No Estoril
Os visitantes do festival da sustentabilidade, que começou no Estoril, podem participar em várias atividades que chamam a...

Este ano, na sua 8ª edição, o Greenfest, a decorrer até domingo, volta a informar e sensibilizar a população para temas da sustentabilidade na vertente económica, social ou ambiental com iniciativas que pretendem agradar a todas as classes etárias, dos netos aos avós.

Com o tema "Cidadania Ativa" e o lema "tenho o poder - de me informar, de agir, de mudar, de ir, de sorrir", o festival realça o poder que cada um tem de fazer a diferença e apresenta a primeira Feira das ONG (organizações não governamentais), com 150 participantes nacionais e estrangeiras.

"São muitas as atividades [desenvolvidas por] estas organizações, que cobrem variadas áreas em termos geográficos e de natureza da atividade, do apoio a crianças a idosos a carenciados, solidariedade social, preocupações ambientais", disse o mentor da Greenfest, Pedro Norton de Matos, aquando da apresentação do programa do festival.

Como em todas as edições, estão representados os três pilares da sustentabilidade, as vertentes ambiental, social e económica, refletidas nas várias iniciativas que chamam a atenção para a necessidade de proteger a natureza, vivendo em harmonia com os seus ritmos, adotando comportamentos que passam pela reciclagem ou pela utilização eficiente da água.

Um dos exemplos deste apelo é a apresentação de um conceito de casas modulares - chamado de AMETRO - com base na reutilização de contentores marítimos, que dão lugar a habitações evolutivas e ecológicas.

Entre as atividades no aspeto social ou solidário do Greenfest está a Caminhada AJU (da Fundação AJU Jerónimo Usera) para percorrer cerca de 2,5 quilómetros nos jardins do Casino Estoril, com o valor das inscrições a serem direcionados para a ajuda de famílias carenciadas do concelho de Cascais.

No âmbito de um protocolo com a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, serão realizados rastreios, levantamentos de perfis de risco e chamadas de atenção para o estilo de vida, que tem que ver com a diabetes, doença que vai estar em foco no Greenfest.

Depois dos 25 mil visitantes da edição de 2014, Pedro Norton de Matos espera que, este ano, outra novidade também faça a diferença: trata-se do projeto de criação de cenários com materiais usados, "lixo" não convencional recolhido pelos serviços da Câmara Municipal de Cascais, para fomentar a reutilização.

10 de outubro – Dia Mundial da Saúde Mental
As demências são as doenças mentais que mais interferem com a dignidade do doente. Quem o afirma é Maria Luísa Figueira,...

Em 2015, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu “a dignidade na saúde mental” como tema para esta efeméride, para combater os estigmas associados e as ameaças à dignidade humana que estas patologias acarretam.

“As demências são as doenças mentais que mais interferem com a dignidade do doente, mas nem sempre é só a doença que é uma ameaça para a dignidade do doente mental. A forma como o tratamos e o enquadramos também pode interferir. Esperar demasiado tempo por uma consulta de psiquiatria, por exemplo, não é tratar com dignidade. Quando o doente é rejeitado pela família, no emprego, pela sociedade, os seus direitos e a sua dignidade como ser humano não estão a ser respeitados”, explica a psiquiatra e presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM).

A especialista realça também que “as patologias psiquiátricas mais graves, como as psicoses, que atingem as funções cognitivas, podem tornar as pessoas muito vulneráveis e reduzir a sua autonomia e a sua capacidade de decisão. Estas pessoas têm a consciência do mundo e de si próprias muito alterada e ficam dependentes de decisões clínicas e de tratamento não tendo capacidade para dar o seu consentimento informado. Podem ser profundamente afetadas na sua dignidade humana se a sociedade não estiver organizada para as proteger. Não devem ser objeto de investigação científica (por exemplo, sujeitas a tratamentos experimentais) sem um consentimento informado do seu representante legal. Os seus direitos devem ser respeitados e o tratamento deve ser planeado de acordo com as boas práticas clínicas e requisitos éticos”.

Em Portugal, é nos mais jovens, entre os 18 e os 34 anos, que se verifica uma maior prevalência de doença mental estimando-se que 50,1% tenham pelo menos uma perturbação psiquiátrica. Neste grupo etário, as entidades mais referidas foram as perturbações da ansiedade, seguidas das afetivas e do abuso de álcool. Grande parte da percentagem de perturbações de ansiedade é à custa das chamadas “fobias específicas” habitualmente associadas a um menor impacto no funcionamento global.

O único estudo epidemiológico que foi feito para a população portuguesa foi realizado pelo grupo coordenado pelos Professores Caldas de Almeida e Miguel Xavier da Faculdade de Medicina da Universidade Nova intitulado – “Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental” cujo primeiro relatório foi publicado em 2013. Desse estudo salienta-se que o grupo de doenças com maior prevalência anual (12 meses anteriores ao estudo) foi o das perturbações de ansiedade (16,5%), seguindo-se o das perturbações afetivas com 7,9%.

Os valores encontrados são superiores a qualquer outro país da Europa Ocidental onde, patrocinado pela Organização Mental de Saúde, foi feito um estudo epidemiológico com uma metodologia semelhante. Portugal e a Irlanda do Norte têm a prevalência mais elevada de doenças mentais da Europa. É no grupo das perturbações de ansiedade que os dados de Portugal mais se destacam. De notar que neste grupo estão incluídos vários síndromes ansiosos, desde as fobias isoladas ou específicas, a perturbação de pânico, a ansiedade generalizada, a fobia social, a perturbação pós stress traumático, entre outras.

Ajudar doentes e quem os rodeia
Está desde hoje disponível em Portugal um site agregador de informações úteis sobre esquizofrenia, uma doença do foro mental...

Com o endereço esquizofrenia24x7.pt, o espaço é dedicado às pessoas que vivem com esquizofrenia, às suas famílias e aos que os rodeiam, com conteúdo educacional útil e envolvente.

O que é a esquizofrenia, causas, sinais de alerta, como lidar com as crises, sentir-se melhor, dar apoio a um familiar ou amigo ou opções de tratamento são algumas das informações disponíveis, havendo também vídeos com testemunhos reais de doentes e cuidadores que partilham as suas experiências. 

“O esquizofrenia24x7 é de facto o primeiro site escrito em português dedicado exclusivamente à esquizofrenia, abordando esta patologia de forma abrangente e com a grande vantagem de estar direcionado a todos os que convivem com a doença mais de perto, ou seja, não só doentes, mas também familiares, amigos e cuidadores”, refere Ana Caixeiro, médica psiquiatra do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (Hospital Júlio de Matos). “É importante desmistificar a esquizofrenia e dar ferramentas a quem lida com a doença diariamente e este site vem responder a esta necessidade”, acrescenta a Dra. Ana Caixeiro.

Depois do sucesso do site a nível internacional, em 20 línguas diferentes, tendo contado já com mais de dois milhões de visitas, o site arranca agora em português, com o objetivo de desmistificar o tema da esquizofrenia e funcionar como um guia que ajude o dia-a-dia das pessoas que convivem com esta patologia. Divide-se em quatro grandes áreas, dirigidas a grupos de pessoas diferentes: “O meu familiar/amigo tem esquizofrenia”, “Contacto com pessoas com esquizofrenia”, “Vivo com esquizofrenia há algum tempo” e “Fui recentemente diagnosticado”. Em cada uma destas secções, apresenta dicas, informações úteis, e até um diário para as pessoas poderem registar as suas experiências e escrever tarefas a realizar. Existe também um vídeo animado, cujo protagonista é o Mark, um jovem com esquizofrenia que explica de uma forma muito simples alguns conceitos básicos que poderão ajudar quem lida com este problema todos os dias.

Especialista alerta
Talvez não saiba, mas de forma inconsciente pode estar a prejudicar as suas costas com algumas rotinas e hábitos diários sem...

No âmbito do Dia Mundial da Coluna, que se realiza já no dia 16 de Outubro, o médico ortopedista Luís Teixeira deixa alguns avisos e relembra que: “Nem sempre as dores nas costas são sinónimo de uma lesão na coluna que implique um cuidado médico mais específico, mas são alertas (se significarem uma dor recorrente) para corrigir uma má postura no local de trabalho, no sofá enquanto vê televisão, quando está a ler um livro ou mesmo quando está a mexer no seu smartphone. A saber:

1.Dormir num colchão demasiado mole.
“Escolha um modelo de colchão mais firme, ao invés de um demasiado mole. A chave para um bom colchão é aquele que mantém a coluna naturalmente alinhada e por isso os colchões muito macios ao moldarem-se demasiado com o peso do corpo não proporcionam um bom suporte à coluna, afundando-a e gerando desconforto. Além disso, pode também causar tensão nos músculos, ligamentos e articulações.” O especialista recomenda ainda que se o seu colchão tiver mais de 8 anos, deve ser mudado até porque os materiais se vão desgastando e diminuindo o apoio que dão ao seu corpo e às costas.

2.Andar com a mala demasiado pesada.
As malas demasiado cheias e com excesso de peso, especialmente as de senhora que por hábito andam muito carregadas, podem estar a prejudicar a sua zona lombar. Isto faz com que o seu corpo fique desequilibrado e um dos ombros fique mais elevado que o outro levando a uma tensão na coluna. De acordo com o Luís Teixeira: “O gesto mais prejudicial acontece quando de forma abrupta retiramos a mala do ombro e isso obriga a que o corpo vire e se torça repentinamente. O truque é optar por utilizar uma mala mais pequena, já que a tentação é sempre a de enchê-la com o máximo de coisas possível.” Refere.

3.Os sapatos que calça.
Aqueles sapatos da última estação outono-inverno podem não ser a escolha mais aconselhada para a saúde da sua coluna. “A estabilidade é um fator muito importante para atingir um melhor equilíbrio com a mala ou qualquer outro acessório mais pesado que estejam a carregar” refere o cirurgião ortopédico e presidente da Spine Matters – Proteja a Sua Coluna. Ao mesmo tempo que anda com saltos altos, a mulher pode adotar uma postura em que a coluna fica arqueada, bem como as sandálias rasas ou as sabrinas que podem fazer com que os pés se movam cada um para o seu lado levando a uma desigual distribuição do peso do corpo.

4.Estar agarrado ao telemóvel o dia todo
Quem passa muito tempo ao telemóvel, a enviar mensagens, no Facebook ou a verificar e mails, anda a exercer demasiada pressão na coluna cervical. Segundo um estudo, publicado na revista Surgical Technology International, a força exercida no pescoço de um adulto quando está a olhar para baixo, em direção ao telemóvel, pode também ser um dos motivos para as dores nas costas. “A posição que o seu pescoço faz enquanto escreve ao telemóvel, arqueando-o, agrava a tensão na coluna. Tenha sempre em atenção a posição da sua cabeça, tentando mantê-la numa posição mais reta enquanto utiliza um qualquer dispositivo móvel.” Aconselha o mesmo especialista.

5.Guardar a carteira no bolso de trás das calças.
Segundo um estudo da BMC Musculoskeletal Disorders, os homens que habitualmente deixam sempre a sua carteira guardada no bolso das calças podem sofrer com isso, sem que reparem. “O facto de estarem grande parte do dia sentados sobre um bolso volumoso pode levar a uma pressão nos músculos situados logo abaixo da coluna podendo mesmo causar dores incomodativas.” Explica Luís Teixeira.

6.Utilizar um soutien sem suporte.
Este é um erro bastante frequente entre a maioria das mulheres e que pode ter consequências. “Se o seu soutien não oferece o suporte que o seu peito necessita ou está a utilizar um tamanho ou um modelo que não é o adequado para si, isso pode também contribuir para que sofra de um mal-estar nas costas, ombros e pescoço.” Remata Luís Teixeira que aconselha que as mulheres se certifiquem de que estão a usar o soutien certo para a sua fisionomia e que se aconselhem com as profissionais das lojas de roupa interior sempre que possível.

16 de Outubro - Dia Mundial da Coluna
Campanha "Olhe Pelas Suas Costas" alerta para os riscos de ficar muito tempo sentado ou levantar pesos no local de...

Transportar materiais pesados, fazer movimentos repetitivos ou estar sentado durante longos períodos de tempo são exigências da vida profissional que, segundo o jornal Público, podem trazer consequências a longo prazo para a saúde. O alerta é feito pela campanha “Olhe Pelas Suas Costas”, que pretende sensibilizar para os riscos inerentes a atitudes incorretas no local de trabalho, no âmbito do Dia Mundial da Coluna, que se assinala a 16 de Outubro.

“As dores nas costas representam uma das principais causas de absentismo laboral em todo o mundo e são um dos principais motivos de visita ao médico”, alerta Paulo Pereira, neurocirurgião e coordenador nacional da Campanha Olhe Pelas Suas Costas, que explica ainda que as dores nas costas podem surgir tanto em empregos sedentários, como naqueles que exigem maior esforço físico.

O risco está em fazer “movimentos repetitivos”, característicos nas profissões que exigem grande esforço físico, ou em “ficar sentado durante longos períodos de tempo”, podendo “provocar lesões na coluna vertebral”, explica Paulo Pereira.

Em comunicado, os intervenientes da campanha lembram que, de acordo um relatório do Observatório do Risco da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, “Portugal está entre os países europeus com mais trabalhadores com problemas do foro músculo-esquelético provocados pela atividade física desenvolvida no trabalho”. Outro estudo realizado no âmbito desta campanha indica que “28,4% dos portugueses referem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou comprometida de alguma forma pelo facto de terem dores nas costas e mais de 400 mil portugueses, em cada ano, faltam ao trabalho por este motivo”.

De forma a minimizar os riscos de dores nas costas, quem trabalha durante largas horas em frente ao computador deve “sentar-se com os joelhos um pouco mais altos que as ancas, colocar o monitor ao nível dos olhos e fazer pequenos intervalos, levantar-se e dar alguns passos periodicamente”, lembram os responsáveis pela campanha Olhe Pelas Suas Costas. Já quem costuma carregar objetos pesados no trabalho, “deve optar por segurá-los perto do corpo e, se possível, obter ajuda para o transporte de forma a distribuir a carga”, aconselhando-se também o uso de calçado adequado e a realização de curtas caminhadas para exercitar os músculos.

A campanha Olhe Pelas Suas Costas conta com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia, da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia.

Estudo sugere
Um determinado tipo de bactéria presente no muco vaginal pode tornar certas mulheres mais resistentes à infeção pelo HIV, o...

O muco da vagina e do colo do útero pode agir como uma barreira contra micro-organismos causadores de doenças, escreve o Diário Digital. Segundo investigadores da Universidade da Carolina do Norte, uma espécie particular de bactéria, chamada de Lactobacillus crispatus, seria capaz de exercer uma espécie de barreira contra o HIV.

Eles chegaram à conclusão após analisar amostras de mucos de 31 mulheres em idade reprodutiva. Em laboratório, ficou claro que a presença desse tipo específico de bactéria fazia com que o muco “prendesse” as partículas de HIV. Os cientistas não sabem, ainda, como é possível aumentar a população desse micro-organismo na vagina das mulheres. As informações são do site ScienceDaily.

Trata-se de um estudo pequeno, feito somente em laboratório, mas a descoberta pode abrir caminho para novas formas de reduzir o risco ou mesmo bloquear a transmissão vaginal do HIV.

O que se tem certeza, até agora, é que determinadas DST, como a vaginose provocada pela, podem facilitar a infeção pelo HIV. Portanto, evitar essas doenças também é uma maneira de se proteger contra o vírus da sida.

Estudo faz ranking de cuidados paliativos no mundo
Veja como ficou classificado Portugal na lista dos melhores países para se morrer.

Existem muitas listas que mostram os lugares com melhor qualidade de vida, escreve o Diário de Notícias, mas o estudo do instituto Economist Intelligence Unit é um dos poucos que mostra os lugares com melhor "qualidade de morte". O Quality of Death Index avalia os países onde se morre com mais conforto e atenção médica. Na versão mais recente, o Reino Unido surge em primeiro lugar. Portugal aparece em 24º.

O relatório, que é o segundo sobre o tema, atualizando e completando a primeira edição publicada em 2010, mostra que o Reino Unido é o melhor país onde morrer, proporcionando mais conforto nos últimos dias de vida. Seguem-se-lhe a Austrália, a Nova Zelândia, a Irlanda e a Bélgica. Os países mais bem colocados na lista são os mais ricos, mas o Economist Intelligente Unit fez rankings separados para permitir comparar também entre si os países de rendimento médio e de rendimento inferior.

Portugal surge em 24º lugar no ranking de "qualidade de morte" organizado pelos investigadores, entre Espanha e Israel. No perfil que fizeram aos cuidados paliativos em Portugal, os investigadores destacam que o seu desenvolvimento se encontra num estado "adequado", com transparência crescente no que toca a divulgar as informações aos doentes. Apesar do número insuficiente de profissionais de cuidados de saúde dedicados ao final de vida, os investigadores sublinharam, porém, que existem mais oportunidades de formação para quem queira trabalhar nessa área. Elogiaram ainda a gratuitidade do sistema de saúde e do apoio psicológico aos doentes terminais.

Entre os países de médio rendimento, destacam-se a Costa Rica, o Panamá e a Argentina. E uma das grandes surpresas da lista, destaca a Quartz, é a Mongólia, o país mais bem colocado entre os de baixo rendimento, que apesar disso é um país com melhores condições na morte do que a maioria dos países de rendimento médio, incluindo o Brasil, a África do Sul e a Hungria. A qualidade dos cuidados paliativos na Mongólia, que surge em 28º na lista, deve-se principalmente ao trabalho da pediatra Odontuya Davaasuren, que fundou a Sociedade de Cuidados Paliativos da Mongólia, mesmo antes de existir terminologia no país para descrever os cuidados paliativos.

Para criar o ranking, os investigadores basearam-se em vários critérios: o ambiente dos cuidados paliativos em particular e dos cuidados de saúde em geral; os recursos humanos; o preço e a qualidade dos cuidados paliativos; e o envolvimento na comunidade em geral. Para tirarem as suas conclusões, estudaram os dados oficiais de cada estado, e realizaram entrevistas com peritos em cuidados paliativos.

Despertares
Portugal e oito países assinalaram primeiro Dia Europeu do Despertar, dedicado às vítimas de coma e às suas famílias.

Se tivesse de fazer um filme da sua vida, Paulo Sequeira, 48 anos, teria uma tela a negro quando chegasse a dezembro de 2005, escreve o Diário de Notícias. Lembra-se de jantar em casa dos pais, de ir no carro com a agora ex-mulher e os dois filhos, na altura com oito e dez anos... e de mais nada. Foram abalroados por um carro que os lançou para fora da estrada. Sabe porque lhe contaram, como também contaram que o outro condutor ia com álcool e que morreu.

"Estive três semanas em coma. Mas só comecei a ter consciência um mês e meio depois. Não me lembro de nada enquanto estive no hospital de Santa Maria e em Leira só começo a ter memória da segunda semana. Fiquei muito admirado porque tinha uma cama com grades ao meu lado", conta Paulo. Ontem esteve na conferência que se realizou na escola Nacional de Saúde Pública, para assinalar o primeiro Dia Europeu do Despertar, dedicado a quem passou pelo coma.

Portugal juntou-se a nove países europeus: Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Grécia, Itália, Lituânia e Espanha. A iniciativa está relacionada com o projeto Lucas, coordenado por uma organização não governamental italiana, que tem como objetivo criar uma rede europeia de partilha de informação e experiências e tem o apoio do Parlamento Europeu.

Estudo
Níveis elevados de atividade física parecem estar relacionados com um menor risco de insuficiência cardíaca, diz novo estudo. E...

É provável que já se tenha habituado à ideia feita de que 30 minutos de exercício físico por dia é o suficiente para um estilo de vida saudável e um coração mais descansado. Parece que afinal, pode não ser bem assim, escreve o Observador. Um novo estudo divulgado esta segunda-feira na publicação científica Circulation vem mostrar que esse tempo de exercício pode não chegar, escreve o Washington Post.

Os investigadores tiveram em conta 12 estudos que envolveram um total de 370,460 homens e mulheres com diferentes níveis de atividade física. O grupo foi acompanhado ao longo de 15 anos e durante esse período de tempo registaram-se 20,203 insuficiências cardíacas. E como cada um dos participantes reportou diariamente as suas atividades, os investigadores puderam calcular/estimar a quantidade de exercício em causa.

Resultados? Quem segue a linha de orientação apostada nos 30 minutos de exercício diário tem “reduções modestas” no que a insuficiências cardíacas diz respeito, por oposição a quem não faz qualquer tipo de exercício. Mas a probabilidade de vir a sofrer do coração diminui consideravelmente para quem exercita duas a quatro vezes mais (20 e 35%, respetivamente).

Concluindo, níveis mais altos de atividade física parecem estar relacionados com um menor risco de insuficiência cardíaca, uma suposição que não discrimina idade, sexo ou raça.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro vai organizar em Coimbra uma conferência, a 12 e 13 de novembro, sobre “cancer patient...

A Liga quer propor um debate, envolvendo diferentes intervenientes, sobre a implementação de “patient advocacy” em Portugal, um conceito que aborda "a medicina centrada no doente, a participação do doente na decisão do diagnóstico e do tratamento e a proteção do doente em relação ao erro em saúde", disse à agência Lusa o presidente do núcleo regional do Cento da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Carlos Oliveira.

O conceito, nascido nos Estados Unidos nos anos 1950, aborda a defesa e proteção dos doentes, mas não só, referiu Carlos Oliveira, considerando importante abordar este conceito em Portugal, em especial para doenças crónicas, como é o caso do cancro.

"A importância é centrar a medicina e os cuidados médicos no doente e não na doença", salientou Carlos Oliveira, frisando que atualmente "os médicos estão mais preocupados em tratar doenças do que em tratar doentes", sendo que "pouco ou nada está feito" no sentido de inverter essa situação.

No caso do cancro, a participação do doente na decisão "é muito importante, porque em diferentes situações há diferentes tipos de tratamento com o mesmo resultado final, mas com consequências diferentes, e o doente tem de interferir na decisão", esclareceu, sublinhando que é necessário que se afaste da ideia, muitas vezes presente no doente, de que "o senhor doutor é que sabe e é que decide".

"Muitas vezes, os médicos esquecem-se de que o doente está preocupado com a doença que tem, que pode ter problemas no seio familiar, no emprego ou na aceitação da própria doença", sendo que o “patient advocacy” pode ajudar a encarar o doente "no seu ambiente, na sua globalidade".

O próprio conceito poderá ajudar a educar os doentes para estes perceberem "porque devem ajudar na decisão e não devem deixar exclusivamente no médico a decisão", apontou Carlos Oliveira.

Por agora a Liga ainda não sabe como poderá ser implementado o “patient advocacy” em Portugal, sendo a conferência que se realiza em novembro uma oportunidade para se encontrarem "respostas" e modelos de atuação, explanou.

Na conferência, que decorre no Hotel Vila Galé, vão estar diversas instituições representadas, como Faculdades de Medicina, Ordem dos Médicos e dos Enfermeiros, o Centro de Direito Biomédico da Universidade de Coimbra, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Direção-Geral da Saúde, Infarmed ou a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, entre outras entidades.

Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus
A depressão é mais prevalente nos diabéticos do que na população geral, o que muitas vezes compromete a adesão à terapêutica,...

Este é um dos principais temas em destaque na 10ª Reunião do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM), que decorre nos dias 9 e 10 de Outubro, em Viseu.

Segundo Edite Nascimento, coordenadora destas jornadas, “sendo a diabetes mellitus uma doença crónica, com implicações em todos os órgãos e sistemas orgânicos, é fácil de perceber o motivo pelo qual a depressão é também mais prevalente neste grupo populacional”.

A médica internista explica ainda que quando a depressão surge no evoluir da doença, muitas vezes fica “comprometida de forma séria” a adesão terapêutica e o doente fica mais exposto ao aparecimento de complicações resultantes do agravamento metabólico associado.

A diabetes gestacional será outro dos assuntos a debater neste encontro, já que muitas mulheres correm risco de desenvolver diabetes durante a gravidez, com normalização dos valores de glicemia após o parto.

No entanto, “o aparecimento de diabetes durante a gestação pode trazer riscos acrescidos para a mãe e para a criança, nomeadamente maior taxa de malformações do feto, macrossomia e complicações várias durante o parto”, alerta a responsável.

As novas terapêuticas para o tratamento da diabetes também vão estar em foco, sendo que em Portugal existe já um grande número de opções terapêuticas ao dispor dos médicos para tratarem as pessoas com diabetes de forma mais individualizada, afirma Edite Nascimento, mostrando-se preocupada com o impacto da diabetes mellitus no país.

Portugal é o país da Europa com a taxa de prevalência de diabetes mais elevada, atingindo mais de um milhão de portugueses, segundo o último relatório anual do Observatório Nacional da Diabetes, mais especificamente 13% da população entre os 20 e os 79 anos, de acordo com o relatório de Saúde de 2014, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Além disso, são diagnosticados todos os anos 60 mil novos casos e sabe-se hoje que 27% da população portuguesa apresenta um risco de desenvolver diabetes no futuro.

Edite Nascimento alerta que “se nada for feito, o número de casos vai aumentar muito no futuro”.

O número crescente de casos diagnosticados e de complicações relacionadas com esta doença tem repercussões económicas, sociais e individuais difíceis de contabilizar.

O tratamento da diabetes e das suas complicações representa cerca de 10% da despesa de saúde em Portugal, o que corresponde a cerca de 1% do Produto Interno Bruto.

Só a diabetes (excluindo custos indiretos, pessoais e sociais) tem um custo direto em saúde estimado entre os 1.250 e os 1.500 milhões de euros (entre 8 e 9% das despesas em saúde).

Peritos destacam
Os estudos dos mecanismos reparadores do ADN, que valeram o Prémio Nobel da Química a três cientistas estrangeiros, são...

"As lesões no ADN são, provavelmente, a causa mais comum de cancro. Se não tivéssemos esta capacidade de reparar o ADN, o que teríamos era cancro por todo o corpo, tumores a aparecerem em todas as partes do corpo", assinalou o investigador Sérgio Almeida, do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa.

As pessoas que "têm mutações nalguns dos genes que estão envolvidos nos mecanismos" de reparação da informação genética "desenvolvem cancro com muita frequência", sublinhou.

O investigador esclareceu que as células "dispõem de várias estratégias para reparar diferentes tipos de lesões que afetam o ADN", permitindo prevenir a acumulação de mutações ou erros genéticos que podem levar ao aparecimento de cancro.

Sérgio Almeida, também professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, compara os mecanismos de reparação do material genético existentes nas células a uma caixa de ferramentas, em que a chave de fendas, o alicate ou o martelo são usados consoante o tipo de falha a consertar.

Se a reparação do ADN previne o aparecimento de cancro, também ajuda no seu tratamento.

O investigador explicou que a quimioterapia introduz danos no ADN que, depois, "a célula cancerígena não tem capacidade para reparar", não lhe restando outra alternativa senão morrer.

Pedro Baptista, professor no Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, sustentou que a compreensão dos mecanismos que estão na origem dos erros genéticos pode ajudar na prevenção, por exemplo do cancro da pele.

"O excesso de radiação ultravioleta leva à formação de alterações químicas no ADN. Se evitarmos a exposição ao Sol e se a alimentação for rica em antioxidantes, conseguimos diminuir a probabilidade de acontecer estes erros, estamos a ajudar estes mecanismos de reparação a manter o texto [ADN] sem erros", afirmou.

O docente compara o ADN a um livro de instruções, neste caso para as células. As letras são os genes, sendo que os mecanismos de reparação do ADN funcionam como corretores ortográficos.

"A célula tenta corrigir o erro, substituir a letra por uma igual ou por outra que tenha significado, ou usar uma parte do restante texto que esteja correto", ilustrou.

Para Pedro Baptista, "conhecer estes mecanismos de reparação, e conhecer os processos que os desencadeiam, permite desenvolver novos alvos terapêuticos".

A Real Academia Sueca das Ciências distinguiu hoje com o Prémio Nobel da Química os investigadores Thomas Lindalh, Paul Modrich e Aziz Sancar pelos estudos dos mecanismos que permitem a reparação de ADN.

Os três investigadores, de acordo com o Comité Nobel, conseguiram mapear, a nível molecular, a forma como reparar as células danificadas, permitindo também salvaguardar a informação genética.

No Halloween
O Halloween (Dia das Bruxas) aproxima-se rapidamente e o visual perfeito requer muita imaginação, um guarda-roupa a rigor, uma...

O uso de lentes de contacto, mesmo que por motivos cosméticos, exige que o utilizador recorra a um profissional da visão para avaliar as condições de viabilidade. “Em períodos festivos como o Halloween é frequente assistir a um aumento da procura de lentes coloridas, o que demonstra que os utilizadores estão sensibilizados para os benefícios do recurso aos profissionais da visão, para assegurar a sua saúde ocular. O processo de adaptação de lentes de contacto deve ser conduzido por um profissional da visão, pois estão envolvidos vários fatores que devem ser considerados sob o risco de pôr em causa a saúde ocular, no momento da escolha da lente ideal“ comenta a Dra. Diana Lourenço, optometrista da Optica Boavista, no Porto.

A Alcon recolheu um conjunto de recomendações para prevenir as consequências de uma utilização incorreta de lentes de contacto:

1.- Lavar sempre as mãos. Antes de manusear, colocar ou retirar as lentes de contacto, as mãos devem estar bem lavadas com um sabão neutro que não contenha óleos, creme ou perfume e devem estar secas com uma toalha limpa.

2.- No caso de utilizar cosméticos, a maquilhagem deve ser feita depois de colocar as lentes de contacto. Da mesma forma, só se deverá desmaquilhar depois de retirar as lentes de contacto.

3.- Evitar produtos que contenham aerossol. Evite utilizar produtos como laca para o cabelo antes de colocar as lentes de contacto, pois o aerossol pode causar irritação e ardor nos olhos

4.- No caso de retocar a maquilhagem, não utilizar saliva; Nunca utilize saliva com as suas lentes de contacto.

5.- Cuidar da higiene das lentes. É muito importante limpá-las corretamente com produtos de limpeza e manutenção após cada utilização. Enxaguá-las com uma solução desinfetante que elimine os depósitos de proteínas e lípidos que se possam ter acumulado;

6.- Não dormir com as lentes de contacto. Depois da festa retire-as antes de se deitar.

7.- Substituir as lentes de contacto de acordo com as indicações de uso dadas pelo profissional da visão. Se forem lentes reutilizáveis, deve realizar a limpeza e manutenção adequadas.

8.- A hidratação do olho humano é essencial para a visão. Caso existam problemas de secura ocular, consultar um profissional da visão.

9.- Comprar as lentes de contacto apenas em locais autorizados e sob a supervisão de um profissional da visão;

10.- Não partilhar as lentes. As lentes de contacto são de uso individual.

Air Optix® Colors1 dão cor ao Halloween
Uma opção ideal para dar um novo colorido complementar o visual de Halloween e assegurar a boa saúde ocular são as lentes de contacto AIR OPTIX® COLORS sem graduação. As lentes de contacto AIR OPTIX® COLORS apresentam uma vasta gama de cores, que vai desde os tons mais subtis (Pure Hazel, Blue, Green, Grey, Brown) a cores mais vibrantes (Honey, Brilliant Blue, Gemstone, Green, Sterling Grey), ideais para destacar os seus olhos e fazer o contraste com a maquilhagem.

A tecnologia exclusiva lentes de contacto AIR OPTIX® COLORS sem graduação permite uma elevada transmissibilidade ao oxigénio2, mantendo a saúde ocular.

A Alcon também disponibiliza uma ferramenta online, em www.airoptixcolors.pt, onde pode experimentar toda a gama de cores e escolher a que mais se adequa à fantasia escolhida para o Halloween.

Referências
1.- Refere-se a lentes de contacto sem graduação. Alcon, AIR OPTIX, o logo AIR OPTIX e o logo ALCON são marcas registadas da Novartis AG. ©2015 Novartis. CIBA VISION® é agora parte da Alcon®, uma divisão da Novartis AG. Material revisto em setembro de 2015 Alcon Portugal-Produtos e Equipamentos Oftalmológicos, Lda. NIPC.501 251 685, Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, n.º 10E Taguspark 2740-255 Porto Salvo.
2.- Dk/t = 138 @ -3.00D. Outros fatores poderão afetar a saúde ocular. Baseado no rácio de transmissibilidade de oxigéneo das lentes; dados de arquivo da Alcon.I11510386626

Sobre a Alcon
A Alcon, empresa líder a nível mundial em cuidados de saúde visual, disponibiliza uma vasta gama de produtos inovadores que melhoram a qualidade de vida, ajudando pessoas de todo o mundo a ver melhor. As três áreas de negócio da Alcon - Cirúrgica, Produtos Farmacêuticos e a divisão de consumo Vision Care, oferecem o mais amplo espetro de produtos de cuidados oculares do mundo. A Alcon é uma divisão do Grupo Novartis, com vendas pro forma de 10.800 milhões de dólares em 2014. Sediada em Fort Worth, no Texas, EUA, a Alcon tem mais de 25.000 colaboradores em todo o mundo, operações em 75 países e produtos disponíveis em 180 mercados. Consulte informações adicionais em www.alcon.com

Sobre a Novartis
A Novartis proporciona soluções para o cuidado da saúde de acordo com as necessidades dos doentes e da comunidade. Sediada em Basileia, Suíça, a Novartis proporciona uma gama diversificada para satisfazer estas necessidades: medicamentos inovadores, tratamentos oculares e medicamentos genéricos de alta qualidade, sem prescrição médica. A Novartis é o único grupo mundial com uma posição de liderança nestas áreas. A 31 de Dezembro de 2014 as empresas do grupo Novartis contaram com uma equipa de aproximadamente 133.000 associados e estão presentes em mais de 180 países em todo o mundo. Consulte informações adicionais em http://www.novartis.com

Sanofi e a Regeneron anunciam
A Sanofi e a Regeneron Pharmaceuticals, Inc. acabam de anunciar que a Comissão Europeia aprovou a autorização de introdução no...

Este novo fármaco é um inibidor da PCSK9 (pró-proteína convertase subtilisina/quexina tipo 9) aprovado pela Comissão Europeia (CE) e está disponível em duas doses iniciais como uma injeção de administração única de 1 mililitro (mL) (75 mg e 150 mg) uma vez a cada duas semanas, oferecendo dois níveis de eficácia. Estará disponível numa caneta pré-cheia de dose única que os doentes autoadministram.

A CE aprovou este medicamento para doentes adultos com hipercolesterolémia primária (hipercolesterolémia familiar heterozigótica - HeFH e não familiar) ou dislipidemia mista como adjuvante da dieta: a) em combinação com uma estatina ou estatina com outros fármacos hipolipemiantes em doentes que não conseguem alcançar os valores alvo de colesterol LDL com a dose máxima tolerada de estatina ou b) isoladamente ou em combinação com outros fármacos hipolipemiantes em doentes intolerantes à estatina ou para quem a estatina é contraindicada. O efeito deste inibidor da PCSK9 na morbilidade e mortalidade cardiovascular (CV) ainda não foi determinado.

Alberto Mello e Silva, especialista em Medicina Interna e Cardiologia, afirma que “este medicamento representa uma inovação terapêutica importante na medida em que a PCSK9 é claramente um alvo para o desenvolvimento de novas terapêuticas hipolipemiantes e a sua inibição, induzida farmacologicamente com anticorpos monoclonais, reduz muito substancialmente os níveis do c-LDL e melhora o perfil de outras frações lipídicas.

A PCSK9 é um regulador hepático dos recetores LDL (LDL-R) e por essa via tem um papel chave na homeostasia do metabolismo do colesterol. A redução do risco cardiovascular observada entre os indivíduos com um déficit da expressão/função de PCSK9, levou ao desenvolvimento de diferentes estratégias para neutralizar a pró-proteína convertase subtilisina/quexina tipo 9 e assim, elevar os níveis de LDL-R no fígado com uma consequente diminuição dos níveis circulantes de c-LDL.

Os primeiros resultados de estudos clínicos com anticorpos monoclonais anti-PCSK9 confirmam a sua eficácia na redução dos níveis do c-LDL. Aguardamos os estudos clínicos a longo prazo para se saber se os efeitos benéficos da inibição PCSK9 nos níveis do c-LDL, se traduzem numa opção terapêutica eficaz e segura, para uma diminuição do risco e de eventos cardiovasculares.”

O colesterol elevado é um problema de saúde preocupante na Europa. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Europa tem a maior prevalência per capita de colesterol elevado no mundo (54%), seguida da Região das Américas (48%). O colesterol LDL elevado é um grande fator de risco para a doença cardiovascular (DCV), sendo esta a principal causa de morte em todo o mundo. Infelizmente, apesar do tratamento padrão atual, incluindo estatinas e/ou outros fármacos hipolipemiantes, muitos europeus continuam a ter um colesterol LDL inadequadamente controlado, incluindo os que possuem HeFH, elevado risco CV e/ou antecedentes de intolerância às estatinas. Para alguns destes doentes, são necessárias opções de tratamento adicionais a fim de reduzir o colesterol de forma mais agressiva.

Câmara de Cascais
A Câmara Municipal de Cascais vai comprar os terrenos e edifícios do antigo hospital Condes de Castro Guimarães por 3,5 milhões...

A escritura de compra e venda vai ser assinada hoje ao fim da tarde entre a autarquia e o Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social e insere-se no acordo-quadro para a cooperação e delegação de competências do Estado no município de Cascais.

Fonte da autarquia disse que foi também no âmbito deste acordo-quadro que a câmara adquiriu o autódromo do Estoril.

Frisando que ainda “não há uma decisão final” do que vai ser feito naquele espaço, a mesma fonte indicou que será sempre para fins sociais.

De acordo com a escritura, o pagamento será feito em 60 prestações, durante 20 anos, sendo a primeira paga hoje.

Está ainda estipulado que, se a câmara destinar ao imóvel qualquer outro fim que não o social, o valor aumenta para 5,4 milhões de euros.

Segundo a fonte da autarquia, o terreno em questão situa-se mesmo no centro de Cascais, tem quase quatro mil metros quadrados e uma grande área de construção e tem estado entaipado há vários anos.

Nobel da Química
A Real Academia Sueca das Ciências distinguiu com o Prémio Nobel da Química os investigadores Thomas Lindalh, Paul Modrich e...

Lindalh, sueco de 77 anos, está ligado do Instituto Francis Crick e ao Laboratório Clare Hall, ambos no Reino Unido, Modrich, norte-americano de 69 anos, à Escola de Medicina da Universidade de Duke (EUA), e Sancar, turco, também de 69 anos, da Universidade da Carolina do Norte (EUA).

Os três investigadores, segundo o Comité Nobel, conseguiram, através de uma espécie de "caixa de ferramentas de reparação de ADN", mapear, a nível molecular, a forma como reparar as células danificadas, permitindo também salvaguardar a informação genética.

"O trabalho desenvolvido (pelos três investigadores) forneceu conhecimento fundamental sobre como funciona uma célula viva e pode ser usada, por exemplo, no desenvolvimento de novas terapias contra o cancro", justifica o Comité Nobel, em comunicado.

Segundo o documento, o ADN é, diariamente, danificado pelas radiações ultravioleta, por radicais livres (quando a molécula "atacada" perde o seu eletrão, torna-se um radical livre em si, iniciando uma reação em cadeia) ou por outros agentes cancerígenos.

"No entanto, mesmo sem esses ataques externos, a molécula de ADN é intrinsecamente instável", lê-se no comunicado, salientando que, diariamente, ocorrem milhares de alterações espontâneas num genoma celular.

Paralelamente, também podem surgir alterações quando o ADN é copiado durante a divisão de uma célula, processo que acontece vários milhões de vezes por dia no corpo humano.

"A razão pela qual o nosso material genético não se desintegra num completo caos químico passa pelo facto de um conjunto de sistemas moleculares monitoriza e repara continuamente o ADN. O Prémio Nobel da Química de 2015 premeia estes três cientistas pioneiros que mapearam a forma como funcionam muitos destes sistemas de reparação a um nível molecular bastante pormenorizado", lê-se no comunicado.

O documento lembra que, no início da década de 1970, os cientistas acreditavam que o ADN era uma molécula extremamente estável.

Tomas Lindahl, porém, demonstrou que o ADN se deteriora de tal forma que devia tornar impossível o desenvolvimento de vida na terra, perspetiva que levou Lindahl a descobrir uma espécie de "maquinaria molecular" que contraria constantemente o colapso do ADN.

Aziz Sancar, por seu lado, mapeou a reparação da excisão nucleótideo, o mecanismo que as células utilizam para reparar os estragos provocados pelos raios ultravioleta no ADN.

As pessoas que nascem com esta deficiência poderão desenvolver com maior probabilidade o cancro da pele na sequência de uma exposição ao sol. A célula também recorre à reparação da excisão nucleótideo para corrigir os defeitos causados por substâncias mutagénicas.

Por sua vez, Paul Modrich demonstrou como a célula corrige erros que ocorrem quando o ADN é replicado durante a divisão de uma célula.

Este mecanismo reduz a frequência do erro durante a replicação do ADN mais de mil vezes.

Os defeitos congénitos da falta de uma reparação das células podem provocar frequentemente uma variante hereditária do cancro do cólon.

Existente desde 1901, o Nobel da Química de 2015 foi o 21º prémio a distinguir três investigadores, laureando por 23 vezes dois e 63 vezes um, para um total de 172 laureados.

Dos 172 laureados com o Nobel da Química, apenas quatro são mulheres: Marie Curie (1911, que também ganhou o Nobel da Física em 1903), Irène Joliot-Curie (1935, filha de Marie Curie), Dorothy Crowfoot Hodgkin (1964) e Ada Yonath (2009).

Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução
As primeiras guidelines para a preservação da fertilidade em doentes com cancro vão estar em debate nas XXXIII Jornadas...

Nos dias 16 e 17 de outubro, no Centro Cultural Vila Flor em Guimarães, vários especialistas nacionais e internacionais de Medicina da Reprodução e de Oncologia vão reunir-se para analisar as controvérsias e benefícios da preservação da fertilidade em doentes oncológicos.

A realidade atual, os desafios éticos e legais, as implicações no sexo feminino e masculino da preservação da fertilidade em doentes oncológicos serão alguns dos temas em debate no encontro.

São cada vez mais os casos de pessoas que ainda não tiveram nenhum filho ou todos os que desejam, e que são atingidas por um cancro com a possibilidade de afetar a sua fertilidade. Esta situação deve-se sobretudo a dois fatores: ao aumento da incidência do cancro; ao aumento do número de casais que adiam a idade da primeira gravidez” alerta a Prof.ª Teresa Almeida Santos, Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução.

Universidade do Porto
A investigadora da Universidade do Porto Isabel Silva foi premiada com um trabalho que propõe um novo mecanismo para o...

Isabel Silva, estudante do Programa Doutoral em Ciências Biomédicas do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), foi distinguida com o prémio da “Melhor Comunicação-Painel em Investigação Clínica” apresentada na Reunião Mundial da International Society for Autonomic Neuroscience (ISAN), uma sociedade científica composta por investigadores especializados no estudo do Sistema Nervoso Autónomo.

Em comunicado, a Universidade do Porto esclarece que este mecanismo, pela primeira vez descrito e com aplicabilidade prática, originará o desenvolvimento de um futuro medicamento.

A hiperplasia prostática benigna, frequente em homens com mais de 50 anos, pode provocar estreitamento da uretra e dificultar o fluxo da urina. Como a bexiga não se despeja por completo em cada micção, tem de urinar com maior frequência, sobretudo à noite (nictúria) e a necessidade torna-se cada vez mais imperiosa.

Intitulado “Blockage of UDP-sensitive P2Y6 receptors as a novel therapeutic strategy to control urine storage symptoms in men with bladder outlet obstruction”, o estudo apresentado pela investigadora portuense foi realizado no âmbito da colaboração entre o Laboratório de Farmacologia e Neurobiologia do ICBAS, o Centro para a Descoberta de Fármacos e Medicamentos Inovadores (MedInUP) do ICBAS e o Serviço de Urologia do Centro Hospitalar do Porto (CHP).

De acordo com a Universidade do Porto, a curto/médio prazo o foco principal deste trabalho, já publicado na revista Autonomic Neuroscience: Basic and Clinical, é conseguir tratar a sintomatologia urinária persistente associada à irritabilidade da bexiga (mesmo após a remoção cirúrgica da próstata) com uma nova classe de medicamentos inovadores, eventualmente mais eficazes e com menos efeitos adversos que os usados habitualmente, cujo sucesso tem sido limitado devido aos seus efeitos adversos.

O trabalho de Isabel Silva esteve a concurso com mais de 300 comunicações provenientes de mais de 30 países, incluindo outras quatro comunicações do grupo de investigação liderado por Paulo Correia de Sá.

Os congressos da ISAN são reuniões de âmbito mundial. A edição deste ano decorreu em Stresa (Itália) entre os dias 26 e 29 de setembro e contou com a colaboração/patrocínio reforçados das Sociedades Europeia, Federation of European Autonomic Societies (EFAS), Americana, American Autonomic Society (AAS), e Japonesa, Japan Society of Neurovegetative Research (JSNR), de neurociências autonómicas, que são as mais prestigiadas neste âmbito do conhecimento.

Estudo
As lesões graves são uma das causas na origem de perturbações mentais em futebolistas profissionais, havendo maior incidência...

Para a realização do estudo, liderado pelo diretor médico da Federação Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPro), Vincent Gouttebarge, foram recolhidos dados de 607 futebolistas no ativo e 219 que já terminaram a carreira, divididos por 11 países membros da entidade, em três continentes distintos.

Destas 826 pessoas, 40% sofreu, pelo menos, uma lesão grave, no decorrer da carreira profissional, escreve o Sapo.

A investigação concluiu que os futebolistas em atividade que sofreram três ou mais lesões graves na carreira são duas a quatro vezes mais propensos a apresentar problemas do foro mental, em comparação com jogadores que não tenham sofrido lesões graves.

Segundo o estudo, a depressão e/ou ansiedade afeta 38% dos 607 futebolistas no ativo e 35% dos ex-futebolistas.

De resto, as taxas de depressão e ansiedade ligadas ao futebol são bastante mais elevadas do que em grupos representativos da população em geral, ou até mesmo de outros atletas de elite, que apresentam números entre os 13 e 17%.

A perturbação do sono, o stress e o consumo de álcool são outros sintomas apresentados no estudo, embora aqui haja maior incidência em ex-futebolistas, nomeadamente no que diz respeito aos problemas com o álcool: 25% contra nove.

OMS pede
A Organização Mundial da Saúde pediu mais esforços no atendimento médico aos adolescentes em todo o mundo, que são &quot...

"Os adolescentes não são nem adultos nem crianças, são um grupo da população que tem necessidades específicas e que estão debaixo de altos riscos", afirmou em Genebra o diretor do departamento de saúde da criança e do adolescente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Anthony Costello, ao apresentar novas recomendações, escreve o Sapo.

De acordo com Costello, há medidas que "os países, ricos ou pobres, podem adotar imediatamente para melhorar a saúde e o bem-estar dos adolescentes".

"Este grupo é particularmente vulnerável a certos problemas de saúde. As principais causas de morte entre adolescentes são os acidentes de trânsito, doenças relacionadas com a Sida e o suicídio", afirmou.

"Há países em que um entre cada cinco cidadãos é adolescente. Ainda assim, a maioria dos estudantes de Medicina e de Enfermagem forma-se sem ter consciência das necessidades específicas deste grupo", lamentou a especialista em saúde dos adolescentes da OMS, Valentina Baltag.

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