Ordem dos Médicos
Há médicos internos em Portugal que chumbam na especialidade por não conseguirem realizar o número mínimo de cirurgias exigidas...

A Ordem dos Médicos decidiu reunir-se, pela primeira vez, com todos os diretores do internato médico do país. O Conselho Regional do Sul da Ordem esteve hoje com todos os diretores de internato da região sul para debater aspetos da formação médica a nível hospitalar, da medicina geral e familiar e de saúde pública.

“Chegámos à conclusão, quer a Ordem quer os diretores do internato médico, de que em muitas especialidades já cruzámos a linha vermelha que defende a qualidade. Significa que estamos muitas vezes, em determinados centros, a aceitar formação onde ela não é prestada na melhor qualidade. Queríamos perceber se os vários hospitais têm essa perceção. Verificámos que atingimos o limite de capacidades formativas já há algum tempo e que estamos nalgumas áreas a ultrapassá-las”, afirmou o presidente do Conselho Regional Sul da Ordem, Alexandre Valentim Lourenço.

Segundo o responsável, as áreas onde o problema é mais evidente são as da anestesiologia e cirurgia.

“A falta de anestesia, de blocos operatórios e de capacidades cirúrgicas diminuem capacidades de formação. Já há internos a chumbarem porque não atingiram números mínimos de formação em várias especialidades cirúrgicas”, disse Alexandre Valentim Lourenço, adiantando que o mesmo se verifica tanto em hospitais periféricos como nos centrais.

“Cada vez há mais trabalho mas menos capacidade para o fazer”, acrescentou.

Os internos têm de cumprir um mínimo número de cirurgias para terminar a especialidade. Se não o alcançam é considerado que não têm a experiência necessária para exercer de uma forma autónoma como especialista.

A Ordem dos Médicos insiste que a formação é essencial para aceder, no futuro, a mais e melhores cuidados.

A saída do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de especialistas intermédios e dos mais graduados – para o privado ou para o estrangeiro – cria dificuldades adicionais à formação: “se temos menos professores, teremos menos alunos”.

A Ordem afirma que pretende “intensificar o processo ativo de acompanhamento de todas as unidades de saúde” para evitar que “a qualidade da formação médica possa ser posta em causa”.

Boletim Polínico
As concentrações de pólenes no ar vão estar em níveis muito elevados em todas as regiões de Portugal continental nos próximos...

Para a semana de 26 de maio a 01 de junho de 2017, preveem-se para as regiões de Trás-os-Montes, Alto Douro, Entre Douro e Minho e Beira Litoral concentrações muito elevadas, com predomínio dos pólenes das árvores oliveira e carvalhos e das ervas gramíneas, parietária, azeda e urtiga.

Na região da Beira Interior, em Castelo Branco, os pólenes também se encontram em níveis muito elevados, com destaque para os das árvores oliveira e sobreiro, e das ervas gramíneas, tanchagem, azeda e parietária.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), também haverá elevadas concentrações de pólenes na região de Lisboa e Setúbal, do Alentejo e do Algarve, predominando os pólenes das árvores oliveira e sobreiro, e das ervas gramíneas, parietária, urtiga, tanchagem e quenopódio.

Ao contrário das regiões do continente, os pólenes estarão em níveis baixos na Madeira, destacando-se os pólenes do pinheiro e das ervas urtiga, gramíneas e parietária.

Nos Açores, os pólenes encontram-se em níveis moderados, com predomínio dos pólenes das árvores pinheiro, palmeira, e bétula e das ervas gramíneas.

A alergia ao pólen é causa frequente de manifestações alérgicas, que podem ser do aparelho respiratório (asma e rinite alérgica), dos olhos (conjuntivite alérgica) ou da pele (urticária e eczema).

O Boletim Polínico efetua a divulgação semanal sobre os níveis de pólenes existentes no ar atmosférico recolhidos através da leitura de postos que fazem uma recolha contínua dos pólenes em várias regiões do País.

Maior crescimento foi este ano
Mais de 12 mil portugueses têm o seu testamento vital registado, sendo que, desde março, mais de três mil pessoas fizeram este...

De acordo com dados recolhidos esta semana pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), o número de testamentos vitais ultrapassou os 12 mil, quando no princípio de março havia menos de nove mil registados.

Este ano, o registo de testamentos vitais aumentou significativamente e correspondeu ao maior crescimento desde a entrada em vigor das diretivas antecipadas de vontade, em julho de 2014.

Segundo os SPMS, estes resultados devem-se a campanhas informativas sobre o testamento vital. Mas este aumento acontece igualmente numa altura em que a sociedade portuguesa tem debatido a despenalização da morte assistida ou da eutanásia.

O testamento vital é um direito de todo o cidadão maior de idade, que consiste em manifestar que tipo de tratamento e de cuidados de saúde pretende ou não receber quando estiver incapaz de expressar a sua vontade.

É um documento onde se pode manifestar o tipo de tratamento ou cuidados de saúde que ser deseja ou não, permitindo igualmente a nomeação de um ou mais procuradores de cuidados de saúde.

O registo do testamento vital permite que os médicos tenham informação atempada e constante sobre a vontade do doente. Numa situação de urgência ou de tratamento específico, o médico assistente pode consultar o testamento vital através de um portal específico para os profissionais de saúde.

A vontade expressa pelo doente pode produzir efeitos quando lhe tiver sido diagnosticada uma doença incurável em fase terminal, quando não houver expetativas de recuperação na avaliação clínica feita pelos membros da equipa médica ou em situação de doença neurológica ou psiquiátrica irreversível, complicada por intercorrência respiratória, renal ou cardíaca.

O utente pode escolher não ser submetido a reanimação cardiorrespiratória, não ser submetido a meios invasivos de suporte artificial de funções vitais ou a medidas de alimentação e hidratação artificiais que apenas visem retardar o processo natural de morte.

É ainda possível decidir não ser submetido a tratamentos que se encontrem em fase experimental, pedir assistência religiosa quando se interrompam os meios artificiais de vida ou solicitar a presença de determinada pessoa que deve ser especificada pelo utente.

Apesar de ter várias hipóteses sujeitas a preenchimento através de cruz, o documento tem um espaço em branco para outras opções que o utente deseje colocar.

O modelo do testamento vital pode ser descarregado através do Portal da Saúde, devendo ser preenchido e entregue num agrupamento de centros de saúde com balcão de Registo Nacional de Testamento Vital (RENTV).

O utente deve entregar o documento antecipado de vontade em papel, com assinatura reconhecida pelo notário ou com assinatura presencial junto de um funcionário de um balcão de Registo de Testamento Vital.

Para que o testamento vital seja válido, basta ter o documento assinado e reconhecido pelo notário. Contudo, é necessário que esteja registado no RENTEV para que se garanta que o médico assistente tem conhecimento da vontade deixada pelo doente.

Além da parte em que são indicados os tratamentos a que se deseja ou não submeter, o testamento vital prevê que se possa nomear um procurador de cuidados de saúde, que é a pessoa chamada a decidir em nome do utente.

Contudo, se um doente manifestar na diretiva antecipada de vontade uma proposta contrária à do procurador de cuidados que nomeou, prevalece o que está expresso pelo utente no testamento vital.

Após denuncia da DECO
A Ordem dos Veterinários manifestou-se hoje preocupada com a venda sem receita médica de antibióticos para animais denunciada...

“Estamos muito preocupados. É um problema global e de saúde pública”, disse o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, Jorge Cid, que classifica a venda sem receita como “uma infração grave”.

Num estudo hoje divulgado, a Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, revela que quase 40% das farmácias visitadas venderam antibióticos sem receita médica quando estes foram pedidos para tratar animais.

No teste, que incluiu 100 farmácias escolhidas de forma aleatória por todo o país, a Deco não conseguiu comprar o medicamento pretendido para tratar uma tosse de um cão em 62 casos, em 34 o antibiótico foi vendido e noutros quatro casos foi perguntado se a receita seria entregue mais tarde.

“Provavelmente, se este estudo abrangesse mais farmácias a nível rural se calhar o resultado era outro e a proporção era maior. Digo isto pelas denúncias que a ordem tem recebido sobre a prática de alguns atos pelas farmácias, que extravasam as suas funções, nomeadamente na aplicação de vacinas e na venda de medicamentos sujeitos a receita medica, designadamente os antibióticos e anti-inflamatórios”, afirmou Jorge Cid.

O bastonário sublinhou a importância de sensibilizar cada vez mais não só os farmacêuticos, que vendem os medicamentos, como também os veterinários, que os prescrevem, para a necessidade de um uso criterioso dos antibióticos.

Para isso, explicou, as ordens dos veterinários e dos farmacêuticos constituíram um grupo de trabalho, que vai começar a trabalhar no próximo mês, para elaborar recomendações e sensibilizar estes profissionais.

“Desse grupo de estudo irá sair algum resultado. Há todo um interesse em trabalhar numa só saúde, e não numa saúde humana e noutra saúde animal.(…) O problema das antibioresistências é gravíssimo e causa muitas mortes, tanto entre humanos como nos animais”, afirmou.

“Quando damos indevidamente antibiótico a animais de companhia estamos a agravar esse problema das bioresistências, não só para os humanos, porque no simples contacto com o animal de estimação essas pessoas podem vir a ter problemas desse tipo, como também para o próprio animal”, acrescentou.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, Portugal é um dos países que apresenta maior volume de prescrição de antibióticos e uma taxa mais elevada de resistências.

Jorge Cid frisou também o facto de muitas pessoas continuarem a usar o medicamento dos humanos para tratar o animal de estimação: “As moléculas são as mesmas, a amoxicilina tanto é para o animal como para o humano. O que muda é a apresentação e/ou o excipiente”.

Num estudo elaborado em 2013, a Ordem dos Veterinários já tinha alertado para este problema. Além de venderem o medicamento sem receita médica, de acordo com este estudo da ordem, mais de metade das farmácias analisadas sugeriram o tratamento para o animal e escolheram o antibiótico.

Em debate no Congresso Nacional de Medicina Interna
A ameaça dos organismos multirresistentes é um dos temas em debate no 23º Congresso Nacional de Medicina Interna, que decorre...

Numa mesa redonda sobre o tema vai debater-se a situação atual em Portugal, que Júlio Rodrigues Oliveira, internista, considera “má. Coloca-nos no mapa da Europa acima da média para as taxas de infeção pelos micro-organismos mais problemáticos. Somos também um dos países que mais antibióticos prescreve, e com mais largo espetro, quer nos hospitais, quer na comunidade”.

Em debate estarão também as estratégias de prevenção de emergência e de prevenção de transmissão, assim como alguns dos erros que continuam a existir e reforçam a necessidade de ação, como “medo do erro médico, pressão da sociedade, dos doentes e dos familiares e alguma falta de rigor quanto às indicações técnicas e científicas, por razões de desinformação e défice de formação”.

Apesar de bem-vindos, novos antibióticos não iriam resolver o problema, defende o especialista. E isto porque, “persistindo os erros e pressões no sentido da evolução das resistências, novas resistências surgirão”. Quanto às resistências, para além do impacto pessoal, deixam também a sua marca na sociedade. Segundo Júlio Rodrigues Oliveira, podem “alterar a nossa capacidade de tratamento de vários tipos de doenças agudas ou crónicas não infecciosas”. São tratamentos que muitas vezes favorecem o eclodir de infeções graves. “Sem antibióticos eficazes, não será possível realizar com segurança quimioterapia para o cancro, grandes cirurgias abdominais, transplantes, imunossupressão para doenças autoimunes precocemente incapacitantes” e por aí fora.

Associação Portuguesa do Sono
A Associação Portuguesa do Sono afirmou hoje que o tratamento adequado da apneia do sono pode reduzir significativamente o...

A apneia do sono caracteriza-se por paragens respiratórias que se repetem várias vezes ao longo da noite e que originam uma diminuição dos níveis de oxigénio no sangue e despertares, explicou a especialista Paula Pinto, que falava a propósito do encontro científico internacional "Lufada do Atlântico, que decorre na sexta-feira e no sábado, em Angra do Heroísmo.

“Devido a esses micro-despertares durante a noite, a pessoa vai ter uma sonolência diurna acentuada, que se vai traduzir em alterações da memória, alterações cognitivas, e o mais perigoso de tudo, uma enorme facilidade em adormecer a conduzir ou no local de trabalho”, disse Paula Pinto.

Segundo a coordenadora da Unidade de Sono e Ventilação não Invasiva do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, “o tratamento eficaz desta doença” é feito através de um ventilador, denominado CPAP, que impede que ocorram as paragens da respiração.

Com o aparelho, a pessoa respira normalmente durante a noite, permitindo um sono reparador levando ao desaparecimento da sonolência diurna.

“É o mesmo que uma pessoa que não vê e põe uns óculos e passa a ver”, elucidou.

Este tratamento irá também permitir que o doente possa renovar a sua carta de condução, de acordo com a nova legislação publicada a 29 de julho do ano passado.

“Antigamente a legislação era castradora, obrigando a retirar a carta aos doentes com o diagnóstico de apneia do sono. Agora a legislação está adequada porque só retira a carta a quem não estiver eficazmente tratado”, disse Paula Pinto.

A médica explicou que “o doente com apneia do sono tem de ser avaliado” por um especialista para renovar a sua carta de condução no limite de um ano para os condutores profissionais e no limite de três anos para os condutores não profissionais.

“Anteriormente a esta legislação, os especialistas em medicina de sono já emitiam pareceres para retirar definitivamente cartas ou para inibição temporária da condução, consoante as situações”, comentou.

A “grande questão” agora “é esclarecer” o que a lei determina com clarificação de conceitos, ou seja fornecer dados objetivos sobre a eficácia do tratamento da apneia do sono para que “os médicos de família possam renovar a carta com total segurança”.

Isso será feito através de um documento que está a ser elaborado em conjunto pela Associação Portuguesa do Sono, a Direção-Geral da Saúde e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, disse Paula Pinto.

Segundo a Associação Portuguesa do Sono (APS), os períodos após o almoço e de madrugada, são os de maior sonolência para todas as pessoas.

Contudo, “os doentes com apneia do sono, tendo em conta a sua situação patológica podem adormecer para além desses períodos, tornando-se um grave problema de saúde pública”, sublinha.

Segundo dados divulgados pela associação, a sonolência diurna excessiva representa um dos principais fatores de risco para acidentes de viação, sendo responsável por 10 a 30% de todos os acidentes de viação e é a principal causa de acidentes fatais.

Estes doentes são frequentemente obesos, com um ressonar muito intenso, com pausas respiratórias visualizadas durante o sono, hipersonolência durante as atividades diárias e muito frequentemente apresentam também doenças cardíacas associadas.

Quando existe a suspeita desta situação, o doente deve ser encaminhado para uma consulta especializada de sono, para que seja efetuado o diagnóstico e o tratamento adequado.

Estudo LASS
O Estudo LASS - The Long-Term Active Surveillance Study for Oral Contraceptives avaliou a existência de risco cardiovascular...

O estudo foi desenvolvido durante 10 anos envolvendo 7 países (Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Holanda e Reino Unido), cerca de 60 mil mulheres a mais de 1.113 centros.

As três pilulas em estudo apresentaram os mesmos valores relativamente ao risco de um acontecimento de tromboembolismo venoso (trombose venosa profunda + embolia pulmonar).

Pode consultar o estudo aqui.

Jaba Recordati
A Jaba Recordati, subsidiária do grupo Recordati, acaba de anunciar que JabaB12®, medicamento sujeito a receita médica contendo...

Jaba B12® é um medicamento sujeito a receita médica contendo vitamina B12 indicado na prevenção e tratamento de estados carenciais de vitamina B12, nomeadamente situações de mal absorção da vitamina B12, pós-gastrectomia e afecções de tipo atrófico, doença de Chron, pós ressecção do íleo, sprue e infecções parasitárias intestinais prolongadas, anemia perniciosa e síndromes perniciosiformes.

Único no mercado, Jaba B12® regressa ao mercado na apresentação de pó e solvente para solução injectável de 10mg/2ml e 20mg/2ml.

Após um período de cerca de um ano de ausência no mercado face à mudança da entidade fabricante e complexidade do processo de fabrico, a Jaba Recordati acaba de anunciar a reentrada deste medicamento sujeito a receita médica no mercado nacional.

De acordo com Nelson Pires, Director-Geral da Jaba Recordati, “esta comunicação e anúncio representam a garantia de poder voltar a disponibilizar no mercado Jaba B12® junto de todos os cidadãos que necessitam da referida terapêutica. Disponibilização que foi resultado da celeridade e trabalho conjunto do Infarmed com um painel de peritos médicos e farmacêuticos de demonstrado mérito profissional e académico que desta forma promovem o acesso dos profissionais de saúde e dos cidadãos às informações necessárias que permitam uma verdadeira utilização inteligente e racional dos medicamentos e produtos de saúde”.

Sobre a Jaba Recordati
A subsidiária portuguesa da multinacional farmacêutica de origem italiana, Recordati, que fatura cerca de 1.047 milhões de euros por ano, foi responsável em 2015 por um volume de negócios de 39 milhões de euros, correspondente a 3,7% da faturação global do grupo Recordati.

A Jaba Recordati emprega em Portugal 132 pessoas e ocupa o 15º lugar no ranking farmacêutico IMS Health, que conta com mais de 200 empresas a operar em Portugal (representa 1,8% do mercado nacional).

A Jaba Recordati atua em quatro áreas de negócio, produtos inovadores sujeitos a prescrição médica, genéricos, produtos de venda livre e "medicamentos órfãos" (medicamentos para doenças raras). As principais áreas terapêuticas são a cardiovascular, urologia, a dor, gastroenterologia, pediatria, OTC e genéricos. Implementa uma estratégia de diversificação de mercados e negócios para além daqueles onde está a operar nos PALOP, como Angola, Moçambique e Cabo Verde e onde está presente mais recentemente, como a Nigéria e Guiné-Bissau e tem em avaliação um novo destino em 2017.

Informações Essenciais Compatíveis com RCM:

1.DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO: Jaba B12 2,5 mg Comprimidos; Jaba B12 5mg/2ml pó e solvente para solução injetável; Jaba B12 10mg/2ml pó e solvente para solução injetável; Jaba B12 20mg/2ml pó e solvente para solução injetável. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA: Cada comprimido contém 2,5 mg de cobamamida. Cada ampola de pó contém 5, 10 e 20 mg de Cobamamida. Excipiente com efeito conhecido: comprimidos: Lactose - 15,6 mg (sob a forma de lactose mono-hidratada); pó e solvente para solução injetável: Sódio – 0,35 mg (sob a forma de cloreto de sódio). 3. FORMA FARMACÊUTICA: Comprimido. Pó e solvente para solução injetável. 4. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Prevenção e tratamento de estados carenciais de vitamina B12: Situações de mal absorção da vitamina B12: pós-gastrectomia e afeções de tipo atrófico, doença de Crohn, pós ressecção do íleo, sprue e infestações parasitárias intestinais prolongadas. Anemia perniciosa e síndromes perniciosiformes. Tratamento de manutenção em crianças com acidúria metilmalónica (comprimidos). 5. POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO: Comprimidos: Adultos - 1 a 2 comprimidos de 2,5 mg por dia. Ingerir o comprimido inteiro com água. Crianças dos 12 aos 15 anos - 1 comprimido de 2,5 mg por dia. Não está recomendada a sua utilização em crianças com idades inferiores a 12 anos, pelo risco de sufocação. Pó e solvente para solução injetável: A estabelecer pelo médico em função da situação patológica do doente. Regra geral uma administração IM por dia ou em dias alternados. O efeito terapêutico não é imediato e pode só aparecer após a segunda ou terceira injeção. Modo de administração: injecção intramuscular ou subcutânea profunda. A via I.V. não está recomendada. Insuficiência renal e/ou insuficiência hepática: A resposta clínica poderá ser afetada, pelo que poderá ser necessário um aumento de dose (por exemplo por diminuição do intervalo de administração). 6. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes; Reações anafiláticas, à Cobamamida ou a qualquer um dos excipientes; Ambliopia tóxica; Não administrar antes de confirmado o diagnóstico de deficiência da Vitamina B12; Tumores malignos. 7. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO: Precaução em pessoas com situações do foro alérgico. Doses superiores a 10 microgramas/dia podem produzir uma resposta hematológica em doentes com deficiência de folatos; o uso indiscriminado pode mascarar o diagnóstico preciso da substância em défice. As concentrações séricas de potássio devem ser monitorizadas durante a administração inicial dado poder ocorrer hipocaliémia, com possível arritmia cardíaca. Caso seja necessário deve-se proceder à administração de potássio. A resposta terapêutica à Cobamamida é afetada por infeções paralelas, urémia, deficiência em ácido fólico ou ferro, ou por fármacos com efeito supressor dos efeitos da medula óssea. Os exames hematológicos e neurológicos devem ser efetuados com regularidade. O risco de neoplasia gástrica é elevado em doentes com anemia perniciosa pelo que deve ser efetuada uma avaliação regular destes doentes, para determinação de uma neoplasia gástrica oculta. Informe o seu médico se tem alguma alergia. Informe o seu médico se teve algum problema de saúde após a administração de uma vacina. Este medicamento é praticamente “isento de sódio”. 8. INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERACÇÃO: A absorção da vitamina B12 do trato gastrointestinal pode ser reduzida pelos aminoglicosidos, ácido aminossalicílico, anticonvulsivantes, biguanidas, cloranfenicol, colestiramina, cimetidina, colchicina, sais de potássio e metildopa. As concentrações séricas podem ser diminuídas pela administração concomitante de contracetivos orais. 9. EFEITOS INDESEJÁVEIS: - Reações anafiláticas: prurido, urticária, eritema, choque (excecionalmente podem ocorrer reações imuno-alérgicas, por vezes graves, após a injeção de preparações de cobalamina – vitamina B12 e substâncias afins); Acne; Urina vermelha (coloração vermelha ou rosa da urina durante o tratamento). A tolerância local e geral é habitualmente boa; a injeção é indolor. 10. DATA DE REVISÃO DO TEXTO DE RCM: Maio 2017. Regime de comparticipação: Escalão C – 37 %. Para mais informações deverá contactar o titular da autorização de introdução no mercado. Medicamento sujeito a receita médica.

Calor
A Direção-Geral da Saúde emitiu um aviso para as temperaturas elevadas durante o dia de hoje e aconselhou a população a...

As temperaturas vão manter-se acima dos 30 graus em muitos distritos do país, chegando aos 35º em Évora e aos 34º em Beja, Castelo Branco e Santarém.

De acordo com a DGS, deve ser evitada a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11.00 e as 17:00, e utilizado o protetor solar com fator igual ou superior a 30, renovando a aplicação de duas em duas horas e após os banhos de praia ou piscina.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o risco à exposição aos raios ultravioletas (UV) é ‘Máximo’ em quase todo o país durante o dia de hoje.

A DGS recomenda ainda o uso de roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UV.

Escolher as horas de menor calor para viajar de carro, não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol e dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, por exemplo, crianças, idosos, doentes crónicos e trabalhadores com atividade no exterior, são outras das recomendações.

As crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta, alerta ainda a DGS.

A Direção-Geral da Saúde ativou dia 01 de maio o Plano de Contingência Saúde Sazonal – Módulo Verão, que vigora até 30 de setembro.

Este plano pretende prevenir e minimizar os efeitos negativos do calor intenso na saúde da população em geral e dos grupos vulneráveis em particular (idosos, crianças, grávidas, pessoas com doenças crónicas e pessoas que exercem atividades ao ar livre).

Portugal é um dos países europeus vulneráveis às alterações climáticas e aos fenómenos climáticos extremos, tendo em conta a sua localização geográfica e, segundo a DGS, há dados que sugerem que no existe uma tendência para o aumento da temperatura média global assim como para o aumento do número de dias por ano com temperaturas elevadas.

DECO
Quase 40% das farmácias visitadas pela DECO venderam antibióticos sem receita médica quando foram pedidos para tratar animais,...

O teste realizado pela revista DECO PROTESTE, da associação de defesa do consumidor, pretende alertar para o potencial de a prática de venda ilegal de antibióticos sem receita médica contribuir para o aumento do número de bactérias resistentes, que põem em risco a vida humana por não responderem aos tratamentos convencionais.

No teste, que incluiu 100 farmácias escolhidas de forma aleatória por todo o país, a DECO não conseguiu comprar o medicamento pretendido para tratar uma tosse de um cão em 62 casos, em 34 o antibiótico foi vendido e noutros quatro casos foi perguntado se a receita seria entregue mais tarde.

“A maioria informou que se tratava de um antibiótico e, como tal, não poderia ser vendido sem receita médica. O melhor seria consultar o veterinário, disseram. Esta é a atitude correta e a mais responsável. Além de ilegal, a venda de antibióticos sem prescrição médica permite o uso indevido e mostra um ponto de fuga no sistema. Estes medicamentos são cruciais para tratar infeções, mas, em excesso, promovem o desenvolvimento de resistências”, refere um artigo hoje publicado pela DECO.

A DECO afirma que estudos anteriores demonstraram “uma evolução positiva” do comportamento dos farmacêuticos quando o destinatário do antibiótico é humano, questionando a razão para um comportamento diferente quando em causa estão animais.

“Nas últimas décadas, houve um aumento significativo de bactérias multirresistentes em animais domésticos. Muitas encontram-se com frequência na pele e nas mucosas de cães e gatos, e podem ser transmitidas ao homem”, lê-se no artigo.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quase todos os distritos de Portugal continental, a Região Autónoma da Madeira e algumas ilhas dos Açores estão hoje com risco ...

Em Portugal continental apenas os distritos de Vila Real e Bragança têm risco 'Elevado' de exposição aos ultravioleta (UV).

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA) indica ainda que nos Açores estão com nível 'Muito Elevado' as ilhas Terceira e Flores, mantendo-se as restantes com risco 'Elevado'.

Para as regiões com risco 'Muito Elevado' e 'Elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje períodos de céu muito nublado, aguaceiros, em especial a partir da tarde e nas regiões do interior, que podem ser por vezes fortes, ocasionalmente de granizo e acompanhados de trovoada e rajadas de vento.

Está igualmente prevista uma descida de temperatura no litoral a norte do cabo Mondego.

A cidade mais quente deverá ser Évora, com 35º, seguindo-se Beja, Castelo Branco e Santarém, com 34º, Vila Real, com 32º, e Bragança, Coimbra e Lisboa, com 31º.

Para o Porto está prevista uma temperatura máxima de 29º e para Faro 26º.

Nas ilhas, os Açores terão temperaturas máximas a rondar os 19º e a Madeira não vai ultrapassar os 23º.

Estudo
Um medicamento feito de canábis pode impedir as convulsões nas crianças que sofrem de formas severas de epilepsia, segundo um...

Segundo o chefe da equipa que fez o estudo, Orrin Devinsky, do centro médico NYU Langone, de Nova Iorque (Estados Unidos), esta é a primeira vez que se obtém "dados científicos sólidos, rigorosos" de que um composto da canábis é seguro e eficaz na epilepsia em crianças.

O médico especialista em neurologia, e que trabalha há anos em epilepsia, afirmou que a pesquisa para usos médicos da canábis tem sido dificultada por restrições legais e por exigir licenças especiais, além de falsas noções de como é arriscada a canábis.

"Os opiáceos matam mais de 30 mil americanos por ano, o álcool mata mais de 80 mil por ano e a canábis, como sabemos, provavelmente mata menos de 50 pessoas por ano", frisou.

Durante anos, pais de pacientes têm defendido mais pesquisas e acesso mais amplo à canábis. Contudo, os estudos têm sido poucos e pouco fiáveis.

Este estudo fez testes rigorosos e em larga escala. Um grupo recebeu a droga, outro obteve uma versão falsa, e nem os pacientes, pais ou médicos sabiam que pacientes levavam a terapêutica ou o placebo até o estudo terminou.

Em específico, foi estudada a forma líquida do canabidiol, um dos mais de 100 ingredientes da marijuana, chamado Epidiolex, (eh'-pih-DYE'-uh-lehx). Este não contém THC, o ingrediente alucinógeno.

Esta substância ainda não é vendida, apesar de o seu fabricante, GW Pharmaceuticals de Londres, já ter pedido autorização à norte-americana Food and Drug Administration (FDA).

Os pacientes envolvidos no estudo têm síndrome de Dravet (drah-VAY), um tipo de epilepsia genética de infância caracterizada por convulsões frequentes e resistentes a medicamentos, algumas de tão longa duração que exigem cuidados de emergência e podem ser fatais.

Na Madeira
Os serviços de saúde da Madeira revelaram ter diagnosticado um caso importado de hepatite A na região autónoma, sendo que o...

Segundo o Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais da Madeira (IASAÚDE), trata-se de um cidadão de nacionalidade belga, que viajava em embarcação própria proveniente do sul de Espanha.

O IASAÚDE refere, em comunicado de imprensa, que "não estão identificadas relações epidemiológicas com o surto de hepatite A em Portugal".

Por outro lado, informa que está a monitorizar a situação e alerta a população para a importância das medidas de prevenção da hepatite A, nomeadamente evitar comportamentos de risco e cumprir com as medidas de higiene pessoal, de forma a prevenir a transmissão através do contacto sexual ou da ingestão de alimentos e água contaminada.

O Instituto da Saúde da Madeira realça que estão disponíveis na região recursos, incluindo vacinas, para dar resposta a eventuais situações de atividade epidémica.

Telemedicina
Quatro instituições de Coimbra estão desde janeiro a desenvolver um projeto para fazer ecografias à distância, por meio de...

"Uma solução desta natureza permitirá realizar exames ecográficos à distância, economizando deslocações de doentes não urgentes e permitirá acesso a este tipo de diagnóstico em zonas remotas onde não é possível ter um radiologista em permanência" refere um comunicado do consórcio formado pelas quatro entidades.

O projeto, liderado pela Sensing Future Technologies e que inclui a Imacentro - Clínica de Imagiologia Médica, a Universidade de Coimbra e o Instituto Pedro Nunes, apresenta ainda, entre outros benefícios, o aumento da capacidade dos serviços, maior segurança de dados, menores custos de operação e maior rapidez do serviço.

Segundo o consórcio, o projeto arrancou em janeiro e tem como principal objetivo desenvolver um sistema (denominado ROSE) para o mercado da telemedicina, "com base em avanços recentes na tele-ecografia assistida por tecnologias robóticas".

"Um novo paradigma de diagnóstico por tele-ecografia será estabelecido com o sistema ROSE, mediante o qual médicos e pacientes podem interagir sem necessidade de proximidade física", refere o comunicado.

Cada sistema ROSE inclui duas estações ergonómicas robotizadas (uma do lado médico e outra do lado do paciente), um conjunto de sondas ecográficas dotadas das funcionalidades usuais, um sistema de base de dados de pacientes e estruturas de comunicação seguras pela Internet.

"Combinando estes elementos, o ROSE permitirá a interação entre múltiplos médicos e pacientes, mitiga inconvenientes de viagens do lado do paciente e do médico, e cria novos serviços, como a supervisão técnica à distância e colaboração internacional", sublinha o comunicado.

O consórcio prevê instalar o primeiro sistema no Hospital Idealmed, em Coimbra, durante o próximo ano e meio.

O projeto, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Centro 2020, apresenta um investimento elegível global superior a 1,045 milhões de euros, dos quais 746.979 euros são provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Em 2016
O Centro Hospitalar do Médio Tejo anunciou que 2016 foi "o melhor ano" em termos de "crescimento" e &quot...

Em comunicado, o Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) refere que "2016 foi um ano de crescimento (…) com "mais internamentos, mais consultas externas, mais atendimentos nas urgências, mais cirurgias e mais recursos humanos".

Segundo o presidente do CA, Carlos Andrade, estes resultados "marcam a história do CHMT, pois a sustentabilidade está na expansão da sua atividade e não na sua redução".

É a expansão que “garante o futuro" do CHMT”, constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, no distrito de Santarém, afirmou o gestor.

"Trata-se de uma expansão com um controlo de custos eficiente, não como um fim mas como um meio para permitir a constante renovação da instituição", que em 2016, regista uma dívida acumulada de 26 milhões contra os "mais de 50 milhões de euros de dívida em 2013", ano em que Carlos Andrade tomou posse, lê-se na nota.

Segundo o comunicado, na prestação direta de cuidados de saúde, o número de profissionais "teve um acréscimo, com um total de 1.628 profissionais em 2016, quando comparado com 2014, cujo número estava nos 1.409".

Relativamente às entradas e saídas de profissionais, e comparando os anos de 2012 e 2016, "também aqui se verifica uma inversão das circunstâncias, pois em 2012 saíram 117 profissionais e entraram 38 e no ano de 2016 saíram 169 e entraram 309 profissionais", sendo dado destaque para os 153 enfermeiros que entraram o ano passado no CHMT, contra os 82 que terminaram a sua colaboração.

Segundo o mesmo documento, o ano de 2016 evidencia um crescimento da atividade assistencial no CHMT, com exceção para a maternidade, que desde 2010 tem vindo a diminuir o número de partos, tendo registado 17.297 internamentos, 10.507 intervenções cirúrgicas, e 178.473 consultas externas.

Ainda pelas contas apresentadas pelo CHMT, no hospital de dia foram realizadas 27.108 sessões, face a 23.257 realizadas em 2016 e 18.228, em 2010, e no serviço de urgências foram realizados 153.872 atendimentos, valor que em 2012 estava nos 149.832.

Para o CA, estes valores devem-se ao "esforço abnegado que tem sido efetuado por todos os profissionais, complementado com a estratégia de gestão em contínua colaboração com a tutela".

Para 2017, o plano de atividades apresenta diversos eixos estratégicos, mantendo a prioridade na "recapitalização do quadro médico" do CHMT, na "continuidade do aumento da atividade assistencial" e no "início de implementação das medidas que resultam das propostas do grupo de trabalho da reforma hospitalar".

O plano de investimentos para 2017 contempla um investimento global total de cerca de dois milhões de euros para melhoria e reabilitação de infraestruturas, equipamentos e sistemas de informação, como a aquisição “de equipamento médico-cirúrgico, mamógrafo, relocalização da zona de consultas externas, expansão das instalações da Urgência Médico-Cirúrgica e a construção da sala de preparação de citoestáticos", entre outros.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 260 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, Vila de Rei, Castelo Branco e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.

Açores
As últimas análises realizadas ao hospital da Horta, nos Açores, onde há duas semanas foi detetada ‘legionella’, confirmam e...

O presidente do conselho de administração do hospital da Horta, na ilha do Faial, garantiu à Antena 1/Açores que a ‘legionella’ não foi detetada no circuito de abastecimento de água aos utentes, mas apenas num reservatório ligado aos painéis solares, que "não afeta" os serviços hospitalares, nem os doentes.

"Neste momento apenas houve uma análise com deteção de ‘legionella’”, explicou João Morais, ressalvando aquele depósito "não estava ligado aos circuitos" de distribuição da água, onde tinha sido detetada a presença da bactéria no início deste mês.

Em menos de sete meses foi detetada no hospital da Horta, por duas vezes, a presença de ‘legionella’, uma bactéria forte que pode provocar infeções respiratórias ou até mesmo a morte.

"Após a chegada dos resultados do INOVA [Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores] e após reunião com a delegada de Saúde da Horta, podemos afirmar que no circuito de distribuição de água dos serviços que estão em contacto com os utentes não temos qualquer problema, a ‘legionella’ não foi detetada", garantiu João Morais, adiantando que a unidade de saúde está “em condições de repor a normalidade de funcionamento”.

O presidente do conselho de administração explicou que "nenhum utente foi afetado com a ‘legionella’", o que demonstra que "os procedimentos adotados foram eficazes" e que foi possível "eliminar totalmente" a bactéria do circuito de abastecimento de água aos serviços de "urgência, internamento, blocos operatórios e laboratórios".

"Assim que voltarmos a ter a segurança de que as coisas estão em condições, esse depósito será posto em produção", acrescentou o responsável.

João Morais recusou, por outro lado, a ideia de que possa existir alguma relação entre o surgimento da bactéria e a eventual redução da temperatura das caldeiras do hospital, garantindo que "não foi dada nenhuma orientação" nesse sentido.

Quando foi detetada a ‘legionella’ no hospital da Horta, na sequência de uma análise de rotina, a administração desta unidade de saúde efetuou uma desinfeção a todo o sistema de distribuição da água, com vista a "aniquilar a bactéria" que, apesar de tudo, se mantém ativa, mas apenas num reservatório isolado.

Tudo sobre
As alterações da tiroide são bastante frequentes atingindo entre 4 a 7% da população.

A tiroide é uma pequena glândula em forma de borboleta localizada na parte anterior e inferior do pescoço, imediatamente abaixo da maçã-de-Adão. Tem dois lobos direito e esquerdo, e cada um mede cerca de 4cm de comprimento e 2 cm de largura.

Tem como função produzir, armazenar e libertar para o sangue as hormonas tiroideias, sendo as principais a T3 e a T4. Estas são indispensáveis para o normal funcionamento do organismo pois controlam o metabolismo, o funcionamento de vários órgãos e o equilíbrio emocional: regulam a temperatura corporal, a frequência cardíaca, pressão arterial, crescimento e desenvolvimento, funcionamento intestinal, peso corporal e estados emocionais.


A tiroide produz e liberta para a circulação sanguínea duas hormonas: 
a triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4 ou tiroxina)

As alterações da tiroide são frequentes atingindo 4-7% da população. Podem ocorrer em qualquer idade, em especial nas mulheres a partir dos 40 anos. Podem resultar de efeito de radiações, medicamentos, alimentos ou agressão por anticorpos, mas nem sempre é possível identificar uma causa.

As doenças da tiroideia mais comuns são: as que resultam de níveis anormais das hormonas tiroideias (hipertiroidismo e hipotiroidismo), doenças autoimunes (tiroidite), bócio e nódulos. O cancro da tiroide não é frequente.

Hipertiroidismo – resulta do excesso de produção de T3 e T4.

Nesta situação todo o metabolismo está acelerado. Os principais sintomas são: palpitações (sentir as batidas do coração), nervosismo, irritabilidade, ansiedade, insónias, tremor, perda de peso com apetite aumentado, transpiração excessiva e excesso de calor, diminuição da força muscular, olhar vivo e em alguns casos olhos salientes.

Muitos destes sintomas são comuns a situações de ansiedade pelo que é indispensável a confirmação com análises específicas.

Hipotiroidismo – resulta da produção insuficiente de T3 e T4.

Pode manifestar-se por fadiga, sonolência, aumento da sensibilidade ao frio, pele seca, queda de cabelo, obstipação, irregularidades menstruais, discreto aumento de peso (2-3 Kg), diminuição da frequência cardíaca.

Estes sintomas podem estar presentes em muitas outras situações pelo que o diagnóstico é feito por análises clinicas. Nas grande maioria das situações de obesidade os níveis das hormonas tiroideias são normais e como tal não pode ser atribuída a alterações do funcionamento da tiroide.

Doenças autoimunes – são causadas por anticorpos dirigidos contra a tiroide.

Existem vários tipos de anticorpos. Alguns podem estimular a tiroide e serem causa de hipertiroidismo enquanto outros têm efeito contrário, destruindo a tiroide.

A situação mais frequente é a tiroidite crónica autoimune. A fase inicial é sem sintomas pois os níveis de hormonas tiroideias são normais estando apenas presentes os anticorpos no sangue. Nesta fase a palpação do pescoço permite detetar uma tiroide mais firme e de maiores dimensões. Quando esta agressão persiste a situação pode evoluir para hipotiroidismo.

Bócio – significa tiroide globalmente aumentada de volume. Pode manifestar-se por aumento do pescoço, que pode ser notado pelo próprio ou detetado pela palpação no decurso de uma consulta médica. Apenas quando a tiroide apresenta grandes dimensões pode provocar dificuldade na deglutição e na respiração e por vezes rouquidão.

A ecografia possibilita a caracterização da tiroide quanto às dimensões e à existência de nódulos. O doseamento das hormonas tiroideias permite avaliar o funcionamento da tiroide: normal, excessivo (hipertiroidismo) ou insuficiente (hipotiroidismo).

Nódulos da tiroide – podem ser únicos ou múltiplos e habitualmente são benignos, necessitando apenas de vigilância.

O estudo do nódulo da tiroide exige a realização de análises para avaliar o funcionamento da tiroide, que por norma são normais, ecografia dirigida à tiroide e ainda biopsia com pequena agulha (citologia aspirativa com agulha fina). Este exame que é de fácil realização, é determinante para o diagnóstico pois permite a colheita de células para análise. Nódulos com dimensões até 1 cm não têm indicação para citologia.

A doença da tiroide é muito comum e geralmente benigna. Para a sua caracterização é indispensável o doseamento das hormonas tiroideias e com frequência é importante a realização de ecografia. Apenas quando os níveis de hormonas tiroideias estão alterados é que necessário recorrer a medicação.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia
Open day da casa museu Egas Moniz, exposições de arte, entrega de prémio carreira na área da Neurorradiologia, lançamento de...

O mote para esta semana são os 90 anos da realização da primeira angiografia cerebral por Egas Moniz, uma técnica que revolucionou a Medicina e que ainda hoje é amplamente utilizada em todo o mundo. Durante uma semana, serão vários os momentos que irão homenagear Egas Moniz, considerado por muitos como um dos pais da Neurorradiologia.

A Brain Week é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia (SPNR) e conta com o patrocínio científico da Ordem dos Médicos e de todas as instituições de ensino superior com formação ou investigação em Medicina e Ciências da Saúde. O evento vai reunir, durante uma semana, uma série de referências nacionais internacionais na área das Neurociências, especialistas na área da Neurocirurgia, Psiquiatria, Neurologia e Neurorradiologia.

Destaques do Programa

Primeiro dia – 31 maio, Aveiro e Avanca

Dia Mundial da Esclerose Múltipla: Transmissão Live Streaming:

http://promotions.bmj.com/timemattersinms/#Livestream organização: British Medical Journal: “Time matters in multiple sclerosis” – 9H30, Auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro.

  • Reunião de Consenso Esclerose Múltipla 2017 com a Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia (SPNR) e o Grupo de Estudos da Esclerose Múltiplas (GEEM) – 15H30, Auditório Reitoria Universidade de Aveiro.
  • Receção de boas vindas da Brain Week e conferência de abertura “Neurociências: com ciência e história” – 15H, átrio e auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro.
  • Apresentação do livro comemorativo “Os trilhos da Neurorradiologia depois da primeira angiografia cerebral” – 19H00, Casa Museu Egas Moniz, Avanca.

Segundo dia – 1 de junho, Estarreja

  • Apresentação do selo comemorativo dos CTT alusivo aos 90 anos da angiografia cerebral e inauguração de Exposição Histórica Filatélica alusiva a Egas Moniz – 14H00, Cineteatro de Estarreja.
  • Inauguração da exposição de arte “Brain Storming – a celebração da Ciência após 90 anos de engenho e arte” – 15H00, Casa Municipal da Cultura de Estarreja.
  • Projeção cinematográfica e tertúlia "O Cinema e as Neurociências" – 21H00, Cineteatro de Estarreja. Participação de Mário Augusto (Jornalista e Crítico de Cinema)

Terceiro dia – 2 de junho, Estarreja

  • Sessão Solene de abertura da Brain Week e entrega do Prémio Egas Moniz em Neurorradiologia 2017 – 18H00, Cineteatro de Estarreja.
  • Concerto Solidário com Jacinta (jazz) e apresentação do livro (edição bilingue) “A herança de Egas Moniz na Neurorradiologia – perspetiva universal, 90 anos após a 1ª angiografia cerebral” – 18H30, Cineteatro de Estarreja. Valor simbólico a reverter para Unidade Cuidados Continuados Egas Moniz.

Quarto dia – 3 de junho, Estarreja

  • Entrega do Prémio Paulo Mendo, prémio que todos os anos distingue a melhor comunicação feita no âmbito do Congresso Nacional de Neurorradiologia (1 a 4 de junho) – 21H30, Biblioteca Municipal de Estarreja.

Quinto dia – 4 de junho, Estarreja

  • Caminhada e Mini Caminhada solidária de sensibilização para os primeiros sinais de AVC, inserido na Campanha Nacional STOP AVC – 17 horas, com início no Parque Municipal de Antuã, Estarreja.

Sexto dia – 5 de junho, Estarreja

  • Workshop “O Cérebro: Tecnologia e Soft Skills” – 14H00, Ciclo Criativo, Estarreja

Sétimo dia – 6 de junho, Estarreja

  • Open Day na Casa Museu Egas Moniz, com visita documentada na área da História da Medicina – entre as 9H00 e as 16H00, Avanca, Estarreja.

O programa completo encontra-se disponível aqui.

Mais informações sobre a Brain Week disponíveis no site da SPNR.

Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla
A Federação Internacional da Esclerose Múltipla criou um Movimento, constituído por pessoas e organizações que querem melhorar...

O Movimento pôde concluir que, apesar dos avanços que foram feitos em várias áreas, ainda existe uma marcada desigualdade nas condições da vida das pessoas afetadas por esta doença, tanto entre países, como dentro deles. Por isso, como forma de mitigar esta desigualdade, foram identificadas as principais áreas em que pequenos progressos podem fazer uma grande diferença. E, embora seja reconhecido que a qualidade de vida é algo muito pessoal, mutável e com muitas interdependências, os “Sete Princípios” definidos são o reflexo dum consenso e pretendem inspirar à mudança.

“Sete Princípios para Melhorar a Qualidade da Vida das Pessoas com Esclerose Múltipla”

  • Mais poder, reconhecimento, capacitação, independência e um papel central para as pessoas afetadas pela Esclerose Múltipla (EM) relativamente às decisões que afetam as suas vidas.
  • Acesso aos tratamentos e cuidados de saúde físicos e mentais de acordo com as condições individuais, quer físicas quer cognitivas, dos que vivem com a EM;
  • Apoio à rede de familiares, amigos, entes queridos e cuidadores voluntários;
  • Oportunidades de trabalho, voluntariado, educação e lazer acessíveis e flexíveis;
  • Acessibilidade em locais públicos ou privados, a nível da tecnologia e a transportes adaptados;
  • Recursos financeiros para satisfazer a evolução das necessidades e os custos de viver com EM;
  • Atitudes, políticas e práticas de apoio que promovam a igualdade e desafiem o estigma e a descriminação. 
Governo
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, disse que o Governo está disponível para abrir mais extensões de saúde a nível...

"Temos uma rede nacional ao nível de hospitais bastante robusta - obviamente que há sempre hospitais novos a fazer à medida que outros vão envelhecendo - mas sobretudo temos de investir na proximidade, em serviços de proximidade", disse Manuel Delgado após a visita ao projeto pedagógico “Centro de Saúde das Brincadeiras”, dirigido a crianças do pré-escolar, que decorre hoje em Loulé.

Em visita ao distrito de Faro, Manuel Delgado inaugurou a Unidade de Cuidados na Comunidade Vicentina, em Vila do Bispo, e visitou o terreno cedido pela Câmara Municipal de Loulé para a construção da unidade de saúde familiar Lauroé, na sede do concelho.

Durante o dia, o secretário de Estado da Saúde vai estar presente na reabertura das extensões de saúde de Bordeira, no concelho de Faro, e do Azinhal, em Castro Marim e na assinatura do protocolo de cooperação do projeto “Algarve Coração Seguro”.

O presidente do conselho de administração da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, Paulo Morgado, explicou que as duas extensões de saúde hoje reabertas resultam de parcerias com as juntas de freguesia de Santa Bárbara de Nexe, da Bordeira e com a Câmara Municipal de Castro Marim que assumiram a remodelação das instalações.

“Estamos disponíveis para analisar outros casos”, afirmou, apontando que a análise será sempre individual.

Aquele responsável adiantou que a próxima extensão de saúde a ser reaberta no Algarve será em Vaqueiros, no concelho de Alcoutim.

A ARS Algarve e a Câmara Municipal de Alcoutim assinaram esta terça-feira um protocolo com vista à renovação das instalações e para assegurar profissionais de saúde naquele local.

“Esperamos terminar este ano com mais médicos, mais enfermeiros e mais técnicos na ARS e isso vai-nos permitir alguma folga para podermos prestar um serviço diferente e melhor às populações”, concluiu.

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