Infarmed
O Infarmed realizou este ano 410 inspeções, a maior parte a farmácias e distribuidores, e instaurou 30 processos de...

Segundo uma nota do Infarmed, que inclui dados até ao terceiro trimestre deste ano, a comercialização de medicamentos sem Autorização de Introdução no Mercado (AIM) em Portugal, a venda sem receita de Medicamentos Sujeitos a Receita Médica (incluindo substâncias controladas como as que existem nos antidepressivos) e as condições inadequadas de conservação na farmácia foram alguns dos motivos das contraordenações.

Foi ainda detetada a distribuição para países membros da União Europeia de medicamentos sujeitos a notificação prévia sem que essa notificação tenha sido feita ao Infarmed e a venda de medicamentos já fora do prazo de validade, além da distribuição a entidades não autorizadas a adquirir diretamente

Só a farmácias e distribuidores por grosso, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde fez 300 inspeções até ao terceiro trimestre deste ano.

Na área dos dispositivos médicos e produtos cosméticos foram realizadas 79 inspeções durante este período de 2017.

De acordo com o comunicado, nos últimos sete anos o Infarmed realizou 84 inspeções fora de Portugal (em países terceiros à União Europeia), das quais três foram organizadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) e duas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

À semelhança de outros países da União Europeia, o Infarmed participa num sistema de supervisão a fabricantes de medicamentos e substâncias ativas que estejam em território nacional, mas também em países terceiros, inspeções que podem ser solicitadas pelos próprios fabricantes ou pela EMA, explica a nota.

Narcotraficantes
O procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, disse que os narcotraficantes mexicanos já estão a produzir nos seus laboratórios ...

“O 'fentanil' começou originalmente na China. Estava a ser enviado diretamente por correio para os Estados Unidos. Uma quantidade considerável é enviada para o México e depois atravessa a fronteira de alguma forma”, disse Sessions, em conferência de imprensa.

Sessions garantiu que no México já foram detetados “precursores químicos e os laboratórios começaram a produzir”.

O procurador-geral falava no âmbito da segunda ronda de negociações no diálogo estabelecido entre o México e os Estados Unidos para melhorar a luta contra o narcotráfico, na qual participaram na quinta-feira em Washington vários ministros dos dois países.

Sessions disse que “uma das prioridades” na luta contra o narcotráfico tem que ser “cortar de raiz” o desenvolvimento da produção no México de "fentanil", droga que está já a prejudicar os Estados Unidos.

“Devemos permanecer intensamente focados nesses laboratórios, e assegurarmo-nos de que não se convertem num grande problema no futuro”, acrescentou.

Há um mês, o Departamento de Justiça anunciou o agravamento de penas contra os traficantes de diferentes versões de "fentanil", uma substância considerada até agora com “fins médicos” e que passou à mesma categoria que a heroína, cujo tráfico é punido com até 30 anos de prisão.

Também durante o diálogo com o México, o subsecretário de Estado dos EUA, John Sullivan, “reconheceu” que drogas como o "fentanil" vão continuar a chegar ao país enquanto houver uma procura elevada.

"Devemos reduzir a componente da procura", disse Sullivan, acrescentando que "esta administração recusa-se a ignorar o problema".

O primeiro encontro entre os governos dos Estados Unidos e do México para falar sobre tráfico de drogas realizou-se em 18 de maio em Washington.

Então, os dois países anunciaram uma nova era de colaboração na luta contra o narcotráfico, focada na união para atacar todas as frentes dos cartéis, desde o financiamento às redes de distribuição.

Relatório
Em cada 100 doentes internados em Portugal, 7,8 adquiriram uma infeção associada aos cuidados de saúde, taxa superior à média...

De acordo com o relatório do Programa de prevenção e controlo de infeções e de resistência aos antimicrobianos referente a 2016, que será hoje apresentado no Porto, a prevalência de Infeções Associadas a Cuidados de Saúde (IACS) foi de 7,8% no ano passado (10,5% em 2012).

Os autores recordam que as IACS e o aumento da resistência dos microrganismos aos antimicrobianos (RAM) são “problemas relacionados e de importância crescente à escala mundial”.

“Segundo previsão internacional no que se refere a mortes atribuíveis às RAM quando comparadas com outras causas de morte, estima-se que se estas não forem controladas até 2050, mais 10 milhões de pessoas poderão morrer todos os anos”, lê-se no documento.

De acordo com o relatório, “a higiene das mãos por parte dos profissionais é a medida mais eficaz, mais simples e mais económica de prevenir as IACS”.

Apesar da adesão das unidades de saúde à monitorização das práticas de higiene das mãos ter vindo a aumentar de forma gradual, mais de um quarto dos profissionais de saúde não aderem à higiene das mãos, tendo em conta que, em 2016, a taxa de adesão dos profissionais à higiene das mãos foi de 73%.

Ainda em 2016 iniciou-se a monitorização do uso de luvas pelos profissionais de saúde nas diversas unidades de saúde, à qual aderiram 74 instituições, das quais 39% correspondem a hospitais públicos.

Os autores destacam resultados positivos ao nível da pneumonia associada à intubação, que desceu 36,6% entre 2008 e 2016, nas bacteriémias relacionadas com cateter intravascular central (menos 57,1% nos últimos oito anos) e por ‘Staphylococcus aureus’ resistentes à meticilina (MRSA) e na infeção de prótese de joelho e de cólon e reto.

Em relação à percentagem de MRSA, conhecida como “superbactéria”, esta tem vindo a diminuir desde 2011 (54,6%), situando-se nos 43,6% em 2016 (menos 20%).

“As grandes razões para esta descida, terão por base, não só a implementação e alargamento do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) a todas as unidades de saúde, mas também a implementação da norma do MRSA, da Estratégia Multimodal de Promoção das PBCI, implementação do Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica (PAPA) com redução de quinolonas/carbapenemos”, lê-se no documento.

A 'Klebsiella pneumoniae', um agente comum nas infeções de trato urinário, respiratório e da corrente sanguínea, registou um aumento de 73% em 2016, em relação ao ano anterior.

Em relação ao consumo de antibióticos – expresso em doses diárias definidas por mil habitantes por dia (DHD) – este tem-se mantido “abaixo da média da União Europeia, quer na comunidade, quer nos hospitais”.

“O consumo global de antibacterianos em Portugal nos cuidados de saúde primários mantém-se num nível ainda elevado (21,6), apesar de abaixo da média da Europa (21,9)”, lê-se no documento.

Sobre o consumo de antibacterianos por classes nos hospitais em Portugal e na Europa, salientam-se as penicilinas, seguido das cefalosporinas/outros betalactâmicos, dos macrólidos, lincosamidas e estreptograminas e das quinolonas, seguido das cefalosporinas e outras classes.

Para 2020, os autores pretendem reduzir o consumo de antibióticos na comunidade para um valor abaixo das 19 doses diárias por 1000 habitantes.

Manter a prevalência de 'Klebsiella pneumoniae' resistente aos carbapenemos, em isolados invasivos, abaixo de 6% e reduzir para menos de 8% as infeções hospitalares são outras das metas.

Outro objetivo definido é reduzir para menos de 10% as infeções nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI).

ASAE
A zona de confeção de alimentos do Hospital das Caldas da Rainha foi ontem encerrada pela Autoridade de Segurança Alimentar e...

A “suspensão de laboração” das zonas de confeção de refeições do Hospital de Caldas da Rainha foi determinada na sequência de uma ação de fiscalização “no âmbito da Segurança Alimentar”, confirmou a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

Numa resposta por escrito, a ASAE explicou ainda que a suspensão teve por base a “falta de condições estruturais do local, bem como a deteção de outras inconformidades”, tendo aquela entidade efetuado “diligências junto da Direção do Hospital no sentido de acautelar que fossem garantidas as refeições aos doentes”.

Na sequência da suspensão do funcionamento da zona de confeção de refeições, “a alimentação para os doentes, acompanhantes e funcionários do hospital foi assegurada por uma empresa certificada”, disse à Lusa Filomena Cabeça, vogal do Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), onde se integra o Hospital das Caldas da Rainha.

De acordo com a mesma responsável, a falta de “condições estruturais” que levaram à suspensão prendem-se com ”o chão, as paredes e a cobertura do edifício”, problemas que haviam já sido identificados em fiscalizações “ainda no tempo da anterior administração”.

Segundo Filomena Cabeça, o CA do CHO “fez já uma adenda ao protocolo com o SUCH (Serviço de Utilização Comum dos Hospitais) para que estas questões fossem intervencionadas”, o que obteve em setembro “o visto do Tribunal de Contas”.

Ainda assim, a administração não avança previsões sobre quando arrancará a obra que possibilitará que as refeições voltem a ser confecionadas no Hospital das Caldas da Rainha.

O Hospital das Caldas da Rainha integra o Centro Hospitalar do Oeste, juntamente com as unidades de Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro).

ONU
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse ontem em Tóquio, no Japão, que a saúde é não só um direito de todos os...

"Saúde é tanto um resultado como um promotor de progresso. Está no centro da nossa visão para um futuro mais sustentável, inclusivo e próspero. E é central para a nossa agenda de paz e segurança", disse Guterres.

O secretário-geral está no Japão para participar no Fórum Cobertura Global de Saúde, que reúne até sábado mais de 300 líderes globais com o objetivo de acelerar o acesso universal a cuidados de saúde.

Guterres disse que "devido a investimentos direcionados nas últimas décadas, foram feitos progressos históricos numa variedade de desafios" e deu como exemplo o acesso das mulheres a métodos contracetivos, altos níveis de vacinação, tratamento de pessoas portadoras de HIV, e o fim à vista de doenças como o pólio.

"No entanto, desigualdades grosseiras continuam a deixar os mais vulneráveis para trás. Para muitos, a saúde é inacessível, com custos proibitórios ou nem está disponível", explicou.

Segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Banco Mundial (BM) divulgado quarta-feira, pelo menos metade da população mundial não tem acesso a cuidados essenciais de saúde.

No seu discurso, Guterres lembrou outro dado desse relatório: despesas com saúde fazem com que cerca de 100 milhões de pessoas desçam abaixo do limiar de pobreza todos os anos.

"Saúde é um direito de todos. Nesta nova era de desenvolvimento, precisamos de um sistema de financiamento multi-setor mais simples e sustentável. Sabemos que cada dólar gasto em saúde rende 20 dólares em aumento de rendimento numa geração", explicou.

O secretário-geral disse que "o compromisso político é essencial para desbloquear estes investimentos", mas que os países podem encontrar as suas próprias soluções.

"Não existe, é claro, uma solução que sirva para todos. Cada país deve cumprir o seu caminho na direção de cuidados de saúde universais", explicou.

Guterres lembrou ainda projeções que apontam para a falta de 14 milhões de profissionais de saúde em 2030, dizendo que isso requer investimentos na formação de pessoal médico.

Segundo o relatório divulgado quarta-feira, chamado Tracking Universal Health Coverage: 2017 Global Monitoring Report, mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo, o correspondente a 12% da população mundial, gastam menos de 10% do seu orçamento familiar em cuidados de saúde.

No ranking do relatório, Angola é o país lusófono com pior cobertura de serviços básicos de Saúde, com uma taxa de cobertura dos seus cidadãos de apenas 36 por cento, seguindo-se a Guiné-Bissau, com 39%, Moçambique (42%), Timor-Leste (47%), São Tomé e Príncipe (54%), Cabo Verde (62%) e Brasil (77%).

Portugal é o país lusófono com melhor resultado, tendo mais de 80% da sua população coberta (o relatório não especifica a percentagem de acesso acima dos 80%).

Governo
O Serviço Regional de Saúde (SRS) pouparia dois milhões de euros em medicamentos biológicos, em 2018 (-40%), com a utilização...

“A estimativa que temos para os Açores, e considerando em 2018 os medicamentos que estarão à disposição dos profissionais de saúde, revela que para um investimento de cinco milhões de euros em medicamentos biológicos, a utilização de medicamentos biossimilares representaria uma poupança de 40%, ou seja, cerca de dois milhões de euros”, declarou Rui Luís.

O secretário regional da Saúde, que falava em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na sessão de abertura de uma conferência sobre medicamentos biossimilares, considerou que, face a fatores como o aumento da esperança de vida, “tornou-se inevitável o aumento das despesas com a saúde”, daí que se impunha que se “tire partido de novas soluções terapêuticas”.

Para o responsável governamental pela saúde, a introdução dos medicamentos biossimilares na região deve ser entendida como uma “excelente oportunidade”, sendo que a sua existência nos Açores é “ainda muito incipiente”, apesar de já existirem 20 medicamentos do género no país.

Rui Luís promoveu uma analogia com o caminho percorrido com os genéricos para afirmar que, em agosto, a sua utilização nos Açores representava 46,1% da quota de medicamentos vendidos, havendo uma “margem de crescimento com os biossimilares”.

“Os medicamentos biossimilares devem ser encarados cada vez mais como um investimento com retorno. Por um lado, pelo impacto de poupança que a sua utilização generalizada acarreta e, por outro lado, por um investimento numa visão mais lata do conceito de saúde”, disse o governante.

O secretário regional da Saúde está convicto que esta é a “opção do futuro na política do medicamento nos Açores”, sendo que esta alternativa a introduzir nas terapêuticas “traz não só inovação como um maior acesso ao tratamento por parte dos doentes, bem como o reforço da sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde".

Rui Luís revelou, por outro lado, que a região regista a taxa mais baixa do país em termos de prescrição manual, de 3,5% contra 4,8% no Serviço Nacional de Saúde.

O governante adiantou que a receita sem papel chegou em 2017 a todas as unidades de saúde de ilha e Centro de Oncologia dos Açores, tendo sido subscritas até outubro cerca de 160 mil receitas eletrónicas, permitindo uma poupança de 20 mil euros.

Raríssimas
A associação Raríssimas foi criada em 2002 por Paula Brito e Costa, mãe de um rapaz com uma doença rara (Síndrome de Cornélia...

A escritura desta instituição sem fins lucrativos foi assinada a 12 de abril de 2002 e em outubro de 2003 a Raríssimas foi reconhecida oficialmente como Instituição Particular de Solidariedade Social de utilidade pública, com o objetivo de partilhar experiências e defender os portadores de doenças mentais e raras e suas famílias.

A associação presta “serviços diferenciados, de excelência técnica e científica, que permitem ao utente a melhoria significativa da sua qualidade de vida”, segundo se lê no site da instituição.

“Existimos porque existem cerca de 800 mil portugueses que precisam de nós e milhões de cidadãos pelo mundo fora que fazem do nosso ‘know-how’ a sua bandeira”, prossegue a apresentação da Raríssimas.

O prestígio de uma associação que serve quase 200 utentes atraiu a atenção de várias personalidades, como a antiga primeira-dama Maria Cavaco Silva, que foi madrinha da instituição e levou à Raríssimas a rainha de Espanha, Letizia.

Mas também figuras da esfera política como o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva, como membro da assembleia-geral da Raríssimas, e o ex-secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado, consultor da associação a troco de mais de três mil euros mensais, e que se demitiu na terça-feira, após a denúncia do alegado uso por Paula Brito e Costa de dinheiro da Instituição Particular de Solidariedade Social para fins pessoais.

Entre as irregularidades apontadas, conta-se a compra de vestidos de alta costura, de bens alimentares caros e o pagamento de deslocações, apesar de ter um carro de alta gama pago pela Raríssimas. Além disso Paula Brito e Costa terá também beneficiado de um salário de três mil euros, de 1.300 euros em ajudas de custos e de um Plano Poupança Reforma que rondava os 800 euros mensais.

Paula Brito e Costa anunciou na terça-feira que se afastava da liderança da instituição que fundou há 15 anos e à qual mantém um vínculo de trabalho, como diretora-geral, tal como o marido da ex-presidente e o filho, ao qual chamava “o herdeiro da parada”.

A Casa dos Marcos, na Moita, que tem “um modelo assistencial único e de dimensão transnacional”, segundo a apresentação do projeto no site da associação, é o maior projeto da associação, que beneficia quase 200 utentes, servidos por cerca de 150 funcionários.

A Casa dos Marcos constitui “uma resposta inovadora às manifestações de necessidades comunicadas por doentes portadores de patologia rara, respetivas famílias, cuidadores e amigos, através da disponibilização de um conjunto de serviços especializados que incluem unidade de lar residencial, unidade de residência autónoma, centro de atividades ocupacionais, Clínica dos Marcos, centro de desenvolvimento e reabilitação, Trace-RD, unidade de cuidados continuados integrados e campos de férias”.

Uma assembleia-geral foi marcada a 03 de janeiro para eleger os titulares dos órgãos sociais em falta, após a saída da sua presidente.

Mas o escândalo já foi transportado para o centro do debate político, que não se confinou à situação do antigo secretário de Estado da Saúde, mas também ao próprio ministro Vieira da Silva, chamado ao parlamento na próxima semana para explicar o seu envolvimento com a Raríssimas, o conhecimento que teria sobre a gestão da associação e de denúncias que já existiram nos serviços da Segurança Social

Elementos da Inspeção-geral do Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social iniciaram esta semana uma inspeção a pedido do ministro do Trabalho, Solidariedade Social e Trabalho.

O Ministério Público também começou a investigar a instituição, após uma denúncia anónima.

A par do escândalo, os trabalhadores da Raríssimas estão apostados em manter a funcionar a instituição, enquanto o trabalho dos terapeutas e cuidadores continua, mas com preocupação assumida por funcionários e familiares.

Com a demissão da presidente da instituição, o acesso às contas bancárias está para já bloqueado e os funcionários pedem uma comissão de gestão ou uma direção temporária que tenha poder e possa tomar decisões.

Pais de utentes da Casa dos Marcos, que preferiram não ser identificados, afirmaram que estão preocupados, sobretudo “com os funcionários e com os meninos, que lhes faltem os cuidados de que precisam”.

A mãe de uma criança utente da instituição afirmou que “os terapeutas são pessoas muito capazes”, pelo que mantém confiança total ao entregar o seu filho na Raríssimas.

“Quando isto se soube, os responsáveis pelos terapeutas tiveram o cuidado de falar com os pais, porque são excelentes profissionais, e fizeram questão de separar as águas”, contou.

No entanto, os pais estão preocupados porque, se alguma coisa acontecer à Raríssimas, “não há alternativa”.

“Não enterrem isto”, é o apelo final de uma das mães que depende da Raríssimas para dar qualidade de vida a uma filha com incapacidade total.

Legionella
Os Açores passaram a dispor de um guia ‘online’ que permite informar e prevenir o risco de ‘legionella’, bactéria responsável...

“O guia tem como principal objetivo transmitir algumas informações sobre os cuidados a observar, por forma a prevenir o risco de ‘legionella’, nomeadamente através de uma correta manutenção da rede predial de abastecimento de água e de reservatórios particulares”, explica uma nota do executivo açoriano.

O guia já está disponível ‘online’, através da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA).

De acordo com a ERSA, na dependência da Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo, "a ingestão de água, com a presença desta bactéria, não apresenta qualquer risco para a saúde, sendo a mesma imediatamente eliminada pelo organismo, pelo que os cidadãos não devem ter receio de beber ou cozinhar com água da torneira".

"Até ao momento, e apesar de todas as ocorrências identificadas nos Açores não terem sido graves, nem associadas a sistemas públicos de abastecimento de água, a ERSARA considerou pertinente esclarecer a população sobre o risco de exposição a este tipo de bactéria, associado sobretudo à ineficiência da manutenção de redes prediais", acrescenta.

O guia informativo encontra-se disponível através do endereço http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/sreat-ersara/.

A doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave, inicia-se habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória.

A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

Portugal teve, em 2014, um dos maiores surtos mundiais de ‘legionella’, em Vila Franca de Xira, com o registo de 375 casos e 12 mortes. Recentemente um novo surto registado no Hospital de S. Francisco Xavier, Lisboa, fez seis mortos.

Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde explicou hoje que as diferenças nos pagamentos dos serviços prestados pela associação Raríssimas desde...

“A maior diferença tem que ver com o aumento da capacidade de resposta na tipologia Unidade de Média Duração e Reabilitação [UMDR], que passou de 10 para 19 camas. As restantes diferenças estão relacionadas com as taxas de ocupação”, explicou o coordenador da reforma da Rede de Cuidados Continuados Integrados, Manuel Lopes.

O responsável falava depois de hoje o Diário de Notícias ter divulgado que “um despacho de maio deste ano (…) alterou substancialmente os financiamentos" para a associação Raríssimas, que está a ser investigada por suspeitas de gestão danosa, num caso que já levou à demissão da presidente da associação, Paula Brito e Costa, e do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.

Em declarações à Lusa na sequência das informações divulgadas pelo DN, que indicam que um despacho publicado este ano “mais do que quadruplicou o financiamento dos ministério das Saúde e da Segurança Social”, Manuel Lopes explicou que, no que diz respeito ao financiamento da área da Saúde, os valores que aumentaram têm que ver com o aumento da capacidade de resposta e com as taxas de ocupação.

“Os primeiros contratos com Raríssimas (…) datam de junho 2014. Nesse mês celebrámos contratos para três tipologias diferentes - Unidade de Média Duração e Reabilitação [10 camas de inicio], Unidade de Longa Duração e Manutenção [10 camas] e Unidade de Convalescença [10 camas]”, explicou o responsável, sublinhando que, nesse ano, as camas apenas ficaram disponíveis em julho e, por isso, só foi pago metade do ano, com ”taxas de ocupação muito baixas”.

“Pagámos [no primeiro ano de funcionamento] apenas metade do ano e com uma taxa de ocupação muito baixa e em 2017 temos quase o dobro das camas numa das tipologias [19 camas na UMDR], os valores referem-se ao ano inteiro e com taxa de ocupação plena”, acrescentou.

Manuel Lopes acrescentou que o pagamento é sempre feito por doente, que os valores a pagar por dia estão definidos na lei e que são os serviços de saúde que referenciam os doentes para as instituições.

“Não são as unidades que escolhem, são os serviços públicos que referenciam os doentes para lá e com critérios clínicos”, insistiu Manuel Lopes, acrescentando que os valores são pagos de acordo com o que está definido por lei.

“Temos uma tabela que está publicada em portaria e que define quanto se paga em cada tipologia por doente por dia. (…) É absolutamente controlado por nós”, afirmou.

O responsável explicou ainda que, depois do doente ser colocado na instituição, há uma equipa de coordenação local que acompanha cada unidade e a visita para saber da qualidade dos cuidados prestados.

“Além disso, as unidades são obrigadas a reavaliar os doentes de acordo com critérios que nós definimos e a remeter-nos essas avaliações para sabermos como estão a evoluir”, acrescentou.

Manuel Lopes disse que foi depois de se considerar que os cuidados prestados pela Raríssimas eram de boa qualidade que a tutela decidiu renovar o contrato para um novo triénio (2017/2018/2019), com o mesmo número de camas (39 no total).

“Não há nenhum tipo de problema com aquilo que é pago pelo serviço que a Raríssimas presta à Rede Nacional de Cuidados Continuados no que diz respeito a pagamentos nem à qualidade dos serviços que lá são prestados”, sublinhou o responsável, frisando que “não houve nenhum outro financiamento a doentes da rede a não ser o que está exatamente previsto nas portarias”.

Na sequência da reportagem do caso revelado pela TVI, o ministro do Trabalho e Segurança Social ordenou uma investigação imediata e urgente à Raríssimas e hoje o gabinete do ministro veio explicar que já decorria desde o verão uma auditoria do Instituto de Segurança Social (ISS) a alegadas irregularidades estatutárias na instituição no seguimento de uma denúncia.

Medicamentos
A cooperativa Plural, dedicada à distribuição e armazenamento do medicamento, quer chegar a todo o território nacional num...

"Em dois a três anos esperamos conseguir estar em todo o território nacional", disse aos jornalistas o presidente da Plural, Miguel Silvestre, sublinhando que a cooperativa já cobre cerca de 75% do território nacional continental.

Segundo o responsável, a zona com menos presença por parte da cooperativa é Trás-os-Montes, sendo que com o serviço que a empresa já tem - com a plataforma em Coimbra e a plataforma no Porto - será possível "atingir esse objetivo".

Miguel Silvestre falava aos jornalistas durante a sessão de inauguração da nova sede de Plural, que ocupou a antiga Fábrica da Cerveja, na zona da Pedrulha, Coimbra, mantendo a antiga fachada do edifício.

De acordo com o presidente da Plural, foi feito um investimento de cerca de oito milhões na sede e mais quatro milhões de euros na tecnologia instalada.

Miguel Silvestre realçou que a Plural já tem mais de um terço das farmácias portuguesas como cooperadores na empresa.

Das cerca de três mil farmácias existentes no país, a Plural regista 1.238 cooperadores, sendo que se mantém "um trabalho de formiga, de conquistar farmácia a farmácia", para chegar a todos as farmácias portuguesas.

A Plural é uma cooperativa farmacêutica que resultou da fusão em 2006 da Cofarbel, Farcentro e Farbeira.

Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha de Coimbra transformou uma ambulância em casa do Pai Natal, que está a chegar com atividades e presentes às...

“O grande objetivo deste projeto é o ajudar no retorno à normalidade das populações, trazendo um natal diferente às crianças desta zona”, disse Gonçalo Órfão, vice-presidente da delegação de Coimbra da Cruz Vermelha Portuguesa, que desenvolveu o projeto em parceria com a empresa Primavera BSS e a Associação Nacional dos Animadores Sociais (ANAS).

O projeto vai abranger cerca de 3.000 crianças até aos seis anos de escolas dos concelhos de Gouveia, Seia, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Vila Nova de Poiares, Pedrógão Grande, Arganil, Góis, Lousã, Castanheira de Pêra e Tábua.

“Temos uma ambulância que foi decorada para ser a casa do Pai Natal, onde vai um Pai Natal, uma rena e onde, em parceria com a ANAS, conseguimos criar animação. Então, nós temos uma casa do Pai Natal que vai numa ambulância da Cruz Vermelha às escolas e às zonas de formação deste público mais jovem levar um pouco de alegria”, destacou.

As atividades desenvolvidas, em articulação com as autarquias e os professores, incluem a representação da história “Ambulância mágica de Natal” pelo grupo de teatro da ANAS, com uma mensagem pedagógica sobre a necessidade de proteção do meio ambiente.

Também será distribuída esta história em livro, assim como alguns presentes, “para permitir uma animação e um momento diferente a essas crianças”, que “acabam por ser afetadas por este processo complexo do que aconteceu nestas áreas”, afirmou.

A ambulância do Pai Natal começou a percorrer as escolas na passada segunda-feira e tem atividades previstas até janeiro, “para abranger todas as crianças possíveis”.

Candidaturas abertas
Após o sucesso alcançado na primeira edição a Associação Portuguesa Contra a Leucemia, a Sociedade Portuguesa de Hematologia, e...

Dirigida a investigadores nacionais ou estrangeiros a desenvolver projetos em instituições portuguesas, a Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo representa mais um importante passo na procura de conhecimento sobre esta doença hemato-oncológica rara, o diagnóstico, o tratamento a monitorização, o acompanhamento dos doentes, a epidemiologia, a qualidade de vida dos doentes e/ou o custo / carga da doença..

Em Portugal, estima-se que em cada ano surjam 539 novos casos de Mieloma Múltiplo, segundo dados publicados pelo Registo Oncológico Nacional em 20161 Tratando-se de uma doença rara, existe ainda uma necessidade de tratamentos mais efetivos e/ou mais seguros, que permitam aos doentes prevenir a progressão da doença e aumentar a sobrevivência geral e a qualidade de vida.

O Prof. Doutor Manuel Abecassis, Presidente da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) defende que “O nosso objetivo passa por incentivar a investigação cientifica que possa ter aplicação na prática clínica. Ficámos muito satisfeitos com a qualidade dos trabalhos submetidos na edição anterior e estamos expectantes quanto a este ano.”

Para o Prof José Eduardo Guimarães, Presidente cessante da Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH), “A SPH junta-se com agrado, pelo segundo ano consecutivo, a estes parceiros para apoiar a investigação na área de mieloma múltiplo.”

Por sua vez, o Dr. Tiago Amieiro, Diretor-Geral da Amgen concorda que “A sobrevivência e a qualidade de vida dos doentes são os motores das iniciativas que são desenvolvidas em parceria e apoiadas pela Amgen. Para nós, é um imenso privilégio estar ao lado da APCL e da SPH impulsionando a investigação nacional na área do Mieloma Múltiplo.”

Os projetos submetidos irão ser avaliados por um júri idóneo, composto por peritos de reconhecido mérito em investigação científica e experiência profissional e/ou académica em hemato-oncologia em Portugal e/ou internacional, em particular no Mieloma Múltiplo, nomeado pela APCL e SPH.

Para consultar o regulamento da Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo, aceda a: http://www.apcl.pt/pt/novidades/bolsa-de-investigacao-mieloma-multiplo-2018-01-12-2017

 

1Registo Oncológico Nacional 2016 - http://www.roreno.com.pt/images/stories/pdfs/ro_nacional_2010.pdf

Raríssimas
O Instituto da Segurança Social estava a investigar a Raríssimas quando o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança...

Fonte do gabinete de Vieira da Silva disse que este encontro decorreu a 16 de novembro, aquando da deslocação do ministro a Gotemburgo para participar na Conferência Economia Social e o Futuro do Trabalho e em resposta a um convite do presidente da Agrenska (centro nacional sueco sem fins lucrativos que desenvolve um programa de apoio a crianças, jovens e adultos com deficiência ou portadores de doenças raras e crónicas e respetivas famílias).

A visita ao centro Agrenska, que foi inicialmente avançada na quarta-feira pela TVI, decorreu na manhã de 16 de novembro e na mesma esteve presente a presidente da Raríssimas, Paula Brito e Costa, que não integrava a comitiva governamental.

Fonte do gabinete de Vieira da Silva adiantou que terá sido a organização sueca a convidar a presidente da congénere portuguesa.

A auditoria do Instituto de Segurança Social (ISS) a alegadas irregularidades estatutárias na Raríssimas, no seguimento de uma denúncia, já decorria há mais de quatro meses quando esta visita aconteceu.

Este instituto tinha avançado com a auditoria a 31 de julho, estando a mesma por concluir. O trabalho até agora desenvolvido pelo ISS – que decorreu no seguimento de uma denúncia de um ex-tesoureiro da instituição - deverá ser englobado na inspeção que o ministro determinou segunda-feira, após a reportagem da TVI.

No seguimento desta inspeção da Inspeção Geral do Trabalho, Segurança Social e Solidariedade, a associação Raríssimas recebeu quarta-feira a visita de inspetores que foram informar a metodologia de trabalho.

A polémica com a alegada gestão danosa da Raríssimas já levou à demissão do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, e da presidente da associação, Paula Brito e Costa, que, contudo, ainda não formalizou a mesma junto dos órgãos competentes.

ARS Centro
A administradora hospitalar Rosa Reis Marques foi nomeada presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde do...

Rosa Reis Marques substitui José Tereso que abandona o cargo que ocupava desde 2011, depois de na semana passada ter atingido o limite de idade (70 anos) para o exercício daquelas funções.

De acordo com o despacho do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, Rosa Reis Marques foi indigitada em regime de substituição "até à conclusão do respetivo procedimento concursal efetuado pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública".

A nova presidente da ARSC, de 61 anos, foi administradora hospitalar nos Hospitais da Universidade de Coimbra, Hospital Distrital de Cantanhede, Centro Hospitalar de Coimbra e agora no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, onde ocupava o lugar de administradora hospitalar de primeira classe.

Entre agosto de 2007 e novembro de 2009, Rosa Reis Marques exerceu o cargo de vice-presidente do conselho diretivo da ARSC e nos dois anos anteriores tinha sido vogal do mesmo organismo.

Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, com pós-graduação em Administração Hospitalar, foi vice-presidente da Câmara de Coimbra entre novembro de 2013 a outubro de 2017, no mandato do socialista Manuel Machado, que continua a presidir ao município.

 

OMS
Cerca de 650 mil pessoas morrem todos os anos de doenças respiratórias causadas pela gripe sazonal, de acordo com as novas...

A Organização Mundial da Saúde colaborou com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos para reunir os dados.

“Isto marca um aumento da estimativa global anterior, que estava entre as 250 mil e as 500 mil mortes, que remonta há dez anos atrás e que incluía todas as mortes relacionadas com a gripe, incluindo doenças cardiovasculares e diabetes", explica a OMS, em comunicado.

Os dados que serão trabalhados a partir de agora serão de 290 mil a 650 mil mortes, mas são excluídas as doenças que não tenham natureza respiratória.

O novo cálculo baseia-se em informações mais amplas e de um número maior de países.

“Estes dados evidenciam o peso sanitário da gripe e os seus altos custos sociais e económicos para o mundo”, afirmou o diretor executivo do Programa de Emergências Sanitárias da OMS, Peter Salaman.

Os dados revelam que a maioria das mortes ocorrem em pessoas com mais de 75 anos e nas regiões mais pobres do mundo, mas Peter Salaman afirmou que esse facto não deve originar um “baixar da guarda” dos países.

“Ricos e pobres, grandes ou pequenos, todos os países devem trabalhar juntos para controlar os surtos de gripe”, explicou.

No caso das crianças com menos de cinco anos, praticamente todas as mortes por infeções respiratórias ocorrem nos países em desenvolvimento.

 

 

 

Estudo
A relação entre o tempo de frio e chuva e as dores nas articulações é um mito que persiste desde a antiguidade, mas não há...

A análise foi feita pela Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard (Massachusetts, Estados Unidos) e hoje publicada na BMJ, uma publicação científica sobre medicina. No trabalho, o tempo de inverno é ilibado das culpas do aumento das dores nos ossos, nas articulações ou nas costas.

Os autores admitem que a ideia de que há uma relação entre certos sintomas e clima existe desde a antiguidade, lembram que Hipócrates, o grego considerado o “pai da medicina”, já escrevia como o clima afetava a saúde, mas afiançam que “não há qualquer relação”.

A análise agora publicada, liderada por Anupam Jena, do departamento de Política de Cuidados de Saúde da Faculdade, usou como técnica juntar uma grande quantidade de dados, comparando reivindicações de seguros de milhões de consultas médicas com totais diários de precipitação de milhares de estações meteorológicas da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos.

“Comparámos os dados de todas as formas e não encontrámos qualquer relação entre a chuva e as consultas médicas por causa de dores nas articulações ou nas costas”, disse Jena, professora e interna do Hospital de Massachusetts. E arrasou ainda mais o mito: “As dores nas articulações e nas costas podem muito bem ser previsões meteorológicas não confiáveis”.

Os investigadores analisaram 11 milhões de consultas médicas de americanos mais idosos, entre 2008 e 2012, e questionaram os doentes com perguntas sobre se sentiam dores nas articulações ou se sentiram mais dores (nos casos de pessoas com artrite reumatoide).

A resposta a todas essas questões não mostrou qualquer vínculo significativo entre a dor nas articulações e o clima chuvoso.

No geral, 6,35% das idas ao médico incluíam relatos de dor em dias de chuva, em comparação com os 6,39% de relatos de dor em dias secos.

“Nessa inundação de dados, se houvesse um aumento de dor clinicamente significativo, esperávamos encontrar ao menos um pequeno mas significante sinal desse aumento. Não encontrámos”, disse Anupam Jena.

A especialista lembrou que o cérebro humano é bom a encontrar padrões. E explicou que se uma pessoa espera ter dores nos joelhos quando chove e, se tal não acontece, ela tende a esquecer, mas se tiver mesmo dores vai culpar o tempo de chuva e isso vai ficar na memória.

Relatório
Angola é o país lusófono com pior cobertura de serviços básicos de Saúde, segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde ...

O país tem uma taxa de cobertura dos seus cidadãos de apenas 36 por cento (%). De entre as nações lusófonas, seguem-se a Guiné-Bissau, com 39%, Moçambique (42%), Timor-Leste (47%), São Tomé e Príncipe (54%), Cabo Verde (62%) e Brasil (77%).

Portugal é o país lusófono com melhor resultado, tendo mais de 80% da sua população coberta (o relatório não especifica a percentagem de acesso acima dos 80%).

Segundo este relatório, intitulado 'Tracking Universal Health Coverage: 2017 Global Monitoring Report', pelo menos metade da população mundial não tem acesso a cuidados essenciais de Saúde.

O relatório, que avalia indicadores na área da Saúde em mais de 120 países, refere que mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo, o correspondente a 12% da população mundial, gastam menos de 10% do seu orçamento familiar em cuidados de Saúde.

Seguem-se Portugal (18%), Angola (12%), São Tomé e Príncipe (10%), Timor-Leste (3,0%), Cabo Verde (pouco mais de 2,0%) e Moçambique (cerca de 1,0%). O relatório não apresenta valores para a Guiné-Bissau.

Quanto aos países lusófonos, o Brasil é onde uma maior percentagem de pessoas gasta 10%, ou mais, dos seus rendimentos em gastos de Saúde. Segundo o relatório, cerca de 26% dos brasileiros cabem nesta categoria.

Apesar de se ter registado um progresso de 3,0% no cumprimento da meta de acesso a cuidados de Saúde, os dados do relatório indicam que pelo menos 180 milhões de pessoas gastam um quarto do seu orçamento nesta área e que este grupo está a crescer a um ritmo de 5,0% ao ano.

O diretor de Saúde e Nutrição do Banco Mundial, Timothy G. Evans, assinalou que o crescimento se deve ao facto de "os governos não conferirem prioridade à saúde pública e de as pessoas terem cada vez mais altas expectativas de como deve estar a sua saúde", levando-as a pagar "porque não obtêm uma cobertura pública suficiente".

A diretora-geral adjunta do departamento de Cobertura Sanitária Universal da OMS, Naoko Yamamoto, realçou o surgimento de entidades privadas de assistência médica para suprir as necessidades que "deveriam ser cobertas pelos serviços públicos".

Yamammoto disse que China e a Índia, com grande densidade populacional, foram os países onde este fenómeno se registou mais acentuadamente no ano passado.

O relatório aponta a América Latina como a região no mundo que apresenta a menor percentagem de pessoas que gastam pelo menos 10% do orçamento familiar em assistência na área da Saúde, registo que representa 14,8% da população mundial, cerca de 88 milhões de pessoas.

Quase 100 milhões de pessoas caem na extrema pobreza (viver com menos de 1,7 euros por dia), porque têm de pagar pelos cuidados de Saúde, e outros 122 milhões caem abaixo da linha da pobreza (2,5 euros diários) por causa dos gastos na Saúde.

Ainda sobre o que as famílias despendem com a Saúde, 6,3 milhões de pessoas caíram na pobreza nos países de fracos recursos, muito embora a percentagem revele uma descida nos últimos anos.

Nos países pobres, apenas 17% das mães e filhos recebem assistência médica básica, enquanto a percentagem aumenta para 74% nas nações ricas.

O documento da OMS e do BM destaca que mil milhões de pessoas não recebem tratamento para a hipertensão, mais de 200 milhões de mulheres não têm acesso ao planeamento familiar e cerca de 200 milhões de crianças não recebem todas as vacinas de que necessitariam.

ONU
O volume de lixo eletrónico no mundo aumentou 8% entre 2014 e 2016, o que pressupõe um “risco crescente para o ambiente e para...

O estudo ‘Observatório Global de Lixo Eletrónico 2017’ atribui o crescimento à melhoria do poder de compra e à queda dos preços dos dispositivos eletrónicos.

De acordo com os dados apresentado pelo estudo, no ano passado a quantidade de aparelhos com baterias ou fichas elétricas que foram deitados ao lixo ascendeu a 44,7 milhões de toneladas, abrangendo desde painéis solares a telemóveis, passando por frigoríficos, televisores e computadores.

Apenas 20% desse total foi reciclado.

“A gestão do lixo eletrónico é uma questão urgente no mundo de hoje, digitalmente dependente, onde o uso de aparelhos eletrónicos cresce constantemente”, disse em comunicado o secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Houlin Zhao.

Segundo os dados do estudo, 76% dos aparelhos descartados em 2016 foram parar a aterros ou incineradoras, foram reciclados de maneira informal ou permaneceram guardados em casa.

O estudo lamenta ainda que não se aproveitem os “ricos depósitos de ouro, prata, cobre, platina, paládio e outros materiais de alto valor que são recuperáveis”.

As estimativas indicam que o valor conjunto de todos estes materiais no ano passado ascendeu a 55 mil milhões de dólares (46,71 milhões de euros), equivalente ao produto interno bruto (PIB) de países como a Costa Rica, Panamá ou Uruguai, indicou a EFE.

Na análise por tipo de dispositivo, os equipamentos pequenos, como aspiradores, micro-ondas, rádios ou consolas de jogos, foram os mais comuns (16,8 milhões de toneladas), seguidos por grandes aparelhos, como máquinas de lavar e fotocopiadoras (9,2 milhões de toneladas), equipamentos de frio e calor (7,6 milhões de toneladas), telas (6,6 toneladas) e pequenos equipamentos de comunicações, como telemóveis, ‘tablets’ e outros (3,9 milhões de toneladas).

A Oceânia, com 17,3 quilos de lixo produzido por pessoa, e a Europa, com 16,6 quilos por pessoa, são os continentes mais poluidores, seguindo-se a América (11,6 quilos por pessoa), Ásia (4,2 quilos) e África (1,9 quilos).

Por outro lado, a Europa é o continente com a taxa de reciclagem mais elevada (35%), claramente à frente da América (17%), Ásia (15%) e Oceânia (6%), excluindo-se desta análise o continente africano por falta de dados fidedignos, refere a EFE.

O relatório, no qual participaram a Universidade das Nações Unidas e a Associação Internacional de Resíduos Sólidos, antevê um forte aumento de lixo eletrónico nos próximos anos, com um aumento de 17% para 2021 e uma subida da produção de lixo per capita para os 6,8 quilos, quando em 2016 se fixou nos 6,1 quilos, mais 5% do que em 2014.

Ministro da Saúde
Luís Pisco é o novo presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, em substituição de Rosa...

Em comunicado, o ministro da Saúde informa que o até aqui vice-presidente da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo (ARS LVT) passa a exercer o cargo de presidente, deixado vago por Rosa Matos Zorrinho, que substituiu Manuel Delgado na secretaria de Estado da Saúde.

Luís Pisco é licenciado em medicina, especialista em medicina familiar e em medicina do trabalho. Foi diretor do Instituto da Qualidade em Saúde e coordenador da missão para os cuidados de saúde primários.

Como vice-presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo é nomeada Laura Maria Figueiredo de Sousa Dâmaso da Silveira, que era assessora do conselho diretivo da mesma ARS.

Manuel Delgado pediu a demissão do cargo de secretário de Estado da Saúde na terça-feira, dias depois da emissão de uma reportagem pela TVI, na qual se refere que foi contratado entre 2013 e 2014 pela associação "Raríssimas", com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.

O secretário de Estado alegou, logo após a emissão da reportagem, que se tratou de uma "colaboração técnica" com a associação “Raríssimas” e que nunca participou em decisões de financiamento.

Migrantes
Três organizações não governamentais (ONG) portuguesas juntaram-se num apelo ao primeiro-ministro português para que António...

O apelo está contido numa carta enviada segunda-feira a António Costa pela Amnistia Internacional – Portugal (AI-P), Serviço Jesuíta aos Refugiados – Portugal (JRS-P, na sigla inglesa) e Cáritas, hoje divulgada à imprensa, em que as três ONG exigem também a transferência “imediata” para o território continental dos 15 mil migrantes que se encontram em várias ilhas gregas.

“Enquanto representante de Portugal no Conselho Europeu, o primeiro-ministro deve apoiar o fim da política de confinamento que mantém milhares de requerentes de asilo presos nas ilhas gregas, assim como quaisquer medidas da União [Europeia (UE)] que visem ajudar o governo grego a cumprir as suas obrigações de proteção e acolhimento digno e seguro destas pessoas e o acesso adequado às suas necessidades básicas, lê-se no comunicado conjunto.

Segundo as três ONG, milhares de pessoas, incluindo crianças, mulheres sozinhas ou grávidas e pessoas com deficiência, estão “encurraladas e enfrentam condições deploráveis” que “violam os seus direitos e são prejudiciais ao seu bem-estar, saúde e dignidade”.

Desde a aplicação do Acordo UE/Turquia, em março de 2016, as ilhas de Lesbos, Chios, Samos, Kos e Leros, tornaram-se “locais de confinamento”, sustentam.

“Neste momento, encontram-se cerca de 15 mil pessoas nestas ilhas, 12 mil das quais alojadas em estruturas com capacidade máxima para o acolhimento de cinco mil pessoas”, acrescenta-se no documento, em que se adverte também para a aproximação do inverno.

“Com a aproximação do Inverno, o terceiro desde que as chegadas em larga escala à Europa começaram, é evidente que as autoridades gregas não conseguem dar resposta às necessidades básicas e proteger os direitos dos requerentes de asilo, enquanto estes permanecem nas ilhas”, frisam a AI-P, JRS-P e Cáritas.

A carta enviada ao primeiro-ministro português surge na sequência de uma campanha lançada por 12 organizações humanitárias europeias congéneres, em que apelam ao fim da política de confinamento e à transferência imediata dos requerentes de asilo para o continente.

Na campanha, as 12 organizações enviaram carta idêntica ao chefe do Governo grego, Alexis Tsipras, e aos embaixadores dos Estados membros da UE na Grécia.

“A inação e falta de resposta, até ao momento, por parte do governo grego, levaram a que dezenas de organizações humanitárias levassem a cabo outras medidas em vários países europeus, entre eles, Portugal”, argumentam, considerando “positivo” o anúncio feito recentemente por Tsipras em transferir cerca de 5.000 migrantes para o continente antes do inverno.

“É positivo, mas ainda não suficiente para aliviar a atual sobrelotação do espaço e, acima de tudo, para resolver os problemas sistémicos criados pela situação de emergência e a falta de condições que afetam milhares de pessoas ainda presas nas ilhas gregas”, alertam as três ONG portuguesas e as 12 outras organizações humanitárias internacionais.

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