Universidade do Minho
O primeiro inquérito nacional sobre hemofilia, que está a ser coordenado pela Universidade do Minho, aponta para a existência...

Em declarações, Patrícia Pinto, da Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho) e que está a coordenar aquele inquérito feito em parceria com o Centro Hospitalar de São João e a Associação Portuguesa de Hemofilia, "muitos dos sintomas psicológicos" que pessoas com hemofilia assumem, além de estarem associadas à dor que caracteriza a enfermidade, estão relacionados com as "crenças negativas da doença".

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Hemofilia, uma doença crónica rara, genética, hereditária e incurável, que se caracteriza pela ausência, ou acentuada carência, de um dos fatores da coagulação no sangue, o que origina episódios hemorrágicos graves e problemas nas articulações, estando estimado que em Portugal existem cerca de 700 pessoas com hemofilia (a base de incidência em geral é de 1 em cada 10.000 habitantes).

"Os resultados, que ainda são preliminares, apontam que a qualidade de vida é afetada pela gravidade da hemofilia mas também pela experiência de dor e sobretudo pelos sintomas de ansiedade e depressão e pela forma como as pessoas com Hemofilia percecionam a doença, as chamas crenças negativas de doença", revelou.

A investigadora revelou que, no inquérito, "40% dos adultos reportam sintomas de ansiedade significativos e 30% sintomas de depressão", dados importantes para o tratamento da hemofilia.

"Ao percebermos que estes fatores psicológicos afetam a qualidade de vida podemos conceber intervenções, cuidados, multidisciplinares em que um dos alvos sejam trabalhar estas crenças", ressaltou.

Patrícia Pinto explicou ainda que a Hemofilia, embora seja uma doença rara, não é de difícil diagnóstico, sendo possível "detetar à nascença", e que apesar de condicionar o dia-a-dia das pessoas com hemofilia não é uma "sentença de morte", hoje em dia.

"Têm que ter bastantes cuidados, evitar atividades nas quais se possam magoar e sangrar, tem a vida bastante condicionada, mas hoje em dia com a introdução dos concentrados de fator as pessoas com hemofilia conseguem ter uma esperança de vida normal", salientou.

Nos EUA
O cientista canadiano Mark Wainberg, um dos pioneiros da investigação na luta contra a Sida, morreu aos 71 anos, revelou o...

O investigador morreu por afogamento, na última terça-feira, quando nadava ao largo da Florida, nos EUA.

Num comunicado, a agência das Nações Unidas disse estar "profundamente entristecida" pela morte do "pioneiro na investigação contra a Sida Mark Wainberg”.

Wainberg e os colegas identificaram a lamivudina, um dos principais antirretrovirais usado no tratamento da infeção pelo HIV.

"Mark Wainberg foi um gigante na ciência da Sida, o seu trabalho salvou milhões de vidas", declarou Michel Sidibé, diretor executivo do programa.

Por seu lado, a Sociedade Internacional contra a Sida (IAS) disse estar "chocada" com o desaparecimento do seu antigo presidente entre 1998 e 2000, que considerou um "líder, um mentor e um amigo próximo”.

"Perdemos um dos mais determinados", disse a presidente do IAS, Linda Gail Bekker, citada pela agência France Presse.

De acordo com a estação canadiana de televisão CBC News, o funeral de Mark Wainberg realizou-se na sexta-feira, em Montreal, no Canadá.

Especialista
A investigadora do Instituto de Saúde Global de Barcelona Ana Requena Méndez adverte que as condições em que muito migrantes...

Ana Requena Méndez é uma das participantes no 4.º Congresso Nacional de Medicina Tropical e 1º Encontro Lusófono de Sida, Tuberculose e Doenças Oportunistas, promovido pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), que decorre entre quarta e sexta-feira em Lisboa.

O IHMT adianta, num comunicado divulgado, que a mobilidade da população é o principal motor de muitos desafios globais de doenças, particularmente as infecciosas.

Sobre este tema, Ana Requena Méndez afirma, numa comunicação divulgada pelo instituto, que os hábitos culturais não influenciam a disseminação de doenças, mas outros fatores, como as condições em que muitos migrantes são forçados a estar, podem estar relacionados com a transmissão de certas doenças como a tuberculose.

“Estão a ser tomadas medidas para proteger a saúde dos refugiados e dos migrantes”, diz a médica, sublinhando que é “a saúde deles” que “está em risco, não a saúde dos cidadãos da União Europeia”.

Para Ana Requena Méndez, as melhores práticas em matéria de prestação de cuidados aos migrantes vulneráveis e aos refugiados, devem ser uma prioridade para os decisores políticos.

Defende ainda que a promoção da saúde, o rastreio e a gestão de doenças crónicas em migrantes vulneráveis e refugiados, devem ser facilitadas através de serviços integrados nos serviços primários.

No caso das crianças migrantes, o IHMT refere que a principal importância das doenças infecciosas está relacionada com a grande mobilidade das pessoas por zonas endémicas de algumas patologias, e pela não-existência ou o não-cumprimento de um plano de vacinação abrangente por essas populações.

Na comunicação subordinada ao tema “Migrantes, doenças infecciosas e as crianças”, a presidente do Conselho do IHMT e pediatra, Ana Jorge, realça que “a variabilidade dos planos de vacinação dos países e as diferenças de acesso têm uma enorme importância.

”No entanto, Portugal tem um sistema em que o acesso aos cuidados de saúde está facilitado”, mas “nem sempre é do conhecimento de quem precisa”, sublinha Ana Jorge.

Para a pediatra, a informação aos profissionais de saúde é outro dos aspetos que tem de ser considerado para que o acesso seja garantido.

O facto de alguns migrantes serem oriundos de zonas de guerra e viverem com grandes dificuldades socioeconómicas influencia também esta realidade, sublinha Ana Jorge.

Para o presidente do congresso, Miguel Viveiros, “estas problemáticas e desafios atuais, que afetam hoje a saúde global, exigem um conhecimento aprofundado dos principais determinantes de saúde e fatores de risco para a saúde dos migrantes e seus impactos nos países de acolhimento, na busca de soluções efetivas baseadas na evidência”.

Estudo
Investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da UPorto integraram a equipa internacional que identificou...

Os genes identificados - OSBPL10 e o RXRA - e encontrados em indivíduos com ancestralidade africana fazem com que estes passem ilesos por uma segunda infeção do vírus da dengue, ao contrário do que acontece com as populações europeias, indicou uma das coordenadoras do projeto, a investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) Luísa Pereira.

Com este trabalho, os cientistas pretendiam identificar os genes responsáveis pela resistência da ancestralidade africana e pela suscetibilidade da ancestralidade europeia à febre hemorrágica da dengue, utilizando como modelo de estudo a população de Cuba.

A escolha recaiu sobre esta população devido aos vários graus de miscigenação que possui, tendo os médicos locais vindo a observar, desde o início do século XX, que "os cubanos que apresentavam sintomas mais graves da dengue eram os de pele mais clara, de origem europeia, em oposição aos cubanos de pele mais escura, com maior herança africana".

A segunda razão para essa escolha prendeu-se com o facto de a dengue não ser endémica (nativa) em Cuba, sendo que os surtos desta doença surgem no país com intervalos de anos, o que permite criar resistência num segundo surto, situação "impossível de controlar" em países onde a doença é endémica, indicou a investigadora.

De acordo com Luísa Pereira, os genes apresentam "variabilidade entre populações", o que leva a que a sua expressão seja "mais elevada ou mais reduzida" em diferentes grupos populacionais, alterando, entre outros fatores, "o metabolismo dos lípidos".

"Já se sabia que os lípidos eram essenciais para que o vírus da dengue entrasse nas células e se conseguisse multiplicar", vindo este estudo a confirmar que "a seleção genética natural ocorrida em populações africanas escolheu precisamente genes envolvidos no metabolismo dos lípidos para as tornar resistentes à febre hemorrágica da dengue".

Embora a dengue "não seja uma doença muito mortífera, outras doenças relacionadas e mais perigosas, como a febre amarela, podem ter levado à seleção de mecanismos genéticos de proteção nas populações de origem africana, que também protegem contra este vírus", explicou.

Estes resultados permitem, numa fase seguinte, a realização de testes com medicamentos que alteram o metabolismo lipídico das células. "Se o diminuirmos, talvez consigamos combater eficazmente a infeção", afirmou.

Luísa Pereira acredita que esta descoberta é mais um passo pode ajudar a prever como as populações vão reagir a surtos de dengue, embora existam outras condicionantes genéticas e não-genéticas que influenciam a predisposição para um indivíduo manifestar febre hemorrágica, como os fatores imunológicos e virais.

O vírus da dengue é transmitido por duas espécies de mosquito, o Aedes albopictus e o Aedes aegypti, este último presente na Madeira, onde o primeiro surto desta infeção ocorreu em 2012.

Segundo informações avançadas pelo i3S, conhecem-se quatro estripes do vírus da dengue e, normalmente, os sintomas associados à primeira infeção assemelham-se aos de uma gripe ligeira, acabando por conferir imunidade aos infetados.

Uma segunda infeção com uma nova estirpe é, por isso, combatida sem grande manifestação da doença na maioria das pessoas, havendo, no entanto, cerca de 1% da população que manifesta uma reação acrescida quando afetada novamente, o que pode conduzir a febres hemorrágicas graves, podendo estas ser fatais.

Este trabalho insere-se no projeto europeu DENFREE, financiado pela União Europeia, que tem por objetivo compreender a febre da dengue e o risco específico das populações europeias a esta doença infecciosa.

A equipa do i3S continua a trabalhar com os parceiros do Instituto Pasteur, em Paris (França), e do Instituto Pedro Kourí, em Havana (Cuba), para compreender os mecanismos moleculares nos quais estes dois genes estão envolvidos.

Região Centro
A Administração Regional de Saúde do Centro anunciou que vai avançar com investimentos que ultrapassam os dois milhões de euros...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) informa que irá celebrar protocolos de cooperação com cinco autarquias da região Centro, com o intuito de concretizar diversos investimentos, ao longo deste ano, na área dos cuidados de saúde primários.

"Autorizados por despacho conjunto dos secretários de Estado das Autarquias Locais e Adjunto e da Saúde, os protocolos a assinar com as Câmaras de Aveiro, Mortágua, Pedrógão Grande, Santa Comba Dão e Ovar visam a remodelação de instalações e a construção de novos centros de saúde, num investimento global que ultrapassa os dois milhões de euros", explica.

O protocolo entre a ARSC e a Câmara de Aveiro prevê a remodelação das unidades de saúde de Aradas, Oliveirinha e S. Jacinto, enquanto os protocolos com a Câmara de Mortágua e Pedrógão Grande visam a remodelação dos centros de saúde locais.

Os protocolos com os municípios de Santa Comba Dão e Ovar viabilizarão a construção de duas novas unidades de saúde, respetivamente a de S. João de Areias e de Válega.

"A celebração destes novos protocolos, integrados num conjunto de investimentos previstos para 2017, dá assim continuidade a novos projetos que beneficiam utentes e profissionais, estreitando as parcerias com as autarquias locais", considerou a ARSC.

Bioprodutos
O maior produtor mundial de carne de porco, a empresa Smithfield Foods, com sede nos Estados Unidos, anunciou que entrou no...

A Smithfield Foods indicou, numa nota de imprensa, citada pela agência noticiosa AP, que a nova empresa subsidiária se chama Smithfield Bioscience.

A companhia, que foi comprada em 2013 por uma empresa subsidiária do grupo chinês WH Group, já vende produtos derivados para empresas que fabricam medicamentos e suplementos alimentares. Alguns dos fármacos servem para tratar problemas de indigestão, da tiroide e coágulos de sangue.

A Smithfield Bioscience faz parte do grupo de organizações que está a estudar formas de substituir tecido de órgãos para soldados feridos, numa iniciativa financiada em parte pelo Departamento de Defesa norte-americano.

A nova empresa trabalha igualmente com as universidades de Harvard e Columbia na investigação e no desenvolvimento de imunoterapias.

Infarmed garante
O Infarmed garantiu que Portugal tem “um número adequado” de vacinas contra a hepatite A, ao contrário da denúncia do Grupo de...

De acordo com um comunicado do Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT), as 12 mil doses de vacinas contra a hepatite A de que Portugal dispõe não vão ser suficientes para todo o ano de 2017.

Em declarações, o presidente do GAT considerou necessário que Portugal adquira mais vacinas para prevenir, no futuro, novos surtos de hepatite A.

Confrontado com estas afirmações, o Infarmed garantiu que “Portugal dispõe de um número adequado daquelas vacinas face às necessidades identificadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), tendo em conta a utilização de acordo com os critérios que constam da norma publicada no dia 09 de abril pela DGS”.

“O Ministério da Saúde tem mantido estreita articulação com as empresas titulares destas vacinas, estando planeadas entregas adicionais e faseadas destas vacinas durante o ano de 2017, em quantidade suficiente para normalizar a utilização no mercado português”, adianta o instituto que regula o setor do medicamento em Portugal.

Segundo Diogo Medina, médico do GAT, estima-se que as vacinas existentes em Portugal cheguem até fim de junho, sendo necessário acautelar que o país terá mais vacinas para depois.

“O GAT alerta para Portugal tomar medidas para que não chegue à situação de Espanha, que tem zero vacinas”, afirmou Diogo Medina, que tem trabalhado com a DGS neste surto de hepatite A.

A própria DGS já reconheceu que existe mundialmente um problema de produção de vacinas da hepatite A que está relacionado com os próprios laboratórios que as produzem, mas tem afirmado que Portugal tem vacinas suficientes para este surto se forem administradas criteriosamente.

De acordo com Diogo Medina, estima-se que Portugal necessita de cerca de 36 mil vacinas por ano só para viajantes. Quanto aos homens que têm sexo com homens, seriam necessárias, se todos fossem vacinados, cerca de 20 mil vacinas.

Do total de doentes notificados em Portugal, 94% são adultos jovens do sexo masculino, principalmente residentes na área de Lisboa e Vale do Tejo (82%), sendo o principal modo de transmissão o contacto sexual entre homens que fazem sexo com homens.

Observatório do Afogamento
O Observatório do Afogamento registou em Portugal 25 mortes no primeiro trimestre deste ano, sendo os homens 80% das vítimas,...

O Observatório de Afogamento é um sistema criado pela Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores em 2017, para contabilizar as mortes por afogamento em Portugal, de forma a que sejam criadas estratégias de prevenção.

“Estes números posicionam percentualmente Portugal nos 20 primeiros lugares da estatística Europeia de mortes por afogamento até aos 19 anos”, refere um comunicado da plataforma, acessível através da página da internet observatoriodoafogamento.blogspot.com.

Das 25 mortes, 80% são homens e 72% são maiores de idade. 44% destas mortes ocorreram no mar, 28% em rio, 12% em poços, 8% em tanques e rega e 4% em piscina doméstica.

“Nenhum dos locais tinha vigilância de prevenção do afogamento, apenas 12% das situações foram presenciadas e apenas 4% das ocorrências houve tentativa de salvamento”, salienta a nota.

“Embora os dados relativos a 2017 sejam muito prematuros, a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores já iniciou a criação de estratégias de prevenção do afogamento, com o Programa Nacional 'Nadador Salvador Júnior' (programa para jovens até aos 17 anos, onde se aprende segurança aquática, salvamento aquático, primeiros socorros, cidadania, prevenção de comportamentos de risco)”, acrescenta ainda a informação deste Observatório.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde e a International Lifesaving Federation, o afogamento é um problema de saúde pública.

“Existe uma média de uma morte a cada 1,5 minutos, e uma média anual de 372.000 mortes no mundo, sendo que estes números são muito inferiores à realidade, devido à sua má contabilização”, avisam os nadadores salvadores.

Dia Mundial da Voz 2017
Celebra-se hoje, mais uma vez, o Dia Mundial da Voz neste ano subordinado ao lema "Share your V

Na voz do povo é comum ouvirmos " a voz é o espelho da alma" em muitas situações das nossas vidas. É mesmo assim! Mas se (ou)virmos melhor, a voz não reflete só a alma...

Numa voz sabemos não só da sua mente e do seu coração, mas também  do corpo de onde ela sai. Voz de mulher ou de homem, de menino ou de menina, mais leve nos anos ou mais carregada na idade, se fresca se cansada, diz-nos do sono ou da preguiça e também da energia que transporta. A frescura ou o cansaço, a alegria e a tristeza, o embargo do choro e a explosão do riso, a voz tem mesmo muitas vezes um sorriso na cara.  

Através da voz percebemos portanto que emoções e sentimentos ela traz, quais os seus estados físicos e psicológicos, as características únicas de personalidade e também os traços de família...a nossa identidade.

- Oh, ao ouvir-te agora parece que estou a falar com o teu pai!

- A tua mãe tem uma voz tão bonita como a tua!

Sabemos da terra de onde essa voz vem, se é do estrangeiro ou não, antevemos o meio social e a sua educação, com maior certeza ou algumas dúvidas ajuizamos sempre e de forma mais ou menos (in)consciente, sobre essa pessoa, sobre essa voz!

A voz humana tem essa múltipla e fantástica dimensão, a de um fenómeno físico num nível fisiológico e acústico, e a dimensão cognitiva e psicológica, e ambas em conjunto introduzem e sustentam a interação verbal e assim uma dimensão social, a da comunicação humana.

A voz nessa sua dupla dimensão física e mental é a resultante de um "gesto" de enorme complexidade e que resulta de uma tão fina, tão rápida e tão precisa coordenação de tantas estruturas do nosso corpo. No cérebro, a origem, é nele que se formula a mensagem a partir de uma intenção comunicativa, de um estado mental e emocional. É o cérebro que dá as ordens, transmite os comandos através do sistema nervoso, que chegam assim aos músculos respiratórios, aos da laringe, língua e lábios que vão concretizar a mensagem falada.

A voz torna-se assim uma sucessão encadeada de ondas sonoras que resultam da passagem do ar, saído dos pulmões com uma dada pressão, pelas cordas vocais situadas na laringe. Essa vibração das cordas vocais, a voz propriamente dita, ressoa nas cavidades que estão situadas acima da laringe, a boca e a cavidade nasal, e que vão assumindo em fracções de segundo, diferentes configurações, por vezes com maior abertura, outras quase encerradas, ora estreitadas ou mais largas, instantaneamente modificando-se e adaptando-se ao significado e intensidade da expressão, numa sucessão de sons da fala que vamos perceber como palavras e frases. A voz falada.

A voz cantada é essa forma de expressão artística que enche as nossas vidas de sentido e sentimento, acompanhando-nos nos bons e maus momentos. Pensemos como em todas as culturas e com os seus cantos, as pessoas e as comunidades expressam e vivem a sua identidade e história, pessoal e colectiva.

Falando da fala e da voz, da sua importância central para a qualidade da nossa vida, algumas palavras para dizer que temos de ter cuidados com a nossa voz, a voz também é saúde.  Atenção portanto aos sinais que a nossa voz dá, sobretudo a rouquidão. Fale da sua voz junto do seu médico, ao médico otorrinolaringologista ou ao terapeuta da fala, profissionais de saúde que o podem ajudar a cuidar da sua voz.

Sobre o Dia Mundial da Voz pode obter mais informação sobre o evento e o que acontece hoje em todo o mundo em http://2017.world-voice-day.org/

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conselho de Ministros
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros alterações ao diploma que restitui parte do pagamento das horas extraordinárias...

Segundo o comunicado distribuído no final da reunião do Conselho de Ministros, foi aprovada a alteração no valor dos suplementos devido por trabalho extraordinário aos profissionais de saúde, “através de um aumento faseado ao longo do corrente ano das percentagens de acréscimo previstas na legislação em vigor”.

O comunicado não esclarece de que forma as percentagens vão sendo faseadas nem a partir de quando se aplica a restituição do pagamento das horas extraordinárias.

Os médicos agendaram uma greve nacional para dias 10 e 11 de maio, contra a ausência de medidas concretas do Governo, nomeadamente a reposição do pagamento das horas extras, que estão a receber a 50% desde 2012.

O Governo tinha publicado um diploma a restituir parte das horas extraordinárias apenas para os profissionais que fazem urgência externa e cuidados intensivos, mas as organizações médicas exigiram de imediato que fosse aplicado a todos os profissionais.

O ministro da Saúde garantiu na quarta-feira que o pagamento das horas extraordinárias a 75% aos médicos terá efeitos retroativos a 01 de abril.

Em reuniões com os sindicatos, o Ministério da Saúde tem-se comprometido a repor os restantes 25% até ao fim deste ano.

Comissão de Utentes
O Centro Hospitalar do Médio Tejo teve em 2016 “o melhor ano de sempre” na recuperação de tempos de espera, com mais quase mil...

Manuel José Soares disse que o balanço de 2016 e as perspetivas para 2017 foram apresentadas pela administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) à Comissão de Utentes da Saúde do Médio (CUSMT) numa reunião realizada na quarta-feira, na qual foi feito ainda o ponto de situação sobre os recursos humanos, sendo salientada a dificuldade em contratar médicos para as especialidades de cardiologia e anestesiologia.

Em relação à redução dos tempos de espera em cirurgias e consultas externas, Manuel Soares afirmou que o CHMT conseguiu em 2016 ser das unidades com melhores resultados a nível nacional, o que foi possível graças a uma melhor organização dos serviços e aproveitamento de recursos, humanos e materiais.

“Foram realizadas quase mais mil cirurgias do que em 2015” e, na oncologia, “os prazos estão próximos de ficar abaixo do estabelecido”, disse, apontando, contudo, a necessidade de o CHMT melhorar a comunicação dos tempos de espera, seja investindo em ‘software’ que permita a consulta dessa informação na sua página na Internet ou conseguindo que a administração central crie uma funcionalidade que permita essa consulta hospital a hospital.

O porta-voz dos utentes salientou o anúncio da contratação de “seis a sete” médicos para as especialidades de ortopedia, oftalmologia, medicina interna e pediatria, que, sobretudo nestas duas últimas, vem “estabilizar as especialidades nas três unidades hospitalares” do CHMT (Torres Novas, Tomar e Abrantes).

Valorizando “o esforço dos trabalhadores, que vestiram a camisola”, Manuel Soares destacou dificuldade de contratação de especialistas, apesar da tentativa do Governo de colocação de médicos nas chamadas zonas carenciadas, sendo que o CHMT se candidatou a 15 especialistas do contingente de 150 aberto a nível nacional.

O porta-voz da CUSMT saudou ainda o anúncio de um programa adicional para a realização de cirurgias no segundo semestre do ano em Tomar, unidade que irá igualmente passar a dispor de uma TAC (Tomografia Axial Computorizada) e de um reforço dos técnicos de fisioterapia.

Para a CUSMT, um dos aspetos essenciais para o corrente ano será conseguir-se que os serviços de urgência em cada uma das três unidades possam dar autorização de internamento direto nas diversas especialidades, o que atualmente só acontece em Abrantes.

O objetivo é “haver poucas diferenças entre as três Urgências”, disse, salientando que a requalificação do serviço de Urgência de Abrantes deverá ficar concluída este ano.

A CUSMT continua a insistir na articulação entre os cuidados primários e os hospitalares, sublinhando Manuel Soares os “passos concretos que já foram dados no aproveitamento dos meios complementares de diagnóstico”, como a realização de análises, raio x ou eletrocardiogramas.

No próximo dia 20, a CUSMT vai reunir-se com a coordenação do Agrupamento de Centros de Saúde para “aprofundar” esta temática, sendo expectativa que, como já acontece em alguns projetos piloto a nível nacional, a troca de informações entre clínicos das especialidades e os médicos de família possa avançar, pelo menos, em alguns centros de saúde, afirmou.

Manuel Soares sublinhou o facto de a administração do CHMT, liderada por Carlos Andrade, reconduzida pelo Governo, estar agora empossada, podendo prosseguir com o projeto que iniciou há quatro anos e que tem permitido a recuperação de serviços essenciais às populações.

“Vivemos tempos de esperança, mas não de ilusões”, declarou, apontando os constrangimentos financeiros, nomeadamente europeus, que tornam difícil fazer muito mais, a não ser que “haja vontade política para que o setor da Saúde mereça mais atenção”, com todos os ganhos que esse investimento tem a médio e longo prazo.

Grupo de Ativistas em Tratamento
O Grupo de Ativistas em Tratamento exige que as autoridades tomem medidas para adquirir mais vacinas contra a hepatite A,...

Segundo Luís Mendão, presidente do Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT), as 12 mil doses de vacinas contra a hepatite A de que Portugal dispõe não vão ser suficientes para todo o ano de 2017.

“O GAT exige do Ministério da Saúde, Direção-Geral de Saúde (DGS), Comissão Técnica de Vacinação e Infarmed medidas urgentes e excecionais para resolver a situação da falta de vacinas em quantidade necessária para travar este surto epidémico”, refere o GAT num comunicado hoje divulgado.

Em declarações, o presidente do GAT considerou necessário que Portugal adquira mais vacinas para prevenir, no futuro, novos surtos de hepatite A.

Segundo Diogo Medina, médico do GAT, as vacinas existentes em Portugal estima-se que cheguem até fim de junho, sendo necessário acautelar que o país terá mais vacinas para depois.

“O GAT alerta para Portugal tomar medidas para que não chegue à situação de Espanha, que tem zero vacinas”, afirmou Diogo Medina, que tem trabalhado com a DGS neste surto de hepatite A.

A própria DGS já reconheceu que existe mundialmente um problema de produção de vacinas da hepatite A que está relacionado com os próprios laboratórios que as produzem, mas tem afirmado que Portugal tem vacinas suficientes para este surto se forem administradas criteriosamente.

Aliás, no início da semana, a DGS divulgou uma norma onde define quem deve ser vacinado contra a hepatite A, perante o surto que atinge Portugal e que já infetou desde o início do ano mais de 170 pessoas.

As vacinas da hepatite A administradas no âmbito deste surto passam a ser gratuitas e com isenção de taxas moderadoras. Devem ser vacinadas pessoas que vivem ou têm contacto sexual com doentes com hepatite A até duas semanas após o último contacto, também são elegíveis para vacinação homens que praticam sexo anal ou oro-anal com outros homens e que se deslocam ou vivem em locais afetados pelo atual surto.

Quanto aos viajantes com destino a países endémicos para a hepatite A só são elegíveis para vacinação a título excecional, devendo o médico prescritor da vacina contactar previamente a DGS.

De acordo com Diogo Medina, estima-se que Portugal necessita de cerca de 36 mil vacinas por ano só para viajantes. Quanto aos homens que têm sexo com homens, seriam necessárias, se todos fossem vacinados, cerca de 20 mil vacinas.

No âmbito deste surto, vacinando os contactos familiares ou íntimos de quem está doente, seriam ainda necessárias mais três a quatro mil.

Segundo Luís Mendão, do GAT, a Autoridade do Medicamento (Infarmed) tem a possibilidade de fazer uma aquisição de vacinas fora da União Europeia, sendo necessário um processo especial de autorização de importação que tem de ser preparado atempadamente.

De acordo com o GAT, desde julho de 2016 que está notificado na Europa um surto de infeção pelo vírus da hepatite A, com registo dos primeiros casos em Portugal em dezembro do ano passado.

Do total de doentes notificados em Portugal, 94% são adultos jovens do sexo masculino, principalmente residentes na área de Lisboa e Vale do Tejo (82%), sendo o principal modo de transmissão o contacto sexual entre homens que fazem sexo com homens.

Reunidos em Coimbra
Profissionais de nove escolas e universidades querem criar uma rede portuguesa de instituições promotoras de saúde.

Pesquisadores nacionais e internacionais reunidos, entre os dias 10 e 12 de abril, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), no âmbito do III Curso Internacional de Pesquisa-ação Participativa em Saúde, defendem a criação de uma rede portuguesa de instituições de ensino superior promotoras de saúde.

Preocupados com os estilos de vida no ensino superior, os profissionais das nove instituições para já comprometidas com o projeto afirmam que a proposta “se insere no movimento dos contextos promotores de saúde», tendo estabelecido «como objetivo conceber, partilhar e fortalecer ações participativas de promoção da saúde e de prevenção de riscos a que a comunidade académica está exposta”.

E os problemas enumerados são vários: consumo abusivo de álcool, dependências químicas e não químicas, infeções sexualmente transmissíveis, acidentes rodoviários, violência entre pares e em contextos recreativos, stresse, depressão e sofrimento emocional, distúrbios alimentares, automedicação, sedentarismo, absentismo e insucesso académico são alguns dos focos transversais às comunidades académicas-alvo da pesquisa multicêntrica que se está a iniciar com os pesquisadores envolvidos.

Participaram, nesta primeira reunião da futura rede portuguesa de instituições de ensino superior promotoras de saúde, pesquisadores da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, da Escola Superior de Saúde de Vila Real – UTAD, da Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria, da Escola Superior de Saúde da Universidade dos Açores, da Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve e das universidades federais Fluminense e de Pernambuco (Brasil).

Este grupo teve o apoio do coordenador da Rede Ibero-americana de Universidades Promotoras de Saúde (RIUPS), Hiram Arroyo, do presidente de IREFREA - Portugal (Instituto Europeu para o Estudo dos Fatores de Risco em Crianças e Adolescentes), Fernando Mendes, e do presidente de Associação Existências, Paulo Anjos.

De acordo com a organização do III Curso Internacional de Pesquisa-ação Participativa em Saúde, formação que vai prolongar-se até dezembro de 2017, “este foi um passo importante de consolidação da parceria entre escolas superiores de Enfermagem e de Saúde de língua portuguesa”.

Especialistas revelam
Cerca de 10 mil portugueses têm lúpus, doença autoimune que afeta principalmente mulheres, segundo números estimados por...

O lúpus é uma doença crónica que tem manifestações diversas e pode afetar vários órgãos e sistemas, podendo ter impacto significativo na qualidade de vida do doente.

Nos últimos dois anos surgiram novos tratamentos, a que os doentes portugueses têm acesso sem problemas, que permitem tratar melhor, dar mais qualidade de vida, são importantes para combater a fadiga própria da doença e permitem evitar a cortisona, segundo explicou a médica Francisca Moraes-Fontes, responsável pela unidade de doenças autoimunes do Hospital Curry Cabral.

A especialista é ainda coordenadora do congresso nacional sobre doenças autoimunes, reunido a partir de hoje e durante três dias em Lisboa, onde peritos e médicos de várias especialidades vão debater precisamente os conhecimentos mais recentes sobre o lúpus.

A doença surge geralmente no início da idade adulta e afeta sobretudo mulheres – por cada nove mulheres com lúpus, apenas um homem tem, apesar de a comunidade científica ainda não ter respostas para esta prevalência no sexo feminino.

O lúpus é muito heterogéneo, há um mosaico de manifestações muito diversas e nem sempre tem manifestações cutâneas que geralmente a população associa à doença.

Outra das particularidades, segundo Francisca Fontes, reside no facto de os médicos não conseguirem prever como vai ser o percurso do doente no momento em que é feito o diagnóstico.

A doença pode começar por manifestar-se como uma dor articular mas evoluir noutra altura para uma forma em que afeta a função renal ou mesmo o cérebro, por exemplo.

“É uma doença para a qual temos de estar atentos, se não o diagnóstico não é feito”, avisa Francisca Fontes, que reconhece que os médicos vão estando mais despertos para o lúpus.

Para os médicos é central que o doente tenha cada vez mais conhecimento sobre a doença, porque a sua capacitação influencia a forma como lidará com a patologia.

De hoje até sábado, especialistas nacionais e internacionais estão reunidos em Lisboa essencialmente para atualizarem os seus conhecimentos sobre a doença e debaterem as novas formas de abordagem.

EUA
Uma empresa biotecnológica do Alabama, nos Estados Unidos, desenvolveu uma pastilha elástica que absorve determinadas...

A Volatile Analysis juntou-se à organização sem fins lucrativos Hudson Alpha para desenvolver uma pastilha elástica capaz de absorver os chamados compostos voláteis presentes na saliva humana.

Essas substâncias são segregadas por determinados tipos de cancro, libertadas na corrente sanguínea ou na respiração e depois absorvidas pela saliva, explica Katherine Bazemore, diretora executiva da Volatile Analysis, que refere que um pulmão saudável e um pulmão com cancro exalam compostos diferentes.

Segundo o jornal Daily Mail, esta pastilha servirá de marcador, ajudando a detetar a presença de doenças oncológicas, como tumores do pâncreas, pulmões e da mama.

De acordo com o referido jornal, escreve o Sapo, a pastilha, depois de mascada durante 15 minutos, é analisada para detetar a presença dessas substâncias tumorais.

Portugal tem atualmente cerca de 500 mil sobreviventes de cancro e perto de 100 mil doentes em tratamento, segundo dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Vítor Veloso, presidente da Liga, diz que o cancro se tem tornado cada vez mais uma doença crónica e já não tanto uma doença aguda.

"Apesar de a incidência [novos casos] estar a aumentar, a cura e a sobrevivência com grande qualidade de vida são cada vez mais evidentes", declarou Vítor Veloso, no início deste mês, na sessão de encerramento dos 75 anos da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Estudo
A investigação levada a cabo pelos cientistas do Instituto Karolinska foi testada em ratos de laboratório e consiste em...

A doença de Parkinson afeta as capacidades motoras e cerebrais do doente e, cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia, testaram um método de reprogramação genética, em ratos de laboratório, com o intuito de transformarem células cerebrais em neurónios produtores de dopamina – neurotransmissor responsável por diversas funções no cérebro e no corpo, incluindo o controlo de movimentos, aprendizagem, humor, emoções, funções cognitivas e memória.

Através deste método, escreve o Observador, os ratos apresentaram melhorias em termos de mobilidade e tremores. A doença de Parkinson pode levar a um abrandamento de movimentos e a tremores involuntários devido à falta de dopamina. David Dexter, um dos investigadores do estudo, explica a Nature Biotechnology que este estudo “oferece uma maneira completamente nova de repor as células que se perderam com a Parkinson”, sendo que a reposição dessas células é apontada pelo investigador como uma possível maneira de reverter os sintomas da doença e, “um dia, poderá levar à cura”.

O processo levado a cabo pelos cientistas passa por manipular as células cerebrais comuns, que normalmente produzem astrócitos, e transformá-las em células semelhantes a neurónios produtores de dopamina. Este feito foi conseguido depois de testarem diversos genes que ajudam a criar neurotransmissores. O resultado final foi obtido através da combinação de quatro genes com outras moléculas que foram injetadas nos ratos com Parkinson. Os ratos demoraram entre duas a cinco semanas até começarem a mostrar melhorias da doença.

Astrócito
São as células mais abundantes do sistema nervoso central e são as que possuem maiores dimensões. São responsáveis por diversas funções, tais como: preencher o espaço entre os neurónios; regular a concentração de substâncias que possam interferir com certas funções; regular neurotransmissores; providenciar suporte ao cérebro e ajudar em funções imunitárias.

“O que este estudo tem de diferente”, explica ao The Independent Ernest Arenas, que liderou a experiência, “é que utilizamos a programação para transformar as células de astrócito num neurónio que é funcional em pessoas”. A experiência está a ser estudada já há seis anos e é o primeiro protótipo do género, no entanto, os cientistas ainda não sabem se este novo método poderá trazer complicações aos pacientes.

Ao The Independent, Christopher Morris, professor de neurotoxicologia na Universidade de Newcastle, levantou questões pertinentes sobre o estudo ao questionar-se sobre a capacidade destas novas células produzirem a sua própria dopamina e por quanto tempo serão capazes de se manter estáveis nos ratos de teste.

Atualmente ainda não se sabe as causas que levam ao aparecimento da doença de Parkinson mas suspeita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A doença afeta, maioritariamente, pessoas a partir dos 50 anos apesar de que uma em cada 20 apresenta sintomas antes dos 40 anos.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
As regiões do Funchal e Porto Santo, arquipélago da Madeira apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as regiões do Funchal e Porto Santo, arquipélago da Madeira, apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV).

As regiões de Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Guarda, Penhas Douradas, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Vila Real, Viana do Castelo, Porto, Faro, Viseu Angra do Heroísmo (ilha Terceira, Açores) e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores, Açores) apresentam hoje risco ‘muito elevado’ de exposição à radiação UV.

De acordo com o Instituto, a exceção vai para Ponta Delgada (ilha de São Miguel, Açores) e na Horta (ilha do Faial, Açores) com risco ‘moderado’.

Para as regiões com risco 'muito elevado' e 'elevado', o Instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado, apresentando-se muito nublado no litoral oeste até final da manhã, nebulosidade que poderá persistir em alguns locais da faixa costeira.

Durante a tarde, o Instituto prevê um aumento de nebulosidade nas regiões do interior Norte e Centro, onde há condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros e trovoada.

A previsão aponta ainda para vento fraco, tornando-se fraco a moderado do quadrante oeste a partir do início da tarde, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e descida da temperatura máxima, mais significativa no litoral oeste.

Em Lisboa as temperaturas vão variar entre 13 e 22 graus Celsius, no Porto entre 12 e 19, em Vila Real entre 11 e 27, em Viseu entre 10 e 26, em Bragança entre 09 e 27, na Guarda entre 09 e 22, em Coimbra entre 11 e 23, em Castelo Branco entre 12 e 27, em Santarém entre 12 e 25, em Évora entre 10 e 26, em Beja entre 11 e 26 e em Faro entre 12 e 24.

ONU
A Organização Mundial de Saúde informou hoje que quase dois mil milhões de pessoas ainda utilizam água potável contaminada com...

“Nos dias de hoje, quase dois mil milhões de pessoas utilizam uma fonte de água potável contaminada por fezes, o que os deixa vulneráveis à cólera, disenteria, tifóide e pólio”, disse a diretora do departamento de saúde pública na Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria Neira.

"Estimamos que a água potável contaminada cause mais de 500.000 mortes por diarreia todos os anos”, afirmou, em comunicado.

Em 2015, os países elaboraram, no quadro das Nações Unidas, uma lista de 17 objetivos de desenvolvimento sustentáveis para 2030. Um destes objetivos é garantir o acesso de todos à água e ao saneamento e garantir uma gestão sustentável dos recursos hídricos.

Este objetivo não poderá ser atingido “a menos que sejam tomadas medidas para utilizar os recursos financeiros de forma mais eficaz e aumentar os esforços para identificar novas fontes de financiamento”, de acordo com as previsões da OMS no relatório anual “Análise e avaliação mundiais sobre o saneamento e água potável”.

Os países aumentaram a despesa média anual em 4,9% na água, saneamento e higiene durante os últimos três anos, indicou o relatório.

No entanto, 80% dos países referiram que os financiamentos dedicados à água, saneamento e higiene são ainda insuficientes para responder às metas da ONU.

Para atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU no que diz respeito à água e saneamento, os investimentos em infraestruturas devem triplicar e atingir 114 mil milhões de dólares (107 mil milhões de euros) por ano, segundo os números do Banco Mundial, citados pela OMS. Estes dados não incluem custos de financiamento e de manutenção.

Para conseguir isso, a OMS sublinhou a necessidade de encontrar novas formas de financiamento, tais como impostos.

“É um desafio que temos capacidade de resolver”, afirmou Guy Ryder, presidente da ONU-Água e diretor geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em comunicado.

“Aumentar o investimento na água e no saneamento pode gerar benefícios importantes para o desenvolvimento e saúde humana, e criar emprego”, disse.

Protocolo assinado
O Centro Hospitalar Barreiro Montijo assinou um protocolo de cooperação com o Centro Hospitalar de Lisboa Norte, com o objetivo...

"Este protocolo visa o estabelecimento de ações de cooperação no domínio da saúde, nomeadamente nas áreas da cooperação técnica, documentação e informação, formação e especialização, investigação e prestação de serviços de saúde", refere o Centro Hospitalar Barreiro Montijo, em comunicado.

O centro hospitalar explica ainda que a operacionalização de projetos em cada uma das áreas será objeto de acordos específicos.

"Com o objetivo de disponibilizar aos utentes do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) uma resposta assistencial mais abrangente na área da Gastrenterologia, especificamente, o acesso a exames de elastografia hepática (Fibroscan), foi também assinado um acordo específico que permite aos médicos de Gastrenterologia do CHBM realizar estes exames nas instalações do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), aos utentes do CHBM", acrescenta.

Governo da Madeira
O conselho do governo da Madeira anunciou ter autorizado a aquisição de fármacos destinados a tratamento de doenças autoimunes...

O texto das conclusões da reunião semanal do executivo madeirense liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque diz que foi também dada a concordância para a celebração de um contrato programa envolvendo uma verba de cerca de 478 mil euros destinada a apoiar os encargos com a formação de enfermeiros para o Serviço de Saúde da Região Autónoma (SESARAM).

Este órgão do governo insular também decidiu criar uma a denominada ‘Estrutura de Missão para as Comemorações dos 600 anos do Descobrimento da Madeira e Porto Santo’.

Esta estrutura tem um caráter temporário e tem por objetivo “planificar, organizar e monitorizar os eventos comemorativos dos 600 anos do descobrimento da Madeira e Porto Santo”, permitindo uma articulação “necessária com os diversos setores e entidades, públicas e privadas” envolvidas no programa comemorativo.

O documento ainda menciona que o governo regional vai apoiar com 300 mil euros a realização do Rali Vinho Madeira 2017.

Foi igualmente autorizada a celebração de outros quatro contratos-programa na ordem dos 47 mil euros destinados a ajudar a realização de iniciativas promovidas por diversas instituições em vários locais da região, como a Rota do Açúcar, o 2.º Festival Apanha da Cana, XVI Exposição Regional do Limão e a Expo Tropical – 2.ª Mostra de Frutos e Sabores Subtropicais.

O executivo do arquipélago deliberou também atribuir à Associação de Criadores de Gado das Serras do Poiso um montante de 12 mil euros, “tendo em vista a condução ordenada e racional dos rebanhos em apascentação no perímetro florestal das serras” daquela zona da ilha da Madeira.

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