Em 2014
O programa de comparticipação de medicamentos da Câmara de Leiria para famílias carenciadas beneficiou o ano passado 744...

Numa nota de imprensa, o município liderado por Raul Castro explica que em 2014 “foram formalizadas 583 candidaturas” ao programa, “abrangendo um total de 1.278 indivíduos”, sendo que 356 foram deferidas e contemplaram 744 pessoas.

Em 2013, chegaram ao município 371 candidaturas para este programa, tendo sido diferidos 287 pedidos de apoio de agregados familiares representando 650 beneficiários, tendo a câmara despendido com esta acção cerca de 32 mil euros.

“Comparativamente ao ano de 2013, no ano de 2014 verificou-se um aumento de 212 candidaturas, o que equivale a um acréscimo de 36%”, informa a câmara.

À agência Lusa, a vereadora com o pelouro do desenvolvimento social, Ana Valentim, considerou ser “de grande importância atribuir estes apoios a famílias que não têm capacidade para adquirir os seus próprios medicamentos”.

“Por outro lado, é incontornável salientar não só o aumento das candidaturas, mas em especial o facto de os apoios incidirem sobretudo no colmatar de uma dificuldade sentida pelos mais idosos, crianças e jovens", declarou Ana Valentim.

Das 583 candidaturas, a esmagadora maioria partiu de mulheres – 406 -, sendo que “o escalão etário predominante é o dos 40 anos aos 64 anos (44,05%), seguido pelo escalão que compreende os 0 aos 17 anos (23,64%), o que indicia que o programa abrange um elevado número de menores”, 302 no total.

“Das 18 freguesias/união de Freguesias que compõem o concelho, constata-se que a União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes é aquela de onde se verifica um maior número de candidaturas”, num total de 223, seguida pela União de Freguesias de Marrazes e Barosa, com 188 candidaturas.

O programa de atribuição de comparticipação em medicamentos a famílias carenciadas está implementado desde Abril de 2010 no município de Leiria.

Para o ano em curso e atendendo ao aumento de candidaturas, o município reservou para esta iniciativa uma verba de 80 mil euros.

Inaugurada a 1 de Fevereiro
Um "centro de noite" para idosos "que vivem sozinhos" vai ser inaugurado domingo e entra em funcionamento a...

A directora técnica da Associação "Censo", Sónia Durães sublinhou a "importância" da nova estrutura, sobretudo para "os idosos que ainda têm alguma autonomia mas que se encontram sozinhos, sem retaguarda familiar".

A recuperação da antiga escola primária de Badim, entretanto desactivada, e a adaptação às novas funções permitiu criar sete quartos com capacidade para acolher 12 utentes, e criar três novos postos de trabalho.

Apesar de a intervenção estar concluída, a estrutura só vai entrar em funcionamento no início de Fevereiro "devido aos trabalhos de montagem de o equipamento e mobiliário, necessário".

Gerido pela Associação "Censo", o centro de noite vai ainda prestar apoio às famílias que tenham idosos dependentes de longa duração. "Para descanso do cuidador está previsto que o centro de noite venha a prestar apoio, num período entre 15 a 30 dias, a esses idosos dependentes", explicou Sónia Durães. A responsável adiantou um dos utentes que vai ser acolhido na nova estrutura frequentou a antiga escola primária.

"É um senhor de 63 anos que perdeu as capacidades cognitivas devido à doença de Alzheimer e que nesta altura está aos cuidados da esposa que vai colocá-lo no centro de noite durante algum tempo", afirmou.

A maioria utentes que vão entrar no centro de noite "já vivem sem qualquer retaguarda familiar" e os restantes têm apoio domiciliário ou estão no centro de dia da "Censo" situado na União de freguesias de Messegães, Valadares e Sá, também este instalado num estabelecimento de ensino entretanto desactivado.

Além do centro de noite, também a antiga escola primária de Tangil vai receber um centro cultural, destinado a valorizar a cultura no Vale do Mouro.

De acordo com a Câmara Municipal o investimento ronda os 550 mil euros e vai dotar a antiga escola primária de um auditório, com capacidade para 160 pessoas, e seis salas polivalentes preparadas para a prática e aprendizagem da música.

A entrada em funcionamento do centro cultural de Tangil deverá ocorrer no segundo trimestre deste ano, também para dar apoio da Escola Básica Integrada (EBI) da freguesia, situada nas proximidades.

Segundo dados da Câmara de Monção, em finais do século passado e inícios do actual existiam mais de 30 escolas primárias no concelho, sendo que actualmente apenas quatro continuam a funcionar. No total, recebem perto de meio milhar de crianças de 24 freguesias do concelho.

A maioria das escolas desactivadas foram recuperadas e funcionam actualmente como biblioteca municipal (Monção) delegação da Cruz Vermelha Portuguesa (Ceivães), museu regional (Longos Vales) habitação social (Lara), apoio à actividade agrícola (Merufe), casa mortuária (Barroças e Taias) e sedes de associações locais.

Davos debate
Mais de 2.500 participantes vão debater "O novo contexto global" e os 10 principais desafios que o mundo enfrenta na...

A escalada de conflitos, o risco de pandemias, as divergências face ao crescimento económico entre países e o novo contexto energético são alguns dos temas em debate no Fórum de Davos, que decorre entre quarta-feira e sábado, como habitualmente na estação de ski dos Alpes suíços.

O presidente e fundador do WEF, Klaus Schwab, responsável pela escolha do tema "O novo contexto global", defendeu que 2015 será um ano crucial para a humanidade, que estará na intersecção de dois caminhos, um que levará à desintegração, ao ódio e ao fundamentalismo, e o outro que conduzirá à solidariedade e à cooperação.

Depois dos atentados terroristas de Paris, o programa do encontro não foi modificado, mas estes assuntos serão evocados e "todas as regiões de crise no mundo estarão representadas", indicou na semana passada o fundador do Fórum, professor Klaus Schwab.

A recente eliminação da taxa de câmbio mínima do franco suíço face ao euro, bem como a nova ameaça geoestratégica que representa a expansão do radicalismo, também vão estar no centro dos debates em Davos.

A política monetária a nível mais global será abordada pelos responsáveis dos bancos centrais de França, Itália, Japão e Suíça, depois deste último país ter decidido na semana passada abolir o controlo cambial do franco suíço face ao euro.

Esta medida criou uma 'onda de pânico' que atingiu também o mercado europeu, desvalorizando a moeda única e fortalecendo o dólar norte-americano.

Os efeitos desta medida, que muitos viram como ‘um ensaio geral’ do esperado anúncio que deverá ser feito na quinta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE) sobre o programa de compra de dívida soberana, serão analisados à lupa em Davos.

Este ano os participantes, provenientes de 140 países, serão convidados a centrarem as discussões no presente, mais do que tentar projectar o que ocorrerá no futuro, afirmaram os organizadores, defendendo que "a complexidade e complicação que caracterizam o contexto mundial assim o requerem.

Para o fundador do WEF, este fórum deve facilitar a busca de "novas soluções" para restabelecer a "confiança e estabilidade" económica, mas também política, sendo uma "plataforma de cooperação" entre representantes políticos e da sociedade civil.

Entre os participantes estarão designadamente a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

O ministro da Economia português, António Pires de Lima, vai também marcar presença no encontro, bem como alguns empresários portugueses, como Paulo Azevedo, da Sonae, e José Soares dos Santos e Henrique Soares dos Santos, da Jerónimo Martins.

De nacionalidade portuguesa, estará também António Guterres, na qualidade de Alto-comissário das Nações Unidas para Refugiados, o antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso (2004-2014) e o presidente executivo do Lloyds Bank, António Horta Osório.

Os participantes são representantes dos mundos político, económico, universitário e da sociedade civil provenientes de mais de 140 países.

Mais de uma dezena de representantes de comunidades religiosas também estará em Davos, transformado num campo com alta segurança das polícias e do exército suíço.

O programa do Fórum prevê 280 sessões, das quais cerca de cem serão transmitidas pela Internet, com temas que incluem a procura de soluções para os conflitos geopolíticos, como os que atingem a Ucrânia e vários países do Médio Oriente.

Fundado em 1971, o Fórum de Davos apresenta-se como um “laboratório de ideias” para debater grandes temas relevantes para o mundo a curto e médio prazo.

Duas vezes por semana
Cerca de 3.500 alunos de 54 escolas do primeiro ciclo do ensino básico do concelho de Viseu recebem, a partir de hoje e até ao...

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, deslocou-se hoje de manhã à escola básica de Santiago para lançar simbolicamente mais uma edição da iniciativa Fruta Escolar, que representa um investimento do município de 26 mil euros.

O autarca disse aos jornalistas que, por um lado, é importante para o equilíbrio da alimentação que as crianças comam fruta e, por outro, deve-lhes ser incutido o hábito do consumo da fruta. “Vamos procurar distribuir fruta que seja da época e da região, como a maçã Bravo Esmolfe”, explicou.

O fornecimento de maçãs, peras, clementinas, laranjas e cenouras é garantido pela Cooperativa Agrícola de Fruticultores da Beira Alta e o investimento municipal será candidatado aos apoios disponíveis do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas para este efeito.

Segundo Almeida Henriques, “a iniciativa está a ser desenvolvida em parceria com os cinco agrupamentos de escolas que garantem complementarmente a organização de visitas a quintas, mercados e feiras”.

O objectivo é “ligar os meninos à terra para que percebam que a fruta que comem não se compra só no supermercado”, frisou, considerando que, desta forma, é feita “a sensibilização das crianças para a importância de uma alimentação saudável e do consumo de produtos locais”.

A iniciativa Fruta Escolar “não substitui outros programas já existentes, como o do leite escolar e o da distribuição de fruta nas refeições escolares”, acrescentou.

Nos laboratórios
O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses reduziu, no último ano, de 167 para 15 os processos pendentes nos...

O vice-presidente do instituto, João Pinheiro, disse que esta evolução de resultados “deveu-se ao esforço, eficiência e metodologias utilizadas” pelos três laboratórios do Serviço de Genética e Biologia Forenses do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), acompanhando o seu processo de certificação.

O laboratório do Norte foi acreditado este mês, juntando-se às unidades congéneres do Centro e do Sul, que já tinham obtido a certificação.

Entre outras actividades, estes laboratórios realizam as investigações de paternidade e as perícias da área da criminalística biológica, “na qual assumem particular relevo os perfis de ADN para a base de dados nacional e os crimes sexuais”, afirma em comunicado o Instituto de Medicina Legal.

João Pinheiro salientou que o INMLCF “conseguiu pela primeira vez” o símbolo de qualidade do Instituto Português de Acreditação (IPAC) para aquelas unidades.

“Estamos a cumprir com os mais altos padrões de qualidade, independência e rigor”, acrescentou.

O número de processos pendentes no Serviço de Genética e Biologia Forenses, dirigido por Maria João Porto, teve uma “redução significativa”, ao passar de 167 para 15, entre 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2014.

Os três laboratórios, instalados em Coimbra, Lisboa e Porto, “são os únicos em Portugal acreditados pelo IPAC”, enquanto laboratórios de ensaio no domínio da genética forense.

O Serviço de Genética e Biologia Forenses participa regularmente nas reuniões do European DNA Profiling Group, no âmbito do European Network of Forensic Sciences Institutes, no qual representa Portugal, cujo próximo encontro vai realizar-se em Abril, em Copenhaga (Dinamarca).

Circular Informativa N.º 011/CD/8.1.7.
O Infarmed emitiu uma circular informativa chamando a atenção sobre a contrafacção de preservativos da marca Durex.

A autoridade competente da Polónia detectou a existência de preservativos da marca Durex contrafeitos, nomeadamente lotes dos modelos Durex, Durex Extra Safe, Durex Classic e Durex Pleasuremax, identificados nas tabelas anexas.

Dos modelos acima indicados apenas os Durex Extra Safe e Durex Pleasuremax são comercializados em Portugal com as designações Durex Extra Seguro e Durex Dame Placer, respectivamente.

Em Portugal, até à data, não foram identificados preservativos da marca Durex contrafeitos, mas, atendendo a que existe livre circulação de produtos no espaço económico europeu, o Infarmed recomenda a quem possua este tipo de dispositivo médico que atente à presente informação, nomeadamente à constante das tabelas em anexo.

A existência em Portugal de dispositivos com características que evidenciem tratar-se de produto contrafeito deve ser reportada à Direcção de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 72 35; fax: +351 21 798 72 81; e-mail: [email protected].

Aon firma parceria
A Aon Portugal, a QBE Insurance Company e o Health Cluster Portugal, desenvolveram em parceria uma solução de seguro que prevê...

O seguro de responsabilidade civil que engloba Ensaios Clínicos está de acordo com a Lei n.º 21/2014, de 16 de Abril, e destina-se a cobrir a responsabilidade por eventuais danos patrimoniais e não patrimoniais sofridos no decurso do Ensaio.

De acordo com Filipe Pimenta da Gama, Business Development Director da Aon Portugal, “esta parceria posiciona a Aon Portugal na linha da frente no que diz respeito à implementação e administração de programas de seguro de Ensaios Clínicos, ao mesmo tempo que incentiva às actividades de investigação clínica em Portugal, cujo potencial para a criação de valor económico e social pode e deve ser aproveitado”.

O acordo prevê uma solução de seguro aplicável a ensaios de Fase I, Fase II, Fase III ou Fase IV. Os Associados do Health Cluster Portugal (HCP) beneficiam, assim, de condições especiais que passam por prémios 30% abaixo dos praticados pela QBE, o compromisso de cotação em 48h e a ausência de questionários de risco.

A experiência e o conhecimento da Aon Portugal vêm facilitar o acesso a condições especiais e simplificar a burocracia dos processos que têm constituído entraves ao investimento em Ensaios Clínicos em Portugal.

“Portugal tem assistido a uma significativa redução no número de Ensaios Clínicos e isso é sintomático de perda de competitividade. Para além do impacto económico, a redução de Ensaios Clínicos impede a concretização de benefícios sociais, a começar pelo acesso a medicamentos inovadores, a promoção de metodologias de investigação e a criação de postos de trabalho”, conclui Filipe Pimenta da Gama.

A Aon Portugal reforça assim a sua oferta às empresas da indústria farmacêutica e das ciências da vida, constituindo-se como um parceiro estratégico desde a fase da investigação até à fase da comercialização dos medicamentos.

 

Sobre a Aon

Aon corporation (NYSE: AON) é o líder mundial em serviços de corretagem e consultoria de seguros, resseguro e gestão de riscos, e em consultoria de recursos humanos e soluções de outsourcing. Através dos seus mais de 61 mil colaboradores em todo o mundo, a Aon une-se com o intuito de criar resultados para clientes em mais de 120 países através de inovadoras e eficientes soluções e também através de recursos e conhecimentos técnicos líderes globais do seu sector. A Aon foi várias vezes nomeada, por múltiplas fontes do sector, como a melhor corretora de seguros, melhor intermediário de seguros, intermediário de resseguros, gestor de cativas e empresa consultora recursos humanos. Visite www.aon.com para mais informações sobre a Aon e www.aon.com/manchesterunited para saber mais sobre a parceria e o patrocínio da camisola do Manchester United.

Triagem deve ser repetida
As urgências privadas podem vir a tratar doentes do Serviço Nacional de Saúde em alturas de maior afluência aos hospitais,...

As medidas constam de um despacho assinado pelo secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, a 9 de Janeiro, quando já tinham ocorrido três mortes em serviços de urgência. Esse número subiu entretanto para oito.

Segundo o despacho, assinado um dia após uma reunião com as várias entidades com intervenção na resposta à afluência aos serviços de urgência, “todos os hospitais devem ter camas supletivas para internamento”.

“As Administrações Regionais de Saúde (ARS) devem averiguar onde podem estar recursos disponíveis para internamento em caso de necessidade acrescida, elencando todas as capacidades de hospitais e unidades de saúde do sector público, social, privado e militar”.

Refere o despacho que “será necessário deslocar os doentes para onde for preciso e impedir acumulação em salas de observação de serviços de urgência”.

Cabe ainda às ARS fazer “uma avaliação dos serviços de urgência privados e qual tem sido a procura e respectiva capacidade de resposta, para analisar uma eventual participação adicional destes serviços, caso seja necessário”.

Outra medida passa pela preparação imediata, pelas ARS, “de alteração das regras geográficas da referenciação para serviços de urgência, passando freguesias da área de um hospital para outro com menos afluência”.

Segundo Fernando Leal da Costa, “não pode existir falta de macas. É necessário perceber onde podem faltar macas e comprar macas, fazendo inclusive uma reserva de macas”. Para ajudar neste propósito, “o INEM vai efectuar esse levantamento e emprestar macas”, refere o documento.

Os hospitais vão fazer a retriagem “em altura de maior pico de afluência aos serviços de urgência”. Para tal, devem “aumentar o número de triadores e cumprir as determinações da triagem de Manchester, que determina a repetição da triagem quando o tempo de espera até à primeira observação médica for ultrapassado”.

Em relação aos profissionais, este despacho refere que devem ser identificados “quais os médicos disponíveis para supletivamente poderem participar na observação e tratamento de doentes nos serviços de urgência nas horas de maior pico”.

“Todos os médicos com especialidades afins à medicina interna, ou afins à cirurgia geral e os internos de especialidade já detentores de autonomia para a prática da medicina devem integrar as escalas dos serviços de urgência”, lê-se no documento.

Para substituir os médicos que eventualmente adoeçam, “os hospitais devem ser instruídos pelas ARS a terem anexa à escala de urgência médicos aos quais se poderá pagar um valor como horas de prevenção nas noites e dias feriados”.

Os hospitais podem contratar em regime de tarefa ou avença “onde for preciso”, dando disso conta à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a qual deve dar “a máxima urgência aos pedidos de contratação de médicos, em especial daqueles que possam ser chamados a participar na produção de situações urgentes”.

Nos cuidados de saúde primários, “deve ser acelerada a colocação dos médicos que já terminaram os internatos. Não podem existir médicos de medicina geral e familiar que ainda não tenham lista de doentes atribuída”.

A tutela quer ainda que as pessoas internadas em lares e que não querem ser vacinadas devem receber a visita de delegados de saúde e enfermeiros que lhes expliquem “o porquê da necessidade e a utilidade da vacinação”.

Desrespeita a lei e representa "uma dupla tributação"
O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas defendeu que o novo diploma sobre Assistência na Doença aos Militares...

"Recorreremos a todos os meios à disposição para pôr cobro a toda esta situação, a esta indignidade que é por demais evidente", afirmou o coronel Pereira Cracel, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA).

Manuel Pereira Cracel alegou que as alterações legislativas para alargar os descontos para a ADM aos cônjuges de militares que trabalham no privado, que o Ministério da Defesa quer aprovar nas próximas semanas, representam "uma dupla tributação e uma desconsideração" sobre os militares das Forças Armadas.

O coronel da Força Aérea criticou também um despacho do ministro da Defesa, publicado na segunda-feira [19 de Janeiro], que define os conceitos de saúde assistencial e saúde operacional, sustentando que este visa "transferir para os militares o ónus dos encargos que de facto cabem ao Estado suportar".

Num comunicado divulgado, a AOFA diz que com as alterações aos descontos para Assistência na Doença aos Militares (ADM) "os militares transformaram-se nos únicos cidadãos que pagam impostos, como os outros, em parte destinados a assegurar os cuidados de saúde de que necessitam e depois voltam a pagar o que já tinham pago".

Segundo a AOFA, o decreto-lei do Ministério da Defesa "não cumpre" a Lei de Bases da Condição Militar, que "consagra para os militares e suas famílias especiais direitos, entre outras áreas, na assistência sanitária".

A associação acusa a secretária de Estado, Berta Cabral, com quem se reuniu no início do mês, de ter sido "infeliz" ao proferir declarações sobre este diploma que "não corresponde à crueza dos números".

A AOFA divulga um quadro com casos em que, com as novas alterações, o cônjuge de um oficial general (posto com remuneração base de 5.166,36 euros) que não trabalhe não fará qualquer desconto, enquanto o cônjuge de um capitão ou primeiro-tenente (posto com remuneração base de 1.922,37 euros) com um vencimento de 600 euros no privado passa a descontar 53,15 euros.

Outro exemplo mostra que cônjuges de oficiais generais ou de capitães/primeiros-tenentes que trabalhem na administração pública com vencimentos iguais passarão a descontar o mesmo valor para a ADM.

Em declarações à Lusa na semana passada, a secretária de Estado da Defesa afirmou que os cônjuges de militares que trabalhem no privado vão passar a pagar para beneficiarem da Assistência na Doença aos Militares e que o diploma estará concluído este mês. A secretária de Estado da Defesa referiu que a contribuição dos cônjuges de militares que trabalhem no privado será igualmente de 3,5% sobre 79% do vencimento base [dos militares], mas sem o subsídio da condição militar, que representa 20%".

Abc
O complexo processo da ejaculação é fundamental para a dinâmica sexual do homem e do casal e é indis
ejaculação prematura

De entre as várias causas determinantes da ejaculação prematura relevam as causas psicológicas, ou seja as causas em que os aspetos psíquicos interferem com o controlo cerebral da ejaculação.

Na verdade, a importância dos mecanismos anatomofisiopatológicos da ejaculação é decisiva para o entendimento da causa, do diagnóstico e do tratamento da disfunção ejaculatória.

Fisiologia da ejaculação
A ejaculação é um complexo processo que depende da regulação direta do sistema nervoso central, melhor dizendo, de centros nervosos localizados na medula espinal e no cérebro.

A ejaculação é o conjunto de fenómenos neuromusculares que permitem a expulsão do esperma para o exterior do corpo. Acompanha-se habitualmente de uma sensação de prazer, o orgasmo masculino.

Tal como a primeira menstruação marca o início da puberdade feminina, pode considerar-se que a primeira ejaculação marca o início da puberdade masculina. Surge entre os 12-14 anos de idade, geralmente sob a forma de uma emissão nocturna.

As fases de emissão e expulsão
O esperma é um líquido viscoso e esbranquiçado que resulta das secreções das várias glândulas sexuais. A secreção testicular, onde se concentra a totalidade dos espermatozóides, contribui com apenas 10-15% do volume total do esperma; o resto do ejaculado provém da secreção das vesículas seminais (são duas bolsas localizadas entre o fundo da bexiga e o reto, obliquamente acima da próstata) e da próstata.

Cada ejaculação desenvolve-se em duas fases, que são cronologicamente muito próximas: a emissão e a expulsão.

A fase de emissão corresponde à passagem do esperma para a porção posterior da uretra, através dos canais ejaculadores. O aumento da tensão na uretra posterior corresponde à sensação de ejaculação iminente.

A segunda fase, a expulsão, é constituída pela propulsão do esperma ao longo de toda a uretra até à saída. São geralmente três a seis contrações, com 0,8 segundos de intervalo.

A ereção peniana, que costuma anteceder a ejaculação, transforma a uretra num tubo quase reto, o que facilita a expulsão espermática. Ao longo da uretra peniana produzem-se ainda contrações peristálticas da parede, auxiliadas pela constrição do corpo esponjoso peniano. O orgasmo é essencialmente um fenómeno cerebral, que é percecionado como uma intensa sensação de prazer físico-psíquico. Constitui o clímax da atividade sexual e geralmente acompanha o processo de ejaculação, sendo simultânea com a fase de expulsão.

Ejaculação Prematura
Qualquer perturbação, orgânica ou psicológica, que perturbe a anatomia ou a fisiologia da ejaculação pode provocar uma disfunção ejaculatória. Esta pode ser encarada pelo homem com um grau variável de preocupação, que depende da etiologia, da idade do aparecimento, dos sintomas acompanhantes, da repercussão sobre a fertilidade, do efeito psicológico que produz.

A ejaculação prematura é a mais frequente das disfunções sexuais masculinas, com uma prevalência que atinge, nos países europeus e norte-americanos, cerca de 30-35% dos homens, independentemente da idade.

Pode definir-se como a situação recorrente em que a ejaculação se produz antes de desejada pelo homem. Esta é uma definição simples que caracteriza bem o problema, introduzindo o conceito de controlo ejaculatório. Mas não é possível estabelecer uma definição absoluta da ejaculação prematura, já que esta precisa de ser qualificada em função da idade do indivíduo, das circunstâncias, da frequência das relações sexuais, das expectativas de cada parceiro.

A avaliação subjetiva do casal, baseada em critérios de prazer e satisfação, mais do que critérios de tempo, de desempenho ou de performance, é essencial para a caracterização clínica da ejaculação prematura.

A utilização do termo “ejaculação prematura” é preferível a “ejaculação precoce” ou “ejaculação muito rápida”, devido a ser melhor descritiva e ter menor representação negativa para o homem e para o casal.

Causas
A ejaculação prematura deve-se à ausência ou à diminuição do controlo cerebral dos mecanismos medulares da ejaculação. A principal e mais frequente causa é psicológica.

A causa orgânica é relativamente rara, quase sempre devido a processos inflamatórios e/ou infeciosos da próstata e vesícula seminal. Pode dever-se à ação de certas drogas ou medicamentos, como anfetaminas, cocaína, nicotina e alguns alucinogénios. A espinha bífida, a esclerose múltipla e outras doenças medulares podem ainda ser causa de ejaculação prematura.

Existem dois tipos de ejaculação prematura: primária, quando surge na adolescência; e secundária, quando se instala num momento tardio da vida sexual.

A ejaculação prematura primária é quase sempre devida a um erro na aprendizagem das primeiras experiências sexuais. A aprendizagem é o principal mecanismo que vai permitir que a ejaculação se converta num ato voluntário. Todas as circunstâncias que interfiram negativamente nesta aprendizagem podem gerar um reflexo condicionado que desencadeie a ejaculação prematura. Neste mecanismo cria-se um círculo vicioso: o indivíduo reage mais rápido, aumenta a ansiedade, favorece a ejaculação prematura e bloqueia o potencial que permite o prazer sexual.

Os fatores desencadeadores da ejaculação prematura secundária estão relacionados com tudo o que é inerente à terminologia de stress, característica da sociedade atual, em que o prazer erótico se encontra ligado ao sucesso e ao poder. Ou ainda ao tipo de vida consumista, com os seus hábitos tóxicos (álcool, drogas, estimulantes, tabaco, etc.), poucas horas de descanso ou falta de exercício físico. O elevado grau de ansiedade desencadeia uma grande frustração, que faz aumentar a ansiedade antecipatória a próximos fracassos.

Entre as múltiplas causas de origem psicológica capazes de provocar alterações da ejaculação, mencionam-se ainda os transtornos de personalidade, fatores educativos e religiosos, sentimentos de receio e medo, culpabilidade ou angústia, medo da paternidade, mau relacionamento conjugal, etc..

A repercussão individual e conjugal da disfunção ejaculatória é, por outro lado, muito importante. Pode desencadear uma hostilidade inconsciente, receio da crítica da parceira, sentimentos de culpa por não a satisfazer, excesso de preocupação pela resposta da parceira, complexo de inferioridade e inapetência.

A deterioração do relacionamento conjugal e sexual conduz a uma escassa frequência de interações sexuais. Este contexto desenvolve e potencializa o medo do fracasso, provoca uma resposta ejaculatória mais rápida e aumenta os níveis de ansiedade em relações sexuais posteriores. Em frequentes circunstâncias, níveis de ansiedade elevados levam a comportamentos de evitação do ato sexual ou, inclusivamente, a uma fobia do sexo.

Prof. Nuno Monteiro Pereira, Urologista e Professor Universitário in PRIVIEW

Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Utentes poupam 7 milhões de euros
Os medicamentos vão estar mais baratos a partir de 2 de Março, altura em que terão de ter sido escoadas as embalagens com...

De acordo com este organismo, que regula o sector do medicamento, os novos preços entraram em vigor no primeiro dia deste ano, mas é possível que existam no mercado embalagens com o preço antigo, pelo menos até 02 de Março.

A descida acontece porque os preços dos medicamentos mudaram nos países de referência para Portugal: Espanha, França e Eslovénia.

O Sistema de Preços de Referência (SPR) abrange os medicamentos comparticipados, prescritos no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que têm genéricos autorizados, comparticipados e comercializados.

Com esta descida, e segundo disse à Lusa o presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, são esperadas poupanças de 15 milhões de euros para o Estado e de 7 milhões para os utentes.

De acordo com este organismo do Ministério da Saúde, as embalagens com preços antigos têm de ser escoados até final de Janeiro, no caso dos armazenistas, e até 01 de Março, no caso das farmácias.

Emergência mundial
A Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor promove o seu Convénio e as 22as Jornadas da Unidade de Dor do Hospital...

Esta iniciativa tem como objectivo criar um espaço de informação, debate e discussão de ideias e propostas de melhoria no âmbito do diagnóstico e tratamento da dor crónica e aguda e da dor no doente oncológico.

“A dor oncológica, considerada pela Organização Mundial de Saúde, como uma emergência mundial, pode afectar entre 60 a 80% dos doentes com cancro, nomeadamente na fase mais avançada da doença. Esta dor pode ser causada pelo tratamento instituído para a doença, como a radioterapia e quimioterapia, ou pelo próprio desenvolvimento do tumor”, explica Beatriz Craveiro Lopes, membro da direcção da Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor (ASTOR) e Directora da Unidade de Dor do Hospital Garcia de Orta. E acrescenta: “A dor mais frequente no doente oncológico resulta de uma associação entre uma dor nociceptiva, provocada por uma lesão ou dano tecidular, e uma dor neuropática, originada por lesão ou doença no próprio nervo. Os doentes descrevem esta dor como cortante, latejante, queimadura, formigueiros, picadas ou tipo choque eléctrico”.

Estima-se ainda que mais de 15% dos doentes com cancro sofrem de dor de causa não oncológica, como cefaleias e lombalgias.

“A dor não tratada causa muito sofrimento, por isso, o doente deve procurar o seu médico em vez de deixar a sua dor prolongar-se, porque o início tardio do tratamento pode comprometer a sua eficácia. Actualmente já existem terapêuticas em Portugal que permitem controlar a dor, e em algumas situações sem necessidade de recorrer a múltiplos medicamentos, reduzindo assim o risco de interacções medicamentosas”, conclui Beatriz Craveiro Lopes.

As interacções farmacológicas no tratamento da dor, a acupunctura e a dor aguda no peri-operatório são outros temas em destaque no Convénio da ASTOR.

No decorrer desta iniciativa será atribuído o prémio “Grünenthal/ASTOR” que irá galardoar trabalhos originais em língua portuguesa sobre aspectos de investigação clínica no âmbito do tratamento da dor.

No dia 29 de Janeiro, integrado nesta iniciativa, irá decorrer um curso de ecografia e Radiofrequência em dor, destinado a médicos de várias especialidades, com o objectivo de formar sobre a aplicação de ecografia e radiofrequência no tratamento da dor.

No dia 30 de Janeiro, os participantes podem participar nos cursos formativos sobre dor na criança; cuidados alimentares no doente com dor crónica; ou avaliação psicomotricista dos doentes com dor.

Para mais informações consulte: http://www.cast.pt/astor/Localizacao.html

Em defesa do Serviço Nacional de Saúde
A Plataforma Lisboa em Defesa do Serviço Nacional de Saúde exigiu, esta segunda-feira, a demissão do ministro da Saúde, a quem...

O documento foi entregue por uma dúzia de elementos da Plataforma, que antes explicaram à comunicação social as razões da iniciativa, nomeadamente "os sucessivos desinvestimentos no SNS" que "conduziram à saída de milhares de profissionais de saúde, à redução do número de camas até de doentes agudos, ao fecho de extensões, centros de saúde e urgências".

O aumento das taxas moderadoras, ao mesmo tempo que as condições económicas e de vida dos portugueses se agravaram, é outro dos factos apontados pela Plataforma como responsáveis pelo "condicionamento do acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)" e que resultaram na sua "rápida degradação".

Sebastião Santana, do Sindicato dos Trabalhadores das Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas e um dos elementos da Plataforma, disse aos jornalistas que a prova de que há falta de recursos "está à vista de tida a gente: mais de 20 horas de espera, doentes que esperam horas para serem internados".

"Desde 2009 saíram do SNS 6.100 trabalhadores, provocando um aumento das horas extraordinárias realizadas (em 2014 foram realizadas mais de 8,4 milhões) e, consequentemente, um aumento dos ritmos de trabalho", acusa a Plataforma.

Segundo esta organização, isto tem levado a que "os serviços prestados tenham uma qualidade que não satisfaz quem os recebe e fica muito aquém da excelência a que os trabalhadores do SNS habituaram dos portugueses".

Para este sindicalista, o Governo já mostrou que não tem capacidade para mudar esta situação e o ministro Paulo Macedo deve, por isso, demitir-se.

Na missiva dirigida a Paulo Macedo, a Plataforma escreve que "a responsabilidade pela situação caótica nas urgências e mortes por alegada falta de assistência é do seu ministério e a culpa é das políticas que tem posto em prática".

A Plataforma defende "uma gestão que respeite o princípio de equidade e o pleno acesso das pessoas aos cuidados de saúde de qualidade e o estatuto de todos os seus trabalhadores com valorização das carreiras e salários".

A carta aberta da Plataforma foi entregue a um elemento da secretária-geral do Ministério da Saúde. Deste movimento, criado contra o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, fazem ainda parte representantes da Comissão de Utentes da Cidade de Lisboa, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Movimento Democrático das Mulheres, Inter-Reformados (CGTP-IN), Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, Sindicato dos Médicos da Zona Sul, união dos Sindicatos de Lisboa.

Balanço de 2014
As forças policiais registaram uma mudança de comportamento nos portugueses. Segundo o balanço da GNR e PSP, em 2014, o número...

Um balanço da GNR dá conta de que o número de condutores embriagados diminuiu no último ano. Aponta-se para um decréscimo na ordem dos 18%, isto, mesmo tendo havido um aumento na fiscalização, conta o Jornal de Notícias citado pelo Notícias ao Minuto.

Em 2014, mais condutores foram fiscalizados. Cerca de 1 milhão de portugueses soprou no balão, o que representa um aumento de 7.654 testes em relação a 2013. No entanto, a GNR e PSP registaram uma mudança no comportamento ao observarem que o número de condutores apanhados a conduzir com excesso de álcool diminuiu.

O levantamento de autos caiu, tanto da parte da GNR como da PSP. Os militares da GNR registaram 26.336 autos por excesso de álcool no sangue, quando no ano anterior o número tinha sido bem mais elevado (31.179), informa o Jornal de Notícias.

Para as forças policiais, este decréscimo poder-se-á justificar à luz de uma maior consciencialização dos riscos.

Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio
A Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio vai pedir à Administração Regional de Saúde do Centro que devolva os...

Atendendo aos riscos da radioactividade do urânio, em Novembro de 2007 teve início um programa que visava a identificação precoce de qualquer alteração no estado de saúde dos antigos trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio (ENU), que esteve sediada na Urgeiriça, no concelho de Nelas, distrito de Viseu.

Em 2010, foi publicado um diploma que respondia a várias reivindicações, nomeadamente o acompanhamento médico periódico e gratuito aos trabalhadores, aos seus cônjuges ou pessoas com quem vivem em união de facto e aos descendentes directos.

Depois de a Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU) ter denunciado que, contrariamente ao que refere a Lei nº 10/2010, estavam a ser cobradas taxas moderadoras para a realização das consultas e dos exames do Programa de Intervenção em Saúde (PIS), o PEV, BE, PCP e PS levaram à discussão na Assembleia da República quatro projectos de resolução a exigir o cumprimento do diploma, que foram aprovados por unanimidade no dia 09.

“A Assembleia da República veio legitimar ainda mais este processo. Na quarta-feira, vamos reunir com a Administração Regional de Saúde para que, em 2015, o programa seja aplicado com toda a sua dinâmica”, disse o presidente da ATMU, António Minhoto.

O responsável explicou que vai falar da necessidade de as pessoas que pagaram as taxas moderadoras serem ressarcidas e também que aquelas que foram convocadas para as consultas e exames e desistiram de ir porque não podiam pagar voltem a ser chamadas.

António Minhoto pretende abordar também a possibilidade de serem feitas alterações ao nível dos exames do PIS, para que permitam detectar os cancros.

“Apesar de parecer haver uma nova onda de neoplasias malignas, a verdade é que poucos casos foram detectadas no âmbito do PIS”, contou, explicando que “há várias etapas em termos de realização de exames”, sendo uns feitos anualmente e outros apenas de três em três anos.

O presidente da ATMU estima que o PIS esteja a envolver mais de 200 antigos trabalhadores da ENU (a maioria do concelho de Nelas), num total de cerca de 500 pessoas, se lhes forem juntados os familiares.

A ENU teve a seu cargo, desde 1977, a exploração de minas de urânio em Portugal. A empresa entrou em processo de liquidação em 2001 e encerrou definitivamente no final de 2004.

Ministério da Educação e Ciência
"Aptas para ocupação humana" é a conclusão de um estudo realizado em 20 escolas portuguesas, a propósito do impacto...

O estudo sobre a concentração de fibras totais respiráveis, encomendado pelo Ministério da Educação e Ciência, implicou a realização de 520 amostras, com 26 recolhidas em diversos locais de cada escola incluída na investigação, algumas delas alvo da remoção de placas de fibrocimento.

A investigação integra um plano de actuação daquele Ministério, que incluiu a remoção de placas de fibrocimento com partículas de amianto em 299 escolas do país, entre os anos de 2013 e 2014.

Segundo o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, a retirada das placas danificadas, que podiam comprometer a saúde de quem frequentava as quase 300 escolas intervencionadas, implicou um investimento na ordem dos nove milhões de euros.

O mais recente estudo sobre o eventual impacto causado pela suspensão de partículas de amianto na qualidade do ar nas escolas vai ao encontro dos dados que o Ministério tinha obtido em estudo semelhante, realizado em 2010, em oito escolas do distrito de Faro.

O grau de exigência aplicado no estudo sobre a qualidade do ar nas escolas teve em conta os níveis estabelecidos em Portugal, mas João Casanova de Almeida vincou que os resultados obtidos seriam considerados igualmente seguros em países com legislação mais rigorosa a este nível, dando como exemplo a Alemanha, a Suíça e o Luxemburgo.

Em conferência de imprensa realizada na Escola Básica José Carlos da Maia, em Olhão, João Casanova de Almeida frisou que, após as intervenções realizadas e algumas que estarão concluídas até Fevereiro, segue-se uma fase de monitorização pelos serviços técnicos das direcções regionais de educação.

Todas as placas que se encontrarem deterioradas serão identificadas e alvo de obras de substituição, uma vez que só quando as placas sofrem algum dano libertam as partículas de amianto consideradas perigosas para a saúde das pessoas que a elas são expostas.

Segundo João Casanova de Almeida, que está a visitar várias escolas do distrito de Faro, até esta terça-feira, a estratégia de monitorização constante nas escolas portuguesas e a substituição apenas das placas danificadas é a mais aconselhada.

Uma lição de vida
Tudo é possível, até ao último sopro.

Era um sonho… um sonho de criança e durante muito tempo as portas permaneceram fechadas! Mas um dia o sonho tornou-se realidade…

Primeiro dia, a ansiedade e o nervosismo dominavam-me… novas línguas, novas culturas, novos profissionais,… um turbilhão de emoções e de sentimos brotavam do meu ser!

Sábado, 8h00 da manhã, entro no bloco operatório, um odor intenso paira no ar, olho e vejo um paciente consciente, com dificuldade respiratória, num estado clínico crítico e com um penso completamente repassado. A minha essência leva-me a agir e tento transmitir calma. Já na maca cirúrgica abro o penso e deparo-me com uma lobectomia traumática infetada, com 3 dias de evolução!

Durante a cirurgia tento perceber a história do paciente. O paciente é um jovem pastor nómada de nome Hafiz que foi capturado nas teias da guerra e que viajou durante 3 dias com um amigo à procura de ajuda!

 

São 13h00, Hafiz acorda, está consciente mas não tem autonomia respiratória, precisa de cuidados intensivos! Não temos ventilador! Não temos recobro! Não temos Sangue! Não temos profissionais com competências! Às 17h00 temos que abandonar o hospital-regras de segurança! Que fazemos!?!? Enquanto se toma uma decisão fico duas horas com o reanimador manual! Incentivo o doente a respirar mas ele não tem forças, está exausto e o estado clínico geral é muito frágil! Ele apercebe-se que algo se passa! Num dos meus muitos incentivos o paciente pega na minha mão olha-me nos olhos e o seu silêncio diz-me Tudo. Não desistas de mim!! Nunca irei esquecer este momento, a sua expressão e a sua atitude. Deu-me tanta energia e força que ainda hoje a utilizo nos momentos mais frágeis. Ao longe ouvia “ …. não podemos fazer mais nada… já não está nas nossas mãos…”  Mas a minha consciência dizia para pelo menos tentarmos, não desistirmos antes do final da batalha! Adotei uma atitude mais ativa e comecei a fazer pressão na equipa cirúrgica para incentivarmos os nossos superiores a tomarem uma decisão mais viável tendo em conta as circunstâncias. A decisão tomada era inédita – Hafiz passaria a noite no bloco operatório com um enfermeiro nacional e com a reanimação manual! Uma unidade se sangue seria doada por um membro da equipa. Expliquei ao enfermeiro nacional todos os cuidados de enfermagem a prestar e todos os sinais de alerta mas, as indicações não se enquadravam na dura realidade porque não tínhamos NADA!

 

São quase 17h00, temos que abandonar o hospital mas o coração da equipa fica no hospital e partimos com uma grande angústia. Peço ao enfermeiro nacional para explicar a Hafiz a situação… compreende, dou-lhe a mão e saio com um sentimento de impotência, Inshalá!

Durante a noite o anestesista e eu damos indicações pelo telefone e rezamos…  passo a noite com insónia e relembro aquele momento inesquecível! Planeio, imagino e improviso os meus cuidados, não é fácil, falta mais do que há! Mas desistir não consta do meu vocabulário!

Às 7h30 da manhã partimos expectantes para o hospital… Hafiz tinha resistido, tinha mais capacidade respiratória, mas o seu estado geral era muito frágil. Pego-lhe na mão, falo com ele mas apenas me abre os olhos… Tínhamos mais pacientes e não podíamos deixar o Hafiz no bloco operatório – colocamo-lo na enfermaria. Tudo era novo para mim, podíamos denominar de enfermaria porque tinha camas! Todo o resto que possam imaginar era pura ilusão! Colocamos o Hafiz numa cama, em colchão de plástico, sem lençóis e com o concentrador de oxigénio portátil que era tudo o que tínhamos! Improvisei tudo o que possam imaginar para lhe prestar os cuidados mínimos de sobrevivência.

Um dia mais passou e Hafiz continuava connosco, cada pequeno sinal positivo era uma grande vitória para mim, os meus colegas chamavam-me maluca, mas eu sentia-me cada vez mais confiante. Éramos dois a lutar e com o passar dos dias comecei a sentir que esta luta já era também do anestesista, o cirurgião continuava negativista e realista. Márcia, Hafiz não está na Europa! Não temos recursos humanos, não temos recursos materiais! Não desafies a Lei da Natureza! Mas eu continuava na minha ilusão e não iria desistir.

Todos os dias ia ao Bloco operatório para penso cirúrgico e era sujeito a anestesia/sedação. Anasarca, hipovolémia, hipoxia, anemia, sépsis, fístulas, oclusão intestinal… o Hafiz resistia e a equipa cantava Inshalá!

Hafiz, muçulmano, todos os dias me oferecia um sorriso largo e sincero que era retribuído e que me dava ânimo para continuar porque existiam mais “Hafiz”.

 

Durante três meses o Hafiz realizou pensos cirúrgicos diários no bloco operatório e foi sujeito a quinze atos cirúrgicos. A evolução era lenta mas progressiva e com o tempo toda a equipa se rendeu às evidências e passou a considerá-lo como uma lição de vida, de que tudo é possível. Quando sentiu forças começou a dar suporte emocional aos outros pacientes.

Partiu ao final de 5 meses, em direção ao deserto do Sahara – Chade, com um sorriso rasgado nos lábios e com o objetivo de tudo recomeçar, porque a guerra lhe tinha tirado toda a família e os todos os pertences.

Hoje quando estou com os meus colegas em situações limite, relembramos esta lição de vida que nos dá forças para continuar a lutar nesta nossa “guerra”.

Sei que o trabalho que fiz foi apenas um pequenino grão de areia neste mar de desigualdades, mas levo a certeza, que para a minha vida foi um oceano de sensações e emoções. Foi e será sempre a minha inspiração e “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. OBRIGADA.

Márcia Martins, Enfermeira no Chade, 2014

Nota Biográfica

Márcia Martins, 36 anos, nasceu em Cantanhede. Licenciou-se em Enfermagem e posteriormente tirou a pós graduação de Urgência/Emergência de Gestão de Economia da Saúde. Exerceu Enfermagem no Centro hospitalar de Coimbra durante 11 anos, nos serviços de cirurgia e de urgência. Foi sócia de uma clínica médica sediada no Sabugal e com filiais em Águeda e Coimbra e tesoureira/vogal da casa do pessoal do Centro Hospitalar de Coimbra. Desde cedo se interessou pelo voluntariado tendo prestado serviços na Cruz Vermelha Portuguesa de Coimbra. Atualmente trabalha para o Comité Internacional da Cruz Vermelha prestando cuidados de enfermagem a pacientes de guerra. Esteve no Chade e na República Democrática do Congo. E no futuro? Sudão do Sul? Líbano? África Central?

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Para 2015
Nove hospitais da região Centro assinam protocolos para a aquisição conjunta de medicamentos para 2015, gastando um total de 45...

Os hospitais vão adquirir 70 referências de medicamentos (exclusivos, oncológicos e biológicos), num processo com "um valor aproximado de 45 milhões de euros" e que envolve nove unidades hospitalares da região e 14 laboratórios farmacêuticos, afirmou a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

Segundo a ARSC, a aquisição conjunta tem como vantagens "a redução de custos, a simplificação de procedimentos para aquisição do medicamento e normalização dos prazos de pagamento à indústria farmacêutica".

O processo para a compra conjunta de medicamentos, promovido pela ARSC, "teve início em Fevereiro de 2013 e realiza-se pelo terceiro ano consecutivo", referiu.

Em Novembro de 2013, o presidente da ARS do Centro, José Tereso, aquando de uma encomenda conjunta de medicamentos num total de 65 milhões de euros, referiu que os hospitais estimavam poupar com essa mesma compra "4,6 milhões de euros", ao negociarem em conjunto.

Na altura, foi protocolada a aquisição de 236 referências de medicamentos a 19 laboratórios diferentes.

A compra de medicamentos da qual a referência é exclusiva de determinado laboratório farmacêutico representa "cerca de 50% a 60%" do valor global da aquisição de medicamentos por parte de hospitais, explicou, na altura, José Tereso.

Apesar da negociação conjunta, o presidente da ARS do Centro salientou que "o pagamento é autónomo".

Até 30 de Janeiro
A partir de hoje, 19 de Janeiro, e até 30 de Janeiro, o núcleo Saúde mais Próxima da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai...

A unidade móvel da Saúde Mais Próxima estará estacionada em várias ruas da capital para informar a população sobre as doenças cardiovasculares mais comuns.

A equipa da Saúde mais Próxima vai também sensibilizar para hábitos de vida saudável que ajudem a prevenir e combater as doenças neurológicas. Para este efeito a equipa da Santa Casa vai contar com a Sociedade Portuguesa de Neurologia como parceiro técnico-científico. A expectativa é de atender entre 2000 a 2500 pessoas nestes rastreios. Além de rastreios gerais ao Índice de Massa Corporal, Tensão Arterial, Diabetes e Colesterol, a cada dois meses há um novo rastreio e sensibilização em torno de uma patologia frequente na população portuguesa.

OS rastreios serão hoje na Rua Leão Oliveira, dia 20 no Casalinho da Ajuda, 21 na Avenida da Igreja, 22 na Biblioteca Nacional, 23 na Alameda, 26 no Jardim do Arco do Cego, 27 no Jardim Constantino, 29 na Igreja dos Anjos e 30 no Bairro do Rego.

A "Saúde mais Próxima" é um núcleo da SCML constituído por equipas de profissionais de Saúde, que vai ao encontro dos cidadãos de Lisboa de todas as idades, para realizar acções de rastreio, de sensibilização para hábitos de vida saudável e prevenção sobre doenças crónicas. Com uma forte presença em alguns dos mais tradicionais Bairros de Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa procura promover uma maior proximidade com a sociedade em geral.

O programa “Saúde Mais Próxima” foi lançado pela Santa Casa em Maio de 2012, com o objectivo de sensibilizar para hábitos saudáveis e avaliar o estado de saúde dos lisboetas de forma gratuita. Marca também presença em momentos especiais, como festivais de música e eventos desportivos, para chegar a todos os públicos.

Além dos rastreios gerais (que incluem medição de tensão arterial, glicemia, colesterol, entre outros), o “Saúde Mais Próxima” aborda diferentes patologias, sobretudo as que mais afectam os portugueses, em campanhas bimestrais. Fizeram-se já rastreios ao cancro da pele, doenças respiratórias, obesidade, rastreios visuais e diabetes.

Nos hospitais públicos
Comissão Nacional para a Redução da Taxa de Cesarianas atribui melhoria às mudanças na forma como os hospitais públicos são...

Do total de 36 centros hospitalares públicos do país, 14 ainda fizeram mais de 30% de partos com recurso a cesariana em 2014, o que significa que ficaram muito acima das metas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. No entanto, o valor melhorou substancialmente em relação a 2013, em que 20 dos mesmos 36 centros ficaram acima desta fasquia. A mudança de comportamento teve um impacto positivo na taxa de cesarianas do Serviço Nacional de Saúde, que caiu de quase 31% em 2013 para 28% no ano passado, de acordo com os dados disponíveis até Setembro e que serão apresentados nesta segunda-feira pelo presidente da Comissão Nacional para a Redução da Taxa de Cesarianas, Diogo Ayres de Campos.

A descida para valores abaixo dos 30% não era conseguida desde 2004, altura em que a taxa pública foi de 30,2%. Em 2003 tinha ficado nos 29,8%, em 2002 nos 28,4% e em 2001 nos 27,8%. Numa antecipação da apresentação Diogo Ayres de Campos ressalva ao jornal Público na sua edição digital que a taxa global do país ainda não ficou abaixo dos 30%, com as unidades privadas a empurrarem Portugal para os 33%, contra os mais de 35% de 2013. É o segundo pior valor da União Europeia, apenas ultrapassado por Itália.

De acordo com os últimos dados dos hospitais privados, referentes a 2012, neste sector a taxa de cesarianas rondava os 67%. O médico adianta que “realizam 13% a 14% do total de partos do país”, sendo também importante reforçar a informação sobre as desvantagens deste procedimento cirúrgico junto de quem recorre àqueles serviços e respectivos profissionais.

Entre os hospitais públicos, já nenhum ultrapassa os 40% de cesarianas, mas ainda há alguns que se aproximaram desse valor: Unidade Local de Saúde do Nordeste (38,3%) e Unidade Local de Saúde da Guarda (38,8%). Os melhores resultados são registados no Hospital de Loures (19,8%), Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (21,5%) e Centro Hospitalar Entre o Douro e o Vouga (23%), seguido de perto pelo Hospital Garcia de Orta (23,1%). Entre as unidades mais diferenciadas o melhor resultado é do Centro Hospitalar de São João, com 25,7%, seguido pelo Centro Hospitalar Lisboa Norte, com 26,4%, e pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, com 27,3%.

O obstetra do Hospital de São João, no Porto, que lidera a comissão criada em 2013 para resolver os problemas com este indicador internacional da qualidade dos serviços de saúde, atribui a melhoria à mudança que vigorou em 2014 na forma como os hospitais foram pagos por cada cesariana. Todos os anos a Administração Central do Sistema de Saúde contratualiza com as unidades públicas quantos partos estas vão fazer e o valor varia consoante se trata de um parto vaginal ou de uma cesariana. Um parto normal pode ficar entre os cerca de 300 e os mais de 500 euros, enquanto a cesariana começa perto dos 500 e pode chegar quase aos 700.

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