Associação Inspirar o Futuro
A Associação Inspirar o Futuro inicia no próximo dia 8 de janeiro o roadshow Yorn Inspiring Future, que passará por escolas...

Chegados ao final do ensino secundário, os jovens têm uma decisão a tomar: continuar os estudos ou ingressar no mercado de trabalho. O Projeto Yorn Inspiring Future, pelas mãos da Associação Inspirar o Futuro, surge como resposta social à lacuna identificada: a dificuldade dos jovens em definir, com consciência, o próximo passo.

Esta associação, sem fins lucrativos, foca-se sobretudo numa atuação preventiva e no terreno, trabalhando lado a lado com a comunidade escolar, através de eventos de orientação profissional de apoio direto aos alunos. O Yorn Inspiring Future promove, desta forma, o autoconhecimento dos alunos e a continuidade dos seus estudos para o ensino superior, procurando ser voz ativa contra o desemprego jovem.

A inauguração deste roadshow será no dia 8 de Janeiro de 2018, na Escola Secundária Sá da Bandeira, em Santarém, e contará com a presença de Maria Fernanda Rollo, Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

No total, serão abrangidas 250 escolas secundárias que nos distritos de Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal irão abranger mais de 19 mil jovens; já nos distritos de Aveiro, Braga, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu abrangerão mais de 17 mil jovens. Estas atividades surgem na continuação da presença do Yorn Inspiring Future, durante Outubro e Novembro, nos restantes distritos do país. Neste ano lectivo, o Yorn Inspiring Future terá impacto na vida de mais de 42 mil jovens.

Este projeto, direcionado para os alunos do ensino secundário – mais concretamente 12º ano –, tem revelado a sua eficácia no impacto social gerado através da medição da capacidade de proatividade, motivo pelo qual um grande número de escolas secundárias a nível nacional já adotou a iniciativa.

Dados os resultados alcançados, o Yorn Inspiring Future conseguiu obter um financiamento de 720 mil euros de investidores privados que acreditam no impacto positivo que este projeto tem para a sociedade, e do Portugal 2020, através do instrumento de financiamento Parcerias para o Impacto do Portugal Inovação Social.

Violência sexual
Cinquenta e oito crianças foram violadas entre 20 de dezembro e 02 de janeiro em Moçambique, indica o Ministério da Saúde.

"Na presente quadra festiva destacaram-se as faixas etárias no intervalo de 0-14 anos como sendo as mais acometidas, com um total de 58 casos, correspondente a 50% de todos os casos de violência sexual", refere o documento.

Durante este período, as autoridades moçambicanas registaram 115 casos de violência sexual, contra 154 do mesmo período do ano passado.

Não houve registo de mortes como resultado dos casos de violência sexual.

No geral, de acordo com o documento, o Ministério da Saúde de Moçambique registou, entre 20 de dezembro e 02 de janeiro, 8.707 ocorrências, que resultaram em 46 óbitos.

As causas das mortes são principalmente acidentes de viação e agressões, segundo o documento, que destaca uma redução de 1% no número de casos registados pelas autoridades, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

"Os acidentes de viação continuam a ser a maior e a principal causa de óbitos, ocupando 85% de todos casos de trauma em 2017/2018 e 64 2016/2017", refere o documento.

Dados do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres indicam que de janeiro a setembro de 2017 foram registados 1.478 acidentes de viação, que mataram 1.057 pessoas em todo país.

Em 2016, por sua vez, o país registou 1.379 óbitos em 1.688 acidentes de viação.

Em média, ainda segundo os dados, cinco pessoas morrerem diariamente vítimas de acidentes de viação nas estradas moçambicanas.

Estudo
Uma equipa internacional de cientistas, incluindo a portuguesa Luísa Figueiredo, concluiu numa experiência com ratinhos que a...

Segundo o estudo, publicado na revista Nature Communications, a Tripanossomíase Humana Africana, vulgarmente conhecida como doença do sono, "resulta de um distúrbio do ritmo circadiano, causado pela aceleração dos relógios biológicos que controlam diversas funções vitais, além do sono", refere um comunicado do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, em Lisboa, instituição na qual Luísa Figueiredo é investigadora e coordenadora do laboratório de Biologia do Parasitismo.

A doença do sono, que "ameaça dezenas de milhões de pessoas nos países da África Subsariana", é transmitida pela picada da mosca tsé-tsé, infetada com o parasita "Trypanosoma brucei".

Para Luísa Figueiredo, citada no comunicado, a doença "não é especificamente um distúrbio do sono".

O trabalho de investigação, que resulta de uma colaboração entre o laboratório da cientista portuguesa e o do investigador Joseph Takahashi, da Universidade de Southwestern, nos Estados Unidos, revela que o relógio biológico dos ratinhos infetados "avança mais rapidamente, o que leva a uma inversão dos ciclos do sono e a uma anormalidade hormonal e na temperatura corporal, semelhante ao que se observa em doentes com a doença do sono".

Face aos resultados obtidos na experiência, será necessário saber em diante, de acordo com Luísa Figueiredo, o que altera o ritmo do relógio biológico na doença do sono.

"Será uma secreção do parasita ou uma molécula produzida pelo hospedeiro em resposta à infeção? Conhecer a fonte irá ajudar-nos a ter um melhor entendimento da doença e potencialmente bloquear os efeitos", afirmou, citada pelo Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes.

Para a equipa científica, a possível descoberta dos genes do relógio biológico afetados pela doença do sono poderá ajudar a desenvolver novos tratamentos, alternativos aos atuais, à base de um composto de arsénico, que são tóxicos e, por vezes, fatais para os doentes.

A investigação agora publicada segue um outro estudo, divulgado em março de 2017, em que a dupla Luísa Figueiredo e Joseph Takahashi mostrou que o parasita da doença do sono tem um relógio biológico, sendo mais vulnerável à medicação durante a tarde.

Após entrar no corpo, o parasita "Trypanosoma brucei" causa sintomas como ciclos de sono invertidos, febre, fraqueza muscular e comichão. O parasita pode atacar o sistema nervoso central e, dependendo dos seus subtipos, "matar o seu hospedeiro em poucos meses ou vários anos", refere a nota do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes.

No novo estudo, os cientistas concluíram que os sintomas da doença podem aparecer logo após a infeção, "mesmo antes de os parasitas se acumularem em grande número no cérebro".

Em 2018
O Centro Hospitalar Cova da Beira abriu as portas no dia 2 de janeiro para acolher os novos médicos internos que vão...

Para o ano de 2018, o CHCB recebe ao todo 45 novos médicos internos, sendo 36 de ano comum e 9 de formação específica, estes últimos para se especializarem nas áreas de Cirurgia Geral, Endocrinologia, Medicina Interna, Ortopedia, Patologia Clínica, Pediatria e Pneumologia.

Na sessão de boas vindas aos jovens médicos, esteve presente o Presidente do Conselho de Administração do CHCB, Dr. João Casteleiro, a Diretora do Internato Médico do CHCB, Dra. Arminda Jorge, o Adjunto do Diretor Clínico, Dr. Carlos Gomes, o Presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, Prof. Doutor Miguel Castelo Branco e a Diretora do Internato Médico do Aces Cova da Beira, Dra. Marli Loureiro.

A colocação destes médicos no Centro Hospitalar Cova da Beira é reveladora da capacidade formativa desta unidade de saúde e representa um contributo essencial para a melhoria da qualidade dos cuidados assistenciais prestados aos utentes.

Terapêutica
A Austrália decidiu hoje autorizar a exportação de canábis para fins terapêuticos, visando aumentar as oportunidades de...

"É uma etapa muito importante para os nossos doentes e para a produção nacional", declarou o ministro da Saúde australiano, Greg Hunt, à cadeia ABC.

Uma primeira exploração recebeu, em março, autorização para produzir canábis medicinal, seguindo-se várias outras, dado que o Governo considera que esta é uma atividade económica de futuro.

"A existência de um mercado australiano e de um mercado internacional vai melhorar a longevidade desta atividade na Austrália", disse.

Hunt acrescentou que a Austrália quer ser "o primeiro produtor de canábis para fins terapêuticos do mundo", mas uma das condições para obter uma licença de exportação é aceitar que o mercado doméstico deve continuar a ser a prioridade do produtor.

O uso recreativo de canábis é proibido na Austrália, que legalizou a sua utilização para fins medicinais em 2016.

Instituição Particular de Solidariedade Social
O Governo Regional dos Açores lembrou que partiu de si a iniciativa de pedir uma auditoria aos apoios concedidos à Instituição...

"Foi o próprio Governo Regional dos Açores a assumir a realização de uma auditoria aos apoios financeiros concedidos à Arrisca, no âmbito do plano de atividades da Inspeção Regional da Saúde para 2015", começa por recordar o executivo, em nota divulgada ontem à tarde.

Relativamente à remuneração da ex-presidente da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), Suzete Frias, o relatório "é claro ao confirmar que os valores auferidos não decorrem do exercício das funções de presidente da direção, mas das funções técnicas na área da psicologia e de coordenação de projetos da instituição", adverte ainda o executivo socialista.

"É o próprio relatório da auditoria que (...) afirma que, no caso de funções de chefia ou liderança, essa remuneração pode ser mais elevada do que a base, como acontece no caso vertente", continua o Governo regional, que se reitera "empenhado não só na realização de auditorias ordinárias e extraordinárias a entidades com quem se relaciona, como na melhoria e aperfeiçoamento de todos os aspetos contratuais e de execução relativos a esse relacionamento".

Também ontem à tarde a Arrisca sublinhou que Suzete Frias sempre deu o "melhor de si", não abordando o salário que era auferido pela responsável e criticado pelo PSD.

Em comunicado enviado às redações, o atual presidente da direção da Arrisca, Gil Leopoldo de Sousa, sustenta que os dirigentes da instituição, "os atuais e os do passado", e "designadamente" a anterior presidente Suzete Frias, "sempre deram o melhor de si, com sacrifício muitas das vezes das suas vidas pessoais, a favor dos desconsiderados e excluídos da sociedade" açoriana.

O PSD/Açores tinha pedido hoje a demissão da diretora regional da Prevenção e Combate às Dependências, Suzete Frias, falando os sociais-democratas numa gestão "abusiva" no passado da Arrisca quando a atual diretora regional era presidente da IPSS.

Em causa está uma notícia de ontem do jornal Açoriano Oriental, que adianta que Suzete Frias tinha um vencimento bruto de quatro mil euros enquanto presidente da Arrisca, cargo que abandonou em 2016 para integrar o executivo açoriano, citando o jornal como fonte uma auditoria da Inspeção Regional da Saúde aos apoios financeiros prestados à IPSS.

"Está em causa uma verba que excede largamente os valores praticados, quer na administração pública, quer em IPSS, para idênticas funções de técnico superior na área de psicologia. Quem gere apoios públicos desta forma abusiva e em benefício pessoal, como fez a dra. Suzete Frias enquanto presidente da Arrisca, não pode continuar a merecer confiança política para administrar dinheiros públicos", defende a porta-voz do PSD/Açores para as questões sociais, Mónica Seidi, em nota enviada pelo partido às redações.

Para os sociais-democratas, o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro (PS), "premiou esta utilização abusiva de dinheiros públicos" ao convidar Suzete Frias a integrar o executivo em novembro de 2016, "nove meses após tomar conhecimento das denúncias feitas na referida auditoria", acusa o PSD.

Na referida auditoria, é referido que o vencimento da antiga presidente da Arrisca provinha de três entidades distintas: da Segurança Social, de receitas próprias da associação e da Secretaria Regional da Saúde.

A direção atual da Arrisca defende na auditoria que Suzete Frias foi admitida na associação com uma remuneração base de 1.159 euros, mas "aquando da assinatura deste primeiro contrato ficou, desde logo, acordado rever e aumentar a sua remuneração na medida em que o crescimento das atividades e respetivo financiamento o possibilitasse, o que veio a ocorrer de forma faseada".

Suzete Frias, é também referido, exerceu a "título pró-bono e voluntariamente o cargo de presidente de direção" da IPSS, "não auferindo qualquer compensação financeira pela sua representatividade neste órgão", dizendo o seu vencimento respeito "às funções que a mesma desempenha enquanto trabalhadora da associação".

Também o Bloco de Esquerda (BE) dos Açores pediu ontem explicações ao executivo da região, pretendendo os bloquistas que sejam explicadas "as razões que levaram à nomeação da antiga presidente da Arrisca para o cargo de diretora regional", o que terá sucedido "numa altura em que o executivo já conhecia o relatório da auditoria" hoje noticiada.

Arrisca é o nome pelo qual é conhecida a Associação Regional de Reabilitação e Integração Sócio-Cultural dos Açores.

Estudo
Cientistas produziram pela primeira vez células de bactéria do intestino capazes de dispersar ondas sonoras, com uma técnica...

Os autores do trabalho, a publicar hoje pela revista científica Nature, ressalvam que demorará anos para que a técnica seja usada em humanos.

Na prática, segundo os cientistas do Instituto Tecnológico da Califórnia, nos Estados Unidos, que desenvolveram a técnica de engenharia genética, os médicos poderão vir no futuro a injetar uma bactéria intestinal, produzida em laboratório, no corpo de um doente e usarem dispositivos de ultrassom para a visualizar e localizar.

A bactéria seria uma espécie de submarino equipado com um sonar, aparelho de navegação que funciona como um radar, embora use ultrassons (sons com uma frequência superior à que o ouvido humano pode alcançar) para identificar e localizar objetos submersos.

No estudo, a equipa de cientistas produziu em laboratório a bactéria intestinal "Escherichia coli", utilizada na terapêutica microbiana, que pôde ser visualizada e localizada no intestino de ratos através de ultrassons.

Na experiência, os investigadores demonstraram que vesículas de gás - estruturas de células - podem ser visualizadas com ultrassom no intestino e em outros tecidos de ratos, de acordo com um comunicado do Instituto Tecnológico da Califórnia.

Um dos desafios foi transferir a maquinaria genética envolvida nestas estruturas celulares para a E. coli para que esta pudesse produzir estas vesículas.

Para tal, os cientistas usaram genes isolados de duas outras bactérias, a "Aphanizomenon flos-aquae", que vive em meios aquáticos, e a "Bacillus megaterium", utilizada como inoculante do solo na agricultura e na horticultura.

Os genes das vesículas de gás codificam proteínas que funcionam como tijolos ou guindastes na construção da componente final das vesículas - pequenos 'sacos' no interior das células que podem armazenar substâncias.

Este ano
O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), em Penafiel, anunciou hoje a entrada em funções de 87 novos médicos-internos de...

Segundo o CHTS, o grupo inclui 67 internos do ano comum e 20 nas valências de anestesiologia, cardiologia, cirurgia, ginecologia, medicina interna, ortopedia, patologia clínica e psiquiatria.

Na sessão de boas-vindas, realizada na terça-feira, o presidente do CHTS apelou à capacidade dos novos médicos para corresponder às necessidades dos hospitais de Penafiel e Amarante.

Segundo o CHTS, o número de internos nas duas unidades tem aumentado nos últimos anos. Em 2016 foram 75 e no ano passado 82, de várias especialidades médicas.

O CHTS compreende as unidades hospitalares de Penafiel e de Amarante, servindo uma população superior a meio milhão de pessoas, distribuída por 12 concelhos, de quatro distritos.

Raríssimas
A presidente eleita da associação Raríssimas defendeu hoje a importância de a instituição continuar a existir como "balão...

"Não vai ser simples, vai demorar tempo e vai ser uma luta, mas estamos cá para ela", afirmou aos jornalistas Sónia Margarida Laygue, que quer as contas da instituição auditadas e reunir-se com o Governo para a tutela contribuir para solucionar os problemas da Raríssimas.

Quanto à presidente demitida, Paula Brito da Costa, e aos ex-membros da direção em investigação por suspeitas de irregularidades na gestão, defende que não devem voltar, pelo menos até haver conclusões.

"Enquanto houverem processos na justiça, as pessoas implicadas devem ser afastadas", declarou, considerando que "não seria moral e eticamente aceitável" que voltassem a cargos na instituição.

Sónia Margarida Laygue ressalvou que não tira "de forma alguma o mérito a quem criou" a Raríssimas.

A presidente eleita, que tomará posse na próxima sexta-feira com os outros membros da lista que liderou para preencher os lugares deixados vagos pela demissão dos ex-membros, salientou que "é essencial e determinante para as famílias que a Raríssimas continue".

Mãe de uma menina de três anos que é diariamente assistida na associação, afirmou conhecer bem a resposta dada a pessoas "que de outra forma não teriam qualquer tipo de apoio e assistência para terem meios de se superarem todos os dias".

"Tenho toda a motivação dentro de mim para continuar este projeto", garantiu.

A nova dirigente pretende, como um dos primeiros atos, saber se as contas da instituição foram auditadas para compreender o "estado da nação" que vai assumir com a sua equipa.

Considera ainda importante "falar com o Governo diretamente" para que a tutela colabore na resolução dos problemas.

A lista liderada por Sónia Margarida Laygue foi hoje aprovada pela maioria dos sócios que compareceram na assembleia geral extraordinária da Raríssimas, menos de cinco por cento dos 566 associados ativos.

Preenche cinco lugares efetivos na direção, onde permanecem quatro membros da anterior.

Foram ainda eleitos três novos membros para o Conselho Fiscal da instituição.

Paula Brito da Costa, fundadora da Raríssimas, demitiu-se da presidência após uma reportagem da TVI em que se levantavam suspeitas sobre a sua gestão.

Foi constituída arguida no âmbito da operação Raríssimas desenvolvida pela Polícia Judiciária e Ministério Público, que está a ser conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

A investigação da TVI mostrou documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente de Paula Brito da Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro para diversos gastos pessoais.

Raríssimas
Uma lista de pais de utentes e funcionários da associação Raríssimas foi hoje eleita para a direção da instituição em...

A Assembleia-Geral Extraordinária da Raríssimas elegeu hoje uma nova direção, a partir de uma lista apresentada por pais e funcionários da instituição.

A lista é liderada por uma socióloga do trabalho e mãe de uma menina de três anos com uma doença rara, Sónia Laig.

Três funcionários da associação e uma mãe e um pai de crianças assistidas na Casa dos Marcos, na Moita, estão também na lista aprovada pelos associados reunidos hoje em Assembleia-Geral Extraordinária.

Perante os cerca de 30 associados reunidos no salão dos Bombeiros Voluntários da Moita, Sónia Laig apresentou-se como "dedicada de corpo e alma".

Dos 22 votos expressos, 18 foram a favor e quatro em branco.

A esta Assembleia-Geral compareceram menos de 5% dos 566 associados ativos da Raríssimas.

A nova presidente da direção afirmou que a equipa que apresentou fará tudo o que puder "para salvar esta associação e continua a dar a estas pessoas a resposta que precisam".

Sónia Laig assumiu não ter nenhuma experiência associativa, mas comprometeu-se a usar a experiência que tem na área dos recursos humanos e na participação em projetos internacionais ligados à diversidade e inclusão.

Para vice-presidente foi proposta Mafalda Costa, também mãe de um utente, Rui Pedro Ramos para tesoureiro, atualmente fisioterapeuta na Raríssimas, e para secretário António Veiga, psicólogo na casa dos Marcos.

Na lista estão ainda Fernando Alves, reformado e pai de uma criança com doença rara, e Rosália Santos, que ficará como vogal suplente.

A Assembleia-Geral elegeu ainda por voto secreto a nova presidente do Conselho Fiscal, Ana Paula Soares, que é diretora de recursos humanos e mãe de um menino com doença rara.

Os novos corpos sociais tomarão posse na próxima sexta-feira às 10:00 na Casa dos Marcos, na Moita.

Ministro do Interior
O ministro do Interior alemão defendeu hoje a realização de testes médicos aos jovens migrantes que requerem asilo no país caso...

"Em todos os casos em que um documento oficial autêntico não possa ser apresentado, deve ser determinada a idade por outros meios e, se for necessário, também através de um exame médico", disse o ministro conservador Thomas de Maizière.

Esta medida, acentuou, "é absolutamente necessária para se decidir se a pessoa é tratada como menor ou como adulto" no que diz respeito à concessão do asilo.

As condições para a concessão de asilo aos migrantes são menos rigorosas para os menores do que para os adultos, e o debate foi lançado na semana passada, quando uma jovem de 15 foi esfaqueada por um refugiado afegão da mesma idade numa farmácia em Kendel, no sudoeste da Alemanha.

De acordo com o pai da vítima, o atacante era um antigo namorado que declarou uma idade significativamente menor para garantir que conseguia permanecer na Alemanha.

Desde então, vários membros da família política da chanceler, Angela Merkel, têm defendido a introdução de testes médicos para todos os refugiados cuja idade levanta dúvidas

Para o presidente da Ordem dos Médicos da Alemanha, a introdução da medida seria "uma afronta à dignidade humana".

"Os raios-X sem receita médica são um ataque à integridade física das pessoas", defendeu Frank Ulrich Montgomery num artigo de opinião publicado no diário Süddeutsche Zeitung, citado pela agência de notícias francesa AFP.

A controvérsia surge numa altura política delicada para o partido conservador de Angela Merkel, que está a iniciar as negociações para a formação de um Governo de coligação com os social-democratas do SPD.

Lei do tabaco
A Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo desafiou hoje o Governo a implementar uma “política antitabágica de...

Juntando-se às críticas realizadas na terça-feira pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, a Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT) chama a atenção, em comunicado, para a situação dos profissionais de restauração que continuam, em certos casos, a ser alvo de exposição involuntária ao fumo e a ser tratados como “cidadãos de segunda”.

Perante o facto da nova lei do tabaco manter a permissão de fumar em locais de trabalho, “pondo em risco a saúde dos trabalhadores da hotelaria e restauração”, a APHORT defende “a necessidade urgente de haver vontade e coragem por parte do Governo para implementar uma política antitabágica de estabelecimentos 100% sem fumo”.

A associação refere que, “ao contrário de outras associações do setor”, tem vindo a defender esta posição há “vários anos”, afirmando não compreender “a passividade até agora demonstrada pelos sucessivos governos face ao caso dos profissionais que trabalham na indústria da hotelaria e restauração”.

“Estes profissionais continuam, em muitas situações, a ser alvo de exposição prolongada ao fumo de forma involuntária, pelo que é urgente assegurar o direito que estes têm de ver a sua saúde preservada”, defende no comunicado o presidente da APHORT, Rodrigo Pinto Barros.

A associação sublinha ainda “a incoerência do atual Governo”, relembrando as declarações proferidas pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, na Conferência Europeia do Tabaco e Saúde que decorreu em março do ano passado no Porto.

Neste evento – lembra - o ministro apontou o tabaco como “um dos maiores flagelos que atingiu a saúde pública desde o início do século passado", afirmando que cerca de 30 pessoas morrem por dia em Portugal devido ao consumo desta substância.

Para a APHORT, “é altura de o Governo passar das palavras aos atos e implementar, de forma clara e inequívoca, uma política antitabágica que, à semelhança do que se passa no resto da Europa, é aplicada a todos os estabelecimentos comerciais”.

O consumo de álcool e tabaco em locais ao ar livre, como campos de férias, é proibido desde segunda-feira, com a entrada em vigor de uma lei apelidada de “tímida” e que alarga o conceito de fumar.

A nova lei foi aprovada no parlamento em junho e decorre de uma proposta do governo que os deputados modificaram.

Com a entrada em vigor no primeiro dia do ano, passa a ser proibido fumar em locais para menores, ainda que ao ar livre, como campos de férias e parques infantis.

Graça Freitas
Os casos de gripe estão a aumentar e as próximas semanas deverão ser “mais críticas”, alertou ontem a diretora-geral da Saúde,...

Em declarações, a diretora-geral admitiu que possam haver nas próximas semanas “dias críticos”, mas acrescentou que os serviços estão preparados.

No dia em que iniciou formalmente funções como diretora-geral, cargo que já desempenhava com estatuto interino, Graça Freitas falou a propósito do surto de gripe no país afirmando que nos próximos dias há dois fatores que podem aumentar o número de casos, o regresso às aulas, com as crianças a serem transmissor da doença, e a descida das temperaturas.

“O vírus dá-se bem com temperaturas baixas” e é por si só fator de fragilização, disse Graça Freitas, lembrando que em Portugal é usual atingir-se o pico da gripe em janeiro e que há planos de contingência a nível dos centros da saúde, das regiões e dos centros hospitalares.

Graça Freitas adiantou que houve uma grande adesão dos portugueses à vacinação contra a gripe, tendo sido este outono/inverno aquele em que se vacinaram mais pessoas.

“Portugal tem vindo a convergir para altos níveis de vacinação”, acentuou a diretora-geral da Saúde, acrescentando que na União Europeia é dos países com mais pessoas vacinadas contra a gripe, a par do Reino Unido, Irlanda e Holanda.

Graça Freitas explicou que a vacina da gripe distribuída este inverno contém três tipos de vírus, dois do tipo A e um do tipo B, e que na doença deste ano circulam vírus do tipo A e B, sendo o A o mais perigoso.

Segundo a responsável, para ao vírus do tipo A a eficácia da vacina é boa, “já não sendo tão boa para o tipo B”.

Graça Freitas frisou, no entanto, que a vacinação é importante porque mesmo que o vírus não seja concordante as pessoas serão afetadas pela gripe de forma menos grave.

A nova diretora-geral da Saúde, que já era subdiretora-geral desde 2005, assumiu interinamente o cargo após a saída de Francisco George em outubro de 2017. Num despacho publicado em Diário da República na sexta-feira Graça Freitas foi designada pelo ministro da Saúde como diretora-geral por um período de cinco anos, renovável por igual período.

Maria da Graça Gregório de Freitas é licenciada em medicina e tem a especialidade em saúde pública. Começou a exercer medicina fez ontem precisamente 37 anos, como recordou.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica apreendeu, durante a época festiva, 60 carcaças de leitão no valor de 3.870...

“A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, através das suas Unidade Regional Sul e Unidade Regional do Centro, realizou durante o último período festivo ações de fiscalização no âmbito do combate ao abate clandestino, atendendo aos riscos associados ao consumo de carne proveniente de estabelecimentos não licenciados para o efeito, tendo detetado, em instalações improvisadas, a presença de leitões assados e diversas carcaças de leitão, abatidas clandestinamente”, segundo um comunicado.

Como resultado das ações, foram instaurados dois processos-crime por abate clandestino e apreendidas cerca de 60 carcaças de leitão, num valor total de 3.870 euros.

De acordo com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), os leitões destinavam-se a diversos clientes, tendo sido abatidos sem “qualquer controlo sanitário”, em instalações com falta de higiene e sem água portável, “comprometendo fortemente” a segurança dos géneros alimentícios em causa.

A ASAE avança ainda que foram detidos três indivíduos em flagrante delito, responsáveis pelas práticas descritas.

A partir de 8 de janeiro
Os centros de saúde do Cadaval, Lourinhã, Mafra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras vão reforçar as consultas a doentes com...

Os cinco centros de saúde vão dar prioridade ao atendimento dos casos de gripe, aumentando o número de consultas do dia e reduzindo o número de consultas programadas.

“Desde o dia 26 de dezembro que aumentou a afluência às urgências hospitalares e está na hora de os cuidados primários alargarem os horários para que as pessoas não entupam as urgências”, disse em conferência de imprensa, em Torres Vedras, o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Sul, António Martins.

A partir de 08 de janeiro, alguns destes centros de saúde, no distrito de Lisboa, vão também alargar o horário de atendimento “até se justificar”.

No Cadaval, vai ser alargado o horário das 09:00 às 18:00 aos fins de semana e das 14:00 às 18:00 nos dias úteis.

Em Torres Vedras, o centro de saúde passa a encerrar durante a semana às 22:00, em vez das 20:00, e vai funcionar aos fins de semana entre as 08:00 e as 20:00.

Vai manter-se o atendimento durante as 24 horas do dia em Mafra, enquanto na Lourinhã e no Sobral de Monte Agraço o serviço decorrerá das 18:00 às 20:00 durante a semana e das 08:00 às 14:00 aos fins de semana.

O ACES Oeste Sul pede aos cidadãos para telefonarem primeiro para a linha Saúde 24 antes de serem atendidos num centro de saúde ou numa urgência, para saberem como proceder de forma mais correta.

No pico da gripe no inverno passado, no final de 2016 e início de 2017, 5% dos atendimentos nas urgências do Centro Hospitalar do Oeste foram motivados pela gripe.

O ACES Oeste Sul possui 201 mil utentes, dos quais 30 mil não têm médico de família.

Transplante do Pulmão
O transplante pulmonar é considerado o mais complexo na área da transplantação.

Em 2017 realizaram-se, em Portugal, 30 transplantes pulmonares e estima-se que existam ainda entre 45 a 50 doentes em lista de espera. A complexidade da cirurgia, aliada ao facto de se tratar de um órgão extremamente delicado, sendo apenas possível utilizar 33% dos órgãos doados, faz com que apenas uma pequena percentagem de doentes possa ser tratado com este recurso.

Também por este motivo, o processo de seleção quer do dador, quer do doente transplantado é exigente e deve obedecer a vários critérios. Isto significa que nem todos os órgãos servem e nem todos os doentes têm indicação para a cirurgia. A compatibilidade entres os dois também pode ser um desafio.

De acordo com critérios internacionais, instituídos pela International Society for Heart and Lung Transplantation, estabelece-se que o dador ideal deve ter menos de 55 anos, sem trauma torácio, sem história de asma ou neoplasia e ser, preferencialmente, não fumador (no limite <20 UMA - Unidades Maço Ano).

Do lado do paciente, “a transplantação pulmonar está indicada em doentes com doença pulmonar crónica terminal que estejam sob terapêutica médica otimizada, para as quais não exista outra alternativa e que não apresentem contraindicações absolutas como neoplasia, disfunção grave de outro órgão, infeção crónica não controlada, obesidade, tabagismo ativo ou outras dependências ou ainda situação clínica instável”, explica Ricardo Pires, presidente da Associação de Transplantados Pulmonares de Portugal (ATPP)

A insuficiência respiratória crónica, nomeadamente em contexto de fibrose pulmonar, a doença pulmonar obstrutiva e a fibrose quística são as principais razões clínicas que justificam o transplante pulmonar, sendo que “estas patologias podem ser curadas após o transplante se circunscritas apenas aos pulmões e no caso de ser bipulmonar”.

Principais cuidados e desafios antes e depois do transplante

O doente candidato a transplante deve seguir sempre as indicações da equipa de transplante a fim de estar apto para uma cirurgia que pode surgir a qualquer instante. “É importante que siga o plano de sessões de fisioterapia e cinesioterapia, para controlar a sua condição física e respiratória, minimizando também a ansiedade, e que mantenha um estilo de vida saudável, dentro das suas limitações”, explica o representante da ATPP.

Depois do transplante o principal cuidado é evitar a rejeição. Daí que o plano terapêutico estabelecido, onde está incluída a medicação imunossupressora, seja de extrema importância. “Estes fármacos devem ser tomados na dose indicada e na hora indicada”, afirma Ricardo Pires.

O doente deve ainda realizar todos os exames requisitados e ser observado na consulta de transplante pulmonar de acordo com as marcações agendadas.

Após esta cirurgia, e depois de um período de reabilitação respiratória – estima-se que os doentes fiquem, em média, 35 dias em regime de internamento – o paciente pode regressar a casa mantendo vários cuidados, entre eles, evitar o contato com quem possa ter doenças infeciosas ou usar máscara em locais público ou fechados.

O cuidado com a alimentação, evitando o consumo de sal, açúcar e gorduras, bem como carnes mal passadas, aliada à prática de exercicío físico regular são outros dos principais conselhos, que  devem contar com o envolvimento de toda a família. “Além de cuidadora a família também tem de aprender as novas regras e colaborar com o transplantado no seu cumprimento”, advoga o presidente da ATPP. É que um dos principais desafios destes doentes recai sobre a disciplina no que toca ao rigor pós-operatório.

Por outro lado, “o doente transplantado precisa ter a consciência que, devido à sua condição de imunossuprimido, é mais propício a infeções e situações de risco, que podem originar qualquer intercorrência”, acrescenta.

A Associação de Transplantados Pulmonares de Portugal nasce, deste modo, como uma associação sem fins lucrativos, com vista a ajudar, apoiar, informar e defender os direitos das pessoas que estejam em situação pré-transplante ou transplantados pulmonares e suas famílias/cuidadores.


Ricardo Pires, presidente da ATPP, foi submetido a um transplante bipulmonar, aos 37 anos, depois de lhe ter sido diagnosticada uma Fibrose Pulmonar Idiopática

De acordo com Ricardo Pires, presidente desta associação, “é notória a falta de informação e de bens materiais que possam facilitar a vida dos doentes para que estes se mantenham ativos e independentes o maior tempo possível” na fase pré-transplante.

Para colmatar esta carência, a ATPP propõe-se a facultar apoio, informação credível e acessível acerca do transplante pulmonar e seu processo de recuperação. Por outro lado, “está a organizar um banco de ajudas técnicas que tem como objetivo facultar equipamentos que possam ser necessários, como cadeiras de rodas, cadeirões de repouso, equipamentos de reabilitação respiratória, entre outras ajudas”.

O apoio emocional é outro aspeto importante que a associação pretende reforçar. “Acreditamos que apesar de toda a informação, esclarecimentos e apoio que a equipa de transplante pulmonar do Hospital de Santa Marta fornece ao doente e cuidadores, a transmissão direta de um testemunho na primeira pessoa ajudará a suportar melhor todo este processo”, começa por justificar Ricardo, também ele transplantado. “O apoio emocional também se torna fundamental (na fase pós-transplante) principlamente em situações de retrocesso, ou seja, quando surgem complicações ou intercorrências que acabam por abater um pouco a pessoa que achava estar finalmente livre e saudável”, acrescenta.

Sensibilizar a opinião pública para esta matéria é também um dos principais objetivos  de ação cívica desta Associação que foi criada em março de 2017 e que espera, no futuro, “construir” uma casa para alojar os doentes que chegam de outras partes do país para tratamento. Afinal, a sua missão é melhorar a qualidade de vida daqueles que, tal como Ricardo Pires, tiveram uma segunda oportunidade de vida com o transplante. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Governo Regional
O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, disse hoje que um dos "maiores desafios" da região autónoma é...

"É importante ter a noção que o grande desafio para os próximos anos é garantir a sustentabilidade do Sistema Regional de Saúde e do Sistema Nacional de Saúde", afirmou o governante, durante uma sessão de boas-vindas a 77 novos médicos internos no Hospital Central do Funchal.

Estes novos internos iniciaram a formação médica prática no Serviço de Saúde da Região (SESARAM): 35 já concluíram a parte teórica e iniciam um ano de formação prática antes da especialidade; 29 estão na formação específica (médicos que iniciam a sua especialidade após conclusão do ano comum) e 13 na especialidade de Medicina Geral e Familiar.

Miguel Albuquerque realçou que, apesar do fraco crescimento da economia portuguesa, é necessário manter a sustentabilidade do sistema público de saúde, onde o Governo Regional vai investir 317 milhões de euros em 2018, mais 30 milhões do que no ano passado.

"Nós não vamos descobrir a roda, mas temos de encontrar estratégias no sentido de garantir essa sustentabilidade, caso contrário não é possível continuarmos a manter um Sistema Regional de Saúde que é importantíssimo para a qualidade de vida das populações", disse, sublinhando também a importância de apostar na "humanização" do serviço.

EUA
Os consumidores de marijuana da Califórnia fizeram ontem fila em várias lojas para comprar canábis, que pela primeira vez foi...

Ellen St. Peter, de 61 anos, e o seu filho Bryce, de 23 anos, foram dos primeiros clientes a chegar à loja ShowGrow, em Santa Ana. Ellen disse que, no passado, correu riscos para comprar aquela droga e que se sente feliz por, agora, a compra se ter tornado um ato seguro.

Um pouco mais a Norte, em Oakland, Jeff Deakin esperou toda a noite à porta da Harborside, com a mulher e o cão.

Aos 66 anos, Jeff afirmou que é muito importante poder comprar canábis de forma segura, sem ter de o fazer num beco esconso.

Na capital da Califórnia, Sacramento, cerca de 25 pessoas juntaram-se para uma pequena cerimónia à porta de A Therapeutic Alternative, uma loja que vende marijuana para fins medicinais desde 2009.

Mike Shorrow foi o primeiro cliente da loja para fins recreativos, comprando mais de quatro gramas de marijuana, das variantes "Red Dragon" e "Ingrid".

Mike, de 63 anos, referiu que começou a fumar marijuana há décadas por prazer, mas que agora também usa para fins terapêuticos. Gastou quase 100 dólares (83 euros), um preço que considerou ser alto, mas que vale a pena se com isso evitar comprar no mercado negro.

A loja exige que todos os seus clientes preencham vários documentos para que se tornem membros.

No parque de estacionamento do Harborside, de Oakland, juntaram-se cerca de cem pessoas, à espera que a loja abrisse às 06:00 da manhã (14:00 em Lisboa).

A pequena multidão bebeu café e comeu donuts enquanto esperava, sob uma temperatura de seis graus Celsius, só para ser dos primeiros a comprar canábis legalmente na Califórnia.

O Harborside é um dos cerca de 90 estabelecimentos que receberam uma licença para vender marijuana a retalho – para fins recreativos – no primeiro dia do ano. A lei que permite a venda entrou em vigor às 00:01 de ontem (08:01 em Lisboa).

A lei surge cerca de duas décadas depois de a Califórnia se ter tornado no primeiro Estado norte-americano a legalizar a marijuana medicinal.

O canábis recreativo é agora legal para adultos com mais de 21 anos. Cada pessoa pode plantar e cultivar até seis plantas de canábis e ter na sua posse um máximo de 28 gramas (uma onça).

Los Angeles e San Francisco estão entre as cidades da Califórnia onde não será possível comprar legalmente a droga.

Assiduidade
Todos os profissionais do Serviço Nacional de Saúde passaram a ser obrigados, desde segunda-feira, a usar um sistema de registo...

O sistema que passou a ser obrigatório para todos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve permitir apurar o número de horas de trabalho por dia ou por semana e deve estar preparado para permitir o registo de todo o trabalho desenvolvido, incluindo o extraordinário ou suplementar.

Segundo o despacho do Governo publicado em outubro, “o conhecimento em tempo real das competências e perfil dos recursos humanos escalados no SNS, em cada momento, pode permitir nova abordagem na gestão, por exemplo, das urgências metropolitanas do Porto e Lisboa”.

Todos os serviços e estabelecimentos de saúde do SNS devem ter desenvolvido o trabalho necessário para que, no dia 1 de janeiro de 2018, estejam aptos a transmitir a informação registada no sistema biométrico para o sistema de recursos humanos e vencimentos.

Já a partir do dia 1 de abril de 2018, deve ser integrada no sistema de recursos humanos e vencimentos a identificação dos trabalhadores de serviço em cada dia e horário, em serviço de urgência e em atividades programadas, usualmente designadas por escalas.

Fumadores
O consumo de tabaco em locais ao ar livre como campos de férias é proibido desde ontem, com a entrada em vigor de uma lei...

A nova lei foi aprovada pelo parlamento em junho passado e decorre de uma proposta do Governo, que os deputados modificaram. Com a entrada em vigor no primeiro dia do ano será proibido fumar em locais para menores, ainda que ao ar livre, como campos de férias ou parques infantis.

E desde a mesma data é também proibido o uso de produtos equiparados a cigarros em locais públicos fechados, porque a legislação equipara aos cigarros tradicionais os cigarros eletrónicos ou novos produtos que produzem aerossóis, vapores, gases ou partículas inaláveis, ou mesmo tabaco de mascar ou inalar.

Com a ausência de legislação, até agora qualquer pessoa podia fumar um cigarro eletrónico ou de tabaco aquecido num hospital ou numa sala de aulas, e essa equiparação é um dos aspetos aplaudidos pela Confederação Portuguesa para a Prevenção do Tabagismo.

“A equivalência dos novos produtos ao tabaco em geral era uma das nossas preocupações. Isso [a equiparação] é uma conquista”, disse o presidente da Confederação, Emanuel Esteves.

Mas, acrescentou, a lei é demasiado tímida e pouco ambiciosa. Podia “ir-se mais longe na política de preços” e “recuou-se” na proposta inicial do Governo de se proibir fumar nas imediações de locais como escolas e hospitais. “Devia haver uma área de proteção, para evitar que o fumo entre para os estabelecimentos e por uma questão de dar o exemplo”, disse.

Ainda nas palavras de Emanuel Esteves, se é positiva a comparticipação de medicamentos para deixar de fumar, prevista na nova lei, é negativo que se continue a fumar em determinados espaços fechados, ainda que em alguns períodos do dia, porque “devia ser proibido fumar em todos os locais de reunião”.

Emanuel Esteves, médico, alerta ainda para os novos produtos de tabaco, um deles o chamado tabaco aquecido que é vendido em Portugal desde 2015 pela Tabaqueira, da multinacional Philip Morris, apresentado pela empresa como contendo menos 90% a 95% de produtos nocivos.

Questionada sobre a nova lei, fonte oficial da Tabaqueira disse que a lei que entrou em vigor ontem deu “passos tímidos” para reconhecer que os portugueses fumadores merecem ser informados sobre alternativas que apresentam menos riscos.

“É fundamental que os cerca de dois milhões de adultos que, entre nós, continuam a fumar saibam que da Alemanha aos Estados Unidos, que da Rússia ao Reino Unido, houve já instituições científicas independentes e credíveis a levarem a cabo uma avaliação substancial dos novos produtos de tabaco e nicotina sem combustão, como o de tabaco aquecido” (o chamado IQOS/HEETS, disse a fonte, acrescentando: “Todos os resultados até agora divulgados apontam para que estes novos produtos, não sendo inócuos, são melhores escolhas que os cigarros”.

A Tabaqueira refere-se a estudos de entidades como o Instituto Federal de Avaliação de Risco da Alemanha, que indica que o tabaco aquecido pode comportar menos riscos para a saúde dos fumadores, ou outro, deste mês, do Comité de Toxicologia do Reino Unido (independente e que aconselha o Governo), segundo o qual o tabaco que é aquecido e não queimado é menos prejudicial.

Num relatório para o Governo britânico, o painel de especialistas disse que as pessoas que utilizam esse novo produto foram expostas a entre 50% e 90% menos produtos químicos nocivos, em comparação com os cigarros tradicionais, embora ainda produza compostos potencialmente prejudiciais.

“Uma coisa é ser menos agressivo, outra é ser inofensivo”, alerta a propósito Emanuel Esteves, que teme que se deturpe a “eventual (porque ainda não provada) menos agressividade” e que se fique com a ideia de que se pode fumar esse produto.

E avisou: “Tem de haver cuidado em marcar claramente aquilo que é menos prejudicial e o que é inofensivo. Haver redução das substâncias cancerígenas não é eliminação dessas substâncias”.

Enquanto a multinacional que vende o tabaco aquecido procura agora nos Estados Unidos que o produto seja anunciado como menos nocivo, a fonte da empresa em Portugal frisa que é essencial que a lei diferencie produtos em função do risco e permita que essa informação chegue aos fumadores de forma clara, fazendo-se “menção ao risco reduzido”.

Aliás, diz ainda, Portugal com esta nova lei “não revelou a mesma abertura” de outros países “em abraçar e encorajar a inovação e a ciência ao serviço da redução do risco em tabaco”.

Ainda que assim seja, contrapõe Emanuel Esteves, esses produtos continuam a ter nicotina, por si só um “agente de perturbações ao nível do sistema nervoso central e cardiovascular”. E conclui: “é como escolher cair de um 100.º andar ou de um 10.º”.

A lei é desde ontem um pouco mais restritiva, Emanuel Esteves reconhece-o, mas diz que Portugal devia dar passos maiores.

Afirmando que “há um clima social favorável” e que se podia ter ido mais longe, Emanuel Esteves deixa uma dúvida. Ou uma acusação. “A ideia que temos é que há interesses comerciais que podem dificultar o agilizar de mais medidas”.

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