Em 2015
Mais de 500 idosos em situação de risco foram sinalizados este ano pela GNR a instituições locais para receberem apoio social e...

Segundo o responsável da GNR, foram detetados pelos militares, entre janeiro e agosto, 549 idosos a necessitaram de apoio social e acompanhamento médico, escreve o Sapo.

“Verificámos que além das questões de segurança existem outras questões sociais prementes que precisam de ser resolvidas”, como problemas de “má nutrição” e de saúde, disse Paulo Poiares, que falava a propósito do Dia Internacional do Idoso, assinalado a 01 de outubro.

Segundo um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Portugal é dos países da Europa onde as pessoas idosas são mais abandonadas, com menos profissionais a elas dedicados e menos dinheiro alocado.

As situações de risco têm estado a aumentar, bem como o número de idosos a viver sozinhos ou isolados, mas Paulo Poiares justificou que este aumento pode dever-se ao facto de os militares estarem a conseguir chegar a mais locais do país e a mais idosos.

Na operação “Censos Sénior” realizada em abril de 2014, a GNR sinalizou 39.216 idosos a viverem sozinhos ou isolados em todo o país, mais 5.253 face a 2013.

O trabalho da GNR junto dos idosos é desenvolvido em rede com outras instituições a nível local, como autarquias, juntas de freguesia, centros de saúde, Santa Casa da Misericórdia ou Segurança Social.

Quando são detetadas situações de risco é no trabalho em rede que “se procuram as melhores soluções”, envolvendo a família do idoso, “que é a primeira a ser contactada”.

Inicialmente os idosos oferecem “alguma resistência” em receber apoio, mas depois de alguns contactos em que são esclarecidos sobre o que se vai passar acabam por aceitar.

“O apoio mais difícil de aceitar é quando propomos que saiam da sua residência, por estar degradada e não ter condições de segurança”, e que passem para um lar ou para um centro de dia, contou Paulo Poiares.

“Já estão familiarizados com aquele espaço e não querem abandonar o seu lar”, disse o major, adiantando que nestes casos é disponibilizado o contacto direto de um militar a quem podem recorrer para pedir apoio.

Os militares também incluem no seu patrulhamento diário a passagem pela residência destes idosos para “garantir que está tudo bem”, acabando por se criarem laços de amizade.

“Grande parte do tempo que é passado com os idosos é a falar de tudo, menos das questões de segurança”, comentou Paulo Poiares, rematando: “Fazemos os nossos alertas, mas o idoso, que vive isolado e já não está habituado a receber visitas, tenta explorar ao máximo aquele momento de contacto com o militar”.

As situações que “mais preocupam” os militares prendem-se com os maus tratos físicos e psicológicos muitas vezes vividos em segredo pelos idosos.

“Os idosos vivem com os familiares, mas estes [nalguns casos] privam os militares de falar com o idoso. Depois de várias abordagens verificamos que está a ser alvo de maus-tratos e de abusos dos familiares”, lamentou.

Mas é difícil chegar a essa informação, porque com o avançar da idade, o idoso “refugia-se e vai-se isolando da sociedade” e, quando “o agressor é a pessoa de quem dependem, há o receio de perder essa dependência” e “preferem manter-se em casa subjugados a estes comportamentos” sem denunciar a situação.

Em Portugal
As doenças do aparelho circulatório matam, em média, cerca de 85 pessoas por dia em Portugal, constituindo o grupo de...

No Dia do Coração, que hoje se assinala, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recorda que as doenças do aparelho circulatório provocaram 31.420 mortos em 2013.

A carga das doenças cérebro-cardiovasculares em Portugal tem vindo a diminuir “de forma constante nas últimas décadas”, lembra a DGS, sublinhado que, ainda assim, é necessário investir na prevenção dos fatores de risco.

Segundo dados autoridade de saúde, a prevalência da hipertensão arterial na população adulta continua elevada, afetando 42% dos portugueses.

“É preciso saber que a causa das doenças cérebro-cardiovasculares está, sobretudo, relacionada com a hipertensão arterial que, por sua vez, resulta do excesso de sal na alimentação”, refere a DGS numa nota divulgada a propósito do Dia Mundial do Coração.

Reduzir o sal na alimentação, a fim de prevenir e controlar a hipertensão arterial, reduzir o teor em gordura nos alimentos, sobretudo as de origem industrial, e praticar exercício físico durante todo o ciclo de vida são os principais conselhos preventivos da DGS.

ASAE
A Autoridade para a segurança Alimentar e Económica está a fiscalizar a produção e a rastrear produtos para apuramento dos...

Em resposta a um pedido de esclarecimento, o Gabinete do ministro da Economia informou que a Autoridade para a segurança Alimentar e Económica (ASAE) “tem vindo a desenvolver várias ações de fiscalização com incidência na produção e ainda, na rastreabilidade dos produtos, com vista ao apuramento dos factos bem à adoção das medidas cautelares consideradas adequadas”.

De acordo com a fonte, esta Autoridade continua “a desenvolver demais ações de investigação que se imponham concretizar” para esclarecer a fonte de contágio dos três casos de botulismo, uma intoxicação alimentar, alegadamente relacionados com alheiras comercializadas por uma empresa de Bragança com a marca “Origem Transmontana”.

O gabinete do ministro Pires de Lima indicou ainda que a ASAE, “no âmbito das suas competências de autoridade nacional de fiscalização de mercado na área de segurança alimentar, está a acompanhar a situação e tem vindo a efetuar diligências operacionais, em articulação com as demais entidades envolvidas na área de avaliação e comunicação de risco, para garantir a segurança e saúde dos consumidores”.

As ações em curso, além do apuramento dos factos, visam ainda a “adoção das medidas cautelares consideradas adequadas, permanecendo esta Autoridade a desenvolver demais ações de investigação que se imponham concretizar.

Um comunicado conjunto da Direção-Geral da Saúde, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge dava conta, no sábado, de que foram detetados este mês três casos de botulismo alimentar.

A origem destes casos de doença foi associada à ingestão de produtos alimentares fumados (alheiras), comercializados com a marca "Origem Transmontana” e, após investigação, as autoridades decidiram retirar de imediato do mercado os produtos à base de carne e os queijos da marca "Origem Transmontana”.

Na nota de imprensa emitida é explicado que o botulismo alimentar é uma doença grave, de evolução aguda, com sintomas digestivos e neurológicos, resultante da ingestão de diversos tipos de alimentos, contendo toxinas formadas pelo Clostridium botulinum no próprio alimento.

Entidades gestoras de produtos certificados da região de Trás-os-Montes, como a alheira de Mirandela ou o fumeiro de Vinhais, demarcaram-se da empresa em causa, vincando que o nome utilizado “Origem Transmontana” é apenas uma marca comercial e que nada tem a ver com os produtos certificados desta região.

Os maiores produtores da conhecida Alheira de Mirandela foram confrontados ao longo do dia de hoje com cancelamento de encomendas e dúvidas de clientes e consumidores devido à associação com os casos de botulismo.

A empresa ligada à polémica foi criada para comercializar "o que de melhor se produz na região", desde fumeiro, compotas, queijos, comprados a produtores ou de produção própria e vendidos com a marca "Origem Transmontana".

“+ Contigo”
O projeto “+ Contigo”, de prevenção de comportamentos suicidários e combate ao estigma da saúde mental nas escolas, já...

Criado em 2009, o projeto “+ Contigo” tem sido gradualmente aplicado nas escolas, tendo chegado já a cerca de sete mil estudantes do 3º ciclo e do ensino secundário.

Nas escolas, ao longo do ano letivo, os alunos têm sessões sobre temas tão variados como o estigma em saúde mental, a adolescência, estratégias de resolução de problemas e de melhoria da auto-estima ou a sintomatologia depressiva.

Alguns alunos conseguem resolver os seus problemas com a ajuda das equipas presentes nas escolas, mas existem casos mais complicados que exigem o reencaminhamento para consultas personalizadas no exterior.

“Em média, um por cento dos alunos com quem trabalhamos é encaminhado para ter acompanhamento posterior, mais especializado”, contou o coordenador do projeto José Carlos Santos, explicando que a solução pode passar por consultas nos centros de saúde ou de pedopsiquiatria.

O projeto, que já envolveu cerca de sete mil alunos, terá detetado e reencaminhado cerca de 70 adolescentes em sofrimento mental.

Sem este programa, “a intervenção tornar-se-ia mais difícil e as consequências mais graves”, alertou o coordenador e professor na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

As situações mais habituais estão relacionadas com a crise económica e desemprego dos pais, disse José Carlos Santos, lembrando que o objetivo do "+ Contigo" é que os adolescentes não adoeçam do ponto de vista mental.

Os resultados do trabalho desenvolvido pelas equipas – compostas por profissionais de saúde das escolas e dos centros de saúde e ainda professores e auxiliares educativos – são animadores: “Todos os anos, tem sido um aspeto comum, temos melhorado a sintomatologia depressiva", explicou, fazendo uma comparação entre o estado dos alunos no início e no final do programa.

Desde 2011, quando começou a ser feito um acompanhamento sistemático dos problemas vivenciados pelos jovens, os pedidos de ajuda aumentaram, eventualmente porque aumentou também a sensibilização para a problemática.

O número de alunos envolvidos também cresceu: “No total já foram abrangidos pelo projeto cerca de sete mil jovens, sendo que só no ano passado foram 3.500”, sublinhou o coordenador, lembrando que este aumento foi possível graças ao apoio da Direção-Geral da Saúde (DGS).

As candidaturas para o atual ano letivo ainda estão a decorrer, mas deverão abranger mais escolas e mais alunos, já que vai começar a funcionar também nas zonas do Algarve e Alentejo e será reforçado no Norte e em Lisboa e Vale do Tejo.

Nas escolas, o maior problema parece ser a “escassez de profissionais de saúde mental”, lamentou o coordenador, explicando que os especialistas que existem são, na sua maioria, psicólogos de orientação vocacional e não psicólogos clínicos.

Por outro lado, os funcionários das escolas (assistentes operacionais) surgem como uma mais-valia muito importante, porque estão nos recreios e estão, por isso, aptos a detetar sinais de risco.

Especialista diz
A pediatra oncologista Ana Lacerda defendeu que é preciso acabar com as desigualdades no acesso a cuidados paliativos...

“Existe uma desigualdade muito grande em termos de acesso em todo o país, as crianças com cancro são as que dispõem de mais apoio, de mais cuidados, e as crianças que vivem em Lisboa e no Porto ”, disse Ana Lacerda, que falava a propósito das ‘Primeiras Jornadas de Cuidados Paliativos Pediátricos’, que decorrem entre quinta e sexta-feira em Lisboa.

Segundo o relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos Pediátricos, coordenado por Ana Lacerda, existem 44 serviços hospitalares no continente e quatro nas regiões autónomas que prestam estes cuidados.

O maior número de serviços situa-se no norte e na região de Lisboa e Vale do Tejo (15 em cada), seguido da região Centro (9), do Alentejo (4) e Algarve (1).

O relatório aponta que existe uma “desigualdade de acesso em termos de diagnóstico (apenas crianças com cancro, doenças respiratórias e necessidade de nutrição parentérica parecem beneficiar de tais apoios) e de local de residência”.

Ana Lacerda advertiu que “é preciso atender a estas desigualdades e procurar que elas desapareçam e há muito por fazer efetivamente”.

Para a médica, também “é urgente sensibilizar a sociedade e os profissionais de saúde para a importância de mudar o paradigma dos cuidados à criança com doença crónica complexa”.

Estes cuidados “são sobretudo sobre a vida das crianças que vivem com doenças crónicas complexas e é sobretudo para isso que trabalhamos”, frisou.

Estima-se que vivam em Portugal, pelo menos, 6.000 crianças com necessidades paliativas, destas, cerca de 200 morrem anualmente, a grande maioria no hospital.

“Os seus cuidados têm-se caracterizado por um foco excessivo na intervenção médica, centralização em hospitais terciários, fragmentação e ausência de coordenação, escassez de apoio domiciliário e psicossocial”, salienta o relatório.

Contudo, existem algumas experiências (de articulação, de reorganização de serviços, de apoio domiciliário) que se têm revelado “sustentáveis e frutíferas” e que devem ser replicadas de “forma organizada”, defende.

O relatório propõe um modelo para estes cuidados assente em “quatro pilares”: formação dos profissionais envolvidos nos cuidados de crianças com necessidades paliativas, promoção da prestação de cuidados domiciliários, reorganização das instalações pediátricas e a “articulação eficaz entre todos os prestadores de cuidados de saúde”.

Defende também a criação de “unidades pediátricas que respondam de forma atempada e adequada às necessidades de internamento para capacitação ou descanso do cuidador, controlo de sintomas e fim de vida”.

Para Ana Lacerda, é necessário “melhorar a formação de todos os profissionais para poder proporcionar às crianças cuidados de qualidade”, a “par da necessidade das direções dos hospitais e dos serviços entenderem a necessidade imperiosa que existe neste momento de desenvolver estas equipas e estas unidades”.

Compared to standard of care in patients with previously treated advanced renal cell carcinoma
Bristol-Myers Squibb Company (NYSE: BMY) today announced results from CheckMate -025, a Phase 3 study comparing Opdivo to...

Clinical benefit for Opdivo was observed regardless of level of PD-L1 expression. The safety profile shown in CheckMate -025 is consistent with previously reported Opdivo trials. These data will be presented Saturday, September 26, during the 2015 European Cancer Congress (ECC2015) at a Presidential Session from 4:10 - 4:20 PM CEST (Late Breaking Abstract #3).

The results were also featured during the ECC2015 press program on September 25 and published in The New England Journal of Medicine (NEJM), representing the ninth publication in the NEJM for Opdivo.

“Patients with advanced renal cell carcinoma are in need of new treatment approaches that provide improved survival, safety and tolerability,” said Robert J. Motzer, M.D., medical oncologist, Memorial Sloan Kettering Cancer Center and lead author of the NEJM publication. “This is the first Phase 3 study to demonstrate the efficacy of an immune checkpoint inhibitor in advanced renal cell carcinoma. The results show meaningful clinical benefit with Opdivo treatment, producing a significant overall survival advantage and greater number of objective responses compared to everolimus, the current standard of care in the treatment of advanced kidney cancer.”

Approximately 30% of patients with RCC, a common type of kidney cancer in adults, presente with metastatic or advanced disease at diagnosis. Despite multiple available treatment approaches for advanced RCC, available second-line therapies are associated with limited OS, and significant toxicities and limitations in tolerability, with the majority of current treatment options providing modest progression-free survival benefit.

“We continue to see the potential of our Immuno-Oncology agent, Opdivo, to provide meaningful improvement in multiple tumor types over current standards of care in terms of overall survival,” said Michael Giordano, senior vice president, head of Development, Oncology. “Results of CheckMate -025 show that Opdivo has a significant survival advantage over standard of care in patients with advanced kidney cancer who have progressed following prior treatment. These data also reinforce our Immuno-Oncology research goal to provide patients with long-term survival, and brings further confidence to the approach taken in our broader RCC development program, including the combination of Immuno-Oncology agents.”

CheckMate -025 was stopped in July because an assessment conducted by the independent Data Monitoring Committee (DMC) concluded that the study met its primary endpoint, demonstrating superior OS in patients receiving Opdivo compared to the control arm. Opdivo was granted Breakthrough Therapy Designation for advanced RCC by the U.S. Food and Drug Administration based on results from this trial and the clinical need for additional treatment approaches for RCC.

About CheckMate -025
CheckMate -025 is a Phase 3 randomized, open-label study of Opdivo versus everolimus in previously treated patients with advanced clear-cell RCC after prior anti-angiogenic treatment. Patients were randomized to receive Opdivo (n=410) 3 mg/kg intravenously every two weeks or everolimus (n=411) 10 mg orally once daily. The primary endpoint was OS. Secondary endpoints included objective response rate (ORR), progression-free survival (PFS), OS by PD-L1 expression, and incidence of adverse events (AEs).

Results from CheckMate -025 mark the first and only Phase 3 study to demonstrate a significant survival advantage in previously treated patients with advanced RCC versus standard of care. Patients treated with Opdivo in this study achieved a median OS of 25 months for Opdivo and 19.6 months for everolimus (hazard ratio: 0.73; [98.5% CI, 0.57-0.93; p=0.0018]), with comparable OS benefit seen across PD-L1 expression levels.

In addition to improving overall survival, Opdivo demonstrated a superior ORR of 25% versus 5% for everolimus (p<0.0001), with one out of four patients experiencing a response. Seventeen percent of Opdivo and 7% of everolimus patients remain on treatment with a minimum follow-up of 14 months.

The safety profile of Opdivo in CheckMate -025 was consistent with prior studies and favorable versus everolimus. Fewer grade 3-4 treatment-related AEs occurred with Opdivo (19%) compared to everolimus (37%). Any grade treatment-related AEs occurred in 79% of patients treated with Opdivo and 88% of patients treated with everolimus. The most frequent treatment-related AEs were fatigue (33%), pruritus (14%), and nausea (14%) in the Opdivo arm and fatigue (34%) and stomatitis (30%) in the everolimus arm.

About Renal Cell Carcinoma
Renal cell carcinoma (RCC) is the most common type of kidney cancer in adults, accounting for more than 100,000 deaths worldwide each year. Clear-cell RCC is the most prevalent type of RCC and constitutes 80% to 90% of all cases. RCC is approximately twice as common in men as it is in women, with the highest rates of the disease found in North America and Europe. Globally, the five-year survival rate for those diagnosed with advanced kidney cancer is 12.1%.

About Opdivo
Bristol-Myers Squibb has a broad, global development program to study Opdivo in multiple tumor types consisting of more than 50 trials – as monotherapy or in combination with other therapies – in which more than 8,000 patients have been enrolled worldwide.

Opdivo is a programmed death-1 (PD-1) immune checkpoint inhibitor that has received approval from the FDA as a monotherapy in two cancer indications. Opdivo became the first PD-1 immune checkpoint inhibitor to receive regulatory approval anywhere in the world on July 4, 2014 when Ono Pharmaceutical Co. announced that it received manufacturing and marketing approval in Japan for the treatment of patients with unresectable melanoma. In the U.S., the Food and Drug Administration (FDA) granted its first approval for Opdivo for the treatment of patients with unresectable or metastatic melanoma and disease progression following Yervoy (ipilimumab) and, if BRAF V600 mutation positive, a BRAF inhibitor. This indication is approved under accelerated approval based on tumor response rate and durability of response. Continued approval for this indication may be contingent upon verification and description of clinical benefit in the confirmatory trials. On March 4, 2015, Opdivo received its second FDA approval for the treatment of patients with metastatic squamous (SQ) non-small cell lung cancer (NSCLC) with progression on or after platinum-based chemotherapy. On July 20, the European Commission approved Nivolumab BMS for the treatment of locally advanced or metastatic SQ NSCLC after prior chemotherapy.

Important safety information

Immune-Mediated Pneumonitis

• Severe pneumonitis or interstitial lung disease, including fatal cases, occurred with OPDIVO treatment.

Across the clinical trial experience in 691 patients with solid tumors, fatal immune-mediated pneumonitis occurred in 0.7% (5/691) of patients receiving OPDIVO; no cases occurred in Trial 1 or Trial 3. In Trial 1, pneumonitis, including interstitial lung disease, occurred in 3.4% (9/268) of patients receiving OPDIVO and none of the 102 patients receiving chemotherapy. Immune-mediated pneumonitis occurred in 2.2% (6/268) of patients receiving OPDIVO; one with Grade 3 and five with Grade 2. In Trial 3, immune-mediated pneumonitis occurred in 6% (7/117) of patients receiving OPDIVO, including, five Grade 3 and two Grade 2 cases. Monitor patients for signs and symptoms of pneumonitis. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater pneumonitis. Permanently discontinue OPDIVO for Grade 3 or 4 and withhold OPDIVO until resolution for Grade 2.

Immune-Mediated Colitis

• In Trial 1, diarrhea or colitis occurred in 21% (57/268) of patients receiving OPDIVO and 18% (18/102) of patients receiving chemotherapy. Immune-mediated colitis occurred in 2.2% (6/268) of patients receiving OPDIVO; five with Grade 3 and one with Grade 2. In Trial 3, diarrhea occurred in 21% (24/117) of patients receiving OPDIVO. Grade 3 immune-mediated colitis occurred in 0.9% (1/117) of patients. Monitor patients for immune-mediated colitis. Administer corticosteroids for Grade 2 (of more than 5 days duration), 3, or 4 colitis. Withhold OPDIVO for Grade 2 or 3. Permanently discontinue OPDIVO for Grade 4 colitis or recurrent colitis upon restarting OPDIVO.

Immune-Mediated Hepatitis

• In Trial 1, there was an increased incidence of liver test abnormalities in the OPDIVO-treated group as compared to the chemotherapy-treated group, with increases in AST (28% vs 12%), alkaline phosphatase (22% vs 13%), ALT (16% vs 5%), and total bilirubin (9% vs 0). Immune-mediated hepatitis occurred in 1.1% (3/268) of patients receiving OPDIVO; two with Grade 3 and one with Grade 2. In Trial 3, the incidences of increased liver test values were AST (16%), alkaline phosphatase (14%), ALT (12%), and total bilirubin (2.7%). Monitor patients for abnormal liver tests prior to and periodically during treatment. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater transaminase elevations. Withhold OPDIVO for Grade 2 and permanently discontinue OPDIVO for Grade 3 or 4 immune-mediated hepatitis.

Immune-Mediated Nephritis and Renal Dysfunction

• In Trial 1, there was an increased incidence of elevated creatinine in the OPDIVO-treated group as compared to the chemotherapy-treated group (13% vs 9%). Grade 2 or 3 immune-mediated nephritis or renal dysfunction occurred in 0.7% (2/268) of patients. In Trial 3, the incidence of elevated creatinine was 22%.

Immune-mediated renal dysfunction (Grade 2) occurred in 0.9% (1/117) of patients. Monitor patients for elevated serum creatinine prior to and periodically during treatment. For Grade 2 or 3 serum creatinine elevation, withhold OPDIVO and administer corticosteroids; if worsening or no improvement occurs, permanently discontinue OPDIVO. Administer corticosteroids for Grade 4 serum creatinine elevation and permanently discontinue OPDIVO.

Immune-Mediated Hypothyroidism and Hyperthyroidism

• In Trial 1, Grade 1 or 2 hypothyroidism occurred in 8% (21/268) of patients receiving OPDIVO and none of the 102 patients receiving chemotherapy. Grade 1 or 2 hyperthyroidism occurred in 3% (8/268) of patients receiving OPDIVO and 1% (1/102) of patients receiving chemotherapy. In Trial 3, hypothyroidism occurred in 4.3% (5/117) of patients receiving OPDIVO. Hyperthyroidism occurred in 1.7% (2/117) of patients, including one Grade 2 case. Monitor thyroid function prior to and periodically during treatment. Administer hormone replacement therapy for hypothyroidism. Initiate medical management for control of hyperthyroidism.

Other Immune-Mediated Adverse Reactions

• In Trial 1 and 3 (n=385), the following clinically significant immune-mediated adverse reactions occurred in <2% of OPDIVO-treated patients: adrenal insufficiency, uveitis, pancreatitis, facial and abducens nerve paresis, demyeliniation, autoimmune neuropathy, motor dysfunction, and vasculitis. Across clinical trials of OPDIVO administered at doses 3 mg/kg and 10 mg/kg, additional clinically significant, immune-mediated adverse reactions were identified: hypophysitis, diabetic ketoacidosis, hypopituitarism, Guillain-Barré syndrome, and myasthenic syndrome. Based on the severity of adverse reaction, withhold OPDIVO, administer high-dose corticosteroids, and, if appropriate, initiate hormone replacement therapy.

Embryofetal Toxicity

• Based on its mechanism of action, OPDIVO can cause fetal harm when administered to a pregnant woman.

Advise pregnant women of the potential risk to a fetus. Advise females of reproductive potential to use effective contraception during treatment with OPDIVO and for at least 5 months after the last dose of OPDIVO.

Lactation

• It is not known whether OPDIVO is present in human milk. Because many drugs, including antibodies, are excreted in human milk and because of the potential for serious adverse reactions in nursing infants from OPDIVO, advise women to discontinue breastfeeding during treatment.

Serious Adverse Reactions

• In Trial 1, serious adverse reactions occurred in 41% of patients receiving OPDIVO. Grade 3 and 4 adverse reactions occurred in 42% of patients receiving OPDIVO. The most frequent Grade 3 and 4 adverse drug reactions reported in 2% to <5% of patients receiving OPDIVO were abdominal pain, hyponatremia, increased aspartate aminotransferase, and increased lipase.

• In Trial 3, serious adverse reactions occurred in 59% of patients receiving OPDIVO. The most frequente serious adverse drug reactions reported in ≥2% of patients were dyspnea, pneumonia, chronic obstructive pulmonary disease exacerbation, pneumonitis, hypercalcemia, pleural effusion, hemoptysis, and pain.

Common Adverse Reactions

• The most common adverse reactions (≥20%) reported with OPDIVO in Trial 1 were rash (21%) and in Trial 3 were fatigue (50%), dyspnea (38%), musculoskeletal pain (36%), decreased appetite (35%), cough (32%), nausea (29%), and constipation (24%).

Congresso Europeu do Cancro
O Hospital CUF Infante Santo recebeu este sábado, em Viena, na Áustria, durante o Congresso Europeu do Cancro, a mais...

A Unidade de Cuidados Paliativos Agudos do Hospital CUF Infante Santo recebeu este sábado, dia 26 de Setembro, a certificação da ESMO (European Society of Medical Oncology - Sociedade Europeia de Oncologia Médica) como unidade certificada e de referência na prática integrada de Cuidados Paliativos e Oncologia. A ESMO é uma das sociedades médicas mais importantes a nível mundial na área da oncologia e a distinção agora atribuída é a mais relevante e prestigiante distinção ao nível europeu. O Hospital CUF Infante Santo passa assim a fazer parte dos “ESMO Designated Centres” – Centro Integrado de Oncologia e Cuidados Paliativos.

Esta acreditação assenta na avaliação de práticas consensuais de qualidade, analisadas de forma anónima por avaliadores credenciados, para confirmar uma prática clínica que reconhece que muitos doentes oncológicos beneficiam da uma intervenção precoce de cuidados paliativos ao longo da sua doença e não apenas nos últimos dias de vida.

Confirma-se assim que a oncologia e os cuidados paliativos podem e devem ser prestados em conjunto, e em paralelo, com o objetivo claro de melhorar a qualidade de vida dos doentes, com benefícios para eles e também para as suas famílias.

Os doentes oncológicos podem desta forma ser referenciados aos serviços de cuidados paliativos, seja em consulta externa, seja em internamento, e ter acesso a um leque integrado e mais alargado de cuidados, com ganhos muito claros para o seu bem-estar e qualidade de vida.

No Hospital CUF Infante Santo, o trabalho da equipa interdisciplinar da Unidade de Cuidados Paliativos Agudos, pretende assegurar cuidados agudos de excelência a adultos portadores de doenças crónicas e progressivas, qualquer que seja o estádio da doença de base e dar suporte às suas famílias/cuidadores. Pretende também contribuir para esclarecer a sociedade em geral e todos os profissionais de saúde, ultrapassando quaisquer mitos ou preconceitos que ainda possam existir sobre os cuidados paliativos.

Esta prática merece ser divulgada e melhorada e a Unidade de Cuidados Paliativos Agudos do Hospital CUF Infante Santo recebe esta distinção como mais uma prova do seu compromisso permanente com a excelência clínica e a humanização dos seus cuidados médicos.

Tenha uma vida saudável
A atividade física, o exercício físico e o desporto são muito importantes na prevenção e no tratamen

Os estilos de vida saudável incluem diversos fatores como a alimentação saudável, a atividade física, e a ausência de consumo de substâncias prejudiciais à saúde, como por exemplo o álcool e o tabaco. A industrialização e a evolução natural da sociedade provocaram grandes alterações nos comportamentos do ser humano. A atividade física é de todo um comportamento muito importante na promoção de hábitos de vida saudáveis, no entanto, vários estudos têm demonstrado que a prevalência de inatividade física tem aumentado, havendo também um aumento constante nos hábitos sedentários.

A atividade física, o exercício físico e o desporto são muito importantes na prevenção e no tratamento de vários tipos de doenças, em especial das doenças cardiovasculares. Estas são 3 expressões que aparentemente parecem querer significar a mesma coisa, mas que no entanto têm sentidos diferentes. A atividade física são movimentos corporais que resultam da contração dos músculos, aumentando os gastos energéticos acima dos valores em repouso, como por exemplo caminhar até ao local de trabalho, subir escadas ou jardinar; o exercício físico é um grupo de movimentos corporais planeados, estruturados e repetitivos, que têm um objetivo específico como melhorar ou preservar a manutenção de diferentes aptidões físicas; desporto é uma atividade que requer um conjunto de habilidades físicas específicas e um plano de exercício físico vigoroso. Falando no sentido oposto, podemos definir inatividade física como o não cumprimento de requisitos para a atividade física, sendo que o termo sedentarismo se carateriza pela proporção de horas por dia que passa a fazer atividades que não fomentam qualquer tipo de gasto energético, como estar em frente ao computador, ver televisão, o tempo que se passa sentado no trabalho ou nas viagens entre casa e trabalho.

Inatividade física quarto fator de risco de mortalidade no mundo
A nível mundial, foi decretado que a inatividade física é o quarto fator de risco de mortalidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 31% do adultos são fisicamente inativos, sendo que as mulheres são mais inativas (34%), do que os homens (28%). Existem estudos que mostram que as crianças da atualidade dispendem menos 600kcal por dia na sua atividade física do que as crianças de há 50 anos atrás; que apenas 43% dos europeus praticam exercício físico regularmente; e que só 11% dos portugueses acreditam que o exercício físico influencia de forma significativa o estado de saúde. Outros estudos referem que existe um aumento de 2% no risco de morte, por todas as causas, por cada hora de sedentarismo por dia, sendo que o risco aumenta se o indivíduo estiver sentado mais do que 7 horas por dia.

A atividade física é recomendada a todo o tipo de pessoas
Apresenta efeitos benéficos no controlo dos fatores de risco cardiovascular, incluindo obesidade, estados de resistência à insulina, dislipidémias e hipertensão arterial, sendo este o fator que mais se relaciona com a mortalidade, pois exerce um efeito protetor sobre as artérias e sobre o coração. O exercício físico é um tratamento eficaz e com um baixo custo económico, que pode ser prescrito como primeira linha de tratamento em diversas doenças crónicas, sendo que se associa diretamente à diminuição da taxa de mortalidade das doenças cardiovasculares. A atividade física regular e o exercício físico controlado também são um tratamento eficaz na prevenção da osteoporose, dado que até por volta dos 35 anos influencia na obtenção da massa óssea desejada, e dessa idade em diante ajuda no controlo dessa mesma massa e na lentificação da sua perda.

É muito importante que a atividade física comece o mais precocemente possível, antes do ensino pré-escolar, e que se mantenha por toda a vida do indivíduo.

A atividade física tem diferentes vantagens.

Entre elas encontram-se as seguintes:

- redução do risco de morte prematura;
- redução do risco de incidência de doenças cardiovasculares, cancro do colón e de diabetes tipo 2;
- controlo de fatores de risco cardiovasculares como peso, tensão arterial e perímetro abdominal;
- promoção do bem estar físico e psicológico, reduzindo estados de ansiedade, stress e depressão;
- redução de problemas ósseos, ou controlo dos mesmos, como osteoporose, lombalgias, dores nos joelhos, deformações da coluna, entre outras;
- promoção de uma melhor postura corporal;
- melhoramento da qualidade do sono;
- fomentação da imagem corporal e melhoramento da autoestima.

American College of Sport Medicine aconselha a prática diária
Os Estados Unidos da América têm sido o país que mais tem investigado a área da atividade física, sendo que a American College of Sport Medicine define que o ideal é praticar atividade física de preferência diariamente, ou pelo menos 3 a 5 vezes por semana, durante 30 minutos com atividade moderada, ou então que, semanalmente, haja um gasto energético superior a 1000 Kcal. Caso não seja possível dispender de 30 minutos seguidos, pode dividir os 30 minutos por períodos de 10 minutos, 3 vezes por dia (exercício intermitente). Sempre que possível também se devem subir e descer escadas (evitando elevadores), andar de bicicleta, dançar, ou praticar outras atividades de que se goste. Nas crianças e adolescentes é importante que se adicione a estes timing’s 20 minutos de atividade física vigorosa, 3 vezes por semana. É necessário, também, ter em conta que para quem procura, através da atividade física, controlar o seu peso, deve praticar 60 minutos de atividade física por dia, com exercícios vigorosos a moderados.

A American Heart Association refere que uma pessoa com doença cardiovascular deve praticar 30 a 60 minutos de atividade física por dia, com uma intensidade moderada, em pelo menos 5 dias da semana.

Quando se introduzem mudanças nos hábitos de vida diários é normal que o tipo e intensidade de atividade física aumentem, pelo que uma estratégia a utilizar, para trazer mais benefícios para a pessoa, seja o estabelecimento de metas semanais de atividade física e a sua monitorização.

O exercício e atividade física têm que ser algo integrante no nosso dia-a-dia, tendo sempre em conta as nossas limitações e caraterísticas específicas. Devemos praticar qualquer tipo de atividade com gosto e prazer, pois se estas forem vistas como uma obrigação, este é um ponto de partida para a desistência.

Qualquer exercício físico poderá carecer de um aconselhamento por parte de um profissional de saúde
Estes profissionais podem verificar o seu estado de saúde, de forma preventiva, e aconselhá-lo quanto ao tipo de exercício que pode praticar, a intensidade e a sua frequência, e, junto com um profissional de desporto, ajudá-lo a definir as suas próprias metas e objetivos. É muito importante que qualquer indivíduo, seja idoso, adulto, jovem ou criança, tenha a noção de que qualquer doença oculta não tratada, ou ausência de controlo de outros fatores de risco, como a alimentação desequilibrada ou consumos de substâncias, não vai fazer com que a atividade física seja eficaz. De notar também que todos os que praticam desporto de alta competição devem fazer vigilâncias apertadas, dado que existem algumas doenças em que o esforço exagerado é contra indicação à patologia.

Uma última nota para a atividade física nos idosos... A atividade nestas idades é algo de muito importante, especialmente se for praticada em grupo, organizada por instituições das diferentes comunidades, dado que para além de promover uma vida mais saudável, ajuda também ao convívio social, o que vai fazer com que o idoso não se sinta excluído da sociedade, diminuindo também os seus sentimentos de solidão.

Se a sua saúde quer preservar… Encontre a melhor atividade para praticar!

Fontes:
www.dgs.pt
www.spc.pt
(2012). Revista Portuguesa de Cardiologia, nº 31(2), pp. 151-158.
(Janeiro-Março de 2015). Revista Factores de Risco, nº 35, pp. 28-35.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
IX Jornadas do Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado
O tratamento das hepatites crónicas, que continua a desafiar os especialistas em doenças do fígado, é um dos temas em destaque...

As hepatites víricas mais prevalentes, como a hepatite crónica C e a hepatite crónica B, têm aspetos que surgem como os grandes desafios clínicos da atualidade para quem trata doenças do fígado. Numa época em que o tratamento da hepatite crónica C alcançou avanços importantes, os hepatologistas continuam a deparar-se com casos difíceis de resolver, nomeadamente com doentes com outras comorbilidades, como seja a coinfecção por VIH, a insuficiência cardíaca, a insuficiência renal, a diabetes mellitus, a síndrome metabólica, entre outras.

Outro dos temas em destaque será a hipertensão portal, isto é, a pressão vascular anormalmente alta na veia porta, uma veia de grande calibre que leva o sangue desde o intestino ao fígado, que constitui um dos flagelos da nossa sociedade atual, quer pela elevada prevalência e consequente impacto clínico e também social e económico, pela perda de qualidade de vida e absentismo provocados. Haverá ainda oportunidade de debater outras doenças do fígado como a hemocromatose (doença hereditária caracterizada por uma retenção exagerada de ferro), os nódulos hepáticos e o fígado gordo.

Fátima Campante, internista e Presidente destas jornadas, afirma que “todos os temas destas jornadas serão abordados por colegas com reconhecidos méritos e idoneidade na área da hepatologia, oriundos de diferentes centros do país. Os assuntos selecionados são aqueles que têm maior impacto na prática clínica, quer pela prevalência, quer pela dificuldade no diagnóstico e tratamento”.

O Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado (NEDF) surgiu no seio da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) com o objetivo de agregar os internistas com uma maior apetência por esta área médica, sendo, em muitos hospitais portugueses, os únicos especialistas a seguir os doentes com patologia hepática, quer no internamento, quer no ambulatório.

Pode consultar o programa aqui.

Antídoto para reversão de Dabigatrano Etexilato
O Comité de Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitiu um parecer positivo recomendando a...

A utilização de idarucizumab tem por objetivo, em doentes tratados com dabigatrano e numa situação de cirurgia urgente/procedimentos urgentes ou hemorragias com risco de vida não controladas, reverter rapidamente o seu efeito anticoagulante.1

“O parecer positivo do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) para o Idarucizumab é uma recomendação importante na área do tratamento anticoagulante” refere o Professor Fausto J. Pinto, Universidade de Lisboa, presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia. “A introdução dos anticoagulantes orais não dependentes da vitamina-K, ou nACOs, já marcou um avanço na abordagem à terapêutica anticoagulante. A aprovação de um agente específico de reversão para parar o seu efeito anticoagulante imediatamente, quando necessário, será o próximo passo.”

Na opinião do Professor Fernando Araújo, Universidade do Porto, Serviço de Imuno-Hemoterapia do C.H. São João e coordenador nacional do Ensaio Clínico que esteve na origem deste parecer positivo, o paradigma da prescrição de anticoagulantes orais está a mudar e esta nova peça do puzzle ajudará a mudar a prescrição e a anticoagulação dos doentes. “Quando ponderamos o grupo dos vários fármacos (novos anticoagulantes orais), e apesar de termos de considerar também outras questões, este (possibilidade de reversão) é um fator a ter em conta e que poderá ser importante nesta seleção” referiu.

O parecer positivo do CHMP foi baseado nos resultados de ensaios clínicos em voluntários saudáveis assim como nos resultados da análise interina do ensaio clinico REVERSE-AD ™.2-5 Nestes estudos, o efeito de reversão de Idarucizumab foi evidente minutos após a administração de 5g de Idarucizumab.2-4

 

1Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP). Minutes from 21-24 September 2015 meeting. Available at: http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/Summary_of_opinion_-_Initial_authorisation/human/003986/WC500194147.pdf
2Glund S, et al. Safety, tolerability, and efficacy of idarucizumab for the reversal of the anticoagulant effect of dabigatran in healthy male volunteers: a randomised, placebo-controlled, double-blind phase 1 trial. Lancet. 2015;386:680–690.
3Glund S. et al. Idarucizumab, a Specific Antidote for Dabigatran: Immediate, Complete and Sustained Reversal of Dabigatran Induced Anticoagulation in Elderly and Renally Impaired Subjects. Oral presentation on 8 December 2014 at The 56th American Society of Hematology Annual Meeting & Exposition, San Francisco, USA. Blood. 2014;124: Abstract 344.
4Pollack C. V., et al. Idarucizumab for Dabigatran Reversal. NEJM. 2015;373:511-520.
5Glund S, et al. A randomised study in healthy volunteers to investigate the safety, tolerability and pharmacokinetics of idarucizumab, a specific antidote to dabigatran. Thromb Haemost. 2015; 113: 943–951.

Estudo
Na véspera do Dia Mundial do Coração, que se celebra amanhã, dia 29 de Setembro, são conhecidos os resultados do EuroAspire IV,...

O estudo EuroAspire IV foi realizado no âmbito dos cuidados primários de saúde e teve como objetivo avaliar a aplicação das medidas de prevenção cardiovascular nos doentes considerados de alto risco. Participaram 6700 pessoas abaixo dos 80 anos com hipertensão, diabetes, obesidade e dislipidémia (colesterol ou triglicerídeos elevados), incluindo pela primeira vez 406 doentes portugueses.

Segundo o estudo, que a nível nacional teve a intervenção da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) e o patrocínio da AstraZeneca e MSD, não se alteraram nos últimos anos a prevalência de tabagismo, obesidade e obesidade central. A obesidade central afeta mesmo 68% dos doentes portugueses (72% das mulheres e 52% dos homens), um valor ligeiramente superior ao da média europeia (64%), mas inferior ao de Espanha (75%). A Bósnia-Herzegovina é o país europeu com o valor mais reduzido (50%), ainda assim muito elevado.

De acordo com Ana Abreu, cardiologista do Hospital de Santa Marta e uma das coordenadoras do estudo em Portugal, os dados revelam a necessidade de ser dada mais importância aos factores de risco, através de programas multidisciplinares desenvolvidos por equipas de especialistas e suportadas por medidas de saúde adequadas”. Para a especialista “são necessárias políticas de saúde que desenvolvam estratégias de prevenção cardiovascular para toda a população, mas sobretudo para os que estão em maior risco”.

O EuroAspire IV revela ainda que 80% dos doentes europeus tem excesso de peso ou obesidade e 44% de obesidade. Portugal não foi exceção, estando contudo em 10º lugar no conjunto dos 14 países com 38% de obesidade, um valor ainda assim abaixo da média europeia (44%).

Em relação ao tabagismo, 10% dos doentes de risco eram fumadores, ficando Portugal pela positiva em 12º lugar, sendo a média europeia de 17%. Não se verificou melhoria do controlo da pressão arterial, do LDL-colesterol e da diabetes, ficando Portugal a meio da tabela em termos de controlo da diabetes (62% dos doentes), com um melhor resultado para Espanha, em 3º lugar (71%). No campo da atividade física, apenas 20% dos doentes portugueses pratica exercício.

“É necessária uma cardiologia preventiva moderna, interventiva sobre fatores de risco e estilos de vida, adaptada aos níveis médicos e culturais de cada país. Precisamos de um investimento dos sistemas de saúde na prevenção da doença cardiovascular, que é a principal causa de morte na Europa”, defende Ana Abreu.

Não fumar, escolher alimentos saudáveis e naturais, com privilégio para vegetais, frutas, peixe, alimentos pouco calóricos, com pouco sal; prática de atividade física moderada a vigorosa (2,5 a 5h por semana ou 30 a 60 minutos na maioria dos dias) e controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol são alguns dos conselhos deixados pela especialista. 

Estudos
Dezenas de milhares de pessoas torcem o tornozelo todos os anos. Mas as lesões recebem pouca atenção, já que a maioria...

No entanto, vários estudos recentes em pessoas e animais sugerem que os efeitos de mesmo uma pequena torção no tornozelo podem ser mais severos e duradouros do que pensamos, potencialmente alterando a nossa maneira de andar e a frequência de movimentos por toda a vida, escreve o Diário Digital.

Tornozelos saudáveis são, claro, essenciais para o movimento. “O tornozelo é a base do corpo. Tudo começa nele”, explica Tricia Hubbard-Turner, professora de Cinesiologia da Universidade da Carolina do Norte em Charlotte, que participou dos estudos.

Mas este pode ser incrivelmente frágil e vulnerável para quem é desajeitado. Dê um passo em falso numa curva, escorregue de saltos altos, apoie o pé de modo errado enquanto corre ou faz desportos e vai fazer uma luxação ou romper os ligamentos em volta das juntas e torcer o tornozelo.

Até recentemente, poucos de nós ficávamos preocupados com a lesão, considerando, na maioria dos casos, que o problema passaria dentro de uma semana ou duas, com ou sem atenção médica.

Mas três novos estudos, todos com Tricia Hubbard-Turner como co-autora, levantam questões sérias sobre a importância de se prestar atenção às lesões nos tornozelos.

No mais preocupante, já que envolve jovens, Tricia e os seus colegas recrutaram 20 universitários com instabilidade crônica no tornozelo - uma condição causada por torções, nas quais o tornozelo facilmente se vira durante os movimentos - e 20 estudantes saudáveis e pediram a todos que usassem um pedómetro durante uma semana. Os pesquisadores controlaram as variáveis como sexo, índice de massa corporal e saúde geral.

A pesquisa mostrou que os alunos com instabilidade crônica no tornozelo movem-se significativamente menos do que os outros, dando cerca de dois mil passos a menos em média todos os dias.

Essa descoberta está de acordo com os resultados de um estudo anterior de Tricia, apesar de a experiência envolver ratos jovens. Nele, os cientistas lesaram ligeiramente os tornozelos dos roedores tirando cirurgicamente um dos ligamentos da parte de fora da junta. Depois, danificaram mais severamente outros animais tirando dois ligamentos e fizeram uma cirurgia falsa nos outros para servirem de grupo de controlo.

De seguida, deixaram que os ligamentos curassem por vários dias antes de dar aos animais acesso às rodas de corrida e testarem o seu equilíbrio, pintando os seus pés e fazendo com que andassem por cima de um feixe estreito de luz. Os pesquisadores podiam descobrir onde eles se desequilibravam ao observar as pegadas que estavam foram do raio luminoso.

Os investigadores avaliaram os ratos durante um ano.

Ao final desse tempo, os animais que tiveram cirurgias falsas - aqueles cujos ligamentos permaneceram intactos - estavam a correr muito mais nas suas rodas do que os ratos com tornozelos danificados, especialmente aqueles com lesões severas, mesmo que, supostamente, o problema tivesse sarado há muito tempo.

Os animais com lesões anteriores também continuaram a desequilibrar-se durante os testes com muito mais frequência do que os do grupo de controlo. O seu equilíbrio estava comprometido.

Estudo
Mais de 70% das pessoas que sofrem de apneia do sono apresentam sintomas de depressão. O que significa que, em muitos casos, o...

A apneia do sono é um problema frequente, que tem sido associado ao aumento do risco de hipertensão, doenças cardíacas, AVC e diabetes tipo 2. O tratamento mais comum, segundo o Diário Digital, é o uso de uma máscara de pressão positiva, a CPAP, que mantém as vias aéreas desobstruídas durante a noite.

Investigadores da Universidade Western Australia avaliaram mais de 400 pacientes, dos quais 293 foram diagnosticados com apneia do sono. Desse total, 73% apresentavam sintomas de depressão, que eram mais intensos conforme a gravidade da apneia.

Os 228 participantes que aderiram ao uso da máscara de pressão positiva relataram uma redução significativa nos sintomas depressivos depois de três meses de tratamento. Além disso, 41 pacientes que apresentavam pensamentos suicidas deixaram de manifestar o sintoma depois desse período.

Os cientistas sugerem que os pacientes que sofrem de depressão devem conversar com os seus médicos sobre eventuais alterações de sono, como ronco frequente e sonolência diurna. E é importante que os psiquiatras considerem a possibilidade de pedir um exame de polissonografia.

Estudo
Cientistas dizem ter descoberto uma nova pista genética sobre a reincidência de alguns cancros da mama, o que pode levar a uma...

Uma equipa de cientistas do Instituto Wellcome Trust Sanger de Cambridge, em Inglaterra, descobriu que os cancros que reaparecem têm maior probabilidade de conter certos genes ou combinação de genes. Segundo eles, a chave para o sucesso do tratamento está em atacar esses genes o mais cedo possível, escreve o Diário Digital.

As conclusões do estudo estão a ser apresentadas no Congresso de Cancro Europeu em Viena, na Áustria.

Uma em cada cinco pessoas com cancro da mama voltam a ter a doença - ou no mesmo local do tumor original ou noutra parte do corpo.

Lucy Yates, oncologista do Instituto Sanger de Cambridge, e a sua equipa analisaram dados de tumores de 1 mil pacientes com cancro incluindo 161 pessoas cuja doença voltou ou espalhar-se (metástase).

Quando compararam os tumores primários e secundários, constataram que diferenças genéticas e outras mutações presentes em cancros secundários são relativamente pouco comuns em tumores diagnosticados pela primeira vez.

Yates diz que as conclusões sugerem que o complemento de genes de cancro em alguns tumores primários podem torná-los mais propensos a reaparecer no futuro, enquanto genes de cancros adicionais adquiridos após o diagnóstico podem provocar a reincidência da doença.

Segundo ela, os médicos podem usar esse conhecimento para identificar pacientes com alto risco de reincidência de cancro e escolher o melhor tratamento para atacar mutações genéticas específicas.

Isso significa, segundo Yates, recolher amostras do tecido do cancro para acompanhar como a doença está a evoluir e a modificar-se.

Direção-Geral da Saúde
Os três casos de botulismo alimentar registados este mês em Portugal são superiores ao número de situações registadas em todo o...

No sábado, as autoridades informaram ter registado este mês três casos de botulismo alimentar e, após investigação, decidiram retirar de imediato do mercado os produtos à base de carne e os queijos da marca "Origem Transmontana”.

O botulismo alimentar é uma doença grave de evolução aguda e é desde 1999 de declaração obrigatória em Portugal, tendo-se registado até 2013 menos de uma centena de casos nesses 15 anos.

Segundo dados oficias da Direção-Geral da Saúde (DGS), em 2013 registaram-se dois casos de botulismo, o mesmo número também notificado em 2012. Já em 2011 apenas surge uma situação da doença e em 2010 não houve registo de casos.

Desde que há registos, o ano de 2000 foi o que mais casos notificados registou, com 31 notificações, que fizeram parte de três surtos, todos associados ao consumo de fumados caseiros.

Um dos surtos foi na região autónoma da Madeira (com 15 casos), outro no distrito do Porto) e o terceiro em Viana do Castelo.

Após estes três surtos em 2000, em nenhum ano Portugal registou mais do que uma dezena de casos de botulismo.

O botulismo alimentar é uma doença grave, de evolução aguda, com sintomas digestivos e neurológicos, resultante da ingestão de diversos tipos de alimentos, contendo toxinas formadas pelo Clostridium botulinum no próprio alimento.

Segundo as autoridades de saúde, na sequência da investigação epidemiológica em curso no surto anunciado no sábado, foi possível determinar que a origem destes casos de doença está associada à ingestão de produtos alimentares fumados (alheiras), comercializados com a marca "Origem Transmontana”.

"Foi decidido à luz dos princípios da prevenção e precaução, bem como de defesa do consumidor" a retirada imediata dos produtos suspeitos do circuito de comercialização.

As autoridades de saúde decidiram ainda informar a população para que os produtos adquiridos, à base de carne e os queijos, da marca “Origem Transmontana”, não sejam consumidos, dado que estes produtos podem ter sido distribuídos e comercializados em diversos pontos do país, podendo encontrar-se na posse dos consumidores.

Estudo
Um novo estudo realizado nos Estados Unidos revela que fatores sociais podem assumir um papel preponderante nas taxas de...

Fatores como o estatuto socioeconómico e o estado civil, a par com as características da idade e da doença, podem afetar as taxas de sobrevivência em doentes jovens que sofrem com este tipo de leucemia, segundo conclui um estudo realizado na Universidade de Alabama.

As conclusões surgem de uma análise de dados de 5 541 pacientes que conclui que os pacientes que têm seguro de saúde ou que são oriundos de áreas mais desfavorecidas apresentam riscos mais elevados de morrer prematuramente, escreve o Sapo.

Perante os resultados, a equipa de investigadores sublinha, num relatório publicado na revista Cancer, a necessidade de um acompanhamento redobrado e atento sobre os fatores sociais que podem ter influência na saúde destes doentes.

Estudo
Os açúcares produzidos pelas células tumorais são diferentes daqueles que produzem as células normais. Identificá-los pode...

Salomé Pinho e Celso Reis são investigadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) e dedicam-se ao estudo dos açúcares que revestem as células tumorais. O trabalho que têm desenvolvido e publicado nesta área valeu-lhes o convite da conceituada revista Nature Reviews Cancer para escreverem um artigo de revisão sobre o tema de trabalho.

“Este artigo reúne todos os resultados em que demonstrámos a importância inequívoca dos açúcares no diagnóstico, prognóstico e no tratamento do cancro. Foi o acumular de todas estas evidências, resultantes de décadas do nosso trabalho, que foi consagrado e reconhecido pela revista Nature”, explicou a investigadora Salomé Pinho, em comunicado de imprensa.

Os açúcares na superfície das células, escreve o Observador, são importantes nos processos celulares, na sinalização das células e na comunicação entre elas, assim como na dissociação das células tumorais, na formação de metástases e invasão de outros locais no organismo. Os glicanos, um dos tipos de açúcar na superfície das células, são produzidos de forma diferente pelas células normais e pelas células tumorais, e cada tipo de tumor terá também variações específicas destes açúcares.

Conseguir controlar essa produção pode condicionar o desenvolvimento e progressão do cancro. Os investigadores propõe que estes glicanos e respetivo processo de produção possam ser estudados como alvos dos tratamentos contra o cancro.

Em entrevista à SIC, Salomé Pinho revelou ainda que, como estes açúcares são libertados para fora das células, uma análise de sangue poderia identificá-los, permitindo fazer um diagnóstico precoce ou avaliando a progressão da doença.

Estudo
Os medicamentos usados para combater o tumor principal têm pouco ou nenhum efeito nas células das metástases que vão provocar...

Mais de 90% das mortes por cancro são causadas pela formação de metástases – células do cancro primário que viajam para outra parte do corpo e aí formam um novo cancro –, lê-se no artigo publicado na Nature. O objetivo do estudo coordenado por Zena Werb, investigadora na Universidade da Califórnia em São Francisco (Estados Unidos), era perceber como se ocorre o processo das metástases, para desenvolver novas estratégias terapêuticas que as combatam, escreve o Observador.

Normalmente os medicamentos contra o cancro ignoram as diferenças entre as células do tumor principal e as células das metástases, mas a equipa de Zena Werb descobriu que a expressão genética das células das metástases de cancro da mama era muito diferente do tumor principal e tinha semelhanças com as células normais da mama. “Testamos drogas pela sua capacidade de reduzirem os tumores principais, mas a maior parte simplesmente não funciona das metástases e isto deixa os doentes expostos à recidiva”, disse a investigadora, em comunicado de imprensa da instituição.

Por outro lado, saber que as células da metástase libertam certas moléculas quando se começam a multiplicar pode ser uma forma de identificar a sua presença e usar drogas que atuem diretamente sobre células que tenham este comportamento. Um medicamento testado pelos investigadores em ratos de laboratório, apesar de não ter qualquer efeito sobre o tumor principal, mostrou-se eficaz na eliminação das metástases. Esta era apenas uma prova de conceito, os investigadores não pretendiam mostrar se este era o medicamento mais eficaz no combate às metástases, tão só que estas células e o tumor principal têm de ser tratados de forma diferente.

Para os investigadores em cancro, prevenir que as metástases invadam outras partes do corpo é prioritário, afirma Andrei Goga, co-autor do estudo e investigador Universidade da Califórnia em São Francisco. “Mas na prática, quando se deteta o tumor, aquele ‘cavalo’ tanto pode estar fora do estábulo como não. Este novo estudo é entusiasmante porque se conhecermos a genética destas células iniciais da metástase podemos ir atrás delas especificamente onde quer que se encontrem no corpo.”

Como as células das metástases são diferentes das células do tumor principal, os investigadores consideram que estas se comportam como células estaminais –  células indiferenciadas que se conseguem multiplicar facilmente e que têm a capacidade de se transformar nas restantes células do organismo. Quer isto dizer que quando as células das metástases são semelhantes às células pré-cancerosas e que quando encontram um local de fixação se multiplicam e amadurecem em células mais diferenciadas.

Estas células que se libertam do tumor principal e viajam na corrente sanguínea podem começar a multiplicar-se imediatamente assim que encontram um novo tecido para colonizar ou ficar adormecidas durante meses ou anos, provocando um reaparecimento do tumor quando menos se espera. Uma das maiores dificuldades que os investigadores têm enfrentado no estudo destas metástases é que elas são muito difíceis de detetar.

Devon Lawson, primeiro autor do estudo e investigador na Universidade da Califórnia em Irvine, disse, em comunicado de imprensa, que ainda ninguém sabe como é que as células conseguem manter-se adormecidas durante tanto tempo, mas criticou que apenas 7% dos fundos de investigação em cancro da mama seja dedicado às metástases.

Em Portugal
Algumas unidades juntaram esforços para ligar cientistas e profissionais que trabalham na procura e aplicação de fármacos...

"A medicina translacional é essencialmente isso, conseguir interligar os dois parceiros que tradicionalmente estavam mais separados", ou seja, os profissionais que descobrem os medicamentos e aqueles que os ensaiam no hospital, disse um responsável do projeto, Manuel Carrondo.

O coordenador da unidade de investigação iNOVA4Health, que junta o iBET (Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica), instituições da Universidade Nova de Lisboa (ITQB, Faculdade de Ciências Médicas e CEDOC) e o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, salientou que, apesar de ciência e hospitais estarem cada vez mais próximos, ainda não chega aos níveis de outros países.

A relação entre os cientistas básicos, os que fazem o desenvolvimento e fabrico dos biofármacos e aqueles que fazem a aplicação e os utilizam junto dos doentes e a integração de alunos em doutoramento, as equipas clínicas estejam ligadas à investigação, o que "ainda é relativamente rara no caso português, mas já corrente em algumas unidades de investigação mundiais", como norte-americanas, alemãs, suecas ou inglesas, referiu Manuel Carrondo.

"O objetivo último é conseguir 'pendurar' as atividades que formos conseguindo desenvolver em conjunto em equipas mais largas internacionais, não apenas para arranjar mais dinheiro", mas também para ter contributos de empresas com as quais o IBET já tem parcerias, para aumentar visibilidade de Lisboa e "tornar país mais importante no mapa da saúde e biofarmacêutica internacional", realçou.

Este processo, explicou Manuel Carrondo, "começa a ter uma prática razoável e que vai aumentar com aquilo que se chama a medicina de precisão, em que se sabe muito melhor o que cada doente é e o que é mais correto e lhe pode ser aplicado como tratamento porque o diagnóstico é feito muito mais corretamente".

Com base em parcerias, organização e coordenação de algumas das atividades de cada unidade, o iNOVA4Health tem como meta conseguir desenvolver entre 15 e 20 projetos, nos próximos seis anos, e poderá envolver 40 a 50 investigadores.

Atualmente, estão oito projetos a arrancar, juntando competências de, pelos menos, duas daquelas unidades, avançou o coordenador do projeto e vice-presidente do iBET, acrescentando que o iNOVA4Health segue "grandes linhas de atividade que têm a ver sobretudo com doenças crónicas, com cancro e processos neurodegenerativos, e pode ir de aspetos específicos de doenças como aterosclerose até diabetes".

ONU
A ONU anunciou que conseguiu reunir 22,3 mil milhões de euros em contribuições prometidas por vários países para os próximos...

O valor (25 mil milhões de dólares) tem origem em promessas feitas por Estados-membros das Nações Unidas, organizações internacionais, empresas privadas, instituições de educação e de investigação e organizações não-governamentais.

Entre as contribuições destacam-se as prometidas por países como os Estados Unidos (3,3 mil milhões de dólares), Canadá (2,6 mil milhões), Suécia (2,5 mil milhões) e Alemanha (1,3 mil milhões), informou a ONU em comunicado.

No valor global incluem-se 6.000 milhões de dólares de contribuições em espécie e promessas de organizações não-governamentais com a World Vision International a disponibilizar 3.000 milhões de dólares e a Path 1.000 milhões.

“A estratégia global para a saúde das mulheres, crianças e adolescentes, que estou orgulhoso de lançar hoje, ajudará a construir sociedades resistentes e saudáveis”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

A iniciativa, apresentada à margem da cimeira das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável e objetivos do milénio, pretende ser um roteiro para acabar com todas as mortes evitáveis de mulheres, crianças e adolescentes antes de 2030.

Segundo as Nações Unidas, espera-se que as contribuições aumentem significativamente nos próximos anos e que sejam desenvolvidas novas políticas e ações de cooperação por parte dos 40 países e mais de 100 organizações internacionais, fundações, agências da ONU e companhias privadas que já estão incluídos no plano.

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