Sarampo
A jovem de 17 anos que morreu com sarampo no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, não estava vacinada, revelou hoje o ministro...

"A jovem não estava protegida do ponto de vista imunitário", disse o ministro, em resposta a uma pergunta sobre se a rapariga estava vacinada.

De acordo com uma nota do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), a que pertence o Hospital Dona Estefânia, a jovem morreu “na sequência de uma situação clínica infeciosa com pneumonia bilateral – sarampo”.

Na conferência de imprensa na Direção-Geral da Saúde, o ministro manifestou solidariedade para com os pais da jovem que morreu e sublinhou a importância da proteção, frisando que a vacinação "é segura e eficaz".

"Assistimos a um combate muito desleal entre a ciência e a opinião (...). A melhor resposta é a prevenção. É tempo de parar com a opinião e a especulação sobre a evidência científica", afirmou o governante.

Adalberto Campos Fernandes apelou ainda à população para confiar no sistema de saúde e na capacidade de uma comunidade "solidária e responsável".

"Não julgamos pais, não fazemos juízos de valor. Por vezes, por falta de informação, são levados a tomar as medidas erradas. O valor da vacina é superior à vantagem individual", acrescentou.

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), desde janeiro de 2017 e até hoje foram confirmados 21 casos de sarampo em Portugal, havendo outros 18 casos em investigação. Houve ainda oito casos suspeitos, mas as análises feitas pelo Instituto Ricardo Jorge deram negativo para sarampo.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, geralmente benigna mas que pode desencadear complicações e até ser fatal. Pode ser prevenida pela vacinação, que em Portugal é gratuita.

Pelo menos 14 países europeus têm registado surtos de sarampo desde o início deste ano, com a Roménia a liderar o número de casos, com mais de quatro mil doentes em seis meses.

De acordo com o diretor-geral da Saúde, Francisco George, a Itália acaba de notificar 1.500 casos, 10% em enfermeiros e médicos, mas em 90% as pessoas a quem foi diagnosticada esta condição não estavam vacinadas.

Segundo o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa), o número de países europeus com casos de sarampo foi crescendo no início deste ano e quase todos eles terão ligação ao surto que começou na Roménia em fevereiro de 2016.

Além de Portugal, registaram surtos de sarampo a Áustria, Bélgica, Bulgária, Espanha, Dinamarca, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Itália, Suíça e Suécia.

Sarampo
O diretor-geral da Saúde garantiu hoje que Portugal nunca terá uma epidemia de sarampo “de grande escala” devido aos elevados...

Francisco George falava durante uma conferência de imprensa a propósito do surto de sarampo em Portugal, onde foram já confirmados 21 casos da doença, e que causou a morte de uma jovem de 17 anos na madrugada de hoje, no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa.

“Os níveis de cobertura de vacinação da população é de tal maneira alta que o sarampo encontra resistência para progredir. O sarampo só existe em doentes. Só doentes têm o vírus do sarampo. Para circular é preciso encontrar terreno favorável e nós não temos terreno favorável”, disse.

Além das vacinas disponíveis para as crianças que completam, este ano, um ano de idade e as que têm cinco anos, existe ainda uma reserva estratégica de 200 mil doses de vacinas que poderão ser usadas em caso de necessidade, acrescentou.

Francisco George reiterou que não existe qualquer falta de vacinas contra o sarampo em Portugal e defendeu a vacinação da população.

Suporte Básico de Vida
Uma escola, centena e meia de pessoas, Sociedade Portuguesa de Cardiologia, INEM e Direção-Geral de Educação: juntos num Mass...

No seguimento das várias iniciativas que a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) tem protagonizado junto do Ministério da Saúde, dos meios de comunicação social e da sociedade civil, de modo a promover a importância da formação de crianças em idade escolar em Suporte Básico de Vida (SBV) para a redução dos números de episódios fatais de Morte Súbita, será realizada uma ação de “Mass Training” em SBV, dirigida a mais de 1 centena de participantes. Esta iniciativa vai ter lugar no pavilhão da escola E.B.2,3 Dr. António Contreiras, de Armação de Pêra, no Algarve.

Integrada nos trabalhos do Congresso Português de Cardiologia, que decorre em Albufeira, de 22 a 25 de abril, a SPC uniu esforços com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com o intuito de organizar uma sessão de treino em SBV destinada à comunidade local, reunindo alunos, professores e funcionários não docentes do Agrupamento Escolas Silves Sul. Este evento pretende sensibilizar a sociedade civil para a importância de potenciar o ensino em SBV nas escolas!

Com esta iniciativa a SPC e o INEM pretendem dar mais um passo na implementação de medidas que expandam o número de portugueses, e sobretudo crianças, jovens e professores, informados e formados em SBV.

Nas palavras do Dr. Daniel Ferreira, Director da Escola de Ressuscitação CardioPulmonar da SPC “este evento pretende alertar uma vez mais a opinião pública e os responsáveis políticos pelas áreas da saúde e da educação para a importância do treino em Suporte Básico de Vida da população portuguesa. Este ensino do SBV, já incorporado nos programas escolares dos alunos do ensino secundário, permitirá, uma vez implementado em todas as escolas do país, treinar toda uma geração de jovens portugueses para responderem com eficácia a situações de morte súbita que eventualmente venham a testemunhar ao longo das suas vidas.”

“O INEM tem participado de forma ativa em muitos Mass Training, um pouco por todo o país, pois é uma forma importante de fazer chegar a milhares de pessoas a mensagem de que podem fazer a diferença em caso de emergência”, refere por sua vez a Dr.ª Teresa Pinto, Diretora do Departamento de Formação em Emergência Médica do INEM. Para esta responsável “a SPC tem sido um parceiro empenhado no aumento da consciencialização do SBV, mais um motivo pelo qual não podíamos deixar de colaborar com esta iniciativa que vai ter lugar no Algarve”.

Os factos:
- Em Portugal, em média, cerca de 10 mil pessoas vão sofrer morte súbita cardíaca a cada ano que passa, tendo em conta os números da mortalidade cardiovascular. Cerca de 20% da mortalidade global da população ocorre como Morte Súbita e aproximadamente metade das mortes cardiovasculares devem-se a episódios de Morte Súbita.
- Em setembro do ano passado foi celebrado um protocolo entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, com vista à formação de professores que posteriormente irão disseminar o ensino do suporte básico de vida aos alunos do ensino secundário.
 - Em Portugal, a legislação prevê a existência de desfibrilhadores automáticos externos (DAE) em locais públicos com maior concentração de pessoas, designadamente aeroportos e portos comerciais, estações ferroviárias, de metro e de camionagem com fluxo médio diário superior a 10 000 passageiros e recintos desportivos, de lazer e de recreio com lotação superior a 5000 pessoas.

O que propõem os cardiologistas?
- Incrementar e potenciar o ensino do SBV nas escolas, com uma forte vertente prática e fomentar a sensibilização de todos os cidadãos para a importância desta aprendizagem e treino.
- Promover uma maior acessibilidade a equipamentos de DAE, onde a existência destes aparelhos seja considerada um requisito básico de segurança.

Moçambique
A aldeia de Chipaco, no centro de Moçambique, passou a ter água potável e é a mais recente beneficiária dos projetos da...

"Já estamos em Chipaco há dois anos com um programa que apoia cerca de 200 crianças vulneráveis diariamente com alimentação, higiene pessoal, apoio escolar e dinamização de atividades culturais e desportivas", disse David Fernandes, diretor da organização não-governamental (ONG).

Ao longo do tempo foi sendo reunido o valor necessário para abrir um furo de captação de água que entrou agora em funcionamento.

"A população utilizava a água disponível em charcos, sem condições de higiene e segurança", descreveu.

Não existem dados estatísticos oficias, mas segundo o líder comunitário vivem em Chipaco (distrito de Vanduzi, província de Manica) 183 famílias.

Tendo em conta que cada família terá em média cinco pessoas, estima-se que entre 900 a mil pessoas possam beneficiar da captação de água.

A Big Hand pretende agora ali criar uma nova escola para evitar que as crianças tenham que caminhar oito quilómetros até outra aldeia - distância que leva ao abandono escolar.

A ONG portuguesa foi fundada em 2010 e, segundo os seus próprios dados, apoia 5.000 crianças em várias aldeias na província de Manica.

"É certo que a crise global dificulta a angariação de fundos, mas as pessoas continuam com um coração enorme e uma vontade gigante de querer mudar o mundo e por isso vão contribuindo", referiu David Fernandes.

Existem campanhas de angariação de fundos a decorrer, como por exemplo, "um lápis por uma escola", em que cada lápis vale a contribuição de um euro, além de outras iniciativas descritas no portal da organização na Internet.

Estudo conclui
Um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, com cerca de 2.400 crianças, concluiu que a postura corporal...

"As crianças do sexo feminino apresentaram uma maior prevalência de um tipo de postura com curvaturas da coluna aumentadas (hiperlordótica), enquanto apenas 5% dos rapazes possuem" esse padrão postural, prevalecendo, nestes, uma tipologia caracterizada por um deslocamento posterior da coluna relativamente aos membros inferiores, indicou o investigador principal do projeto, Fábio Araújo.

Estes são alguns dos resultados de um trabalho desenvolvido pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), no qual foram avaliadas 1.147 raparigas e 1.266 rapazes, com sete anos, com o objetivo de perceber em que momento da infância surgem os tipos de postura já conhecidos e identificados.

Dos quatro tipos de padrões posturais conhecidos, explicou o especialista, o primeiro é alinhado e equilibrado, estando os outros três (designados por não-neutros) associados ao desenvolvimento de diferentes patologias na coluna.

Em declarações, o especialista indicou que, dentro dos três padrões posturais não-neutros, existem aqueles que são caracterizados por um deslocamento posterior da coluna relativamente aos membros inferiores, com uma grande e longa curvatura da região torácica (primeiro padrão).

O segundo padrão não-neutro refere-se a uma retificação da coluna, ou seja, são casos em que os indivíduos sofrem perdas da magnitude das curvaturas da coluna, enquanto no terceiro encontra-se uma postura hiperlordótica, em que há um aumento dessa magnitude.

De acordo com o investigador, as diferenças encontradas neste estudo podem ser um dos fatores que explica porque é que patologias como a escoliose (desvio da coluna) são mais prevalentes nas raparigas e a doença de Scheuermann (aumento da curvatura superior do tronco) predominante nos rapazes.

Na vida adulta, os primeiros dois tipos de postura não-neutra podem "contribuir para o desenvolvimento de dor da coluna e discopatia lombar (lesão do disco entre as vértebras da coluna)".

Quanto ao terceiro padrão não-neutra, o hiperlordótico, pode levar ao desenvolvimento de listese vertebral (espondilolistese - quando ocorre um deslizamento acentuado das vértebras relativamente às vértebras adjacentes), acrescentou o investigador.

Fábio Araújo acredita que, com esta investigação, foi possível demonstrar, pela primeira vez, o quão "essencial" é o período infância para o desenho da neutralidade postural, devendo, por isso, as intervenções para promover uma postura saudável começar neste período precoce de vida.

As crianças avaliadas participam do "Geração XXI", um projeto iniciado em 2005, que visa acompanhar o crescimento e o desenvolvimento de mais de oito mil crianças nascidas em hospitais públicos da Área Metropolitana do Porto, ao longo a vida.

O estudo "Defining patterns of sagital standing posture in girls and boys of school age" ("Definindo padrões de postura sagital ereta em meninas e meninos de idade escolar") é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), pelo Programa Operacional Saúde XXI e pela Fundação Calouste Gulbenkian, foi publicado na revista "Physical Therapy".

O grupo encontra-se agora a avaliar a relação entre o peso e a altura (índice de massa corporal) e os padrões posturais encontrados, trabalho cujos resultados preliminares sugerem a existência de uma ligação "bastante clara" entre os fatores.

De acordo com o especialista, os resultados finais desse segundo trabalho podem servir de base para futuras investigações que visem verificar de que forma as medidas preventivas e de controlo de peso na infância podem ter efeito no desenvolvimento de uma postura saudável na vida adulta.

Direção-Geral da Saúde
Os diretores das escolas públicas querem que a Direção-Geral da Saúde emita para os estabelecimentos de ensino uma circular...

“A Direção-Geral da Saúde devia emitir um comunicado para pais e escolas a abordar o assunto de forma clara, embora nós [escolas] saibamos o que fazer. Mas os pais também devem estar mais esclarecidos em relação à matrícula dos seus filhos”, disse Filinto Lima, da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e escolas Públicas.

Filinto Lima, que falava dois dias depois de ter começado o período normal de matrículas para o pré-escolar e 1.º ciclo, disse ainda que na altura das matrículas as escolas verificam o boletim de vacinas e alertam os pais, mas nunca podem recusar a inscrição a um aluno.

“A prática é: quando verificamos que o pai não atualizou o boletim de vacinas concedemos um prazo, uma semana costuma bastar, e o pai normalmente atualiza, porque se tinha esquecido. Se isso não acontecer, comunicamos o facto à autoridade de saúde local, que são os centros de saúde”, explicou.

Filinto Lima disse ainda que a escola não pode recusar a matrícula a um aluno, apenas pode impedir a sua presença em contexto de sala de aula quando ele tem ou há indícios de que tenha uma doença infetocontagiosa.

“Nesse caso o aluno só pode regressar à escola quando o médico passar a alta”, explicou.

“Até pelo muito que se tem falado nos últimos tempos sobre este assunto, a DGS deveria emitir um comunicado para pais e escolar a esclarecer o assunto de forma clara. Os pais também devem estar esclarecidos em relação à matrícula dos seus filhos”, acrescentou.

Segundo a DGS, desde janeiro de 2017 e até ao fim do dia de segunda-feira foram confirmados 21 casos de sarampo em Portugal, havendo outros casos ainda em investigação.

Destes, um deles é de uma jovem de 17 anos que está internada nos cuidados intensivos pediátricos do Hospital Dona Estefânia, ventilada e o seu estado clínico na terça-feira à tarde era instável.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, geralmente benigna mas que pode desencadear complicações e até ser fatal. Pode ser prevenida pela vacinação, que em Portugal é gratuita.

Pelo menos 14 países europeus têm registado surtos de sarampo desde o início deste ano, com a Roménia a liderar o número de casos, com mais de quatro mil doentes em seis meses, desde meados de 2016.

Segundo o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa), o número de países europeus com casos de sarampo foi crescendo no início deste ano e quase todos eles terão ligação ao surto que começou na Roménia em fevereiro de 2016.

Além de Portugal, registaram surtos de sarampo a Áustria, Bélgica, Bulgária, Espanha, Dinamarca, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Itália, Suíça e Suécia.

No próximo ano
Centenas de jovens médicos ficarão sem acesso a uma especialidade em 2018, uma realidade que se agrava a cada ano, estima a...

Há 2.466 jovens médicos para se candidatarem à formação especializada no próximo ano para um número provisório de 1.719 vagas, uma diferença superior a 700.

Segundo o bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, trata-se do maior número de sempre de vagas propostas de acordo com a capacidade de formação do país, mas que ainda assim deixará de fora algumas centenas de candidatos, além daqueles que acabam por desistir para se recandidatarem no ano seguinte.

A Ordem dos Médicos, que já entregou à Administração Central do Sistema de Saúde o mapa provisório de capacidades formativas para 2018, exige que o Governo melhore a capacidade formativa e reequacione as vagas dos cursos superiores.

“O número de médicos que podem ficar sem acesso à especialidade será maior do que o ano passado. Este ano existem mais vagas mas continuam a existir internos que podem não ter acesso à especialidade”, declara o bastonário, para quem este ano o número de jovens médicos que ficará de fora deverá aumentar em relação ao ano anterior.

Mesmo que algumas dezenas de jovens acabem por desistir de se candidatar por não conseguirem nota no exame de acesso à especialidade que pretendem, repetindo-o no ano seguinte, muitos outros ficarão de fora ainda que não seja essa a sua opção.

Entre os 2.466 médicos formados e candidatos à especialidade para 2018 há 392 que são formados no estrangeiro e que têm direito a realizar a especialidade em Portugal.

“Há um excesso de estudantes de medicina. Em cada ano entram cerca de 1.800 estudantes nos cursos de medicina, quando não temos capacidade formativa para isso”, afirmou Miguel Guimarães.

Para a Ordem dos Médicos, ao longo dos anos os ministérios do Ensino Superior e da Saúde foram aumentando “de forma incompreensível” o número de vagas para acesso aos cursos de medicina, sem compreenderem o impacto dessa medida.

Só entre 1995 e 2014 o ‘numerus clausus’ nos cursos de medicina aumentou 396%.

“O ‘numero clausus’ devia ser adaptado àquilo que é a real capacidade formativa das escolas médicas”, defende Miguel Guimarães, vincando que o Governo deve atuar no sentido de melhorar a formação pré-graduada, até porque os próprios diretores de faculdades reconhecem que têm estudantes a mais.

Além deste problema, a Ordem sustenta que “é um imperativo nacional” investir no Serviço Nacional de Saúde (SNS), quer ao nível de recursos humanos como de equipamentos, para aumentar a capacidade de formação.

Ou seja, se o Ministério da Saúde corrigisse as deficiências existentes no SNS, melhorava a capacidade de formar especialistas, ao mesmo tempo que melhorava a qualidade dos cuidados de saúde.

“Podíamos ter em Portugal ainda mais vagas para formar internos, mais algumas centenas, desde que os serviços estivessem de facto completos: com os especialistas que deviam existir, com os serviços devidamente equipados e também com uma estrutura física necessária”, frisa o bastonário.

Este alerta da Ordem surge na semana em que decorre a Mostra de Especialidades Médicas, um evento organizado pelo Conselho Nacional do Médico Interno, que pretende ajudar os jovens médicos internos no processo de escolha de especialidade.

Esta mostra decorre esta semana no Porto e em Lisboa e em Coimbra no início de maio.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Os distritos de Portalegre, Évora, Beja e Setúbal, além da ilha de Porto Santo, na Madeira, apresentam hoje nível ‘muito...

O restante território, com exceção para oito das nove ilhas dos Açores, apresentam risco ‘elevado’. S. Miguel é a ilha açoriana com índice ‘elevado’.

Para as regiões com risco 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

Para hoje, o IPMA prevê para Portugal continental períodos de céu muito nublado, condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros e trovoadas.

Para o norte e centro de Portugal continental aguarda-se uma subida da temperatura máxima e para as regiões do sul, uma descida da temperatura máxima.

Para os Açores espera-se períodos de céu muito nublado com abertas e aguaceiros em geral fracos, enquanto para a Madeira está previsto céu muito nublado e vento fraco a moderado.

Direção-Geral da Saúde
O número de casos de hepatite A notificados desde o início do ano em Portugal subiu para 199, segundo uma atualização feita...

No passado dia 07, segundo um balanço na altura do diretor-geral da Saúde, Francisco George, estavam notificados 160 casos. Na altura o responsável anunciou o alargamento da vacinação para a hepatite A, no seguimento de um surto da doença.

Há cinco dias o Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT) exigiu que as autoridades tomem medidas para adquirir mais vacinas contra a hepatite A, estimando que as 12 mil doses disponíveis não sejam suficientes até ao fim deste ano.

Na mesma altura o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) garantiu que Portugal tem “um número adequado” de vacinas contra a hepatite A.

Segundo dados recentes a grande maioria dos doentes notificados são adultos jovens do sexo masculino, principalmente residentes na área de Lisboa e Vale do Tejo.

Hospital Dona Estefânia
A jovem de 17 anos com sarampo, internada no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, faleceu hoje de madrugada, segundo fonte...

De acordo com o Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), a jovem morreu “na sequência de uma situação clínica infeciosa com pneumonia bilateral – sarampo”.

A jovem estava internada desde o fim de semana na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos do CHLC – Hospital Dona Estefânia, na sequência de uma pneumonia bilateral – complicação respiratória do sarampo.

“A família acompanhou toda a evolução da situação clínica e o CHLC, com tristeza, lamenta a ocorrência e presta, publicamente, os seus sentidos pêsames”, adianta a nota do Centro Hospitalar enviada à agência Lusa.

O recente surto de sarampo que abrange vários países europeus causou em Portugal pelo menos 21 casos confirmados de sarampo.

Em 2016, Portugal recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS), um diploma que oficializava o país como estando livre de sarampo, até porque os poucos casos registados nos últimos anos tinham sido contraídos noutros países.

Com a vacinação gratuita das crianças, a partir de 1974, e sobretudo com a introdução de uma segunda dose de vacina em 1990, o sarampo acabou por se tornar quase uma doença esquecida ou invisível.

Mas entre 1987 e 1989 tinham sido notificados em Portugal 12 mil casos, contabilizando-se 30 mortes.

O sarampo é uma das infeções virais mais contagiosas e, apesar de habitualmente ser benigna, pode ser grave e até levar à morte, avisa a Direção-geral da Saúde (DGS).

A doença manifesta-se pelo aparecimento de pequenos pontos brancos na mucosa oral cerca de um ou dois dias antes de surgirem erupções cutâneas, que inicialmente surgem no rosto.

Segundo a norma clínica emitida pela DGS na semana passada, as complicações do sarampo podem incluir otite média, pneumonia, convulsões febris e encefalite.

Os adultos têm, normalmente, doença mais grave do que as crianças e os doentes imunocomprometidos podem não apresentar manchas na pele.

O sarampo, que é evitável pela vacinação, transmite-se por via aérea e pelo contacto direto com secreções nasais ou da faringe de pessoas infetadas.

Com um período de incubação que pode variar entre sete a 21 dias, o contágio dá-se quatro dias antes e quatro dias depois de aparecer o exantema (erupções cutâneas).

Consideram-se já protegidas contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que têm duas doses da vacina, no caso dos menores de 18 anos, e uma dose quando se trata de adultos.

A vacinação é a principal medida de prevenção contra o sarampo, sendo gratuita e incluída no Programa Nacional de Vacinação (PNV). As crianças devem ser vacinadas aos 12 meses e repetir a vacina aos cinco anos.

“Alerta-se, desde já, para a necessidade de os pais vacinarem os seus filhos sem hesitação, uma vez que as vacinas estão disponíveis no país”, referiu a DGS numa nota hoje emitida, um alerta que tem repetido de forma constante.

A vacinação organizada contra o sarampo em Portugal iniciou-se em 1973, com uma campanha de vacinação de crianças entre os um e quatro anos, que vigorou até 1977. Em 1974, a vacina contra o sarampo foi incluída no PNV e em 1990 foi introduzida uma segunda dose da vacina.

Mais de 500 casos de sarampo foram reportados só este ano na Europa, afetando pelo menos sete países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que avisa que muitos dos casos de sarampo ocorrem por causa de pais que não querem vacinar os seus filhos.

Instituto Gulbenkian
Cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência descobriram um novo mecanismo para combater bactérias multirresistentes, num...

O estudo, da equipa da cientista Isabel Gordo e que foi financiado pelo Conselho Europeu de Investigação e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, pode ajudar na descoberta de novos antibióticos ou estratégias alternativas contra as bactérias multirresistentes.

Os investigadores identificaram um mecanismo compensatório que “favorece o crescimento de bactérias multirresistentes e que pode ser usado no futuro como um novo alvo terapêutico contra estas bactérias”, segundo um comunicado sobre o trabalho divulgado pelo Instituto Gulbenkian de Ciência.

Em declarações, Isabel Gordo, bióloga e cientista do Instituto Gulbenkian, explicou que o estudo incidiu em bactérias multirresistentes (resistentes a vários antibióticos) e que identificou proteínas que, se forem bloqueadas, podem tornar possível matar essas bactérias.

Explicou a cientista que as bactérias adquirem mutações que fazem com que os antibióticos deixem de funcionar mas ficam debilitadas, pelo que adquirem as mutações compensatórias, o que faz com que seja difícil destruí-las.

A cientista deu como exemplo um automóvel, que seria a bactéria. Ao atingir-se o motor com algo (o antibiótico) o veículo deixa de andar rápido mas adapta-se e continua a andar, e se se atingir o acelerador (segundo antibiótico), haverá também uma adaptação, pelo que o carro continua a andar. O que equipa descobriu, explicou a cientista, foi que há outro alvo (outro mecanismo compensatório que inclui mutações), a embraiagem, que pode no futuro ser atacado e assim fazer parar o automóvel.

“Era completamente desconhecido até agora como é que estas mutações compensatórias evoluem em bactérias multirresistentes, e foi isso que a equipa de Isabel Gordo se propôs a investigar”, refere o comunicado.

Descobriu-se que o ritmo de adaptação compensatória das bactérias E.coli (responsáveis por exemplo pelas intoxicações alimentares) multirresistentes é mais rápido do que nas estirpes que têm apenas uma mutação, e foram identificadas as proteínas chave envolvidas no mecanismo compensatório das bactérias multirresistentes, diz-se no comunicado da Fundação Gulbenkian.

A equipa de investigação prevê que o mecanismo agora descoberto possa ser usado de forma geral em muitos outros casos de multirresistências a fármacos, uma vez que os antibióticos afetam os mesmos mecanismos celulares.

Questionada, Isabel Gordo não fez previsões sobre quando será possível ter um medicamento eficaz para matar as bactérias multirresistentes.

Constitucionalista
O professor catedrático e constitucionalista Paulo Otero considerou que "não há nada na Constituição que proíba a...

Paulo Otero falava numa altura em que existe um surto de sarampo em Portugal, que deixou uma jovem de 17 anos internada nos cuidados intensivos do hospital Dona Estefânia, em Lisboa, e quando é sabido que não existe uma política de saúde que imponha a vacinação obrigatória para certas doenças.

Questionado se a vacinação obrigatória não colide com direitos fundamentais do cidadão previstos na Constituição, Paulo Otero salientou que "é a saúde pública que está em primeiro lugar" em situações de "contágio alargado da doença".

"Estão em causa as crianças e os pais não são os seus donos. As crianças não são propriedade dos pais", frisou o professor catedrático, observando que, em matéria de saúde pública e perigo de contágio, é muito discutível que os pais possam dispor da vontade dos filhos, quando em causa está a sobrevivência das próprias crianças.

Além de não encontrar obstáculos de natureza constitucional que impeçam a vacinação obrigatória para proteção da saúde pública, Paulo Otero reconheceu, no entanto, que é difícil que o Estado possa ser responsabilizado judicialmente pela morte de alguém que contraiu a doença evitável por vacinação.

"O que pode haver é a violação do dever de legislação (do Estado) em tornar obrigatório certo tipo de vacinas", disse, admitindo também que possam ser levantadas questões sobre a responsabilidade civil do Estado em não tornar obrigatória a vacinação contra certas doenças graves e contagiosas.

Quanto ao surto de sarampo em Portugal, Paulo Otero vincou que há "uma atenuante" para o Estado, porque o "surto é anómalo", já que há décadas que não existia nenhum surto desta doença.

O professor catedrático insistiu porém que "não há motivos decorrentes da tutela dos direitos fundamentais que obstem a casos de vacinação obrigatória", embora devendo esta obrigatoriedade estar sempre subordinada ao "princípio da proporcionalidade". Ou seja, não faria sentido, por exemplo, tornar obrigatória em Portugal a vacinação contra uma doença que só existe nos trópicos.

Contactado, o constitucionalista e deputado do PS Bacelar de Vasconcelos assinalou que o tema da vacinação é uma questão "polémica entre as próprias instituições de saúde" e que há "opiniões que se contradizem relativamente à imposição da vacinação obrigatória", nomeadamente quanto a certas "doenças ou surtos epidémicos".

"É sobretudo uma questão de avaliação da epidemia", disse Bacelar de Vasconcelos, para quem "só perante uma ameaça grave em que está em causa a saúde pública" é que se deve ponderar a obrigatoriedade da vacinação.

"Em última análise, a vacinação obrigatória é sempre uma agressão física", considerou o deputado socialista, admitindo contudo que "não há um impedimento constitucional" em tornar a vacinação obrigatória quando "houver um perigo grave para a saúde pública".

"Não havendo essas condições [de perigo para a saúde pública] impor a toda a gente a vacinação obrigatória é ridícula", disse, nomeadamente "perante um surto de sarampo que estava erradicado em Portugal".

Bacelar de Vasconcelos entende que quaisquer medidas que sejam tomadas pelas autoridades sanitárias sobre a vacinação devem ser "proporcionais" à situação que enfrentam, muito embora em "cenários de grave crise epidémica as entidades de saúde pública tenham a possibilidade de adotar medidas excecionais e transitórias que travem a propagação da doença".

Quanto a eventuais responsabilidades criminais ou civis do Estado em situações de morte por ausência de vacinação obrigatória, o constitucionalista considerou que a questão "não se coloca neste momento" e que só uma "negligência grave" poderia fazer repensar o assunto.

Uma jovem de 17 anos com sarampo está internada nos cuidados intensivos do hospital Dona Estefânia, em Lisboa, encontrando-se ventilada, sob sedação e o seu estado clínico é instável.

O hospital recorda que não é prática habitual emitir informação clínica pública sobre doentes internados e que só o faz agora, após autorização da família da doente, a título excecional.

Em Portugal, desde janeiro de 2017 e até ao fim do dia de segunda-feira, foram registados 21 casos confirmados de sarampo pelo Instituto Ricardo Jorge, havendo outros casos ainda em investigação.

Um surto de sarampo tem afetado desde o início do ano vários países europeus.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, geralmente benigna mas que pode desencadear complicações e até ser fatal. Pode ser prevenida pela vacinação, que em Portugal é gratuita.

Dia 21 de maio
A 12.ª edição da Corrida da Mulher deverá juntar a 21 de maio 15.000 mulheres, numa ‘luta’ de cariz social, que nos 11 anos...

A prova, hoje apresentada em Lisboa, conta com mais de 10.000 inscritas, entre as quais as quenianas Gladys Cherono, campeã mundial da meia maratona em 2014, e Filomena Cheych Daniel, segunda classificada na EDP Lisboa, a mulher e a vida, nas edições de 2014 e 2015.

No evento, que juntará figuras públicas de várias áreas da sociedade portuguesa, participará triatleta portuguesa Vanessa Fernandes, medalha de prata nos Jogos Olímpicos Pequim2008.

A corrida, que tem como objetivo a angariação de fundos para a compra de aparelhos de rastreio do cancro da mama, é disputada num percurso de cinco quilómetros, junto ao rio Tejo.

A partir de maio
Os medicamentos para as artrites reumatoide, idiopática juvenil, psoriática e as espondiloartrites passam a ser gratuitos para...

O diploma, publicado em Diário da República, refere que estes fármacos, que beneficiavam de uma comparticipação de 69%, passam a ter um regime excecional de comparticipação específico para os fármacos modificadores da doença reumática.

Na origem desta medida está a morbilidade que estas doenças provocam, assim como as repercussões pessoais e socioeconómicas nos doentes, uma vez que “são doenças de sintomatologia em muitos casos incapacitante e fortemente penalizadora da qualidade de vida dos doentes”.

Estes fármacos só poderão ser prescritos por médicos especialistas em reumatologia e medicina interna e podem ser adquiridos na farmácia comunitária.

A medida entra em vigor em maio.

Aguarda aprovação
O regulamento para a eleição dos representantes dos beneficiários titulares da ADSE está pronto, aguardando a aprovação do...

A versão final do documento, foi enviada na segunda-feira às estruturas sindicais da Administração Pública, que viram nele incluídos alguns dos seus contributos, e está no Ministério da Saúde a aguardar a aprovação formal do Governo.

"Assim que a portaria que aprova este Regulamento Eleitoral for publicada, poderão ser marcadas as eleições e, assim que forem eleitos os representantes dos beneficiários, o Conselho Geral e de Supervisão da ADSE poderá começar a funcionar", disse José Abraão, secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública.

O sindicalista salientou que só depois de o Conselho Geral ser formalmente constituído é que o Governo aprovará o regulamento do beneficiário da ADSE, que irá permitir a entrada dos funcionários com contrato individual de trabalho para este sistema de proteção.

A ADSE foi transformada em Instituto de Proteção e Assistência na Doença, pelo Decreto-Lei n.º 7/2017, de 09 de janeiro, tornando-se num "instituto público de regime especial e gestão participada".

Um dos seus órgãos é o Conselho Geral e de Supervisão, que segundo a portaria do regulamento eleitoral, tem "funções de acompanhamento, controlo, consulta e participação na definição das linhas gerais de atuação do instituto".

Está previsto que este órgão seja composto, entre outros elementos, por quatro representantes eleitos por sufrágio universal e direto dos beneficiários titulares da ADSE, I.P., sendo o processo para eleição fixado pela portaria do membro do Governo responsável pela área da saúde.

Assim, os beneficiários titulares da ADSE vão poder eleger os seus representantes neste órgão através de voto direto e secreto.

As listas concorrentes têm de ser subscritas por 100 beneficiários e a eleição será feita através do método de Hondt.

O Conselho Geral integra ainda representantes do Governo, das três estruturas sindicais da Função Púbica, a FESAP, a Frente comum e a Frente Sindical liderada pelo STE, e de duas associações de reformados e aposentados.

Sistema Traces
Um novo sistema de certificação de produtos biológicos importados entra em vigor esta quarta-feira e, durante seis meses, será...

O novo sistema de certificação eletrónica, tendo em vista uma melhor monitorização da importação dos produtos biológicos, arranca na quarta-feira e durante um período transitório de seis meses usar-se-á tanto a certificação em papel como a certificação eletrónica.

A partir de 19 de outubro de 2017, as importações de produtos biológicos serão cobertas unicamente pelo sistema de certificação eletrónica, segundo uma nota de imprensa da Comissão Europeia.

O sistema foi criado na sequência das recomendações do Tribunal de Contas Europeu e de um pedido dos Estados-membros no sentido de melhorar a monitorização de movimentos de produtos biológicos e dar coerência dos controlos de importação.

Os certificados de importação serão incluídos no sistema informático veterinário integrado (Traces - Trade Control Expert System), o atual sistema eletrónico da União Europeia para o rastreio de produtos alimentares.

O sistema Traces permite aos parceiros comerciais e às autoridades competentes obter facilmente informações sobre os movimentos das suas remessas e acelerar os procedimentos administrativos.

Hospital Dona Estefânia
A jovem de 17 anos com sarampo internada nos cuidados intensivos do hospital Dona Estefânia, em Lisboa, encontra-se ventilada,...

“O Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE (CHLC) informa que uma jovem de 17 anos se encontra internada na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos do CHLC - Hospital Dona Estefânia na sequência de uma pneumonia bilateral - complicação respiratória do sarampo”, refere uma nota do centro hospitalar.

O hospital recorda que não é prática habitual emitir informação clínica pública sobre doentes internados e que só o faz agora, após autorização da família da doente, a título excecional.

Só serão emitidas atualizações se o estado clínico da doente o justificar, acrescenta a nota.

Em Portugal, desde janeiro de 2017 e até ao fim do dia de segunda-feira, foram registados 21 casos confirmados de sarampo pelo Instituto Ricardo Jorge, havendo outros casos ainda em investigação.

Um surto de sarampo tem afetado desde o início do ano vários países europeus.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, geralmente benigna mas que pode desencadear complicações e até ser fatal. Pode ser prevenida pela vacinação, que em Portugal é gratuita.

Sete em cada 10 portugueses afetados
A fadiga visual é um problema que afeta sete em cada 10 portugueses, devido à crescente utilização de dispositivos digitais,...

As causas diretas da fadiga visual digital são o uso excessivo de dispositivos digitais (computadores, smartphones, tablets, televisões), o que provoca sintomas como a secura ocular, cansaço, dor de cabeça, dificuldade em focar, lacrimejar excessivo e vermelhidão.

Além dos profissionais que trabalham maioritariamente com computadores, os jovens, millennials e jogadores de videojogos são também os mais afetados por este problema. Duas horas em frente a ecrãs é suficiente para que os utilizadores fiquem em risco de sofrer estas dificuldades devido a um período de tempo prolongado de trabalho a uma distância de leitura tão próxima. Atualmente mais de 50% dos jovens entre os 18 e os 34 anos passam nove horas ou mais por dia com dispositivos digitais. Manter o foco nos dispositivos digitais cria stress no sistema acomodativo do olho, o que pode levar ao cansaço nos olhos e outros sintomas de fadiga visual digital. O desconforto relacionado com o uso de dispositivos digitais está muitas vezes relacionado com a secura ocular e estes utilizadores têm uma taxa de pestanejo reduzida enquanto olham para os monitores, o que resulta em alterações na película lacrimal normal.

Para Fernando Trancoso Vaz, do Grupo Português de Ergoftalmologia da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, o Síndrome da Fadiga Ocular com uso de computador, ou outros aparelhos digitais, é responsável por um número crescente de queixas de desconforto e cansaço ocular (astenopia) que motivam uma observação numa consulta de Oftalmologia. Nem sempre se observa alterações refrativas (óculos) embora os pacientes se queixem de baixa visão sobretudo no fim do dia. É possível hoje com certas medidas, posturais e variações da distância de visão, atenuar os sintomas e aumentar o conforto e produtividade quando do uso desse tipo de dispositivos.

Em Portugal recentemente foram lançadas umas lentes de contacto pioneiras e únicas no mercado, que atuam na redução do esforço que os olhos fazem ao constantemente terem que alternar o foco entre os monitores e proporcionam uma hidratação suficiente para aliviar a secura, os olhos vermelhos e a dificuldade de focar. Estas lentes combinam as inovadoras propriedades óticas, um material avançado em silicone hidrogel e uma superfície suave e naturalmente hidratada para um conforto duradouro. 

Congresso Português de Cardiologia 2017
O maior congresso científico português, o Congresso Português de Cardiologia espera receber mais de 2500 participantes para a...

Albufeira e arredores estão lotados de 22 a 25 de abril com médicos cardiologistas, sobretudo, mas também de outras especialidades, que afluem a este evento, onde a sua maior expetativa é atualizar os seus conhecimentos em medicina cardiovascular, num congresso sob o mote “Inovação, Conhecimento e Arte”. O doente, esse, pode esperar que deste evento saiam novas abordagens no tratamento cardiovascular e novas orientações que possam influenciar positivamente a sua saúde e qualidade de vida!

O Congresso Português de Cardiologia (CPC2017) traz uma nova abordagem na conceção do seu Programa Científico, através da estreia de sessões onde a cooperação entre as diferentes especialidades intervenientes no acompanhamento de doentes cardiovasculares é privilegiada. Assim, será possível encontrar médicos de outras especialidades, como da medicina intensiva, pneumologia, cirurgia vascular, entre outras, a conduzirem sessões científicas otimizadas por esta sinergia e direcionadas a todos estes profissionais de saúde.

Também com o intuito de promover o empreendedorismo e o desenvolvimento da tecnologia aplicada à Cardiologia, o Cardio Arena – Focus on Innovation é a iniciativa que traz à discussão, no dia 24 de abril, o potencial da aplicabilidade futura na prática clínica de seis propostas tecnológicas selecionadas para concurso. Neste espaço espera-se potenciar a tecnologia médica de nacionalidade portuguesa com aplicabilidade na área cardiovascular.

De modo a começar a abordar alguns temas relevantes para a sociedade civil, o CPC2017 propõe-se, ainda, discutir modelos de Gestão Hospitalar. Num debate moderado pela apresentadora Fátima Campos Ferreira, a Cardiologia Portuguesa terá a oportunidade de partilhar a opinião da psicóloga e deputada, Dra. Joana Amaral Dias e da Ex-Ministra da Saúde, Dra. Ana Jorge, que se posicionam a favor duma Gestão Hospitalar Pública, em oposição aos convidados que defendem uma Gestão Hospitalar Privada, Dra. Isabel Vaz, Presidente da Comissão Executiva da Luz Saúde, e Dr. José Baptista, do Hospital dos Lusíadas.

Haverá também oportunidade para celebrar os vinte anos da implementação da técnica de Ablação por via percutânea de Fibrilhação Auricular, assinalando o trabalho pioneiro baseado no isolamento elétrico das veias pulmonares, protagonizado pelo Hospital de Santa Cruz, em Portugal. Por este motivo, o CPC2017 receberá peritos internacionais desta área que falarão sobre estes e outros procedimentos. Assim, o Congresso Português de Cardiologia também saúda a Medicina Portuguesa.

Este evento científico conta ainda com a presença de referências internacionais de excelência: Alain Cribier, pioneiro de um dos procedimentos cirúrgicos mais revolucionários na área cardiovascular, como a Implantação de Válvula Aórtica por via percutânea; Doris Taylor, cientista que tem dedicado a sua carreira ao desenvolvimento de corações biocompatíveis para transplante, recorrendo a terapias celulares com células estaminais; e Keith Fox, fundador da Sociedade Europeia de Cardiologia, entre muitos outros.

Repleto de novidades e abordagens inovadoras, assim se apresenta o CPC2017 que está na contagem decrescente para o maior evento científico da área cardiovascular a decorrer este ano em Portugal!

Mais informações sobre o congresso em http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/congresso-portugues-de-cardiologia-2017.

Infarmed
Objetivo é intensificar cooperação. Hoje Infarmed recebe 11 países europeus para preparar criação de grupo que irá apoiar...

Portugal e Espanha estão a negociar a possibilidade de avançarem em conjunto com a compra de medicamentos. O processo está numa fase inicial, mas já houve troca de correspondência e reuniões preparatórias. O objetivo, segundo o Diário de Notícias, será conseguir preços mais baixos nos medicamentos inovadores e noutros que tenham maior impacto financeiro, com especial destaque para as áreas de oncologia, antivíricos ou medicamentos órfãos (doenças raras). Há mais países europeus a testar sinergias.

Hoje o Infarmed recebe altos representantes de 11 países europeus numa reunião que servirá para preparar para a criação do Grupo de Alto Nível - que resultou das conclusões da reunião de Lisboa que juntou em dezembro vários ministros da saúde europeus -, que irá apoiar os governantes europeus na discussão de soluções para garantir o acesso aos medicamentos inovadores e processos mais transparentes para a discussão dos preços que os governos podem pagar. O próximo encontro de ministros europeus é a 9 de maio, em Malta.

"Este encontro de amanhã [hoje] é mais estratégico, focado no acesso à inovação e na sustentabilidade dos sistemas de saúde. O objetivo é envolver todas as parte interessadas, desde governos, indústria, associações de doentes e académicos, para procurar novas abordagens para avaliar o que é mais valia que está por traz da inovação e a forma como se avalia essa inovação, como se chega ao custo e como se vai financiar. Avançando com este grupo estamos a dar um contributo muito importante com discussão de temas concretos", começa por explicar Rui Ivo, vice-presidente do Infarmed.

Poderá este debate ser a porta para a criação de um processo europeu de compra de medicamentos? "Já existem alguns processos que estão a ser desenvolvidos. Nós estamos a trabalhar com Espanha. As negociações de matérias que têm a ver com a aquisição e ligadas à questão do preço têm mais condições para avançar com conjuntos de países com proximidades regionais ou afinidades de sistemas de saúde", adianta, lembrando que as conclusões do conselho de ministro do ano passado dedicado à saúde já apontavam para a cooperação.

Há duas semanas o diretor-geral da Saúde disse que Portugal e Espanha estavam a estudar a possibilidade de avançarem com uma compra conjunta de vacinas para a hepatite A, por causa do surto que está a afetar os dois países. Rui Ivo explica que o objetivo é mais alargado e focado na inovação e outros medicamentos com grande impacto financeiro, como os oncológicos, antivíricos ou para doenças raras. O processo está na fase inicial, mas já houve troca de correspondência, uma reunião preparatória e em breve irá realizar-se um novo encontro com responsáveis dos dois países.

"Estamos trabalhar para termos uma cooperação mais intensa na área da avaliação e negociação, em termos de haver algumas situações de podermos negociar conjuntamente o financiamento de determinados medicamentos", diz, referindo que este processo tem quatro componentes: identificação conjunta das áreas e de quando vai aparecer inovação, avaliação conjunta ou coordenada dos medicamentos, negociações com vista ao financiamento e processos aquisitivos mais próximos. "Há outras iniciativas, que estamos acompanhar de perto como a que junta Holanda, Luxemburgo, Bélgica e Áustria", acrescenta.

Além de Portugal, na reunião de hoje vão estar presentes representantes da Espanha, Áustria, Grécia, Irlanda, Malta, Holanda, Letónia, Eslovénia, Eslováquia, Itália e Bélgica e das associações nacionais da indústria farmacêutica e de genéricos.

Mais 11 inovadores aprovados
No ano passado Portugal aprovou 51 medicamentos inovadores. Foi um dos maiores números dos últimos anos e incidiu no tratamento de vários tipos de cancro, VIH, doenças reumáticas e neurodegenerativas. Este ano, dos 20 medicamentos com avaliação concluída até ao momento, 11 foram aprovados, com preço e comparticipação definidos e já disponíveis nos hospitais. São para tratamentos oncológicos, um antibiótico, para a hepatite, asma, fibrose cística e hemofilia. Dos restantes, três foram indeferidos e seis arquivados.

Mas em breve serão mais. "O processo reparte-se entre avaliação da Comissão de Avaliação de Tecnologias de Saúde (CATS) e a negociação feita com o conselho de administração do Infarmed. Temos 30 na fase final do CATS e 15 avaliações positivas que estão na etapa final de negociação conducente ao financiamento, face ao que é mais valia que apresenta em relação às terapêuticas comparadoras. São novas substâncias ou novas indicações terapêuticas", diz Rui Ivo. Por lei, o Infarmed tem 75 dias para avaliar o medicamento e mais 30 para a negociação da comparticipação.

O processo de avaliação, explica, passa por "identificar a mais-valia terapêutica do novo medicamento em relação ao comparador, que benefícios adicionais traz em relação aos restantes, que pode ser por exemplo no cancro aumento da sobrevida ou responder a um conjunto de doentes específicos que outros não respondem. O trabalho é consubstanciado com um estudo fármaco económico. Aí é introduzido o elemento orçamental. É preciso avaliar o impacto que esse financiamento tem no SNS. Podemos negociar condições que têm a ver com o preço, mas também outro tipo de aspetos como a limitação de encargos". Os contratos são válidos por dois, mas podem ser renegociados antes se houver justificação para tal.

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