Ministro da Saúde
O ministro da Saúde admitiu hoje recorrer aos setores privado e social para responder a um previsível aumento da procura dos...

“Temos que criar as respostas públicas”, disse o ministro na apresentação do projeto de decreto regulamentar que regula a lei, admitindo que, se for necessário, pode recorrer à “colaboração privada e social, desde que a qualidade e segurança estejam asseguradas”.

“É um dia importante”, afirmou o ministro da Saúde na apresentação do projeto de regulamentação da lei aprovada a 13 de maio pela Assembleia da República e que alargou o acesso de todas as mulheres à Procriação Medicamente Assistida (PMA), quando até então era limitada aos casais com problemas de infertilidade.

A aprovação desta regulamentação surge um dia após o Bloco de Esquerda questionar o Ministério da Saúde sobre o atraso na sua publicação, tendo o ministro da Saúde afirmado hoje aos jornalistas, no final do Conselho de Ministros, de que o mesmo se prendeu com a “sensibilidade” desta matéria.

“Procurámos ser prudentes e cumprir o prazo, mas fazer uma lei tecnicamente validada”, afirmou Adalberto Campos Fernandes.

O projeto de decreto regulamentar hoje aprovado aborda o acesso às técnicas de PMA, as próprias técnicas de procriação, o princípio da não discriminação e o recurso a técnicas de Procriação Medicamente Assistida no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Pretende-se assim concretizar esse acesso sem exclusão, assegurando uma prestação de serviços adequada, segura e não discriminatória, conforme plasmado” na lei aprovada em maio.

Para Adalberto Campos Fernandes, esta regulamentação é “um passo obrigatório” para o SNS começar a construir respostas, as quais “têm de ser intensificadas”.

A principal preocupação do Governo foi, segundo o ministro, garantir e concretizar o direito ao acesso.

O ministro estima que, no início de 2017, a criação e instalação dos centros deve estar regularizada.

Foi ainda aprovada uma alteração à lei que regula a utilização de técnicas de PMA, definindo o destino dos tecidos recolhidos e não utilizados.

Adalberto Campos Fernandes explicou que, nesta matéria, foi aprovada uma proposta de decreto lei que visa regulamentar os tecidos recolhidos e não utilizados, como óvulos e espermatozóides, dado que “é previsível” o aumento da procura das técnicas e do material recolhido.

Segundo o ministro, este material será destruído se ao fim de cinco anos não for utilizado nem reclamado.

Saúde 24
Mais de 1.600 pessoas pediram ajuda para deixar de fumar nos primeiros cinco meses de funcionamento deste serviço da linha...

Segundo os dados divulgados pela Saúde 24, desde o início de funcionamento deste serviço de atendimento “por cessação tabágica” - 20 de maio deste ano - até ao dia 31 de outubro, foram atendidos 1.630 utentes que queriam ajuda para deixar de fumar.

Em maio, registaram-se 79 chamadas especificamente para este fim, que representaram 9% do total de chamadas efetuadas para a equipa de enfermeiros que faz atendimento para “cessação tabágica” na linha saúde 24 (923).

No mês de junho foram atendidas 299 chamadas para deixar de fumar e no mês de julho 434, representando, respetivamente 19% e 28% do total de chamadas atendidas pela equipa.

Julho foi o mês com maior número de pedidos e encaminhamentos, tendo depois começado a descer gradualmente, com agosto a registar um total de 305 chamadas (25% do total).

Em setembro e outubro a queda no número de chamadas continuou, embora de forma ligeira, com tendência a estabilizar: 267 e 246 pedidos para cessação tabágica, representando 22% e 15% do total.

Por género verifica-se que houve muito mais homens a pedir ajuda para deixar de fumar – quase o dobro - do que mulheres.

Nestes pouco mais de cinco meses 1.063 homens solicitaram ajuda para cessação tabágica, contra apenas 567 a fazer o mesmo pedido.

Em ambos os casos se verifica a mesma tendência de o maior número de pedidos de ajuda se ter registado em julho, 124 de mulheres e 310 de homens.

Por idades, a faixa etária que mais recorreu ao serviço da linha saúde 24 para deixar o tabaco foi a dos 35 aos 69 anos (409 mulheres e 733 homens), logo seguida pela dos 18 aos 34 anos (120 mulheres e 254 homens).

Ainda assim houve jovens muito novos a pedir ajuda para deixar de fumar.

Segundo a Linha saúde 24, houve 27 pedidos de ajuda de jovens com idades entre os 14 e os 17 anos (7 raparigas e 20 rapazes).

Também os mais idosos recorreram a este serviço, já que 31 mulheres e 53 homens com mais de 70 anos pediram ajuda telefónica para deixar de fumar.

O serviço telefónico de auxílio à cessação tabágica arrancou em maio deste ano, cumprindo uma diretiva comunitária transposta para a legislação portuguesa e que “obrigou à implementação deste apoio telefónico”, explicou o enfermeiro Sérgio Gomes, coordenador da linha Saúde 24.

Contudo, este serviço irá contar com uma linha telefónica especifica de apoio à cessação tabágica, que vai fazer todo o acompanhamento e orientação do utente durante o processo e que está previsto arrancar em junho de 2017, após concurso público.

Atualmente, o que este serviço faz é atender o utente, fazer uma triagem para perceber se está mesmo interessado em deixar de fumar, se está motivado para isso e se cumpre os requisitos necessários para iniciar o tratamento.

Nesses casos, a equipa da linha reencaminha o utente para o respetivo ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) para uma consulta de cessação tabágica.

Hoje assinala-se o Dia do Não Fumador.

Opinião
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo de tabaco na Europa é responsável por 1 milh

Já no nosso país e segundo os dados do Relatório Anual  “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2015”, da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, as estimativas atribuem à exposição activa e passiva ao tabaco a responsabilidade por 12.369 mortes (no ano de 2013).

O referido Relatório indica-nos ainda que uma em cada cinco mortes observadas em pessoas, de ambos os sexos, entre os 45 e os 64 anos, são atribuíveis ao consumo do tabaco.

Devido ao aumento da esperança média de vida e aos efeitos do tabagismo a nível respiratório, Portugal tem vindo a confrontar-se com um incremento de doenças respiratórias crónicas, que impõem uma elevada carga no sistema de saúde, quer no que diz respeito a mortalidade, quer no que se refere à morbilidade.

Pela sua proximidade à população; pelo acesso que pode ter a equipamentos e serviços que permitem fazer um rastreio precoce e sensibilizar para os malefícios do consumo de tabaco, o farmacêutico comunitário é um elemento fundamental na identificação de doenças crónicas, controlo das patologias e, acima de tudo, na prevenção das doenças.

Através da realização de Espirometrias e de Programas de Cessação Tabágica consegue educar, sensibilizar e ajudar o utente a ultrapassar o desafio de deixar de fumar.

É de extrema importância que, durante todo o ano, os profissionais de saúde não se demitam do seu papel de educadores para a saúde.

Durante estas efemérides, como é o Dia Nacional do Não Fumador, os utentes estão mais alerta para as nossas mensagens-chave e percebem que o consumo de tabaco provoca uma perda gradual de qualidade de vida e provoca o desenvolvimento de doenças respiratórias crónicas, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, cancro do pulmão, podendo mesmo levar à morte.

Mais de 90% dos fumadores portugueses iniciaram o consumo antes dos 25 anos, sendo que, cerca de metade nunca fizeram qualquer tentativa para parar de fumar.

O tabagismo constitui um fator de risco, não apenas para o fumador, mas para todos aqueles que se encontram expostos ao fumo do tabaco.

Neste sentido, a propósito do Dia Nacional Sem Tabaco, que se assinala a 17 de novembro, desafiamos os nossos utentes a fazerem uma avaliação respiratória no nosso serviço Respirar Melhor e a deixarem já hoje de fumar, através da realização de uma consulta de Cessação Tabágica.

Lembre-se: um fumador tem, em média, menos dez anos de vida!

Venha ter connosco, nós sabemos como ajudá-lo.  

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Fundação Portuguesa de Cardiologia
A importância do futebol para a saúde, enquanto promotor de saúde e prevenção cardiovascular, será o tema principal do 18.º...

Durante o evento será também apresentada a 1.ª Edição dos Prémios de Investigação Eusébio da Silva Ferreira, uma iniciativa pioneira em Portugal, da Fundação Portuguesa de Cardiologia em parceria com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a associação artEUSEBIOheart. Estes prémios, abertos a todos investigadores portugueses pretendem promover mais e melhor investigação nacional nas áreas da insuficiência cardíaca e morte súbita.

“Estamos muito orgulhosos com mais um Simpósio Anual e com os projetos que serão apresentados. Já que Portugal ganhou o Campeonato Europeu este ano, achámos bastante apropriado abordar o desporto e o futebol em específico, como método para a saúde e prevenção cardiovascular. Atualmente as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal, sendo que a educação para a prevenção se torna cada vez mais urgente” refere o Prof. Doutor Manuel Oliveira Carrageta, Presidente da Fundação. “Neste contexto, o lançamento dos Prémios de Investigação Eusébio da Silva Ferreira ganha particular importância”, conclui.

De acordo com o Dr. Miguel Mendes, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, “os prémios Eusébio da Silva Ferreira, são uma mais valia para estimular a investigação no campo da Cardiologia do Desporto e para chamar a atenção para a necessidade da avaliação prévia e acompanhamento médico dos desportistas mesmo após terminarem a fase competitiva da sua carreira”.

A artEUSÉBIOheart trata-se de uma associação sem fins lucrativos, criada por familiares e amigos de Eusébio da Silva Ferreira com o objetivo de perpetuar a sua memória. A instituição tem como objeto a promoção de atividades sociais, culturais, recreativas, desportivas, ambientais e científicas. "É precisamente neste último contexto que surge esta parceria com a Fundação e a Sociedade Portuguesa de Cardiologia", sublinhou Carla da Silva Ferreira, diretora do projeto.

A primeira sessão abordará a ligação entre o futebol e a saúde e terá como principais oradores Paulo Beckert, especialista ligado ao desporto e atual médico-coordenador da Unidade de Saúde e Performance da Federação Portuguesa de Futebol e João Brito, especialista em fisiologia e reintegração de atletas, tendo em 2014 trabalhado no Qatar, ligado ao Hospital de Medicina Desportiva e Ortopédica.

Durante o Simpósio será também apresentado o programa EuroFIT (http://eurofitfp7.eu/), um projeto  financiado pela Comissão Europeia, que resulta da colaboração entre centros de investigação de nove universidades europeias, quatro entidades públicas e privadas, e 15 clubes de futebol profissional de primeira liga. Em Portugal o projeto está a ser coordenado pela Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, e está a decorrer no FC Porto, Sporting CP, SL Benfica, através de um programa de atividade física e alimentação saudável dirigido a grupos de adeptos, sedentários, com excesso de peso, do sexo masculino. Será testado o seu impacto nos adeptos e clubes e potencial disseminação futura.

A segunda sessão terá como tema a prevenção cardiovascular, aliás o motivo destes simpósios. A vitamina D parece ter um papel importante na prevenção cardiovascular e o Prof. Doutor Manuel Carrageta é a figura no âmbito da prevenção cardiovascular que melhores conselhos nos poderá dar.

A paragem cardíaca é sempre um tema com alguma importância em prevenção cardiovascular uma vez que a ressuscitação cardiovascular é um gesto simples que pode salvar uma vida, mas não basta fazê-lo, é necessário fazê-lo bem feito, e a Dr.ª Almudena Moneo irá abordar esse assunto.

Reabilitação é sempre um tema importante quando se fala em prevenção terciária. Permitir uma rápida e melhor integração do indivíduo na sociedade quando já se padece de insuficiência cardíaca é o tema que a Prof.ª Doutora Ana Abreu irá aflorar antes do encerramento dos trabalhos do 18.º Simpósio Anual da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

Inquérito
A maioria dos jovens inquiridos para um estudo sobre o cancro desconhece a existência de alguns rastreios a esta doença, o que...

O inquérito, promovido pela Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) no âmbito do simpósio nacional desta organização, que está a decorrer na Figueira da Foz, com o tema “Reflexões para o Futuro”, revelou que apenas o rastreio para o cancro da mama é suficientemente conhecido dos jovens, já que 77 por cento indica que dele tem conhecimento.

No entanto, outros tipos de rastreios ao cancro são pouco conhecidos desta faixa etária (15 e 30 anos), como o do colo do útero, com apenas 34 por cento dos inquiridos a reconhecerem a existência de rastreio para o cancro do colo do útero (papanicolau) e 32 por cento o cancro da próstata (toque retal).

“No caso da colonoscopia, usada no rastreio do cancro colorretal, a percentagem desce para os 12 por cento”, lê-se nas conclusões do inquérito.

O levantamento indica ainda que “a maioria dos jovens portugueses define corretamente o Cancro (75 por cento)” e que “93 por cento não consideram que o diagnóstico de cancro seja sempre uma sentença de morte, enquanto 69 por cento acreditam que o cancro pode ser prevenido”.

“A grande maioria dos jovens portugueses (81 por cento) considera que o cancro tem cura”, lê-se nas conclusões.

Para a presidente da SPO, Gabriela Sousa, “a falta de conhecimento sobre rastreios é preocupante, uma vez que estes são fundamentais para detetar precocemente o cancro, ainda antes do aparecimento dos primeiros sintomas”.

“Sabemos que quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores são as probabilidades de cura. Os programas de rastreio organizado não têm ainda uma cobertura nacional de 100 por cento, mas é importante que os jovens de hoje, adultos de amanhã, reconheçam aqueles que existem, para potenciar a adesão”, adiantou.

O tema do inquérito vai ao encontro do simpósio (“Reflexões sobre o Futuro”), através do qual a SPO considerou “pertinente” interrogar os mais jovens para compreender quais as suas perceções sobre oncologia.

O inquérito foi aplicado a 254 indivíduos, com idades compreendidas entre os 15 e os 30 anos, residentes em Portugal continental.

Rastreio APDP
Em Portugal, quase metade das pessoas que têm diabetes (400 mil) desconhecem que a têm, pelo que prevenção e rastreios são...

No Dia Mundial da Diabetes, cerca de 300 pessoas passaram pela tenda em que a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) aplicou fichas de avaliação de risco de diabetes tipo 2 e avaliou os olhos das pessoas com diabetes. Resultado: 20% apresentaram grau moderado, elevado ou muito elevado de desenvolver diabetes tipo 2.

Mais vale prevenir que remediar. Assim se intitula o questionário de risco que a APDP tem vindo a aplicar em ações de rastreio por todo o país, ao longo do ano, e no Dia Mundial da Diabetes, em particular. Na Praça Luís de Camões, técnicos da APDP, em conjunto com estudantes de medicina da Universidade de Lisboa, ajudaram as pessoas que se juntaram à ação a responder a questões que permitem perceber o grau de risco de vir a ter diabetes.

Além da indicação da idade, do índice de massa corporal (IMC) e da medida da cintura, colocaram-se questões como: Pratica diariamente atividade física? Com que regularidade come vegetais e/ou fruta? Toma regularmente ou já tomou alguns medicamentos para a hipertensão arterial? Alguma vez teve açúcar elevado no sangue? Tem algum membro de família próximo ou outros familiares a quem foi diagnosticado diabetes (tipo 1 ou tipo 2)? De entre as várias respostas, muitas pessoas referiram ter familiares com diabetes, IMC e perímetro abdominal elevado (pior parâmetro).

“É muito mais eficaz trabalhar na prevenção da diabetes e alertar as pessoas de todas as formas possíveis. O rastreio é a forma mais direta, mas o importante é criar momentos de sensibilização para a doença e para as suas graves consequências, como a retinopatia diabética, à qual também fizemos rastreio na ação do Dia Mundial”, alerta Luis Gardete Correia, presidente da APDP.

Recorde-se que qualquer pessoa pode desenvolver diabetes tipo 2, apesar de haver pessoas com maior risco: pessoas com familiares com diabetes; pessoas com excesso de peso ou sedentárias; mulheres que tenham tido diabetes durante a gravidez ou que tenham tido filhos com mais de 4kg à nascença; pessoas com síndrome metabólico (conjunto de problemas que incluem aumento da cintura, colesterol elevado e hipertensão).

A solução está ao alcance de todos: manter hábitos de vida saudável e levar uma vida ativa, nomeadamente fazendo uma alimentação equilibrada, mantendo o peso normal e andando a pé todos os dias.

Psicóloga revela
Apesar da motivação não ser o segredo para o sucesso escolar, mas sim a estratégia de aprendizagem - que é diferente para cada...

“Um jovem desmotivado terá certamente atitudes pouco ambiciosas, sentir-se-á sem rumo, com baixa auto-estima e humor depressivo e pode mesmo procurar isolar-se. Em última instância, esta falta de motivação pode conduzir ao abandono e desinteresse escolar e mesmo a uma desestruturação familiar provocada pela sensação de fracasso dos pais, mas também dos filhos.”, acrescenta a especialista em coaching para crianças e jovens.

Irritação, tristeza, choro fácil, apatia, doenças regulares e constantes, pensamentos negativos, isolamento e sono exagerado são algumas das alterações comportamentais às quais os pais devem estar especialmente atentos, de forma a procurarem ajuda atempadamente.

A psicóloga Bárbara Ramos Dias revela seis estratégias que os pais devem adotar para motivar os filhos:

1. Os temas mais interessantes ficam mais tempo na memória, logo os pais devem criar estratégias e ângulos de abordagem que tornem as matérias mais próximas dos gostos dos filhos;

2. O estudo deve começar sempre por uma tarefa mais fácil ou mais interessante e se o seu filho estiver 'bloqueado', mais vale ir fazer algo diferente e agradável, como dançar ou correr, para depois regressar com outra vontade;

3. Ajude o seu filho a encontrar o melhor mecanismo de aprendizagem: auditivo, visual ou cinestésico;

4. Ensine-o a estabelecer objetivos reais e a fazer um cronograma com os tópicos da matéria e o tempo necessário de estudo e nunca se esqueça das pausas de 5 ou 10 minutos a cada hora de estudo;

5. Nunca o deixe estudar de barriga vazia e reforce a ingestão de certos alimentos em fases críticas, como brócolos, banana, laranja, maracujá, amêndoas, entre outros.

6. Incentive a prática de desporto para reduzir os níveis de stress e de ansiedade.

21 de novembro - Dia Europeu da Fibrose Quística
Com o objetivo de assinalar e comemorar o Dia Europeu da Fibrose Quística, 21 de novembro, a Associação Portuguesa de Fibrose...

A Fibrose Quística (FQ) é uma doença crónica, hereditária e rara que atualmente afeta cerca de 370 pessoas em Portugal, sendo a maioria crianças.

É causada pela ausência ou defeito de uma proteína denominada regulador de condutância transmembranar da fibrose quística (CFTR) resultado de mutações no gene CFTR, existindo mais de 2000 mutações conhecidas. As crianças têm que herdar dois genes CFTR defeituosos - um de cada progenitor - para desenvolverem a FQ. A deficiente função ou a ausência de proteínas CFTR em pessoas com FQ resulta numa alteração do movimento das trocas de água e sal das células epiteliais de alguns órgãos. No caso dos pulmões, este facto leva à acumulação de um muco anormalmente espesso e viscoso que pode provocar infeções crónicas com danos progressivos que comprometem a função pulmonar.

É uma doença crónica de evolução progressiva, que atinge crianças, adolescentes e adultos jovens. Estima-se que a nível mundial existam 7 milhões de pessoas portadoras da anomalia genética da fibrose quística e cerca de 60.000 com a doença.

Na última década, tem-se assistido a uma evolução gradual dos tratamentos disponíveis, assim como ao aparecimento de novos medicamentos. O avanço que representa esta nova geração de medicamentos vai atenuar a evolução da patologia, contribuindo de forma importante para uma melhor qualidade de vida. Não sendo ainda a cura, permite controlar uma parte importante dos efeitos da doença. A aprovação da sua utilização em Portugal com a comparticipação adequada é urgente.

Outro dos grandes temas em destaque é a fisioterapia e o exercício físico. São considerados uma parte fundamental no tratamento, devendo praticar-se de forma permanente desde o diagnóstico, mesmo nos períodos assintomáticos e ser integrados na rotina diária de cada paciente. O programa de fisioterapia e exercício físico ao domicílio promovida pela APFQ, tem vindo a crescer, trazendo benefícios diretos no bem-estar e na qualidade de vida.

Nesta reunião pretende-se ainda fazer um balanço do trabalho desenvolvido ao longo dos anos pela Associação Portuguesa de Fibrose Quística (APFQ) e uma análise dos benefícios deste tipo de apoio. Os cuidados a ter com a alimentação, a prática de um estilo de vida saudável e a prevenção das infeções estarão também em discussão, evidenciando a importância no tratamento. Para finalizar haverá um espaço dedicado à partilha de testemunhos, histórias e experiências de vida, de pessoas com FQ e familiares que esperamos venham enriquecer esta reunião.

O encontro vai ser transmitido em LIvestreaming através do link para o canal do youtube: https://www.youtube.com/watch?v=c4_5ShXJJgA

Testar. Tratar. Prevenir.
A Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites terá este ano lugar de 18 a 25 de novembro. O seu objetivo é sensibilizar a população...

Criada em 2013 pelo HIV in Europe, esta iniciativa faz um apelo à comunidade europeia para reunir esforços durante esta semana de forma a sensibilizar as pessoas sobre as vantagens de conhecer o estatuto serológico para a infeção pelo VIH. Posteriormente, em 2015, a Semana Europeia do Teste alargou o seu âmbito de intervenção em 2015, juntando ao rastreio de VIH, o rastreio às hepatites B e C, prevalentes em alguns dos grupos mais vulneráveis à infeção pelo VIH.

Em Portugal, a iniciativa é organizada pelo GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos e pela Rede de Rastreio Comunitária, em parceria com 21 organizações da sociedade civil.

Na passada edição da Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites, foram feitos aproximadamente 2.000 testes de VIH, dos quais 27 tiveram resultado reativo; 400 testes à hepatite B, dos quais 5 tiveram resultado reativo; e 500 testes à hepatite C, com 12 resultados reativos.

Ao longo desta semana, será possível fazer o teste de VIH e hepatites virais em 26 locais em Portugal continental, geridos pelas 21 organizações da sociedade civil (ver mapeamento em anexo). Os testes são gratuitos, rápidos e anónimos.

Só fazendo o teste é possível conhecer o estatuto serológico para estas infeções. Atualmente, com um tratamento adequado é possível curar a infeção pela hepatite C. De igual modo, através de um tratamento precoce e eficaz para a infeção pelo VIH, é possível atingir carga viral indetetável, tornando assim o vírus intransmissível.

Quem deve fazer o teste
A semana do teste é direcionada a populações em maior vulnerabilidade para o VIH e hepatites virais B e C. Esses grupos incluem, mas não estão limitados a: homens que fazem sexo com homens (HSH), migrantes (incluindo pessoas originárias de países com maior prevalência), trabalhadores do sexo, reclusos e utilizadores de drogas injetáveis.

A situação na Europa
A realidade inaceitável é que 30% a 50% dos 2,2 milhões de pessoas que vivem com VIH na Europa não sabem que são estão infetados pelo VIH; e 50% daqueles estão infetados são diagnosticados tardiamente, atrasando o acesso ao tratamento. A Hepatite B e C afeta cerca de 28 milhões de pessoas que são amplamente subestimadas e subnotificadas. Devido à falta de sintomas estas doenças infeciosas são muitas vezes referidas como a epidemia silenciosa.

Isto significa que muitas pessoas não estão a fazer o teste antes de terem sintomas, o que pode acontecer porque existem barreiras a teste, apesar de os benefícios do diagnóstico precoce estarem bem documentados.

O diagnóstico tardio do VIH e/ou hepatite B e C aumenta a propensão para complicações de saúde e a transmissão do vírus para outras pessoas, em ausência do tratamento. Pelo contrário, a maioria das pessoas que são diagnosticadas precocemente (logo após a infeção), e a quem são prescritos tratamentos antirretrovirais em tempo útil, podem viver uma vida saudável e ficarem também completamente livres do vírus se infetados com hepatite C.

Pode consultar aqui informação e listagem dos locais onde se irão realizar ações no âmbito da Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites 2016.

17 Novembro – Dia Mundial do Cancro do Pâncreas
A World Pancreatic Cancer Coalition junta entidades de todo o mundo na sensibilização e aumento de conhecimento sobre o cancro...

A investigação no carcinoma do pâncreas recebe menos de 2% de todos os financiamentos para a investigação do cancro na Europa. É urgente inverter esta tendência e potenciar o investimento de forma a melhorar e aumentar a investigação.

Vitor Neves, presidente da Europacolon Portugal, membro fundador da Coligação, lança o repto aos Portugueses: “De acordo com um estudo global, 60% das pessoas desconhecem sintomatologia e áreas de risco sobre o cancro do pâncreas, dado que vem evidenciar a importância do trabalho desenvolvido pela Coligação. A informação e participação dos cidadãos é fundamental para a promoção e a disseminação do conhecimento de forma a podermos potenciar a sua deteção precoce. É importante que os Portugueses se envolvam nesta causa, tratando-se de uma doença que afeta, por ano, no nosso país, cerca de 1300 pessoas e que tem a taxa de mortalidade mais elevada”.

Para 2016, a Coligação preparou a campanha “In It Together” que disponibiliza informação e desafia toda a população a unir-se na luta contra a doença que tem uma taxa de sobrevivência muito reduzida. Apesar de o número de novos casos anuais ser inferior a outros tipos de cancro, se nada for feito, será a quarta causa de morte por cancro no mundo em 2020. Apela-se ao apoio à causa através da partilha de posts, fotografias e a utilização de roupa roxa, cor que representa o cancro do pâncreas, no Facebook, Instagram e Twitter, com a utilização dos tags @worldpancreaticcancerday, @worldpancreatic e hashtag #WPCD. Está, ainda, disponível no Youtube, um vídeo de apoio à campanha para ser partilhado.

Em Portugal, a iniciativa será apresentada numa sessão, inserida no Simpósio Nacional SPO 2016 , promovido pela Sociedade Portuguesa de Oncologia, na Figueira da Foz a 17 de Novembro, pelas 17h30. Neste evento será debatido o impacto do cancro do pâncreas nos doentes, a importância de um diagnóstico atempado e o que se faz na Europa e em Portugal para dar respostas às principais dificuldades dos doentes, cuidadores, especialistas e associações.

O cancro do pâncreas surge quando células malignas no pâncreas, um órgão glandular localizado atrás do estômago, se começam a multiplicar e formam uma massa. Meramente 2 a 10% de pessoas diagnosticadas sobrevivem cinco anos. “O carcinoma pancreático é o único cancro cuja mortalidade tem aumentado em ambos os sexos, comparativamente a outros tipos de cancro, pelo que é essencial promover-se a importância da investigação e desenvolvimento por parte do sector privado e do sector público”, acrescenta o presidente da Europacolon.

Federação Portuguesa de Autismo
As pessoas com autismo consideram-se pontuais, organizadas, competentes e responsáveis, mas também muitas vezes discriminadas...

“Nós queremos sensibilizar os empresários e os empregadores para terem pessoas com autismo a trabalhar com eles”, explicou a presidente da Federação Portuguesa de Autismo (FPDA), destacando que este foi um documento feito por pessoas com autismo que estão ou já estiveram empregadas.

A FPDA avançou então com um projeto de investigação, juntamente com 13 jovens com perturbações do espetro do autismo, dez rapazes e três raparigas, que responderam a um questionário e depois a uma entrevista semi-estruturada, em que apontaram o que deveria ser dito aos empregadores.

As entrevistas tinham vários temas, como a inclusão, os elogios, a discriminação, e, dentro desses temas, há conselhos que as pessoas com autismo dão aos empresários.

“Os chefes têm de aprender a não discriminar. Não somos diferentes, não somos deficientes. Queremos ser tratados de igual para igual, sem tratamento especial”, diz P.P., um dos entrevistados.

Já I.P. pede que o chefe seja simpático com os seus trabalhadores e que não os maltrate, enquanto P.P. refere que um chefe deve ser acessível e democrático.

“Um chefe deve ajudar a estabelecer a comunicação entre os empregados e a entidade empregadora, o que causa um bom ambiente de trabalho”, refere A.A., outro dos participantes no projeto.

“São os conselhos que eles dão aos empresários e cada página tem um conselho, ou seja, como é que devem fazer os elogios, para eles irem trabalhar bem num sítio têm que ser primeiro apresentados às pessoas, etc. Dito por todos”, adiantou Isabel Cottinelli Telmo, presidente da Federação Portuguesa de Autismo.

A.A., por exemplo, achou “importante” ter tido “formação pelo funcionário anterior”, enquanto P.P. gostava que houvesse um “dia de apresentação como há as apresentações na escola, o colega X, o fulano tal, o beltrano, o cicrano”.

R.N., por outro lado, pede que os chefes expliquem “de forma calma” o que querem que ele faça, enquanto M.C. gostava que o avisassem antes de lhe mudarem as funções, porque em cima da hora pode tornar-se “uma grande pressão”.

A.A. também prefere que lhe peçam uma coisa de cada vez, sublinhando que não se sente muito confortável quando tem de fazer duas tarefas ou mais ao mesmo tempo, porque fica sem saber qual delas é prioritária.

Além dos conselhos, o guião tem também ilustrações que foram feitas por uma pessoa com autismo, no caso um funcionário da FPDA, que “tem um dom especial para o desenho” e que já fez vários cursos na área.

O guião é hoje apresentado no decorrer do seminário “Sei Trabalhar”, na União das Associações de Comércio e Serviços, em Lisboa, para mostrar que as pessoas com autismo são pontuais, organizadas no trabalho, persistentes na tarefa, competentes, responsáveis e respeitadores das hierarquias.

A presidente da FPDA espera que, com este guião, possa haver mais empresários e empregadores a contratarem pessoas com autismo, pois só “uma percentagem baixíssima” é que está inserida no mercado de trabalho.

Uma das psicólogas ligadas ao projeto frisou que as pessoas com autismo “são capazes de uma maior adaptação do que aquela que por norma é pensada”.

“Por norma, as pessoas pensam que seria melhor um sítio mais calmo [para as pessoas com autismo trabalharem], por exemplo, mas eles têm-nos surpreendido imenso com as respostas que deram, já que foi possível verificar que muitos deles gostavam de trabalhar ao ar livre”, revelou Rita Santos, mestre em psicologia clínica.

Para a responsável, esta pode ser uma ferramenta para que mais empregadores contratem pessoas com autismo, salientando que há ainda muita discriminação, quando alguém assume que tem esta síndrome.

Estudo
O risco de carcinoma cerebral ou leucemia na criança pode ser diminuído em 24% através da redução de radiação nos exames...

O estudo "Otimização dos níveis de dose em Tomografia Computorizada (TC) pediátrica", que vai ser apresentado em livro, na quinta-feira, estabelece os níveis de referência de diagnóstico e a otimização dos valores de dose de radiação nos exames pediátricos em Portugal.

"A investigação permitiu alertar os profissionais, implementar novas práticas nos exames de radiologia e diminuir o risco associado à radiação a que as crianças estão expostas quando necessitam de realizar exames de TC", refere um comunicado da Escola Superior de Tecnologia e Saúde de Coimbra (ESTeSC).

Citada no documento, a autora, Joana Santos, professora de imagem médica e radioterapia, refere que, "na última década, o uso da TC pediátrica aumentou consideravelmente", expondo as crianças a "parâmetros de exposição semelhantes aos de adulto".

A docente alerta que "na pediatria o efeito da exposição à radiação é maior" e acrescenta que existem estudos que "apontam no sentido de uma Tomografia Computorizada crânio-encefálica aumentar três a quatro vezes a probabilidade da criança vir a desenvolver um carcinoma cerebral ou uma leucemia".

Segundo o comunicado da ESTeSC, à data do início do estudo, em 2011, Portugal não possuía valores de dose de referência para exames de TC, "pelo que o ponto de partida foi uma análise nacional que permitiu a definição da frequência de exames de TC, a caracterização do parque tecnológico e a determinação de Níveis de Referência de Diagnóstico".

"Posteriormente, foram analisados os valores de dose em TC pediátrica nos três centros de referência pediátrica do país: Hospital Dona Estefânia, do Centro Hospitalar Lisboa Central, Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (dois hospitais exclusivamente pediátricos) e o Centro Hospitalar São João", explica a nota.

De acordo com o estudo, o trabalho experimental identificou parâmetros que permitem a "redução da dose média de 13% a 65% sem uma redução na qualidade da imagem, permitindo estabelecer os níveis de referência em Portugal para exames de tomografia de adultos e pediátricos".

"Os resultados foram comunicados aos departamentos clínicos das instituições analisadas, que passaram a implementar estes valores", acrescenta o comunicado.

A autora realizou testes de otimização com simuladores que representam recém-nascidos, crianças de cinco e 10 anos de idade, permitindo assim adequar os protocolos utilizados aos diferentes grupos etários.

A especialista Joana Santos explica que, no caso das TC, tem de existir uma adequação do procedimento ao paciente por parte do técnico, de acordo com características físicas, como, por exemplo, se são magros ou obesos.

No caso de crianças, a variabilidade oscila entre a criança de colo até ao adolescente.

A otimização das várias etapas do procedimento também envolveu a melhoria dos protocolos e de um dos ‘softwares’ utilizado.

Comparando os Níveis de Referência de Diagnóstico de TC pediátrica nacionais obtidos no início e no fim do estudo, a ESTeSC adianta que se obteve uma redução de 24% dos valores de dose de radiação.

Esses valores foram já utilizados como referência nacional para o cálculo dos Níveis de Referência de Diagnóstico Europeu de TC pediátrica, no âmbito da campanha de promoção de proteção radiológica no espaço europeu.

Estudo
As pessoas de classe social mais baixa, com menos escolaridade e com profissões manuais fumam mais e vivem em média menos dez...

O sociólogo e enfermeiro estudou ao longo de um ano dois mil óbitos e o percurso da vida inteira dessas pessoas e percebeu que as desigualdades sociais, mais do que as diferenças de género ou geográficas, são determinantes na saúde e no tempo de vida.

Em média, as pessoas de classes sociais mais elevadas, com maior escolaridade e com profissões técnico-científicas vivem em média mais dez anos do que os trabalhadores de profissões manuais, com menos estudos e de classes sociais mais desfavorecidas.

Para estes resultados de saúde contribui em grande parte o tabaco, uma vez que as pessoas com mais escolaridade deixaram maioritariamente de fumar antes dos 65 anos, ao passo que os mais pobres fumam mais e durante mais tempo, muitas vezes até ao fim da vida, sendo que morreram mais cedo do que os que deixaram de fumar.

De acordo com Ricardo Antunes, os comportamentos tabagistas estão frequentemente associados ao álcool e a profissões ligadas à indústria, à agricultura e à construção civil.

A baixa escolaridade destas pessoas leva a que acreditem que fumar e beber só faz mal aos outros, não a quem é forte, não a pessoas que têm profissões de risco e de força, explica.

Mais do que isso, é mesmo um comportamento de grupo, de aceitação, e até os jovens nessas profissões começam a fumar e a beber cedo, porque há todo um contexto que os conduz a esses comportamentos.

“Nas profissões relacionadas com o risco físico – como o trabalho em andaimes ou com tratores – o fumar e beber é quase um prolongamento do risco. É uma representação de força, é só para os fortes. Os consumos de risco têm esse paralelismo por isso: são pessoas que podem arriscar”, explicou o sociólogo.

Já as pessoas com maior escolaridade e pertencentes a classes sociais mais altas, que têm profissões técnico-científicas e mais ligadas a serviços - como médicos, advogados, professores, arquitetos -, tendem a deixar de fumar em determinada altura da vida, normalmente ainda antes dos 65 anos.

Excluindo o surgimento de doença, que é um fator que também se revelou determinante para a cessação tabágica, estas pessoas deixam de fumar porque “têm uma perceção mais profunda das coisas” e têm consciência do risco real desse tipo de consumo.

“A escolarização ajuda a destruir mitos”, explica o sociólogo, acrescentando que as pessoas mais informadas acabam por querer adotar, em determinada altura, um estilo de vida mais saudável.

São pessoas que deixam de fumar e esta cessação do tabaco vem associada a uma mudança mais vasta de comportamentos.

“As pessoas adotam outras representações. Mudam tudo. Deixam de fumar e reduzem o consumo de álcool, nos casos em que bebiam em excesso (este foi um padrão claro encontrado nos óbitos] e procuram fazer uma alimentação mais saudável”, disse o investigador.

Há a opção por uma “saúde mais preventiva, mais estratégica”, em que as pessoas tentam “antecipar-se ao surgimento da doença”.

Outro fator diferenciador entre as duas classes é a “autonomia”, pois são os mais escolarizados que têm vidas e profissões com mais liberdade e este revelou-se um aspeto associado também à escolha de deixar de fumar.

Os profissionais de trabalhos mais duros, não só os referidos, mas também outros de componente industrial – como caixas de supermercado ou trabalhadores de call-centers -, muito rotinizado, com as mesmas vestes, com níveis de liberdade reduzidos e autonomia quase nula, encontram-se igualmente entre os grandes fumadores, acrescentou.

Pulmonale
O consumo de tabaco diminuiu 5% desde a alteração da lei, e apesar de haver menos rapazes fumadores, continua a aumentar o...

Os dados foram revelados por António Araújo, presidente da Pulmonale (Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão), que se mostrou preocupado com este novo fenómeno, que terá consequências na próxima década.

“O consumo do tabaco, com a mudança da lei, diminuiu cerca de 5% e verifica-se neste momento que, em termos de juventude, os rapazes fumam menos e as raparigas mais e isto poderá ter impacto nos próximos anos em termos de incidência de cancro de pulmão”, afirmou.

Segundo o responsável, que falava na véspera do Dia Mundial do Não Fumador, atualmente os números de cancros de pulmão “continuam a aumentar, ligeiramente, mas a aumentar”, nesta fase “à custa do cancro do pulmão na mulher”, que começou a fumar mais tarde e, portanto, os cancros começam a aparecer mais tarde.

Além disso, os novos fumadores são menos rapazes e mais raparigas, o que vai ter impacto na próxima década em termos de incidência de cancro de pulmão: “no homem estaremos para atingir o platô nos próximos anos, mas vai continuar a subir na mulher”.

De acordo com os dados atuais, surgem todos os anos cerca de quatro mil novos casos de cancro do pulmão e morrem à volta de 3.700 pessoas por ano com a doença.

“Em termos globais, o cancro do pulmão é o quarto mais incidente (a seguir ao da mama, da próstata e do colo-rectal), mas é o que mais mata”, disse.

No entanto, salvaguardou que as terapêuticas hoje disponíveis e os avanços da medicina têm contribuído para uma ligeira diminuição da sua mortalidade, embora o prognóstico continue a ser “sombrio”.

António Araújo lembrou que a principal causa de cancro do pulmão ainda é o tabaco, em cerca de 85% dos casos, e lamentou que a Assembleia da República (AR) não tenha aprovado recentemente a proposta de lei de alteração à lei do tabaco, que incluía mais medidas de proteção aos não fumadores, nomeadamente face às novas formas de fumar, o cigarro eletrónico e o cigarro por aquecimento.

“Não aprovou mas, pior, ainda houve deputados na AR que consumiram cigarros eletrónicos dentro do hemiciclo durante a discussão do projeto de lei, mostrando não só falta de educação como iliteracia em saúde”, acusou.

Quanto à argumentação de que não está provado que os cigarros eletrónicos sem nicotina sejam prejudiciais, o presidente da Pulmonale considera que “só demonstra ignorância”, pois nem as tabaqueiras “têm sequer a veleidade de afirmar isso”.

Quanto aos cigarros por aquecimento, que só se vendem através da internet, o responsável sublinhou que a própria marca fabricante “assume que provoca ação deletéria no organismo, como os próprios cigarros eletrónicos têm compostos prejudiciais ao organismo”.

O responsável lembrou que o cigarro eletrónico mesmo sem nicotina continua a ter outros compostos químicos cancerígenos, enquanto o cigarro por aquecimento tem, em vez de recarga líquida, uma recarga de tabaco sólido que é aquecida a 300º.

“Estamos a brincar com a saúde das pessoas, são deputados que têm obstruído a passagem da lei do tabaco. Não se pretende proibir de fumar, mas sim proteger saúde de não fumadores e que se promova a educação das pessoas”, desabafou.

Em 2017
O preço dos medicamentos em 2017 não pode baixar mais do que 10 por cento em relação ao custo atual, de acordo com um ...

De acordo com uma portaria publicada ontem em Diário da República, que determina a revisão anual de preços, Espanha, França e Itália passam a ser os países a considerar para a aprovação dos novos preços em 2017.

Em 2016, os países de referência foram Espanha, França e Eslováquia.

O travão à descida do preço dos medicamentos visa “um certo equilíbrio na revisão dos preços, no que respeita a grandes reduções que possam vir a ocorrer, correspondendo assim aos compromissos assumidos pelo governo no acordo celebrado com a indústria farmacêutica para o ano de 2017”.

Além deste mecanismo excecional, em 2017 ficará igualmente suspensa a revisão anual do preço de venda ao público máximo de medicamentos genéricos, bem como a revisão anual dos preços máximos de aquisição dos medicamentos genéricos pelos estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Outra portaria também publicada ontem em Diário da República sobre a revisão de preços refere que, a partir de quinta-feira, “não podem ser colocados nos distribuidores por grosso, nem nas farmácias, medicamentos que apresentem preços diferentes dos resultantes da aplicação do regime”.

Os medicamentos abrangidos pela presente portaria, que se encontrem nos distribuidores por grosso e nas farmácias, marcados com o preço antigo no dia anterior ao da entrada em vigor dos novos preços poderão ser escoados com aquele preço pelo prazo de 30 dias (distribuidores por grosso) e 60 dias (no caso das farmácias).

“É permitida a remarcação de preços pela indústria nas instalações das farmácias ou dos distribuidores por grosso”, lê-se na portaria.

Bebés prematuros
Todos os dias, nascem em Portugal, 17 bebés prematuros o que nos coloca numa das mais altas taxas de

Acompanhar os bebés a crescer fora da barriga da mãe é o papel do neonatologista. Neste momento Portugal regista 8% de partos antes das 37 semanas de gestação.

Um bebé que nasce antes das 37 semanas é considerado um bebé prematuro. A idade gestacional e peso do bebé determinam a classificação do nível de prematuridade em causa: o prematuro pré-termo limiar, entre as 33 e as 36 semana  e o prematuro extremo com menos de 28 semanas. O peso varia entre 2,5 quilos e menos de um quilo.

A probabilidade de um parto pré-termo é maior em algumas situações, nomeadamente, história prévia de prematuridade, recurso a técnicas de procriação medicamente assistida, pré-eclâmpsia (disfunção dos vasos sanguíneos) descolamento da placenta, malformações fetais, gemelaridade, entre outros fatores.

Os bebés prematuros
Para além de muito pequeninos, há outros sinais de imaturidade que caraterizam um bebé prematuro e os pais têm de estar preparados para isso. Baixo peso, pele fina, brilhante e rosada, por vezes coberta por penugem, veias visíveis sob a pele, pouca gordura, cabelo escasso, orelhas finas e moles, cabeça grande e desproporcionada em relação ao resto do corpo, músculos fracos e atividade física reduzida (não conseguem elevar os braços e as pernas) reflexos de sucção fracos e inexistentes e respiração irregular.

A imaturidade de todos os sistemas torna os bebés prematuros muito mais vulneráveis. Conforme o grau, os bebés têm dificuldade em realizar as funções básicas em três áreas essenciais: controlo da temperatura corporal, respiração e alimentação.

Um recém-nascido com uma prematuridade extrema, perde água de tal ordem que temos de acautelar desde o primeiro minuto a desidratação que rapidamente colocará este bebé em risco de vida.

Os mecanismos de regulação térmica não estão suficientemente desenvolvidos. Por isso, são muito importantes todas as medidas que visem diminuir a perda de calor, bem como o aquecimento do ambiente e das superfícies que contactam com o bebé.

Em caso de risco de prematuridade ou parto programado para antes das 37 semanas, é habitual o recurso a corticoides para estimular o desenvolvimento pulmonar. 

A probabilidade da necessidade de ventilação invasiva e do desenvolvimento de sequelas, nomeadamente a displasia broncopulmonar, é muito superior nos recém -nascidos que não foram submetidos a maturação pulmonar in utero, particularmente naqueles com extremo baixo peso. Este procedimento deve ser feito entre as 24 e as 34 semanas, o mais perto possível da data do parto.

Pelo menos nas primeiras semanas de vida, todos os bebés prematuros são sujeitos a nutrição parentérica, ou seja, a uma nutrição artificial, criteriosamente elaborada, realizada por via endovenosa. Depois, à medida que cada recém-nascido, com a sua condição individual, começa a aceitar o leite (idealmente materno) por via oral, são oferecidas doses crescentes, de forma lenta e progressiva, até este se tornar o único alimento do bebé.

Os bebés prematuros são tratados na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais por equipas diferenciadas e multidisciplinares.

Sabemos que um bebé que nasce às 25 ou 26 semanas vai estar provavelmente mais de três ou quatro meses internado e que a probabilidade de morte ou sequelas é maior. Embora muitos destes bebés evoluam muito bem e sem sequelas.

Depois, os bebé prematuros são orientados para a consulta de pediatria, onde é feito todo o acompanhamento do crescimento e dos marcos do neurodesenvolvimento. É muito importante envolver especialidades como a Medicina Física e de Reabilitação, o neurodesenvolvimento e a Psicologia, a Oftalmologia e a Nutrição, entre outras.

A presença dos pais é fundamental no acompanhamento do bebé. A investigação defende que essa proximidade pode contribuir não só para o bem estar do bebé, mas também para a sua recuperação. Todos os laços estabelecidos nesta altura da vida aumentam os resultados mais positivos.

 

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Em 30 unidades de saúde
Os doentes com várias patologias e que mais recorrem aos serviços de saúde vão ter um plano de cuidados individual que deve ser...

A ideia vai avançar primeiro como um projeto piloto em cerca de 30 unidades de saúde, segundo Constantino Sakellarides, consultor do ministro da Saúde.

O plano individual de saúde deve ser subscrito por todos os cuidadores do doente, envolvendo os vários níveis, desde os cuidados de saúde primários, aos hospitalares e aos continuados, se for o caso.

O objetivo é criar planos individuais para os doentes com diversas patologias e que são simultaneamente os que mais usam os serviços de saúde.

As unidades de saúde que apostem nestes planos individuais e direcionados terão benefícios financeiros a nível da contratualização com o Ministério da Saúde, como explicou Constantino Sakellarides, à margem de uma conferência em Lisboa sobre literacia em saúde.

Calcula-se que cerca de 10% da população se encaixe no perfil de utente com multi-patologia e que sobreutiliza os serviços de saúde.

Constantino Sakellarides considera que o sistema de saúde não pode continuar fragmentado nos vários níveis de cuidados e que tem de facilitar o percurso dos utentes por esses vários patamares.

O consultor do ministro na Saúde acredita que, no futuro, todos os utentes deverão ter um plano individual de saúde que integre os diferentes tipos de cuidados.

Dia Mundial da DPOC
No dia em se assinala mundialmente a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, Teresa Mourato, especialist

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, conhecida por DPOC, é uma doença crónica, que resulta da inflamação dos brônquios (que corresponde à bronquite), podendo ser acompanhada de lesão das vias respiratórias e dos alvéolos pulmonares (correspondente ao enfisema pulmonar).

Estas duas entidades podem estar presentes isoladamente ou em conjunto. Quando coexistem ocorre uma obstrução das vias aéreas com acumulação de muco, levando ao aparecimento de expectoração e dificuldade em respirar (dispneia).

Trata-se de uma doença possível de prevenir e tratar e constitui a 4ª causa de morte em todo o mundo.

Afecta apenas os adultos, a partir dos 40 anos de idade, sendo mais frequente nos homens e sobretudo nos fumadores e ex-fumadores.

A principal causa da DPOC é o fumo do tabaco porque leva a inflamação e lesão nas vias respiratórias. Outras causas são a poluição atmosférica e os factores poluentes no domicílio (resultante da combustão de combustível para cozinhar em recintos fechados), no local de trabalho, fumos das fábricas e indústrias, bem como alguma predisposição genética como o déficit da alfa-1-antitripsina.

Os sintomas da doença são: tosse, expectoração, dispneia e episódios de exacerbações frequentes. Cerca de 30 % dos doentes com DPOC não apresentam qualquer sintoma.

A tosse é normalmente o primeiro sintoma a aparecer, podendo ser ocasional no início mas tornando-se cada vez mais persistente. Habitualmente vem acompanhada de expectoração, que traduz um aumento na produção de muco pelas vias respiratórias lesadas.

A dispneia de esforço é o sintoma mais frequente mas pode passar despercebido durante muito tempo por o doente não o valorizar.

As exacerbações caracterizam-se por aumento do volume e purulência da expectoração associadas a agravamento da dispneia e podem necessitar, nas de maior gravidade, de internamento hospitalar.

O diagnóstico da DPOC é feito pelos sintomas, exposição a factores de risco e confirmado pela espirometria, exame que indica a limitação de fluxo de ar através das vias respiratórias, a qual não é totalmente reversível após inalação de medicamento broncodilatador.

A gravidade da doença é estabelecida pelo número e intensidade dos sintomas, pelos valores da espirometria e pelo número de agudizações anuais e respectivos internamentos.

As medidas para evitar o agravamento da doença incluem:

- deixar de fumar, sendo esta a mais importante para evitar a progressão da doença e o impacto na vida do doente. Para isso é fundamental o aconselhamento médico, bem como o recurso  a medicamentos (gomas ou pastilhas, adesivos ou comprimidos);

- evitar o contacto com agentes poluentes, quer no local de trabalho mediante medidas de protecção, quer no domicílio, evitando fumos domésticos em casas mal ventiladas, quer ainda ao ar livre evitando sair em dias de maior contaminação do ar ou de altos níveis de polinização;

- praticar actividade física regular;

- manter o peso adequado já que a obesidade agrava os sintomas.

O tratamento principal da DPOC são os medicamentos que vão aliviar os sintomas, diminuir a frequência e a gravidade das exacerbações e melhorar a qualidade de vida e a tolerância ao exercício.

Os medicamentos são administrados sobretudo através de um dispositivo chamado inalador que permite uma melhor penetração do fármaco na via aérea, com uma acção mais eficaz. Têm uma acção broncodilatadora e anti-inflamatória.

Nas exacerbações pode ser necessário o internamento hospitalar do doente, aporte de oxigénio, corticóides por via inalada, oral ou injectável e antibióticos, se a causa daquelas for infecciosa.

Nestes doentes estão indicadas as vacinas sazonal da gripe e da pneumonia, importantes na prevenção das formas mais graves de infecção.

Em doentes com DPOC mais grave, já com insuficiência respiratória crónica, pode ser necessário o aporte de oxigénio domiciliário (num período superior a 15 horas/dia), isoladamente ou em combinação com a necessidade de um ventilador portátil, que permite um aumento da sobrevida e uma redução no risco de hospitalizações.

A cirurgia pulmonar está indicada apenas em doentes com enfisema predominante nos lobos superiores e com grande repercussão na capacidade de exercício.

O transplante pulmonar está indicado em doentes com DPOC muito grave e com critérios muito precisos.

Sendo a DPOC uma doença progressiva com degradação gradual do estado de saúde e da qualidade de vida, com sintomatologia crescente e maior frequência de exacerbações, os cuidados paliativos são um componente fundamental na sua fase terminal. 

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16 de Novembro - Dia Mundial da DPOC
“Respirar pela DPOC” é o mote da campanha que, no âmbito do Dia Mundial da DPOC, leva a Sociedade Portuguesa de Pneumologia,...

Ainda que se trate de uma doença altamente subdiagnosticada, estudos indicam que a DPOC afeta cerca de 14% na população portuguesa com mais de 40 anos, razão pela qual a SPP, através da sua Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC, assinala a data com um desafio que visa sensibilizar as pessoas para esta doença que afeta cerca de 800 mil portugueses.

“A DPOC é uma doença altamente incapacitante. Debilita quem a tem ao ponto de impedir de trabalhar, sair de casa porque causa uma constante sensação de falta de ar. Simples gestos do dia-a-dia, andar, subir umas escadas ou até ler em voz alta é algo que requer um esforço acrescido para quem sofre de DPOC. Neste sentido, a melhor forma que encontrámos para passar esta mensagem foi desafiar todas as pessoas a efetuar a leitura de um simples texto, com um só fôlego de ar. Trata-se de um texto que alerta para a importância do diagnóstico da DPOC ao mesmo tempo que, após a leitura das primeiras linhas, coloca dificuldades acrescidas aos doentes respiratórios”, explica Inês Gonçalves, Coordenadora da Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC.

Para Ana Sofia Oliveira, da Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC “é fundamental promover o diagnóstico precoce de modo a intervir atempadamente e abrandar o declínio mais acelerado da capacidade respiratória do doente. A DPOC é uma doença respiratória que se encontra subdiagnosticada nos seus vários estádios, verificando-se que muitos doentes não procuram o médico até terem perdido cerca de 50% da capacidade respiratória”.

O desafio está marcado para o dia 16 das 09h00 e as 18h00 na Gare do Oriente (junto à central de autocarros) e deixa o apelo ao diagnóstico desta doença que se prevê que venha a ser a terceira causa de morte mais comum em 2030.

18 e 19 de Novembro
A 3ª edição do Thoracic Aorta Lisbon Symposium (TALS 2016) realiza-se nos próximos dias 18 e 19 de Novembro e conta com a...

Organizado pelo cirurgião Álvaro Laranjeira Santos, a edição deste ano é subordinada ao tema “A interdisciplinariedade é uma das chaves para o futuro da medicina cardiovascular” e conta com a “apresentação, discussão e debate de diversos casos clínicos e indicações relevantes no quadro da gestão do risco cardiovascular da população portuguesa”.

O evento contará ainda, à margem, com um simpósio satélite dedicado a uma doença genética rara – Síndrome de Marfan – que afeta cerca de 1 em cada 5000 pessoas em Portugal.

Ainda pouco conhecida, a Síndrome de Marfan é uma doença do tecido conjuntivo, que apresenta um quadro clínico muito variável e por vezes de difícil diagnóstico.

No entanto, os problemas cardiovasculares estão presentes na maioria do casos, sendo a lesão da aorta a principal manifestação.

 

 

 

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