Administração Regional de Saúde do Centro
A Administração Regional de Saúde do Centro revelou hoje que foi detetada ‘legionella’ ambiental numa colheita efetuada em...

"O ACeS [Agrupamento de Centros de Saúde] Dão Lafões e os Serviços de Saúde Pública asseguram as medidas adequadas para a continuação do controlo da situação, não havendo evidência de risco acrescido para a saúde pública, mantendo o Centro de Saúde de Mangualde a sua atividade normal", informou a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

Na informação, a ARSC recordou que, no âmbito do Programa de Vigilância e Controle do Agrupamento de Centros de Saúde do ACeS Dão Lafões, já tinha sido detetada, em 2016, ‘legionella’ ambiental nesta unidade de saúde, em análise feita pela Unidade de Saúde Pública (USP).

"A direção deste ACeS, em colaboração com o Departamento de Saúde Pública (DSP) da ARSC, desencadeou os mecanismos de controlo habitualmente utilizados, nomeadamente a desinfeção da água da rede. Posteriormente, foram feitas novas análises com resultados negativos", acrescentou.

De então para cá, o Programa de Vigilância foi mantido pela Unidade de Saúde Pública, que veio a detetar novamente ‘legionella’ ambiental na colheita efetuada a 19 de outubro deste ano.

"Foram, de novo, tomadas as medidas adequadas, nomeadamente a suspensão do funcionamento da rede de água quente, a interdição de utilização dos chuveiros e a desativação da rede em dois módulos terminais nos quais funcionavam alguns serviços que, dada a dimensão do Centro de Saúde, puderam ser transferidos para outras áreas", informou.

Na nota enviada, a ARSC esclarece que uma vez que a rede instalada não tem retorno, pretende-se, com esta medida, "eliminar a estagnação de água nas partes terminais da rede, fator favorecedor da multiplicação da bactéria".

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou hoje que o número de casos confirmados de doença dos legionários do surto no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 48, mais dois relativamente ao balanço anterior.

Num balanço feito às 12:30, a DGS informa que seis doentes com ‘legionella’ estão internados em Unidades de Cuidados Intensivos e que cinco pessoas morreram.

Há ainda 28 infetados (58% do total de infetados) que estão internados em enfermarias, enquanto 34 (71%) já tiveram alta clínica, adianta a DGS num comunicado publicado no seu ‘site’.

Direção-Geral da Saúde
O número de casos confirmados de doença dos legionários do surto no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 48,...

Num balanço feito às 12:30, a Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que seis doentes com ‘legionella’ estão internados em Unidades de Cuidados Intensivos e cinco pessoas morreram.

Há ainda 28 infetados (58% do total de infetados) que estão internados em enfermarias, enquanto 34 (71%) já tiveram alta clínica, adianta a DGS num comunicado publicado no seu ‘site’.

Segundo a Direção-Geral da Saúde, a maioria dos infetados (28) são mulheres e 34 têm idade igual ou superior a 70 anos, sendo que todos têm “história de doença crónica e/ou fatores de risco”.

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

OE2018
A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica congratulou-se com o anúncio de regularização das dívidas a fornecedores, no...

O ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes prometeu hoje no parlamento que irão ser transferidos, até ao final do ano, 1,4 mil milhões de euros para eliminar a dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aos fornecedores externos.

“Um plano para a regularização, ainda este ano, da dívida aos fornecedores representa um importante passo para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e para melhorar o acesso de todos os portugueses aos melhores cuidados de Saúde”, afirmou a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), em reação ao anúncio feito nas comissões parlamentares de Saúde e Finanças durante a apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2018.

Para a Apifarma, este é um problema que “afeta todos os portugueses”, uma vez que uma divida “desta dimensão significa que o Estado não está a investir na saúde e na qualidade de vida dos seus cidadãos”.

No terceiro trimestre deste ano, os pagamentos em atraso ascendiam a 2.072 milhões de euros.

A primeira verba deste montante será transferida até 31 de dezembro 2017 e através de um reforço de 400 milhões de euros para os hospitais.

Para a Apifarma, “a dotação orçamental inscrita na proposta de lei do Orçamento do Estado para 2018 deverá ser majorada, no mínimo, em 360 milhões de euros, de modo a garantir que o aumento nominal do Produto Interno Bruto para 2018 de 3,6%, seja proporcionalmente refletido na dotação orçamental do Serviço Nacional de Saúde”.

Em comparação com o Orçamento do Estado para 2018, o orçamento do Serviço Nacional da Saúde (SNS) beneficiará de um aumento com origem nas transferências do Orçamento do Estado de 500 milhões de euros.

Açores
A Ordem dos Médicos Dentistas pediu ao secretário regional da Saúde dos Açores explicações sobre as consultas na ilha do Corvo,...

Numa nota de imprensa, a Ordem dos Médicos Dentistas informa que lhe chegaram denúncias “de falta de condições e de materiais que impedem a realização de tratamentos, como restaurações e desvitalizações, e limitam a atuação dos médicos dentistas durante as consultas à extração de dentes”.

Citado na mesma nota, o representante da Região Autónoma dos Açores no Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Dentistas, Artur Lima, exige “urgência nos esclarecimentos para saber se os cuidados de saúde oral prestados aos utentes da Unidade de Saúde da Ilha do Corvo são adequados e se cumprem todas as medidas de segurança e qualidade”.

“Por outro lado, em consonância, pretendemos também aferir se os médicos dentistas que se deslocam ao referido serviço têm ao dispor todas as condições e equipamentos e materiais necessários para tal”, adianta Artur Lima, que é líder do CDS-PP/Açores e deputado no parlamento regional.

O responsável diz ainda temer que as limitações denunciadas “possam estar a colocar em causa a saúde dos utentes” daquela unidade de saúde, pelo que a Ordem pretende, igualmente, “saber se as instalações onde decorrem as consultas de medicina dentária cumprem todas as medidas de segurança e qualidade”.

Na missiva enviada ao secretário regional da Saúde, Rui Luís, a Ordem dos Médicos quer saber também “o número e a frequência das deslocações de médicos dentistas à Unidade de Saúde da Ilha do Corvo e mostra-se disponível para colaborar em todas as diligências que venham a ser necessárias”.

Contactada a secretaria, esta fez saber que “tem vindo a acompanhar a situação da medicina dentária no Corvo e irá avaliar, em conjunto com os médicos dentistas que se deslocam àquela ilha, as necessidades efetivas e as condições em que estão a ser realizadas estas consultas".

Atualmente, há quatro médicos que, de forma rotativa, se deslocam à ilha, a mais pequena e a menos populosa do arquipélago, com cerca de 450 habitantes, e realizam consultas uma semana por mês.

Estudo revela
Um estudo da Unidade de Investigação em Epidemiologia do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, hoje divulgado,...

Com base nestes resultados, o estudo, divulgado no âmbito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala na terça-feira, sublinha que os decisores na área da saúde deveriam promover intervenções comunitárias de exercício físico, especialmente nos cuidados de saúde primários e nas estruturas residenciais para idosos, para aumentar a atividade física e controlar a diabetes.

Segundo os investigadores, o exercício físico é um dos pilares do tratamento e controlo da diabetes tipo 2 e está associado a uma diminuição da incidência de doenças cardiovasculares nesta população.

As intervenções de base comunitária – implementadas em grupos de pessoas da mesma comunidade e pelas instituições locais – são recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover alterações no estilo de vida, especialmente em indivíduos com doenças crónicas, e têm maior adesão do que as intervenções individuais.

Neste contexto, “procurámos, com este estudo, testar em condições reais um modelo de programa comunitário de exercício físico, passível de implementar com estratégias de baixo custo e elevada aplicabilidade, e sem comprometer a segurança dos participantes”, sublinha Romeu Mendes, primeiro autor da investigação.

“Sabíamos que a maior parte das instituições locais, como os centros de saúde, hospitais, e lares de idosos não dispõem de equipamentos complexos e dispendiosos para a prática de exercício físico. Por outro lado, queríamos também avaliar a eficácia desta intervenção no controlo da diabetes tipo 2 e do risco cardiovascular associado”, esclarece, em comunicado enviado à Lusa.

Os investigadores recrutaram uma amostra de 60 indivíduos de meia-idade e idosos (entre os 55 e os 75 anos) com diabetes tipo 2 diagnosticada para participar no “Diabetes em Movimento”, um programa comunitário de exercício físico desenhado de acordo com as recomendações internacionais de atividade física para o controlo da diabetes tipo 2.

Este programa combina, na mesma sessão, exercício aeróbio, resistido, de agilidade/equilíbrio, e de flexibilidade. Todas as atividades são realizadas com materiais de baixo custo, como cadeiras de plástico, garrafas de água cheias com areia, pequenos halteres, bolas de mão e o peso do próprio corpo. O programa foi realizado durante nove meses, com três sessões semanais de 75 minutos, supervisionadas por um técnico de exercício físico e um enfermeiro.

Os participantes continuaram com os seus cuidados habituais, como a medicação, consultas e tratamentos médicos, alimentação e atividade física.

Os resultados foram comparados com um grupo de controlo (110 indivíduos), com as mesmas características e cuidados habituais, mas que apenas não participou no programa de exercício.

No final do estudo, verificou-se que o grupo que esteve envolvido no programa comunitário de exercício físico apresentou melhorias importantes no controlo da diabetes (hemoglobina glicada e glicose em jejum), no perfil lipídico (aumentou o bom colesterol e diminuiu o mau colesterol), na pressão arterial, no perfil antropométrico (perímetro da cintura e índice de massa corporal) e no risco de ter um problema nas artérias coronárias a 10 anos, em comparação com o grupo de controlo.

Os resultados desta investigação, salienta Romeu Mendes, “demonstram que intervenções de exercício físico de baixo custo, como atividades baseadas na marcha ou exercícios realizados com o peso do próprio corpo ou com pequenos pesos livres, são eficazes a induzir benefícios significativos na diabetes e nos principais fatores de risco cardiovascular”.

O “Diabetes em Movimento” está atualmente a ser implementado em Vila Real, Maia, Rio Maior, Évora, Torres Vedras, Seixal e Viseu.

O Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) acrescenta que a diabetes é considerada um dos maiores desafios do Sistema Nacional de Saúde e que em Portugal, mais de 13% da população (cerca de 1 milhão de portugueses) é afetada por esta doença crónica e os custos associados ao seu tratamento atingem 1% do PIB e 12% de toda a despesa em saúde.

OE2018
As compras e os patrocínios no setor da saúde vão ser monitorizados, no âmbito do combate à fraude previsto no Orçamento do...

No capítulo dedicado ao combate à fraude, a nota explicativa indica que as compras e os patrocínios no setor da saúde vão ser monitorizados, “com o objetivo de potenciar a transparência, o rigor e a correta aplicação dos dinheiros públicos”.

A medida visa ainda alcançar uma “célere deteção de eventuais situações ilícitas, que serão, de imediato, comunicadas às entidades competentes para investigação”.

O Ministério da Saúde vai prosseguir com a análise de áreas como “as listas de espera para cirurgia, os grupos de diagnóstico homogéneo, as ajudas técnicas, com especial enfoque em matérias conexas com a gestão dos recursos humanos (processamento de vencimentos, regime de incompatibilidades e acumulação de funções)”.

Em matéria de combate à fraude na saúde, o Governo quer, “a curto prazo e com natureza prioritária, o desenvolvimento, implementação e atualização de indicadores de risco”, incluindo para áreas que “não se encontram sob a alçada do Centro de Conferência de Faturas (futuro Centro de Controlo e Monitorização do SNS), que incluem a emissão de certificados de incapacidade temporária, de certificados de óbito, de atestados médicos para obtenção de carta de condução e de cheques dentista”.

Otorrinolaringologia
Os hospitais de Santa Maria, Santo António, Gaia e Coimbra estão a começar a trabalhar em rede na área dos implantes cocleares,...

Segundo Leonel Luís, diretor do serviço de otorrinolaringologia do hospital de Santa Maria, em Lisboa, está hoje a decorrer em Coimbra uma primeira reunião de trabalho entre os profissionais dos serviços das unidades hospitalares para arrancar com o trabalho em rede na área dos implantes cocleares, usados em surdos profundos.

A ideia do hospital de Santa Maria é "levar a experiência" do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) "para o maior serviço de otorrino do país", no Santa Maria.

O CHUC realizou nos últimos 30 anos mais de um milhar de implantes cocleares e tem sido o centro de referência nesta área.

Segundo disse o diretor do serviço de otorrino do Santa Maria, em Portugal fazem-se entre 120 a 130 implantes cocleares por ano, sendo cerca de 80 são em Coimbra.

"Queremos dar o salto em termos de quantidade e de qualidade e trabalhar em rede no Serviço Nacional de Saúde", afirmou.

Passará, por exemplo, a haver consultas de decisão entre Santa Maria e Coimbra e o objetivo é, segundo Leonel Luís, é "permitir que os hospitais possam operar os doentes com proximidade".

"A ideia é passarmos a dar resposta", disse, lembrando que o Santa Maria realiza apenas dois ou três implantes cocleares por ano.

Já este ano, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul tem criticado o serviço de otorrino de Santa Maria, nomeadamente pelo que considera ser o suspender do programa de cirurgias de implantes cocleares, uma acusação que Leonel Luís rejeita.

OE2018
O ministro da Saúde anunciou hoje que irão ser transferidos, até ao final do ano, 1,4 mil milhões de euros para a regularização...

Adalberto Campos Fernandes falava nas comissões parlamentares de Saúde e Finanças no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado.

Segundo o ministro, com a transferência deste valor, dá-se início a um novo ciclo nas contas da Saúde, mais aproximado da estabilidade.

No terceiro trimestre deste ano, os pagamentos em atraso ascendiam a 2.072 milhões de euros.

A primeira verba deste montante será transferida até 31 de dezembro 2017 e através de um reforço de 400 milhões de euros para os hospitais. Até à mesma data, irá ocorrer um aumento do capital social dos hospitais EPE de 500 milhões de euros e, no início de 2018, ocorrerá um novo aumento de capital social dos hospitais, também de 500 milhões de euros.

Em comparação com o Orçamento do Estado para 2018, o orçamento do Serviço Nacional da Saúde (SNS) beneficiará de um aumento com origem nas transferências do Orçamento do Estado de 500 milhões de euros.

Legionella
O número de mortos por 'legionella' no surto do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para cinco, anunciou...

A vítima mais recente é uma mulher de 76 anos que esteve internada no Hospital São Francisco Xavier, adianta em comunicado a Direção-Geral da Saúde (DGS), que lamenta o falecimento ocorrido no âmbito do surto de doença dos legionários relacionado com aquele hospital.

“No âmbito deste surto, e até ao momento, registaram-se cinco óbitos”, refere o comunicado assinado pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A Direção-Geral da Saúde sublinha que “as indicações epidemiológicas apontam para um abrandamento e resolução do surto”.

Até ao momento, nove doentes tiveram já alta clínica, informa ainda a DGS.

Os últimos dados da DGS apontam para 46 casos confirmados de doença dos legionários desde 31 de outubro, 27 (59%) do sexo feminino, 33 (72%) com idade igual ou superior a 70 anos.

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Este ano
O Dia Mundial da Diabetes, que se assinala terça-feira, é este ano dedicado às mulheres e pretende ser uma chamada de atenção...

A efeméride, criada em 1991 pela Federação Internacional da Diabetes e com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), vai ser assinalada em vários países e com iniciativas que pretendem chamar a atenção para uma doença que, em Portugal, atinge um milhão de portugueses entre os 20 e os 29 anos.

Em Portugal, a doença atinge mais os homens (15,9%) do que as mulheres (10,9%). Em todo o mundo, são cerca de 200 milhões as mulheres que sofrem desta doença.

A doença atinge contornos particularmente importantes na mulher, tendo em conta que um em cada seis partos é afetado pela diabetes gestacional e que esta aumenta o risco de, mais tarde, a mulher vir a sofrer de diabetes tipo 2.

Dados do Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, publicado em 2016, refere que a prevalência da diabetes gestacional em 2015 foi de 7,2% da população parturiente do Serviço Nacional da Saúde (SNS), registando um acréscimo significativo do número absoluto de casos registados, comparativamente ao ano anterior.

“Verifica-se ainda que a prevalência da diabetes gestacional aumenta com a idade das parturientes, atingindo os 15,9% nas mulheres com idade superior a 40 anos”, lê-se no documento.

O Dia Mundial da Diabetes será assinalado com várias iniciativas em Portugal, como a conferência “A Mulher e a Diabetes”, promovida pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), e que abordará temáticas relacionadas com a sociedade, o universo da mulher e a diabetes.

Outra forma de assinalar a efeméride será a iniciativa “Prato Azul – Comer Informado”, no Mercado de Campo de Ourique, com o objetivo de sensibilizar os cidadãos para hábitos de vida mais saudáveis, nomeadamente na alimentação.

No Porto
O debate em torno da legalização do consumo das drogas leves vai marcar a CannaDouro - I Feira Internacional de Cânhamo do...

Afirmando que está em causa "o direito à liberdade individual" e que atualmente “só não se é preso" pelo consumo, João Carvalho explicou que se pretende "dizer às pessoas que, mesmo sendo apanhadas com alguma substância, em doses inferiores ao que é considerado tráfico, não significa que sejam doentes e que tenham de ir a uma consulta de psicologia". São, como sublinhou, "meras consumidoras".

O consumo de drogas em Portugal foi descriminalizado, mas não despenalizado. Consumir substâncias psicoativas ilícitas deixou de ser alvo de processo-crime (e como tal tratado nos tribunais), passando a constituir uma contraordenação social, com apresentação da pessoa a uma comissão de dissuasão, segundo o sítio do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

Por lei, a quantidade definida em Portugal para consumo próprio é "abaixo de cinco gramas de haxixe e 25 gramas de erva", sublinhou João Carvalho, para quem o cidadão deve poder ter uma quantidade “superior ou necessária aos seus hábitos de consumo".

"Apesar do preconceito que existe sim, queremos que as pessoas tenham a liberdade individual de, com uma escolha informada, fazerem o que acharem correto", disse o promotor da CannaDouro, considerando "irreais" as quantidades atualmente estabelecidas como máximos para consumos próprios.

Referindo-se à feira. João Carvalho afirmou que, com tanta experiência, quer ao nível comercial, quer de intervenções para mostrar naquele certame, a cidade "pode e está a tornar-se, dentro da faixa atlântica da Península Ibérica, no grande ponto de encontro e de debate de toda a cultura da canábis", contando com uma "grande afluência de galegos".

"Se queremos copiar alguém, então que seja o modelo espanhol, que optou por clubes sociais, num esquema mais cooperativo de associativismo, bem como o seu dinamismo empresarial que dá emprego bem remunerado a cerca de 30 mil pessoas", disse.

Segundo João Carvalho, a CannaDouro pretende, sobretudo, "promover o consumo consciente, uma utilização informada, prevenindo situações de saúde, a título individual e de saúde pública", razão pela qual promoveu uma feira que vai debater todas as valências do cânhamo, desde a canábis ao CBD - cannabidiol, ou “ouro verde”, como é mais conhecido.

O CBD "é um dos mais de 113 canabinoides identificados na planta de canábis e não é psicoativo, sendo hoje utilizado em larga escala pelo mundo inteiro nas mais diversas patologias, por vezes em complemento aos tratamentos convencionais", explicou um dos responsáveis da feira.

"Portugal, em 2001, colocou-se na vanguarda mundial na relação do Estado com as autoridades ao descriminalizar o consumo da canábis e as drogas em geral", elogiou o promotor da CannaDouro. Mas 16 anos passados, João Carvalho quer mais do Governo, argumentando que "o descriminalizar não traz luz, informação nem o uso consciente às camadas mais jovens e ao público em geral".

O cultivo industrial do cânhamo “tem imensa regulamentação e é altamente burocratizado, e recentemente caiu-se no paradoxo em Portugal onde houve um investimento de 20 milhões de euros de uma empresa canadiana, no cultivo altamente especializado e técnico do cânhamo para a extração do CBD, quando essa prática é ilegal cá", alertou o promotor.

21 de Novembro - Dia Europeu da Fibrose Quística
A ANFQ – Associação Nacional de Fibrose Quística apresenta no próximo 21 de Novembro no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, ‘Clara’,...

No dia em que se assinala o Dia Europeu da Fibrose Quística, a ANFQ pretende através de ‘Clara’, personagem fictícia, revelar uma história de vida para mostrar o impacto que a doença tem no dia-a-dia de pacientes, famílias e amigos. Em Portugal vivem cerca de 400 pessoas com Fibrose Quística.

Serão interpretadas obras de Astor Piazolla, Giocomo Puccini, Bela Bártok, Claude Debussy, José Afonso, Bernardo Sasseti, entre outros, pela batuta do Maestro do Coro e Orquestra Médicos de Lisboa, contando ainda com a participação do grupo Operawave.

O guião de 'Clara' foi escrito por Inês Pires e será levado à cena pelo Grupo de Teatro Catarse.

A receita de bilheteira reverterá na totalidade a favor da ANFQ.

Os bilhetes estão à venda nos locais habituais e em Ticketline.pt.

Para mais informações consulte www.anfq.pt

Coro e Orquestra Médicos de Lisboa
O Coro e Orquestra Médicos de Lisboa são dois projetos que nasceram há três anos, fruto da vontade dos estudantes de Medicina de poderem continuar a sua atividade musical, aliada ao curso. Atualmente, os dois grupos, no seu conjunto, contam já com 70 membros das duas Faculdades de Medicina de Lisboa. E, porque um “Médico que só sabe de Medicina, nem de Medicina sabe”, acreditam que a música possa ser vista como uma linguagem unificadora entre estudantes, professores e também médicos!

Os grupos já se apresentaram em algumas das mais prestigiadas salas de Lisboa, como a Aula Magna da ULisboa, Culturgest, Centro de Congressos de Lisboa, a Assembleia da República, Cinema São Jorge, entre outras.

Grupo de Teatro Catarse
O Grupo de Teatro Catarse surge da paixão de estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa pela arte da representação e o mundo do espetáculo. Fundado em 2013, conta com várias apresentações públicas de peças originais e de encenação coletiva, tendo participado recentemente no Festival Anual de Teatro Académico – FATAL. Parte agora para uma nova sala, para dar voz e corpo a um novo projeto.

Operawave
Fundado em 2014 por alunos de Canto do Professor Fernando Serafim, o Grupo dedica-se à interpretação de música vocal e particularmente ao canto lírico e conta já com apresentações efetuadas em locais como a Academia de Amadores de Música, Museu da Música, Fundação Marquês de Pombal, Ordem dos Médicos e Museu do Oriente. Diversificado em termos etários e profissionais e acompanhado ao piano por Manuela Fonseca, o “OperaWave” é dinâmico na sua constituição, cultivando a integração de novos membros.

A ANFQ – Associação Nacional de Fibrose Quística
A ANFQ é uma IPSS criada em 1996 com o objetivo de apoiar os pacientes e suas famílias, assim como promover a divulgação dos sintomas e cuidados associados à Fibrose Quística (FQ).

A FQ é uma doença genética hereditária rara que afeta cerca de 400 pessoas em Portugal, 75.000 em todo o mundo. Pode atingir diferentes órgãos mas afeta principalmente os pulmões, intestino, fígado, pele e pâncreas.

Direção-Geral da Saúde
O número de casos de infetados pelo surto de ‘legionella’ em Lisboa subiu para 46, mais um face ao anterior balanço, mantendo...

Os dados preliminares sujeitos a validação publicados ontem no ‘site’ da Direção-Geral da Saúde pelas 17:00 dão conta de 46 casos confirmados de doença dos legionários desde 31 de outubro, 27 (59%) do sexo feminino, 33 (72%) com idade igual ou superior a 70 anos.

Do total de casos, oito tiveram alta clínica, 26 estão atualmente internados em enfermaria e oito em unidades de cuidados intensivos.

O surto de ‘legionella’ no hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, provocou quatro mortes, óbitos ocorridos em 06, 09 e 10 de novembro.

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Califórnia
Casos de doença do legionário, provocada pela bactéria 'legionella', obrigaram o parque de diversões Disneylândia a...

Uma dúzia de casos foram diagnosticados há cerca de três semanas, afirmaram os serviços de saúde de Orange County, com doentes de idades entre os 52 e os 94 anos, com uma morte a registar.

Nove dos pacientes tinham visitado a Disneylândia em setembro. A pessoa que morreu não tinha visitado o parque.

As torres de refrigeração foram encerradas em novembro, desinfetadas e postas de novo a funcionar, mas esta semana voltaram a ser fechadas para serem feitos mais testes e confirmar que estão livres de contaminação.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica anunciou que apreendeu cerca de uma tonelada de queijo, no valor de 4.795 euros...

Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) adiantou ter, através da Unidade Regional do Sul, realizado na semana passada uma ação de fiscalização direcionada para a verificação do cumprimento das condições higio-sanitárias e técnico-funcionais de laboração de uma queijaria, tendo procedido à sua suspensão.

Segundo a ASAE, durante a ação de fiscalização, que decorreu na semana passada, foi detetada a utilização de água na atividade da queijaria que não cumpria os requisitos microbiológicos obrigatórios para possibilitar a sua utilização, não estando dessa forma garantida a potabilidade da mesma.

De acordo com a ASAE, foi confirmada no produto “a presença de bactérias coliformes assim como de Escherichia coli, com grave risco de contaminação das superfícies de laboração e equipamentos, assim como das mãos dos manipuladores, tendo sido determinada a suspensão imediata da unidade industrial até que possa ser reposta a legalidade”.

Durante a operação, a ASAE apreendeu cerca de uma tonelada de queijo fresco num valor que ronda os 4.795 euros, para verificação do cumprimento dos critérios microbiológicos, por forma a garantir a segurança alimentar do produto final e consequentemente a saúde pública dos respetivos consumidores.

A ASAE informa ainda que foi instaurado um processo de contraordenação por incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene.

Ajuda humanitária
Três décadas depois da primeira missão internacional em Lugadjole, na Guiné-Bissau, a AMI já apoiou 82 países dos cinco...

“Foi uma missão histórica, extremamente difícil por várias razões. Primeiro, porque demorando os fundos da então Comunidade Europeia a chegar, a missão arrancou exclusivamente com fundos próprios da minha irmã Leonor, da Luísa Nemésio, hoje minha mulher, e sobretudo meus, numa altura em que ainda tinha o meu consultório no Algarve”, recorda o fundador da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre, num artigo publicado no ‘site’ da organização.

Depois, “as acessibilidades a Lugadjole eram muito duras e o isolamento, total”, conta o médico, lembrando o chefe de missão dos primeiros dois anos de missão, Jorge Gaspar.

“Lugadjole foi o meu Lambaréné, o lugar onde mais me aproximei do meu herói e mentor, o Dr. Albert Schweitzer. Aí tive o meu hospital do mato, tendo lá operado em condições incríveis”, lembra Fernando Nobre, que regressou na sexta-feira de uma nova missão, esta exploratória na Turquia.

Ao longo das três décadas, a AMI desenvolveu missões em cenários de guerra em Angola, na Bósnia, Kosovo, no Iraque, apoiou as vítimas dos terramotos no Irão, Paquistão, Haiti e Nepal, do tsunami no Sri Lanka, das chuvas torrenciais e ciclones no Bangladesh, Honduras, Venezuela e Moçambique, do genocídio no Ruanda, da crise em 1999 em Timor-Leste, entre muitas outras situações.

“Fizemo-lo sem olhar a credos, raças e regiões do planeta, respeitando sempre a nossa carta de princípios desde os primórdios da nossa causa: cada ser humano é um ser único e insubstituível merecedor de toda a nossa atenção e do nosso incondicional amor”, afirma Fernando Nobre.

No total, foram realizadas cerca de 400 missões e projetos em 82 países, “alguns deles feitos em parceria com organizações locais, que nós promovemos, financiámos e apoiámos no sentido de fortalecer a sociedade civil desses países”, disse a diretora do Departamento Internacional da AMI, Tânia Barbosa.

Na base de todas estas intervenções está “dar ajuda às populações mais vulneráveis”, um trabalho que se divide em “duas áreas completamente diferentes”.

Uma das áreas consiste em dar resposta em missões de emergência (catástrofes naturais, conflitos ou um surto epidémico), em que o objetivo é assegurar as necessidades básicas às populações afetadas.

A outra área de intervenção é “tentar combater as causas da pobreza”, uma ação “muito mais complexa, muito mais prolongada no tempo e muito mais estrutural”.

São “projetos que duram anos e décadas e que implicam mudanças de comportamento na comunidade onde estamos a trabalhar”, sublinhou a responsável.

Uma parte dos projetos da AMI foi feita com voluntários internacionais. “Neste 30 anos já contabilizámos 692 expatriados, que partiram em missão connosco”, adiantou.

Traçando o perfil destes voluntários, Tânia Barbosa disse que são “pessoas que, por períodos de meses e alguns por períodos de anos, suspenderam as suas vidas” em Portugal “para integrar projetos da AMI no terreno”.

Uma grande parte destes voluntários é da área da saúde: “São mais de três centenas de médicos e quase três centenas de enfermeiros que partiram em missão connosco”, adiantou,

Para celebrar os 30 anos de missões internacionais a organização realizou sábado, em Cascais, uma homenagem a todos os voluntários que apoiaram a AMI e um jantar no Porto em que foram leiloadas 30 obras de arte originais.

“São muitos anos de trabalho, muitas intervenções na América Latina, na Ásia, na África e até na Europa que este ano queremos assinalar de uma forma especial com um evento que vamos realizar em queremos homenagear todos estes voluntários internacionais que estiveram connosco durante tanto tempo”, sublinhou.

Observatório das Doenças Civilizacionais
Os alunos e professores do ensino superior em Portugal vão poder candidatar-se a um prémio nacional com trabalhos que promovam...

“Cerca de 74% dos cidadãos em Portugal nunca praticam exercício físico ou desporto”, sublinha um dos responsáveis pela criação deste prémio, uma ideia que partiu do Observatório das Doenças Civilizacionais.

Segundo Telmo Vieira, o prémio nacional terá o valor de 5.000 euros para o melhor trabalho apresentado pelos alunos e de 2.500 euros para o docente que tenha acompanhado o projeto.

Todas as faculdades podem candidatar-se, independentemente da área de estudos, sendo um projeto que vai vigorar já este ano letivo.

“Pretende-se ter um projeto de âmbito alargado que atue na prevenção dos problemas de saúde. O nosso país investe muito dinheiro nas consequências, mas investe pouco na prevenção. É preciso criar projetos concretos com efetivos resultados para intervir na prevenção”, afirmou Telmo Vieira, responsável da empresa que promove este prémio e que criou o Observatório das Doenças Civilizacionais.

Telmo Vieira lembra que o alvo potencial desta iniciativa são os 360 mil alunos do ensino superior em Portugal e os mais de 30 mil docentes.

Esta é uma das ideias que vai ser apresentada no I Fórum das Doenças Civilizacionais, que decorre dia 18 de novembro, em Lisboa, uma conferência aberta ao público em geral e a profissionais de saúde, onde serão debatidas doenças como a hipertensão, a diabetes, a obesidade ou o colesterol.

Neste Fórum vai debater-se “do que se adoece e morre em Portugal”, com intervenções de especialistas, nomeadamente da Direção-Geral da Saúde.

O Observatório das Doenças Civilizacionais realizou um primeiro estudo em 2009 sobre as principais causas de doença e morte em Portugal e pretende voltar a estudar o assunto, incidindo novamente em temas como a obesidade e a hipertensão, mas incluindo uma nova área dentro da saúde mental, a depressão.

Manchester
Os desafios sentidos por sofrer de doença celíaca levaram a portuguesa Mónica Santos a mudar de vida profissional e a criar o...

Depois de vários anos a trabalhar como intérprete especializada na área de saúde, há dois anos abriu a Charged Berry, uma pequena pastelaria num centro comercial onde vende quase exclusivamente bolos ‘crus', confecionados sem irem ao forno, técnica que considera ser saudável para qualquer tipo de pessoa.

"A ênfase não é necessariamente o que os bolos não têm, mas o que têm. Como não vão ao forno, não perdem os nutrientes. Os produtos são densos em nutrientes, enzimas, vitaminas, minerais", explica.

Começou a seguir esta dieta há cerca de 10 anos, quando foi diagnosticada com uma patologia intestinal crónica que inclui intolerância ao glúten e que se manifestava no cansaço e na dificuldade em digerir certos alimentos.

"Eu sou celíaca e, infelizmente, uma grandessíssima gulosa. Comer fora não é problema, mas quando chega às sobremesas é um grande problema porque só nos oferecem salada de fruta. Comecei a investigar. Felizmente com a Internet é muito fácil hoje em dia descobrir informação. Comecei a testar em mim, em casa, para mim e para a minha família. Depois a fazer para amigos e colegas de trabalho. O sucesso foi enorme", conta.

A decisão de "recomeçar do zero" está, aos poucos, a produzir resultados: Mónica Santos já fornece vários restaurantes da região que se mostraram sensíveis a esta questão.

Tem também um número crescente de clientes, "pessoas conscientes da saúde que procuram fontes de energia saudáveis, em vez de aditivos", descreve.

Alguns são funcionários do próprio centro comercial onde tem o seu negócio, a quem convenceu sobre os benefícios de sumos naturais e a trocar guloseimas por barras de energia e bolas de proteína.

"Aos poucos, comecei a conquistá-los. Tenho muito prazer em dizer que quase ninguém toma café de manhã", conta a lisboeta de 41 anos, satisfeita.

Julia Gidley, que gosta de fazer exercício e se preocupa em ter uma alimentação saudável, é uma das clientes habituais de Mónica Santos, cujo negócio já causou impacto nos hábitos de muitas pessoas.

"Atualmente existem muitas pessoas que querem comer e beber de forma saudável. Não existe mais nenhum sítio como estes para ir buscar comida. Os outros sítios só vendem sanduíches ou batatas fritas, enquanto tudo o que a Mónica faz é saudável e natural. É muito bom ter algo assim perto", diz.

Mónica Santos, que se mudou para o Reino Unido há perto de 20 anos, onde vive com o marido e dois filhos, sente que "as peças de puzzle se encaixaram" quando criou um negócio que em que acredita.

"É claro que são muitas mais as horas de trabalho do que os resultados que obtemos, mas não trocava. Eu acredito que este tipo de cozinha é o futuro", garante.

Maioria dos doentes apresenta sinais vagos
Tabagismo, obesidade, diabetes ou história familiar de cancro são alguns dos fatores de risco associ

O pâncreas é uma glândula com 15 cm de extensão e faz parte do sistema digestivo e endócrino, localizada atrás do estômago e entre o duodeno e o baço. Tem funções exócrinas (enzimas pancreáticas) e endócrinas (insulina e outras).

O cancro do pâncreas surge quando as suas células se começam a multiplicar de forma descontrolada e formam um tumor. 

Epidemiologia

O cancro do pâncreas é de apenas 3% de todos os cancros mas responsável por 5% da mortalidade por cancro, com uma incidência anual de cerca de 1500 novos casos em Portugal.  É a terceira neoplasia maligna mais frequente do tubo digestivo em Portugal e a segunda no mundo ocidental, depois do cancro do cólon, e a quinta mais frequente causa de morte por cancro.

A maior parte dos casos ocorre entre os 55 e 74 anos de idade, sem predominância entre o género.

Um ano após o diagnóstico da doença, menos de 20% dos doentes estão vivos, e só 3% sobrevivem 5 anos. Doentes com doença irressecável ou com metástases a distância têm uma sobrevida média de apenas 2-6 meses.

Sintomatologia e Diagnóstico

Existem diversos fatores de risco associados sendo mais relevantes a idade > 60 anos, tabagismo, obesidade, dieta rica em gordura, diabetes e história familiar de cancro do pâncreas.

A maioria dos doentes apresenta sintomas vagos e não específicos. Contudo são sinais de alarme a icterícia obstrutiva (cor amarela de pele e escleróticas, urina escura de vinho), dor epigástrica ou dorsal, perda de peso inexplicável, diabetes com inicio tardio e saciedade precoce.

O estudo inclui a Tomografia Computorizada (TC), mas outros exames poderão ser solicitados como a Ressonância Magnética (RM), Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada ou Ecoendoscopia, com ou sem biópsias.

Tratamento

Dependente do estadiamento da doença à altura do diagnóstico. As opções podem incluir cirurgia, radioterapia e a quimioterapia, por si ou de forma combinada.

Em tumores  localizados e operáveis, a biópsia está contraindicada, devido ao perigo de disseminação do tumor. Estes doentes são submetidos a intervenção cirúrgica e o diagnóstico confirmado pelo exame patológico da peça cirúrgica.

A cirurgia pode ser efectuada por via clássica ou por via laparoscópica e quando possível constitui a opção de potencial curativo.

Prognóstico

O prognóstico varia consideravelmente em função do tipo de cancro, sua localização e modo de apresentação.

Os casos diagnosticados em fases avançadas e quando o cancro já tem uma dimensão considerável ou se propagou para outras partes do corpo (80%) tem pior prognóstico. Novos esquemas de quimioterapia demonstraram uma melhoria no tempo média de sobrevivência, embora não seja superior a um ano.

Nos restantes 20% dos casos de adenocarcinoma pancreático com diagnóstico localizado e de pequenas dimensões (<2 cm e estágio T1), cerca de 20% dos doentes sobrevive para além dos cinco anos.

Nos tumores neuroendócrinos, o prognóstico é melhor, uma vez que muitos são benignos e não apresentam quaisquer sintomas clínicos, e mesmo os casos irressecáveis apresentam uma taxa de sobrevivência aos cinco anos superior a 16%.

Prevenção e Rastreio

Para além de não fumar, recomenda-se a manutenção de um peso saudável e o aumento do consumo de fruta, verduras e cereais integrais, a diminuição do consumo de carne vermelha e carne processada. O consumo de cereais integrais, ácido fólico, selénio e peixe não frito poderão ter um efeito benéfico na sua prevenção.

Atualmente, só se considera o rastreio de grupos específicos em pessoas que apresentam risco elevado devido a hereditariedade genética.

Mensagem a levar para casa

Em caso de suspeita de cancro, devido a sintomas ou a um exame complementar de diagnóstico que apresente uma alteração, deve dirigir-se sempre ao seu Médico Assistente. O mesmo fará uma primeira avaliação clínica e consoante o tipo de suspeita, encaminhará o seu caso para as especialidades necessárias: Gastrenterologia, Cirurgia Geral ou em alternativa, menos habitual, Oncologia.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Comissão pró-Ordem
A Ordem dos Fisioterapeutas, cuja criação foi aprovada na Assembleia da Republica, é a resposta a uma necessidade que contribui...

A presidente da Comissão pró-Ordem da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, Isabel de Souza Guerra, referiu que a criação da ordem “estava na gaveta há 18 anos” e que este passo é fazer justiça a todos os profissionais da área.

“A regulação da profissão vem defender os cidadãos contra o exercício sem qualificação”, afirmou, à margem do X Congresso Nacional dos Fisioterapeutas, que decorreu entre sexta-feira e domingo, em Aveiro.

Isabel de Souza Guerra salientou ainda que a regulação do exercício traz aos fisioterapeutas a possibilidade de serem reconhecidos como especialistas, algo que até agora não acontecia.

Até agora, explicou, os fisioterapeutas são os únicos que não têm manutenção da qualidade do seu exercício profissional, nem das suas competências.

Por isso, a responsável considerou que a ordem tem de criar mecanismos para atualizar as competências dos profissionais para lutar contra o exercício da profissão com menos qualidade.

Quanto ao facto de o Conselho das Ordens Profissionais defender a suspensão do processo de criação da ordem, Isabel de Souza Guerra considerou esta posição “inadmissível”, não entendendo o porquê.

Atualmente, são 11.000 os fisioterapeutas com cédula profissional em Portugal, acrescentou.

A 20 de outubro, a Assembleia da República aprovou, na generalidade, os projetos do PS e do CDS-PP para a criação da Ordem dos Fisioterapeutas.

Os dois projetos para a formação da Ordem dos Fisioterapeutas tiveram os votos favoráveis do PS, do CDS-PP e do deputado André Silva do PAN (Pessoas-Animais-Natureza), tendo a oposição da bancada do PSD e do deputado socialista independente Paulo Trigo Pereira.

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