Estudo
A capacidade de alguns peixes restaurarem a retina e recuperarem a visão depois de grandes danos poderá ser replicada nos seres...

Na sua investigação, publicada na revista especializada Stem Cell Reports, os biólogos identificaram um sinal cerebral como o que desencadeia o processo de autorregeneração da retina no peixe-zebra.

Esse neurotransmissor, designado por GABA, costuma inibir a transmissão de impulsos nervosos, o que tem um efeito calmante no cérebro.

Os cientistas querem agora prosseguir os estudos e afirmam que a sua descoberta abre a possibilidade de se induzir nas retinas humanas a capacidade de se regenerarem, reparando danos causados por doenças degenerativas e traumas.

"A opinião que tem prevalecido é que o processo de regeneração na retina dos peixes é desencadeado por fatores de crescimento segregados pelo animal, mas os nossos resultados indicam que o neurotransmissor GABA pode ser o iniciador do processo", afirmou o biólogo James Patton, principal autor do estudo.

O académico acrescentou que o neurotransmissor consegue iniciar a reparação mesmo que não haja danos efetivos na retina.

A estrutura da retina dos peixes e dos mamíferos é essencialmente igual: numa espessura de 0,5 milímetros encontram-se células que detetam a luz, outras que assimilam a informação e outras que a enviam para o cérebro.

James Patton apontou que os níveis do neurotransmissor GABA são ainda centrais na regeneração de células do pâncreas e do hipocampo, o centro da memória do cérebro.

Quercus
A Quercus saudou um relatório da ONU que aponta os pesticidas como sendo responsáveis por 200.000 mortes por ano, e defendeu...

A relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o direito da alimentação, Hilal Elver, disse, na quarta-feira, que a utilização de pesticidas, principalmente na agricultura, é responsável por 200.000 mortes por ano, por envenenamento.

Na apresentação do relatório anual perante o Conselho de Direitos Humanos, a especialista salientou que a maioria da população mundial está exposta aos pesticidas, quer através dos alimentos, da água ou do ar, quer do contacto direto com estes químicos e os seus resíduos.

A exposição aos pesticidas tem consequências irreversíveis, como cancro, doenças de Alzheimer e de Parkinson, transtornos hormonais, anomalias no crescimento ou esterilidade.

A Quercus saúda a divulgação deste relatório numa altura em que tenta sensibilizar as empresas e entidades, sobretudo as autarquias, para a redução de uso dos pesticidas e para o abandono de herbicidas, nomeadamente com glifosato.

A associação ambientalista vai realizar um encontro nacional sobre este tema e pretende apontar práticas alternativas ao uso de herbicidas químicos.

"Ineficazes para garantir a segurança alimentar, tóxicos para a saúde humana e para o ambiente, os pesticidas fazem parte de um modelo de agricultura que está desatualizado", defendeu a associação Quercus, em comunicado.

Para os ambientalistas, a utilização de pesticidas "apenas beneficia as multinacionais e a indústria, enquanto os agricultores da União Europeia [UE] lutam para sobreviver".

Na vertente política, a Quercus refere a posição da Pesticide Action Network Europe, uma organização europeia da qual é membro, a defender que a indústria dos pesticidas "gasta milhões de euros a fazer 'lobby' para a manutenção dos seus produtos tóxicos no mercado".

"Muitas vezes, [a indústria de produção de pesticidas] apresenta informações falsas aos decisores políticos, assusta as pessoas com números alarmantes, como o de 85% de perdas se não usarem pesticidas e insiste em realçar o argumento do 'medo da fome'", acusam os ambientalistas.

A diferença de rendimento entre a agricultura convencional e a biológica, acrescentam, "é de 8% ou 9%, comparada com os mais de 30% do desperdício anual de alimentos" e o custo das "externalidades ultrapassa os benefícios que os pesticidas possam implicar".

Hilal Elver, que apresentou os resultados de um ano de investigações e visitas a várias regiões do mundo, precisou que 99% dos casos graves de contaminação acidental com pesticidas regista-se nos países em desenvolvimento.

As populações da UE e dos EUA não estão protegidas dos efeitos da utilização dos pesticidas, no entanto, a primeira aplica alguns princípios de precaução que não existem entre os norte-americanos.

"Embora nestes locais não haja grandes acidentes, o que está a passar-se é a modificação dos genes das plantas. Trata-se de um problema de ordem sistémica", explicou.

"Em todos os países há exposição crónica a pesticidas. Nenhum está imune", assegurou Hilal Elver.

13.º Congresso Português de Diabetes
Novas terapêuticas para a prevenção e tratamento de problemas cardiovasculares em doentes com diabetes é um dos temas em foco...

O vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, Rui Duarte, disse que os avanços mais recentes no estudo da terapêutica da diabetes têm vindo a demonstrar “que pode haver fármacos que têm melhores resultados na prevenção e na evolução dos eventos cardiovasculares de pessoas com diabetes e com fatores de risco de doença cardíaca”.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Diabetologia, os problemas cardiovasculares, que são uma das várias complicações que os diabéticos podem desenvolver, representam cerca de 50% das causas de morte de diabéticos, sendo que cerca de 20% das pessoas com diabetes tipo 2 apresentam insuficiência cardíaca.

Os “números apontam para aproximadamente entre os 1% e os 13%” de portugueses diagnosticados com diabetes, explicou o especialista Rui Duarte observando tratar-se de uma patologia muito prevalente na prática clínica diária.

O vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia sublinhou que cerca de 30% das pessoas internadas nos serviços de medicina dos hospitais têm diabetes.

O número de diabéticos, a quantidade de medicamentos consumidos no tratamento da diabetes, o número de hospitalizações e os gastos associados são alguns dos dados atualizados que vão ser apresentados durante o congresso, que decorre até domingo num hotel em Albufeira, no Algarve.

As estimativas apontam para que a diabetes afete quase um milhão de portugueses, sendo que perto de 400 mil não sabem ainda que não foram diagnosticados.

Durante três dias, investigadores e profissionais de diferentes classes profissionais e especialidades vão reunir-se para debater várias abordagens sobre o tratamento da diabetes, assim como novos tratamentos e nova tecnologia associada e avanços científicos.

Um programa que Rui Duarte descreveu como “bastante abrangente relativamente à abordagem que se faz da diabetes e das suas complicações”.

A cirurgia metabólica da diabetes, até que ponto a nossa genética está a influenciar o aparecimento de complicações, a monitorização da glucose sem a comum picada no dedo, são alguns temas deste encontro.

Os grupos de trabalho vão debruçar-se sobre as complicações associadas à neuropatia diabética, à diabetes na adolescência, a nutrição, a diabetes gestacional, o pé diabético e questões relacionadas com a enfermagem.

A Sociedade Portuguesa de Diabetologia comemora o seu 30.º aniversário neste congresso.

Universidade da Beira Interior
A Universidade da Beira Interior, Covilhã, anunciou hoje que conquistou um financiamento de 1,2 milhões de euros para...

Na informação publicada na página oficial desta instituição, a Universidade da Beira Interior (UBI) explica que a investigação será desenvolvida no Centro de investigação em Ciências da Saúde (CICS-UBI) e que se centrará "na identificação de fatores de risco, deteção precoce, avaliação da progressão e desenvolvimento de tratamentos inovadores para doenças neurodegenerativas".

Designado de "ICON - Desafios interdisciplinares em neurodegeneração", o projeto prolonga-se por três anos e conta com fundos europeus do Portugal 2020.

"Espera-se que os resultados obtidos pelo ICON resultem num forte impacto socioeconómico, dada a elevada prevalência daquelas doenças", aponta a informação.

Segundo a informação, "os investigadores procurarão novos indicadores de risco metabólicos, imunológicos e genéticos das doenças neurodegenerativas e tentarão perceber a influência ambiental nestas doenças".

O trabalho vai abranger ainda as funções cerebrais, nomeadamente na regulação da função vascular, proteção e administração de nutrientes e medicamentos, sendo a descoberta de novos fármacos para tratamentos outro dos objetivos previstos.

"Uma das vantagens que poderá contribuir para o sucesso deste projeto é a atividade desenvolvida no CICS-UBI nesta área, que permitiu a descoberta da ação neuroprotetora de algumas moléculas, que poderão ser utilizadas para prevenir estas doenças. Também foram estabelecidos processos eficientes para purificar produtos que poderão ser usados no tratamento das mesmas", é referido na nota informativa.

O projeto é liderado pelo investigador do CICS e docente da Faculdade de Ciências da Saúde, Ignacio Verde, sendo ainda coordenado por sete investigadores também do CICS.

A UBI também destaca que esta investigação "representa ainda uma mais-valia na atração de jovens investigadores para a região, uma vez que uma grande fatia do orçamento se destina à contratação de recursos humanos qualificados".

Estudo
A ingestão de alimentos com glúten pode estar associada a um menor risco de desenvolvimento de diabetes do tipo 2, a mais comum...

O glúten, uma proteína que se encontra em cereais como o trigo, o centeio e a cevada, dá ao pão e a outros alimentos elasticidade durante o processo de cozedura e uma textura mastigável.

Uma pequena percentagem da população é intolerante ao glúten devido, nomeadamente, à doença celíaca. Contudo, as dietas sem glúten tornaram-se populares para pessoas sem qualquer intolerância, apesar da falta de evidências científicas de que a redução do seu consumo é benéfica para a saúde.

No estudo, divulgado pela American Heart Association, uma associação para o estudo e prevenção de doenças do coração, uma equipa de investigadores da Universidade de Harvard observou que a maioria dos voluntários que nele participaram consumia menos de 12 gramas por dia de glúten e os que ingeriram mais quantidades da proteína apresentavam menor risco de ter diabetes do tipo 2.

Em contrapartida, os participantes que consumiam menos glúten (menos de quatro gramas por dia) tendiam a ingerir menos fibra de cereais, um protetor natural do organismo contra o desenvolvimento da diabetes do tipo 2.

Os investigadores avaliaram o consumo diário de glúten de 199.794 participantes de três estudos, através de questionários sobre hábitos alimentares feitos num período de dois a quatro anos.

A média diária de ingestão de glúten variava entre 5,8 e 7,1 gramas e a principal fonte da proteína estava em massas, cereais, pizza, bolos e pão.

Durante o trabalho realizado pelos investigadores de Harvard, que incluiu o acompanhamento de 4,24 milhões de pessoas nos períodos de 1984-1990 e de 2010-2013, um total 15.947 casos de diabetes do tipo 2 foram confirmados.

Apesar dos resultados obtidos, serão necessárias mais investigações. O estudo baseou-se em observações e não engloba dados de pessoas que se abstiveram de consumir glúten, já que a maioria dos voluntários participou no trabalho antes de as dietas sem glúten se tornarem populares.

A diabetes é uma doença caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue e outras alterações do metabolismo provocadas por deficiência ou falta de insulina (hormona segregada pelo pâncreas).

A forma mais comum de diabetes é a do tipo 2, em que os doentes não estão dependentes de injeção de insulina, ao contrário dos que têm a diabetes do tipo 1.

Os diabéticos têm um risco acrescido de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e na retina.

Tudo o que deve saber sobre Contraceção de Emergência
Um estudo sobre práticas contracetivas da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e da Sociedade Portugu

Dados recentes mostram que a pílula continua a ser o método contracetivo mais utilizado. No entanto, cerca de 20% das mulheres admite que não a usa de modo correto, saltando uma toma ou outra em quase todos os ciclos, pondo em risco a sua eficácia.

De acordo com um estudo promovido por entidades portuguesas, a grande maioria das mulheres sexualmente ativas já ouviu falar da pílula do dia seguinte e uma pequena minoria admite já a ter utilizado. Ainda sim, muitas são as mulheres que não sabem quando deve ser tomada, se podem tomar mais do que uma pílula de emergência no mesmo ciclo, ou que acreditam que pode interferir com a fertilidade.

“O principal receio das mulheres, que diariamente surgem nas consultas, prende-se com o facto de acharem que a contraceção oral de emergência tem demasiadas hormonas e por isso vai desregular os seus ciclos. É necessário clarificar que as hormonas contidas na contraceção de emergência podem alterar a sua menstruação apenas no ciclo em que as toma, e não nos restantes”, começa por explicar Joaquim Neves, médico especialista em ginecologia e obstetrícia, acrescentando que “depois disso, a menstruação regressa ao seu padrão regular”.

Por outro lado, quanto à dúvida se podem ou não recorrer à contraceção oral de emergência mais do que uma vez no mesmo ciclo, o especialista garante que sim, advertindo, no entanto, que “é muito mais seguro pensar num método contracetivo regular” uma vez que estes são muito mais eficazes na prevenção da gravidez.

E quanto à fertilidade, podem ficar descansadas. “De acordo com a experiência acumulada e segundo a indicação da Organização Mundial de Saúde, a toma de contraceção de emergência não apresenta qualquer impacto na fertilidade”, afirma o ginecologista.

Qualquer mulher em idade em idade reprodutiva pode usar

Tratando-se de um método seguro e sem contra-indicações, pode ser utilizado por qualquer mulher em idade reprodutiva e com atividade sexual mas apenas em situações em que há risco de uma gravidez não planeada.

“A contraceção de emergência é um método contracetivo que só deverá ser usado em situações de risco de uma gravidez não planeada, por falha do método regular ou por relações não protegidas”, alerta Joaquim Neves.

De acordo com o especialista, os métodos contracetivos de emergência não devem ser utilizados de forma regular, mas sim em situações pontuais. “Sempre que exista um esquecimento da toma da pílula contracetiva, quando a mulher ou o casal estão inseguros quanto à eficácia do coito interrompido ou ao método do calendário, quando o método de contraceção habitual falhou, ou quanto tem tomado outra medicação que poderá ter diminuído a eficácia da pílula que toma regularmente e a mulher está preocupada com a possibilidade de estar grávida”, explica.

Sabe-se, no entanto, quanto à sua eficácia, que qualquer método contracetivo de emergência hormonal é menos eficaz do que a utilização regular de contraceção. “Um estudo clínico efetuado pela Organização Mundial de Saúde que envolveu mais de 5800 mulheres, a nível mundial, teve como resultado uma taxa de gravidez de 1,01% quanto utilizada a contraceção de emergência hormonal com a substância levonorgestrel”, adverte o clínico.

A escolha do melhor método deve basear-se na eficácia, no tempo que tenha decorrido desde a relação sexual desprotegida e na preferência da mulher, por isso, o especialista aconselha a que fale com o seu médico.

Os métodos contracetivos de emergência

Para além da contraceção de emergência hormonal, vulgarmente conhecida por “pílula do dia segunte”, existe ainda a contraceção de emergência com um dispositivo intrauterino de cobre (DIU).

“A contraceção de emergência é de toma única e, no caso de conter a substância levonorgestrel (exemplo da pílula Postinor®), deverá ser tomada até 72 horas (3 dias) após a relação sexual de risco”, explica Joaquim Neves.

“Existe outra alternativa hormonal que consiste numa pílula única de acetato de ulipristal (EllaOne®) que pode ser utilizada durante 5 dias após as relações sexuais não protegidas”, acrescenta.

Quanto ao DIU, o especialista refere que a sua colocação deve ser feita por um profissional de saúde “o mais cedo possível e até 120 horas (5 dias) após a relação sexual de risco”.

Para obter a contraceção de emergência hormonal e a contraceção com dispositivos intrauterinos, as mulheres podem recorrer às consultas de Planeamento Familiar dos Centros de Saúde e Serviços de Ginecologia e Obstetrícia do Serviço Nacional de Saúde, aos Centros de Atendimento Jovem e farmácias.

“Os métodos hormonais de contraceção de emergência são de venda livre e portanto podem ser utilizados por todas as mulheres saudáveis e não saudáveis. O uso de contraceção de emergência não provoca complicações, nomeadamente, dificuldades em engravidar no futuro”, acrescenta o médico especialista.

Sem efeitos adversos, é possível, no entanto, que algumas mulheres possam apresentar queixas como cefaleias, náuseas, vómitos, tonturas, aumento de sensibilidade mamária ou dores pélvicas. “Os efeitos são raros, ligeiros, transitórios e sem necessidade de terapêutica adicional”, esclarece. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Governo
A proposta de lei do Governo para alterar a lei do tabaco arrisca-se a ser chumbada pelo parlamento, a avaliar pelas dúvidas...

O grupo terminou hoje a fase de audições e deverá concluir os trabalhos até 19 de abril, após o que o projeto de lei pode voltar ao plenário para ser votado, podendo nem ser discutido. A principal questão que tem suscitado dúvidas aos deputados prende-se com os novos produtos de tabaco e a possibilidade de minimizarem riscos, como a indústria apregoa.

Os deputados alertam para o que chamaram hoje “o princípio da precaução”, que consiste em não estar a eliminar já produtos que podem ser menos nocivos para a saúde e que podem ter um papel importante para as pessoas que não querem ou não conseguem deixar de fumar.

A Direção-Geral de Saúde (DGS) contrapõe que é preciso regular esses novos produtos e que agora, por falta dessa regulação, “qualquer criança pode andar a fumar tabaco aquecido nas escolas”, disse Emília Martins Nunes, diretora do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo.

Em outubro passado o Governo submeteu à Assembleia uma proposta de uma nova lei do tabaco, que está a ser analisada num grupo de trabalho criado na Comissão de Saúde. No essencial a proposta proíbe que se fume a menos de cinco metros de hospitais, escolas e outros estabelecimentos, e equipara os dispositivos eletrónicos (como cigarros eletrónicos ou tabaco aquecido) aos cigarros tradicionais.

É esta última questão que levanta mais dúvidas aos diversos grupos parlamentares, ainda que Emília Nunes tenha dito que a proposta de lei “está razoável e tem base científica”.

Está a ser promovido pela indústria um novo produto de tabaco como sendo menos danoso mas há, “inclusivamente por parte do fabricante, grande desconhecimento dos efeitos a longo prazo”, disse a responsável da DGS, salientando a falta de “comprovação científica consolidada” sobre o risco reduzido dos novos cigarros.

A responsável salientou que a indústria do tabaco vem desde 1950 desenvolvendo a argumentação de redução de danos mas o que se provou foi que não diminuíram os malefícios dos cigarros, e disse aos deputados que a “composição química “ dos novos produtos não é muito clara e estes podem levar “à perceção da população de que o produto não tem risco nenhum”.

A estas questões de Emília Martins responderam os deputados com dúvidas sobre se não seria preferível então não mexer na lei para já, como disse a deputada social-democrata Fátima Ramos. E Alexandre Quintanilha, do PS, questionou mesmo até que ponto se está a construir uma sociedade em que o prazer (álcool ou tabaco) é controlado.

Pelo CDS/PP a deputada Teresa Caeiro questionou também se não será extemporânea uma nova lei do tabaco e o PCP (João Ramos) deixou dúvidas sobre os estudos (para todos os gostos) e sobre a equiparação entre produtos eletrónicos e cigarros tradicionais.

“Há necessidade absoluta de a lei [do tabaco] ser alterada? Se não há ainda argumentos científicos [sobre novos produtos] suficientes porque é que vamos desde já alterar e proibir?”, questionou a também socialista Maria Antónia Almeida Santos.

Respondeu a responsável da DGS que sem legislação qualquer criança pode fumar tabaco aquecido e que se for provado que esses cigarros são menos nocivos a própria DGS os aconselhará aos fumadores.

“Penso que é oportuno legislar agora”, disse Emília Nunes.

Cabo Verde
Duas investigadoras portuguesas estão em Cabo Verde para dar formação a estudantes universitários sobre o cancro e as doenças...

A intenção foi manifestada hoje por Mónica Bettencourt-Dias e Susana Godinho, duas investigadoras portuguesas que ministraram um seminário, na Universidade Pública de Cabo Verde (Uni-CV), sobre o cancro e doenças genéticas, organizado pelo Programa de pós-Graduação Ciência para o Desenvolvimento (PGCD).

"Vários dos processos que estudamos são importantes para a realidade de Cabo Verde e esperamos que através de programas de doutoramento como o PGCD se treinam pessoas para fazer investigação, o que é fundamental para a melhoria da qualidade de vida das pessoas", disse aos jornalistas Mónica Dias, doutorada em regeneração do músculo cardíaco.

A professora, que apresentou um estudo para perceber como o corpo funciona normalmente e como não funciona em caso de doença, espera inspirar os estudantes cabo-verdianos, para que depois possam estudar áreas que possam ser importantes para a realidade do país.

Mónica Dias destacou a importância da formação, mas salientou que durante os seminários podem ser abordados novos tratamentos que as pessoas poderão não ter ouvido, pelo que podem ficar alertas.

"A formação é muito importante porque pessoas formadas sabem que tipo de tratamento é que se pode fazer, percebem que perguntas que existem em Cabo Verde são diferentes do resto do mundo, mas têm que ser abordadas para a realidade do país", salientou.

Por sua vez, Susana Godinho, doutorada pelo Instituto Gulbenkian de Ciência na multiplicação das células, afirmou que Cabo Verde precisa de mais infraestruturas para permitir aos estudantes desenvolver o seu trabalho.

Susana Godinho, que se foca no desenvolvimento de novas terapias para o cancro, pretende utilizar a ciência como ferramenta de desenvolvimento dos países, tendo ensinado em quatro cursos do PGCD em Cabo Verde desde 2014.

Segundo os últimos dados, o cancro é segunda causa de morte em Cabo Verde, contando com mais de 700 mortes por ano.

Colégio da especialidade
O presidente do Colégio da Especialidade de Nefrologia da Ordem dos Médicos disse hoje, em Coimbra, que os cuidados médicos...

"O objetivo fundamental nesta altura é manter o nível, pois é fundamental que não se perca tudo o que se conquistou até agora, para se continuar a manter a modernidade e assimilar as novas técnicas que possam surgir", salientou José Diogo Barata.

O especialista falava aos jornalistas no polo dos Hospitais da Universidade do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que hoje assinalou o Dia Mundial do Rim com uma homenagem ao médico Mário Campos, que dirigiu o serviço de Nefrologia entre 2001 e 2016.

Segundo José Diogo Barata, os últimos 30 anos levaram a nefrologia portuguesa "a um nível fantástico em termos internacionais, de cobertura, da qualidade de tratamento aos doentes e da doença renal crónica".

O presidente do Colégio da Especialidade de Nefrologia da Ordem dos Médicos disse que é preciso "apostar sempre na boa formação, manter os níveis dos hospitais, com boas condições de trabalho, boas capacidades de manter a nefrologia e a formação nos maiores níveis nacionais e internacionais, como se conseguiu ao longo destes anos".

"Em termos internacionais, a formação em nefrologia é das melhores que se pode obter em termos mundiais e isso está garantido", sublinhou o médico, reiterando que é fundamental "manter atualizado este espírito de permanente ligação às coisas novas que aparecem e deixarmos que os jovens que vão aparecendo, que são seguramente de grande qualidade, consigam desabrochar e manter o nível que a nefrologia atingiu atualmente".

Para o homenageado, que foi uma referência futebolista da Académica nos anos 1960 e 1970, a nefrologia "é um serviço que nasceu com o 25 de Abril e se organizou muito bem e hoje, a nível nacional, é provavelmente dos serviços e da especialidade mais bem organizada".

"Nos transplantes, Portugal está entre os 10 primeiros e já foi o quarto do mundo em transplantes por milhão de habitantes, e o território e a distribuição da nefrologia ao nível nacional é perfeito, não há lista de espera em nada", sublinhou Mário Campos.

O ex-diretor do serviço de Nefrologia dos CHUC disse ainda que, naquela especialidade, tudo o que não é público é convencionado, "não é privado", salientando que a tecnologia da diálise e os medicamentos que tem surgido ao nível do transplante renal originaram uma grande qualidade de vida "muito grande" do doente renal.

A sessão de homenagem a Mário Campos iniciou-se com a intervenção do diretor do serviço de Nefrologia, Rui Alves, e incluiu ainda as intervenções de Pedro Lopes, do CHUC, e do historiador Alexandre Ramires, que abordou os "Cruzamentos fotográficos na medicina em Coimbra".

Estava prevista a participação do advogado António Arnaut, antigo ministro dos Assuntos Sociais e responsável pela criação do Serviço Nacional de Saúde, mas motivos pessoais inviabilizaram a sua presença.

Estudo
Contrariamente ao que se pensava, as rede sociais estão a fazer com que o ser humano se sinta mais sozinho, aponta um estudo...

A investigação publicada na revista médica "American Journal of Preventive Medicine" garante que aceder a redes sociais como o Twitter, Facebook e Snapchat durante mais de duas horas por dia duplica a probabilidade de alguém se sentir isolado, escreve o Sapo.

Os cientistas argumentam que a exposição a representações idealizadas da vida de outras pessoas aumenta também a sensação de inveja, tristeza e desilusão, escreve a BBC. "Não sabemos o que veio antes - o uso de redes sociais ou a sensação de isolamento social", comentou uma das autoras do estudo, Elizabeth Miller, professora de Pediatria da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

"É possível que jovens adultos que se sentiam isolados socialmente tenham recorrido às redes sociais. Mas pode ser que o uso cada vez mais intenso destas os tenham levado a sentir-se isolados do mundo real".

"É importante estudar isto, porque há uma epidemia de problemas mentais e de isolamento social entre jovens adultos", comentou ainda Brian Primack, outro dos investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh.

As conclusões do estudo foram baseadas em entrevistas a mais de 2.000 adultos com idades entre os 19 e os 32 anos e que eram utilizadores de redes sociais como o Twitter, Facebook, Instagram, Pinterest, Snapchat e Tumblr.

A análise conclui ainda que quanto mais tempo se passa online, menos se interage com o mundo real.

Síndrome de Williams
Na rua, numa reunião ou numa festa, as crianças com a Síndrome de Williams são as primeiras a meter conversa.

São crianças sociáveis, extrovertidas, empáticas e estão dispostas a agradar. Características que as tornam adoráveis, mas que na vida adulta lhes trazem transtornos sociais graves e que podem determinar o isolamento.

As crianças com síndrome de Williams "têm um perfil psicológico e social muito definido", explica Rosa Gonzalez, presidente da Associação de Síndrome de Williams da Espanha (ASWE), em entrevista à BBC.

O seu filho David, de nove anos, foi diagnosticado aos 21 meses com esse transtorno, descrito globalmente como o inverso do autismo.

Embora os seres humanos tenham cerca de 25.000 genes, basta a ausência de cerca de 25 genes do cromossoma 7 para que a pessoa apresente este distúrbio impercetível em exames de medicina pré-natal, escreve o Sapo. "Não são crianças doentes, mas crianças que apresentam um distúrbio no seu desenvolvimento geral", frisa Rosa Gonzalez.

Segundo a BBC, a Síndrome de Williams atinge menos de 5 em cada 10.000 pessoas. Quem sofre deste transtorno social tende a depositar muita confiança em estranhos, não se apercebendo de situações de perigo. "Como não têm maldade, acreditam que o outro também não tem", explica Rosa. Tal característica deixa estas crianças muito vulneráveis.

Por outro lado, embora consigam ter uma conversa com facilidade, carecem de boas habilidades sociais para manter um relacionamento a longo prazo. Por isso, acabam socialmente isolados. "Para eles, o mundo é um lugar muito amigável e há uma incompatibilidade entre a sua extrema cordialidade e sua incapacidade de compreender as reações das pessoas, o que pode gerar ansiedade, isolamento social e solidão", explica à BBC Phil Reed, psicólogo da Universidade de Swansea, no Reino Unido.

Ministério da Saúde
O provedor de Justiça pediu ao Ministério da Saúde que acabe com a discriminação dos beneficiários de subsistemas de saúde...

De acordo com o Provedor de Justiça, José Faria da Costa, em causa estão, com maior premência, os cuidados respiratórios domiciliários (ventiloterapia e oxigenoterapia), o transporte não urgente de doentes e o acesso à rede de cuidados continuados integrados.

José Faria da Costa considera pertinente a adoção de uma solução de emergência que garanta, no imediato, o normal acesso à rede nacional de cuidados continuados integrados pelos beneficiários da assistência na doença ao pessoal ao serviço da GNR e da PSP (SAD/GNR e SAD/PSP), bem como da assistência na doença aos militares das Forças Armadas (lASFA/ADM), em igualdade de circunstâncias com os demais utentes.

“A acumulação da qualidade de beneficiário de um subsistema de saúde não pode prejudicar o utente, o qual em circunstância alguma perde a sua qualidade de utente de um SNS que a Constituição da República Portuguesa define como universal, geral e tendencialmente gratuito”, considera o provedor.

Para José Faria da Costa, esta discriminação não deverá acontecer, sobretudo tendo em conta que “os referidos subsistemas são atualmente financiados, na sua maioria, pelos beneficiários, sendo alguns deles de inscrição obrigatória”.

Inquérito
A maioria dos portugueses dos grupos prioritários vacinou-se contra a gripe, não pela primeira vez, com os idosos e os doentes...

Os dados reportam-se ao relatório final da 8.ª edição do 'vacinómetro' da época gripal 2016/2017, da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, com o apoio do laboratório farmacêutico Sanofi Pasteur, que produz vacinas.

Ao todo foram auscultadas 1.500 pessoas residentes no território continental e nas ilhas, das quais 822 mulheres, tendo sido recolhidas respostas de pessoas entre os 60 e os 64 anos, com 65 ou mais anos, doentes crónicos e profissionais de saúde, aos quais é aconselhada a vacinação contra a gripe (grupos prioritários).

A maioria dos inquiridos (57,1%) vacinou-se, sendo que, destes, uma minoria (7,2%) fê-lo pela primeira vez. Mais de metade dos que se vacinaram (55,8%) respondeu a uma recomendação médica.

Os idosos e os doentes crónicos vacinaram-se, sobretudo, por aconselhamento médico, enquanto trabalhadores de hospitais e centros de saúde, em contacto com doentes, o fizeram "no contexto de uma iniciativa laboral".

Os que optaram por não se vacinar (42,9%) alegaram como argumentos o ser saudável, a falta de hábito e o nunca ficar com gripe.

Lançado em 2009, o 'vacinómetro' permite monitorizar a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direção-Geral da Saúde.

Dia Mundial do Rim 2017
Hoje celebramos a 12ª edição do Dia Mundial do Rim, uma iniciativa conjunta das Sociedades Portugues

À medida que a incidência de Doença Renal Crónica (DRC) aumenta, educar o público e a comunidade médica, assim como investir em medidas preventivas, sempre que possível desde a idade pediátrica, nunca foi tão importante. Em todo o mundo as estatísticas são alarmantes - uma em cada 10 pessoas é afetada por algum grau de lesão renal. Em Portugal, 2352 doentes iniciaram tratamento substitutivo da função renal em 2015.

Infelizmente, a DRC não é curável e pode desencadear outras doenças como doença coronária ou acidente vascular cerebral levando à morte prematura. A DRC acaba por progredir e necessitar de diálise ou um transplante renal para manter a sobrevivência do doente e, destaca-se a escassez de dadores de órgãos. A melhor forma para diminuir a problemática associada à DRC está na prevenção e deteção precoce. Salienta-se que a DRC pode iniciar-se desde a infância, ocorrendo e progredindo, muitas vezes, de forma assintomática. A monitorização regular da pressão arterial assume um papel fundamental na deteção precoce da DRC.

Em 2016, no âmbito do Dia Mundial do Rim (DMR), com o tema “Doença Renal e a Criança – Agir cedo para prevenir!”, as Sociedades Portuguesa de Nefrologia e Nefrologia Pediátrica desenvolveram ações conjuntas a nível nacional, em todas as capitais de distrito e ilhas, nos hospitais e nas escolas, foram realizadas Ações de Educação para a Saúde com o objetivo de sensibilizar acerca da importância da prevenção primária e de sinais que possam alertar para o diagnóstico precoce de doença renal.

Mexe-te! Pela saúde dos teus Rins!

Em 2017, no dia 9 de março, a 12ª edição do Dia Mundial do Rim será de novo assinalada por milhões de pessoas em todo o mundo.  O foco deste ano é “Doença Renal e Obesidade - Estilo de Vida Saudável para Rins Saudáveis!”

A obesidade tornou-se uma epidemia mundial. Em 2014, existiam mais de 600 milhões de obesos, antecipando-se um aumento superior a 40% na próxima década. A obesidade tem também na idade pediátrica uma prevalência elevada e é um fator de risco importante para o desenvolvimento e progressão de doença renal. Potencia as principais causas de DRC, como diabetes e hipertensão arterial, e tem um impacto direto no desenvolvimento da lesão renal.

A boa notícia é que a obesidade é em grande parte evitável. Educação e consciencialização dos riscos da obesidade e um estilo de vida saudável, incluindo nutrição adequada e exercício físico, podem ajudar dramaticamente na prevenção da obesidade e doença renal.

Assim, mantendo a mesma parceria, e alargando o DMR à semana “Doença Renal e Obesidade”, ambas as sociedades médicas realizam e patrocinam múltiplas atividades a nível nacional, hospitais e escolas, onde é promovida a importância da adoção de estilos de vida saudáveis, exercício físico regular, consumo de água, hábitos alimentares adequados, na promoção da saúde, nomeadamente prevenção da doença renal.

Alertamos para as 8 Regras de Ouro para a Saúde dos nossos Rins:

1. Manter-se em forma e ativo

2. Manter o peso ideal

3. Beber 1 a 1.5 L de água por dia

4. Comer 5 a 6 porções de frutas e vegetais por dia. Evitar alimentos processados – enlatados, empacotados e enfrascados

5. Reduzir o consumo de sal

6. Medir a pressão arterial

7. Verificar o açúcar no sangue

8. Não fumar, não consumir outras drogas

Solicitamos a colaboração dos Educadores e Professores de Educação Física no sentido da realização de atividades que promovam o exercício físico. Para alargar o alcance destas ações, incentivamos o desafio de convidar os Pais a participar nas atividades realizadas.

Promovemos a divulgação destas ações convidando os alunos a participar num concurso de vídeos alusivos ao tema “Doença Renal e Obesidade”, a partilhar fotografias das ações nas nossas redes sociais.

Dado o mote #move4kidneys, lançamos também o desafio.

Todos os dias, e em especial hoje, porque é o Dia Mundial do Rim:

Mexe-te! Faz uma caminhada, nada, corre, salta, dança, passeia o cão, pratica o teu desporto favorito! Pela Saúde dos teus Rins, porque os Rins são para toda a Vida!

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
1 milhão de euros
Paulo Lalanda e Castro e Luís Cunha Ribeiro, ex-presidente do INEM, saíram em liberdade, mas o ex-administrador da farmacêutica...

No ‘Inquérito O Negativo’ investigam-se suspeitas de que Lalanda e Castro e Luís Cunha Ribeiro (ex-presidente do INEM, que estava ligado a procedimentos concursais públicos na área da saúde) terão acordado entre si que este último utilizaria as suas funções e influência para beneficiar indevidamente a Octapharma.

Segundo a decisão do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, ambos ficam ainda proibidos de contactar entre si e com os restantes arguidos no processo e impedidos de se ausentarem do país, tendo Paulo Lalanda e Castro pago uma caução de um milhão de euros, explicou a juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, Amélia Correia de Almeida.

O antigo presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) Luís Cunha Ribeiro estava em prisão preventiva desde 17 de dezembro do ano passado, enquanto Paulo Lalanda e Castro encontrava-se em prisão domiciliária desde 13 de janeiro deste ano. Os dois arguidos estão em liberdade desde o início deste mês.

Amélia Correia de Almeida acrescentou que a alteração das medidas de coação foram requeridas pelo Ministério Público por considerar “atenuados” os perigos de perturbação do inquérito.

Em causa estão factos suscetíveis de se enquadrarem na prática de crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais no âmbito do negócio de plasma.

No âmbito deste processo, foram igualmente constituídos arguidos um representante da Associação Portuguesa de Hemofilia e dois advogados.

O ex-administrador da farmacêutica Octapharma chegou a ser detido na Alemanha no âmbito de um mandado de detenção europeu, mas um juiz alemão ordenou a sua libertação por ter considerado injustificado o pedido.

Lalanda e Castro, que é também arguido nos processos ‘Operação Marquês’, da qual o principal arguido é o antigo primeiro-ministro José Sócrates, e ‘Vistos Gold’, regressou a Portugal a 23 de dezembro, tendo-se disponibilizado às autoridades para depor.

O inquérito estava a ser acompanhado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, mas dada a sua “especial complexidade”, passou a ser conduzido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

“O desenvolvimento desta investigação [‘Inquérito O Negativo’] veio reforçar a sua especial complexidade e dimensão. Considerando estas características e a necessidade de que o processo prossiga num quadro de direção concentrada, integrada e apoiada em meios humanos e técnicos adequados a PGR decidiu (…) deferir ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal a competência para direção do inquérito”, explicou a Procuradoria-Geral da República em nota divulgada a 13 de janeiro.

No ‘Inquérito O Negativo’ o Ministério Público está a ser coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, mantendo-se os autos em segredo de justiça.

Estudo
No estudo realizado a 535 pessoas com Esclerose Múltipla em Portugal, na sua maioria mulheres (67%), 92% da amostra encontrava...

Estes são dados nacionais que fazem parte de um estudo europeu que pretende analisar os Custos e Carga da Esclerose Múltipla e vão ser apresentados pela Prof.ª Maria José Sá, médica neurologista responsável pela Consulta de Esclerose Múltipla no Serviço de Neurologia do Hospital S. João, durante o 4º Congresso Internacional de Esclerose Múltipla, que se realiza no Porto, entre os dias 09 e 11 de março. De forma global, a análise revela que os gastos com a doença aumentaram e que quanto mais elevado for o nível da Escala Expandida do Estado de Incapacidade1 (EDSS) do doente com Esclerose Múltipla (EM), menor a sua qualidade de vida e utilidade.

A EM significa para a maioria dos doentes, independentemente do nível de EDSS, sentir fadiga (98%) e dificuldades cognitivas (74%), sintomas que têm um impacto negativo sobre a utilidade. O EDSS médio foi calculado em 3,8.

Quanto aos custos totais, o maior contributo vem das terapias de modificação da doença (79%) e em seguida, das pensões por doença/ invalidez permanente.

As análises deste estudo foram realizadas por gravidade da doença e os custos foram relatados segundo uma perspetiva societária, ajustado pela paridade do poder de compra2 (PPP), em 2015. Globalmente, os custos médios foram de 22.800 € PPP em EM ligeira; 37.100 € PPP em EM moderada e 57.500 € PPP em EM grave.

Ao longo do Congresso, cujo tema central é a EM, vai também realizar-se, no dia 10, uma mesa redonda com o propósito de debater o tema da EM no mundo, que conta com a participação de oradores vindos do Líbano, Austrália Japão, Argentina e Alemanha. Segue-se a conferência de Jorge Santos Silva, consultor na McKinsey and Company onde trabalha a área da Produtos Médicos e Farmacêuticos, que vem falar sobre os assuntos emergentes da EM, sob o tema “EM – O Futuro é Agora”.

Na última manhã, a 11 de março, temas como terapias do futuro e o envolvimento digital dos doentes também vão ser abordados e ao final da manhã entregam-se os Prémios “EM do Porto”.

Segundo a Presidente do Congresso, a Prof.ª Maria José Sá, “O Congresso Internacional de EM conquistou o seu lugar, devido à alta qualidade dos oradores, à abordagem dos tópicos mais recentes e ao seu formato prático que permite uma maior proximidade entre todos os participantes. Este ano, o Congresso conta com a participação de alguns dos melhores especialistas do mundo nesta área, sendo, por isso, um evento a não perder.”

Associação de Jovens Diabéticos de Portugal
No próximo dia 11 de Março a Associação de Jovens Diabéticos de Portugal organiza, pelas 9H00, uma caminhada na Barragem do Rio...

Como refere Paula Klose, Presidente da Associação “as caminhadas são uma ótima forma incentivar à prática de exercício físico e também o convívio entre jovens com diabetes. Jovens com diabetes, famílias e outros jovens interessados estão todos convidados a juntarem-se à Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) nesta caminhada e experiência convívio ao ar livre. A intenção da AJDP é criar dinâmicas positivas de maneira a integrar todos num espírito acolhedor e sem complexos, ao mesmo tempo que educamos para a importância do exercício no controlo da diabetes tipo 1 e prevenção no tipo 2.”

A AJDP sugere o uso de equipamento adequado à atividade desportiva, nomeadamente, roupa confortável, botas de montanha ou ténis, água e também material de prevenção para hipoglicémias (sumo, açúcar, bolachas).

As inscrições e pedido para mais informações sobre a caminhada, podem ser submetidos para [email protected], também deverão indicar o nome, um contacto e o número de participantes. O ponto de encontro é na Barragem do Rio da Mula às 9 horas no sábado dia 11 de Março.

Telemedicina
O serviço de Nefrologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra deve ser alargado por telemedicina à região Centro até...

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) assinala na quinta-feira o Dia Mundial do Rim, com uma homenagem a Mário Campos, que dirigiu a Nefrologia entre 2001 e 2016.

"O nosso objetivo é aproximar a Nefrologia dos centros de saúde. Esta é uma das nossas grandes apostas, que se insere no enquadramento de aproximação à medicina geral e familiar", disse o diretor do serviço de Nefrologia do CHUC, Rui Alves.

O especialista e professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra salientou que, se existirem "condições técnicas", até final do ano as consultas daquela especialidade poderão ser disponibilizadas nos centros de saúde de abrangência do CHUC.

Salientando que a "telemedicina é um dos grandes objetivos", Rui Alves destaca a importância da aposta na prevenção de forma articulada com a medicina geral e familiar para evitar patologias no rim "que, ao contrário de outros órgãos, é silencioso na doença".

"A doença renal crónica atinge uma em cada dez pessoas da população adulta e pode evoluir lentamente sem grandes sintomas", alerta o diretor de Nefrologia do CHUC, que na quinta-feira assinala o Dia Mundial do Rim com uma sessão no polo dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Em 2016, o serviço de Nefrologia do CHUC, que é o maior a nível nacional, tratou 1.139 doentes, realizou 12.423 consultas externas e 14.133 sessões de hemodiálise, tendo ainda participado em 125 transplantes renais, em estreita articulação com o serviço de urologia e transplantação renal.

Além da homenagem ao médico Mário Campos, a sessão de quinta-feira vai abordar a "Doença renal e a obesidade", que "se afigura como um problema crescente que urge colmatar" nos adultos e, particularmente, na população infantil.

"Mário Campos é um nefrologista conceituado a nível nacional e muito conhecido, não só como desportista reconhecido da Académica, mas também como médico e entre os seus pares", reconheceu Rui Alves, salientando que o homenageado "do ponto de vista pessoal, humano, técnico e como médico é uma pessoa que louvou o serviço que teve a responsabilidade de servir".

A cerimónia tem início às 09:30 com a intervenção do diretor de Nefrologia do CHUC e do presidente do colégio da especialidade da Ordem dos Médicos, José Diogo Barata, seguindo-se uma intervenção do advogado António Arnaut, antigo ministro dos Assuntos Sociais e responsável pela criação do Serviço Nacional de Saúde.

Antes da intervenção do homenageado, discursa o historiador Alexandre Ramires, que vai abordar os "Cruzamentos fotográficos na medicina em Coimbra".

A cerimónia inclui ainda a distinção aos dois melhores alunos do quinto ano de Nefrologia do ano letivo 2015/2016 e a intervenção do presidente do CHUC, José Martins Nunes, encerrando com o descerramento de uma placa de homenagem ao médico Mário Campos.

12 a 18 de março de 2017 - Semana Mundial do Glaucoma
De 12 a 18 de março assinala-se a Semana Mundial do Glaucoma e o Grupo Português de Glaucoma da Sociedade Portuguesa de...

Esta campanha estará patente em 210 faces da rede MUPI e 72 faces digitais de centros comerciais em Lisboa, Porto e Coimbra, entre 8 e 14 de março.

Ainda desconhecido por muitos, o glaucoma é subdiagnosticado e “silencioso” ao provocar danos progressivos na visão sem aviso até às fases mais avançadas da doença. Apesar de o tratamento ser eficaz na estabilização desta patologia, é incapaz de reverter as lesões já provocadas. Isto significa que quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a visão preservada.

António Figueiredo, coordenador do Grupo Português de Glaucoma (GPG), explica que o objetivo desta campanha é “esclarecer os portugueses sobre uma doença oftalmológica que não tem sintomas na sua fase inicial. O glaucoma é uma espécie de “ladrão silencioso” que vai “roubando” a visão sem que o doente se aperceba. Quando os sintomas se instalam já não é possível revertê-los. Esta campanha, pretende, portanto, levar a população a procurar regularmente o oftalmologista para prevenir ou tratar atempadamente o glaucoma”.

O glaucoma afeta cerca de 80 milhões de pessoas em todo o mundo e representa um problema não só de oftalmologia mas também de saúde pública. É a segunda causa mundial de cegueira (cerca de 9 milhões de cegos por glaucoma em todo o mundo) e a primeira causa de cegueira irreversível evitável. Estima-se que mesmo nos países desenvolvidos só cerca de 50% dos portadores de glaucoma sejam diagnosticados e tratados porque a maioria dos doentes inicialmente não tem alterações visuais percetíveis.

Na Semana Mundial do Glaucoma o GPG organiza também a sua reunião científica anual de debate sobre esta patologia que decorrerá em Peniche nos dias 17 e 18 de março.

Estudo
Um estudo publicado na revista "Heliyon" sugere que o consumo de uma dieta enriquecida com nozes pode melhorar a...

A investigação liderada por Patricia Martin-DeLeon, da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, encontrou melhorias significativas na qualidade dos espermatozoides de ratinhos de laboratório que ingeriram uma dieta rica em nozes.

No o estudo, segundo o Sapo, os investigadores incluíram na dieta dos animais cerca de 19,6% de calorias em nozes (o equivalente a 70 gramas).

De acordo com o estudo, citado pelo Daily Mail, as melhorias na qualidade do esperma foram significativas face aos resultados no grupo de controlo que não consumiu este fruto seco.

Os espermatozoides dos ratinhos alimentados com nozes apresentavam maior mobilidade e morfologia.

Segundo a investigação, provou-se que as nozes promovem a redução da peroxidação lipídica, um processo que danifica as células do esperma.

"É fascinante termos descoberto que o consumo de nozes pode realmente ajudar a melhorar a qualidade do esperma, provavelmente através da redução da peroxidação lipídica nas células dos espermatozoides", comenta a autora do estudo.

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