Relação com o doente
A comunicação é uma ferramenta fundamental na relação entre o profissional de saúde e o doente.

De acordo com Carlos Sequeira, professor da Escola Superior de Enfermagem do Porto e coordenador do livro “Comunicação Clínica e Relação de Ajuda”, “é através da comunicação que os profissionais de saúde conhecem os problemas das pessoas e propõem propostas terapêuticas”, sendo por isso  “fundamental a utilização da comunicação com rigor”.

Se por um lado é essencial que conheçam “em profundidade e utilizem estilos e técnicas de comunicação terapêuticas”, por outro, os profissionais de saúde devem ter ainda, na opinião deste especialista, “consciência do impacto que a comunicação pode ter ao nível da saúde e dos cuidados”.

O  livro “Comunicação Clínica e Relação de Ajuda”  surge, neste contexto, como um manual de aprendizagem, para profissionais, que visa melhorar a sua relação com o doente, tendo em vista a otimização de resultados ao longo de todo o processo terapêutico.

“Sempre que há interação humana há comunicação, e este novo livro é útil para garantir que, onde quer que haja interação em contexto clínico, a comunicação que  se estabelece deve ser terapêutica e de ajuda para as pessoas que necessitem”, explica Carlos Sequeira.

A comunicação para além de permitir ou facilitar o diagnóstico, funciona também como uma ferramenta que consegue potenciar o valor terapêutico de qualquer atividade do profissional de saúde. “Saber comunicar, habitualmente, é terapêutico”, revela. “Muitas vezes, situações de sofrimento podem ser aliviadas pela comunicação, através da escuta, do toque, etc”, justifica o professor.

Por outro lado, a comunicação pode influenciar o potencial terapêutico da atividade por via da confiança, da empatia ou da adesão. “Por exemplo, se um doente não confiar num profissional tem maior probabilidade de não seguir as suas orientações, tem maior probabilidade de procurar outra clínica (duplicando os cuidados)”, explica.

Neste contexto, é extremamente importante que o profissional de saúde seja capaz de identificar o seu interlocutor adequando a forma como comunica caso a caso. “É fundamental que o profissional de saúde se centre no outro e não utilize de forma constante o seu estilo de comunicação, independente do doente em interação”, afirma Carlos Sequeira, reforçando a ideia de que, deste modo, conseguirá ser mais empático e mais assertivo, acrescentando, sem qualquer sombra de dúvida, mais valor terapêutico às suas intervenções.

“Cada pessoa é única, com uma história de vida singular e quando adoece continua a ser única e singular. Por isso, um estilo de comunicação pode ser terapêutico para uma pessoa e não o ser para outra”, esclarece.

“Uma pessoa com uma experiência negativa relativa a uma intervenção cirúrgica prévia necessita de estratégias de comunicação diferentes de uma pessoa com uma experiência positiva”, demonstra o especialista.

Ao comunicar com o doente o profissional de saúde deve ter em conta não só a sua situação de saúde/ doença, mas também “o seu contexto, o seu estado de desenvolvimento, o seu estado emocional, o seu temperamento, as suas expetativas, a família, o impacto da situação para o seu futuro, as suas experiências anteriores, etc”. As variáveis são, por isso, muitas. “No entanto, o mais importante a ter em conta é tentar compreender a sua realidade e as suas principais necessidades”, reforça.

Fatores que influenciam a eficiência da comunicação

“O ambiente, a disponibilidade, a linguagem e vocabulário, a clareza e concisão, a oportunidade e relevância, o ritmo, a aparência pessoal, os gestos, a postura e as atitudes corporais, o contato visual, a expressão facial e a respiração”, são, de acordo com Carlos Sequeira, alguns dos fatores que promovem a relação médico/doente.

Tão importante como a comunicação verbal, a comunicação não-verbal tem a capacidade de aproximar os sujeitos.

A linguagem cinésica, por exemplo, “conhecida como a linguagem do corpo” pode ser, tal como explica o especialista,  “determinante para tranquilizar uma pessoa e para a criação de uma relação de confiança”.

“As configurações faciais demonstram estados afetivos, tendo sido descritas como: alegria, raiva, surpresa, desprezo, interesse”, apresentam uma importância fundamental em complemento à comunicação verbal.

No entanto, existem diversas barreiras que podem dificultar este processo de comunicação.

“As dificuldades são várias e dependem muito dos contextos e dos profissionais. Em termos genéricos consistem em dificuldades relacionadas com escassez de tempo/disponibilidade, inexperiência, falta de conhecimentos, dificuldades em gerir as emoções, dificuldades em gerir situações complexas, insuficiente formação, informação demasiado técnica, falta de atenção aos diferentes tipo de de ruídos na comunicação e privilegiar “o computador” em detrimento da pessoa”, refere.

Como consequência, Carlos Sequeira destaca a insatisfação dos utentes com a qualidade dos cuidados como um dos riscos de uma comunicação deficiente.

Por outro lado, podem ainda surgir erros de avaliação e diagnóstico ou dificuldades no processo de adaptação à doença.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Proteção Civil
O combate aos incêndios foi mais calmo esta noite, mas continuam a existir vários fogos que preocupam os bombeiros e cujo...

A noite de hoje foi menos violenta que a de quarta para quinta-feira devido à diminuição da intensidade do vento, disse hoje à agência Lusa Carlos Guerra, adjunto de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

“Em termos de condições meteorológicas foi melhor pois o vento foi mais calmo e permitiu-nos avançar um pouco com as operações de combate, o que não tinha sido possível na noite anterior porque tínhamos estado a fazer defesa das pessoas e habitações”, explicou.

Carlos Guerra adiantou que durante a noite os bombeiros conseguiram avançar sobretudo a norte em Viana do Castelo e em Braga com o domínio de alguns incêndios, mas a situação continua “muito preocupante”.

“Mantêm-se dois incêndios em Viana do Castelo [distrito], um no concelho de Caminha e outro no de Viana do Castelo que ainda não conseguimos dominar. Pensamos que durante o dia de hoje com a possibilidade de colocar meios aéreos pesados possamos evoluir e dominar estes e os outros incêndios”, disse.

Carlos Guerra deu ainda conta de um incêndio que deflagrou perto da 01:00 em Mondim de Basto, no distrito de Vila Real.

“Este fogo no Parque Natural do Alvão tem neste momento um conjunto de situações que nos podem vir a causar alguma preocupação e é também aquele onde vamos ter de agir já às primeiras horas do dia com meios aéreos”, disse.

O adjunto de operações da ANPC destacou também os quatro incêndios que lavram no distrito de Aveiro e que continuam a “preocupar” os bombeiros.

“Em Águeda temos neste momento 340 operacionais que vamos ter de reforçar de imediato às primeiras horas com meios pesados. Ontem não conseguimos usar os meios aéreos: de manhã por causa do vento e à tarde por causa da má visibilidade”, contou.

Também por dominar continua o fogo em Arouca, que segundo Carlos Guerra é o que tem maior perímetro e por isso os meios terão de ser reforçados.

“Quero ainda salientar um fogo em Sever do Vouga que surgiu ontem cerca da meia-noite, mas que evoluiu desfavoravelmente às primeiras horas da noite, o que obrigou a colocação de alguns operacionais no terreno e que também está a preocupar-nos”, disse.

Quanto ao de Anadia, que na quinta-feira levou à evacuação do hotel do Buçaco, o adjunto de operações disse que tem uma frente ativa com uma extensão de vários quilómetros e cujo combate vai ser também reforçado com meios aéreos.

Carlos Guerra adiantou ainda que durante a noite de hoje ainda houve necessidade de retirar pessoas de algumas povoações no distrito de Aveiro, mas a situação foi mais calma, tendo as populações regressado às habitações.

“Não há vítimas a registar, apesar dos nossos receios com a intensidade do vento, cujas rajadas chegaram a atingir 70 quilómetros por hora, tivemos apenas intoxicações e ferimentos ligeiros”, disse.

Carlos Guerra adiantou ainda que a circulação da Linha da Beira Alta, que na quinta-feira tinha sido suspensa no troço entre Santa Comba Dão e Carregal do Sal, devido a um incêndio, já foi restabelecida.

Instituto do Mar e da Atmosfera
Vinte e seis concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Porto e Braga apresentam hoje...

Os concelhos de Monchique (Faro), Mação, Sardoal (Santarém), Oleiros, Vila de Rei, Sertã (Castelo Branco), Pampilhosa da Serra, Góis, Oliveira do Hospital, Arganil (Coimbra), Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Miranda do Corvo (Coimbra), Sabugal, Celorico da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres e Aguiar da Beira (Guarda) estão hoje em risco ‘Máximo’ de incêndio, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Estão também em risco ‘Máximo' de incêndio os concelhos de Vila Nova de Paiva, Castro Daire, São Pedro do Sul, Castelo de Paiva, Marco de Canaveses, Valongo (Porto), Cabeceiras de Basto e Póvoa do Lanhoso (Braga)

O Instituto colocou também em risco ‘Muito Elevado’ e 'Elevado' de incêndio vários concelhos de todos os distritos (18) de Portugal continental.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre ‘Reduzido' e 'Máximo'.

O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 em cada dia, relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O IPMA prevê para hoje céu pouco nublado ou limpo, vento fraco a moderado do quadrante leste, rodando para o quadrante norte a partir do início da tarde, e sendo moderado a forte nas terras altas até meio da manhã e a partir do final da tarde. Prevê também uma pequena subida de temperatura no interior das regiões norte e centro.

Na Madeira está previsto céu em geral pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade nas vertentes norte da ilha, em especial até ao fim da manhã e vento moderado do quadrante norte.

Nos Açores a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas e vento fraco a bonançoso e possibilidade de aguaceiros fracos durante a madrugada e manhã em São Miguel e Santa Maria.

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 21 e 35 graus Celsius, no Porto entre 20 e 31, em Braga entre 17 e 36, em Viana do Castelo entre 18 e 32, em Vila Real entre 15 e 33, em Viseu entre 17 e 34, na Guarda entre 14 e 30, em Bragança entre 13 e 32, em Coimbra entre 21 e 35, Castelo Branco entre 20 e 36, em Santarém entre 19 e 39, em Évora entre 18 e 38, Beja entre 20 e 38, em Faro entre 23 e 33, no Funchal entre 20 e 26, em Ponta Delgada na Horta entre 20 e 26 e em Santa Cruz das Flores entre 21 e 27.

Agência Portuguesa do Ambiente
A Agência Portuguesa do Ambiente alertou hoje para a possibilidade de Portugal continental e a Madeira serem afetados por uma...

As previsões referem "a ocorrência de intrusão de massa de ar proveniente do Norte de África contendo partículas e poeiras em suspensão que poderão afetar a qualidade do ar hoje”, situação que pode prolongar-se para sexta-feira.

Trata-se de um fenómeno natural que afeta a qualidade do ar ambiente, e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) estima que pode contribuir para um aumento das concentrações de partículas em suspensão (PM10), mais intensas (entre 20 a 40 microgramas por metro cúbico - mgm-3), nas regiões do Algarve, Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo e centro, e menos (entre 10 a 20 mgm-3) no norte.

Para o arquipélago da Madeira, "estima-se que este fenómeno possa contribuir para um aumento máximo das concentrações à superfície na ordem de 40 mgm-3", segundo a APA .

Para as partículas PM10, a Organização Mundial de Saúde aponta o limite de 20 microgramas por metro cúbico, e a União Europeia refere uma média anual de 40 microgramas por metro cúbico.

Estas partículas podem entrar no aparelho respiratório e constituem, segundo a OMS, um risco para a saúde ao aumentar a mortalidade nas infeções respiratórias e causar doenças, como cancro do pulmão, ou problemas cardiovasculares.

A APA explica que a "persistência de uma situação sinóptica, anticiclone a sudoeste das Ilhas Britânicas e uma depressão centrada no norte de África que se estende até à Península Ibérica, resultam numa circulação do quadrante leste nos níveis baixos da atmosfera".

Esta circulação favorece o transporte de uma massa de ar formada sobre os desertos do norte de África contribuindo para o aumento de partículas e poeiras em suspensão em Portugal continental e arquipélago da Madeira.

Proteção Civil
A Proteção Civil alertou para a continuação do tempo quente e seco, condições agravadas pela intensificação do vento, que &quot...

"De acordo com a informação atualizada e disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), salienta-se, para as próximas 48 horas, a persistência das condições associadas a tempo quente e seco, agravadas pela intensificação do vento", refere a proteção civil, num aviso à população.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) afirma que as condições meteorológicas e de qualidade do ar, associadas à ocorrência de incêndios florestais, "podem ter efeitos significativos na saúde pública, particularmente nos grupos mais vulneráveis da população". Por outro lado, "estas condições meteorológicas dificultam a supressão dos incêndios e facilitam a sua propagação".

A ANPC apela à população para que tenha cuidados redobrados e adote comportamentos de precaução, para evitar os incêndios florestais, escreve o Sapo. Entre as condições meteorológicas enumeradas pela Proteção Civil estão, nas regiões do litoral, vento de noroeste até 35 quilómetros por hora, com rajadas de cerca de 60 quilómetros por hora, durante a tarde, e, temporariamente, de sudoeste, na costa sul do Algarve.

Nas terras altas do norte e centro, haverá "fluxo de nordeste moderado a forte, a partir do início da tarde, em particular acima dos 800 metros". A humidade relativa do ar ficará abaixo de 15% no interior do país.

Churrascos e queimadas proibidos
A Proteção Civil recorda que, nesta altura do ano, não é permitido nos espaços rurais realizar queimadas ou fogueiras para recreio ou lazer, utilizar equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confeção de alimentos. Lançar balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes, fumar ou fazer lume nos espaços florestais e vias que os circundem também não são permitidos.

Beber água, manter a casa arejada e evitar a exposição ao sol, nas horas de mais calor, são outros conselhos da Proteção Civil, além de recomendar atenção especial aos recém-nascidos, crianças, pessoas idosas e pessoas doentes, que podem não sentir, ou não manifestar sede, mas devem hidratar-se.

Estudo
Um professor americano, do National Drug Research Institute, conseguiu identificar qual o tipo de bebida alcoólica que causa...

Normalmente quando estamos de ressaca temos o hábito de relacionar o nosso mal-estar com algum excesso cometido na noite anterior, escreve o Sapo. Mas sabia que a ressaca nem sempre é provocada pela quantidade de álcool que ingere?

A resposta reside nos congéneres, responsáveis por conferir cor e sabor às bebidas alcoólicas, refere o site ABC Health&Wellbeing. De acordo com Steve Allsop, diretor do National Drug Research Institute, quanto maior for a concentração de congéneres mais escura vai ser a cor da bebida, como é o caso do vinho tinto ou do whisky.

Então mas porque razão é que quando ingerimos bebida alcoólicas ficamos de ressaca? Tal como revela o académico, esse mal-estar que sentimos prende-se com a toxicidade dos congéneres, resultante do processo de fermentação. Ou seja, quanto mais congéneres consumir maior vai ser a nossa ressaca no dia seguinte.

Mas Allsop refere que a ressaca pode ser evitada de forma muito simples, controlando as quantidades que são ingeridas e a velocidade com que se bebe. Por outro lado também é importante ingerir bastante água e nunca consumir álcool de estômago vazio.

Estudo
Um novo estudo desenvolvido por cientistas brasileiros descreveu pela primeira vez com detalhe como a infeção por zika em...

De acordo com a autora principal do estudo, Vanessa Van Der Linden, neuropediatra do Hospital Barão de Lucena, no Recife, a análise mostrou que a artrogripose dos bebés não está relacionada com anomalias específicas das articulações, mas tem origem neurogénica, isto é, ligada ao processo de formação dos neurónios.

“Dois estudos anteriores, feitos no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, já tinham identificado três pacientes com zika e artrogripose, levantado a possibilidade de que a má-formação também estivesse ligada à infeção pelo vírus. Mas até agora nenhum trabalho havia descrito as deformidades em detalhe nem investigado se esta tem origem neurogénica”, segundo Vanessa.

De acordo com a investigadora, escreve o Diário Digital, a artrogripose pode estar relacionada com várias causas e é diagnosticada quando há deformidades em articulações em pelo menos duas partes diferentes do corpo. Para estabelecer a relação com o zika, os cientistas excluíram todas as outras possíveis causas da má-formação, usando exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética.

“Fizemos estudos detalhados dos cérebros e das articulações de sete crianças com artrogripose e diagnóstico de infeção congénita por zika. Nenhuma delas apresentava alguma das demais causas desse tipo de deformidade congénita”, disse.

Seis das sete crianças tinham microcefalia e todas apresentavam sinais de calcificação no cérebro, problema causado pela acumulação de cálcio nos tecidos cerebrais. Segundo Vanessa, a hipótese é de que o vírus zika destrói células do cérebro, formando lesões semelhantes a “cicatrizes”, onde o cálcio é depositado.

Ao observar as imagens de alta definição das articulações e dos tecidos próximos, os cientistas descobriram que não havia anomalias na parte óssea nem nos ligamentos. “Isso levou-nos a concluir que a artrogripose tinha origem na parte neurológica. Por isso, fomos investigar”, afirmou Vanessa.

A principal hipótese é de que a má-formação seja produzida por um processo que envolve os neurónios motores - as células cerebrais que controlam a contração e o relaxamento dos músculos -, levando a posturas fixas no útero que provocariam as deformidades. “Observamos também que quatro crianças apresentavam uma medula espinhal mais fina do que o normal e danos cerebrais, mostrando que realmente existe uma associação entre a artrogripose e as consequências neurológicas da infeção por zika”, disse a investigadora.

Segundo Vanessa, o estudo ajudará a entender melhor os sintomas provocados pelo vírus zika, o que contribuirá para entender os seus mecanismos de infeção. Os cientistas recomendam na pesquisa que a síndrome do zika congénita seja acrescentada ao diagnóstico diferencial de infeções congénitas e de artrogripose.

 

O facto de um dos bebés não ter microcefalia também é relevante, segundo Vanessa. “Isso levou-nos a concluir que não há uma correlação necessária entre a gravidade da infeção por zika, uma vez que o caso de uma das crianças não era grave, com a artrogripose.”

Em todo o país
Todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Elevado’ e ‘Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, informou o...

As regiões do Funchal, Porto Santo, Bragança, Castelo Branco, Guarda, Penhas Douradas, Vila Real, Funchal, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Porto Santo, Angra do Heroísmo, Santa Cruz das Flores, Horta e Ponta Delgada estão hoje com risco ‘Muito Elevado’, segundo o Instituto.

A região de Viana do Castelo apresenta hoje risco ‘Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco com níveis 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, aumentando temporariamente de nebulosidade durante a tarde no interior da região sul, vento fraco a moderado do quadrante leste, soprando temporariamente de noroeste no litoral oeste durante a tarde.

Nas terras altas prevê-se vento moderado do quadrante leste, sendo moderado a forte, com rajadas até 70 quilómetros por hora, até meio da manhã e a partir do final da tarde.

Está também prevista uma pequena subida de temperatura nas regiões Centro e Sul.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se geralmente pouco nublado nas vertentes sul, vento moderado de nordeste, soprando por vezes forte nos extremos leste e oeste da ilha, rodando para norte durante a tarde e pequena descida da temperatura mínima.

Para os Açores a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos no grupo oriental (Santa Maria e São Miguel) e vento leste fraco a bonançoso.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 20 e 25 graus Celsius, no Porto entre 19 e 30, em Braga entre 16 e 34, em Viana do Castelo entre 18 e 31, em Vila Real entre 14 e 30, em Viseu entre 15 e 31, em Bragança entre 10 e 29, na Guarda entre 12 e 28, em Coimbra entre 21 e 35, em Castelo Branco entre 19 e 34, em Portalegre entre 21 e 34, em Santarém entre 20 e 39, em Évora entre 17 e 37, em Beja entre 19 e 37, em Faro entre 22 e 33, no Funchal entre 20 e 27, em Ponta Delgada e na Horta entre 20 e 25 e em Santa Cruz das Flores entre 21 e 26.

Médio da Juventus
Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre tem realizado cirurgias a diversos atletas de alta competição.

O médio da Juventus e da Seleção da Itália, Rolando Madragoa, foi operado hoje ao pé direito pelo Prof. Doutor Niek van Dijk, Dr. Bruno Pereira e equipa da Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre FMCE, no Hospital Santa Maria – Porto. A sua recuperação ficará a cargo da Juventus.

A equipa da Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre FIFA Medical Centre of Excellence - a única clínica em Portugal reconhecida como "Centro Médico de Excelência da FIFA” –, continua desta forma, a afirmar-se como destino preferencial para realizar cirurgias a atletas de alta competição de clubes como FC Porto, FC Paços de Ferreira, SC Braga, Real Madrid, AC Milan, Wigan, Tottenham, Al-Ahli, Al Jazeera, Nottingham Forest, Verona, entre outros.

Recordamos que foram já realizadas por esta equipa, uma série de cirurgias de traumatologia desportiva relacionadas com diversas lesões dos ligamentos, cartilagem, menisco, tornozelo, entre outras, recuperando atletas internacionais de diversas áreas desportivas e de várias nacionalidades.

Sobre a Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre – FIFA Medical Centre of Excellence – Estádio do Dragão: A Clínica Espregueira Mendes nasceu em 1986 e resulta do trabalho de três gerações de ortopedistas que, desde 1926 e ao longo dos anos, procuraram um objetivo em comum: servir os doentes. O nosso objetivo é proporcionar um espaço de saúde dirigido ao Sistema Locomotor, onde é possível realizar consultas, exames auxiliares e tratamentos médicos. Para isso, reúne um grupo de médicos, enfermeiros e técnicos de excelente formação, reputação e experiência. Disponibilizamos consultas de Ortopedia e Traumatologia, Traumatologia Desportiva, Fisiatria, Reumatologia, Podologia, Fisioterapia, Avaliação Médico-Desportiva, Provas de Esforço Cardio-Pulmonares, Enfermagem, entre outras.

O exercício físico é importante na saúde e no bem-estar, por isso, a clínica dedica especial atenção à Medicina Desportiva (Dr. João Pedro Araújo – Al Jazira; Dr. Nuno Loureiro – FC Paços de Ferreira), tendo o privilégio de apoiar, entre muitos outros, os atletas amadores e profissionais do grupo Futebol Clube do Porto. No entanto, pretende ser uma clínica acessível e aberta a todos, apoiada em seguros e subsistemas.

A Clínica do Dragão é um projeto de saúde dirigido pelo Prof. Doutor Espregueira-Mendes e situada no Estádio do Dragão. O objetivo é proporcionar uma resposta global de saúde para toda a família, onde é possível realizar consultas, exames auxiliares e tratamentos médicos em ambulatório. Para isso, a clínica reúne um grupo de médicos, enfermeiros e técnicos de excelente formação, reputação e experiência. Existem diversas especialidades: Traumatologia Desportiva, Ortopedia, Fisioterapia com várias piscinas, Check-ups, Radiologia, Análises Clínicas, Endoscopias Digestivas, Avaliação Médico-Desportiva, Avaliação Saúde Atlântica Cardio-Vascular, Saúde Oral, Saúde Materno-Infantil, Medicina do Trabalho, Tratamento da Obesidade e Diagnóstico Oncológico Precoce, entre outras. Tem uma vocação especial para a Traumatologia Desportiva recebendo atletas de todo o Mundo para cirurgias. 

Instituto Nacional de Reabilitação
Mais de 500 pessoas com deficiência apresentaram queixa no ano passado por discriminação, mas a maior parte dos processos...

De acordo com a informação do Relatório Anual – 2015 sobre a prática de atos discriminatórios em razão da deficiência e do risco agravado de saúde, publicado pelo Instituto Nacional de Reabilitação (INR), em 2015 foram apresentadas 502 queixas por pessoas com deficiência.

Destas 502 queixas, a maior parte foi apresentada ao Provedor de Justiça, que recebeu 357 reclamações, por alegadas práticas discriminatórias em áreas como as acessibilidades, segurança social, prémios desportivos, estacionamento, educação, saúde, banca ou fiscalidade. Destas, 207 acabaram arquivadas.

Outro dos organismos que recebeu queixas foi a Entidade Reguladora da Saúde, à qual 46 pessoas reclamaram, por causa de “potenciais situações de discriminação, em razão da deficiência e do risco agravado de saúde”, sendo que 33 processos estão ainda a ser analisados pelos serviços competentes.

O Instituto de Registos e Notariado (IRN), por seu lado, recebeu 16 reclamações por causa da falta de acessos ou acessibilidade reduzida das pessoas com deficiência motora e também pela falta de apoio de intérprete de língua gestual, sendo que foram todas arquivadas.

Estas são apenas algumas das 17 entidades que receberam queixas de pessoas com deficiência e deram conhecimento delas ao INR que, por sua vez, recebeu 12 queixas, totalizando 18 os organismos que receberam queixas de pessoas com deficiência.

Contabilizando só as 17 entidades, sem o INR, foram apresentadas 490 queixas, a maior parte das quais (271) por causa de situações de limitação do exercício de direitos. Em segundo lugar aparecem as queixas por causa de recusa ou limitação de acesso aos cuidados de saúde (14%), seguindo-se a recusa ou limitação de acesso a estabelecimentos de ensino (9%).

No total, incluindo as queixas do INR, houve 502 reclamações, sendo que apenas em 48 (9,5%) “foi dado do devido encaminhamento” e só quatro (0,79%) resultaram em processos contraordenacionais, já que a maioria das queixas (282) foram arquivadas e 172 (34,2%) ainda têm processo a decorrer.

“Em comparação com o ano de 2014, verificou-se um aumento significativo no número de queixas apresentadas, uma vez que em 2014 foi registado um total de 353 queixas e, no ano de 2015, foram contabilizadas 502 queixas”, lê-se no relatório.

Estes números significam que, entre os dois anos, houve um aumento de 42,2%.

De acordo com o INR, continua a haver dificuldade em definir de forma correta o que é discriminação, com base na deficiência ou risco agravado de saúde e em fazer prova.

Especificamente no que diz respeito ao facto de só terem havido quatro processos de contraordenação em 2015, o INR justifica com o “facto de algumas entidades com competência instrutória e sancionatória nos termos legais, optarem por analisar as situações objeto de queixa no âmbito de procedimentos de outra natureza”, havendo outras que põem em causa a sua competência para abrir processos de contraordenação.

Apesar do aumento no número de queixas poder mostrar que as pessoas estão mais informadas e sensibilizadas, o INR entende que continua a haver um “longo caminho para percorrer”.

“Há que continuar a aposta na informação e sensibilização e na adoção de dinâmicas de promoção da não-discriminação e da igualdade de oportunidades, de forma a permitir-se uma utilização mais eficaz dos mecanismos disponíveis”, lê-se no relatório.

Como proceder?
As férias são altura de descanso e de quebrar a rotina, permitindo alcançar a máxima “corpo são em m

Ao definir o orçamento para as férias, é fulcral ter a saúde em consideração. Neste sentido, os cuidados a ter podem ser muito diferentes consoante se vá viajar dentro do país ou para o estrangeiro, variando também largamente conforme os continentes e/ou países visitados.

Numas férias dentro de Portugal, mesmo que surja uma emergência médica (imagine que foi andar de bicicleta com os filhos e caiu, fraturando um osso, por exemplo), resolver uma situação deste género dentro do país é obviamente mais fácil. Para além da existência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), diversas são as seguradoras que oferecem uma ampla gama de seguros e de planos de saúde com acordos em clínicas e hospitais por todo o território nacional.

Todavia, o caso muda de figura quando se vai para fora, sendo que, neste caso, os cuidados devem ser redobrados. Uma urgência no estrangeiro pode custar muito caro a quem não se encontra preparado para essa eventualidade. Desde logo, depende do país para o qual se vai e de questões como o clima, a alimentação e as condições de saneamento básico presentes no local, que aumentam a propensão a adoecer e a exposição a determinados vírus e bactérias a que o corpo não está habituado.

Dentro da região constituída pela União Europeia (UE), bem como na Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, já existem mecanismos que protegem os cidadãos dos Estados-membros face a contingências médicas, podendo apontar-se, neste âmbito, a existência do Cartão Europeu de Seguro de Doença. Perante uma situação em que o estado de saúde do viajante se encontre comprometido, este instrumento permite que não precise de regressar ao país de origem para receber os cuidados necessários, uma vez que com o mesmo pode ser tratado em qualquer hospital público dos países abrangidos.

Por seu turno, fora da UE, a assistência médica não funciona da mesma forma. Desde logo, especialmente se for para países com clima tropical, em África ou na América do Sul, por exemplo, deve ir a uma consulta do viajante na qual será informado sobre todas as vacinas e medicação a tomar para combater doenças tropicais (malária ou dengue, a título exemplificativo). Viajar em segurança é essencial.

Cabe salientar ainda que muitos países não possuem infraestruturas públicas que possam acolher os viajantes. Podem ter hospitais privados, mas estes geralmente são dispendiosos e, neste sentido, nada como viajar com meios de pagamento que facilitam a gestão do orçamento em caso de surgirem despesas de saúde inesperadas.

Até para evitar recorrer a casas de câmbio e estar sujeito a taxas para trocar dinheiro por moeda local, importa ter noção de que existem cartões de crédito (especialmente os de milhas aéreas) que, mediante o pagamento integral da viagem com o mesmo, possuem seguros de viagem acoplados que normalmente cobrem a assistência médica no estrangeiro, o transporte dos pacientes e a sua hospitalização. “Não é seguro, de todo, viajar com muito dinheiro na carteira, para além de que pagar desta forma é vantajoso em caso de emergências médicas e a oferta do mercado é ampla”, aconselha Sérgio Pereira, diretor geral da plataforma de simulação financeira ComparaJá.pt.

A saúde não tira férias e quanto mais precavido estiver, menores serão as preocupações. Desta forma, viajar descansado também contribui para melhorar os merecidos dias de folga.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo conclui
Um estudo realizado nos Estados Unidos demonstrou que os participantes e instrutores que fazem, sobretudo, aulas de fitness e...

Conduzido por uma estação de rádio de Nova Iorque, que realizou investigações e medições secretas em quatro ginásios, o estudo concluiu que a música era constante e sempre a um nível de 100 decibéis ou mais; durante as aulas, a música podia ascender aos 115 decibéis, excedendo os limites de segurança indicados pelo regulador norte-americano e pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (OSHA).

Estes resultados, escreve o Sapo, confirmam investigações anteriores realizadas pela Universidade George Mason, na Virgínia, Estados Unidos, onde foram confirmados que os níveis de ruído durante as aulas de spinning, num elevado número de centros de fitness naquele país, muitas vezes chegaram a 100-110 decibéis, o que significa 30 a 40 decibéis acima dos níveis máximos recomendados.

Já em 2003 se falava do tema em Portugal, num estudo a 30 academias portuguesas do grande Porto, em que 63% apresentaram níveis que ultrapassaram os 90 decibéis e 6% os 100 decibéis.

Estes valores violam os níveis de conforto auditivo e são considerados excessivos pelos especialistas. Os altos níveis de ruído traduzem um grave problema para a saúde dos adeptos destas aulas, mas são essencialmente os instrutores, que passam a maior parte do seu dia de trabalho com música alta, que podem desenvolver traumas auditivos a curto prazo.

"Estudos como este vêm demonstrar que a saúde auditiva não é uma das principais preocupações da população, na sua generalidade. A perda auditiva é uma realidade que não devemos ignorar. Os níveis de ruído a que estamos expostos diariamente, involuntariamente ou por opção própria, têm consequências diretas. Felizmente, hoje em dia, a tecnologia permite-nos colmatar este problema quando identificada precocemente, motivo pelo qual é importante a monotorização regular da sua saúde auditiva. Para além desta monitorização, é necessário sensibilizar os responsáveis das academias para as questões acústicas", explica Pedro Paiva, audiologista.

Quando se está no ginásio, a música é um grande motivador, e em Portugal, não existe um limite legal para os níveis de ruído nos ginásios, mas a legislação laboral prevê que os trabalhadores não possam estar sujeitos a mais de 85 decibéis médios de exposição diária.

Pedro Paiva recorda que se a audição for exposta constantemente a sons elevados, tal pode levar à perda permanente de audição por causa dos danos causados nas células ciliadas do ouvido interno.

Pesquisa classifica os afrontamentos
O afrontamento – aquela sensação repentina de calor que pode deixar uma mulher ruborizada e encharcada de suor – é considerado...

Algumas mulheres, com ondas de calor de “início prematuro”, começam a sentir o calorão muito antes da menopausa. Os sintomas podem ter início de cinco a dez anos antes da última menstruação, mas os sintomas param em torno do último ciclo menstrual.

A seguir vêm as mulheres que só sentem o primeiro depois da última menstruação, entrando na subdivisão chamada de “início posterior”. E algumas caem no grupo que os pesquisadores batizaram de “sortudas”. Algumas delas nunca vivenciam uma onda de calor sequer, escreve o Diário Digital, enquanto outras sofrem brevemente alguns episódios perto do fim da transição menopáusica.

E também existem as com o “supercalorão”. Este grupo azarado inclui uma a cada quatro mulheres de meia-idade. A mulher dessa categoria começa a vivenciar os afrontamentos relativamente cedo na vida, de forma similar ao grupo do início prematuro, mas os seus sintomas continuam muito além da menopausa, como as do início posterior, e podem durar 15 anos ou mais.

As descobertas vêm do estudo nacional da saúde da mulher (Swan, na sigla em inglês), pesquisa que há 22 anos está a acompanhar a saúde física, biológica e psicológica de 3.302 mulheres de diversas origens étnicas e raciais nos EUA. O estudo é realizado em sete centros de pesquisa do país e é financiado pelo Instituto Nacional de Saúde.

“Isso acaba com o mito típico acerca dos afrontamentos, segundo o qual só duram alguns anos e todas as mulheres seguem o mesmo padrão. Talvez sejamos mais capazes de ajudar as mulheres quando soubermos em qual categoria elas podem ser colocadas”, afirma Rebecca Thurston, autora principal, professora de Psiquiatria e epidemiologista da Universidade de Pittsburgh.

As mulheres do grupo de início prematuro têm maiores probabilidades de serem brancas e obesas. Mulheres do início posterior costumam ser fumadoras. As sortudas que não tiveram ondas de calor ou somente alguns casos geralmente são asiáticas e mulheres com melhor saúde. As do “supercalorão” eram mais comumente afro-americanas. Mulheres desse último grupo apresentavam maior hipótese de ter uma saúde pior ou de consumirem álcool regularmente. Os pesquisadores alertaram, no entanto, que embora tenham identificado algumas tendências estatísticas em cada grupo, é importante observar que cada subconjunto engloba uma diversidade de mulheres representando todas as raças, etnias, pesos e classificações de saúde. Nenhum fator pareceu determinar o risco de uma mulher se encaixar em qualquer uma dessas categorias.

Por exemplo, embora as mulheres afro-americanas tivessem probabilidade três vezes maior de pertencer ao grupo do “supercalorão”, elas representavam somente 40% dessa divisão. Os outros 60% eram compostos por brancas, algumas asiáticas e outros grupos.

De acordo com Rebecca, é importante que os médicos compreendam que 75% das mulheres têm afrontamentos na meia-idade e que, para metade delas, as de início posterior e com “supercalorão”, os sintomas duram muito além da menopausa.

“Isso confronta totalmente a visão tradicional de que as mulheres têm esses sintomas por algo entre três a cinco anos ao redor do final do período menstrual. Agora sabemos que, no caso da maioria delas, isso está evidentemente errado.”

Estudo
Investigadores do City of Hope National Medical Center, em Duarte, Califórnia, desmistificaram a ideia de que pacientes com...

A realização de um transplante autólogo de células estaminais hematopoiéticas a 40 pacientes com linfoma de Hodgkin e Não-Hodgkin obteve resultados que superaram as expetativas: a taxa de sucesso sem efeitos colaterais foi de 87,3%, escreve o Diário Digital, verificando-se uma mortalidade de apenas 5,2%, causada sobretudo por recorrência de cancro e problemas cardíacos.

“Estudos deste género demonstram que existe um enorme campo de exploração no que diz respeito à relação entre as células estaminais e o HIV, tendo em conta que a sua aplicabilidade como uma forma de recuperação dos efeitos nefastos da quimioterapia no organismo não só potencia um maior sucesso no tratamento do cancro, como mantém a carga viral controlada. É positivo que exista uma nova solução para as comorbidades associadas ao HIV, neste caso o linfoma”, comenta Patrícia Cruz, diretora do Banco de Tecido de Células da Cytothera.

O estudo envolveu 43 pacientes com linfoma de Hodgkin e Não-Hodgkin associado ao HIV, que foram acompanhados após realização do transplante autólogo de células estaminais. Apenas 3 do total de pacientes não receberam o transplante devido ao estado de progressão da doença. Após comparação do estado de saúde dos pacientes que receberam o transplante com 150 pacientes sujeitos a quimioterapia e transplante não infetados com o HIV, o estudo concluiu que existia a mesma possibilidade de sobrevivência em ambos os grupos. A taxa de mortalidade verificada foi de 5,2% e deveu-se, maioritariamente, à recorrência de cancro ou problemas cardíacos.

As descobertas deste estudo permitem posicionar as células estaminais como um antídoto relativamente aos efeitos nocivos da quimioterapia, sendo essa a sua função no tratamento. Esta é uma descoberta importante porque o linfoma é uma das maiores causas de morte entre pacientes com HIV. Atualmente estão a ser realizadas pesquisas para averiguar a segurança da aplicação de células estaminais hematopoiéticas no tratamento de leucemias.

Em Portugal
A síndrome de dor regional complexa é uma condição dolorosa constante e incapacitante, que afeta as extremidades dos membros...

“Na maioria das vezes não são identificados quaisquer sinais indicativos da doença e os exames realizados também não detetam o problema. No entanto, esta é uma das piores dores que se pode sentir e, devido ao seu caráter permanente, acaba por fazer com que as pessoas abandonem o local de trabalho e comecem a isolar-se até das pessoas mais próximas”, explica Luís Frederico Braga, ortopedista do Hospital Lusíadas Lisboa.

E acrescenta: “A sociedade não reconhece nem compreende uma dor que não está à vista, mais facilmente se pensa que pessoa está com problemas psicológicos ou a mentir.”

“Ainda não há muitos dados em Portugal sobre esta síndrome mas, garantidamente, há muitos portugueses que sofrem da doença e não têm conhecimento devido ao seu difícil diagnóstico, um problema que dificulta o tratamento correto e atempado”, revela ao Diário Digital.

“Em alguns casos, a doença manifesta-se através de um inchaço e vermelhidão na zona dorida que provoca uma sensação de ardor, tal como acontece com uma queimadura. A ocorrência desta doença também pode estar relacionada com uma fratura que ocorreu anteriormente ou ser causada por um traumatismo local, mesmo sem haver fratura”, conclui.

O tratamento da doença tem como objetivo aliviar a dor e permitir que o doente movimente as extremidades, uma vez que a tendência é a pessoa ficar imobilizada para atenuar a dor, uma condição que pode piorar a atrofia muscular e dificultar o tratamento.

A síndrome de dor regional complexa é uma doença rara que se carateriza por dor neuropática, uma sensação dolorosa que está associada a doenças que afetam os nervos periféricos, medula espinhal ou cérebro. É uma doença subdiagnosticada e, por esse motivo, não é conhecida a sua prevalência junto da população portuguesa. O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado num alto índice de suspeita.

Ministério da Saúde
Despacho impõe que contratações de médicos através de empresas tenham a autorização prévia do Ministério da Saúde

Os administradores hospitalares arriscam ser demitidos se contratarem médicos tarefeiros através de empresas de prestação de serviços sem autorização do Ministério da Saúde e se o recurso a esta solução não for necessário. A renovação ou celebração de contratos de prestações de serviço só pode ser usada de forma pontual e quando a contratação é inviável, refere um despacho do Ministério da Saúde de 27 de julho.

Nos casos em que é necessário recorrer a prestações de serviço, escreve o Diário de Notícias, a preferência deve ser dada a prestadores singulares ou em sociedade unipessoal. Nestes casos, e desde que os valores não excedam o previsto na lei, não é preciso autorização prévia do Ministério da Saúde. O mesmo já não se aplica quando a contratação é através de empresas. Aí é preciso parecer prévio do ministério e os contratos devem ter cláusulas que definam indemnizações.

"O incumprimento do disposto no presente Despacho constitui violação das orientações de gestão", salienta o documento. Regras que dizem respeito à demissão de gestores públicos: "O contrato de gestão deve prever expressamente a demissão quando a avaliação de desempenho seja negativa, designadamente, por incumprimento devido a motivos individualmente imputáveis dos objetivos referidos nas orientações fixadas", seja em Conselho de Ministros ou dos ministérios das Finanças e, neste caso, da Saúde.

A intenção do despacho, refere fonte do ministério, "é diminuir o peso das empresas e em caso de necessidade recorrer preferencialmente a médicos em prestação individual". A Administração Central do Sistema de Saúde diz que "entre 28 de julho e 4 deste mês contabilizou um total de 26 processos com pedidos de contratação de serviços médicos por prestação de serviços", ao abrigo deste despacho, que ainda estão em análise. Nos primeiros cinco meses do ano os hospitais gastaram 39 milhões e 744 mil euros em prestações de serviço (não apenas médicos), mais cinco milhões que no período homólogo.

Criação de requisitos mínimos
Alexandre Lourenço, presidente da Associação de Administradores Hospitalares, diz ao DN que "a estratégia do ministério deve ser criar equipas dedicadas nas urgências e trabalhar com a Ordem dos Médicos e apoiar as administrações no processo. Há hospitais universitários com tarefeiros nas urgências. O despacho é redundante. As administrações têm de pedir autorização para as despesas acima dos 25 mil euros, tal como para a contratação. Não passa pela cabeça não cumprir a autorização e colocar o mandato em risco".

Mas o presidente da Associação de Administradores Hospitalares deixa criticas à forma como muitas administrações foram escolhidas. "Desde o final dos anos 1980 as administrações puderam ser nomeados pela tutela, sem preparação específica. Entraram sem concursos públicos, sem avaliação de currículo, sem avaliação continua ou progressão na carreira. A lei prevê um conjunto de gestores preparados [com curso de gestão hospitalar que alguns administradores têm] e a aposta foi não seguir o modelo, partidarizando a administração pública. Isto traz custos de aprendizagem muito grandes, penalizadores dos profissionais e dos utentes. Temos pessoas incompetentes nos lugares e depois acaba tudo centralizado e Lisboa".

Alexandre Lourenço defende a criação de requisitos para o desempenho das funções e depois avaliar. "Estamos a trabalhar para a criação de um conjunto de requisitos para ocupar o lugar de gestor intermédio, como prestar provas de avaliação, critérios de seleção de entrada, avaliação e progressão. Depois devem ser criadas para as administrações. No mínimo devem ter entre 5 a 10 anos de experiência de gestão hospitalar."

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde avisou esta quarta-feira que o leite não é um antídoto do monóxido de carbono, principal componente...

Num comunicado emitido a propósito dos incêndios florestais, a Direção-Geral da Saúde (DGS) alerta para o que chama “o mito do leite”, indicando não servir de antídoto do monóxido de carbono e sublinhando que a sua utilidade não vem descrita em artigos científicos, escreve o Sapo.

“Admitiu-se que o leite era um antídoto do monóxido de carbono que não é (“não se dá leite nos hospitais”) e não deve atrasar a referenciação e o tratamento a nível hospitalar correto”, refere a nota da autoridade de saúde.

Sobre os efeitos na saúde dos incêndios, a DGS sintetiza que a inalação de fumos ou de substâncias irritantes químicas e o calor podem provocar danos nas vias respiratórias, sendo as crianças, os doentes respiratórios crónicos e os idosos os mais vulneráveis.

“Existem lesões de inalação devidas ao calor que provocam obstrução e risco de infeção. Além da lesão pelo calor, há possibilidade de lesão pelas substâncias químicas do fumo que provocam inflamação e edema com tosse, broncoconstrição e aumento das secreções. Existe ainda a possibilidade de surgirem lesões mais tardias e mais graves, com destruição celular e, que, em casos extremos, causam falência respiratória”, especifica a nota.

Em caso de inalação de fumos, a DGS aconselha a retirar a pessoa do local e evitar que respire o fumo ou esteja exposta ao calor; a pesquisar sinais de alarme e verificar presença de queimaduras faciais, sinais de dificuldade respiratória ou alteração de estado de consciência.

O que fazer em situação de inalação de fumos, segundo a DGS

Retirar a pessoa do local e evitar que respire o fumo ou esteja exposta ao calor;

Pesquisa de sinais de alarme:
- presença de queimaduras faciais;
- sinais de dificuldade respiratória;
- alteração do estado de consciência;
- Para mais informações ligue para a Saúde 24: 808 24 24 24. Em caso de emergência ligue o 112.

Estudo
Um estudo recente conclui que são precisos, pelo menos, 10 dias de descanso para o nosso corpo e cérebro recuperarem totalmente...

Segundo explica Elisa Sánchez, coordenadora de um grupo de saúde laboral de Madrid, “depende muito de pessoa para pessoa”, e refere que interessa é a forma como usamos o tempo para descansar: “Podes estar um mês na praia ou na montanha mas, se não te desligas completamente, não serve de nada.”

A Universidade de Roockies, Colorado, defende que 10 dias é o tempo mínimo necessário para recuperarmos forças, escreve o Observador, sendo que recomendam duas semanas para descanso em um ano de trabalho.

Já a Sociedade Espanhola de Neurologia aponta a falta de descanso com qualidade como fator que pode originar problemas anímicos, ansiedade, cansaço e falhas de memória, podendo, em casos mais sérios, dar origem a problemas cardiovasculares, hipertensão, problemas de peso e diabetes.

Autoridade Nacional de Proteção Civil
O vento forte que se fez sentir durante a noite e que vai manter-se ao longo do dia levou a reacendimentos nos incêndios de...

Em declarações, o adjunto de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Carlos Guerra, adiantou que os distritos de Aveiro, Viana, Braga e Porto são hoje de manhã os distritos que mais preocupam os bombeiros, em Portugal continental, com incêndios de grandes dimensões como os de Águeda, Arouca e Vila Nova de Cerveira, que sofreram alguns reacendimentos devido ao vento.

“Durante a noite, tal como prevíamos o vento estava muito forte, o que tornou muito difícil as ações de consolidação e rescaldo em alguns incêndios tendo mesmo reativado muitos deles. (…) Os fogos em Águeda e Arouca por exemplo reativaram com alguma intensidade”, disse.

De acordo com Carlos Guerra, os incêndios de Arouca e Águeda, nos distritos de Aveiro, bem como o de Vila Nova de Cerveira, em Viana do Castelo, estão incontroláveis e obrigaram à retirada durante a noite de pessoas de várias aldeias.

“Os operacionais tiveram mesmo de deixar de combater os incêndios em florestas para ajudar na defesa de habitações. Foi o que aconteceu em Viana do Castelo, Arouca e Águeda, mas também tivemos situações mais complicadas em Arcos de Valdevez e Vila Nova de Cerveira”, contou.

Segundo o adjunto operacional da ANPC, a estratégia adotada pelos comandantes no terreno passa por defender primeiro as aldeias, as pessoas, as habitações.

“Houve algumas habitações nas aldeias periféricas onde tivemos de retirar pessoas das casas, mas não ardeu nenhuma habitação. O pior evitou-se”, sublinhou.

No que diz respeito a vítimas, Carlos Guerra adiantou que algumas pessoas foram hospitalizadas, mas devido a intoxicações e por exaustão sem gravidade.

O adjunto operacional disse que o dia de hoje deverá ser difícil devido ao vento forte de leste.

“Ontem [terça-feira] contámos com a ajuda de um helicóptero espanhol e reforçamos o pedido de ajuda para hoje. Estamos à espera que Espanha nos diga hoje de manhã se pode enviar aviões. Espanha disse-nos que podia disponibilizar apenas meios aéreos porque também está a braços com incêndios florestais”, disse.

ÀS 08:00, os maiores incêndios ativos eram os de Arouca que está a ser combatido por 213 operacionais, com o apoio de 49 veículos, e o de Águeda que mobilizava 314 bombeiros, com o auxílio de 90 meios terrestres.

Em Viana do Castelo, segundo a ANPC, o maior é em Covas, no concelho de Vila Nova da Cerveira, onde 184 operacionais e 61 meios terrestres combatem o fogo que começou na tarde de domingo e tem ainda duas frentes ativas.

Carlos Guerra disse ainda à Lusa que além destes, existem ainda mais nove incêndios que preocupam nos distritos da Guarda, Braga, Porto, Aveiro, Viseu e Viana do Castelo.

A Proteção Civil destaca na página como “ocorrências importantes” os fogos com duração superior a três horas e com mais de 15 meios de proteção e socorro envolvidos, mas apenas contempla os incidentes do continente, já que as regiões autónomas têm serviços próprios nesta área.

Na Madeira, as chamas obrigaram mais de mil pessoas a abandonar as suas casas e os hotéis onde estavam alojadas, na sequência do fogo que na terça-feira atingiu a zona baixa da cidade do Funchal.

Infarmed
Mais de 6.800 reações adversas a medicamentos foram notificadas em Portugal, num período de três anos, e menos de 18%...

Segundo dados da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), entre 2013 e 2015 foram notificadas, pelos profissionais e pelos utentes, 6.854 reações adversas a medicamentos, sendo as dos genéricos 1.221, 17,8% do universo total.

“A frequência de reações adversas graves – em comparação com as não graves – é idêntica no caso dos genéricos (53,6%) e no total dos medicamentos (56,3%)”, refere a nota do Infarmed.

Além disso, dos medicamentos genéricos analisados pelas autoridades apenas 1,5% foram retirados do mercado devido a não-conformidades, uma percentagem igual à verificada no mercado global.

Para a Autoridade do Medicamento, estes dados mostram que “não se justifica a existência de qualquer dúvida em relação aos genéricos disponíveis em Portugal”. O Infarmed lembra ainda que os genéricos são mais baratos e que está a decorrer uma campanha para incentivar a sua utilização.

Dados mais globais mostram que, desde 2004 até junho deste ano, foram analisados, pelo Laboratório do Infarmed, 12.340 medicamentos e produtos de saúde, 2.287 deles eram genéricos (cerca de metade dos que se encontram no mercado).

Ainda assim, estas análises da Autoridade do Medicamento são apenas uma parte do sistema de supervisão de qualidade e segurança, havendo inspeções a todo o circuito do medicamento, farmacovigilância e controlo laboratorial.

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