Legionella
A fonte da infeção com a bactéria 'Legionella pneumophila' que provocou o surto de doença do legionário no Hospital...

"Conclui-se com elevada probabilidade que a fonte da infeção estará no perímetro do hospital", disse Graça Feitas em conferência de imprensa, citando os vários estudos e peritagens realizados para esclarecer a origem do surto, que já provocou cinco mortos e tem um balanço de 54 casos confirmados.

O primeiro caso de doença dos legionários no hospital São Francisco Xavier ocorreu a 31 de outubro. Até hoje, o dia com mais casos confirmados foi 04 de novembro (12 casos).

Ontem em conferência de imprensa, no mesmo dia em que foi entregue ao Ministério Público um relatório preliminar que resume a evolução dos acontecimentos, Graça Freitas disse que “há uma forte probabilidade” de se saber a fonte da infeção mas recusou-se a especificar se foi numa torre de refrigeração de ar condicionado, apesar da insistência dos jornalistas.

A responsável frisou que foram tomadas medidas de correção, quer na rede de água quer nas torres de refrigeração, e disse que “tudo indica que o surto vai entrar em fase de resolução” ainda que sejam possíveis mais alguns “casos isolados” nos próximos dias.

“Fizeram-se intervenções imediatas em toda a rede onde podia haver 'legionellas'. Encerraram-se fontes, houve choques térmicos e químicos” e se a origem foi “na torre A ou B é irrelevante porque foram tomadas medidas”, disse a diretora-geral da Saúde.

O alerta sobre casos de 'legionella' no Hospital São Francisco Xavier foi dado no dia 03 mas Graça Freitas admitiu “que possam ter havido infeções ainda no dia 04”.

A responsável disse também que dos 54 casos confirmados de 'legionella' há quatro que “carecem de maior investigação” até porque não há a certeza de fazerem parte do surto do Hospital. O Instituto Ricardo Jorge, cujo presidente, Fernando Almeida, esteve na conferência de imprensa, está a fazer análises.

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS) a investigação epidemiológica e laboratorial ainda decorre, sendo certo que a primeira colheita de amostras em pontos dos circuitos de água e das torres de arrefecimento do Hospital foi feita em 03 de novembro e que na madrugada de 04 de novembro foram conhecidos os primeiros resultados.

O Instituto Ricardo Jorge também “iniciou de imediato análise às amostras respiratórias e ambientais relacionadas com o surto”, pelo que se concluiu que as estirpes recolhidas nas pessoas e no ambiente eram idênticas. Graça Freitas disse que as bactérias encontradas nas amostras recolhidas eram "indistinguíveis", mesmo recorrendo às técnicas mais sofisticadas.

Foi também feito um estudo estatístico de previsão da evolução epidemiológica do surto, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera estudou as características atmosféricas e a Agência Portuguesa do Ambiente fez simulações da dispersão atmosférica na zona envolvente do Hospital, diz também a DGS.

Foram até agora infetadas 54 pessoas tendo morrido cinco e estando ainda em unidades de cuidados intensivos sete pessoas. Já tiveram alta 15 pessoas.

A ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Legionella
O surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, infetou até ao momento 54 pessoas, encontrando-se...

O surto, que já causou cinco mortos, afetou mais mulheres do que homens e a maioria (67%) tinha 70 ou mais anos. Todos os infetados tinham história de doença crónica ou fatores de risco.

Até ao momento, 15 doentes tiveram alta clínica, mantendo-se 27 internados em enfermaria.

O primeiro caso de doença dos legionários, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, foi confirmado a 31 de outubro. Até ontem, o dia com mais casos confirmados foi 04 de novembro (12 casos).

A ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

16 de novembro – Dia Mundial do Cancro do Pâncreas
No dia em que se assinala o Dia Mundial do Cancro do Pâncreas a World Pancreatic Cancer Coalition, que junta entidades de todo...

Composta por peritos, académicos, doentes, médicos e decisores políticos de mais de 60 organizações oriundas de 27 países e seis continentes, a Europacolon é membro fundador da Coligação e único representante de Portugal nas iniciativas nacionais e internacionais desenvolvidas.

“Existe uma grande necessidade de inverter a tendência do diagnóstico do cancro do pâncreas num estadio avançado, bem como para incentivar um maior investimento na investigação orientada para novas formas de diagnóstico e tratamento. A investigação do carcinoma do pâncreas recebe menos de 2% de todos os financiamentos para a investigação do cancro na Europa, número este que se tem mantido nos últimos 40 anos, o que indica que é urgente alterarmos esta realidade” diz Vitor Neves, presidente da Europacolon Portugal.

Em Portugal, a Europacolon assinala o dia no Porto com uma sessão aberta ao público no IPATIMUP, a 16 de novembro às 9h00. Esta dedica-se à importância da prevenção, do diagnóstico precoce, do investimento na investigação e nas iniciativas desenvolvidas no âmbito nacional e internacionalmente e conta com a participação de conceituados especialistas em oncologia, investigadores, gastroenterologistas, cirurgiões, médicos de medicina geral e familiar, pacientes e associações de doentes.

Esta iniciativa local junta-se ao desafio da Coligação à comunidade global a atuar no sentido de aumentar a visibilidade desta doença mortal que, se nada for feito, será a quarta causa de morte por cancro no mundo em 2020. No site worldpancreaticcancerday.org está disponível toda a informação sobre a doença e no Facebook, Instagram e Twitter da campanha apela-se à partilha de informação de posts, fotografias e utilização de roupa roxa, cor que representa o cancro do pâncreas, com a utilização dos tags @worldpancreatic @worldpancreaticcancerday e as hashtags #wpcd e #pancreaticcancer.

Vitor Neves acrescenta que “Os sintomas e os riscos do cancro do pâncreas podem ser vagos e mal compreendidos pelo que é importante que as pessoas reconheçam os sinais de alerta. Esta campanha pretende chamar a atenção para esta doença. A verdade é que, ao longo dos anos, a coligação internacional tem conseguido aumentar o número de pessoas envolvidas na causa, através das campanhas anuais. Atualmente, não existe nenhum teste de rastreio ou método de deteção precoce do cancro do pâncreas e, embora se esteja a caminhar nesse sentido, o conhecimento dos sintomas e fatores de riscos continua a ser o fator mais importante para um diagnóstico precoce.”

Todos os dias, mais de 1000 pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com cancro do pâncreas. Entre elas, cerca de 985 morrerão desta doença. Em Portugal são diagnosticados, todos os anos 1300 pessoas com este cancro. Embora as taxas de mortalidade estejam a diminuir para muitos outros cancros, estão a aumentar para o cancro do pâncreas. Com uma média de sobrevida de 4 meses, este é o cancro com a taxa de sobrevivência mais baixa entre os cancros mais graves e, em quase todos os países, é o único cancro grave com uma taxa de sobrevivência inferior a 10%, cerca de cinco anos (2 a 9%). A investigação demonstra que os doentes diagnosticados a tempo de uma intervenção cirúrgica têm mais hipóteses de sobrevivência a cinco ou mais anos.

Sociedade Portuguesa de Hipertensão
A Sociedade Portuguesa de Hipertensão organiza, no dia 18 de novembro o 1º Encontro de Risco Cardiovascular e Global de...

Esta reunião, para além de Portugal, envolve a Bélgica, a Holanda, a Áustria, a Suíça e a Hungria. Cada um destes países está representado por dois ou três jovens investigadores que, cujas apresentações serão moderadas por especialistas seniores de países que não estejam envolvidos nas mesmas.

Para o presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), Dr. Carvalho Rodrigues “este encontro destina-se sobretudo a jovens investigadores que são o futuro das Sociedades de Hipertensão”. 

Portugal está representado por dois jovens investigadores: Joana Silva Monteiro, especialista em Medicina Geral e Familiar, da Maia, vai apresentar um trabalho sobre Consulta Motivacional e André Simões, especialista em Medicina Interna do Hospital de Franca de Xira, vai apresentar o trabalho que tem desenvolvido na Consulta de Hipertensão Arterial nas áreas da logística e organizacional.

Segundo, o presidente da SPH, Dr. Carvalho Rodrigues, “a ideia de organizar esta reunião deve-se ao facto de nos últimos anos a SPH, em conjunto com a Sociedade Húngara de Hipertensão tem vindo a trabalhar no sentido de unir os pequenos países da Sociedade Europeia de Hipertensão (SEH), numa tentativa de ver o que estão a fazer, perceber quais as suas preocupações e tentar ganhar uma voz mais forte.”

“A Sociedade Portuguesa de Hipertensão está focada em transmitir à população a importância de cumprir escrupulosamente a medicação diária e esta reunião para além do que foi mencionado, pretende contribuir para a importância de conseguir controlar a Hipertensão Arterial logo nos cuidados primários, evitando assim um evento cardiovascular”, conclui Dr. Carvalho Rodrigues.

Europacolon
A 16 de Novembro, a Europacolon Portugal assinala o Dia Mundial do Cancro Pancreático no IPATIMUP, com uma sessão dedicada ao...

A sessão de debate “A Prevenção e Diagnóstico Precoce no Cancro Pancreático” reúne vários profissionais de Saúde, tais como especialistas em oncologia, investigadores, gastrenterologistas, cirurgiões, médicos de medicina geral e familiar, pacientes e associações de doentes que, trazem para a discussão importantes contribuições neste assunto de saúde pública.

Esta iniciativa, aberta a toda a comunidade, pretende abordar a atualidade da doença em Portugal e no Mundo, com o foco na urgente necessidade de melhorias no diagnóstico precoce e tratamento deste cancro tão fatal. A sessão está inserida na campanha internacional “Exigir mais. Pelos Pacientes. Pela Sobrevivência.” na qual Portugal se encontra representado pela Europacolon Portugal, membro fundador da World Pancreatic Cancer Coalition e da Pancreatic Cancer Europe.

Nos EUA
Cientistas procuraram editar pela primeira vez um gene dentro do corpo, para alterar permanentemente o ADN de uma pessoa numa...

A experiência foi feita na segunda-feira na Califórnia, nos Estados Unidos, num doente com 44 anos, que recebeu milhares de milhões de cópias de um gene corretivo e uma ferramenta genética para cortar o seu material genético num ponto exato.

O homem padece de uma doença metabólica chamada Síndrome de Hunter, caracterizada pela falta de uma enzima que controla determinados hidratos de carbono que se acumulam nas células e causam lesões no organismo.

Dentro de um mês, a equipa de investigadores saberá se a experiência está a resultar ou não. Ao fim de três meses, haverá conclusões definitivas.

Se o teste for bem-sucedido, poderá dar um novo impulso à terapia genética.

Os cientistas têm editado genes com outros métodos, alterando células no laboratório que são depois implantadas nos doentes. Existem também terapias genéticas que não implicam a edição de ADN.

Estes métodos terapêuticos, contudo, servem para poucas doenças, alguns dão resultados que não são fiáveis, outros originam um novo gene, como se de uma peça sobressalente se tratasse, mas não permitem controlar a sua posição na sequência genética, podendo causar anomalias como o cancro.

A metodologia da equipa científica na Califórnia permitiu 'cortar' e 'abrir' o ADN, inserir um gene e fechar novamente o ADN.

A terapia inclui um novo gene e duas 'nucleases de dedo de zinco', uma classe de proteínas de ligação de ADN.

As instruções genéticas para cada um destes três elementos foram colocadas num vírus modificado, para que este não provocasse infeção. Milhares de milhões de células foram injetadas no doente.

As instruções 'viajaram' para o fígado, onde as células as usaram para produzir nucleases de dedo de zinco e preparar o gene corretivo.

As proteínas 'cortam' o ADN, permitindo que o novo gene entre na sequência genética. O novo gene direciona as células para produzirem a enzima de que o doente carece.

"Uma reparação invisível", segundo Sandy Macrae, presidente da empresa que está a testar a técnica em duas doenças metabólicas e na hemofilia.

A técnica pode apresentar, no entanto, um risco: é que não há maneira de apagar um erro genético que a edição possa eventualmente causar.

Além disso, não irá reparar as lesões de que o doente sofre, apenas poderá evitar que tenha de receber tratamentos enzimáticos semanais, que são caros e não previnem danos no cérebro.

Estudos de segurança que irão ser feitos vão envolver um máximo de 30 adultos, mas a intenção dos investigadores é usar o método para tratar crianças antes de as lesões aparecerem.

Os doentes com Síndrome de Hunter podem ter infeções nos ouvidos, perda de audição, problemas respiratórios e cardíacos, na pele e nos olhos, nos ossos e nas articulações e nos intestinos.

Legionella
O surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, infetou até ao momento 53 pessoas, encontrando-se...

O surto, que causou cinco mortos, afetou mais mulheres do que homens e a maioria (66%) tinha 70 ou mais anos. Todos os infetados tinham história de doença crónica ou fatores de risco.

Até ao momento, 14 doentes tiveram alta clínica, mantendo-se 28 internados em enfermaria.

O primeiro caso de doença dos legionários, provocada pela bactéria ‘legionella’, foi confirmado a 31 de outubro. Até hoje, o dia com mais casos confirmados foi 04 de novembro (12 casos).

Para hoje está marcada uma conferência de imprensa em que deverão ser conhecidos os resultados das análises que indicarão o local onde foi detetada a bactéria no Hospital de São Francisco Xavier.

A ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Universidade do Minho
Uma equipa de investigadores da Universidade do Minho concluiu que o aumento benigno da próstata tem origem na falta do...

Em comunicado, a Universidade do Minho (UMinho) realça a importância da descoberta do grupo de investigadores do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), em parceria com cientistas do Centro Max Delbrück de Medicina Molecular (Alemanha), explicando que "é a primeira vez que se percebe a origem desta doença, chamada hiperplasia benigna da próstata", que afeta mais de um terço dos homens a partir dos 60 anos.

O estudo, publicado na revista "Scientific Reports", do grupo Nature, aponta que "o aumento benigno da próstata deve-se à falta do neurotransmissor serotonina, dificultando o fluxo da urina e o esvaziamento da bexiga".

Os investigadores do ICVS, explana o texto, "analisaram modelos animais e linhas celulares e perceberam que a presença de serotonina inibe o crescimento benigno da próstata" e que "isso sucede porque se diminui a expressão do recetor de hormonas sexuais masculinas, como a testosterona".

Os resultados, salienta o texto, "apontam para novos alvos terapêuticos nesta doença, nomeadamente a aplicação de fármacos que ativem o recetor da serotonina, inibindo o crescimento benigno da próstata".

A experiência com ratinhos demonstrou que, ao ser-lhes retirada a serotonina, a próstata aumentava de tamanho.

O estudo foi realizado por Emanuel Carvalho-Dias, Alice Miranda, Olga Martinho, Paulo Mota, Ângela Costa, Cristina Nogueira-Silva, Rute S. Moura, Riccardo Autorino, Estêvão Lima e Jorge Correia-Pinto, todos do ICVS e Escola de Medicina da UMinho, sendo alguns deles também do Hospital de Braga.

Bruxelas e Estrasburgo
Os gabinetes dos eurodeputados em Bruxelas e Estrasburgo estão sem água quente devido a riscos de contaminação com a bactéria &...

Um documento distribuído aos parlamentares europeus pelo presidente em exercício dos questores da Mesa do Parlamento Europeu, Andrey Kovatchev, salienta que o encerramento temporário do circuito de água quente, decidido em abril, passou a definitivo, tendo sido criadas alternativas de canalização onde esta é indispensável, como as cozinhas.

Numa primeira fase, em abril, tinha sido detetada a presença, ”em quantidades superiores ao limite de qualidade, de bactérias 'Legionella pneumophila' nos chuveiros dos deputados no edifício Altiero Spinelli, assim como em alguns chuveiros no edifício Paul-Henri Spaak”, ambos em Bruxelas.

Entretanto, uma análise de um perito independente indicou que “os circuitos de água quente estão deteriorados devido à sua vetustez e que contêm ‘tubos sem retorno’ que representam um risco permanente para a saúde devido ao potencial crescimento de bactérias nocivas”, razão pela qual o circuito de água quente foi agora "encerrado em definitivo nos gabinetes dos deputados devido ao risco demasiado elevado para a saúde”.

Na comunicação, Kovatchev salientou ainda que estão a ser criados circuitos de água quente curtos e separados nos espaços em que esta é “indispensável”, incluindo as cozinhas, o serviço médico, os cabeleireiros e alguns chuveiros de apoio indispensáveis para o pessoal.

A conclusão destas obras está prevista para meados de 2018.

Os questores – eurodeputados eleitos como responsáveis pelas questões administrativas e financeiras dos seus pares – solicitaram ainda medidas como a instalação de pequenas cozinhas nos andares dos deputados e de algumas zonas de chuveiros para os deputados.

Serviço de Cardiologia
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho inaugurou hoje um aparelho de Tomografia Axial Computorizada de terceira...

Os dois novos equipamentos foram instalados no Serviço de Cardiologia para fazer face a uma lista de espera de 200 doentes, sendo inaugurados na presença do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

A compra do aparelho de Tomografia Axial Computorizada (TAC) foi possível devido à doação de 1,7 milhões de euros da família do empresário Américo Amorim e o angiógrafo foi custeado pelo Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho (CHVNGE). O investimento total ultrapassa dois milhões de euros.

O angiógrafo, segundo o diretor do serviço de cardiologia do Centro Hospitalar, Vasco Gama Ribeiro, "vai encurtar as listas de espera de doentes a necessitar de cateterismo", que se situa atualmente em duas centenas de pessoas.

Vasco Gama Ribeiro explicou também que a chegada do aparelho de TAC representa "uma reviravolta muito grande em termos de imagem da cardiologia porque vai permitir estudar mais doentes, mais rapidamente e com mais qualidade, estudando ao mesmo tempo a função integrada com a imagem, o que é um novo paradigma na cardiologia".

Por resolver está o facto de o hospital ter uma sala para tratamentos "já com 12 anos e que já deveria ter sido substituída, porque o tempo de vida útil são 10 anos", frisou o diretor do serviço informando que o ministro "está aberto a outras possíveis doações, ou acordos, para rapidamente mudar este equipamento".

E num hospital onde a "insuficiência de camas é muito grande", problema que já se tornou "crónico", Vasco Gama Ribeiro deu conta de "alertas" aos sucessivos conselhos de administração, argumentando tratar-se de "um serviço de fim de linha" e, por isso, destino de "todos os doentes mais graves".

"Neste momento temos oito doentes no serviço de urgência à espera de camas no serviço", lamentou.

O ministro Adalberto Campos Fernandes enquadrou a sua presença em Vila Nova de Gaia no âmbito de "uma fortíssima vaga de investimento no Serviço Nacional de Saúde", recordando que os "primeiros dois anos da legislatura foram muito intensamente consagrados ao capital humano".

"Sempre dissemos que na segunda metade haveria que resolver o problema das dívidas, o problema dos pagamentos em atraso e começar uma vaga fortíssima de investimento", salientou o ministro, antes de enumerar os "três hospitais novos" lançados e um quarto que "virá a caminho", bem como a construção de 90 centros de saúde.

"Estamos a trabalhar num programa de investimento que até 2019 deixará nos seus 40 anos o Serviço Nacional de Saúde como ele nunca esteve”, acrescentou

Escusando-se a comentar as afirmações do Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães de que "em Portugal não há um único hospital que não tenha um aparelho avariado", Campos Fernandes elogiou a família Amorim pela doação feita ao CHVNGE e que permitiu a compra do novo aparelho de TAC.

Direção-Geral da Saúde
Portugal tem pelo menos 505 casos de hepatite A confirmados desde o início do ano, segundo dados do final de outubro da Direção...

No total houve 530 casos de hepatite A notificados desde 1 de janeiro, sendo que 505 estavam já confirmados em outubro. No anterior balanço, efetuado em setembro, havia 471 casos confirmados.

Do total de casos, 85% eram homens, sendo que mais de metade dos contágios aconteceram em contactos sexuais. A maioria dos casos continua a registar-se na zona de Lisboa e Vale do Tejo.

O surto de hepatite A em Portugal começou no princípio do ano, tendo sido identificado em fevereiro. Este surge no contexto de um surto a decorrer na Europa, com início em 2016. A quase totalidade dos casos foi identificada em homens que fazem sexo com homens, durante o contacto sexual, por transmissão fecal-oral.

A hepatite A é, geralmente, benigna e a letalidade é inferior 0,6% dos casos. A gravidade da doença aumenta com a idade, a infeção não se torna crónica e dá imunidade para o resto da vida.

Área da toxicodependência
O ministro da Saúde prometeu hoje uma resposta “no momento adequado” à demissão dos 13 coordenadores da região Norte da...

Em declarações à margem da inauguração no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho de dois novos equipamentos no Serviço de Cardiologia, um aparelho para a realização de Tomografia Axial Computorizada (TAC) de terceira geração e um angiógrafo, Adalberto Campos Fernandes recordou que "a alteração ao modelo do Instituto da Droga e da Toxicodependência foi feita pelo Governo anterior".

"O atual Governo decidiu que iria fazer uma avaliação através de um grupo de trabalho que o secretário de Estado Adjunto de Saúde constituiu e cujo relatório está na sua posse", salientou o governante, garantindo uma intervenção "no tempo adequado, com os estudos adequados, compreendendo as manifestações que são feitas de desagrado ou de agrado".

Para invocar a demissão, os 13 coordenadores mostraram-se contra o atual sistema de gestão, que foi dividido, e que gera listas de espera "que são insustentáveis".

O ministro da Saúde comentou também alguns dos temas em debate no setor, como foram os casos do surto de ‘legionella’ no hospital São Francisco Xavier, em Lisboa e do parecer ´favorável dos médicos ao primeiro pedido de gestação de substituição.

Defendendo que a empresa de manutenção das torres deverá indemnizar as vítimas de ‘legionella' caso se confirme a sua responsabilidade no surto, Campos Fernandes considerou que agora devem atuar as autoridades judiciais.

Sobre a gestação de substituição, cujo primeiro pedido obteve um parecer favorável da Ordem dos Médicos na terça-feira, o governante frisou tratar-se de processos "que são complexos, difíceis", com "implicações éticas, biológicas, clínicas" pelo que "tudo tem de ser feito com grande rigor e grande seriedade”, lembrando que está a ser feito com a participação do Conselho Nacional da Procriação Medicamente Assistida como também da Ordem dos Médicos".

"O mais importante é assinalar que é um tempo de transformação e a oportunidade de dar felicidade a quem muito deseja ter um filho e que em circunstâncias normais, fora deste enquadramento legal, não poderia ter", acrescentou o ministro.

OE2018
A secretária de Estado Adjunta e da Educação disse hoje no parlamento que a fiscalização da qualidade das refeições escolares...

A secretária de Estado Alexandra Leitão respondia à deputada social-democrata Nilza de Sena, que, no decorrer do debate na especialidade com a equipa ministerial da Educação sobre o Orçamento do Estado para 2018, questionou o Governo sobre problemas com a qualidade das refeições escolares, denunciados por pais e alunos.

“O que está em causa é a fiscalização e posso aqui anunciar que a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) criou em cada uma das suas delegações regionais uma equipa de intervenção com dois ou três funcionários para fazer vistoria sistemática e repetida a todas as escolas da sua região”, disse a secretária de Estado aos deputados.

A governante disse que a criação de equipas na DGEstE não são “o início da fiscalização, que já era feita, mas o reforço”.

“Vamos trabalhar num plano integrado de promoção e monitorização da qualidade das refeições escolares com vista essencialmente a garantir que caso sejam de facto encontradas situações elas tenham a imediata penalidade que está prevista no caderno de encargos. Não vamos inventar nada. Está prevista no caderno de encargos. É uma questão de as aplicar”, disse.

Alexandra Leitão garantiu que o caderno de encargos assinado com as empresas que fornecem as refeições escolares assegura “todas as condições” para “a qualidade e a quantidade das refeições nas escolas e também o rácio de funcionários que devem ser garantidos”.

Em debate no I Congresso Internacional
A Associação Portuguesa para Intervenção com Animais de Ajuda Social pediu hoje mais legislação sobre animais de assistência e...

Esse será um dos temas em debate no I Congresso Internacional sobre Animais de Ajuda Social, que irá decorrer a 25 e 26 de novembro na Biblioteca Municipal de Oliveira de Azeméis, contando já com cerca de 80 inscrições por parte de beneficiários, terapeutas, psicólogos, veterinários, gerontologistas, educadores caninos, agrónomos, zootécnicos, docentes de enfermagem e etologia.

"Os animais de ajuda social são fantásticos desbloqueadores e motivadores, e as suas potencialidades começam a chamar a atenção, mas também há o reverso da medalha, porque pessoas sem formação e ética aproveitam-se das necessidades das famílias, dão-lhes esperança e depois vê-se muita situação de ‘gato por lebre', o que é mau para um setor de atividade que pode fazer muito bem", declarou à Lusa o secretário-geral da ÂNIMAS, Abílio Leite.

"Em Portugal, só a Escola de Cães-Guia da Beira Aguieira e a Associação Portuguesa para Intervenção com Animais de Ajuda Social (ÂNIMAS) é que são reconhecidas a nível internacional no que se refere a cães de assistência, mas, no que respeita às Intervenções Assistidas [por duplas homem-cão, em ações terapêuticas ou educacionais], como não há qualquer tipo de legislação, qualquer um diz que as sabe realizar", alertou o mesmo responsável.

Abílio Leite reconheceu que "as listas de espera têm números assustadores", mas defendeu que uma regulamentação mais rigorosa é essencial para assegurar a "imperiosa educação" dos animais que prestam apoio a seres humanos e, por consequência, a qualidade de vida desses beneficiários. "É preciso ter noção de que estamos a colocar a vida de uma pessoa ao cuidado de um cão e que, se o trabalho não for feito de um modo responsável e com ética, as consequências poderão ser desastrosas", explicou.

A ÂNIMAS argumenta, por isso, que a legislação deve ter em conta as especificidades das diferentes categorias de animais de ajuda social, que se subdividem em cães de assistência, cães de intervenção assistida por animais (numa distinção em relação a outras espécies utilizadas em terapia, como os cavalos) e cães de apoio emocional.

No primeiro caso, estão em causa sobretudo cães-guia, cães de serviço e cães para surdos, cujo treino custa mais de 20.000 euros e os prepara individualmente para realizarem tarefas que aumentem a autonomia e a funcionalidade da pessoa com deficiência sensorial, mental, orgânica ou motora que vão apoiar.

Os cães de intervenção assistida, por sua vez, atuam sempre em dupla com um humano, "por sessões e com diferentes pessoas", maioritariamente em processos de diagnóstico, terapia e reabilitação, mas também em trabalhos de educação e mesmo em atividades de animação recreativa.

Já os cães de apoio emocional, "não passam por um processo educativo tão exigente quanto o dos cães de assistência", mas ajudam em crises de ansiedade, por exemplo, e contam com os mesmos direitos que os de um cão de companhia.

No congresso de 25 e 26 de novembro, a ÂNIMAS pretende "promover o debate entre todos os intervenientes nesses processos", envolvendo na discussão desde o meio universitário até à comunidade de beneficiários desses animais, passando por terapeutas, técnicos e educadores caninos.

"Este debate é fundamental para se alinhar posições e se definir caminhos que visem melhorar a qualidade de vida das pessoas que necessitam destes animais", concluiu Abílio Leite.

Dia Mundial da DPOC
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os sintomas respiratórios, tais como a tosse, dispneia

Em Portugal, as doenças respiratórias continuam a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade, com tendência clara para o aumento da sua prevalência, ao contrário do que acontece com outras patologias, nomeadamente as cardiovasculares2.

As doenças respiratórias crónicas atingem cerca de 40% da população portuguesa, calculando-se uma prevalência de 10% para a asma, de 25% para a rinite e 14,2% para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) em pessoas com mais de 40 anos2.

A prevalência da asma é mais elevada na população infantil e juvenil, constituindo uma causa frequente de internamento hospitalar. Afeta cerca de 150 milhões de pessoas, de todas as idades, no mundo. Calcula-se que cerca de 600 000 pessoas sofrem desta patologia no nosso país (aproximadamente 11% das crianças e 5% dos adultos)3.

Infelizmente, apesar de todas as ações de divulgação e informação, a asma continua subdiagnosticada e subtratada3.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma das principais causas de morbilidade crónica, de perda de qualidade de vida e de mortalidade, estando previsto o seu aumento nas próximas décadas. Em 1990, a DPOC representava a sexta causa de morte a nível mundial, estimando-se que em 2020 se torne a terceira causa de morte em todo o mundo.

Esta é uma doença progressiva, caracterizada por uma limitação persistente do fluxo aéreo, devido à resposta inflamatória crónica dos pulmões a partículas ou gases, causada principalmente pelo fumo do tabaco4.

A prevalência da DPOC aumenta com a idade, sendo mais elevada no sexo masculino, muito embora esteja a aumentar nas mulheres, devido ao aumento do consumo de tabaco pelo sexo feminino5.

Neste Dia Mundial da DPOC, é crucial destacar a importância da Intervenção Farmacêutica no acompanhamento, aconselhamento, tratamento e gestão das doenças respiratórias crónicas.

Nas nossas farmácias somos empenhados em promover a saúde e o bem-estar. Capacitamos as nossas equipas, de forma contínua para que possam atuar de forma integrada junto da pessoa com doença respiratória crónica.

É fundamental aumentar o conhecimento da população em geral sobre asma e DPOC e os fatores que contribuem para o surgimento e agravamento destas patologias!

É fundamental reencaminhar os utentes fumadores para o serviço de cessação tabágica!

É fundamental promover a adesão à terapêutica e a utilização correta dos dispositivos de inalação e da câmara expansora!

É fundamental trabalhar em parceria com outros profissionais de saúde, encaminhado para a consulta médica, sempre que necessário!

E, assim, este ano nasce uma nova colaboração com a Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP). Durante o mês de novembro e dezembro, a FPP promove espirometrias gratuitas em 138 farmácias do nosso país.

A campanha de sensibilização ´Sabe o tamanho dos Seus Pulmões?’ resulta de um compromisso para o desenvolvimento da saúde respiratória em Portugal, ao nível da qualidade, acessibilidade e equidade dos cuidados, diagnóstico e tratamento.  

É intuito da Fundação desenvolver um programa de formação junto dos doentes respiratórios e seus familiares, bem como junto dos profissionais de saúde.

Esta parceria capacita, ainda mais, os farmacêuticos em todo o país a reduzir o hábito tabágico e a prevenir uma doença que se anuncia como a 3ª causa de morte em 2020.

Assinalando o Dia Mundial da DPOC (15 de novembro), vamos consciencializar a população para a importância da realização da espirometria. É um teste simples, que não dói e que mede a obstrução das vias aéreas e a capacidade respiratória.

O farmacêutico tem um papel de enorme relevo na sociedade, como garante da saúde pública. Consequentemente, é o profissional que está mais próximo das populações e que apoia, em inúmeras frentes, as pessoas com doença respiratória crónica.

Para que os nossos cidadãos nunca se sintam sozinhos!

Referências:

  1. Global Alliance – Chronic Respiratory Diseases http://www.who.int/gard/publications/chronic_respiratory_diseases.pdf
  2. Direção-Geral da Saúde – Programa Nacional para as Doenças Respiratórias: Orientações Programáticas. Documento publicado em www.dgs.pt a 05/09/2012.
  3. http://www.sppneumologia.pt/patologias-respiratorias (Acedido em 20 de Setembro de 2014).
  4. Norma da Direção-Geral da Saúde 028/2011- Diagnóstico e Tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Atualizada em 10/09/2013.
  5. Adaptado de: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3680994
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em dia de prova
Mais de 150 estudantes de medicina vão entregar no parlamento na quinta-feira, dia da prova nacional de acesso à especialidade...

Um comunicado da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANMP) indica que a petição, com mais de 5.000 assinaturas, defende o planeamento de recursos humanos no setor da medicina em Portugal e apela ao debate alargado sobre o problema da qualidade da formação médica em Portugal.

O documento solicita ainda a constituição de “uma comissão de avaliação externa e isenta que avalie as condições de ensino, as capacidades formativas pré e pós-graduadas e a relação entre o número de ingressos nos cursos de medicina e as vagas para Internato médico, com proposta de soluções para cada problema identificado”.

A entrega desta petição acontece no dia em que se realiza a prova Harrison que os médicos têm de realizar para poderem aceder a uma especialidade e que está em vigor há 40 anos, sendo criticada por ser demasiado focado na memorização.

Esta prova será realizada por cerca de 2.500 estudantes de medicina.

4ª causa de morte em todo o mundo
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é, neste momento, a quarta causa de morte a nível mundia

A DPOC é definida internacionalmente como uma doença comum, prevenível e tratável, que se caracteriza por sintomas respiratórios persistentes e obstrução das vias aéreas.

Esta limitação crónica das vias aéreas resulta de processos inflamatórios que acabam por conduzir a destruição do parênquima pulmonar (enfisema) ou a lesão nas vias aéreas de menor calibre (bronquiolite obstrutiva). Estas alterações são causadas, na sua maior parte, pelo tabaco (90% dos casos) mas outros fatores como a poluição excessiva (ambiental, profissional ou familiar) ou tabagismo passivo podem ser responsabilizados pela doença.

Ainda é uma doença subdiagnosticada, embora o diagnóstico seja feito através de um exame simples de realizar, reprodutivel e acessível, como é o caso da espirometria. Este exame revela uma obstrução fixa das vias aéreas, após a realização de terapêutica broncodilatadora inalada (FEV1/FVC< 0,7). Muitas vezes, os sintomas respiratórios precedem as alterações espirométricas, e, alguns fumadores apresentam alterações pulmonares sem que estas causem obstrução das vias aéreas.

Perante um adulto de mais de 40 anos, com queixas de dispneia (falta de ar/ esforço para respirar), de agravamento progressivo, que agrava com o esforço ou persistente; tosse crónica seca e/ou com expetoração, com/sem pieira que tenha história de exposição aos fatores de risco, este diagnóstico deve ser considerado.

Nestes casos a realização da espirometria é obrigatória. Estes doentes costumam ter infeções respiratórias mais frequentes. A exacerbação dos sintomas respiratórios, que  pode obrigar a internamento, têm importância para a classificação da DPOC, representando um pior prognóstico/maior gravidade quanto mais frequentes forem.

O tratamento da DPOC passa por três vertentes:

- Cessação tabágica (o primeiro e mais importante passo nos fumadores, no sentido de prevenir o agravamento de alterações já existentes);

- Medicação inalada dirigida para controlo sintomático, redução da frequência e gravidade das exacerbações e melhorar a tolerância ao esforço. Aqui estão incluídas as vacinas (antigripal e antipneumocócica);

- Reabilitação respiratória – programa de fisioterapia com exercícios respiratórios e não só, ajustados á função pulmonar e capacidade física do doente que tem como objetivo reduzir os sintomas e promover a qualidade de vida e autonomia física e emocional do mesmo.

A DPOC coexiste com frequência com outras doenças (comorbilidades) que têm impato no curso da doença e têm de ser tratadas de acordo com as indicações de cada uma.

O cancro do pulmão é frequente nestes doentes e com uma mortalidade importante. Outras comorbilidades comuns são as doenças cardiovasculares como o Enfarte do Miocárdio, Arritmias cardíacas, Insuficiência cardíaca; Diabetes, Osteoporose; depressão.

Atendendo à morbilidade e mortalidade desta doença, torna-se essencial promover acesso à espirometria, cursos de sensibilização dos profissionais de saúde e promoção da cessação tabágica bem como prevenção do hábito.

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Ministério da Saúde
O rastreio ao cancro da mama vai passar a ser iniciado mais tarde, em mulheres a partir dos 50 anos, segundo um despacho do...

O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro confirmou hoje que atualmente o rastreio ao cancro da mama se inicia aos 45 anos e se destina a mulheres até aos 69 anos.

Um despacho do Ministério da Saúde, datado de setembro, vem "uniformizar critérios" nos programas de rastreio a doenças oncológicas. No cancro da mama estabelece que passe a abranger mulheres dos 50 aos 69 anos, com uma mamografia a cada dois anos.

Segundo o despacho, "as adaptações necessárias aos novos programas de rastreio" devem estar implementadas até final do próximo ano.

O presidente da Liga Contra o Cancro considera que, na prática, a data dos rastreios com a nova faixa etária vai depender de cada administração regional de saúde.

Vítor Veloso admitiu que há um conjunto de pessoas que tem vindo a defender que as mamografias sejam feitas a partir dos 50 anos, mas considerou que devia ter-se aproveitado para abarcar as mulheres mais velhas, até aos 75 anos pelo menos.

Segundo o despacho do Ministério da Saúde, as utentes entre os 45 e os 50 anos que já tenham iniciado o programa de rastreio antes da introdução das alterações devem ser mantidas no programa.

Todos os anos, há cerca de seis mil novos casos de cancro da mama em Portugal, o que significa 11 casos novos por dia, que provocam a morte a quatro mulheres diariamente.

Direção-Geral da Saúde
O número de casos confirmados de doença dos legionários do surto no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 51,...

De acordo com os números divulgados, como dados preliminares e ainda sujeitos a validação, os 51 casos de infeção com a bactéria 'Legionella pneumophila' são todos de pessoas com história de doença crónica e/ou fatores de risco, sendo 35 pessoas com mais de 70 anos e 30 mulheres (na segunda-feira eram 29).

O surto provocou até agora cinco mortes.

Na atualização a Direção-Geral da Saúde (DGS) diz que 13 pessoas já tiveram alta clínica (mais três do que na segunda-feira), que 26 estão atualmente internadas em enfermaria e que seis estão em unidades de cuidados intensivos.

A ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
A taxa de natalidade no Brasil registou em 2016 a maior queda verificada em quase três décadas, em parte devido à epidemia do...

A informação faz parte de uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

"Além da tendência crescente de ter filhos mais tarde, várias famílias podem ter-se assustado com a epidemia de zika que afetou o país entre 2015 e 2016, que foi associada ao nascimento de bebés com microcefalia", informou a pesquisadora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Cristiane Moutinho.

Segundo os dados do instituto de pesquisas brasileiro, no ano passado o país registou 2,79 milhões de nascimentos, número que indica uma redução de 5% em relação ao ano anterior.

A taxa de natalidade caiu 10% no estado de Pernambuco, local onde o vírus zika teve impacto maior e que liderou o número de casos de nascimento de bebés com microcefalia.

O vírus zika é transmitido principalmente pela picada de mosquito Aedes Aegypti e quando contamina mulheres grávidas pode levar os bebés a nascerem com microcefalia e outros problemas neurológicos graves.

A analista do IBGE acredita que a longa crise económica do Brasil também contribuiu para a diminuição da taxa de natalidade no ano passado.

No entanto, Cristiane Moutinho lembrou que em alguns estados brasileiros, como Roraima, o número de nascimentos foi maior no ano passado, crescendo 3,9%.

"Em Roraima, fatores específicos, como a imigração de venezuelanos, podem ter contribuído para o aumento no número de nascimentos. É preciso haver mais estudos e cruzamento com os dados do Ministério da Saúde para analisar as situações nas diferentes unidades da Federação", concluiu.

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