Estudo
O tratamento psicológico para disfunção erétil, problema que afeta 10% dos homens portugueses, é tão eficaz como a medicação e...

Os resultados preliminares de um estudo científico da Universidade do Porto sobre o tratamento psicológico e farmacológico da disfunção erétil revelam que os homens que se sujeitaram a uma terapia cognitivo-comportamental durante três meses apresentaram melhorias “tão eficazes quanto o próprio efeito da medicação tomada diariamente”, designadamente ao nível da “resposta de ereção”, “funcionamento sexual em geral” e “satisfação sexual”, avançou o investigador da Universidade do Porto Pedro Nobre.

Outro dos dados relevantes do estudo sobre disfunção erétil é que as melhorias na saúde dos homens com o problema prolongam-se a médio e longo prazo (três e seis meses depois da terapia), enquanto nos homens que fizeram apenas medicação, “uma parte significativa” voltou a ter o problema assim que para de tomar os medicamentos.

“A grande diferença aqui parece ser que a psicoterapia não só em termos de curto prazo é tão eficaz como a medicação, mas a longo prazo mantém o seu efeito, portanto mantém uma capacidade de manter as pessoas com uma vida sexual ativa muito para além do tratamento, enquanto a medicação esse impacto é muito mais reduzido”, observa.

Segundo Pedro Nobre, os resultados preliminares são “bastante promissores”, pois sugerem que o tratamento de uma das mais perturbantes dificuldades sexuais masculinas “não está necessariamente dependente da medicação”, existindo alternativas igualmente eficazes que melhoram “não apenas a própria capacidade de ereção, como a própria satisfação sexual”.

Um em cada 10 homens em Portugal apresenta “algum nível de dificuldade na ereção” e as consequências negativas manifestadas nos homens com aquele problema vão desde a depressão, à ansiedade, passando por divórcio do casal ou “dificuldade em procurar parceiro estável”, mas também há relatos de um aumento de consumo do álcool e drogas e, em casos extremos, o suicídio, enumerou Pedro Nobre.

O estudo sobre o problema da disfunção erétil tratado com terapia cognitiva vai ser o tema da conferência inaugural do seminário internacional “Investigação da Sexualidade Humana”, marcada para as 10:45 da próxima sexta-feira, dia 21, e que vai decorrer na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP).

Erick Janssen, um dos mais produtivos investigadores na área da sexologia atualmente e investigador principal em projetos de investigação nas áreas do ajustamento marital, comportamentos de risco, saúde sexual e papel das emoções na resposta sexual, é um dos convidados do evento e vai encerrar o programa de trabalhos com uma conferência denominada “novas direções no estudo sobre sexo e relações”.

A conferência de encerramento está marcada para a próxima sexta-feira, às 18:00, na FPCDUP.

Ao longo do dia de sexta-feira, o seminário internacional e multidisciplinar vai ter várias mesas para apresentação de trabalhos na área da sexualidade, designadamente sobre educação sexual em contexto escolar, transexualidade, satisfação sexual relacionada com problemas de infertilidade ou a primeira gravidez, legalidade sobre o trabalho sexual ou sexualidade em pessoas com incapacidades físicas.

American Heart Association
As recomendações são da American Heart Association e resultam de uma revisão científica de vários estudos científicos sobre a...

Se o seu filho ainda não fez dois anos, não deve consumir açúcar de forma isolada ou alimentos aos quais é adicionado. Se tem entre 2 e 18 anos, só deverá ingerir, no máximo, 25 g de açúcar adicionado, o equivalente a seis colheres de chá de açúcar, repartido por “açúcar de mesa, frutose ou mel, usado no fabrico de alimentos e bebidas ou comido separadamente”, realçam os especialistas. As recomendações, segundo o Sapo, são da American Heart Association e resultam de uma revisão científica de estudos sobre a forma como o açúcar afeta a saúde infantil.

As crianças que consomem regularmente alimentos e bebidas com açúcar têm ainda a agravante de tenderem a não comer alimentos amigos do coração, como é o caso dos vegetais e da fruta, um quadro que contribui para a obesidade, hipertensão e diabetes, que são fatores de risco da doença cardíaca. “A melhor forma de evitar que incluam açúcar adicionado na dieta é optar por alimentos nutritivos”, diz Miriam Vos.

Professora de pediatria da Escola de Medicina da Universidade de Emory, nos Estados Unidos da América, esta especialista aponta como exemplos “fruta, vegetais, cereais integrais, laticínios com pouca gordura, carnes brancas e peixe”. Além disso, sugere aos pais que protejam a saúde dos mais pequenos, “limitando a ingestão de produtos de baixo valor nutricional”, como é o caso dos refrigerantes.

Estudo
Cientistas japoneses concluíram que o consumo de leite e iogurte magros oferece maior proteção contra o risco de depressão...

Investigadores da Universidade Tohoku, no Japão, analisaram o consumo de laticínios magros e gordos e compararam o seu impacto no risco de desenvolvimento dos sintomas de depressão.

Ryoichi Nagatomi liderou uma equipa que em conjunto com colegas da China analisaram dados de 1159 adultos japoneses, a maioria mulheres, com idades entre os 19 e os 83 anos.

Aos voluntários, escreve o Sapo, foi-lhes pedido que respondessem a um conjunto de questões sobre a frequência com que consumiam leite e iogurte magros e gordos.

Segundo das conclusões do estudo, os investigadores identificaram sintomas de depressão em 31,2% dos homens e 31,7% das mulheres.

Comparativamente a quem consumia laticínios gordos, os participantes que consumiam leite e iogurte magros uma a quatro vezes por semana apresentavam menos probabilidades de terem sintomas de depressão, embora os cientistas não tenham consigo explicar o mecanismo.

Estes resultados mantiveram-se após serem considerados fatores como a idade, sexo, estado de saúde e estilo de vida.

Ainda que os ácidos gordos estejam relacionados com um maior risco de depressão, sabe-se que no caso do leite e variados esse risco não existe, devido à presença de triptofano, um aminoácido presente em todas as variedades do leite que neutraliza os ácidos gordos. Ou seja, concluem os cientistas, o leite gordo não aumenta o risco de depressão, o leite magro é que o diminui.

O estudo foi publicado no Journal Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology.

Estudo
Novo tratamento com recurso a células do sangue do cordão umbilical mostra resultados rápidos e bem tolerados em crianças...

Um ensaio clínico conduzido por um grupo de investigadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, revelou que a infusão autóloga (transplante para o próprio indivíduo) de sangue do cordão umbilical (SCU) pode aliviar os sintomas associados às Perturbações do Espectro do Autismo (PEA), provavelmente através da regulação de processos inflamatórios ao nível cerebral.

Os resultados do ensaio acabam de ser publicados na revista científica Stem Cells Translational Medicine, escreve o Sapo.

O estudo, de fase 1, incluiu 25 crianças, com idades entre os dois e os seis anos, com diagnóstico confirmado de PEA e que tinham SCU criopreservado num banco de células estaminais.

Tratamento bem tolerado
As crianças foram sujeitas a avaliações comportamentais e funcionais, imediatamente antes da infusão de SCU e aos seis e 12 meses após a mesma.

Durante os 12 meses, confirmou-se que o tratamento era seguro e bem tolerado, tendo sido observadas melhorias significativas ao nível da comunicação, comportamento social e sintomas do autismo, nas classificações clínicas da severidade dos sintomas e no grau de melhoria, nas medidas padronizadas de vocabulário expressivo e nas medidas objetivas da atenção das crianças aos estímulos sociais.

As evoluções comportamentais observadas nos primeiros seis meses, após a infusão, mantiveram-se aos 12 meses, sendo mais significativas nas crianças que inicialmente tinham maior QI não verbal.

"Atualmente, os tratamentos farmacológicos disponíveis para as PEA dirigem-se apenas aos sintomas associados, como a irritabilidade, não atuando sobre os sintomas principais. Assim, há uma grande necessidade de tratamentos mais eficazes para estas patologias. Este ensaio clínico vem sugerir uma nova abordagem terapêutica para o tratamento das PEA, ao mostrar que a infusão autóloga de SCU está associada a melhorais comportamentais significativas em crianças com PEA, contribuindo para uma melhoria funcional global nestes casos pediátricos", defende Carla Cardoso, investigadora na área das células estaminais.

Mais casos de autismo
As PEA são patologias neuropsiquiátricas que apresentam uma grande variedade de manifestações clínicas e resultam de disfunções multifatoriais do desenvolvimento do sistema nervoso central, afetando o normal desenvolvimento da criança. Os sintomas manifestam-se nos primeiros três anos de vida e incluem os domínios social, comportamental e comunicacional.

Entre as PEA, o autismo é a patologia mais comum. A sua incidência tem vindo a aumentar em todo o mundo, atingindo atualmente cerca de 60 em cada 10 mil crianças, com maior prevalência no sexo masculino.

Jovens
A microdose de LSD está a ganhar adeptos sobretudo entre os jovens profissionais de Sillicon Valley, na Califórnia, que...

A agência de notícias France Presse escreve que o consumo crescente desta droga deve-se a vários podcasts influentes e ao último livro de Ayelet Waldman, no qual a famosa escritora admite que esta droga microdosificada a ajudou a sair de uma montanha russa maníaco-depressiva.

O LSD (dietilamida do ácido lisérgico) é uma droga sintética que se popularizou na contracultura dos idos anos 60. Em grandes doses, escreve o Sapo, pode provocar alucinações e alterar consideravelmente a perceção e as funções cognitivas.

Carl (nome fictício), de 29 anos, trabalha para um meio de comunicação em Washington e conta à AFP que no ano passado tomou microdoses de LSD meia dúzia de vezes para trabalhar. A experiência ajudou-o a manter a concentração: "Tinha mais energia, o núcleo da minha consciência continuava ali, mas estava talvez um pouco mais conectado com o mundo à minha volta".

Oliver, 25 anos, e cujo nome verdadeiro também é ocultado, descreve a sensação como uma "euforia muito suave" e uma concentração ainda maior. "Acho que isso se deve à capacidade do LSD de tornar tudo interessante e coerente", apontou, explicando que dessa forma ele tem "vontade de trabalhar".

Riscos desconhecidos
Os riscos potenciais de toxicidade do ácido lisérgico a longo prazo são desconhecidos, diz Matthew Johnson, especialista em vício e abuso de drogas na Universidade Johns Hopkins.

As microdoses "não são estudadas em absoluto" por motivos jurídicos e financeiros, disse o especialista.

No entanto, desde 1966, foram aprovadas várias legislações que criminalizam o consumo de LSD.

O governo dos Estados Unidos classifica-o entre as substâncias alucinógenas proibidas desde 1970, na mesma categoria da heroína, a psilocibina (ingrediente ativo de certos cogumelos máginos) e a mescalina (extrato de cactos ou sintetizada em laboratório). Por isso, o estudo a propósito das possíveis utilizações com fins medicinais foi interrompido.

Um dos riscos óbvios desta prática é a possibilidade de se ingerirem substâncias adulteradas ou mal dosificadas, aponta Johnson. Além disso, como as doses são muito pequenas, o efeito percebido como positivo pode não passar de um efeito placebo. No entanto, é "muito possível que (as microdoses) tenham efeitos antidepressivos e de melhorias da função cognitiva", afirmou.

Infarmed
Infarmed determinou a suspensão imediata da comercialização, assim como, a retirada do mercado, dos sabonetes da marca “Autour...

O Infarmed determinou a suspensão imediata da comercialização, assim como, a retirada do mercado, de sabonetes da marca “Autour du bain” que imitam géneros alimentícios, informou esta quinta-feira a Autoridade do Medicamento em comunicado.

A decisão aconteceu, segundo o Sapo, na sequência de um alerta gerado na Rede de Alertas de Produtos Não-Alimentícios Perigosos (RAPEX) da União Europeia.

"A presença de pequenos componentes destacáveis nestes sabonetes pode causar asfixia, envenenamento, perfuração ou obstrução do trato intestinal, especialmente em crianças", alerta o Infarmed.

Risco para a saúde
O Infarmed recorda que “a legislação europeia e nacional proíbe o fabrico, importação, exportação ou comercialização de produtos que possam pôr em risco a saúde e segurança dos consumidores devido à confusão com géneros alimentícios, em especial pela aparência, forma, cor, odor, embalagem, rotulagem, o volume ou dimensões”.

Assim sendo a Autoridade do Medicamento alerta ainda que as entidades que disponham destes produtos não os podem disponibilizar.

Também os consumidores que possuam estes produtos não os devem utilizar e devem mantê-los fora do alcance das crianças, alerta ainda a autoridade do medicamentos.

Os produtos em causa são fabricados em França.

Boletim Polínico
As concentrações de pólenes no ar vão estar em níveis muito elevados em todas as regiões de Portugal continental nos próximos...

Para a semana de 21 a 27 de abril, preveem-se para as regiões de Trás-os-Montes e Alto Douro e de Entre Douro e Minho concentrações muito elevadas, com predomínio dos pólenes das árvores pinheiro, carvalho e bétula e cipreste e das ervas urtiga e gramíneas, parietária e tanchagem.

Em Castelo Branco (região da Beira Interior), os pólenes também se encontram em níveis muito elevados, com destaque para os pólenes dos carvalhos e pinheiros e das ervas gramíneas, tanchagem, azedas e urtiga, refere a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) num comunicado hoje divulgado.

Na região da Beira Litoral (Coimbra), o alerta da SPAIC vai para os pólenes do pinheiro, carvalho e bétula, e das ervas parietária e urtiga.

Para a região de Lisboa e Setúbal, do Alentejo e do Algarve também estão previstos “níveis muito elevados”, com predomínio dos pólenes da oliveira, azinheira, carvalho e pinheiro, e das ervas urtiga, parietária, gramíneas, tanchagem e azedas.

Ao contrário das regiões do continente, os pólenes estarão em níveis baixos nos Açores e na Madeira, predominando os pólenes do pinheiro e das ervas urtiga, gramíneas e parietária.

A alergia ao pólen é causa frequente de manifestações alérgicas, que podem ser do aparelho respiratório (asma e rinite alérgica), dos olhos (conjuntivite alérgica) ou da pele (urticária e eczema).

O Boletim Polínico efetua a divulgação semanal sobre os níveis de pólenes existentes no ar atmosférico recolhidos através da leitura de vários postos que fazem uma recolha contínua dos pólenes em várias regiões do País.

Inglaterra
Investigadores britânicos afirmam ter descoberto dois medicamentos para travar todas as doenças neurodegenerativas, como a...

Em 2013, cientistas do Conselho de Investigação Médica do Reino Unido conseguiram pela primeira vez abrandar a morte de neurónios num animal, com um composto que não podia ser usado por seres humanos.

Agora, experimentaram dois novos medicamentos com o mesmo efeito que já foram testados em seres humanos.

A toxicóloga Giovanna Mallucci afirmou que os ensaios clínicos com doentes começarão "em dois ou três anos" em pessoas com demência, para saber se são mesmo eficazes.

Os medicamentos baseiam-se em mecanismos de defesa naturais dos neurónios, que quando são afetados por vírus, começam a acumular proteínas virais e deixam de fabricar aquelas de que precisam para funcionar, acabando por morrer.

A morte das células cerebrais leva à perda de memória, movimento e até à morte, dependendo do tipo de doença do espectro da demência.

Dos dois medicamentos, um costuma ser usado em pacientes com depressão e outro em casos de cancro.

Giovanna Mallucci destacou que é improvável conseguir curar completamente as doenças neurodegenerativas, mas atrasar o seu avanço torna a demência "completamente diferente, algo com que se consegue viver".

Organização Mundial da Saúde
As vacinas evitaram pelo menos 10 milhões de mortes entre 2010 e 2015, e protegeram muitos milhões de pessoas de doenças como o...

O impulso global para acabar com a poliomielite atingiu a sua fase final, havendo apenas três países que ainda estão a trabalhar para erradicar esta doença debilitante, adianta a Organização Mundial da Saúde (OMS) em comunicado.

O ambicioso Plano de Ação Global de Vacinas, que tem como o objetivo melhorar o acesso às vacinas em todas as regiões do mundo e, assim, prevenir milhões de mortes até 2020, começou forte, mas está a ficar para trás.

Perante esta situação, a Organização Mundial da Saúde desafia os líderes de saúde mundiais a fazerem da vacinação uma das maiores histórias de sucesso da medicina moderna.

Segundo a OMS, as vacinas têm sido uma das maiores histórias de sucesso da medicina moderna.

A OMS estima que pelo menos dez milhões de mortes tenham sido evitadas entre 2010 e 2015, graças às vacinações realizadas em todo o mundo.

“Muitos milhões de vidas foram protegidas do sofrimento e incapacidade associados a doenças como pneumonia, a diarreia, tosse convulsa, sarampo e poliomielite”, sublinha no comunicado.

A Organização Mundial de Saúde salienta ainda que programas de imunização bem-sucedidos também permitem que as prioridades nacionais, como a educação e o desenvolvimento económico, se concretizem.

A vacinação é um dos meios mais baratos e eficazes de prevenir doenças infeciosas graves.

Desde a criação do Programa Expandido de Imunizações (PEI) da Organização Mundial de Saúde, os níveis de imunização com as seis vacinas infantis básicas - difteria, tosse convulsa, tétano, poliomielite, sarampo e tuberculose -, subiram de 5% no início da década de 1980 para cerca de 80% em todo o mundo atualmente.

Benefícios da Suplementação
A falta de vitamina D tem sido considerada um dos muitos fatores favorecedores do aparecimento de as

Para compreendermos os benefícios da vitamina D precisamos primeiro de conhecer as suas funções. Quem o afirma é a pediatra Carla Rêgo, que destaca a redução do risco de doenças crónicas “tais como doenças auto-imunes, neurológicas, cancro e doença cardiovascular” como um dos seus principais benefícios.

“A vitamina D é conhecida como a «vitamina do sol» mas é uma pro-hormona essencial ao equilíbrio do metabolismo do cálcio e do fósforo”, começa por explicar.

No entanto, “para além deste importante papel, a vitamina D regula a expressão de mais de 200 genes e tem receptores nas células de quase todos os orgãos” significando que o seu bom funcionamento depende dos níveis circulantes desta vitamina.

 “A vitamina D aumenta a absorção de cálcio e fósforo no intestino, aumenta a mineralização do osso, induz a diferenciação de células do nosso sistema imunológico, interfere na resposta inflamatória e na condução neuromuscular, inibe a proliferação de células tumorais, pelo que é fácil entender que, para além de ser fundamental para a adequada construção do tecido ósseo, esta é apenas a ponta do iceberg, uma vez que atualmente estão descritos muitos outros benefícios para a saúde”, assegura a especialista.

Deste modo, refere que, mais do que falar de benefícios, importa falar das consequências associadas ao seu défice.

De acordo com a professora de Pediatria, durante a gestação e infância, por exemplo, baixos níveis desta vitamina estão associados a efeitos adversos durante a gravidez como pré-eclampsia, diabetes gestacional ou menor desenvolvimento neurológico do feto.

Asma, diabetes tipo 1, artrite reumatóide, cancro, doença cardiovascular ou osteoporose “e, em casos severos, raquitismo” são as principais complicações durante a infância e idade adulta.

“Por possuir receptores nas células de todos os orgãos, está diretamente associada, no adulto, à saúde mental, cardiovascular, inflamatória, neoplásica, entre outras”, acrescenta referindo, deste modo, que o seu défice pode condicionar todos os órgãos e sistemas “sendo pois determinante a existência de níveis adequados desde antes a gravidez”.

Asma, alergias e infeções agudas das vias respiratórias são apontadas como outras das consequências de um aporte deficitário desta vitamina.

“A sua associação à eficiência do sistema imunológico e ao desenvolvimento do pulmão, ainda durante a vida fetal, poderá justificar esta associação”, afirma a especialista.

“A asma e as infeções virícas e bacterianas poderão ser reduzidas na dependência de um adequado status de vitamina D", uma vez que esta induz a produção de proteínas antimicrobianas e antivirais, "reduzindo o risco de infeção e modulando a resposta inflamatória das vias aéreas”.

Por outro lado, a pediatra refere ainda a existência de alguns estudos que demonstram uma associação entre níveis baixos de vitamina D e maior risco de tuberculose. “Assim, a suplementação com vitamina D está associada a redução da taxa de infeções respiratórias e de infeção por Mycobacterium tubercolisis (agente da tuberculose), razão pela qual é histórica a administração de óleo de fígado de bacalhau aos doentes internados em sanatórios”, justifica.

Estilo de vida e alimentação podem comprometer aporte de vitamina D

Cerca de 90% da vitamina D que o organismo necessita provém da síntese cutânea pelo que os médicos aconselham a “usar o sol” com prudência de modo a garantir o aporte cutâneo adequado. “Exposição solar diária ou, no mínimo, cerca de quatro vezes por semana aproximadamente 15 minutos, das pernas e braços, sem protetor solar e durante o período de menor radiação (manhã cedo ou final do dia)”, recomenda Carla Rêgo.

“Os restantes 10% devem ser fornecidos pela alimentação variada e equilibrada que inclua o consumo ocasional de peixe gordo (salmão, sardinha, arenque, cavala...), fígado de peixe, óleo de fígado de bacalhau (1 colher de chá), gema de ovo, cogumelos e produtos lácteos (leite, iogurte e queijo)”, acrescenta a especialista.


 “Usar o sol com prudência mas sem medo", aconselha a pediatra 

As doses diárias para ingestão alimentar recomendadas desta vitamina variam de acordo com a idade. “Durante o primeiro ano de vida são de 400 UI/dia, dos 1 aos 70 anos entre 600 a 800 UI/dia  e a partir dos 70 anos de 800 UI/dia”, explica a pediatra.

Deste modo, e tendo em conta as principais fontes de vitamina D é, de acordo com esta especialista, fácil concluir que um estilo de vida sedentário, sem atividades ao ar livre e uma alimentação pouco varidada e “com elevado consumo de alimentos processados”, sejam consideradas como as principais causas para o seu défice “num indivíduo saudável”.

Os sintomas de carência desta vitamina são, habitulamente, quase imperceptíveis. “São subtis, pelo que a maioria das pessoas não se apercebe, e resultam da interferência da vitamina D na função dos diferentes orgãos e sistemas orgânicos”, esclarece a médica pediatra.

Maior susceptibilidade a infeções (víricas ou bacterianas), fadiga excessiva e cansaço fácil (frequentemente associados a dor muscular difusa), dores ósses e fraturas frequentes, depressão ou alterações de humor são alguns dos sinais que indicam um aporte deficiente da vitamina.

A sua suplementação deve, no entanto, ser sempre efetuada por indicação clínica e de acordo com prescrição do médico “após confirmação analítica de carência ou défice”.

“Em crianças e adolescentes saudáveis, idealmente deve promover-se um estilo de vida ativo e uma alimentação variada e equilibrada, de forma a suprir adequadamente a vitamina D necessária à saúde”, reforça a Carla Rêgo referindo que em cada consulta deve ser avaliado o estilo de vida da criança/adolescente e família “de forma a detetar comportamentos de risco de ocorrência de défice”.

“Nesse caso, pelo menos nos meses de primavera, outono e inverno  deve ser realizada suplementação com a dose recomendada para a idade”, indica.

“Muito embora o limite de segurança seja bem superior às doses recomendadas de ingestão diária, o certo é que doses excessivas podem ter consequências nefastas, nomeadamente a nível renal. Há pois que pensar que poderão resultar consequências graves para a saúde por uma suplementação desajustada”, deixa como advertência final. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sarampo
A ministra da Presidência considerou hoje que o surto de sarampo deve ser visto "com serenidade e não passa...

"A questão deve ser vista com serenidade e não passa necessariamente por medidas proibicionistas. Vai ser avaliada, com recurso ao conhecimento científico, provavelmente também discutida no parlamento", respondeu Maria Manuel Leitão Marques aos jornalistas na conferência de imprensa do Conselho de Ministros de hoje quando questionada sobre as medidas a adotar a propósito do sarampo.

De acordo com a ministra da Presidência, a informação científica "mostra que Portugal está até numa boa situação em matéria de prevenção nesse domínio e até comparado com outros países onde a vacinação é obrigatória não está em pior situação, está em melhor".

"Isto apenas para mostrar que aquilo que somos levados a pensar por um caso dramático e muito triste, sobretudo para a família que perdeu a sua filha, não deve levar a decidir-nos em cima da hora sem reflexão necessária, que deve ocorrer em torno destas matérias", ressalvou.

Maria Manuel Leitão Marques acrescentou ainda que o ministro da Saúde "também vai acelerar um pouco a medida que estava prevista no Simplex 2016, mas apenas para o final do ano, do boletim de vacinas eletrónico".

"Este vai permitir um conhecimento mais simples por parte das escolas se a criança está ou não vacinada do que o atual suporte para essa informação", concretizou.

Direção-Geral da Saúde
A vacina contra o sarampo pode ser administrada a crianças a partir dos seis meses de idade e até aos 12 meses, mas...

A vacina contra o sarampo (VASPR) é gratuita e está no Programa Nacional de Vacinação (PNV) e é administrada a crianças com 12 meses (primeira dose) e com cinco anos (segunda dose).

Para crianças a partir dos seis meses e antes dos 12 meses, a vacina pode ser administrada mas só mediante prescrição médica em suporte papel. O mesmo acontece para a segunda dose da vacina quando dada antes dos cinco anos.

Segundo uma nova orientação hoje emitida pela Direção-Geral da Saúde (DGS), esta situação de vacinas administradas antes do tempo previsto no PNV mediante prescrição já estava prevista, para situações especiais, no próprio programa.

A DGS recomenda que a prescrição destas vacinas deve ser “devidamente ponderada” pelo médico, “tendo em consideração a situação clínica e epidemiológica em cada momento e em particular em situações de pós-exposição”.

A autoridade de saúde recorda ainda que a vacina administrada antes dos 12 meses não é considerada válida em termos de calendário vacinal. Assim, as crianças menores de 12 meses a quem tenha sido administrada a vacina devem ser revacinadas quando fizerem os 12 meses, respeitando o intervalo mínimo de quatro semanas entre doses.

A DGS indica ainda que a vacina deve estar acessível em todos os pontos de vacinação no país e deve ser administrada sem bloqueios administrativos e sem qualquer pagamento por parte do utente conforme o que está definido no PNV.

Portugal regista atualmente um surto de sarampo que já infetou pelo menos 21 pessoas, tendo levado à morte de uma jovem de 17 anos, que não se encontrava vacinada.

A melhor medida de prevenção contra o sarampo é a vacinação, estando contemplada no Programa Nacional mas que não tem caráter obrigatório.

Direção-Geral da Saúde
Os utentes que não sabem do seu boletim de vacinas podem seguir o rasto da sua atividade vacinal consultando o centro de saúde...

Teresa Fernandes, da Direção de Serviços da Prevenção e Promoção da Saúde da Direção-Geral da Saúde (DGS), disse que quando um utente não sabe onde está o seu boletim de vacinas deve consultar o centro de saúde onde as recebeu.

Essa unidade de saúde tem o registo da vacinação dos utentes, inicialmente recolhido em papel e mais tarde em suporte informático.

No caso dos utentes mudarem de centro de saúde, a nova unidade deve solicitar àquela onde as vacinas foram administradas a informação sobre a atividade vacinal do utente.

Em relação ao sarampo, doença que regista um surto epidémico em Portugal, onde 21 pessoas estão confirmadas como infetadas com o vírus (Morbillivirus measles), Teresa Fernandes esclareceu que as pessoas que nasceram antes de 1970 são consideradas inócuas, pois tiveram sarampo ou contacto com a doença.

Os nascidos após 1970, e para os casos de utentes que não tiveram a doença e não receberam ainda a vacina, é recomendada a vacinação, adiantou Teresa Fernandes, que pertence à equipa de coordenação do Programa Nacional de Vacinação.

O Boletim Individual de Saúde – Registo de Vacinações, conhecido como boletim de vacinas, assinala todas as vacinas administradas desde o nascimento da pessoa.

Na altura do nascimento de uma criança é entregue aos pais juntamente com o Boletim de Saúde Infantil e Juvenil que se destina ao registo dos factos mais importantes relacionados com a saúde da criança e do jovem.

Até ao final do ano, os boletins de vacinas vão passar a ser digitais para a globalidade da população, o que permitirá o registo eletrónico e possibilitará a qualquer médico aceder à vacinação de um utente em todo o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Sarampo
Uma petição a defender a vacinação obrigatória já recolheu mais de 1.100 assinaturas, segundo o documento divulgado no ‘site’...

No texto da petição, que aparece no topo da lista das últimas petições criadas no ‘site’ Petição Pública, os signatários defendem que “é cada vez mais importante alertar as pessoas para a necessidade de vacinar as crianças”, depois de na quarta-feira ter sido conhecida em Portugal a primeira morte por sarampo, de uma jovem de 17 anos que não estava vacinada.

“Por uma questão de saúde pública, não queremos que exista um retrocesso civilizacional no que à evolução médica diz respeito”, recordam os signatários da petição, que até às 08:25 tinha recolhido 1.122 assinaturas, algumas de médicos e outros profissionais de saúde.

Para defender a obrigatoriedade das vacinas incluídas no Programa Nacional de Vacinação, os signatários lembram que “estas mesmas crianças não vacinadas (…) podem ser foco de infeção para quem tem um sistema imunitário fraco ou para quem não pode ser, de todo, vacinado” e reconhecem que “muitos dos casos que agora surgem de doenças para as quais já há vacinas não se prendem, diretamente, com os movimentos antivacinação”.

“Porque não queremos voltar a temer doenças como a tuberculose, o sarampo, a escarlatina ou a tosse convulsa (…), vimos pedir que seja pensada a obrigatoriedade da vacinação de todas as crianças – e apenas das vacinas que constam do Plano Nacional de Vacinação, que sabemos ser um dos mais robustos da Europa”, defende a petição.

Na quarta-feira morreu a jovem de 17 anos infetada com sarampo que estava internada no Hospital Dona Estefânia, depois de ter sido contaminada por uma bebé de 13 meses.

A jovem, segundo o ministro da Saúde revelou numa conferência de imprensa na Direção-Geral da Saúde (DGS), não estava vacinada.

Depois deste acontecimento, a DGS veio aconselhar as escolas a afastarem dos estabelecimentos de ensino por um período de 21 dias qualquer membro da comunidade escolar que, depois de exposto ao vírus do sarampo, recuse ser vacinado.

“Os delegados de saúde verificam a existência de contacto com um doente em fase de contágio e sugerem, quando indicada, a vacinação. Nestes casos, e perante a recusa da vacinação de qualquer membro da comunidade escolar, em situação de pós-exposição, aconselha-se a não frequência da instituição durante 21 dias após o contacto”, refere uma orientação publicada na quarta-feira na página oficial da DGS.

Esta orientação surgiu depois de os diretores das escolas públicas terem pedido que a DGS emitisse para os estabelecimentos de ensino uma circular para tranquilizar os ânimos relativamente às vacinas dos alunos, sobretudo por causa do sarampo.

Referindo que a imunidade de grupo protege toda a comunidade, incluindo “as poucas crianças que, por circunstâncias específicas, não estão vacinadas”, a orientação às escolas sublinha, ainda assim, que é “importante que todas as crianças sejam vacinadas, para benefício próprio e da população em geral”.

Apesar de recomendar um afastamento temporário nas escolas, no caso de recusa de vacinação pós-exposição ao vírus, a DGS insiste que “não há razões para temer uma epidemia de grande magnitude, uma vez que a larga maioria das pessoas está protegida”.

Também na quarta-feira, depois de ser divulgada a morte da jovem de 17 anos, a DGS anunciou a criação de um endereço de correio eletrónico através do qual as escolas podem esclarecer dúvidas relativamente aos casos de sarampo: [email protected]

De acordo com os últimos números divulgados pela DGS, foram notificados em Portugal “46 casos de sarampo, dos quais 21 confirmados e 15 em investigação” e “nos restantes 10 casos foi já excluído o diagnóstico de sarampo”.

Em relação aos casos confirmados, a maioria (57%) dos casos não apresentam registo de vacinação (12 casos).

Nove dos casos são profissionais de saúde, entre estes dois sem registo de vacinação.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, geralmente benigna mas que pode desencadear complicações e até ser fatal. Pode ser prevenida pela vacinação, que em Portugal é gratuita.

Pelo menos 14 países europeus têm registado surtos de sarampo desde o início deste ano, com a Roménia a liderar o número de casos, com mais de quatro mil doentes em seis meses.

Público e privado
A Ordem dos Médicos vai definir tempos padrão de consultas por especialidade que terão de passar a ser cumpridos nos serviços...

Segundo o bastonário, a ideia é definir para cada especialidade um tempo padrão de consultas, que se traduz num tempo mínimo de intervalo entre marcação de consultas.

“A definição das boas práticas médicas é uma atribuição da Ordem dos Médicos. Nesta perspetiva, é óbvio que a Ordem vai definir o que são as boas práticas, que terão de ser cumpridas no serviço público e privado. Vamos definir com bom senso, colégio [de especialidade] a colégio, com base também no que são os indicadores internacionais”, explicou o bastonário, Miguel Guimarães.

O bastonário tem assumido, desde que tomou posse em fevereiro, a sua preocupação com a perda de qualidade da relação entre médico e doente e com a humanização dos cuidados de saúde, frisando que os tempos de consulta são cada vez mais curtos.

Os tempos padrão serão definidos de acordo com cada especialidade, mas tem de haver definição clara de um mínimo de intervalo entre a marcação de cada consulta.

“Se definirmos que o tempo mínimo [de intervalo entre consultas] é tal, então quer dizer que não pode ser menos que isso. Se for de 15 em 15 minutos, uns doentes vão demorar 10, outros 20 e outros 30. Mas os doentes vão ser marcados de x em x tempo para dar tempo aos médicos para estarem com os doentes”, disse Miguel Guimarães, a título exemplificativo, sem qualquer referência real aos minutos a definir.

O bastonário reconhece que na medicina geral e familiar a escassez de tempo com o doente é particularmente complicada, porque os médicos de família abarcam um conjunto vasto de conselhos ao doente e de cuidados.

Centro de Investigação em Biomedicina
O investigador Clévio Nóbrega, do Centro de Investigação em Biomedicina da Universidade do Algarve, foi distinguido pela...

O cientista, de 38 anos, dedicou a última década a investigar o grupo das doenças de poliglutaminas, nas quais se incluem as doenças de Huntington e de Machado-Joseph, uma doença neurodegenerativa rara que tem a sua maior prevalência a nível mundial na ilha das Flores, nos Açores.

Naquela ilha açoriana uma em cada 140 pessoas sofre da doença, cuja incidência é notória também em países como os Estados Unidos da América ou o Brasil, disse Clévio Nóbrega, que, além de professor naquela universidade, é também o responsável pelo laboratório de Neurociência Molecular e Terapia Genética da Universidade do Algarve (UAlg).

A doença genética, que não tem cura, foi descrita na década de 1990 e apesar de já se conhecerem as causas que levam ao seu aparecimento, os cientistas querem perceber em detalhe o processo de evolução da doença, que causa a morte 15 a 20 anos depois de aparecer.

"Queremos perceber o que funciona mal a nível celular e que leva à morte dos neurónios e as formas de conseguir parar ou travar a progressão da doença", disse o investigador, sublinhando que já se concluiu que há uma mutação num gene que conduz a uma malformação de uma proteína.

Segundo Clévio Nóbrega, essa malformação leva a que "muitas coisas funcionem mal nas células, quase em cascata", até que os neurónios morrem e o objetivo é saber "em que pontos desta cascata" se pode atuar para atrasar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos doentes.

O galardão, que visa reconhecer a excelência da investigação desenvolvida na área da Neuroquímica, será entregue em 22 de agosto em Paris, garantindo ao investigador a participação, como conferencista convidado, no Congresso da Sociedade Internacional de Neuroquímica.

De acordo com o cientista, a investigação em Portugal "está bem", apesar das dificuldades em obter financiamento, de ter que lidar com a competição e com a frustração de anos à espera de resultados.

"É motivador, mas também não é fácil", conclui, sublinhando que Portugal "está na vanguarda do que se faz nesta área, no mundo".

Clévio Nóbrega licenciou-se em Biologia na Universidade da Madeira, de onde é natural, doutorou-se em Barcelona e esteve na última década no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra.

O investigador leciona também, pelo primeiro ano, no Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da UAlg.

Sarampo
A Direção-Geral da Saúde aconselhou as escolas a afastarem dos estabelecimentos de ensino por um período de 21 dias qualquer...

“Os delegados de saúde verificam a existência de contacto com um doente em fase de contágio e sugerem, quando indicada, a vacinação. Nestes casos, e perante a recusa da vacinação de qualquer membro da comunidade escolar, em situação de pós-exposição, aconselha-se a não frequência da instituição durante 21 dias após o contacto”, refere a orientação da Direção-Geral da Saúde (DGS) publicada na página oficial do organismo.

Os diretores das escolas públicas já hoje tinham pedido que a DGS emitisse para os estabelecimentos de ensino uma circular para tranquilizar os ânimos relativamente às vacinas dos alunos, sobretudo por causa do sarampo, que provocou a morte de uma adolescente de 17 anos.

Na orientação, assinada pelo diretor-geral, Francisco George, recorda a elevada cobertura vacinal da população para o sarampo e que “por esta razão, e também pela imunidade de grupo, a probabilidade de propagação do vírus é muito reduzida, incluindo em meio escolar”.

Referindo que a imunidade de grupo protege toda a comunidade, incluindo “as poucas crianças que, por circunstâncias específicas, não estão vacinadas”, a orientação às escolas sublinha, ainda assim, que é “importante que todas as crianças sejam vacinadas, para benefício próprio e da população em geral”.

“Como é habitual, no ato de matrícula e sua renovação deve ser verificado se a vacinação recomendada está em dia; se não estiver, os pais devem ser aconselhados a ir ao centro de saúde para atualização das vacinas”, lê-se no documento da DGS.

Apesar de recomendar um afastamento temporário nas escolas, no caso de recusa de vacinação pós-exposição ao vírus, a DGS insiste que “não há razões para temer uma epidemia de grande magnitude, uma vez que a larga maioria das pessoas está protegida”.

A DGS já tinha anunciado a criação de um endereço de correio eletrónico através do qual as escolas podem esclarecer dúvidas relativamente aos casos de sarampo: [email protected]

Doze dos 21 casos de sarampo confirmados em Portugal no atual surto epidémico são de pessoas sem vacina contra a doença, entre os quais dois profissionais de saúde que não estavam vacinados, informou a DGS.

De acordo com um comunicado com a atualização dos números do sarampo foram notificados “46 casos de sarampo, dos quais 21 confirmados e 15 em investigação” e “nos restantes 10 casos foi já excluído o diagnóstico de sarampo”.

Em relação aos casos confirmados, a maioria (57%) dos casos não apresentam registo de vacinação (12 casos).

Nove dos casos são profissionais de saúde, entre estes dois sem registo de vacinação.

A maioria dos casos ocorreu em adultos com idade superior a 20 anos (13 casos), quatro em crianças com idade inferior a um ano e três casos no grupo etário entre um e quatro anos.

Dos 21 casos confirmados, 13 ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, sete na região do Algarve e um caso na região norte.

Direção-Geral da Saúde
Doze dos 21 casos de sarampo confirmados em Portugal no atual surto epidémico são de pessoas sem vacina contra a doença, entre...

De acordo com um comunicado assinado pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George, com a atualização dos números do sarampo, foram notificados “46 casos de sarampo, dos quais 21 confirmados e 15 em investigação. Nos restantes 10 casos foi já excluído o diagnóstico de sarampo”.

Em relação aos casos confirmados, a maioria (57%) dos casos não apresentam registo de vacinação (12 casos).

Nove dos casos são profissionais de saúde, entre estes dois sem registo de vacinação.

A maioria dos casos ocorreu em adultos com idade superior a 20 anos (13 casos), quatro em crianças com idade inferior a um ano e três casos no grupo etário entre um e quatro anos.

Dos 21 casos confirmados, 13 ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, sete na região do Algarve e um caso na região norte.

Estudo
O uso do vinagre como remédio para as picadas das alforrecas, nas costas espanholas, é adverso, a melhor solução é limpar a...

Em comunicado, os biólogos do instituto de Ciências do Mar (ICM-CSIC) de Barcelona fizeram este aviso depois da publicação de um artigo científico na revista ‘online’ suíça “Toxins”, realizado pela universidade do Havai.

O estudo foi feito com duas espécies de alforrecas - animal aquático de corpo mole e gelatinoso, com tentáculos que, após o contacto, podem injetar uma espécie de espinho - muito perigosas que habitam na costa do Havai e da Austrália.

Tratam-se das alforrecas da classe ‘Cubozoa’, a ‘alatina alata’, que habita nas costas do Havai, e a espécie de alforreca mais perigosa do mundo ‘Chironex fleckeri’, comum nas águas australianas.

“Nenhuma destas espécies de alforrecas se encontram nas águas espanholas, lá só habitam espécies de alforrecas que não têm o perigo das espécies tropicais citadas”, explicaram os biólogos do ICM-CSIC.

As investigações da universidade do Havai, realizadas utilizando novos ensaios, confirmam os efeitos positivos do uso do vinagre nas picadas das alforrecas muito perigosas.

No entanto, as espécies que habitam as costas espanholas, e que chegam à portuguesa, não pertencem a esta classe de alforrecas perigosas, geralmente, só fazem pequenas picadas. São na maioria da classe ‘Schyphozoa’, como por exemplo a espécie ‘Pelagia noctiluca’.

Os resultados preliminares do projeto concluíram que, em caso de uma picada pela ‘Pelagia noctiluca’, a aplicação do vinagre “é contraproducente porque provoca a descarga imediata das células urticantes [células capazes de injetar um espinho minúsculo]”, disseram os investigadores.

Pelo contrário, a aplicação de água do mar “não gera a descarga das células urticantes, por isso este é o remédio recomendado para a picada das alforrecas [nas costas espanholas]”, acrescentaram.

O hospital Clínico de Barcelona e o ICM-CSIC realizam este projeto de investigação com o apoio da fundação bancária “A Caixa”, na qual se estuda a eficácia dos remédios contra as picadas das alforrecas.

1.500 milhões de pessoas afetadas
Governos, doadores privados e organizações como a Fundação Bill e Melinda Gates prometeram hoje 812 milhões de dólares (764...

Em 2012, a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Banco Mundial, doadores, a Fundação Bill e Melinda Gates e 13 empresas farmacêuticas comprometeram-se em Londres a fazer todo o possível para controlar, eliminar e erradicar até 2020 dez das 18 doenças tropicais negligenciadas, patologias que afetam cerca de 1.500 milhões de pessoas em todo o mundo.

“Não estamos a 100% em relação a todos os objetivos que fixámos, mas foram cinco anos realmente bons e temos feito muitos progressos”, disse Bill Gates em conferência de imprensa, em Genebra.

A Fundação Bill e Melinda Gates irá investir ainda 335 milhões de dólares (315 milhões de euros) durante os próximos quatro anos para apoiar vários programas, tanto no desenvolvimento de medicamentos como para o controlo do vetor (o parasita transmissor da doença).

No seu relatório sobre as doenças tropicais negligenciáveis, hoje publicado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) refere que a luta contra estas patologias conseguiu enormes progressos na última década, avanços que podem ser ameaçados se não se atuar contra os fatores de pobreza e subdesenvolvimento que favorecem a aparição destas doenças.

Estas doenças afetam cerca de 1.500 milhões de pessoas no mundo e, apesar de algumas das mais conhecidas serem a febre dengue, doença de chagas e a doença do sono, a raiva ou a lepra, as mais prevalentes são a filariose linfática, que pode provocar a cegueira, e a helmintíase (infeção intestinal causada pelo contacto com terra contaminada com fezes).

Não existem dados sobre mortos, uma vez que na maioria dos casos as pessoas morrem por transtornos derivados da doença, mas não se contabilizam como tal.

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