolvendo “a construção, a destruição e reconstrução de uma casa, numa alusão à escola que foi destruída pelo tornado e depois reconstruída”, explicou António Nabais.

Aos que frequentavam o segundo, terceiro e quarto ciclo do ensino básico foi proposta a construção de uma história e a definição de personagens, que no final do ano foi apresentada como peça de teatro.

Segundo António Nabais, a intervenção permitiu que a maioria das crianças melhorasse o seu estado, sendo que as que não melhoraram ou até pioraram foram encaminhados para consultas de pedopsiquiatria.

Este projecto venceu, em 2014, o Prémio de Boas Práticas em Saúde.

Em Portugal
Em Portugal existem 626 dadores de espermatozoides e dadoras de ovócitos registados desde Janeiro de 2013, cuja identidade não...

Este registo entrou em funcionamento em Janeiro de 2013 e, desde então, reúne os dadores de gâmetas masculinos e femininos que realizaram as doações em Portugal, segundo disse o presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA).

De acordo com Eurico Reis, a informação que consta desta base de dados é confidencial e a ela só poderão ter acesso o presidente e o vice-presidente do CNPMA, em simultâneo.

Os dadores em questão realizam as suas dádivas, algumas das quais já foram utilizadas e deram origem a gravidez e a crianças nascidas, embora estes dados não constem do registo. Não constam desta base de dados as dádivas importadas.

Em 2014 entrou ainda em funcionamento o registo da actividade de Procriação Medicamente Assistida (PMA) em Portugal, com dados sobre as crianças nascidas através destas técnicas, que em 2016 cumprem 30 anos em Portugal.

O CNPMA tem, até hoje, compilados os dados referentes à actividade dos centros de PMA em 2012, tendo em conta a necessidade de aguardar o tempo da gestação. Em 31 de Janeiro deste ano, começaram a ser tratados os dados de 2013.

Em 2012 nasceram 2.134 crianças com recurso a técnicas de PMA, representando 2,4 por cento dos nascimentos nesse ano.

32 doados em 2013
Perto de 20 mil embriões estavam, no final de 2013, congelados e a aguardar um destino, 32 foram nesse ano doados a outros...

O maior número de embriões excedentários (8.893) resultou de tratamentos com microinjecção intracitoplasmática (ICSI) intraconjugais, seguindo-se os oriundos de ciclos de Fertilização In Vitro (FIV), que totalizaram 5.845.

No mesmo período foram criopreservados 3.239 embriões, resultantes de tratamentos de ICSI com ovócitos de dadora e 660 no âmbito de ciclos de FIV com ovócitos de dadora.

Os embriões criopreservados no âmbito de ciclos de FIV com espermatozoides de dador ascenderam a 496 e 273 resultaram de ciclos de ICSI com espermatozoides de dador.

No total, encontram-se crioconservados 19.406 embriões, contabilizados entre 2009 e 2013.

Segundo o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), em 2013 foram doados 32 embriões a outros casais (135 entre 2009 e 2013) e 398 foram descongelados e eliminados (1.491 entre 2009 e 2013).

Em 2012, último ano com os dados compilados pelo CNPMA, nasceram 2.134 crianças com recurso a técnicas de Procriação Medicamente Assistida.

Em Nova Iorque
Centenas de bactérias e outros organismos, quase metade com ADN desconhecido, podem ser encontrados no sistema de metro de Nova...

No entanto, especialistas e autoridades sanitárias citados pelo jornal The New York Times indicam que os utilizadores do metro não devem temer pela sua saúde.

O estudo, elaborado por investigadores do Weill Cornell Medical College, tinha como objectivo criar um mapa do ADN encontrado no metro de Nova Iorque, que transporta cerca de 5,5 milhões de pessoas por dia.

Durante 17 meses, foram recolhidas amostras em bancos, corrimões, assentos, portas e outros elementos da rede de metro, nas quais foram detectados milhares de tipos diferentes de organismos, metade dos quais foram considerados desconhecidos.

Entre os milhares de organismos foram detectadas centenas de bactérias, a maioria destas inofensivas para os seres humanos, mas também algumas que podem causar problemas digestivos, infecções por estafilococos e meningite.

Também foram encontrados alguns vestígios sem vida do que poderia ser a peste bubónica e bacilos de carbúnculo, embora os autores do estudo deixem claro que, dada a ausência de casos registados em Nova Iorque, estes agentes patogénicos provavelmente representam apenas um micróbio habitual em ambientes urbanos.

No caso da ‘peste negra’, a cidade não regista nenhum caso há mais de um século, ainda que em 2002 dois doentes do Novo México tenham visitado Nova Iorque.

“Ninguém deve preocupar-se”, afirmou o responsável pela investigação, Christopher E. Mason, em declarações ao The New York Times.

O investigador explicou que as amostras também poderiam pertencer a outra bactéria muito semelhante e anunciou que a sua equipa vai tentar perceber se o suposto ADN da peste está presente nas ratazanas que vivem nos túneis do metro.

“Tal como o estudo indica claramente, os micróbios foram encontrados em níveis que não significam qualquer perigo”, disse aos meios de comunicação social locais o porta-voz da empresa municipal de transportes, Kevin Ortiz.

O estudo revela ainda que os organismos encontrados numa estação de metro que ficou alagada na altura da passagem do furacão Sandy, em 2012, por Nova Iorque, são similares aos de um “ecossistema marinho”.

Da China, Nigéria e Índia
O ministro da Saúde angolano disse, em Luanda, que os medicamentos contrafeitos que chegam ao país têm origem na sua maioria na...

Devido à situação actual, José Van-Dúnem referiu que as autoridades estão a reforçar as medidas para acabar com a situação, a melhoria da inspecção e de controlo da entrada de medicamentos nas fronteiras.

"É evidente que um país com a fronteira como a nossa tem sempre possibilidades de ter muitos medicamentos que passam nas bolsas, nos carros, mas não é aquela contrafacção maciça que vem através dos portos, dos aeroportos", explicou o ministro.

José Van-Dúnem destacou também que "há um grande esforço nacional para criar as condições para diminuir a possibilidade de contrafacção".

A abertura em Luanda de um novo centro de distribuição de medicamentos vai, segundo o ministro, ajudar a melhorar a compra de medicamentos, bem como a sua gestão.

"Por exemplo, há situações em que não temos medicamento em Catabola, mas temos no Chinguar, cujos prazos estão quase a caducar porque não foram usados", apontou, acrescentando que uma informação centralizada ajuda a uma melhor gestão.

O governante angolano acrescentou que a "gestão global dos medicamentos que já fazia sentido que se realizasse, mas que neste momento, em que há menos recursos, faz ainda mais sentido e torna oportuna a inauguração daquela estrutura".

Por sua vez, Sílvio Samuel, Presidente do Conselho de Administração do grupo SILISA, proprietário do centro, disse que até ao momento todos os medicamentos são importados de Portugal.

"Temos como única proveniência Portugal, de princípio, não pensamos mandar vir de outra origem, porque achamos que Portugal é o local com medicamentos mais seguros. Temos acordos com vários laboratórios. Neste momento, o nosso objectivo é comprar melhor para conseguir vender melhor cá", concluiu o ministro.

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