Direção-Geral da Saúde
Vinte e cinco casos de sarampo foram confirmados este ano em Portugal, tendo a Direção-Geral da Saúde, recebido 114...

O balanço anterior, feito a 26 de abril, dava conta de 95 notificações de sarampo desde início do ano, e já tinham sido confirmados os 25 casos.

De acordo com informação disponível hoje na página da internet da Direção-Geral da Saúde (DGS), de 01 de janeiro até terça-feira, 02 de maio, foram notificados 114 casos e 25 foram confirmados, dois dos quais ainda em estudo laboratorial.

A DGS indica que dos 25 casos confirmados, a maioria, 16 (64%) dizem respeito a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos.

Dos 25 casos confirmados de sarampo, 60% sucederam em pessoas que não estavam vacinadas, 48% em profissionais de saúde e 48% foram internadas em unidades hospitalares.

No comunicado, a DGS especifica os casos por regiões, sendo a de Lisboa e Vale do Tejo a que tem mais casos confirmados, 17, seguindo-se o Algarve com sete e apenas um na região norte, uma criança que chegou a estar hospitalizada, mas que já teve alta.

Na região de Lisboa foram afetadas duas crianças entre 01 e 04 anos e mais duas entre 10 e 17 anos, além de 13 adultos.

Seis dos 17 casos registados na região de Lisboa e Vale do Tejo foram hospitalizados e já tiveram alta, tendo morrido uma pessoa (a jovem de 17 anos internada no Hospital Dona Estefânia que morreu em abril).

Quanto aos sete casos confirmados no Algarve, quatro são de crianças com menos de um ano e três de adultos.

Na região Norte foi confirmado um caso, uma criança do grupo etário 1-4 anos, não vacinada, com internamento, seguido de alta.

Especialista
A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo considerou hoje “um erro grosseiro” aumentar a exposição solar pensando que a pele...

“É um erro grosseiro julgar que mais tempo expostos ao sol vamos ter mais produção de vitamina D (…) e é errado aconselhar a população a expor-se mais ao sol, de forma desmesurada, pois vai é aumentar o risco de cancro de pele”, alertou Osvaldo Correia, secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), que hoje apresenta os dados mais recentes deste tipo de cancro.

O responsável respondia a propósito dos défices de vitamina D que têm sido detetados na população portuguesa e que levaram a um aumento do consumo destes suplementos vitamínicos.

Por causa dos gastos com os suplementos de vitamina D, que dispararam nos últimos anos, o Infarmed, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Ricardo Jorge (INSA) já anunciaram que vão avançar com uma avaliação "firme e rigorosa" do diagnóstico e tratamento deste défice vitamínico.

“Têm sido detetados em várias faixas etárias níveis deficitários. Considera-se, de qualquer forma, que dos níveis que têm sido reportados em termos internacionais, dos laboratórios, é preciso saber o deficitário que obriga a fazer suplementação, e isso é em função da patologia que possa estar associada e tem de ser decidido pelo médico”, alertou Osvaldo Correia.

O especialista explicou ainda: “A pele, após exposição à luz durante 15 a 20 minutos, em áreas limitadas, pode ter uma capacidade de produção de vitamina D suficiente para nós próprios, disso não temos qualquer tipo de dúvida. Não vai ser à custa de mais exposição à luz que ela vai produzir mais vitamina D”.

Para o responsável da APCC, se de facto existem défices que são necessários corrigir “eles têm de ser suplementados por medicação, tal como os bebés, não é por maior exposição [ao sol]”.

Dados recolhidos pelo Infarmed mostram uma duplicação dos encargos entre 2015 e 2016, valor que quintuplicou em dois anos, passando de 1,1 milhões de euros para 5,7 milhões, incluindo medicamentos com e sem comparticipação.

Já o financiamento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentou num ano de 779 mil euros para 2,1 milhões.

Para o Infarmed, "estes valores, só por si, não permitem concluir que há um sobretratamento do défice de Vitamina D", mas "a discrepância de valores nos resultados publicados em dois estudos diferentes justifica uma avaliação profunda e esclarecedora nesta área".

Segundo a autoridade do medicamento, esta investigação está a ser efetuada em diversas vertentes, desde logo relativamente às metodologias utilizadas na determinação dos níveis sanguíneos de vitamina D, à racionalidade clínica na prescrição de medicamentos com vitamina D e às práticas promocionais daqueles medicamentos por parte das empresas farmacêuticas.

Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo
Quase 100 suspeitas de cancros de pele foram detetadas em 2016 no rastreio nacional que avaliou cerca de 1.700 pessoas, segundo...

De acordo com o secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), Osvaldo Correia, os casos de cancro de pele têm vindo a aumentar e neste rastreio as suspeitas ascenderam a “mais de 80 casos de carcinoma basocelular e 14 de melanomas, além de outras lesões de risco de cancro de pele”.

Osvaldo Correia falava a propósito dos dados do rastreio nacional que serão hoje apresentados em Lisboa, assim como os do rastreio feito em S. Jorge, nos Açores, onde segundo a APCC a taxa de incidência de cancros de pele é “das mais elevadas do país”.

Na iniciativa, integrada no Dia do Euromelanoma, que se assinala todos os anos em mais de 30 países, serão ainda revelados dados relativos à incidência dos cancros de pele nos jovens adolescentes, “que se estão a tornar mais frequentes e que se prevê continue a aumentar nos próximos anos”, disse.

“O que pretendemos é (…) amplificar as mensagens de prevenção primária e secundária de cancro de pele, que visam chegar às crianças e aos adolescentes com muitas iniciativas no país decorrentes de ações de escola e no desporto, em que queremos que pratiquem desporto ao ar livre mas com segurança, assim como os trabalhadores ao ar livre, que devem ser sensibilizados para a proteção necessária quando trabalham ao sol”, afirmou Osvaldo Correia.

Segundo disse, estima-se que surjam este ano mais 12.000 novos casos de cancro de pele, 1.000 dos quais de melanoma.

“Se no melanoma podemos ter um sinal previamente existente que modificou ou um novo que surge, temos também de pensar no cancro de pele não melanoma – como o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular -, que pode aparecer por uma ferida que não cicatriza e que pode ocorrer sobretudo nas zonas cronicamente expostas ao sol, como a face, em particular o nariz, a fronte, as orelhas e, no calvo, o couro cabeludo e o pescoço”, explicou o responsável.

Segundo a APCC, estima-se que na face e no pescoço seja onde ocorrem cerca de 50% dos casos de cancro de pele não melanoma, um tipo de cancro de pele “extremamente frequente na população”.

Para o responsável da associação, as causas do aumento do número de casos do cancro de pele são múltiplas, mesmo que a população portuguesa seja das que tem mais conhecimentos e comportamentos mais adequados.

“Além de fatores genéticos que podem existir em determinadas populações com fototipo de risco, as atividades ao ar livre são múltiplas, não só profissionais, mas de lazer. Hoje as pessoas têm mais exposição a luz, mas devem evitar as horas de maior exposição aos raios ultravioletas”, afirmou Osvaldo Correia, lembrando que “os adolescentes e adultos jovens são os que têm comportamentos menos adequados”.

“A sensibilização tem aumentado, a percentagem de população que tem mais cuidado também é maior, mas não nos podemos esquecer que a pele memorizou. A pele memoriza os riscos e agressões a que esteve sujeita ao longo da vida a essas agressões podem ter como consequência a lesão de cancro de pele ou de risco de cancro de pele cinco, 10, 15 ou 20 anos depois”, acrescentou.

Osvaldo Correia sublinha a importância do diagnóstico precoce, dando o exemplo das várias iniciativas que vão ser desenvolvidas no âmbito do Dia do Euromelanoma, sobretudo para ensinar a população a fazer o autoexame, “identificar o inimigo” e saber o que deve ou não valorizar nesse diagnóstico.

A campanha que irá decorrer este ano prevê diversas ações para o dia 17 de maio, Dia do Euromelanoma em Portugal, como os rastreios gratuitos que vão decorrer em meia centena de serviços de dermatologia espalhados pelo país.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quase todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de exposição à radiação ultravioleta, segundo...

De acordo com o Instituto, as regiões de Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Penhas Douradas, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Vila Real, Viseu, Funchal e Porto Santo (Madeira), Aveiro, Braga, Porto, Viana do Castelo e Ponta Delgada (ilha de S. Miguel, Açores), Angra do Heroísmo (Terceira), Horta (Faial) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores) estão em risco ‘elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, aumentando gradualmente de nebulosidade por nuvens altas a partir da manhã, vento em geral fraco do quadrante leste, soprando moderado no Algarve, e sendo de noroeste na faixa costeira ocidental durante a tarde.

A previsão aponta ainda para subida de temperatura, em especial da máxima e no litoral Norte e Centro.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, tornando-se gradualmente muito nublado a partir da tarde e com ocorrência de períodos de chuva no final do dia, vento fraco a moderado predominando de sudoeste, soprando por vezes forte nas terras altas.

Para os Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com boas abertas, aguaceiros e vento oeste moderado a fresco.

Em Lisboa as temperaturas vão oscilar entre 13 e 29 graus Celsius, no Porto entre 10 e 28, em Vila Real entre 10 e 27, em Viseu entre 11 e 28, em Bragança entre 08 e 27, na Guarda entre 11 e 23, em Castelo Branco entre 13 e 28, em Coimbra entre 11 e 30, em Castelo Branco entre 13 e 28, em Santarém entre 11 e 33, em Évora entre10 e 30, em Beja entre 12 e 29, em Faro entre 14 e 26, no Funchal entre 16 e 22, em Ponta Delgada entre 12 e 16, na Horta entre 10 e 16 e em Santa Cruz das Flores entre 09 e 16.

Estudo
Uma dieta sem glúten só é aconselhada para pessoas intolerantes (celíacos), já que a proteína não está associada a risco de...

Segundo o estudo, publicado na revista médica britânica BMJ, a restrição do glúten (proteína encontrada nos cereais como o trigo, centeio e cevada) pode também resultar numa baixa ingestão de grãos integrais, que estão associados a benefícios cardiovasculares.

Os investigadores defendem que não devem ser encorajadas dietas sem glúten entre pessoas sem a doença celíaca, que afeta pessoas com predisposição genética causada pela constante sensibilidade ao glúten.

O glúten desencadeia inflamação e danos intestinais em pessoas intolerantes, e está associado a um aumento do risco da doença arterial coronária que é reduzido após o tratamento com uma dieta sem esta proteína.

No entanto, o número de pessoas sem a doença celíaca que começou a evitar o glúten também aumentou nos últimos anos, em parte devido à crença de que esta proteína pode ter efeitos prejudiciais para a saúde.

Apesar da crescente tendência das dietas com pouco glúten ou sem este, nenhum estudo a longo prazo avaliou a relação desta proteína com o risco de doenças crónicas, como a doença arterial coronária, em pessoas que não sejam celíacas.

Uma equipa de investigadores dos Estados Unidos decidiu analisar a associação a longo prazo da ingestão de glúten com o desenvolvimento da doença arterial coronária e analisou dados de 64.714 mulheres e 45.303 homens profissionais da saúde sem historial da doença. Estes preencheram um questionário alimentar detalhado em 1986, que foi atualizado a cada quatro anos até 2010.

O consumo de glúten e o desenvolvimento da doença arterial coronária foi acompanhado durante os 24 anos. Depois do ajuste dos fatores de risco conhecidos, não foi encontrada uma associação significativa entre a ingestão da proteína e o risco subsequente da doença.

Os autores dizem que este é um estudo de observação, portanto não podem ser retiradas conclusões de causa-efeito.

Ainda assim, concluem que as suas descobertas “não apoiam a promoção de uma dieta de restrição do glúten com o objetivo de reduzir o risco da doença arterial coronária” e que “a promoção de dietas sem glúten com a finalidade de prevenção [dessa] doença entre pessoas sem a doença celíaca não deve ser recomendada”.

Especialista recomenda
Saiba o que deve considerar antes de realizar uma cirurgia estética.

Hoje em dia cada vez mais mulheres e homens procuram atingir um corpo ideal recorrendo muitas vezes a procedimentos médicos estéticos. Preocupados com o corpo, os portugueses tentam muitas vezes melhorar ou corrigir aspetos que pensam ser negativos, com o objetivo de atingir a imagem física desejada.

Na sociedade atual a importância da cirurgia estética e plástica tem vindo a assumir um papel preponderante na construção - e reconstrução - de situações de ordem física. Mas é hoje fundamental reforçar alguns aspetos a ter em consideração na hora de decidir optar e avançar para uma cirurgia estética.

De acordo com David Rasteiro, cirurgião especialista em cirurgia estética, plástica e reconstrutiva “uma cirurgia estética é algo que transforma a vida de uma pessoa, não só fisicamente como também a nível psicológico, sendo fundamental compreender todos os passos antes, durante e após realizar qualquer tipo de tratamento”. 

Existem diferentes situações que levam uma pessoa a optar por uma cirurgia estética. "As motivações para realizar uma cirurgia estética são diversas. Seja uma mulher que quer recuperar a sua forma e as suas curvas após o nascimento de um filho, ou um homem que gostaria de ter uma barriga mais lisa e reforçada através de uma abdominoplastia, os casos divergem mas a importância de estar atento e informado de todo o processo cirúrgico é fundamental para uma boa recuperação”, explica o cirurgião. 

A verdade é que, não são raras as vezes que tomamos conhecimento de cirurgias estéticas que correram mal, sobretudo quando se tratam de procedimentos estéticos inseguros e demasiado económicos que podem pôr em risco a vida do paciente.

O cirurgião plástico defende, deste modo, que “é essencial que os pacientes procurem por cirurgiões plásticos certificados pelos conselhos e sociedades de medicina locais, independentemente de onde forem realizar o procedimento” e deixa 5 conselhos para que possa realizar uma cirurgia estética de forma segura: 

1 – Informe-se sobre o médico e o local onde irá realizar a sua cirurgia:  Um dos primeiros passos na hora de iniciar o seu tratamento estético é procurar informação sobre o médico e o local onde irá realizar a sua cirurgia. Poderá consultar o nome do médico assegurando que pertence à Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética. Desta forma terá a certeza que este é um médico certificado para realizar a cirurgia que pretende, sendo assim credível, experiente e seguro.

2-  A importância do pré-operatório: O período pré-operatório é muito importante, pois é o momento que marca a interação inicial entre paciente e médico. Este é um momento de preparação essencial para o sucesso de qualquer tratamento. Trata-se de um  momento de troca de informação sobre os procedimentos, realização de exames prévios e esclarecimento de dúvidas. É a altura certa para perguntar sobre todas as restrições pré e pós-operatórias e dar todas as informações relativas ao seu histórico clínico.  Este momento é extremamente importante para estabelecer uma relação de confiança entre médico e paciente.

3 – Esteja confortável e conheca o ambiente cirúrgico: Para a segurança de um paciente na hora de proceder a um a cirurgia estética é importante que este conheça e esteja familiarizado com o local onde irá realizar a mesma. Seja em ambiente hospitalar ou numa clínica privada, é importante que um paciente se informe junto do seu médico sobre as condições do local e esteja totalmente ambientado e confortável antes de realizar a sua cirurgia.

4 -Defina o momento certo: É muito importante que o paciente esteja organizado tanto psicológica, como fisicamente.  Se estiver a passar por uma fase difícil emocionalmente, deverá repensar se esse é o momento certo. Não deverá fazer um procedimento estético como compensação emocional. Por outro lado, é necessário ter assuntos relacionados com casa, família e o trabalho organizados, de forma a não ter preocupações no momento seguinte à operação. No processo de recuperação é essencial repousar. A  sua saúde deverá ser a prioridade.

5 -  A importancia do Pós – Operatório: Obedeça todas as recomendações feitas pelo médico.  Respeitar o período de recuperação é essencial em qualquer tratamento estético. Em algumas intervenções estéticas, poderá ser necessário ter ajuda para algumas atividades diárias, pois os seus movimentos poderão ser limitados. Esteja sempre em contacto com o seu médico de forma a seguir todos os procedimentos e não hesite em colocar qualquer dúvida sobre o processo de cicatrização.

Todos estes passos são essenciais para que a intervenção corra de acordo com o esperado e para que a recuperação seja feita de forma correta, tranquila e segura.

*artigo adaptado pelo Atlas da Saúde

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Cientistas norte-americanos criaram um químico capaz de melhorar a capacidade atlética em 70 por cento, experimentando com...

Estas pessoas, privadas de fazer treino aeróbico durante o tempo necessário para colherem daí benefícios e resistência, poderão vir a ter maneira de estimular os genes que são ativados quando se pratica corrida, conclui um estudo publicado na revista especializada Cell Metabolism.

Investigadores do instituo Salk conseguiram usar um composto que imita os efeitos do exercício, incluindo o consumo de gorduras e o desenvolvimento de resistência muscular.

Pessoas com problemas cardíacos, doenças pulmonares, diabetes tipo 2 e outras poderão obter esses benefícios.

A equipa de investigadores deu a ratos a substância e conseguiu aumentar a sua capacidade de correr até à exaustão em 70 por cento, de 160 para 270 minutos.

Os ratos só pararam quando o seu nível de glucose sanguínea atingiu, 70 miligramas por decilitro.

"Pode melhorar-se a resistência para um nível equivalente ao de alguém que treina corrida, mas sem todo o esforço físico,", afirmou o investigador Weiwei Fan, primeiro autor do estudo.

Estudo
Uma hormona segregada pelo fígado após a ingestão de doces pode determinar a propensão das pessoas para a gulodice, conclui um...

A hormona chama-se FGF21 e, segundo a investigação, as pessoas com variantes genéticas particulares na hormona estão 20% mais predispostas para consumir doces do que as pessoas sem essas mutações.

A equipa de cientistas analisou dados de um estudo sobre estilos de vida e saúde metabólica de 6.500 dinamarqueses, que incluía respostas sobre hábitos alimentares e níveis de colesterol e glicose no sangue, e sequenciou os marcadores genéticos da hormona dos participantes.

Os investigadores concluíram que as pessoas com uma das duas variantes genéticas da hormona associadas ao aumento do consumo de hidratos de carbono estavam mais predispostas a ingerir maiores quantidades de doces.

"Estas variantes estão muito associadas ao consumo de doces", frisou um dos coordenadores da investigação, Matthew Gillum, citado num comunicado da Cell Press, editora de revistas biomédicas como a Cell Metabolism, que publica hoje os resultados do trabalho da Universidade de Copenhaga.

Agência Europeia do Medicamento
A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, manifestou hoje “apoio incondicional” à candidatura de Portugal...

“A minha opinião não pode ser mais favorável. Nós apoiamos incondicionalmente o Governo da República Portuguesa nesta iniciativa que demonstra ambição”, disse Ana Paula Martins no início de mais um “Roteiro Farmacêutico”, pelo Nordeste Transmontano.

O Governo aprovou, na quinta-feira, em Conselho de Ministros a candidatura oficial de Portugal à instalação da sede da Agência Europeia do Medicamento, atualmente no Reino Unido, ms que devido ao “Brexit” será transferida para o espaço da União Europeia.

Ana Paula Martins começou hoje o “Roteiro Farmacêutico” na Covilhã e, até sexta-feira, passará pela Guarda, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Bragança, Chaves, Boticas, Vila Real, Peso da Régua e Lamego.

A bastonária dos farmacêuticos pretende destacar nestas visitas “o extraordinário trabalho que se faz nas unidades de saúde e a ligação aos espaços académicos e de investigação” e também os projetos de proximidade aos cidadãos que ajudam a atenuar os constrangimentos destes territórios, nomeadamente o problema das distâncias.

“Nós não podemos desistir do interior do país, onde estão muitos portugueses que têm de ter as mesmas oportunidades no acesso à saúde, oportunidades de trabalho e desenvolvimento”, defendeu.

Lusocord
O banco público de sangue do cordão umbilical - Lusocord - poderá avançar este ano com o pedido de certificação internacional,...

O banco público foi criado há oito anos, mas passou por um processo de reestruturação que evitou que fechasse. Em 2013 recomeçou a sua atividade, fazendo recolhas regulares a partir de março desse ano. Foram autorizados pela Direção-Geral da Saúde a fazer colheita e armazenamento. A validação para transporte foi dada em maio de 2015, completando o processo nacional e deixando, desde então, as amostras disponíveis para transplante. O material é criopreservado num tanque robotizado a 196 graus negativos, onde fica em quarentena durante três meses.

Existem quatro hospitais a colher amostras para o Lusocord, cujo custo dos KITs é de 79,17 euros: os centros hospitalares de S. João, do Porto, Hospital Pedro Hispano (Matosinhos) e Amadora-Sintra, de forma a ter o máximo de representatividade da população residente em Portugal. Nos quatros anos foram recebidas 4164 amostras, mas a taxa de criopreservação ronda os 11%. Desde que reiniciou atividade que o objetivo é chegar às 500 amostras de forma a entrar na rede internacional.

Questionado sobre o tema, Hélder Trindade admite que "talvez este ano" deem início ao processo. Há um mês o jornal Expresso referia que os contactos institucionais já tinham começado. Ao Diário de Notícias o responsável explica os motivos que levaram a que a meta definida logo de inicio não fosse atingida. "É o número possível [de amostras criopreservadas] para cumprir com o que são hoje as especificações que as amostras devem ter. Ao longo do tempo os critérios de aceitação e de qualidade têm vindo a ser mais apertados em todo o mundo o que implica que apenas amostras com elevado número de células possam ser criopreservadas. Assim a taxa de criopreservação tem vindo a diminuir e neste momento é semelhante à de outros bancos", diz Hélder Trindade.

A venda de amostras é uma forma de garantir a sustentabilidade dos bancos públicos. Quando doado, o material deixa de ser pertença da grávida ou do bebé (ao contrário do que acontece com os bancos privados em que as células congeladas são pertença do próprio) e passam, depois de validades, a estar à disposição de qualquer pessoa que precise de um transplante desde que exista compatibilidade.

A sustentabilidade dos bancos públicos tem sido discutida internacionalmente. Um estudo publicado em 2015, disponível no jornal científico PLOS ONE, discute várias estratégias. No enquadramento referiam que "perto de 90% dos bancos públicos de sangue do cordão umbilical disseram estar em dificuldades financeiras para manter a sustentabilidade. O grupo, com investigadores de várias universidades internacionais, fez uma análise retrospetiva e concluiu que para garantir a viabilidade os bancos devem apostar na formação dos obstetras para ter o máximo de qualidade nas amostras colhidas e otimizar a seleção dos dadores, não só com base nas características da população e mas também para responder às minorias étnicas.

86 transplantes desde 1999
Desde 1999 que os IPOs de Lisboa e Porto realizaram 86 transplantes com recurso a células de sangue de cordão umbilical. Foram todos com recurso a amostras internacionais por não ter sido possível encontrar dadores compatíveis em Portugal. Entre os países de onde vieram as amostras estão Espanha, Itália, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos e França. No ano passado foram quatro os transplantes feitos com este recurso.

As células do cordão umbilical têm a vantagem de ser mais bem toleradas, pois são mais imaturas, exigindo menor compatibilidade. Mas é uma fonte de sangue humano de volume limitado. É por isso o Lusocord funciona como complemento ao registo de dadores de medula óssea (CEDACE). A ligação das plataformas informáticas está a ser desenvolvida. "Depende de concursos públicos que decorrem nos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e que, como sabemos, são demorados. Esse desenvolvimento estará concluído este ano se tudo correr como previsto", explica Hélder Trindade.

O banco de dadores de medula português é um dos maiores do mundo por milhão de habitantes. Há dois anos - os últimos dados disponíveis no site do IPST relativos ao CEDACE são de 2015 - tinha 385 323 inscritos. Em dez anos (2005-2015) as dádivas ao banco permitiram realizar 781 transplantes em doentes nacionais e estrangeiros. Em 2015 ajudou pacientes de 18 países, com os Estados Unidos e Itália à cabeça. Nesse ano recebemos 43 amostras internacionais, sobretudo vindas da Alemanha.

Cem milhões de euros
O Serviço Nacional de Saúde fechou o primeiro trimestre do ano com um saldo negativo de cem milhões de euros (-99,7 milhões),...

Segundo a execução orçamental de março, o aumento da despesa ficou a dever-se maioritariamente às despesas com pessoal - reposição salarial e evolução do número de efetivos - e fornecimentos e serviços externos, com destaque para a subida de encargos das parcerias público-privadas e meios complementares de diagnóstico. Já as despesas com produtos farmacêuticos desceram, escreve o Diário de Notícias. Do lado da receita houve um aumento das transferências correntes (67 milhões de euros) e um acréscimo das taxas moderadoras. Os pagamentos em atraso dos hospitais com estatuto de entidades públicas empresariais (EPE) aumentaram 152 milhões de euros em relação ao período homólogo e 29 milhões de euros quando comparado com fevereiro deste ano. O que contribuiu, salienta a Direção-Geral do Orçamento, para pagamentos em atraso das entidades públicas no final de março, que ascendem a 990 milhões de euros.

Na semana passada, o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) esteve no Parlamento para falar sobre o agravamento das dívidas aos laboratórios. Em março, a dívida global dos hospitais públicos às empresas farmacêuticas (medicamentos e diagnósticos in vitro) era de 891,5 milhões de euros, um agravamento de 5,6% - mais 46,9 milhões de euros - face ao mês anterior. "Da dívida total, 637 milhões de euros dizem respeito a dívida vencida, o que representa uma subida de 6,5%, mais 39,1 milhões de euros em relação a fevereiro deste ano."

Na audição na comissão de Saúde, o presidente da Apifarma, João Almeida Lopes, citou dados do Infarmed para dizer que as revisões de preços dos medicamentos entre 2012 e 2016 permitiram uma poupança ao Estado de 300 milhões de euros. "Em consequência destas medidas, foram manifestos os problemas de abastecimento do mercado, com 46% dos utentes a reportar falhas no acesso ao medicamento", salientou na altura.

Estudo
A atividade física pode fazer uma grande diferença na luta contra a obesidade, revela uma meta-análise de 60 estudos que...

Basta fazer pouco mais de uma hora de atividade moderada por semana - ou seja cerca de 15 a 20 minutos por dia - para combater em 30% os efeitos da principal variante genética relacionada com o excesso de peso.

Segundo estudos anteriores, quem nasceu com duas cópias desta mutação no gene conhecido como FTO tem um risco 60% maior de ser obeso do que quem tem uma ou nenhuma cópia destes nos dois lados do cromossoma 16.

Essa variante do gene afeta vários aspetos do apetite e do metabolismo, escreve o Sapo, tornando os alimentos mais saborosos, otimizando o armazenamento de gordura e reduzindo drasticamente a chamada taxa metabólica basal, isto é, o dispêndio energético de cada indivíduo.

A análise liderada por Mariaelisa Graff, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e Tuomas Kilpeläinen, da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, não detetou apenas a influência da atividade física no combate à predisposição genética para a obesidade. Ao cruzar os dados dos 200 mil indivíduos participantes dos estudos, e analisando o seu nível de sedentarismo e a constituição genética, os cientistas identificaram também mais 11 genes relacionados com a obesidade.

Estes novos genes somam-se aos outros 90 já relacionados com o excesso de peso. Segundo a investigadora principal, serão necessários estudos mais amplos, com populações maiores e mais direcionados, para perceber se a atividade física ou outros fatores ambientais, como dietas, podem contrabalançar a predisposição para a obesidade.

Estudo
Os fumadores correm mais riscos de sofrer de obstrução arterial porque o tabagismo debilita um gene que protege estes vasos...

Fumar pode levar à acumulação genética de gordura nas artérias, dando origem a doenças cardíacas, segundo um estudo divulgado na revista Circulation.

"Este foi um dos primeiros grandes passos rumo à resolução do complexo quebra-cabeças sobre as interações genético-ambientais que causam as doenças coronárias", disse o co-autor do estudo, Danish Saleheen, professor assistente de bioestatística e epidemiologia da Perelm School of Medicine, da Universidade da Pensilvânia.

Os cientistas reuniram dados genéticos de mais de 140 mil pessoas, recolhidos de duas dezenas de estudos anteriores, escreve o Sapo.

"Uma mudança em uma única 'letra' do ADN no cromossoma 15, perto do gene que expõe uma enzima (ADAMTS7) produzida nos vasos sanguíneos, foi associada a 12% de redução do risco em não fumadores", destaca uma nota informativa da referida universidade.

"No entanto, os fumadores com a mesma variação tiveram apenas 5% menos risco de doenças coronárias, reduzindo em mais da metade o efeito protetor desta variação genética", indica ainda a mesma nota.

Estudos científicos de acompanhamento mostraram que nas células que protegem as artérias do coração humano, a produção da enzima ADAMTS7 diminuiu significativamente quando as células continham esta variante do ADN.

Estudo
Um estudo conduzido pelo cientista George Pounis do Instituto Neurológico Mediterrânico Neuromed, demonstrou que o café...

O estudo baseou-se em dados de 7.000 homens, que foram observados durante um período de quatro anos.

Segundo a investigação, escreve o Sapo, os homens que consumiam mais de três chávenas de café expresso por dia apresentavam uma redução total no risco da doença de 53%.

A equipa decidiu confirmar a descoberta com ensaios laboratoriais e testaram a ação de extratos de café em células de cancro da próstata.

O estudo verificou que os extratos que continham cafeína reduziam a proliferação das células cancerígenas de forma significativa, bem como a capacidade de metastização do cancro.

Segundo Maria Benedetta Donati, uma das investigadoras envolvidas no estudo, a observação das células cancerígenas permite concluir que o efeito benéfico observado entre os 7.000 participantes se deve muito provavelmente à cafeína e não a outras substâncias presentes no café.

Entrevista
O Atlas da Saúde conversou com Rita Gerardo, secretária da Comissão de Trabalho de Alergologia Repir

Atlas da Saúde – O que é a Asma e qual a sua incidência?

Dra. Rita Gerardo – A asma é uma doença comum caracterizada por inflamação crónica e obstrução transitória e potencialmente reversível das vias aéreas. A obstrução é variável e frequentemente reversível, quer espontaneamente quer após recurso a medicação. Manifesta-se geralmente por sinais e sintomas respiratórios típicos: sensação de falta de ar (dispneia), pieira (chamado pelos doentes como “gatinhos”), tosse, geralmente seca e sensação de aperto no peito (opressão torácica) que podem variar na frequência e em intensidade ao longo do tempo.

Os sintomas estão relacionados com a limitação variável do fluxo aéreo expiratório, isto é, com a capacidade de os pulmões libertarem o ar, devido a broncoconstrição (estreitamento das vias aéreas), espessamento da parede das vias aéreas e aumento da produção de muco.

Um dado importante é que as crises de asma (ou exacerbações) são episódicas apesar da inflamação permanecer (é crónica).

Estima-se que a asma atinja cerca de 300 milhões de indivíduos a nível mundial e é calculada em 1 milhão na população portuguesa de acordo com o Inquérito Nacional de Doenças Respiratórias.

A.S – Qual a causa da Asma?

Dra. Rita Gerardo – A causa da asma não é totalmente conhecida. Os dados disponíveis atualmente permitem saber que a asma resulta de mecanismos de hiperreatividade brônquica (isto é, exagero na resposta das vias aéreas – brônquicos) quando os doentes são expostos a certos estímulos.

A.S. – O que pode desencadear, ou agravar, uma crise?

Dra. Rita Gerardo - Os fatores desencadeantes mais comuns da asma e suas crises incluem as infeções respiratórias virais; exposição a alergénios ambientais tais como o pó das casas, pólenes, pelos de animais, penas, baratas, fungos; exposição a fatores ocupacionais como irritantes químicos; fumo de tabaco; poluição atmosférica e fumos; prática de exercício físico; emoções fortes; alguns medicamentos (como a aspirina ®).

A.S – Quais os sintomas e suas principais complicações?

Dra. Rita Gerardo - Os principais sintomas de asma incluem a sensação de falta de ar (dispneia), pieira (chamado pelos doentes como “gatinhos”), tosse, geralmente seca e sensação de aperto no peito (opressão torácica). Não é obrigatório que todos os sintomas estejam presentes ao mesmo tempo. Os sintomas podem variar ao longo do tempo e em intensidade. São mais frequentes no período noturno e no início da manhã. Também podem variar ao longo do ano sendo mais frequentes nas mudanças de estação.

Apesar de se tratar maioritariamente de uma doença inócua, as crises de asma podem ser muito graves e até fatais, pelo que é necessário o correto cumprimento do plano terapêutico e evicção de fatores desencadeantes, quando possível.

É importante não esquecer que os sintomas de asma podem ter intensidade diferente ao longo do tempo e no mesmo indivíduo para além de poderem variar de indivíduo para indivíduo.  

Os sintomas podem ser controlados e reversíveis com o tratamento adequado.

A.S – Quais as faixas etárias mais atingidas? Sabe-se as crianças são um dos grupos mais afetados pela doença, porquê?

Dra. Rita Gerardo - A asma pode surgir em qualquer idade, no entanto, cerca de metade dos doentes com asma iniciaram os sintomas na infância. A asma é a doença crónica mais frequente na infância e é a principal causa de morbilidade nesta faixa etária, avaliada pelo absentismo escolar, idas ao serviço de urgência e internamentos.

A maioria das crianças com mais de 3 anos de idade com asma apresentam atopia, isto é, predisposição para alergias, no entanto e até ao momento atual, ainda não foram identificados os fatores de risco para o desenvolvimento de asma.


A Asma é doença crónica mais prevalente na idade pediátrica

A.S. –  Por falar em alergias, o que as distingue da asma? Existe alguma relação entre asma e alergia?

Dra. Rita Gerardo - Asma e Alergia são duas entidades clínicas distintas. Verifica-se que muitos indivíduos com historial alérgico não têm asma e muitos doentes com asma não apresentam qualquer doença do foro alérgico. Verifica-se, no entanto, que há um grupo de doentes com asma que também apresenta perfil alérgico como rinite alérgica ou eczema ou até com história familiar de alergia. Geralmente estes doentes apresentam o início dos sintomas respiratórios na infância.

A presença de atopia (predisposição para alergias) aumenta a probabilidade de os sintomas respiratórios serem devido a asma, mas esta situação não é específica da asma nem está presente em todos os doentes com asma. O diagnóstico de atopia pode ser feito através de testes de sensibilidade cutânea os quais avaliam os alergénios que mais frequentemente condicionam alergias. A presença de atopia num doente com asma poderá implicar a administração de um tratamento adicional: a imunoterapia específica. Este tratamento consiste em dessensibilizar o doente em relação ao alergénio que prova alergia (também é conhecido como “vacina de alergias”).

O controlo das alergias e patologias alérgicas contribui para o melhor controlo da asma.

A.S. – Como controlar a doença? Qual o seu tratamento?

Dra. Rita Gerardo - Atualmente consideram-se 3 níveis de controlo da asma: controlada, parcialmente controlada e não controlada e a agudização (crise).  Os objetivos do tratamento são manter a asma controlada e evitar o aparecimento de agudizações.

Existem, na asma, 2 tipos de tratamento: alívio e manutenção. O tratamento de alívio serve para controlar os sintomas no momento em que surgem, aliviando, assim, as queixas. Inclui medicação broncodilatadora de curta duração de ação e ainda os corticosteroides administrados de forma oral ou intravenosa.

O tratamento de manutenção tem como objetivo controlar os sintomas através da sua toma diária e regular mantendo, assim, os níveis de inflamação (a base da doença) no seu mínimo, diminuir o grau de obstrução das vias aéreas e reduzir ao mínimo o risco de ocorrência de agudizações. Inclui medicação de longa duração de ação da qual fazem parte os corticosteróides na forma inalada. Os corticosteróides constituem a base da terapêutica de controlo da asma devido à sua ação anti-inflamatória, sendo a terapêutica mais eficaz. Fazem ainda parte da principal terapêutica de controlo, os broncodilatadores de longa duração de ação.

Relativamente ao tratamento da agudização, dependendo da gravidade da mesma, este poderá ser feito pelo próprio ou poderá implicar recorrer a serviços de saúde, nomeadamente ao serviço de urgência hospitalar. O plano de ação na agudização deverá ser discutido com o médico assistente na consulta.

A.S. – Quais os principais mitos relacionados com a asma?

Dra. Rita Gerardo - Infelizmente existem vários mitos relacionados com a asma, não só a nível nacional como internacional e que têm influenciado de sobremaneira o tratamento desta doença.

Entre os mais frequentes, destaco os seguintes:

- A asma tem cura: FALSO. A asma é uma doença inflamatória crónica. Apesar de não ter cura, tem tratamento o que permite o controlo da doença por períodos de tempo que poderão ser muito longos. O facto de um doente com asma poder passar longos períodos (dias a meses) sem qualquer sintoma poderá induzir alguns doentes em erro. A inflamação permanece mesmo que as queixas não surjam.

- Só é necessário tratar as crises de asma: FALSO. Tal como explicado previamente a asma é uma doença inflamatória crónica. Quer isto dizer que a inflamação persiste sempre podendo os seus níveis ser controlados. O tratamento apenas no momento da crise (agudização) da asma permite apenas reverter os sintomas no momento, mas não tem influência a médio ou longo prazo no nível de inflamação das vias aéreas o que implica muito maior probabilidade de desencadear outra crise em pouco tempo e/ou com maior gravidade e mais difícil de tratar.

- Os corticosteroides inalados engordam: FALSO. A dose de corticoterapia administrada em cada inalação é muito pequena sendo a sua absorção para a corrente sanguínea muito reduzida. Assim a probabilidade de se observarem os efeitos adversos desta medicação quando administrada por via oral ou intravenosa (em doses muito mais altas) é muito baixa ou praticamente inexistente. Existem raras exceções as quais estão relacionadas com a presença de outras doenças que podem influenciar a absorção dos corticosteróides ou com a interação com alguns fármacos. Em qualquer dos casos esta situação deverá ser discutida com o médico assistente.

- A medicação de alívio faz mal ao coração: FALSO. A medicação administrada para alívio dos sintomas de asma, desde que tomada nas doses recomendadas pelo médico, é segura mesmo para o coração. Alguns dos medicamentos que promovem dilatação das vias aéreas podem provocar, como efeito adverso, taquicardia (isto é, aumento da frequência cardíaca). Este efeito é conhecido e maioritariamente inócuo. De qualquer forma e, na presença de patologia cardíaca concomitante, a comunicação com o médico assistente é essencial para tirar dúvidas ou incertezas. Em casos raros, esta medicação não é administrada ou é desaconselhada.

- Fazer exercício físico está contra-indicado: FALSO. O doente com asma pode e deve praticar exercício físico. Muitos atletas olímpicos sofrem de asma e foram/ são campeões.

A.S. – Pegando neste último mito que dá, aliás, mote à iniciativa “Corra com a Asma” organizada pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia, qual a relação entre a doença e a prática de atividade física?

Dra. Rita Gerardo - O doente com asma pode e deve praticar exercício físico. A presença de asma não é uma contra-indicação para a prática de desporto. O que se verifica em vários doentes com asma, é que o exercício físico constitui um dos fatores desencadeantes de sintomas respiratórios. Geralmente as queixas surgem no final da prática do exercício e estão relacionados com o tipo e frequência do desporto realizado.

A presença de sintomas respiratórios durante a prática de exercício físico pode dever-se não só ao exercício enquanto fator desencadeante, mas também pode estar relacionado com a obesidade, falta de treino físico ou a presença de outras doenças que podem influenciar este mecanismo.

A.S. – Quais as atividades mais indicadas? Há desportos “proibidos”?

Dra. Rita Gerardo – Os treinos ao ar livre, prolongados e de longa distância assim como a exposição a ambiente frio e seco (como no atletismo, ciclismo e em desportos de inverno) torna mais provável o surgimento dos sintomas. A exposição a fatores irritantes como pólenes, pó, poluição ou cloro (presente nas piscinas) também pode desencadear crises. Existem atletas e campeões olímpicos com asma em quase todas as modalidades desportivas, sendo que os que praticam atletismo, ciclismo, natação e desportos de inverno (esqui de fundo, por exemplo) constituem o maior número. Não existem desportos proibidos, apenas alguns para os quais são necessárias mais medidas preventivas.

A.S – Que comportamento se deve adotar quando a asma é induzida pelo desporto, provocando uma crise?

Dra. Rita Gerardo – O seguimento médico adequado e rotineiro é essencial na adaptação ao desporto do doente com asma. Para além das medidas farmacológicas, que incluem o cumprimento da terapêutica de manutenção e outras adicionais, também medidas não farmacológicas são muito importantes na prevenção da agudização ou surgimento de sintomas respiratórios. A realização de exercícios de aquecimento prévios, os alongamentos no final, respiração nasal e a evicção dos fatores irritantes para além da manutenção da prática de exercício físico regular são essenciais na prevenção dos sintomas de asma. Outras medidas farmacológicas incluem a administração de medicação broncodilatadora de curta duração de ação (permite a dilatação das vias aéreas) prévia ao início do exercício e a administração de fármacos com efeitos comprovados em quem tem asma exacerbada pelo exercício.


O exercício físico pode ser um fator desencadeante de sintomas respiratórios, em alguns doentes

A.S. – Quais as principais recomendações?

Dra. Rita Gerardo – A prática de exercício físico é recomendada no doente com asma apesar de poder constituir um fator desencadeante de sintomas respiratórios. As medidas não farmacológicas são essenciais para prevenir as agudizações fazendo, muitas vezes, a diferença entre a presença ou não de sintomas: pré-aquecimento, alongamentos no final, respiração nasal e evicção dos fatores irritantes. Relativamente à terapêutica medicamentosa, esta depende das características dos sintomas. Se estes apenas surgem após o exercício físico não surgindo em qualquer outra situação da vida do doente, a pré-medicação é muitas vezes suficiente. Se o doente apresenta queixas asmatiformes noutras situações e alturas do seu dia a dia é necessária a terapêutica de manutenção, semelhante à dos restantes doentes com asma. Em todos os casos é necessário o seguimento adequado em consulta da especialidade.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ministro da Saúde
O ministro da Saúde considerou hoje, em Sintra, que a candidatura para receber a Agência Europeia do Medicamento "não é...

"Neste momento nós estamos numa luta, que é uma luta intensa, e em que todos os contributos são importantes, não é apenas uma ação de natureza política. É importante que a Europa perceba que Portugal é um país hoje competitivo do ponto de vista da inteligência, do ponto de vista da inovação, do ponto de vista industrial", afirmou Adalberto Campos Fernandes.

O governante, que falava após inaugurar uma nova linha de produção de medicamentos estéreis liofilizados da Sofarimex, do grupo Azevedos, acrescentou que, na sequência da candidatura apresentada pelo primeiro-ministro em Bruxelas, "o Governo tem que se aliar com os diferentes ‘stakeholders' empresariais, socioprofissionais, [e] com as universidades".

A sede da Agência Europeia do Medicamento terá se ser relocalizada, com base numa decisão que será tomada em dezembro, em consequência da saída do Reino Unido da União Europeia.

O ministro salientou, após visitar a nova linha de produção de medicamentos, que a saúde "é também a criação de valor, é também o dinamismo da economia" e reconheceu o papel do grupo farmacêutico enquanto principal exportador e proprietário da mais fábrica portuguesa.

"Somos um país com elevado nível de independência industrial, não estamos comprometidos com nenhuma das grandes multinacionais que estão no setor", notou Adalberto Campos Fernandes, embora admitindo "uma luta muito dura" para conseguir a instalação da sede da EMA (European Medecines Agency), que supervisiona a segurança dos medicamentos no espaço europeu.

O ministro reconheceu que "a austeridade estrangula a criatividade e estrangula o crescimento", mas argumentou que o executivo está "a fazer o caminho inverso e a procurar que o país com segurança, com rigor, com equilíbrio, veja cada vez mais pelas costas os tempos difíceis" mais recentes, para que "a economia crie emprego".

A nova linha de produção de medicamentos estéreis liofilizados da Sofarimex, empresa do grupo Azevedos, instalada no Alto de Colaride, em Agualva-Cacém, representou um investimento de cerca de nove milhões de euros, criou cerca de 30 novos postos de trabalho e possui uma capacidade de produção de 12 milhões de unidades por ano.

"Em Portugal todos passámos períodos particularmente difíceis, ainda não saímos, ainda estamos com dificuldades, e houve uma retração muito grande a nível de mercado de medicamentos, originado pelas políticas de contenção na saúde", afirmou, por seu lado, Thebar Miranda.

O presidente executivo do grupo Azevedos explicou que a crise "afetou a capacidade de gerar recursos próprios para investir", mas a empresa prevê aumentar a capacidade de produção através de mais investimento.

A unidade da Sofarimex, que emprega cerca de 200 trabalhadores, possui uma carteira de mais de 650 produtos, com uma capacidade de produção superior a 90 milhões de unidades por ano, da qual cerca de 75% para exportação.

Segundo Thebar Miranda, a unidade tem capacidade para, com uma ampliação que já está a ser projetada, "produzir sensivelmente duas vezes e meio" mais da produção atual.

Um aumento de produção que será possível principalmente através da instalação de equipamento mais produtivo, com um aumento de cerca de 30% dos atuais postos de trabalho.

O vereador da Solidariedade e Inovação Social na Câmara de Sintra, Eduardo Quinta Nova (PS), assegurou que o município está disponível para apoiar as empresas que apostam na criação de emprego, nomeadamente a ampliação da capacidade produtiva da Sofarimex.

“Maio, Mês do Coração”
No âmbito das comemorações de “Maio, Mês do Coração”, dedicado este ano ao “Coração no desporto”, a Fundação Portuguesa de...

Os torneios iniciais, agendados para dia 6 de maio, sábado, serão os de padel e golfe, decorrendo o primeiro no Padel Campo Grande, e o segundo no campo de golf da Aldeia dos Capuchos.  Como complemento e ainda no mesmo âmbito, decorrerá durante o mês de maio um Torneio Solidário de Futebol dirigido a empresas, no Parque de Jogos 1º de Maio, em Lisboa, estando prevista a jornada final para o dia 28, domingo.

Um estudo* apresentado pela FPC na Sessão de Abertura do Mês do Coração 2017, revela que dois em cada três portugueses são sedentários, e que 67% da população pratica menos de uma hora e meia de atividade física ao longo da semana. Entre a população menos adepta do exercício físico, quase metade afirma que "fazer exercício não é muito importante nem interessante" e 33% admite ter pensado em mexer-se mais mas "o dia a dia acaba por falar mais alto". O estudo mostra ainda que há uma redução no número de portugueses que praticam algum desporto, de 36% em 2015 para 33% em 2017, dado mais evidente no grupo etário acima dos 45 anos.

Para mais informações sobre o programa das atividades desportivas, consulte: http://www.fpcardiologia.pt/ ou https://www.facebook.com/FPCardiologia/

*Estudo realizado pela empresa Gfk Metris. Foram entrevistadas 1216 pessoas em abril de 2017, selecionadas para ter uma amostra abrangente baseada nos critérios de idade, sexo, região e dimensão do agregado familiar.

Estudo
Uma equipa de seis investigadores das Faculdades de Ciências e Tecnologia e Farmácia da Universidade de Coimbra está a...

O objetivo deste projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), é conseguir uma solução integrada, e vantajosa do ponto de vista económico, para aumentar a eficácia das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).

No geral, os atuais métodos cumprem os limites legais “mas não são completamente eficazes no caso de alguns tipos de poluentes. As águas tratadas que são escoadas para os recursos hídricos apresentam quantidades significativas de bactérias e vírus, assim como alguns microcontaminantes químicos. As análises efetuadas no âmbito deste estudo em amostras recolhidas em várias ETAR revelaram a presença de grandes quantidades de bactérias e coliformes fecais como, por exemplo, Escherichia coli (E. coli), e alguns vírus de origem humana”, relata o coordenador do projeto, Rui Cardoso Martins.

Simultaneamente, a metodologia proposta nesta investigação pode ajudar a mitigar os impactos ecológicos provocados pela amêijoa asiática, uma espécie invasora dos nossos ecossistemas. Esta espécie de bivalve causa também danos significativos na indústria que usa captação de água como, por exemplo, estações de tratamento de água para consumo e centrais termoelétricas, uma vez que cresce e multiplica-se muito rapidamente nas tubagens e outras estruturas, provocando graves problemas de biofouling (incrustação).

No entanto, esta amêijoa pode deixar de ser um inimigo quando usada para “devorar” poluentes. Na verdade, podemos utilizar “a sua enorme capacidade de filtração e bioacumulação para remover os poluentes químicos e biológicos presentes nas águas residuais. Das várias experiências já realizadas em laboratório, em apenas oito horas, as amêijoas conseguiram eliminar todas as bactérias E. coli inicialmente adicionadas”, revela o investigador do Departamento de Engenharia Química da FCT da Universidade de Coimbra (UC).

Já na outra metodologia que integra este projeto, partindo do poder oxidante do ozono, os investigadores estudam catalisadores sólidos (substâncias que aceleram as reações químicas) fotossensíveis que aproveitam a luz solar para provocar as reações adequadas para uma descontaminação eficaz, garantindo uma tecnologia mais limpa e menos consumidora de energia.

A próxima fase do projeto passa por otimizar os dois processos porque, avança Rui Cardoso Martins, “ainda há muitos desafios pela frente. Estamos a trabalhar em águas sintéticas, ou seja, em águas onde controlamos a composição inicial, mas, no ambiente real, sabemos que as ETAR têm um grande manancial de compostos químicos e biológicos. Por isso, é necessário proceder à transposição de escala, do laboratório para a estação de tratamento, para validar estes resultados promissores”, conclui o investigador.

A fase piloto será realizada em parceria com a Adventech, uma Startup da FCTUC que desenvolve tecnologias avançadas para o tratamento de efluentes domésticos e industriais.

Jovens
O “jogo” começou na Rússia, passou para o Brasil e já chegou a Portugal. Atualmente, a maioria das notícias chegam do Brasil e...

De acordo com a especialista, “A ausência e falta de proximidade parental pode abrir um espaço para este tipo de fenómenos, pelo que é fundamental que os pais estejam especialmente atentos aos sinais. O adolescente, sendo vulnerável, tem curiosidade pela novidade e pela descoberta e, muitas vezes, não é fácil detetar. O jogo da “Baleia Azul” concretiza-se numa predisposição de uma geração cada vez mais virtual e com tendência para se isolar.” A terapeuta coordena um grupo de apoio a pais todas as terças-feiras e tem sentido essa preocupação.

Como identificar as mudanças provocadas pelo jogo?
- Isolamento, afastamento da família e dos amigos;
- Perda do interesse nas atividades que costumava fazer;
- Perda do interesse nas pessoas;
- Mudanças nos hábitos de sono (insónias ou dormir mais do que o habitual);
- Mudanças nos hábitos alimentares;
- Irritabilidade, crises de raiva;
- Recusar-se a ir à escola;
- Comportamentos autodestrutivos, como a automutilação e exposição a situações de risco
- Bulliyng;
- Publicar imagens de baixa-autoestima nas redes sociais;
- Interesse anormal por filmes de terror;
- Preocupação com a temática da morte e violência.

Sugestões da psicóloga para os pais

1- Estar atento aos comportamentos do seu filho e explicar os perigos associados a estes jogos virtuais a que estão sujeitos, criando um clima de confiança, abertura e disponibilidade.

2- Caso detete alguma mudança de comportamento, como a ansiedade, o medo, o isolamento, ter pesadelos, esconder o telemóvel, cansaço, andar sempre de mangas compridas, entre outros, fale abertamente com o seu filho e mostre-lhe que, pode e deve contar e confiar em si.

3- Tente perceber junto do seu filho se já ouviu falar no jogo, ou se tem algum conhecimento acerca do mesmo. Em caso afirmativo, sensibilize-o quanto à importância de relatar todas as suspeitas, nomeadamente se receber alguma mensagem, ou souber de alguém que a tenha recebido.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Doze distritos de Portugal continental bem como o arquipélago da Madeira apresentam hoje um risco ‘muito elevado’ de exposição...

No continente, os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra e Leiria têm um risco inferior, o de ‘elevado’, à semelhança do que acontece nas ilhas de S. Miguel e das Flores, no arquipélago dos Açores.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro de radiação ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

As restantes ilhas dos Açores apresentam um risco ‘moderado’.

Para hoje, o IPMA prevê para Portugal continental céu pouco nublado ou limpo, subida da temperatura mínima, em especial nas regiões do interior, e subida da temperatura máxima.

Para os Açores aguardam-se períodos de céu muito nublado com abertas, descida acentuada da temperatura do ar, aguaceiros no grupo Ocidental e períodos de chuva que pode ser forte nos restantes grupos. O vento pode também soprar forte.

Na Madeira são também esperados períodos de céu muito nublado, diminuindo de nebulosidade durante a tarde, vento fraco a moderado e pequena subida da temperatura mínima.

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