Legionella
O corpo de uma das vítimas mortais do surto de 'legionella' no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, foi...

Fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa confirmou que a recolha do corpo foi efetuada quando já estava a decorrer o velório, na Igreja de Santo Condestável, em Campo de Ourique, Lisboa.

“Confirmo essa situação. O DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa ordenou a recolha do corpo para autopsia no Instituto de Medicina Legal”, afirmou.

Segundo a mesma fonte, a situação "foi desconfortável”, mas teve que ser cumprida.

“Dizer que é uma situação muito sensível é pouco e foi difícil de gerir. Foi desconfortável, mas teve de se cumprir. As pessoas estavam desagradadas com a situação, o que é natural, mas não houve problemas de maior”, disse a PSP.

Fonte do Comando Nacional da PSP também confirmou que o corpo foi recolhido durante o velório, explicando que se tratou de cumprir um “procedimento obrigatório”.

O Ministério Público ordenou igualmente a autópsia ao corpo da outra vítima mortal, o que originou que a data das cerimónias fúnebres tivesse de ser alterada, disse fonte da família.

O Ministério Público anunciou ontem que os elementos recolhidos originaram a abertura de um inquérito ao surto de 'legionella' no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que já causou dois mortos e infetou pelo menos 35 pessoas.

“Os elementos recolhidos deram origem a um inquérito, que se encontra em investigação no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa”, refere o Ministério Público.

Criadores de gado
A Organização Mundial de Saúde recomendou que criadores de gado e indústria alimentar parem de dar antibióticos a animais de...

A nova recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) visa "ajudar a preservar a eficácia dos antibióticos que são importantes para a medicina humana, reduzindo o uso desnecessário em animais", segundo uma nota de imprensa publicada no portal da instituição.

A OMS assinala que a utilização excessiva e indevida de antibióticos em animais e pessoas contribui para a "ameaça crescente da resistência" das bactérias a antibióticos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, alguns tipos de bactérias que causam infeções graves em humanos "já desenvolveram resistência à maioria ou mesmo a todos os tratamentos disponíveis", havendo "poucas opções promissoras" em termos de terapêuticas alternativas.

Para a OMS, o uso de antibióticos em animais saudáveis só deve ser considerado para prevenir doenças que tenham sido diagnosticadas noutros animais da mesma espécie.

Sempre que possível, deve ser verificado nos animais doentes qual o antibiótico mais eficaz para tratar a infeção.

Em alternativa à utilização de antibióticos em animais, e como medidas de prevenção de doenças, a OMS aconselha, designadamente, o reforço da higiene e da vacinação e mudanças nas práticas de criação de gado.

Apesar da recomendação, o uso de antibióticos para estimular o crescimento de animais para consumo humano já é proibido na União Europeia desde 2006, sendo que algumas cadeias alimentares adotaram a política de fornecer carne sem antibióticos, salientou a OMS.

Legionella
As autoridades de saúde indicaram que o surto de 'legionella' no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, entrou...

Em conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, estimou que o surto, que já provocou duas vítimas mortais, esteja a entrar numa fase com menos casos por dia, adiantando que ontem apenas foi confirmado um novo infetado e que outro está em investigação.

Até ao momento, há 35 pessoas infetadas, cinco delas internadas em unidades de cuidados intensivos.

Graça Freitas indicou também que os resultados preliminares de análises colhidas após as medidas corretivas aplicadas no sistema de refrigeração indiciam um efeito positivo dessas medidas.

Também o ministro da Saúde destacou os "bons sinais" de que o surto "terá entrado numa curva descendente".

Adalberto Campos Fernandes considerou que os portugueses "têm condições para confiar no Serviço Nacional de Saúde, que respondeu com grande firmeza e competência".

A diretor-geral da Saúde afirmou também que houve uma “grande capacidade de resposta”, insistindo que “a realidade está a evoluir de forma muito positiva”.

“O número de casos novos está perfeitamente estabilizado. Tudo indica que o surto vai entrar numa fase com menos casos por dia até que se extinguirá. Esperam-se para os próximos dias relativamente poucos casos”, indicou Graças Freitas.

A responsável adiantou que há cinco doentes ainda internados em unidades de cuidados intensivos, que inspiram mais cuidados, mas que apresentam uma situação estável. Quatro deles estão em unidades públicas de saúde e um outro num hospital privado, por opção própria.

Graça Freitas lembrou que os doentes infetados com legionella são geralmente pessoas mais idosas e com várias doenças associadas.

A diretora-geral da Saúde recordou que na sexta-feira o hospital de São Francisco Xavier notificou a DGS sobre o diagnóstico de doença dos legionários, provocada pela legionella, em três doentes. Nesse mesmo dia foi feita análises aos circuitos de águas dos hospitais.

No dia seguinte, sábado, foram aplicadas medidas corretivas, como choque térmico e químico, bem como o encerramento das torres de refrigeração.

No dia seguinte foram colhidas novas amostras de água cujos resultados ainda preliminares apontam para um “efeito positivo das medidas que foram tomadas”.

Conselho Geral e de Supervisão
O Conselho Geral e de Supervisão da ADSE concluiu ontem que a abertura do sistema de saúde a novos beneficiários “terá de ser...

Os 17 membros do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) estiveram reunidos ontem à tarde a avaliar o novo regulamento dos benefícios da ADSE e a atualização das tabelas, depois de, na parte da manhã, terem aprovado por unanimidade um parecer sobre as medidas do Orçamento do Estado para 2018.

Segundo José Abraão, membro do CGS da ADSE e dirigente da Federação Sindical (FESAP), na reunião desta tarde “não houve decisões”, mas ficou expresso “algum consenso de que a abertura da ADSE a novos beneficiários terá de ser feita com muito cuidado”.

“Não pode ser feito um alargamento cego, que ponha em causa a sustentabilidade da ADSE”, defendeu o sindicalista em declarações à Lusa.

Para já, acrescentou José Abraão, os membros do CGS reuniram “consenso” em alargar a ADSE “a quem já é trabalhador da administração pública, nomeadamente aos contratos individuais de trabalho”.

Também Francisco Braz, dirigente sindical com assento no CGS, revelou que, por agora, o CGS apenas chegou a consenso sobre a possibilidade de inscrever na ADSE os contratos individuais de trabalho do Estado e "outras situações de injustiça", devendo "ficar para mais tarde" a abertura do sistema aos cônjuges dos funcionários públicos.

"Face ao desconhecimento total sobre o impacto na sustentabilidade [da ADSE] que a abertura a novas inscrições terá, ficámos pelo consenso relativo aos contratos individuais e situações pontuais de injustiça", afirmou Francisco Braz.

O responsável acrescentou que na reunião o conselho diretivo da ADSE apresentou dados que apontam para um aumento da receita da ADSE com a entrada de novos beneficiários, "mas o aumento da despesa é muito maior".

A discussão sobre o alargamento da ADSE aos cônjuges dos beneficiários continuará na próxima reunião, marcada para dia 21, assim como a análise à proposta do conselho diretivo sobre a atualização das tabelas.

No parecer aprovado por unanimidade esta manhã, o CGS da ADSE alerta para o facto de a proposta do OE2018 não prever o aumento do número de beneficiários.

No documento, o CGS defende ainda a redução das contribuições dos beneficiários e recomenda que o Governo avance com uma transferência de 13 milhões de euros para a ADSE, de modo a compensar as isenções de cerca de 55 mil beneficiários, que não pagam contribuições por terem uma pensão inferior ao valor do salário mínimo.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde disse ontem que a origem do foco de legionella em Lisboa foi o hospital São Francisco Xavier, considerando...

Numa conferência de imprensa para fazer um ponto da situação do surto que já infetou 35 pessoas e provocou dois mortos, o ministro da Saúde; Adalberto Campos Fernandes, indicou que “desde o primeiro minuto” que as evidências apontaram para uma emissão a partir daquele hospital.

“Desde o primeiro minuto que as primeiras evidências epidemiológicas e técnicas apontaram para uma emissão dentro do perímetro do hospital. A afirmação que foi hoje produzida durante o dia não tem qualquer compaginação com a realidade”, declarou Adalberto Campos Fernandes aos jornalistas.

Ontem, o presidente dos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) afirmou que as autoridades identificaram nas redondezas do São Francisco pelo menos sete equipamentos potencialmente produtores de aerossóis e onde poderá também ter começado o surto.

Segundo declarações do responsável ontem de manhã, a maior probabilidade é que o surto tivesse tido origem nas instalações do hospital, mas, por precaução, a Administração Regional de Saúde (ARS) e o delegado de saúde fizeram o levantamento dos equipamentos potencialmente geradoras de aerossóis para fazer análises.

Também na segunda-feira ao fim do dia, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, deu a entender que não estava esclarecida a origem do foco de infeção.

"É prematuro dizer qual é o ponto de infeção", disse Graça Freitas em conferência de imprensa, insistindo em que não era ainda possível identificar uma origem específica da contaminação.

Mas ontem, o ministro da Saúde disse ter ouvido com atenção as declarações da diretora-geral da Saúde, não tendo ficado “com esse tipo de dúvida”.

Adalberto Campos Fernandes considerou que a caraterização epidemiológicas e os elos que se estabelecem nestas situações são “relativamente fáceis para quem é do domínio da saúde pública”, indicando que se torna “mais fácil e seguro garantir” agora que a “fonte primária emissora dos aerossóis [com a bactéria] está controlada”.

A doença dos legionários, causada pela legionella, é uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída pela inalação da bactéria presente em aerossóis. Não se transmite por ingestão de água, mas sim pela inalação de aerossóis contaminados com a bactéria.

Legionella
O ministro da Saúde afirmou que terá havido uma falha técnica na base do surto de legionella no Hospital São Francisco Xavier,...

Em conferência de imprensa em Lisboa, Adalberto Campos Fernandes disse que "não se infetam 35 pessoas com uma ausência de falha. Trata-se provavelmente de uma falha técnica".

O ministro considerou irresponsável atribuir este surto a uma falta de financiamento para a manutenção dos equipamentos dos hospitais.

Campos Fernandes adiantou que pediu à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde para acompanhar as investigações em curso sobre o surto, entendendo também como importante o "acompanhamento do Ministério Púlico".

O surto de 'legionella' no hospital São Francisco de Xavier, em Lisboa, infetou até ao momento 35 pessoas e provocou dois mortos, mas ainda não está esclarecida a origem do foco de infeção.

Médicos Sem Fronteiras
O surto de cólera que afeta a República Democrática do Congo é um dos mais graves dos últimos anos, considerou a organização...

A doença alastrou a 21 das 26 províncias da República Democrática do Congo (RDCongo), depois de a seca ter desencadeado um aumento do consumo de água do lago Kivu, infetando até agora 38.000 pessoas e fazendo 709 mortos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A cólera é endémica em nove províncias do país, mas a seca dos últimos meses e a elevada mobilidade da população em determinadas áreas causaram, este ano, uma propagação mais rápida e uma maior taxa de infeção, com mais cerca de 28% de casos que em 2016.

A Médicos Sem Fronteiras (MSF) tratou mais de 18.000 pessoas nos 30 centros e unidades de tratamento de cólera que coordena nas províncias de Kwilu, Congo Central, Tanganica, Kivu Norte e Sul, Ituri, Bas Uélé, Maniema e Alto-Lomami.

A RDC vive uma grave crise humanitária com cerca de 3,8 milhões de deslocados internos, de acordo com o Departamento da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários.

Segundo dados da ONU, só na região de Kasai fugiram 1,5 milhões de pessoas, das quais 31.000 se refugiaram em Angola.

Parte da população que fugiu devido ao conflito na região de Kasai, regressa a casa e isso faz com que a ajuda nessas zonas seja mais urgente, alertaram os Médicos Sem Fronteiras.

A ONG observou que há subnutrição generalizada entre menores e cerca de 10% ou mais de desnutrição aguda severa em várias zonas.

As equipas da MSF trataram quase mil crianças com desnutrição severa nos nove primeiros meses deste ano em Tshikapa, a capital da província de Kasai.

“A crise de Kasai foi completamente ignorada”, acusou o responsável de operações de emergências da MSF, Gabriel Sánchez, acrescentando que “as pessoas que regressam às suas aldeias têm que enfrentar sozinhas a reconstrução das suas casas, começar a cultivar os campos novamente, muitas vezes sem os instrumentos adequados para lavrar, ou depois de as suas fontes de rendimento terem ficado afetadas”.

Sánchez indicou que metade dos centros de saúde foi saqueada ou destruída pela violência e está a recuperar muito lentamente a sua atividade em Kasai e lamentou que a ajuda esteja a chegar tão devagar e “de forma insignificante” à zona, dada a magnitude da tragédia.

Programa Alimentar Mundial
A fome no mundo mata mais pessoas do que a sida, a tuberculose e a malária juntas, disse na Web Summit o diretor da Inovação do...

A fome “mata mais pessoas do que a sida, a tuberculose e a malária juntas”, afirmou Robert Opp durante a sua intervenção na cimeira, em Lisboa, onde apresentou cinco formas de utilizar a tecnologia para combater o problema da fome.

Um dos desafios do Programa Alimentar Mundial (PAM) é “usar a tecnologia para atacar um dos maiores, mais duradouros e um dos mais trágicos” problemas que a humanidade enfrenta, sublinhou o responsável.

Um dos desafios passa por utilizar ‘drones’ e inteligência artificial para avaliar a situação em que se encontra o local correspondente à crise humanitária de forma a poder atuar rápida e assertivamente.

Durante o seu discurso, Robert Opp apontou como objetivo a criação de uma plataforma ‘online’ que interliga produtores e consumidores, pois considera que em muitos países os mercados “não são eficientes”.

O diretor de Inovação do PAM acrescentou que serão desenvolvidas novas plataformas para que os cidadãos possam participar no programa e ajudar a combater a fome do mundo, uma vez que, considerou, os donativos “não são suficientes”.

Cerca de 815 milhões de pessoas no mundo “não têm comida suficiente” devido a catástrofes naturais, conflitos e pobreza extrema.

De acordo com Robert Opp, esse valor corresponde a uma em cada nove pessoas em todo o mundo.

A ONU já tinha divulgado, em setembro passado, um relatório publicado por três das suas agências, onde indicou que, após uma diminuição constante durante mais de dez anos, o número de pessoas a passar fome está a aumentar e atingiu o valor de 815 milhões em 2016.

No total, cerca de 155 milhões de crianças menores de cinco anos registam atrasos de crescimento devido à fome, segundo o relatório.

O Diretor de Inovação da PMA indicou ainda que o número de deslocados devido a guerras e conflitos é o maior desde a II Guerra Mundial.

“Sessenta a 65 milhões de pessoas deslocaram-se das suas casas devido a conflitos e quando são deslocadas perdem a sua vida e podem passar fome por não conseguirem comida”, explicou o Diretor de Inovação do PAM.

O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, já tinha dado conta destes valores num relatório anual divulgado em junho passado por essa agência da ONU.

O número de pessoas forçadas a abandonar as suas casas devido à guerra, violência ou perseguição atingiu um valor recorde em 2016, com 65,6 milhões, um aumento face aos 65,3 milhões registados em 2015, de acordo com o relatório.

Robert Opp clarificou ainda que, muitas vezes, “não é apenas uma questão de quantidade [de comida] mas também da qualidade” dos produtos a que as pessoas têm acesso, o que pode deixar sequelas para o resto da vida.

A Web Summit decorre até quinta-feira, no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisboa.

Segundo a organização, nesta segunda edição do evento em Portugal, participam 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, duas mil 'startups', 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois de permanência na capital portuguesa.

Le Monde Diplomatique
Um atlas com dados ilustrados sobre o quotidiano dos portugueses e a análise em 30 artigos de investigadores começa hoje a ser...

De acordo com os organizadores, o livro “Portugal em falta. Atlas improvável” pretende mostrar “um país que não existe nos roteiros turísticos” e saldar “uma dívida com a gente comum do nosso país”.

O Atlas inclui dados sobre o quotidiano dos portugueses, desde os poderes públicos, ao trabalho, aos espaços urbanos, à intimidade e às diferenças, entre outros.

São abordados desde os valores de lixo e de resíduos produzidos pelos portugueses, quantos foram atendidos nos centros de saúde, onde tem sido gasto o dinheiro e os números da evasão fiscal, as prestações sociais, dados sobre criminalidade, como será no futuro a relação entre as cidades e as serras e quem construiu os socalcos do Douro, por exemplo.

O livro inclui 30 artigos de académicos e investigadores, documentados por imagens de arquivos e ilustrados com fotografias de autor, e inclui ainda 10 infografias.

O atlas, organizado por Bruno Monteiro e Nuno Domingos e editado pelo grupo editorial Santillana, é comercializado a partir de quarta-feira com o jornal Le Monde Diplomatique, mas também estará disponível nas livrarias por 12 euros.

“Portugal em falta. Atlas improvável” será ainda apresentado em Lisboa a 17 de novembro e no Porto no dia 24 deste mês.

Legionella
A Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente defendeu a necessidade de "obrigatoriedade" na realização de...

"Tem de haver claramente uma atuação e uma obrigatoriedade para ser feita a prevenção em contínuo dos problemas que temos sentido e agora têm vindo a lume", disse o vice-presidente da Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente (APEA), Tiago Rogado.

A APEA "tem procurado sensibilizar os vários intervenientes e a Administração Central relativamente à ausência da obrigatoriedade legal de serem desenvolvidas auditorias periódicas, frequentes", no âmbito da qualidade do ar interior e, em particular, ao parâmetro considerado fundamental - a 'legionella', e aquela em relação à qual estamos a ter vários problemas, a ' Legionella pneumophila", explicou o especialista.

A legislação em vigor desde 2013, refere que, sempre que possam surgir reclamações queixas ou suspeitas deve o respetivo promotor desenvolver as medidas necessárias, nomeadamente uma ou outra pequena auditoria, ou seja, não há obrigatoriedade legal, especificou Tiago Rogado.

Na lei anterior, de 2006, "havia obrigatoriedade periódica de análises, consoante o tipo de edifícios, de climatização", acrescentou.

Existem, no entanto, recomendações e guias técnicos publicados pela DGS, mas, insistiu Tiago Rogado, "são isso mesmo, normas, boas práticas recomendações, não há obrigatoriedade legal".

Para o vice-presidente da APEA, esta situação "é muito preocupante" porque "existiam diversos peritos qualificados de qualidade do ar interior que exerciam as suas funções no âmbito da anterior legislação".

Com as regras de 2013, apontou, "ficou extinta a profissão de perito qualificado de qualidade do ar interior", por isso, "não há categorias profissionais de técnicos habilitados para poderem desenvolver monitorizações periódicas, fazendo uma gestão do controlo e da prevenção da 'legionella' claramente para nós um aspeto muito crítico".

Em causa está a necessidade de controlo preventivo dos edifícios frequentados pelo público, mesmo que de natureza privada, que possam ter sistemas de refrigeração e, em particular torres de arrefecimento, e que podem ser centros de saúde, unidades hospitalares, indústrias, edifícios de comércio e serviços, escolas.

A legislação em vigor existe para edifícios de comércio e serviços que têm potências de climatização superiores a 20 quilowatts, "o que não inclui unidades industriais ou escolas, lares de idosos, por exemplo", especificou Tiago Rogado.

A 'legionella' é um problema que tem sempre existido e pode ser agravado pela ausência de manutenção de sistemas de climatização ou sistemas de abastecimento de água fria e água quente até 35 graus, em que a bactéria se consegue multiplicar rapidamente.

Em março, a APEA realizou um parecer técnico sobre a necessidade de atualização "urgente" da legislação de 2013 sobre qualidade do ar interior, no qual participaram vários especialistas neste assunto.

Pulmonale
A Pulmonale - Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão vai promover, nos dias 16 e 17 de novembro, no Porto, uma...

A presidente da Pulmonale Isabel Magalhães explicou que a campanha consiste na exposição, no Mercado do Bom Sucesso e na Estação do Metro da Trindade, de dois quadros "exibindo cigarros em diferentes posições", alertando contra os malefícios do tabagismo.

"A nossa mensagem para o Porto é que queremos uma cidade livre do fumo do tabaco", disse a responsável daquela Instituição Particular de Solidariedade Social que recupera os números das mortes ligadas ao consumo do tabaco para tentar "ganhar vidas".

Durante o "Mês do Cancro do Pulmão", a Pulmonale quer "reforçar o seu papel junto da sociedade e promover uma maior sensibilização" lembrando que o cancro do pulmão "não sendo o mais prevalente, é o mais mortífero", sublinhando que anualmente, em Portugal, "surgem cerca de quatro mil novos casos e morrem 3.600 pessoas".

"O tabaco, principal causa de morte evitável, é responsável por 85% dos casos de cancro de pulmão", alerta a associação.

A mesma informação será difundida com o recurso a mupis (mobiliário urbano para informação), disponibilizados pela Câmara do Porto, em vários locais da cidade, replicando em cartaz o que foi exibido no trabalho artístico.

Ao mesmo tempo, e pensando na prevenção, a Pulmomale vai desenvolver ações de sensibilização sobre os malefícios do tabaco junto de jovens, numa campanha que decorrerá sob o lema "Ser fixe é não fumar? Sê embaixador desta causa".

Segundo Isabel Magalhães, através da distribuição de cartazes nas escolas associadas ao evento "a ideia é criar em cada uma delas a figura do embaixador, em cada ano de ensino", em que este "assume a causa não só como sua, mantendo-se como o guardião e assegurando, ao mesmo tempo, que a ideia prevaleça e não seja apenas algo momentâneo".

A Pulmonale foi constituída no final de 2009 para promover a sensibilização para os malefícios do tabaco, facilitar a cessação tabágica, prestar aconselhamento e apoio a pessoas que sofram de cancro pulmão e seus familiares, promover a melhoria e alargamento dos cuidados médicos, a difusão de informação sobre a doença para o público e promover a investigação sobre as causas e tratamento.

Desde setembro de 2011 integra a Global Lung Cancer Coalition (GLCC), uma aliança mundial de caráter não-governamental, que agrega associações de doentes com cancro do pulmão de todo o mundo, com o objetivo comum de combater o estigma existente em torno da doença, tendo sido em setembro de 2013 um dos sócios fundadores da LUCE- Lung Cancer Europe.

Instituto de Soldadura e Qualidade
A seca aumenta o risco de presença da bactéria 'legionella', segundo o Instituto de Soldadura e Qualidade, que...

A engenheira Maria Manuel Farinha, responsável pelo Departamento de Segurança e Ambiente no Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), disse que "o abaixamento dos níveis freáticos e a seca têm criado situações muito preocupantes".

"As condições da água para consumo humano estão diferentes, há mais matéria orgânica e a qualidade da água está diferente", disse, indicando que isso "aumenta o risco da presença de 'legionella'".

Depois da contaminação registada no hospital São Francisco Xavier, que afetou 35 pessoas e provocou já duas mortes, o ISQ recebeu "pedidos adicionais" de hospitais que pediram análises à sua água, indicou Maria Manuel Farinha, sem referir os nomes dos estabelecimentos por questão de confidencialidade.

O ISQ, que faz regularmente análises a pedido dos hospitais, recolheu amostras de água das torres de refrigeração, sanitária e de outras fontes, fazendo primeiro testes para detetar a presença de 'legionella' e depois para determinar qual a estirpe em causa.

Maria Manuel Farinha afirmou que poderá ser necessário reforçar a monitorização das águas dos hospitais para despistar eventuais contaminações.

No balanço mais recente das autoridades de saúde, subiram para 34 os casos confirmados de doença dos legionários no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, encontrando-se cinco doentes infetados em unidades de cuidados intensivos.

Tal como a Direção-Geral de Saúde anunciara na segunda-feira, na sequência deste surto morreram duas pessoas.

A maior parte (68%) dos infetados neste surto têm idades iguais ou superiores a 70 anos: um infetado tinha entre 40 a 49 anos, dez entre 50 a 69 anos e 21 entre 70 a 89 anos. Dois doentes tinham 90 ou mais anos.

“TOP 5’17”
O Centro Hospitalar do Porto, que integra o Hospital de Santo António, foi hoje distinguido com o “Prémio Consistência” e com o...

O “TOP 5’17” é um “ranking” da responsabilidade da IASIST, uma multinacional de origem espanhola, que pretende premiar os hospitais públicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que apresentaram os melhores resultados clínicos ao longo do ano.

Este ano, a IASIST atribuiu, pela primeira vez, o “Prémio Consistência” e o “Prémio Evolução Clínica”, distinguindo, cada um, cinco vencedores.

Além do Centro Hospitalar do Porto, foram distinguidos com o “Prémio Consistência” o Hospital Santa Maria Maior, em Barcelos, o Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, o Hospital de Braga e a Unidade Local de Saúde do Alto Minho.

Este prémio “visa dar visibilidade aos hospitais que de uma forma consistente, durante os vários anos de análise, conseguiram ter os melhores resultados, tendo sido sempre nomeados ou vencedores”, disse à agência Lusa João Completo, da IASIST.

Com o “Prémio Evolução Clínica” foram distinguidos o Hospital da Prelada, o Hospital da Horta, o Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, o Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), o Centro Hospitalar do Porto e a Unidade Local de Saúde do Nordeste.

Segundo João Completo, este prémio representa uma “novidade grande”, porque “premeia os hospitais que tiveram a melhor evolução, independentemente de serem os melhores”.

“Este ano resolvemos dar visibilidade a estes hospitais que fizeram um bom caminho, que foram os que mais melhoraram, e nunca foram alvos de visibilidade porque nunca tinham estado nos três primeiros”, explicou.

Na edição deste ano, a metodologia utilizada também foi diferente, conforme explicou à Lusa João Completo.

Até ao ano passado, a IASIST avaliava os hospitais com base nos resultados do ano anterior em quatro dimensões: Qualidade (mortalidade, complicações e readmissões), Eficiência (demoras médias no internamento, produtividade por médico e enfermeiro e custos que os hospitais incorrem por doente) e Adequação (cirurgia de ambulatório).

Mas 2016 – ano que iria servir de base de avaliação – “foi um ano de transição do sistema de classificação de doenças” e alguns hospitais pilotos começaram a fazer o registo da informação clínica dos doentes com base na nova classificação.

“Por essa razão, os hospitais que em 2016 começaram a trabalhar neste projeto-piloto [Centro Hospitalar Lisboa Central, e os hospitais de S. João, no Porto, e de Évora] sairiam prejudicados na comparação”, explicou João Completo.

Por esta razão, a IASIST decidiu desdobrar o prémio em dois e alterar a metodologia, sublinhou.

Em 2016, foram distinguidos pela multinacional os centros hospitalares de Póvoa de Varzim/Vila do Conde, do Porto, os hospitais de Cascais, de Braga e a Unidade Local de Saúde de Matosinhos.

Conselho Geral da ADSE
O Conselho Geral e de Supervisão da ADSE aprovou hoje por unanimidade o parecer sobre as medidas do Orçamento do Estado para...

“O parecer foi aprovado por unanimidade e defende que os beneficiários mantêm a expectativa de que, até à apresentação de propostas de alteração ao OE2018, no parlamento, haverá uma proposta de redução das contribuições”, contou José Abraão, sindicalista e membro do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE.

Apesar de defender a redução das contribuições para a ADSE, que atualmente são de 3,5%, o CGS não avança com novos valores para os descontos.

O documento aprovado na manhã de hoje recomenda ainda que o Governo avance com uma transferência de 13 milhões de euros para a ADSE, de modo a compensar as isenções “de cerca de 50 mil beneficiários que não pagam contribuições” por terem uma pensão inferior ao salário mínimo, adiantou José Abraão, que é dirigente da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP).

O parecer esteve a ser analisado e foi aprovado numa reunião do CGS que ainda decorre e onde será ainda discutida a proposta de atualização das tabelas, apresentada pelo conselho diretivo há pouco mais de uma semana.

A proposta do conselho diretivo determina um aumento do preço das consultas para os beneficiários da ADSE, mas o presidente do instituto, Carlos Baptista, esclareceu que os novos valores só serão aprovados se houver parecer favorável do CGS.

O conselho diretivo propõe um aumento, a partir de janeiro, de 1,51 euros nas consultas de clínica geral e de 1,01 euros nas de especialidade, para 5,0 euros em ambos os casos.

Se a proposta avançar, também os encargos suportados pela ADSE com as clínicas privadas poderão subir 4,03 euros nas consultas de clínica geral e 0,53 euros nas de especialidade, para 15 euros.

Para o dirigente da FESAP, a subida do preço das consultas para os beneficiários “é inaceitável” se não houver redução das contribuições.

O CGS da ADSE é presidido pelo ex-líder da UGT João Proença e é composto por 17 membros, dos quais quatro são representantes dos beneficiários (ligados aos sindicatos), três de organizações sindicais e seis dos ministérios da Saúde e das Finanças. O conselho conta ainda com dois membros das associações dos aposentados da administração pública, um da Associação Nacional de Municípios Portugueses e outro da Associação Nacional de Freguesias.

Compete ao CGS emitir parecer sobre as várias matérias relacionadas com a ADSE, sobre objetivos estratégicos, planos e relatórios de atividades e orçamento, bem como supervisionar a atividade do conselho diretivo.

O melhor do país no seu grupo pelo terceiro ano consecutivo
O Hospital de Braga, gerido pela José de Mello Saúde, é pelo terceiro ano consecutivo um dos melhores hospitais públicos do...

O “Prémio Consistência” atribuído ao Hospital de Braga, esta terça-feira, dia 7 de novembro de 2017, pela empresa de benchmarking Hospitalar - IASIST – confirma que esta unidade hospitalar, gerida pela José de Mello Saúde (JMS), é, pelo terceiro ano consecutivo, uma das melhores do Serviço Nacional de Saúde. 

Esta distinção atesta a consistência da qualidade dos serviços prestados pelo Hospital de Braga nos últimos anos, já que o “Prémio Consistência” distingue o hospital que no último triénio obteve os melhores resultados globais no seu grupo de referência.

A atribuição deste prémio teve por base três critérios, nomeadamente, o maior número de presenças nos três primeiros lugares; melhor somatório de posições globais e melhor posição global de sempre, tendo em conta a qualidade assistencial, eficiência e adequação.

A qualidade é medida, entre outros indicadores, pelos índices de mortalidade, complicações e readmissões. A eficiência é aferida, entre outros índices, pela demora média e custos operacionais de doentes-padrão por médico, e a adequação pelo índice de cirurgia convencional, de cirurgia ambulatória, entre outros. 

A classificação dos diversos Hospitais participantes tem por base os grupos de referência já constituídos pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) para efeitos de financiamento. No grupo do Hospital de Braga, de média/grande dimensão, estão mais 7 hospitais do SNS.

O Presidente da Comissão Executiva do Hospital de Braga, João Ferreira, reconhece que esta distinção “é dirigida a todos os profissionais do Hospital de Braga que no seu dia-a-dia garantem os melhores serviços de saúde à população”.

No privado
A confederação de reformados rejeitou hoje “qualquer aumento dos copagamentos” dos beneficiários da ADSE nas consultas e...

Segundo uma proposta do conselho diretivo da ADSE, os beneficiários da ADSE podem passar a pagar mais 1,51 euros nas consultas de clínica geral no privado e mais 1,01 euros nas de especialidade, a partir de janeiro.

A proposta do conselho diretivo da ADSE, que foi enviada ao conselho geral e de supervisão para apreciação, prevê que, a partir de janeiro, os beneficiários do sistema de saúde da função pública que recorram aos privados com acordo com a ADSE passem a pagar cinco euros por consulta em ambos os casos.

Se a proposta for adiante, também os encargos suportados pela ADSE com as clínicas privadas poderão subir 4,03 euros nas consultas de clínica geral e 0,53 euros nas de especialidade, para 20 euros.

Num comunicado hoje divulgado, a Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) rejeita “qualquer aumento dos copagamentos dos beneficiários”, alegando que estes descontam mensalmente 3,5% dos seus vencimentos ou das suas pensões para poderem aceder ao esquema de benefícios da ADSE.

“É preciso recordar que este desconto sofreu um aumento de 133% entre 2013 e 2014”, salienta a confederação.

Para o MURPI, qualquer atualização de preços praticados junto dos prestadores deve ser “integralmente suportada pela ADSE”.

Lembra ainda que a ADSE é o sistema complementar de saúde dos trabalhadores da administração pública, “uma conquista dos trabalhadores, sendo que a sua sustentabilidade deve ser alcançada com a entrada de novos trabalhadores para os quadros da administração pública”.

A entrada de novos trabalhadores iria “colmatar a enorme carência generalizada de trabalhadores, em especial nas áreas da educação, da saúde e da segurança social”, sublinha o MURPI no comunicado.

Segundo o documento assinado pelo presidente da ADSE, Carlos Baptista, a proposta “procura introduzir mecanismos de combate à fraude” no caso dos transportes, nas cirurgias de preços globais, na faturação de medicamentos durante o internamento e tratamentos do foro oncológico.

Além disso, “permite criar limites à faturação” apresentada pelas entidades convencionadas, acrescenta o responsável pela ADSE.

Direção-Geral da Saúde esclarece
Para que entenda o que é a Doença dos Legionários e como pode reduzir o risco de infeção, a Direção-

O que é a doença dos legionários?

É uma forma de pneumonia grave causada por uma bactéria chamada ‘legionella pneumophila’.

Quais os principais sintomas?

A doença inicia-se habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A doença desenvolve-se cerca de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

Como pode contrair-se?

Através da inalação da bactéria ‘legionella’ presente em aerossóis. Não se transmite por ingestão de água, mas sim pela inalação de aerossóis contaminados com a bactéria.

Os aerossóis são constituídos por gotículas de água que contêm as bactérias, geradas pela água corrente de torneiras ou chuveiros, autoclismos ou piscinas/SPA.

Como é diagnosticada?

Pela identificação de sintomas e através de exames laboratoriais. A doença, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo.

Onde se encontra a ‘legionella’ e como se desenvolve?

A bactéria pode estar presente em circuitos de água, como chuveiros e torneiras, jacuzzis, banhos turcos, saunas, torres de arrefecimento, fontes ornamentais e equipamentos de humidificação.

Também pode ser encontrada em baixas concentrações em ambientes naturais, tais como rios, lagos e solos húmidos

A bactéria pode sobreviver e multiplicar-se a temperaturas entre 25 e 42 graus.

Como se pode reduzir o risco de infeção?

O risco pode ser evitado com um programa de vigilância e manutenção das instalações e equipamentos que utilizem água e que são suscetíveis de poder conter a bactéria ‘legionella’.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Cinema São Jorge
No ano em que completa o seu 15º aniversário, a Operação Nariz Vermelho (ONV) lançou o desafio de realizar um documentário que...

Com realização entregue a Bernardo Lopes e Hélder Faria, autores do argumento juntamente com João Fonseca, o documentário “Doutores Palhaços” conta com a produção da Força Maior. “Onde o sofrimento impera, os Doutores especialistas em Sorrisos, avivam a esperança e aliviam a dor aos pacientes, familiares e ao corpo clínico dos hospitais. O documentário acompanha estes profissionais da arte de fazer sorrir numa busca interior: trazer felicidade a quem mais precisa.”, sublinham  os realizadores de “Doutores Palhaços”.

Este documentário faz, assim, uma viagem ao percurso de missão da ONV, desde o ano de fundação, altura em que Beatriz Quintella, a Dra. Da Graça, propôs ao Hospital D. Estefânia levar a sua personagem de palhaço às crianças, até aos dias de hoje. Atualmente, a ONV marca presença semanal em 14 hospitais, através de 23 Doutores Palhaços, que espalham alegria e felicidade junto das crianças hospitalizadas. É esta linha temporal, na qual a Operação Nariz Vermelho se impôs e cresceu, com referência também a outras instituições que a nível internacional efetuam o mesmo tipo de trabalho solidário, que dá o mote para esta iniciativa.

“Receber a visita particular de um Doutor Palhaço é uma experiência fantástica e muito especial para uma criança. Quando um palhaço entra num hospital é um evento tão inesperado que transporta as pessoas automaticamente para o momento presente. É esta a nossa maior dádiva, porque nesse espaço mágico tudo é possível.”, afirma Magda Morbey Ferro, diretora de comunicação da ONV, explicando o papel do Doutor Palhaço retratado no documentário.

Esta é mais uma das iniciativas desenvolvidas para comemorar 15 anos da Operação Nariz Vermelho em Portugal. Até 19 de novembro, pode também ser vista na Gare Marítima da Rocha Conde d’Óbidos, em Alcântara, a exposição permanente de arte contemporânea “Debaixo do seu nariz”, que junta mais de trinta artistas contemporâneos num olhar inédito sobre o humor e aos fins de semana uma programação dirigida para os mais novos e suas famílias.

Organização Mundial de Saúde
Entre 75% e 80% dos casos de infeção pela bactéria 'Legionella pneumophila' ocorrem em pessoas com mais de 50 anos,...

De acordo com informação publicada nos últimos dias no site da Organização Mundial de Saúde (OMS), na Europa há todos os anos cerca de 10 a 15 pessoas infetadas com 'legionella' por milhão de habitantes, o que em Portugal daria 100 a 150 doentes num ano.

Estes são dados gerais e comuns a países da Europa, à Austrália e aos Estados Unidos.

Um surto de 'legionella' no hospital São Francisco de Xavier, em Lisboa, infetou até ao momento 34 pessoas e provocou dois mortos, mas ainda não está esclarecida a origem do foco de infeção.

Segundo a nota informativa publicada pela OMS, que nunca se refere à situação em Portugal, 75% a 80% dos casos de doença dos legionários ocorre em pessoas com mais de 50 anos, sendo que 60% a 70% são homens.

Entre os fatores de risco para contrair a infeção são designados pela OMS os hábitos tabágicos, doenças pulmonares pré-existentes, doenças respiratórias crónicas ou doentes imunodeprimidos.

Nos fatores de risco de infeção em meio hospitalar surgem o pós-operatório, intubação, presença de tubos nasogástricos e terapêutica respiratória.

“Os doentes mais suscetíveis são os imunocomprometidos, incluindo recetores de órgãos transplantados e doentes oncológicos e os que recebem tratamentos com corticosteroides”, refere a nota informativa da OMS.

A bactéria 'Legionella pneumophila' foi identificada pela primeira vez no mundo em 1977, durante um surto de pneumonia severa ocorrido um ano antes num congresso de veteranos da Legião Americana.

A doença dos legionários, como ficou conhecida da infeção, é uma forma de pneumonia grave causada pela 'legionella' que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída pela inalação da bactéria presente em aerossóis. Não se transmite por ingestão de água, mas sim pela inalação de aerossóis contaminados com a bactéria.

Legionella
Subiu para 34 os casos confirmados de doença dos legionários no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, encontrando-se cinco...

O novo boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre este surto de ‘legionella’, datado das 12:00, indica que todos os infetados com a bactéria têm doenças crónicas já existentes.

Tal como a DGS anunciara na segunda-feira, na sequência deste surto morreram duas pessoas.

A maior parte (68%) dos infetados neste surto têm idades iguais ou superiores a 70 anos: um infetado tinha entre 40 a 49 anos, dez entre 50 a 69 anos e 21 entre 70 a 89 anos. Dois doentes tinham 90 ou mais anos.

A bactéria também atinge mais as mulheres (65%).

De acordo com a DGS, o primeiro caso de diagnóstico da doença dos legionários foi confirmado a 31 de outubro. Na sexta-feira foram confirmados oito casos, 14 no dia seguinte e quatro no domingo. Na segunda-feira foram confirmados sete casos.

A ‘legionella’ é uma bactéria responsável pela doença dos legionários, uma pneumonia grave. A infeção transmite-se por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

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