Universidade de Coimbra
A Faculdade de Medicina da Universidade da Universidade de Coimbra investiu 315 mil euros em equipamento para as clínicas de...

Os novos equipamentos, que serão inaugurados na hoje, representam “o maior volume alocado à renovação de vinte equipamentos dentários, que constituem duas das três clínicas da área da medicina dentária”, afirma a Universidade de Coimbra (UC).

A Faculdade de Medicina da Universidade da Universidade de Coimbra (FMUC) passa a dispor de uma “câmara intraoral policromática”, que permite “adquirir imagens reais a três dimensões de ambas as arcadas dentárias”, refere a UC, sublinhando que esta é “a primeira instituição pública de ensino da medicina dentária [em Portugal] a usufruir deste tipo de equipamento”.

Do novo equipamento também faz parte, por exemplo, um microscópio para “microfocagem e ampliação até 40 vezes, com uma câmara de vídeo integrada”, ferramenta “essencial” no ensino pré e pós-graduado de algumas especialidades, destaca a UC.

A instalação destes novos meios técnicos na medicina dentária e ortodontia representam “um nível de esforço que esperamos possa ter continuidade nos próximos anos, para que tudo o que está à disposição dos docentes de medicina dentária possa sofrer uma renovação profunda”, disse o diretor da Faculdade, Duarte Nuno Vieira, citado pela UC.

Para a coordenadora de medicina dentária da FMUC, Isabel Poiares Batista, este investimento é “uma mais-valia inequívoca” para esta área da faculdade, na qual “normalmente são efetuadas as primeiras consultas, algumas aulas de pré-graduação e aulas clínicas dos cursos de pós-graduação”, que vinham a ser feitas com recurso a meios que têm mais de 25 anos.

Agora vai ser possível “facilitar e capacitar o aumento de oferta na prestação de serviços à comunidade e ter outro tipo de acesso a tratamentos altamente diferenciados”, sublinha a responsável.

Trata-se de “uma clara aposta noutra vertente fundamental” da prestação de cuidados de saúde altamente especializados à comunidade”, sustenta o coordenador da pós-graduação de ortodontia da FMUC, Francisco do Vale.

“A clínica da pós-graduação em ortodontia tem em tratamento mais de 800 pacientes com dismorfias craniofaciais, provenientes de todo o país continental e ilhas, que são consultados com periodicidade mensal”, salienta Francisco do Vale.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde requisitou cerca de sete mil vacinas contra a hepatite A ao circuito comercial, que serão...

Segundo o diretor Geral da Saúde, a medida excecional visa combater o surto epidémico de hepatite A, que atinge Portugal bem como outros países europeus, e já com mais de 123 pessoas infetadas no país.

No final de um encontro que juntou o diretor-geral de Saúde, o Infarmed, Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Instituto Nacional Ricardo Jorge, Grupo Ativista pelo Tratamento (GAT) e a Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero (Ilga), Francisco George garantiu que Portugal tem meios para combater este surto epidémico e que há vacinas suficientes.

Francisco George disse ainda que se estima serem necessárias duas mil vacinas para contornar o problema e que, neste momento, as autoridades de saúde dispõem de sete mil doses.

Estas doses encontravam-se à venda em farmácias, mas foram requisitadas no âmbito desta medida excecional.

Para receberem esta vacina ou outro tratamento complementar, os utentes terão de se deslocar à unidade de saúde familiar da Baixa, em Lisboa, mas apenas se tiverem prescrição médica, a qual será terá de ser passada em papel.

Estes utentes, infetados ou familiares, que os médicos considerem que têm o risco que justifique a medida profilática, não precisam de agendar a toma da vacina (entre as 14:00 e as 19:00, em dias úteis), não pagarão a vacina nem as taxas moderadora.

Francisco George alertou para os utentes não se automedicarem e recorrerem a este serviço apenas com indicação médica.

“Não há razões para alarmismo, Portugal está equipado e preparado para combater a epidemia”, garantiu o diretor-geral de Saúde.

Instituto Pasteur
O Instituto Pasteur de Paris anunciou que está a desenvolver uma vacina contra a tuberculose, mais eficaz no combate à doença,...

A nova vacina experimental, para a qual ainda não se iniciaram os ensaios clínicos, é mais eficaz que a única existente no mercado – o bacilo de Calmette-Guérin (BCG) – graças à introdução de um “sistema de secreção de proteínas heterogéneas” denominado ESX-1, refere a agência espanhola EFE, que cita um comunicado do Instituto Pasteur.

A unidade de patogéneos microbacterianos do Instituto Pasteur, dirigida por Ronald Brosch, conduziu os trabalhos que contaram com o apoio financeiro da União Europeia, da Fundação para a Investigação Médica em França e de um laboratório dependente da agência nacional francesa de investigação.

Para Brosch, a vacina que está a ser testada consegue provocar respostas imunitárias “qualitativamente e quantitativamente melhoradas” quando comparada com a BCG.

“Apresentámos a patente relativa a esta matriz com a ideia de passar aos ensaios clínicos”, disse Brosch, cuja investigação sobre a doença foi publicada na revista científica ‘Cell Reports’ em 14 de março.

A tuberculose é considerada uma das doenças transmissíveis mais letais do mundo, responsável pela morte de 1,8 milhões de mortes por ano, segundo dados da Organização Mundial de Saúde de 2015.

O Instituto Pasteur apresenta-se como uma fundação privada, sem fins lucrativos, cuja missão e a ajudar à prevenção e tratamento de doenças - sobretudo aquelas que têm origem infecciosa – através da investigação, ensino e iniciativas no âmbito da saúde pública.

Dia Mundial da Consciencialização do Autismo
No dia Mundial da Consciencialização do Autismo, a psicóloga clínica Sílvia Botelho descreve-nos uma

A Perturbação Espectro Autismo (PEA) é uma disfunção do desenvolvimento que se vai modificando ao longo da vida, afecta o comportamento da pessoa, a sua capacidade de comunicar e socializar , apresenta dificuldades de empatizar (colocar-se no lugar do outro) e pode haver hipersensibilidade a estímulos sensoriais (luz, texturas, sons, cheiros...)

Não se obtém o diagnóstico através de análises de sangue, de uma TAC ou de uma ressonância magnética, pois não existem marcadores biológicos. O diagnostico é apenas clínico, no entanto, pessoas com autismo têm um conjunto de características especificas que se fazem notar de maneira mais intensa e que conduzem a um diagnóstico. É importante perceber que numa criança com Autismo, não tem que necessariamente abarcar todos os sinais de alerta que nos são fornecidos pela literatura, pois existem várias variantes, inclusive existem casos que crianças com autismo que são adultos normais.

Alguns são considerados sobredotados outros com dificuldades intelectuais, uns apresentam graves dificuldades na linguagem, outros utilizam palavras complexas e construção de frases acima da média.

Para se perceber um autista, é preciso aprender a pensar como ele, e este é um passo que pode ser mais complexo do que parece.

A palavra AUTISMO tem um impacto enorme junto dos pais.

Alguns médicos e psicólogos receiam comunicar o diagnóstico aos pais nas variantes mais leves, pois a palavra AUTISMO tem um impacto enorme junto das famílias. A verdade é que independentemente do técnico usar a palavra ou não para descrever uma criança, o filho continua a ser exactamente como sempre foi, com as características que sempre lhe foram peculiares e especiais. Existem vários tipos de autismos, com várias intensidades e é sim possível ser-se um adulto normal.

A maioria das pessoas com autismo são muito atentas aos detalhes e à exactidão, aprendem bem visualmente e têm uma memória muito acima da média. É provável que as informações, rotinas ou processos uma vez aprendidos, sejam retidos, sendo que algumas pessoas conseguem concentrar-se na sua área de interesse específico durante muito tempo. São pessoas leais e de confiança.

Uma das poucas certezas sobre esta doença é que quanto mais cedo houver intervenção terapêutica ao nível comportamental, melhores serão os resultados.

Uma vez identificadas as áreas em que a criança apresenta dificuldades, é elaborado um plano de intervenção especifico, com base em terapias comportamentais. Não existem medicamentos, nem vitaminas, que curem o autismo ou que melhorem a capacidade de socialização e empatia. Portanto, são utilizadas técnicas comportamentais para tentar minorar e melhorar o comportamento das crianças com autismo. A par da ajuda especializada, os pais desempenham um papel determinante tanto pela forma como encaram a disfunção como pelas estratégias que usam para lidar com ela.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Relatório
Uma combinação de preços recorde, conflitos e condições climatéricas adversas em 2016 fez subir para 108 milhões o número de...

O número, relativo ao que as organizações internacionais designam pessoas confrontadas com uma “insegurança alimentar grave”, representa um aumento de 35% em relação a 2015, quando havia 80 milhões nessa situação.

A designação diz respeito às pessoas que já sofrem de desnutrição grave e sem meios para prover as suas necessidades energéticas de forma duradoura.

A situação pode agravar-se ainda mais em 2017, onde a situação é especialmente séria no Sudão do Sul, Somália, Iémen e no nordeste da Nigéria.

O relatório, elaborado com base em várias metodologias de classificação, resulta de uma colaboração entre a UE, várias agências da ONU, a agência norte-americana USAid e vários organismos regionais.

Em nove das dez piores crises humanitárias de 2016, a fome foi causada por um conflito civil. Em alguns casos registam-se outros fatores, como o clima, sobretudo secas e chuvas irregulares causadas pelo fenómeno El Niño.

À parte as regiões ameaçadas de fome, em países como o Iraque, a Síria (e os refugiados sírios em países vizinhos), o Malauí e o Zimbabué a situação de insegurança alimentar generalizou-se.

“Podemos evitar que as pessoas morram de fome”, frisou o diretor-geral da Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, apelando para uma “intensificação dos esforços para salvar, proteger e investir nos meios de subsistência rurais”.

E a situação já não é “apenas” uma crise humanitária, explicou a diretora do Programa Alimentar Mundial (PAM), Ertharin Cousin. “A fome exacerba as crises, provocando mais instabilidade e insegurança. O que hoje parece um desafio ligado à segurança alimentar, vai tornar-se amanhã num desafio ligado à segurança em si”.

“É uma corrida contra o tempo, o mundo tem de agir agora para salvar as vidas e os meios de subsistência de milhões de pessoas”, sublinhou.

Dia Nacional do Doente com AVC
O evento promovido pela Daiichi-Sankyo Portugal terá lugar hoje, ao final da tarde, na Tapada da Ajuda, em Lisboa, e conta com...

O fármaco comercializado pela Daiichi Sankyo já está disponível nas farmácias com indicação para a prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) e embolismo sistémico (ES) em doentes adultos com fibrilhação auricular não-valvular (FANV) e para o tratamento da trombose venosa profunda (TVP) e da embolia pulmonar (EP) e prevenção da TVP e da EP recorrentes.

A eficácia e segurança de edoxabano foram investigadas em dois dos maiores ensaios globais comparativos com varfarina alguma vez realizados com um anticoagulante oral, em doentes com fibrilhação auricular não-valvular (ENGAGE AF-TIMI 48) ou com tromboembolismo venoso agudo (Hokusai-VTE), envolvendo 21.105 e 8.292 doentes, respetivamente.1,2

Referindo-se aos resultados deste estudo, o Prof. Doutor Pedro Monteiro afirmou que “o edoxabano demonstrou ser um fármaco seguro, eficaz, de toma única diária, que vai permitir tratar ainda melhor os nossos doentes com fibrilhação auricular, no sentido de prevenirmos o drama de saúde pública que representa o AVC em Portugal”.

Para o Prof. Doutor Miguel Viana Baptista, neurologista do Hospital de Egas Moniz, “o aparecimento dos novos anticoagulantes orais permitiu que um maior número de doentes com fibrilhação auricular e risco tromboembólico passassem a fazer terapêutica anticoagulante” e que “a chegada de edoxabano poderá contribuir para que esse número aumente ainda mais, nomeadamente dentro de populações mais vulneráveis como os doentes idosos, que comportam um grande risco hemorrágico, mas também um elevado risco tromboembólico e que não podemos deixar de tratar sob pena de não os estarmos a proteger contra eventos isquémicos”.

Edoxabano está também indicado para a trombose venosa profunda, uma complicação frequente associada a uma elevada morbilidade e mortalidade. A idade avançada, as viagens de longa duração, o cancro, a imobilidade e a administração de determinados medicamentos, nomeadamente alguns contracetivos, são alguns dos fatores que aumentam o risco de tromboembolismo venoso (TEV), que pode ser fatal, ao provocar uma embolia pulmonar, ou causar sequelas para toda a vida, como a síndrome pós-trombótica, a insuficiência venosa e úlceras nas extremidades. Além disso, comporta um elevado risco de recorrência.

Relativamente a esta indicação, o especialista de Medicina Interna do Hospital de Santa Marta, Dr. Pedro Marques da Silva, avança que, “devido à segurança terapêutica e às características farmacocinéticas e farmacodinâmicas previsíveis do edoxabano, poderemos ter um maior número de doentes tratados em ambulatório, permitindo a redução dos custos hospitalares, e uma efetividade terapêutica que nos garanta uma eficácia na redução do tromboembolismo venoso recorrente”.

Edoxabano atua através da inibição do fator Xa, que é um ativador da coagulação, e tem um mecanismo de ação rápido, com um início de ação entre uma a duas horas após a administração. Não necessita de controlo laboratorial regular do INR e pode ser administrado com ou sem alimentos, tendo baixo risco de interações com outros medicamentos. O aparecimento deste novo fármaco amplia as opções terapêuticas que os médicos podem oferecer aos seus doentes.

Por outro lado, outro problema que condiciona a terapêutica anticoagulante nestes doentes é a má adesão ao tratamento. Ao ser administrado numa única dose diária, o edoxabano favorece uma melhor adesão terapêutica por parte dos doentes.

Referências

1Giugliano R, et al. Edoxaban versus warfarin in patients with atrial fibrillation. N Engl J Med. 2013;369(22):2093-2104.
2Büller H, et al. Edoxaban versus warfarin for the treatment of symptomatic venous thromboembolism. N Engl J Med. 2013;369(15):1406-1415.

Apoiar doentes com linfoma
A Associação de Apoio aos Doentes com Leucemia e Linfoma (ADLL) vai avançar com um projeto de psico-oncologia destinado, numa...

O projeto passa pela realização de reuniões onde haverá “explicação aos presentes das diferentes fases da doença, como evolui e o que devem esperar, por outros doentes que lidam com o linfoma há mais anos, decorrendo sob a supervisão de uma psicóloga”, explicou a responsável Fátima Ferreira.

"Numa primeira fase, as reuniões irão decorrer de duas em duas semanas, num total de seis encontros, abrangendo entre oito e dez pessoas, que não têm, obrigatoriamente de ser doentes, podendo juntar-se familiares ou cuidadores diretos", contou.

Nas reuniões estarão uma psicóloga e doentes que já viveram diferentes fases da doença que explicarão “aos participantes de que forma a doença evolui", num trabalho que pretende ser de "preparação e de troca de experiências".

Os encontros decorrerão nas instalações da associação, em Pedrouços, na Maia, e, numa segunda fase, a ADLL pretende também abranger "os doentes de Mieloma", num universo difícil de calcular "porque há sempre doentes novos".

"São doenças que, muitas vezes, precisam de ser tratadas ao longo dos anos porque tornam-se doenças crónicas e esse acompanhamento tem de acontecer", explicou.

Dia Nacional do Doente com AVC
São mais de 50 escolas de vários agrupamentos, centros educativos e colégios um pouco por todo o país a aderir à campanha de...

O que é o AVC, sinais de alerta, fatores de risco e medidas básicas de prevenção são as mensagens transmitidas em apenas dois minutos de animação multimédia. O vídeo será exibido ao longo do dia de hoje para crianças e jovens desde a idade pré-escolar até ao ensino superior e será integrado em ações de sensibilização promovidas em serviços hospitalares, Unidades de AVC e outras instituições de saúde para toda a população participante.

“É muito importante que a educação para a saúde comece desde muito cedo e faça parte do percurso escolar e familiar das crianças. Para além de atuarmos na prevenção do AVC, com a promoção de estilos de vida saudáveis e alertando para os fatores de risco daquela que continua a ser a primeira causa de morte e incapacidade em Portugal, atuamos também no reconhecimento dos sinais de alerta do AVC, pois poderão ser estas crianças e jovens a identificá-los em pais, avós ou outros familiares, tendo um papel ativo e determinante na ativação dos meios de emergência”, avança o Prof. Doutor José Castro Lopes, presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC).

Basta o aparecimento de um dos chamados “3Fs”: Dificuldade em falar; Desvio da face (Boca ao lado); Falta de força num braço, para suspeitar de um AVC e ligar de imediato para o 112. Através da Via Verde AVC, os doentes poderão chegar rapidamente aos hospitais capazes de fornecer os tratamentos adequados.

Todos os anos, mais de 6,5 milhões de vidas são perdidas em todo o mundo e 1 em cada 6 pessoas vai ter um AVC. Em Portugal, três pessoas por hora sofrem um AVC, um dos quais acaba por morrer e pelo menos metade ficará com sequelas incapacitantes. 

O AVC pode acontecer a qualquer pessoa, em qualquer idade, em qualquer momento e envolve todos: sobreviventes, familiares, amigos, profissionais de saúde, locais de trabalho e comunidade em geral. Responder rapidamente aos sinais de alerta pode fazer a diferença entre a recuperação e a incapacidade.

“Hoje, milhares de pessoas vão assistir a um vídeo que contém mensagens capazes de salvar vidas, quer através da prevenção do AVC, quer através do reconhecimento dos sinais que permitem um tratamento rápido e mais eficaz, sendo certo que a prevenção é sempre preferível ao tratamento”, finaliza o Prof. Doutor José Castro Lopes.

Para os doentes que sofreram um AVC, que dão “voz” a esta efeméride nacional, a mensagem do presidente da SPAVC é clara: “a reabilitação é um direito de todos os doentes, que deve ser exigido, e não uma esmola. A reabilitação deve começar no primeiro dia após o evento, ainda no hospital, e só deve terminar quando o doente recupera a sua autonomia”.

9.ª Edição da Geração Depositrão
A ERP Portugal reforçou este ano a sua componente social através da doação de 15€ à Operação Nariz Vermelho por cada tonelada...

A campanha continuará a funcionar até ao final do ano letivo, avizinhando-se a próxima fase desta recolha solidária, cujos resultados serão somados ao valor já angariado.

A Geração Depositrão é uma iniciativa que envolve a comunidade escolar na recolha de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) e Resíduos de Pilhas e Acumuladores (RP&A) e, na última edição, ultrapassou as 420 toneladas recolhidas.

Deste modo, ao mesmo tempo que esta iniciativa assegura o tratamento correto destes resíduos (missão ambiental) apoia o programa de intervenção nos serviços pediátricos dos hospitais portugueses, levado a cabo por uma equipa de palhaços profissionais (missão social).

Nesta edição da Geração Depositrão participam cerca de 900 escolas e entidades parceiras, o que corresponde ao envolvimento de mais de 420 mil alunos e 44 mil professores, unidos na missão de garantir a recolha de REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos) e RP&A (Resíduos de Pilhas e Acumuladores) e seu correto encaminhamento para reciclagem.

Esta campanha da ERP Portugal é implementada em parceria com a ABAE (Associação Bandeira Azul da Europa), através do Programa Eco-Escolas, e conta com o apoio das marcas LG, Orima, Pingo Doce, Science4You e Worten.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Último número da série monográfica Educação e Investigação em Saúde, editada pela Unidade de Investigação da Escola Superior de...

“Um olhar psicodinâmico da psicologia e outros olhares” é o título da mais recente publicação da série monográfica Educação e Investigação em Saúde, editada pela Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, e que tem a coordenação científica do professor doutor José Manuel de Matos Pinto.

Autor de seis dos nove capítulos e coautor de outros dois, o especialista em Psicologia Clínica e Psicoterapia escreve, nesta publicação, sobre temas como a expansão da mente, o desencontro relacional entre pais e criança – e os riscos para o menor –, o lugar dos pais na construção da mente, a adolescência (no grupo e na família), a doença cardíaca e a saúde mental.

“Sexuality and pregnancy: the sexual role assigned to women during pregnancy and the postpartum period” (Sexualidade e gravidez: o papel sexual atribuído às mulheres durante a gravidez e o período pós-parto) é o título do sétimo capítulo, exclusivamente em inglês.

São autores, além do coordenador, Sagrario Gómez Cantarino, Paulo Joaquim Pina Queirós, Gonzalo Melgar Del Corral, Juan Luis Gonzalez Pascual, João Durães Pinto, Ana Paula Teixeira de Almeida Vieira Monteiro (que com José Manuel Pinto escreve “A temporalidade no cuidado: a importância do tempo na relação terapêutica”), e Beatriz de Oliveira Xavier (responsável pelo último capítulo, intitulado “Viver com hipertensão arterial: uma análise sociológica das experiências de doença”).

À semelhança dos restantes 15 números da série monográfica Educação e Investigação em Saúde, esta publicação (prefaciada por Carlos Amaral Dias) está disponível online, a partir da página web da ESEnfC (Divulgação do Conhecimento).

Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica
A propósito da Semana Mundial das Alergias, que se assinala entre 2 e 8 de abril, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e...

A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) acredita que há cada vez mais pessoas que sofrem de alergias respiratórias, em especial de rinite, apontando as alterações climáticas e dos hábitos de vida, a poluição e o stress como as principais causas para esta situação. Atualmente, a SPAIC estima que em Portugal mais de um terço da população sofre com alergias, tendo 30% queixas de rinite, 18% queixa de conjuntivite e 10% asma.

De acordo com dados da Health Market Research, em 2016 a compra de medicamentos para o tratamento das alergias, em Portugal, registou um aumento de 2,5% em unidades, o que representa mais 185.487 embalagens vendidas do que em 2015, e um aumento de 1.627.470€ face ao ano anterior. Já em 2015, foi registado um aumento do número de unidades vendidas em 4.1% (+294.256 unidades) e 4,8% em valor (+2.041.036€) face a 2014. Esta procura acentua-se durante a primavera, altura em que as temperaturas aumentam e por consequência as plantas produzem uma maior quantidade de pólen que largam na atmosfera.

Para Manuel Branco Ferreira, alergologista e secretário-geral da SPAIC, “apesar do aumento do consumo de medicamentos para as alergias ano após ano, a verdade é que as alergias continuam a ser subdiagnosticadas e subtratadas. A grande maioria dos portugueses só procura ajuda de um médico ou de um farmacêutico quando a alergia já se encontra num ponto crítico. Contudo, para evitar danos maiores, aos primeiros sinais, como comichão e pingo no nariz, congestão nasal e espirros, é fundamental a consulta de um clínico para que de forma eficaz possa tratar a patologia e não deixar que esta se agrave”.

As alergias têm um grande impacto na vida não só de quem sofre desta patologia como também na vida da família e amigos. Contudo, com o diagnóstico e o tratamento correto é possível evitar os sintomas e as consequências deste problema.

A Semana Mundial das Alergias vem assim alertar para a necessidade de um correto diagnóstico das alergias, de modo a controlar eficazmente os sintomas e assim promover uma melhor qualidade de vida a todos aqueles que sofrem com esta patologia.

Pneumologistas
Especialistas em pneumologia alertaram hoje que não só o tabaco e a poluição ambiental provocam ou agravam a asma, mas também...

A asma tem sido um dos temas abordados nas Jornadas de Pneumologia, organizadas pela Sociedade Catalã de Pneumologia da Academia de Ciências Médicas da Catalunha, que decorrem hoje e sábado no Centro Internacional de Negócios de Badalona, em Barcelona, Espanha.

Maribel Casas, do Instituto de Saúde Global (ISGlobal) de Barcelona, observou a influência cada vez mais forte dos fatores ambientais no desenvolvimento e no controlo da asma.

Até agora, segundo a pneumologista, tem-se estudado em profundidade os efeitos da exposição ao tabaco e à poluição ambiental, mas existem outros fatores de risco ambiental menos conhecidos, mas que também podem contribuir para o aumento da doença, disse Maribel Casas.

"Não falamos só de poluição, mas também da manipulação de alimentos", salientou a especialista.

Advertiu também para as substâncias químicas que estão presentes no dia-a-dia em produtos como os pesticidas, cosméticos, nos recipientes de plástico que acondicionam os alimentos e bebidas, que têm capacidade de afetar o sistema respiratório.

A pneumologista advertiu ainda para os riscos da exposição a estas substâncias “nos primeiros anos de vida, porque os pulmões estão a formar-se e é particularmente suscetível a exposições ambientais adversas".

Compreender a origem da asma é um dos desafios que a comunidade científica deve enfrentar, porque só assim se poderão definir políticas de saúde para prevenir o desenvolvimento da doença, defendeu.

Nas Jornadas de Pneumologia participam 350 especialistas que durante os dois dias irão debater vários temas, como os transplantes.

Direção-Geral da Saúde
O diretor-geral da Saúde disse hoje em Santa cruz do Bispo, concelho de Matosinhos, que será criado um local de atendimento e...

Francisco George disse que o local concreto será anunciado no final de uma reunião a realizar hoje com a participação da Direção-Geral da Saúde (DGS), do organismo que regula o setor do medicamento (Infarmed), da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), da associação ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero e do Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT).

“Trata-se de uma reunião de coordenação que vai juntar diversos organismos e organizações que se interessam pela atividade epidémica, uma vez que isto atinge muitos dos seus associados. Vamos trabalhar no sentido de definir quais são os circuitos, que têm de ter um fácil acesso, para que aqueles que necessitam de ser protegidos receberem o atendimento adequado”, disse o diretor geral da Saúde, adiantando que o encontro servirá também para obter “uma gestão conjunta dos stocks de vacinas”.

“É preciso sublinhar que não é uma campanha dirigida à população. A população não está em risco, há aqui uma outra preocupação que é proteger os cidadãos que estão em risco. São cidadãos com um perfil de risco definido”, frisou Francisco George em declarações à margem das Jornadas Nacionais de Saúde em Meio Prisional.

O diretor geral de Saúde garantiu que existem vacinas e medicamentos suficientes, “desde que sejam utilizados com critério, de forma inteligente, não há aqui razões para qualquer tipo de temor, qualquer tipo de pânico ou alarmismo porque se está a trabalhar à luz das melhores práticas sobre estas matérias”.

Questionado, Francisco George reconheceu que “os casos têm aumentado e vão continuar a aumentar” e que ainda “não se conseguiu definir o perfil em termos de magnitude”.

“O que já percebemos é a natureza, a génese, como é que se originou este problema”, frisou.

Segundo a DGS, desde 01 de janeiro foram notificados 123 casos de hepatite A.

As III Jornadas Nacionais de Saúde em Meio Prisional, realizaram-se no Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo no âmbito das quais foi assinada a primeira adenda a um protocolo de cooperação entre a Direção Geral dos Serviços Prisionais e o Centro Hospitalar de São João.

Esta adenda estende ao Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo (feminino) a prática já protocolada e em curso no Estabelecimento Prisional do Porto, pela qual o Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de São João se compromete a deslocar os seus profissionais a estes estabelecimentos prisionais para realizar as consultas de especialidade de Doenças do Fígado, promover os diagnósticos adequados e facultar a medicação que permita a cura da hepatite C na quase totalidade dos reclusos e reclusas tratados para esse efeito.

Sobreviver ao Acidente Vascular Cerebral
Não era hipertenso, praticava exercício físico com regularidade e, embora estivesse acima do peso re

Considera a principal causa de morte em Portugal, o Acidente Vascular Cerebral é responsável por seis milhões de mortes, por ano, em todo o mundo. Estima-se que quase metade dos sobreviventes vivam com graves sequelas.

António Conceição tinha 41 anos quando sofreu um AVC. Profissionalmente ativo, tinha regressado de férias, quando tudo aconteceu. “Era gerente bancário, estava até num dia calmo. Tinha regressado de férias e estava a trabalhar”, começa por contar.

“Atendia um telefonema quando senti a voz “entaramelada”, recorda acrescentando que, numa questão de segundos, já não conseguiu acabar uma anotação perdendo os movimentos do lado direito do corpo.

“Claro que os colegas se aperceberam de imediato e chamaram logo os bombeiros”, afirma garantindo que recebeu rapidamente assistência médica. “Foi só uma questão de breve minutos para receber assistência de uma viatura de Emergência do INEM que contatou e accionou a Via Verde do AVC”, diz.

Já no hopistal foi-lhe administrada a trombólise e, poucas horas depois, António recuperou a mobilidade. “Parecia que tinha sido um susto”, comenta. No entanto, o pior ainda estava para vir.

“Nessa noite, o AVC isquémico degenerou em hemorrágico e aí é que o quadro ficou verdadeiramente negro. Fiquei seriamente afetado. Não tinha nenhum movimento em todo lado direito, a boca de lado, e com dificuldades tremendas em me expressar. Só o pensamento ficou quase intacto”, recorda.

O prognóstico da sua recuperação era pouco favorável, tendo os médicos previsto que talvez só conseguisse voltar a andar com o apoio de um andarilho.

“E eu nem sabia o que era, ou quais as implicações de um AVC!”, recorda o choque da notícia.

Sem se considerar um doente de risco, António estava longe de imaginar que passaria por esta experiência.

“Não era hipertenso, não fumava regularmente. É verdade que tinha um pouco de excesso de peso mas prativa desporto com regularidade. As análises acusavam um pouco de colesterol mas, enfim, nada de extraordinário, pensava eu...”, tenta justificar.

Hoje, no entanto, deixa o alerta: “O AVC não escolhe idades. Há muito que deixou de ser (se é que o foi!) uma doença de velhos”.

“Há sempre uma maneira de ultrapassar ou contornar os obstáculos”

A recuperação foi lenta mas intensiva, sobretudo, graças à sua força de vontade e persistência. António não estava preparado para se deixar vencer pelas sequelas da doença.

“Estive internado um mês no hospital e pouco mais de três meses no Centro de Reabilitação até que, a meu pedido, me deram alta. Não aguentava mais estar fora do conforto do lar”, recorda.

A ritmo intensivo, como descreve, continuou a terapia realizando inúmeras sessões de fisioterapia, terapia ocupacional e da fala. “Cheguei a ter, por prescrição médica e por minha iniciativa, fisioterapia três vezes por dia”, afirma admitindo que, apesar de ter sido bem acompanhado por todos os profissionais de saúde ao longo da sua recuperação, foi a sua obstinação que o ajudou a alcançar os melhores resultados possíveis.

“Sinto, e sei, que muito do conseguido beneficiou da minha força de vontade e persistência, durante largos meses, a raiar a «inconsciência» dos objetivos traçados e a «forçar» os progressos”, afiança.

Admite, no entanto, que a vida não voltou a ser exatamente a mesma. “Muitas das capacidades, sobretudo físicas, não são recuperáveis. Tenho ainda sérias dificuldades de mobilidade. O meu braço direito, quando muito, serve apenas de auxiliar em pequenas tarefas. E ainda tenho algumas dificuldades na comunicação oral...”, explica.

Já do ponto de vista familiar, social e laboral garante que recuperou toda a sua autonomia.

“Foi possível retomar uma atividade profissional (em funções muito menos exigentes que as anteriores...), voltei a conduzir e retomei a minha vida pessoal, familiar e social. Montei tudo de uma forma que parece que sou perfeitamente autónomo”, descreve António Conceição afirmando que “há sempre uma maneira de ultrapassar ou contornar os obstáculos que estas surpresas da vida nos reservam”.

Não esquece, no entanto, que o sucesso da sua recuperação também se deve, em parte, à família que tanto o apoiou.

“O papel da família é fundamental em vários sentidos – na criação de um ambiente confortável (antes de mais, psicologicamente), respeitando o espaço próprio (que era e deve continuar a ser seu), incentivando e valorizando as conquistas, integrando o sobrevivente de AVC nas atividades familiares e facilitando o acesso aos meios de recuperação ao dispôr”, revela.

No seu caso, enaltece sobretudo o apoio prestado pela mulher que mostrou, ao longo deste difícil processo, ser uma cuidadora por excelência. “Soube estar sempre atenta às minhas necessidades, mas respeitando o espírito autónomo, as minhas conquistas. É uma grande mulher”, afiança.

Inclusão precisa-se!

António Conceição pertence a um grupo privilegiado e, talvez por isso, saiba o que falta fazer  no que diz respeito aos apoios disponíveis a estes sobreviventes.

“Eu considero-me um felizardo porque tenho um sistema de saúde, proporcionado pela atividade profissional, claramente acima da média. Mas, infelizmente, não é assim com a maioria da população. Há uma tremenda lacuna no acesso e mesmo na informação disponível”, afirma.

A integração social é, na sua opinião, essencial. “Faz muita falta, antes de mais, e neste esforço de integração social – que tem de ser mútuo – a capacidade de sermos, cada vez mais, uma sociedade inclusiva onde, a todos os níveis, se encara a diferença e as limitações com naturalidade”, refere.

Por outro lado, identifica algumas lacunas em matéria de reabilitação e empregabilidade.

Neste primeiro aspeto, António considera urgente que a reabilitação seja considerada, por parte do Estado, como um investimento e não um custo. “Não interessa fazer de conta, cumprir determinado número de sessões, pôr um carimbo e já está”, diz.

“Estou plenamente convencido que o Estado tem de encarar este ponto muito mais como um investimento. Pode significar a diferença entre ficar com um cidadão, por dezenas de anos, que só pode ser sujeito passivo no nosso sistema de Segurança Social, ou um cidadão ativo, contribuinte, ainda que com algumas limitações”, explica.

Quanto à questão relacionada com o emprego, adianta que os dados são preocupantes uma vez que o número de AVC que atinge pessoas em idade ativa tem aumentado “exponencialmente”.

“Até o emprego a tempo parcial, muitas vezes uma exigência das próprias sequelas, é  também economicamente uma mais valia em relação à alternativa atual para uma grande percentagem de doentes” que se encontram inativos e com consequentes complicações psicológicas associadas.

Portugal AVC: dar voz aos sobreviventes

“A ideia de criar uma entidade associativa que agregasse sobreviventes de AVC, e também seus familiares/cuidadores, profissionais de saúde e mais pessoas com interesse por esta causa, há muito que era uma necessidade”, começa por explicar o presidente da Portugal AVC.

Mais e melhor informação, assim como mais e melhor apoio são as principais premissas de uma associação que foi constituída há pouco mais de seis meses e cujo crescimento tem superado todas as expectativas.

“Não temos sede. E ainda bem! Queremos ter uma presença que se faça sentir em todo o território nacional, porque nos merece igual consideração um sobrevivente, ou sua família, seja ele de onde for”, afirma António acrescentando, com orgulho, que a sua ação alcança já o país inteiro.

“Nestes seis meses de existência podemos dizer, com muita alegria, que já se faz sentir a nossa presença, com associados e atividades, do Alto Minho ao Algarve, do Litoral ao Interior”, revela.

No âmbito dia Nacional do Doente com AVC que se assinala hoje, António Conceição destaca a prática de exercício físico regular e uma dieta saudável e equilibrada como aspetos essenciais na prevenção do AVC.

“Ao longo da vida, um em cada seis portugueses vai ser vítima de um AVC”, refere reforçando a necessidade de estarmos atentos aos sinais. “Em especial, dificuldade na fala, desvio da face ou falta de força num braço e/ou numa perna. Em si e nos outros! Não hesite. Chame o 112 porque quanto mais rápida a assistência, menores as sequelas. Tempo é cérebro”, explica.

Aos sobreviventes pede esperança e otimismo. “Não viva, nem alimente comparações. Assim como não há duas pessoas iguais, também não há duas recuperações iguais”, afirma relembrando que a recuperação depende, em parte, da força de vontade e “capacidade de sacrifício” de cada um.

“É certo que os primeiros meses após o AVC são, muitas vezes, fulcrais e muito importantes. Mas não desista de continuar a recuperar ao longo da sua vida. Mesmo progressos sem grande significado médico podem ser ganhos muito importantes para si”, afiança concluindo que “com o AVC a vida não cessa, quando muito, adequa-se”. 

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior
O curso de mestrado integrado em Medicina da Universidade da Beira Interior renovou a acreditação para os próximos seis anos,...

Numa nota publicada na página oficial da internet, a instituição de ensino superior sediada na Covilhã, distrito de Castelo Branco, adianta que a análise realizada pela Comissão de Avaliação Externa (CAE) mereceu nota positiva e que abrangeu todos os aspetos relacionados com a qualidade da formação dos médicos na Universidade da Beira Interior (UBI), tais como o plano de estudos, a organização interna da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), os recursos humanos e físicos, a investigação e as parcerias externas, entre outros.

Citado pela UBI, o parecer da comissão de avaliação, que serviu de base à decisão da A3ES, refere que estão a ser formados na FCS "médicos capazes de responder às necessidades do sistema nacional de saúde".

"A metodologia de ensino inovador, que tem sido elogiada desde a criação do curso, foi considerada bem adaptada aos objetivos do mestrado integrado, tal como a avaliação dos alunos que em elevado número obtêm o grau de mestre em Medicina no tempo previsto para a duração do ciclo de estudos (seis anos)", acrescenta a informação.

A organização interna da escola, as instalações físicas adequadas (laboratórios de ensino, salas de aula, espaços de estudo e biblioteca) e o corpo docente próprio e qualificado foram outros pontos fortes identificados.

"Outro aspeto destacado refere-se aos estágios disponíveis para os alunos. É elogiado o esforço de estabelecer uma rede de instituições na região com o objetivo de um ensino/treino de competências clínicas de qualidade", acrescenta.

A UBI explica ainda que a CAE também considerou que "a instituição desenvolve investigação científica nas áreas básica e translacional de elevada qualidade, com aplicabilidade prática e dirigida à criação de valor, em parceria com instituições/grupos de investigação nacionais e internacionais.

É ainda feita referência ao Centro de Investigação em Ciências da Saúde, avaliado com "muito bom", pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Pulmonale
A Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão promoveu desde 2012 ações de sensibilização em 86 escolas básicas e...

Esse "esforço de sensibilização abrangeu ainda três faculdades e mais 135 alunos" disse António Araújo, o presidente da direção da Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão (Pulmonale), uma associação sediada no Porto.

"Trata-se de um projeto em dois formatos, que abrange sessões de esclarecimento sobre a problemática do cancro do pulmão e de sensibilização, num âmbito mais alargado no tempo, e que esperamos possa chegar aos familiares dos alunos e professores", explicou.

Limitada pela "falta de verbas", a Pulmonale tem circunscrito a sua intervenção a escolas de Lisboa e do Porto, mas, segundo Isabel Magalhães, vogal da direção, "recebeu um pedido de informação de uma escola do Algarve".

Ciente de que consumo de tabaco se inicia geralmente na adolescência, a Pulmonale "mantém-se empenhada em tentar mudar mentalidades” nesse escalão etário, explicando que “também podem afirmar-se sem ser através do cigarro", acrescentou.

Instituição Particular de Solidariedade Social, a associação tem também em curso desde 2013 um projeto no setor empresarial, a "Empresa Azul-sem tabaco" que já visitou "oito organizações e 2.606 trabalhadores", disse Isabel Magalhães.

"Estivemos em seis empresas, num agrupamento de centros de saúde e numa Junta de Freguesia", precisou a dirigente da Pulmonale.

Esse programa resultou "na comparência de 1.261 trabalhadores nas ações de sensibilização/formação, tendo 122 iniciado as consultas de cessação tabágica".

Os projetos da Pulmonale no contexto laboral têm uma duração entre nove e 12 meses, conforme a dimensão da instituição e, no final, é emitido o certificado de "Empresa Azul Sem Tabaco".

Em 2012, aquela associação já tinha visitado "quatro empresas e feitas as primeiras ações de sensibilização/formação para 97 trabalhadores", acrescentou Isabel Magalhães, frisando que o atual projeto "está aberto a outro tipo de organizações ou grupos de pessoas".

"O tabagismo tem custos enormes para a saúde e para o Serviço Nacional de Saúde", lembrou presidente da Pulmonale, para quem "a redução do seu consumo e o investimento na prevenção reduziria também os custos na saúde".

"Deveria haver fundos do Estado dedicados a estas ações preventivas e nós já temos experiência no terreno e trabalho apresentado, seria um contributo importante", argumentou António Araújo.

A Pulmonale apoia também a formação e a investigação científica, sendo parceira de congressos internacionais, como o que vai ocorrer em Madrid, na Espanha, em maio, denominado "II Forum La Oncologia Medica en Tres Dias", enquanto em abril, António Araújo fará uma palestra nos "Encontros da Primavera de Oncologia", em Évora.

"A associação também já patrocinou bolsas de estudo e estágio académicos na Pulmonale a alunos de universidades portuguesas", frisou o presidente.

Ministério da Saúde
A pediatra Maria do Céu Machado vai ser a nova presidente da Autoridade do Medicamento, substituindo Henrique Luz Rodrigues,...

Fonte do Ministério da Saúde confirmou que Maria do Céu Machado foi convidada para o cargo e que aceitou o convite.

Maria do Céu Machado vai substituir Henrique Luz Rodrigues, que atingiu os 70 anos e sairá da liderança da Autoridade do Medicamento (Infarmed).

O nome proposto pelo Ministério da Saúde terá ainda de ser avaliado pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap).

Maria do Céu Machado é médica pediatra e dirige o departamento de Pediatria do Hospital de Santa Maria. Foi também Alta Comissária para a Saúde.

Dia Nacional do Doente com AVC
Três pessoas por hora são vítimas de Acidente Vascular Cerebral em Portugal, doença que continua a ser a principal causa de...

Segundo a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), tem-se verificado uma diminuição de incidência (novos casos) de Acidente Vascular Cerebral (AVC), mas a prevalência (total de casos) tem aumentado, sobretudo porque na última década têm amentado os sobreviventes.

A propósito do Dia Nacional do Doente com AVC, que hoje se assinala, a SPAVC lembra que dos três portugueses que a cada hora sofrem um AVC, um dos quais não sobrevive e, pelo menos, outro ficará com sequelas incapacitantes.

Há na comunidade médica um reconhecimento crescente da importância do género no prognóstico do AVC, com a mulher a ter maior risco ao longo da vida, sobretudo porque mais mulheres têm doença vascular cerebral devido à sua maior longevidade.

“A mulher é geralmente mais idosa, funcionalmente mais dependente e tem AVC mais graves”, referiu, em declarações, Teresa Cardoso, coordenadora do Núcleo de Estudos de Doença Vascular Cerebral da Sociedade de Medicina Interna.

Isto está ligado, sobretudo, ao facto de a mulher ter mais arritmias, sobretudo um tipo específico (fribrilhação auricular), ter também mais hipertensão após a menopausa e ter risco superior de AVC por diabetes.

A médica lembra que a mulher tem também pior prognóstico em termos funcionais relativamente ao homem e tem também menor qualidade de vida após um AVC.

Contudo, há prognósticos semelhantes em ambos os sexos sobretudo quando é usado o tratamento adequado, com o tratamento trombolítico e cuidados em unidades de AVC a garantirem um bom prognóstico, mesmo independentemente dos fatores de risco específico.

Aliás, Teresa Cardoso sublinha que o prognóstico após AVC é inevitavelmente influenciado pela qualidade de tratamento e pelas condições sociais.

Perante sintomas de AVC (boca ao lado, dificuldade em falar ou perda de força de um lado do corpo) os especialistas frisam que deve ser contactado o 112 e aconselham as pessoas a nunca se deslocarem para o hospital pelos seus próprios meios, pois a escolha da unidade com cuidados adequados é fundamental.

Região Centro
O número de casos de hepatite A registados na região Centro, entre janeiro e março, é superior ao total verificado em cada um...

Entre 01 de janeiro de 2015 e ontem, "observaram-se 18 casos esporádicos de hepatite A", assim distribuídos: seis em 2015, cinco em 2016 e sete em 2017, em apenas três meses, refere em comunicado o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde (ARS)  do Centro.

"Assim, no primeiro trimestre de 2017, o número de casos observados é já superior ao total verificado em cada um daqueles anos", sublinha.

Relativamente aos sete casos deste ano, "a idade média é de 30 anos, compreendida entre os 25 e os 40 anos", segundo a ARS, presidida pelo médico de saúde pública José Tereso, indicando que os doentes em causa são seis homens e uma mulher, e que "todos estiveram internados".

Em 2015 e 2016, as pessoas infetadas com hepatite A "tinham uma idade média de 38 anos, compreendida entre os 20 e os 85 anos e eram maioritariamente do sexo masculino".

"Tendo em conta que o principal modo de transmissão da hepatite A é por via fecal-oral, através de fonte comum por ingestão de alimentos ou água contaminada ou por contacto pessoa a pessoa, a higiene pessoal, familiar e doméstica, em especial a lavagem de mãos e das zonas genitais, são altamente eficazes no controlo da transmissão desta doença", alerta a Administração Regional de Saúde, com sede em Coimbra.

A transmissão da hepatite A associada a práticas sexuais "também se tem observado, nomeadamente entre homens que fazem sexo com homens" que adotam certos comportamentos de risco.

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), de 01 de janeiro a 29 de março de 2017, foram notificados em Portugal 115 casos de hepatite A, dos quais 107 confirmados laboratorialmente, e 58 doentes foram hospitalizados.

Governo
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse que os sistemas de teleconsulta são uma tendência "irreversível...

Intervindo, por videoconferência, num seminário intitulado "TeleSaúde no AVC - Do evento ao domicílio", promovido pelo hospital Rovisco Pais - Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro, Adalberto Campos Fernandes disse ainda que tem havido "experiências muito interessantes" em Portugal com sistemas do género, nas áreas da medicina de reabilitação, saúde mental, dermatologia e cirurgia vascular.

"Uma das formas de tornar o Serviço Nacional de Saúde(SNS) mais próximo e amigo dos cidadãos é simplificar a vida aos doentes na relação com os profissionais", disse o ministro da Saúde.

O governante considerou o serviço de teleconsulta do Rovisco Pais - que funciona em articulação com o programa Tele Via Verde AVC, coordenado pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), - como um "exemplo de boas práticas", convidando os responsáveis do Centro de Medicina de Reabilitação a estarem presentes, na próxima semana, em Lisboa, na Meo Arena, naquilo que definiu como "o maior evento de transformação digital do SNS desde sempre".

A intervenção de Adalberto Campos Fernandes foi precedida de uma ligação vídeo ao serviço de medicina de reabilitação do CHUC. Na ocasião, Maria Joaquim Tão, médica especialista daquela unidade hospitalar, frisou que antes da existência do programa Tele Via Verde AVC o contacto com profissionais de outros hospitais "era esporádico, agora é semanal".

"Provavelmente, deveria estender-se a outros serviços e precisávamos que funcionasse melhor", frisou a médica, assinalando algumas falhas técnicas de que o sistema ainda padece.

Já João Constantino, da Reabilitação Geral de Adultos do Rovisco Pais, frisou que o sistema é uma "porta grande de comunicação" entre aquela unidade hospitalar e o CHUC, argumentando que o programa "tem estado a funcionar bem nos últimos meses, quase em pleno".

Segundo a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), o programa Tele Via Verde AVC, que garante uma resposta tecnicamente equitativa aos doentes que sofrem um acidente vascular cerebral inclui, além do CHUC e do Rovisco Pais, o hospital distrital da Figueira da Foz, Centro Hospitalar de Leiria, Centro Hospitalar Baixo Vouga, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Unidade Local de Saúde da Guarda, Centro Hospitalar da Cova da Beira e Unidade Local de Saúde de Castelo Branco.

O CHUC é o ponto central, onde, diariamente, durante as 24 horas, uma equipa de especialistas acompanha em tempo real, através de telemedicina, os doentes com AVC que dão entrada naquelas unidades e prescrevem a melhor terapêutica, consoante a situação clínica.

A rede permite que apenas os doentes mais graves sejam transferidos para Coimbra, já depois de estabilizados e com terapêutica iniciada.

"O sistema funciona e não aumenta a carga de trabalho, permitindo fazer mais com os mesmos recursos. Melhora sobretudo a comunicação entre os profissionais, prevenindo a perda de informação e conhecimento, sempre com o doente no foco", disse Anabela Pereira, diretora do serviço de Reabilitação Geral de Adultos do Rovisco Pais.

De acordo com dados hoje divulgados, o programa Tele Via Verde AVC (que começou a funcionar em 2015) realizou até à data 630 teleconsultas, resultando que 60% dos doentes não foram transferidos para o CHUC, em Coimbra.

No Rovisco Pais, onde o programa se iniciou em maio do ano passado, foram realizadas até agora 43 teleconsultas de avaliação de internamento e internados naquele centro de reabilitação 32 doentes, 72% dos quais do sexo masculino, 20 dos quais já tiveram alta para o domicílio, numa área que abrange toda a região Centro.

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