Estudo
Controlar a asma dos portugueses permitiria uma poupança de cerca de 184 milhões de euros por ano em Portugal, mostram os...

Segundo um dos estudos, intitulado "Cost of asthma in children: a nationwide, population-based, cost-ofillness study", Portugal poderia poupar até 30 milhões de euros por ano, recorrendo somente ao controlo da asma nas crianças até aos 17 anos de idade.

Publicado na edição de novembro do jornal Pediatric Allergy Immunology, e liderado pelo investigador João Fonseca, do CINTESIS, o trabalho indica que esta poupança representaria uma redução de 20% na despesa global com a doença.

De acordo com os resultados do segundo estudo, designado "Cost of asthma in Portuguese adults: A population-based, cost-of-illness study", e publicado na Revista Portuguesa de Pneumologia, o controlo da asma nos adultos, por sua vez, possibilitaria uma poupança superior a 154 milhões de euros por ano.

Este trabalho, da autoria de João Fonseca, em conjunto com os investigadores Luís Azevedo, Ana Sá Sousa, José Pedro Barbosa e Manuel Ferreira-Magalhães, do CINTESIS, é o primeiro estudo a calcular o impacto económico da asma no adulto em Portugal.

Os resultados obtidos pelos investigadores mostram que a asma custa 547 milhões de euros por ano ao governo, o que representa 3% da despesa total em saúde.

Relativamente aos adultos com asma, estes custam cerca de 386 milhões de euros, gastando cada doente em média 708,16 euros por ano, dos quais 93% são custos diretos em saúde, como consultas, idas à urgência, internamentos, testes de diagnóstico e medicação de alívio.

"Os doentes não controlados gastam mais do dobro do que os doentes controlados", indicou o investigador João Fonseca, acrescentando que "um melhor controlo da asma permitiria diminuir as despesas de saúde de forma significativa". 

Já a asma infantil custa mais de 161 milhões de euros por ano, representando cerca de 1% das despesas em saúde.

As conclusões mostram que cada criança com asma representa, em média, 929,35 euros por ano, dos quais 75% são custos diretos.

Uma criança com asma controlada gasta, em média, 747,63 euros por ano, enquanto uma com a doença não controlada gasta 1.758,44 euros, ou seja, mais mil euros por ano.

"As crianças com asma mal controlada têm um número significativamente maior de consultas não programadas e de internamentos. Como a asma mal controlada é um fator determinante para o aumento dos custos, deveriam ser implementadas políticas para melhorar o controlo da asma e reduzir os cuidados médicos relacionados com as crises", indicou.

João Fonseca considera que as pessoas com asma persistente devem fazer a medicação adequada de forma regular e continuada, e não apenas quando aparecem os sintomas, mensagem que se estende também aos profissionais de saúde.

"É insuficiente não piorarmos as coisas, temos que eliminar os internamentos e a necessidade de idas à urgência e o sistema de saúde está longe de ser preocupar com isso e com a asma grave, que é o grande motor dos custos", frisou.

Segundo o investigador, apesar de as patologias serem semelhantes em todo o mundo, os subtipos da doença variam entre países e regiões, sendo os estudos deste género importantes para que se saibam os dados nacionais.

"Esta é a única maneira de poder estimar o que conseguimos fazer com um novo medicamento ou diagnóstico e qual o impacto que essas melhorias ou decisões podem ter na saúde", acrescentou, defendendo a realização de outros estudos, mais detalhados e abrangentes, que diferenciem melhor os subtipos da asma.

Apesar de elevados, os investigadores admitem que os números obtidos nestes estudos estejam subestimados, sobretudo devido à falta de dados relativos aos custos indiretos, que incluem os transportes, o absentismo laboral e a perda de produtividade.

Ministério da Educação
O Ministério da Educação criou novas equipas para fiscalizar as refeições escolares, que já estão no terreno com o objetivo de ...

O ministério da Educação celebrou no verão novos contratos com empresas privadas que, nos próximos três anos letivos, têm a obrigação de fornecer refeições a milhares de alunos. Mas nem tudo correu bem. Pouco depois de começarem as aulas, começaram também as denúncias de má qualidade e pouca quantidade de alimentos.

“De facto tem havido alguns problemas”, reconheceu a secretária de estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.

Para tentar combater este problema, foram criadas novas equipas de fiscalização um pouco por todo o país e ainda hoje deverá ser publicado o despacho assinado por Alexandra Leitão que cria o “Plano Integrado de Controlo da Qualidade e Quantidade das Refeições Servidas nos Estabelecimentos de Educação e Ensinos Públicos”.

Com este plano, passa a haver um “controlo e fiscalização apertada ao nível da escola, que conta com a participação da direção da escola e com as equipas regionais da DGestE, que foram criadas de propósito para andar pelas escolas a ver e a fiscalizar”, explicou a secretária de estado.

Estas equipas contam também com a participação dos pais: “Não é qualquer pai que entra a qualquer momento, mas as direções das associações de pais de cada escola podem também entrar nos refeitórios para ver o que está a ser feito”.

Com as novas equipas de fiscalização no terreno e com poder para aparecer de surpresa em qualquer cantina, o ministério da educação pretende que no segundo período os problemas alimentares sejam “reduzidos drasticamente”.

Segundo números avançados por Alexandra Leitão, em média são servidos cerca de 500 mil almoços e, até agora, os casos mais problemáticos concentravam-se nas zonas de Lisboa e do Porto.

“Há zonas do país onde não houve queixas e outras zonas onde as coisas correm pior”, disse a secretária de Estado, acrescentando que os principais focos de preocupação estão “no norte, na região do Porto, e na região de Lisboa e Vale do Tejo”.

Alexandra Leitão recusa que o valor por refeição (1,46 euros no máximo) seja insuficiente para garantir a qualidade, defendendo sempre que o importante neste momento é controlar que as empresas cumpram com o que prometeram.

“Os padrões de qualidade não estão a concurso”, sublinhou, acrescentando que agora é preciso “fazer uma fiscalização apertada para garantir que aquilo que elas (empresas) garantiram que faziam, estão a fazer”.

No plano de controlo das refeições é sublinhado que o caderno de encargos celebrado com as empresas teve a preocupação de definir “exigentes parâmetros nutricionais e de quantidades” assim como associar “um conjunto de penalidades” a cada uma das obrigações.

“Em cada escola existirá obrigatoriamente um Registo Diário do Funcionamento do Refeitório”, no qual o representante da escola registará a apreciação quantitativa e qualitativa da execução do serviço diário.

O plano prevê ainda que, pelo menos cinco vezes por ano, sejam feitas recolhas de amostras para análise microbiológica. Essa análise deve incidir nas refeições servidas, mas também nos equipamentos e pessoal que trabalha na cozinha. Por exemplo, é analisado o prato que está a ser servido aos alunos, a salada exposta, assim como os pratos, copos e tabuleiros.

Analisar as “mãos de um funcionário a servir os utentes ou a manusear os alimentos já preparados ou confecionados” também está contemplado no documento.

Sobre a possibilidade de as refeições escolares voltarem a ser confecionadas pelas escolas, tal como defendido pelo Partido Comunista e pelo Bloco de Esquerda, Alexandra Leitão considera que este é um processo “difícil, uma vez que foram agora celebrados contratos” para os próximos três anos letivos.

“Não excluímos à partida, mas há dificuldades nesse processo de reversão. Não é fácil, mas é algo que podemos de forma concentrada, pensar. É preciso fazer contas e pensar nos prós e nos contras”, defendeu, acrescentando que esta opção traria também muito mais trabalho para os diretores escolares.

As equipas de fiscalização vão atuar mais nas escolas onde existem contratos com empresas privadas, mas a secretária de estado garante que os refeitórios de administração direta também serão alvo de controlo.

As equipas de fiscalização, que existem em todas as delegações regionais da DGestE, podem ir às escolas verificar se as regras estão a ser cumpridas e se as refeições têm qualidade, segundo o despacho a que a Lusa teve acesso e que deverá ser publicado em breve em Diário da República.

European Commission
TESARO, Inc. (NASDAQ: TSRO), an oncology focused biopharmaceutical company, announced today that the European Commission (EC)...

“We want to express our gratitude to all of the women who selflessly participated in the NIRAPARIB clinical development program. I would also like to thank our partners at ENGOT for their diligence in conducting the ENGOT-OV16/NOVA trial, which was carried out with the highest level of scientific rigor. The unique design of this trial, which included women both with and without germline BRCA mutations, allowed us to independently determine that NIRAPARIB provides significant progression-free survival improvement in a very broad patient population,” said Mary Lynne Hedley, Ph.D., President and Chief Operating Officer of TESARO. “The EC approval of NIRAPARIB marks TESARO’s second product approval in Europe this year. We are committed to working with healthcare providers, payers and patient groups to enable access to this paradigm-changing treatment as quickly as possible.”

NIRAPARIB was approved by the U.S. Food and Drug Administration on March 27, 2017 and is marketed by TESARO in the United States, where it is currently the most frequently prescribed PARP inhibitor for patients with ovarian cancer. TESARO plans to launch NIRAPARIB in Germany and the UK this December, with launches in additional European countries to follow beginning in 2018, based on local reimbursement and availability timelines. Germany and the UK are two of the 17 countries where TESARO currently has a direct presence in Europe.

“Today’s approval of NIRAPARIB is an exciting step forward for the ovarian cancer community in Europe. While platinum-based chemotherapy has proven to be effective, its efficacy unfortunately diminishes over time, and progression-free survival becomes shorter after each successive platinum treatment,” said Mansoor Raza Mirza, M.D., ENGOT-OV16/NOVA Study Chair and Chief Oncologist at Rigshospitalet, Copenhagen. “NIRAPARIB now provides an opportunity to increase progression-free survival after platinum therapy, and will have a profound impact for women and their families.”

The EC approval of NIRAPARIB was based on data from the clinically rigorous ENGOT-OV16/NOVA trial, a double-blind, placebo-controlled, international Phase 3 study of NIRAPARIB that enrolled 553 patients with recurrent ovarian cancer who had achieved either a PR or CR to their most recent platinum-based chemotherapy. The primary endpoint of the trial was progression free survival (PFS). Approximately two-thirds of study participants did not have germline BRCA mutations. Progression in the NOVA study was determined by a robust, unbiased, blinded central review to be the earlier of radiographic or clinical progression. NIRAPARIB significantly increased PFS in patients with or without germline BRCA mutations as compared to the control arm. Treatment with ZEJULA reduced the risk of disease progression or death by 73% in patients with germline BRCA mutations (hazard ration (HR) 0.27) and by 55% in patients without germline BRCA mutations (HR 0.45). The magnitude of benefit was similar for patients entering the trial with a PR or a CR.

“With the introduction of NIRAPARIB, treatment of women with recurrent ovarian cancer will improve markedly,” said Professor Dr. Andreas Du Bois, Center Director of Gynecology & Gynecologic Oncology, Kliniken Essen-Mitte (Germany) and Co-Founder and Past Chair of the European Network of Gynecological Oncological Trial Groups (ENGOT). “Patients and their physicians are now empowered with an additional option to utilize after a response to chemotherapy, regardless of BRCA mutation status, where the previous alternative for most was a period of watching and waiting instead of actively controlling their disease.”

The approved starting dose of NIRAPARIBis 300 milligrams once per day. According to the European summary of product characteristics (SmPC), in patients below 58 kilograms, a starting dose of 200 milligrams once per day may be considered. The most commonly administered dose of NIRAPARIB over the course of the Phase 3 NOVA clinical trial was 200 milligrams once per day, following dose modification. Further exploratory analyses of the NOVA study indicated that individual dose modification maintained efficacy and reduced the rate of new adverse events1.

The most common grade 3/4 adverse reactions to NIRAPARIB included thrombocytopenia (34%), anemia (25%), neutropenia (20%), and hypertension (8%). Following dose adjustment based on individual tolerability, the incidence of grade 3/4 thrombocytopenia was low, approximately 1% after month three. The majority of hematologic adverse events were successfully managed via dose modification, and discontinuation of therapy due to thrombocytopenia, neutropenia and anemia occurred in 3%, 2% and 1% of patients, respectively.

“We welcome the decision by the EC to approve NIRAPARIB for women with recurrent ovarian cancer,” said Elisabeth Baugh, Chair of the World Ovarian Cancer Coalition. “This decision will have a real and meaningful impact on women's lives, providing them a new treatment option and greater choice. Globally, we are lacking effective treatments for ovarian cancer, so this is a much-needed addition.”

About the NIRAPARIB ENGOT-OV16/NOVA Clinical Trial
ENGOT-OV16/NOVA was a double-blind, placebo-controlled, international Phase 3 trial of niraparib that enrolled 553 patients with recurrent ovarian cancer who were in a response to their most recent platinum-based chemotherapy. Patients were enrolled into one of two independent cohorts based on germline BRCA mutation status. One cohort enrolled patients who were germline BRCA mutation carriers (gBRCAmut), and the second cohort enrolled patients who were not germline BRCA mutation carriers (non-gBRCAmut) and included patients with HRD-positive and HRD-negative tumors. Within each cohort, patients were randomized 2:1 to receive niraparib or placebo and were treated continuously with placebo or 300 milligrams of niraparib, dosed as three 100 milligram tablets once per day, until progression. The primary endpoint of this study was progression-free survival (PFS). Secondary endpoints included patient-reported outcomes, chemotherapy-free interval length, PFS 2, overall survival, and other measures of safety and tolerability.  More information about this trial is available at http://clinicaltrials.gov/show/NCT01847274.

Among patients who were germline BRCA mutation carriers, the niraparib arm successfully achieved statistical significance over the control arm for the primary endpoint of PFS, with a HR of 0.26 (95% CI, 0.173-0.410). The median PFS for patients treated with niraparib was 21.0 months, compared to 5.5 months for control (p<0.0001). Niraparib also showed statistical significance for patients in the non-germline BRCA mutation cohort. The niraparib arm successfully achieved statistical significance over the control arm for the primary endpoint of PFS, with a HR of 0.45 (95% CI, 0.338-0.607). The median PFS for patients treated with niraparib was 9.3 months, compared to 3.9 months for control (p<0.0001). Secondary endpoint analyses, including chemotherapy-free interval, time to first subsequent treatment, and PFS 2 were all statistically significant and favored niraparib over control for patients in both the gBRCAmut and non-gBRCAmut cohorts. Patient-reported outcome results from validated survey tools indicated that niraparib-treated patients reported no difference from control in measures associated with quality of life.

The full results of the ENGOT-OV16/NOVA trial were presented in detail at the European Society for Medical Oncology (ESMO) 2016 Congress in Copenhagen on October 8, 2016 by Dr. Mansoor Raza Mirza, M.D., Medical Director of the Nordic Society of Gynecologic Oncology (NSGO) and Principal Investigator. These data were simultaneously published in the New England Journal of Medicine.

Select Important Safety Information
Myelodysplastic Syndrome/Acute Myeloid Leukemia (MDS/AML) was reported in patients treated with NIRAPARIB. Discontinue NIRAPARIB if MDS/AML is confirmed.

Hematologic adverse reactions (thrombocytopenia, anemia and neutropenia) have been reported in patients treated with NIRAPARIB. Monitor complete blood counts (CBCs) weekly for the first month of treatment and modify the dose as needed. After the first month, it is recommended to monitor CBCs for the next 10 months of treatment, and periodically after this time. Based on individual laboratory values, weekly monitoring for the second month may be warranted.

Hypertension and hypertensive crisis have been reported in patients treated with NIRAPARIB. Pre-existing hypertension should be adequately controlled before starting NIRAPARIB. Monitor blood pressure monthly for the first year and periodically thereafter during treatment with NIRAPARIB. NIRAPARIB should be discontinued in case of hypertensive crisis or if medically significant hypertension cannot be adequately controlled with antihypertensive therapy.

Based on its mechanism of action, NIRAPARIB can cause fetal harm. Advise females of reproductive potential of the possible risk to a fetus and to use effective contraception during treatment and for six months after receiving the final dose. Because of the potential for serious adverse reactions in breastfed infants from NIRAPARIB, advise a lactating woman not to breastfeed during treatment with NIRAPARIB and for one month after receiving the final dose.

In clinical studies, the most common adverse reactions included: thrombocytopenia, anemia, neutropenia, nausea, constipation, vomiting, abdominal pain, diarrhea, dyspepsia, urinary tract infection, fatigue/asthenia, decreased appetite, headache, dizziness, dysgeusia, palpitations, insomnia, nasopharyngitis, dyspnea, cough, and hypertension.

Additional Clinical Trials of Niraparib
TESARO is building a robust niraparib franchise by assessing activity across multiple tumor types and by evaluating several potential combinations of niraparib with other therapeutics. The ongoing development program for niraparib includes a Phase 3 trial in patients who have received first-line treatment for ovarian cancer (the PRIMA trial) and a registrational Phase 2 trial in patients who have received multiple lines of treatment for ovarian cancer (the QUADRA trial). Several combination studies are also underway, including trials of niraparib plus pembrolizumab (the TOPACIO trial) and  niraparib plus bevacizumab (the AVANOVA trial).

Additional trials of niraparib in ovarian, breast and lung cancers are planned. The studies will assess the effect of niraparib alone and in combination with other therapies in a variety of treatment settings.

Janssen Biotech has licensed rights to develop and commercialize niraparib specifically for patients with prostate cancer worldwide, except in Japan.

About Ovarian Cancer in Europe
Europe has one of the highest incidences of ovarian cancer in the world with approximately 45,000 women diagnosed each year2,3. Ovarian cancer affects approximately 1.3 in 10,000 people in the European Union, where it is the sixth-most common cancer and the fifth-most frequent cause of cancer death among women2,4. Despite high initial response rates to platinum-based chemotherapy, approximately 85% of women with advanced ovarian cancer will experience a recurrence of the disease after first-line treatment5. The efficacy of chemotherapy also diminishes over time.

About NIRAPARIB
NIRAPARIB is a once-daily, oral poly (ADP-ribose) polymerase (PARP) 1/2 inhibitor that is indicated in the European Union as a monotherapy for the maintenance treatment of adult patients with platinum-sensitive relapsed high grade serous epithelial ovarian, fallopian tube, or primary peritoneal cancer who are in a complete or partial response to platinum-based chemotherapy. In preclinical studies, NIRAPARIB concentrates in the tumor relative to plasma, delivering greater than 90% durable inhibition of PARP 1/2 and a persistent antitumor effect.

1 Wang J et al. The Exposure-Response Relationship of Niraparib in Patients with gBRCAmut and Non-gBRCAmut: Results from the ENGOT-OV16/NOVA Trial. ESMO; 2017 Sep 8-12; Madrid, Spain.
2 World Cancer Research Fund International. http://www.wcrf.org/int/cancer-facts-figures/data-specific-cancers/ovarian-cancer-statistics (Last accessed 18 November 2017)
3 EUCAN http://eco.iarc.fr/eucan/Country.aspx?ISOCountryCd=930  (Last accessed 18 November 2017)
4 ENGAGe, Ovarian Cancer Fact Sheet. https://engage.esgo.org/media/2017/08/ENGAGe_What_is_ovarian_cancer_en_V01.pdf (Last accessed 18 November 2017)
5 Lorusso, D., Mancini, M., Di Rocco, R., Fontanelli, R., & Raspagliesi, F. (2012). The role of secondary surgery in recurrent ovarian cancer. International Journal of Surgical Oncology

12º Congresso Português do AVC
Todos os anos, o congresso anual da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) – Congresso Português do AVC –...

Conforme explicam os coordenadores do Curso, Dr. Miguel Rodrigues e Dr.ª Carla Ferreira, “a fase aguda do AVC determina a capacidade de recuperação e reintegração na vida ativa”, pelo que “é fundamental continuar a formar os profissionais de acordo com a evidência mais atual e incentivar investigação permanente nesta área, para assim facilitar todo o trabalho de reabilitação e de prevenção secundária, que irá prolongar-se”, alertam os especialistas de Neurologia.

“Esta é uma área que desperta o interesse daqueles que lidam todos os dias com estes doentes na urgência”, afirma o Dr. Miguel Rodrigues, salientando as motivações para manter este curso.

Este ano, após a habitual introdução apresentada pelo presidente da SPAVC, Prof. Doutor José Castro Lopes, serão abordadas as temáticas da apresentação clínica e dados estatísticos, manejo do AVC agudo, itinerários do AVC agudo, uma vez que “tempo é cérebro”. Será também discutida a trombectomia no AVC isquémico e ainda o papel da investigação etiológica e impacto na fase aguda.

No final do curso pretende-se que os presentes tenham uma visão focada no AVC agudo que lhes permita, nos seus vários locais de trabalho, contribuir para o tratamento adequado e célere desta patologia, sublinham os especialistas. “Espera-se, assim, fomentar o desenvolvimento dos cuidados de fase aguda no AVC, uma das missões que a SPAVC muito releva”, explicam os coordenadores, que ressalvam o valor curricular do curso, uma vez que este conta com um momento de avaliação e com o patrocínio científico da Ordem dos Médicos.

As inscrições já estão disponíveis online, através do website da SPAVC, e estão abertas a todos os profissionais de saúde interessados em reforçar a sua formação nesta área.

Consulte AQUI o programa do Curso.

Inscrições através do website da SPAVC ou do e-mail [email protected]

Governo Regional
O Governo Regional dos Açores pretende implementar em 2018 um plano de combate ao tabagismo, tendo em conta que o tabaco é uma...

“Temos um consumo elevado de tabaco e, como tal, pretendemos apresentar um plano de ação que faça com que haja uma redução efetiva do consumo de tabaco”, adiantou o secretário regional da Saúde, Rui Luís.

O governante falava hoje, em Angra do Heroísmo, à margem de quarta reunião de 2018 do Conselho Consultivo de Combate à Doença Oncológica nos Açores, a quem pediu parecer sobre o plano de combate ao tabagismo.

Segundo Rui Luís, o plano prevê uma ação para evitar que as pessoas comecem a fumar, uma para apoio à cessação tabágica, um conjunto de ações para proteger os não fumadores do fumo passivo e a monitorização do consumo do tabaco na região.

De acordo com dados do Inquérito Regional de Saúde, em 2014, cerca de 27,6% dos açorianos entre os 20 e os 74 anos fumava diariamente e 45,6% admitia fumar na presença de outras pessoas, incluindo crianças.

A tutela implementou no início deste ano letivo um programa nas escolas para incentivar os alunos do 4.º ano do ensino básico a convencerem os pais a deixarem de fumar em casa e no carro.

Outro dos pontos na agenda da reunião do Conselho Consultivo de Combate à Doença Oncológica nos Açores foi a adaptação do registo oncológico regional à legislação recente que criou o registo oncológico nacional.

“Estamos a preparar-nos para publicar em 2018 um conjunto de informação do registo oncológico regional que vai do ano 2012 até ao ano de 2016, porque a última publicação é de 2015 e refere-se a dados de 2011. Há aqui a necessidade de atualizar estes dados”, adiantou o secretário regional da Saúde.

Entre 2007 e 2011 foram detetados, em média, 1.050 casos de cancro por ano nos Açores, segundo dados do registo oncológico regional, com predominância para os cancros da próstata, do pulmão e da mama.

Segundo Rui Luís, a prioridade em 2018 é a publicação do registo oncológico para que esses dados permitam estudar as causas do cancro na região.

“O registo oncológico é fundamental para nós percebermos o tipo de cancros que existem e em que zonas existem para depois se poder efetivamente estudar as causas deste mesmo aparecimento dos cancros”, frisou.

Eutanásia
O Presidente da República evitou hoje, mais uma vez, pronunciar-se acerca das leis sobre a eutanásia, insistiu num debate...

“A Constituição confere a todos os cidadãos o direito à participação. Já o disse e repito: Entendo que o Presidente da República não pode nem deve condicionar a discussão, antes apelando à mais ampla mobilização e participação dos cidadãos em geral”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na abertura do seminário de encerramento do ciclo de debates “Decidir sobre o final da vida”, na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

O Presidente disse que “deve reservar a sua intervenção para o momento em que, se e quando a questão lhe for suscitada, tiver de se pronunciar sobre o processo de decisão ou sobre a substância da decisão, de uma perspetiva jurídica ou de uma perspetiva ética e comunitária”, dado que existem várias iniciativas ou já apresentadas, como a do PAN, ou em preparação, como a do Bloco de Esquerda.

Marcelo Rebelo de Sousa falou depois de Jorge Soares, presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), que organizou o ciclo de 11 debates que hoje termina, e que defendeu o referendo numa entrevista, hoje, ao jornal Público, sem se pronunciar diretamente sobre a matéria.

“Decidir sobre o final da vida é uma matéria de profunda relevância para o presente e o futuro de cada um de nós, de uma sociedade mais humana e portanto mais solidária, sendo fundamental que todos convirjam nessa procura”, afirmou.

Até porque, insistiu, “a experiência própria alheia, olhando para os ordenamentos jurídicos mais diversos nos regimes democráticos” na qual a morte assistida foi legalmente adotada, “aconselha a perceção do sentir coletivo e a sua projeção em consensos amplamente partilhados”.

Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que “todas as pessoas as pessoas têm o direito a viver com dignidade até à morte e a morrer com dignidade” e lembrou a convenção de Oviedo, para a Proteção dos Direitos do Homem e da Dignidade do Ser Humano face às aplicações da Biologia e da Medicina quanto a “uma ampla discussão pública” das questões médicas, sociais e éticas.

O Presidente da República agradeceu ainda o trabalho e os debates realizados nos últimos oito meses pelo conselho presidido por Jorge Soares.

Citando um ensaio do neurocirurgião João Lobo Antunes, Marcelo terminou o seu discurso dizendo: “É nosso dever nunca esquecer que devemos aos outros o nosso empenho permanente pela dignidade no cuidar, (…) o nosso compromisso da salvaguarda da dignidade no ser-se pessoa”.

O Bloco de Esquerda tem um anteprojeto que está discutir em debates espalhados pelo país e promete apresentá-lo no primeiro trimestre de 2018.

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), com um deputado, foi o primeiro a apresentar um projeto de lei sobre a morte assistida e o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) também anunciou uma iniciativa neste sentido.

Um grupo de deputados do PS tem o acordo da direção do partido para apresentar uma iniciativa ou apoiar uma das já existentes ou a apresentar.

À direita, o PSD já decidiu dar liberdade de voto, apesar de prometer uma posição oficial e admitir todos os cenários, incluindo o do referendo. O CDS-PP é contra.

Os bloquistas apresentaram em fevereiro o seu anteprojeto que permite as duas formas de morte assistida, a eutanásia e o suicídio assistido, e admitem a sua realização em estabelecimentos de saúde oficiais e em casa do doente.

No Porto
A Fundação do Gil anunciou hoje que vai alargar no distrito do Porto o seu projeto das UMAD/CPI – Unidades Móveis de Apoio...

As UMAD/CPI da Fundação do Gil permitem “reduzir 45% do reinternamento de crianças”, afirma a instituição em comunicado.

O projeto vai ser lançado no próximo dia 18, no Palácio do Freixo, no Porto, aproveitando a celebração dos 18 anos de existência da Fundação do Gil.

“Este momento celebra o arranque de uma nova unidade UMAD/CPI com o Centro Materno Infantil do Norte (CMIN) e o alargamento no âmbito de intervenção no Hospital de São João”, sustenta a fundação.

As UMAD existem desde 2006 e apoiam crianças com doença crónica e as suas famílias, permitindo o seu regresso a casa após o internamento hospitalar, assegurando o seu acompanhamento clínico e social.

Com o lançamento do UMAD/CPI assiste-se ao complemento do âmbito do projeto onde se integram os cuidados paliativos pediátricos. Passam por isso a designar-se – Cuidados Pediátricos Integrados (CPI).

De acordo com a Fundação do Gil, “este é um projeto de referência no âmbito do apoio ao domicílio, reconhecido nacional e internacionalmente que, em muito tem contribuído para melhorar a qualidade de vida da criança doente crónica e que tem, até à data, parceria com o Hospital de Santa Maria, Hospital D. Estefânia e Hospital Amadora/Sintra, no distrito de Lisboa, e o Hospital de São João, no distrito do Porto”.

O projeto UMAD tem “um enorme impacto” na vida das crianças e das suas famílias, sendo que um estudo realizado com base na ferramenta “Social Return on Investment” provou haver “uma redução de 45% nos internamentos, 62% de melhoria de bem-estar geral da criança e 46% de reforço da capacitação e autonomização da família”.

“Temos a convicção de que este é o momento certo para alargar o nosso âmbito de intervenção e, por isso, a Fundação do Gil passará a incluir o apoio também em Cuidados Paliativos Pediátricos reiterando aquelas que são as recomendações da OMS, que considera urgente a criação dessa rede”, refere a presidente da Fundação do Gil, Patrícia Boura.

“É com grande felicidade que a equipa da Fundação do Gil envolve desde há mais de uma década gradualmente e com consistência, um maior número de parceiros e mais de 5.000 crianças apoiadas levando o hospital a casa, dando formação e trabalhando a autonomização da família. Proporciona assim a reintegração no mundo exterior e, sempre que possível, na vida escolar”, acrescenta Patrícia Boura.

A missão da Fundação do Gil consiste em promover o bem-estar clínico, social e emocional das crianças em risco social e/ou clínico perspetivando a sua reintegração social na família com autonomia.

Atualmente, a Casa do Gil, regista o apoio a mais de 250 crianças entre os zero e os 12 anos e ainda, através do projeto UMAD - Unidades Móveis de Apoio ao Domicílio, apoia mais de 5.000 crianças com doença crónica e respetivas famílias.

Estudo sugere
A criação de animais para consumo humano significa menos saúde e pior ambiente, alertam investigadores num estudo internacional...

"Pela saúde humana e pelo ambiente, os padrões de consumo alimentar terão que mudar", aponta-se no documento elaborado por um conselho que reúne as academias de ciências dos países da União Europeia, Noruega e Suíça.

A redução do consumo de proteína animal seria um dos passos a dar, argumentam os investigadores, que defendem que se deve investigar até que ponto os consumidores estariam disponíveis para aceitar alternativas inovadoras.

Oportunidades não faltam nos oceanos mas é preciso dominar mais as técnicas de criação de recursos para consumo humano, enquanto a cultura de carne 'in vitro' "pode ter um impacto ambiental mais baixo do que a criação de gado e isto também tem que ser investigado".

"As alternativas às formas tradicionais de proteína animal que a Europa poderia admitir incluem alimentos dos oceanos, carne criada em laboratório e insetos", refere-se.

Os investigadores apelam aos decisores para que se acabe com "os perversos incentivos no preço das dietas calóricas e se introduzam incentivos à alimentação nutritiva a preço razoável".

Os países da União Europeia devem saber mais sobre o desperdício nos ciclos alimentares para o poder reduzir e cumprir os objetivos da economia circular.

Pela via da genética, os investigadores salientam que "a Europa não deve abrandar nas oportunidades oferecidas pela engenharia genética e agricultura de precisão".

Aos decisores políticos, recomenda-se que tenham em conta as descobertas nesses campos para ganhar em "saúde animal e produtividade e para a agricultura".

"As alterações climáticas vão ter impactos negativos na alimentação, exigindo-se a prática de agricultura adequada ao clima e adoção de inovações na criação de plantas para enfrentar as secas", salienta-se no documento.

Os investigadores destacam ainda que todos os países têm problemas de nutrição para resolver, seja a subnutrição e falta de micronutrientes ou o excesso de peso e obesidade.

João de Deus
O médico João de Deus, membro do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos e presidente da Associação Europeia dos Médicos...

João de Deus recebeu em Düsseldorf, na Alemanha, o galardão de Personalidade Mais Influente do setor da Saúde, a nível mundial, na categoria ‘Associações e Federações’. Especialista em oftalmologia e presidente da Associação Europeia dos Médicos Hospitalares, João de Deus foi membro da direção da Ordem dos Médicos entre 1999 e 2010 e integra, desde o início do ano, o Conselho Nacional. Além da reconhecida carreira hospitalar, é professor na Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa e fez parte do Comité Permanente dos Médicos Europeus (CPME) e do Secretariado Nacional do Sindicato Independente dos Médicos (SIM). Em 2018, será responsável pela coordenação de um projeto pioneiro na Europa, em parceria com UEMS (European Union of Medical Specialists): uma academia de liderança clínica.

Esta primeira edição mundial do ‘Prémio 100 Mais Influentes da Saúde’ foi organizada pelo grupo editorial brasileiro Grupo Mídia, que detém várias publicações especializadas na área da saúde, e decorreu no maior encontro do setor, a Médica 2017, em novembro. A distinção visa homenagear os profissionais que mais se destacaram no último ano, em todo o mundo, no setor da Saúde.

“Foi uma honra e uma surpresa receber este prémio. É o reconhecimento, não só do meu contributo, mas também de todo o trabalho da equipa que me acompanha quer na Associação, quer na Ordem dos Médicos”, admitiu João de Deus.

João de Deus destacou-se pelo trabalho desenvolvido em duas áreas: a liderança clínica e o ‘task shifting’ (transferência de tarefas médicas para outros profissionais de saúde). Ao nível da liderança, é coordenador da equipa que vai criar na Europa uma nova academia de liderança clínica, com o objetivo de certificar e formar os médicos nestas competências. O médico desenvolveu ainda vários estudos sobre ‘task shifting’, avaliando o impacto negativo da transferência de tarefas médicas para outros profissionais.

Para João de Deus, a criação de uma academia europeia “é essencial para reconhecer e valorizar as competências de liderança dos médicos em benefício dos doentes. Os médicos são os primeiros responsáveis pela prestação de cuidados de saúde eficientes e a qualidade da liderança é fundamental para o bom funcionamento de qualquer sistema de saúde”, salienta.

Já a transferência de competências médicas “comporta elevados riscos e tem como consequência comprovada a diminuição da qualidade dos cuidados prestados ao doente”, só podendo ser encarada como possibilidade em circunstâncias em que se verifique a ausência de médicos. “Não se pode pôr em causa a saúde e qualidade de cuidados prestados ao doente. Só mesmo se não existirem médicos num determinado país ou por delegação de competências, mas sempre sob supervisão médica”, explica o médico.

João de Deus é o único português no TOP 10 dos 100 Mais Influentes do setor da Saúde, premiados em 10 categorias: Associações e Federações, Negócios, Indústria, Inovação, Hospitais, Educação e Investigação, Referência, Gestão, Filantropia e Sustentabilidade. Entre os 100 Mais Influentes estão nomes como Melinda Gates, copresidente da Fundação Bill & Melinda Gates (na categoria Referência), ou Yoshinori Ohsumi, Nobel da Medicina de 2016 (categoria Educação e Investigação).

Os candidatos foram selecionados através de consulta à comunidade médica e a votação final foi conduzida pelo conselho editorial do Grupo Mídia, composto pelo CEO, diretores, editores e jornalistas das publicações especializadas do grupo. O Prémio dos 100 Mais Influentes do Brasil já existe há cinco anos e, este ano, estreou-se a nível mundial.

Robin Campillo
O realizador franco-marroquino Robin Campillo, que na quinta-feira estreia em Portugal o filme "120 batimentos por minuto...

Distinguido em fevereiro com o Grande Prémio, o Prémio da Crítica e o Prémio Queer no Festival de Cinema de Cannes, "120 batimentos por minuto" traça um retrato de uma associação ativista - a Act Up - e de uma geração que enfrentou os primeiros anos de epidemia da doença, em França, nos anos de 1990.

Robin Campillo contou, em Lisboa, que fez este filme a partir das memórias daquela época, porque foi militante da Act Up, e participou nas ações de esclarecimento e protesto junto de políticos, laboratórios farmacêuticos e da sociedade civil.

Em paralelo à atividade da Act Up, Campillo filmou ainda uma geração que lutou contra o desespero e medo de morrer, com um sentido de comunidade em torno de uma causa comum.

"Foi um momento poderoso. Claro que foi horrível, porque os nossos amigos estavam a morrer no pior momento da epidemia, mas, ao mesmo tempo, estávamos tão felizes por estarmos juntos, por querermos mudar a forma como a doença era entendida, querermos mudar a sociedade. Foi muito importante para mim poder partilhá-lo com os espectadores, foi um momento importante da minha vida, do ponto de vista emocional, político e ético", disse o realizador.

Com Nahuel Pérez Biscayart, Arnaud Valois e Adèle Haenel, nos principais papéis, "120 batimentos por minuto" foi eleito o melhor filme do Festival de San Sebastian, está nomeado para os Prémios Europeus de Cinema e pode estar a caminho dos Óscares, já que é o candidato de França a uma nomeação para melhor filme estrangeiro.

Nos Estados Unidos, foi já eleito o melhor filme estrangeiro de 2017, pelas associações de críticos de cinema de Nova Iorque e de Los Angeles.

"Não fiz o filme para dar uma aula para a geração mais nova. Eu fiz este filme de uma forma egoísta, porque queria entender o que se passou na época, e o cinema ajuda-nos a entender momentos particulares (...) O filme foi um grande sucesso em França. Não tentei agradar a toda a gente, tentei fazer um retrato honesto deste coletivo", disse.

Atualmente, Robin Campillo ainda mantém contacto com a Act Up, embora a associação tenha menor expressividade, porque a relação da comunidade francesa com a doença também mudou, e porque os tempos de ativismo são outros.

"As pessoas agora na Internet conseguem ser bastante radicais, mas estão muito sozinhas nesse extremismo. É muito fácil ser radical no Facebook ou no Twitter, mas há 25 anos, na Act Up, antes de nos confrontarmos com os políticos, com os laboratórios, confrontávamo-nos entre nós. Tínhamos de criar um cérebro comum, um discurso político comum contra a epidemia, para alertar a sociedade", recordou o realizador.

Robin Campillo lembrou que há novas estratégias para travar a transmissão da infeção, nomeadamente a denominada profilaxia pré-exposição (Prep), mas lamentou que não exista "uma vontade política para acabar com a epidemia".

"Espero que haja uma maior consciencialização da sociedade para que pressionem a acabar com esta epidemia", sublinhou.

Relatório
O número de mulheres e raparigas com acesso a métodos contracetivos em países do programa Planeamento Familiar 2020 (FP2020)...

Segundo as estimativas feitas pelos autores do estudo "FP2020: The Way Ahead", em julho deste ano de 309 milhões de mulheres e jovens dos 69 países que fazem parte do FP2020 usavam um método moderno de contraceção.

Isto equivale a 38,8 milhões a mais do que os cerca de 271 milhões de 2012 usados como referência, quando o FP2020 foi lançado, na sequência da Cimeira de Londres sobre Planeamento Familiar.

Na altura, foi determinada uma meta de proporcionar métodos contracetivos modernos a mais 120 milhões de jovens e mulheres nos países mais pobres até 2020, garantindo a proteção dos direitos humanos das mulheres e o acesso a cuidados de saúde e instrumentos de planeamento familiar.

De acordo com o relatório hoje publicado, o alargamento do acesso entre julho de 2016 e julho de 2017 a métodos contracetivos modernos, como a pílula, o contracetivo injetável, os preservativos e o dispositivo intrauterino permitiu evitar 84 milhões de gravidezes não planeadas, 26 milhões de abortos inseguros e a morte de 125,000 de mães durante os partos.

O estudo indica que África é o continente que mostra maior progresso nesta área, embora, em número, na Ásia o número de novos utilizadores é maior porque aquele continente inclui quatro dos cinco países mais populosos do FP2020: Índia, Indonésia, Paquistão e Bangladesh.

"O FP2020 é um movimento liderado pelos países para capacitar as mulheres e as jovens investindo no direito ao planeamento familiar. Acreditamos que todas as mulheres e as mulheres devem ter a possibilidade de moldar sua própria vida", afirmou a diretora executiva da FP2020, Beth Schlachter, num comunicado.

O planeamento familiar, vincou, "é um direito básico e um serviço de saúde capaz de transformar a vida com o potencial de acelerar o progresso em todos os nossos objetivos de desenvolvimento".

Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os países lusófonos que fazem parte deste programa e também do grupo que tem condições para acelerar o progresso.

Na Cimeira do Planeamento Familiar realizada em julho deste ano, também em Londres, Moçambique foi um dos 33 países do FP2020 que renovou os seus compromissos existentes, delineando novos objetivos, pretendo alocar mais fundos públicos e mais recursos para chegar a mais raparigas e mulheres.

Moçambique comprometeu-se a aumentar a taxa de prevalência de contracetivos modernos das jovens entre os 15 e os 19 anos de 14,1% para 19,3% até 2020 e dos adolescentes sexualmente ativos não casados de 26,7% (de 2011) para 50% até 2020.

Conselho da Europa
O caso da mulher vítima de negligência médica a quem a justiça portuguesa reduziu uma indemnização, após uma cirurgia...

O documento propõe uma série de recomendações sobre saúde sexual e reprodutiva das mulheres e os direitos na Europa, tendo como foco a necessidade de serem alcançados progressos nesta matéria.

O objetivo é também combater aquilo que são considerados estereótipos de género, como o exemplo que se aponta para Portugal.

O caso português inscrito neste relatório resultou na condenação de Portugal pelo Tribunal Europeu dos Diretos do Homem, por discriminação sexual, após o Supremo Tribunal Administrativo (STA) baixar o valor da indemnização.

A Maternidade Alfredo da Costa recorreu para o Supremo, em dezembro de 2013, da condenação a pagar 172.000 euros, num caso de negligência ocorrido durante uma cirurgia realizada em 1995.

A paciente ficou com lesões irreversíveis e uma incapacidade permanente de 73%, tendo o STA decidido reduzir o valor da indemnização em cerca de 60.000 euros, alegando que a sexualidade não é tão importante para uma mulher de 50 anos e com dois filhos como para alguém mais jovem.

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem considerou que a fundamentação do acórdão do coletivo de juízes do STA, proferido em 2015, demonstra “os preconceitos” que prevalecem no sistema judiciário português e condenou Portugal a pagar 3.250 euros à vítima por danos não patrimoniais, por violar a Convenção Europeia dos Direitos do Homem, e ao pagamento de 2.460 euros devidos com o processo.

"A saúde e os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres são direitos humanos. Lamentavelmente, no entanto, as mulheres na Europa ainda têm esses direitos negados ou restringidos, devido a leis, políticas e práticas que, em última análise, refletem estereótipos de género e desigualdades”, lê-se na declaração do comissário para os Direitos Humanos do Conselho da Europa, Nils Muižnieks, para o lançamento do relatório, datada de Estrasburgo.

O documento contém um conjunto de recomendações, destinadas a ajudar os estados europeus a melhorarem a situação, entre elas a renovação do compromisso político com os direitos das mulheres e a proteção contra “medidas retrógradas que prejudicam a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos”.

A garantia de uma educação sexual abrangente, o acesso a contraceção e a cuidados de aborto legal e seguro são outras recomendações.

É igualmente recomendado que as recusas de cuidados pelos profissionais da saúde por razões de consciência ou religião não ponham em risco “o acesso oportuno das mulheres aos cuidados de saúde sexual e reprodutiva”.

O comissário insiste na necessidade de respeitar e proteger os direitos humanos das mulheres no parto e de garantir a todas o acesso a cuidados de saúde materna de qualidade.

No documento, propõe-se a eliminação da “discriminação em leis, políticas e práticas” e defende-se a igualdade para todos no gozo da saúde sexual e reprodutiva e dos direitos.

“Os direitos sexuais e reprodutivos protegem alguns dos aspetos mais significativos e íntimos das nossas vidas”, declara o comissário, acrescentando: “Assegurar estes direitos às mulheres é um aspeto vital dos esforços para garantir os direitos das mulheres e a igualdade de género”.

O caso da mulher portuguesa está incluindo na abordagem que se faz no relatório a estereótipos de género em relação à sexualidade.

Cuidados com a alimentação
Caracterizada por uma alteração na deglutição, a disfagia pode ocorrer em qualquer faixa etária, sen

A disfagia, que se caracteriza por uma dificuldade em engolir, implica quase sempre um maior esforço para mover os alimentos sólidos ou líquidos desde a boca até ao estômago. De acordo com Marta Pinto, terapeuta da fala na Associação Portuguesa de Esclerose Amiotrófica, esta condição pode afetar “qualquer pessoa numa situação de lesão adquirida”.

Apesar de nem sempre se conseguir identificar as causas desta perturbação, sabe-se que pode resultar em consequência de traumas, doenças neuroprogressivas, cardíacas ou neoplasias. Por outro lado, o envelhecimento surge aqui como um importante fator de risco.

“Dentro de cada etiologia a sua incidência varia, sendo que na pessoa com ELA cerca de 85% das pessoas em algum momento da doença apresentam uma Disfagia”, esclarece Marta Pinto acrescentando que esta perturbação pode manifestar-se de diversas formas, consoante a fase em que ocorre: fase oral, faríngea ou esofágica.

“Alguns sinais de alerta são: resíduos alimentares na boca, queda do alimento ou saliva da boca, tosse em algum momento da refeição, sensação de alimento preso na garganta, necessidade de engolir várias vezes, entre outros”, assinala.

O diagnóstico pode envolver vários profissionais de saúde que, numa primeira análise, podem identificar os sinais de alerta. No entanto, deverá ser o Terapeuta da Fala a proceder à avaliação clínica e instrumental da perturbação.

“Dependendo da causa de Disfagia, esta poderá ser reabilitada ou monitorizada, através de exercícios específicos, estratégias facilitadoras e de compensação, como por exemplo, as modificações das consistências dos alimentos ou líquidos que ingere”, refere a especialista quanto ao seu tratamento adiantando que este deverá ser levado a cabo por uma equipa multidisciplinar onde se inclui, para além do Terapeuta, um nutricionista, um enfermeiro e um médico especialista. É ainda importante que doente, familia e/ou cuidador sejam envolvidos neste processo.

Desidratação e desnutrição são as principais complicações associadas à Disfagia. Por outro lado, “em situações específicas, e através da avaliação instrumental, poderá ser observada uma situação de aspiração de alimento/líquido que poderá, com o tempo e a sua repetição, promover uma pneumonia por aspiração”.

Com base nas complicações associadas, a Terapêutica Nutricional é muitas vezes um aspeto importante do seu tratamento, promovendo algumas alterações no tipo de alimentação “que permita assegurar, perante as dificuldades, o aporta nutricional e hídrico necessário a cada situação”.

“Dependendo do quadro de disfagia, poderá ser necessário alterar a consistência dos alimentos para consistências mais moles ou pastosas (como a maçã assada, carne picada ou purés), ingerir menos quantidades, beber golo a golo ou modificar a textura da água”, exemplifica Marta Pinto.

De acordo com esta especialista, alimentos fibrosos como a alface, com texturas mistas (laranja), pulverizáveis (bolachas de água e sal)  ou leguminosas com casca, de que são exemplos o grão e as ervilhas, podem ser mais díficeis de deglutir, aconselhando-se a sua substituição.

Em casos mais avançados, “poderá ser necessário assegurar a alimentação por meios alternativos como Sonda Nasogástrica ou Gastrostomia Endoscópica Percutânea (PEG)”.

Para promover a informação sobre a Disfagia, a APELA  realiza amanhã um jantar solidário -  Sabores em ConTaCto - que contará com uma ementa totalmente adaptada para pessoas que sofrem desta perturbação.

ELA afeta cerca de 800 pessoas em Portugal

A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa, progressiva e ainda sem cura, que se caracteriza pela fraqueza e atrofia muscular. Na ELA, os neurónios motores que conduzem a informação do cérebro aos músculos do nosso corpo, passando pela medula espinhal, morrem precocemente. Como resultado, esses músculos, que são os que nos fazem mexer (músculos estriados esqueléticos), ficam mais fracos.

A ELA é uma doença incapacitante e que aprisiona a pessoa no seu próprio corpo.

Na Europa, existe apenas um fármaco responsável por atrasar a progressão da doença em até dois meses. Paralelamente, existem tratamentos não farmacológicos que podem contribuir para o controlo sintomático da patologia e melhorar a qualidade de vida de doentes e cuidadores. Destacam-se a fisioterapia, a reabilitação respiratória, a terapia da fala e a psicologia.

Na ELA, a esperança média de vida oscila entre os 2 a 5  anos após os primeiros sintomas, embora cerca de 10% dos casos sobreviva mais de 10 e alguns 20 ou mais anos.

A idade média de início dos primeiros sintomas situa-se entre os 55 e os 60 anos, embora existam cada vez mais casos de pessoas diagnosticadas com 30 e 40 anos.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
ESEnfC
Projeto de educação por pares que visa a promoção de relações de intimidade saudáveis já sensibilizou cerca de 23 mil pessoas.

É com um simpósio sobre Violência no Namoro e a inauguração de uma exposição, iniciativas marcadas para o dia 6 de dezembro (próxima quarta-feira), que o projeto de educação por pares da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), (O)Usar & Ser Laço Branco, assinala uma década de intervenções a sensibilizar jovens para a promoção de relações de intimidade saudáveis.

O programa começa às 14h00 (no Auditório António Arnaut – Polo B da Escola, em São Martinho do Bispo), com o painel “Prevenção da Violência no Namoro: Desafios e inovações de intervenção em saúde”, no qual intervêm Vasco Prazeres (coordenador do Núcleo sobre Género e Equidade em Saúde da DGS), Sónia Caridade (investigadora na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa), Joana Cruz Peres (responsável da Sociedade de Estudos e Intervenção em Engenharia Social) e Maria da Conceição Alegre de Sá (professora na ESEnfC e coordenadora do projeto (O)Usar & Ser Laço Branco).

Pelas 16h00, é tempo de escutar Carminda Morais (professora na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viana do Castelo), que irá proferir a conferência “Género, Amor e Saúde”.

“(O)Usar & Ser Laço Branco: 10 anos passados com futuro(s)” é o título de um filme a exibir de seguida (17h00), momento após o qual terá lugar a sessão de encerramento (17h30), com as intervenções de Maria da Conceição Alegre de Sá, Manuel Augusto Mariz (coordenador na ESEnfC da respetiva Unidade de Prestação de Serviços à Comunidade e Coordenação das Atividades de Extensão na Comunidade), Maria da Conceição Bento (Presidente da ESEnfC) e Manuel Albano (diretor de serviços da delegação do Norte da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género).

Finalmente, às18h00, é inaugurada a exposição "10 anos a (des)construir laço(s)".

Criado em 2007, na ESEnfC, o projeto (O)Usar & Ser Laço Branco, cujas estratégias de intervenção passam essencialmente pelo teatro do oprimido e pela educação por pares, já sensibilizou cerca de 23 mil pessoas, entre estudantes do ensino secundário e superior, encarregados de educação e professores.

Tem como missão prevenir a violência entre pares, a começar pelo namoro, promovendo o fortalecimento da liberdade, da igualdade de género, do humanismo, da cidadania ativa, da cooperação e o empoderamento.

Participam no projeto (O)Usar & Ser Laço Branco, professores, estudantes e colaboradores não docentes, assim como enfermeiros formados pela ESEnfC. 

Nairobi
Mais de 100 ministros do Ambiente de todo o mundo estão reunidos em Nairobi, no âmbito da terceira Assembleia das Nações Unidas...

O encontro, chamado UNEA3, que começou hoje de manhã na capital do Quénia, pretende encontrar soluções para o impacto que a contaminação do ambiente tem na vida humana já que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 12,6 milhões de pessoas morreram por causas ambientais, em 2012.

O órgão máximo da tomada de decisão sobre o ambiente assinala a poluição do ar como o maior risco ambiental para a saúde, já que é responsável por sete milhões de mortes por ano.

Os poluentes de curta duração, como o carbono, metano, ozono e as partículas produzidas pelas operações industriais e a queima de gasóleo, carvão ou biomassa, são responsáveis por cerca de um terço das mortes por acidentes vasculares cerebrais, doenças crónicas respiratórias e cancro de pulmão, e por um quarto das mortes por ataque cardíaco.

A UNEA3 transmite igualmente preocupação com a utilização de cerca de 100 mil diferentes tipos de químicos, incluindo o mercúrio, cádmio ou os contaminantes orgânicos persistentes, produtos que, se não forem usados corretamente, podem causar doenças como cancro ou problemas nos fetos.

Cerca de sete mil delegados de todo o mundo pretendem também encontrar soluções concretas para cerca de dois milhões de toneladas de resíduos despejados diariamente nos rios e que provocam, por exemplo, a morte de quatro mil crianças por dia por doenças causadas pela contaminação da água e por um saneamento incorreto.

O crescimento contínuo da quantidade de lixo produzido pelos humanos e a lentidão com que se degrada leva a que cerca de dois mil milhões de toneladas de plástico cheguem por ano aos oceanos, denunciou o organismo.

As Nações Unidas pretendem que a Assembleia, que decorre até quarta-feira, consiga o apoio necessário dos Estados membros, assim como compromissos voluntários dos governos, entidades do setor privado e organizações da sociedade civil, para limpar o planeta.

"Mundo a Sorrir"
A associação “Mundo a Sorrir” pretende realizar até julho de 2019 um total de 12.000 consultas dentárias e fazer a reabilitação...

A iniciativa é desenvolvida pelo Centro de Apoio à Saúde Oral (CASO), uma estrutura daquela organização não-governamental.

"Para além da saúde oral, esta iniciativa pretende apostar num acompanhamento psicossocial personalizado, realizado por técnicos especializados, que irá permitir uma monitorização das mudanças sociais ocorridas ao longo do plano de tratamento", explicou a coordenadora da iniciativa Ana Simões, citada em comunicado da “Mundo a Sorrir”.

E acrescentou: "para os beneficiários do CASO, pelas suas características de vulnerabilidade social e com necessidades várias ao nível dos tratamentos dentários, é fundamental que haja um reforço positivo constante".

O apoio psicossocial também será desenvolvido através da "realização de sessões de capacitação/formação em várias áreas como a Saúde e a Empregabilidade, por exemplo", lê-se ainda no comunicado.

O CASO conta com o apoio financeiro do programa Portugal Inovação Social e dos municípios de Braga, Porto e a Santa Casa da Misericórdia do Porto, sendo que a primeira das autarquias, para além de investidor social, "também procede ao encaminhamento de processos, avaliados pelo seu Gabinete de Ação Social".

No distrito do Porto o apoio é prestado no Centro de Apoio à Saúde Oral, nas instalações do Hospital Conde Ferreira, que vai ter, "no primeiro trimestre de 2018, obras de reabilitação e de expansão e onde será instalada uma nova cadeira médico dentária".

Em Braga, o atendimento é nas antigas urgências do Hospital São Marcos.

O CASO foi criado em 2009, em parceria com a Santa Casa Misericórdia do Porto e, desde então "realizou cerca de 25.000 tratamentos médico dentários e doou 458 próteses", acrescenta o comunicado, referindo que em 2015, em parceria com o Município de Braga, a “Mundo A Sorrir” abriu o segundo centro do país, onde já fez "mais de 14.800 tratamentos".

Legionella
O surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier, Lisboa, provocou mais um morto, elevando para seis o número de...

Numa nota datada de dia 3 de dezembro, a diretora-geral da Saúde lamenta a morte de um homem de 87 anos que estava internado no hospital Egas Moniz e que é a sexta vítima mortal do surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier.

Segundo o comunicado da Direção-Geral da Saúde (DGS), o doente tinha várias doenças associadas e estava internado desde o dia 7 de novembro, “estando em curso as diligências necessárias no sentido de esclarecer a causa do óbito”.

No âmbito do surto de ‘legionella’ no São Francisco Xavier foram confirmados 56 casos de infeção, sendo que seis doentes acabaram por morrer. Há ainda outros cinco casos de infeção ainda em investigação epidemiológica e laboratorial.

Segundo a DGS, permanecem internados três doentes em enfermaria e dois em cuidados intensivos.

O surto de ‘legionella’ foi dado como terminado no dia 27 de novembro. O surto foi detetado no dia 3 de novembro.

A bactéria ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até 10 dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
Pela redução da mortalidade por doenças do aparelho circulatório, pela prevenção e reconhecimento da Insuficiência Cardíaca,...

Assim, dia 13 de dezembro, na Fundação Calouste Gulbenkian reúnem-se líderes de opinião para, em conjunto, debaterem o futuro da Saúde Cardiovascular dos Portugueses. O cardiologista e presidente da SPC, um economista, um jornalista e diretor de um jornal de referência nacional, um ex-ministro da saúde e uma epidemiologista, João Morais, Pedro Pita Barros, Paulo Baldaia, Correia de Campos e Ana Azevedo, respetivamente, compõem o quadro de preletores que se propõe a analisar as decisões e estratégias que permitam elevar a saúde cardiovascular no nosso país.

Pela primeira vez, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, assume publicamente a vontade de promover uma ação que, não sendo exclusivamente científica, pretende criar redes de trabalho e de apoio à decisão, junto de quem decide, para que os portugueses possam ter acesso a uma melhor saúde cardiovascular. Ao realizar a Conferência SPC, “Repensar o Futuro da Saúde Cardiovascular em Portugal”, a SPC reivindica para si o impulso de intervir na definição de uma estratégia a curto e médio prazo que vise a contínua melhoria da saúde cardiovascular dos portugueses. Com esta assunção, definimos e reforçamos o papel desta sociedade científica, que é o de contribuir ativamente para a redução da mortalidade por doenças do aparelho circulatório no nosso país.

Os números são alarmantes: cerca de 26 milhões de pessoas no mundo inteiro sofrem de insuficiência cardíaca e, em 2030, estima-se que este número tenha subido 25%. Portugal não é exceção e conta já com quase meio milhão de casos por todo o território. No futuro, é expectável que uma em cada cinco pessoas venha a desenvolver insuficiência cardíaca em algum momento da vida e a tendência é para que o número aumente. É por isso imperativo assumir que o tratamento desta doença é uma prioridade nacional. A insuficiência cardíaca, hoje quase omissa dos grandes planos de saúde, deve passar a constituir uma prioridade nacional, à qual os decisores deverão prestar particular atenção. A identificação adequada destes doentes e a sua orientação para centros com capacidade para os tratar, deve passar a constituir um desígnio nacional.

De igual modo, a prevenção da morte súbita é uma área de intervenção fulcral e cuja prevenção e tratamento adequado irá permitir importantes ganhos em saúde. A correta identificação de vítimas em paragem cardiorrespiratória e o acesso precoce à desfibrilhação é um desafio para todo o mundo civilizado, a que Portugal não é alheio. Trata-se de um direito de cidadania que importa desenvolver.

É imperativo que sejam implementadas políticas na área da saúde e que seja delineada uma estratégia que possa garantir o direito do cidadão a cuidados de saúde de qualidade, com o objetivo de continuar a reduzir a mortalidade por doença cardiovascular em Portugal!

Associação Portuguesa de Urologia
A equipa do Serviço de Urologia do CHCB associou-se à campanha “novembro – mês de alerta para a saúde do homem” promovida pela...

Nesse sentido, os colaboradores do Serviço de Urologia do CHCB aderiram em massa ao repto que lhes foi lançado, no caso dos homens deixando crescer o bigode ao longo de todo o mês de novembro e deixando-se fotografar com e sem bigode. As mulheres foram desafiadas a participar de igual forma, porém atendendo às especificidades do género feminino, associaram-se à iniciativa deixando-se fotografar com os lábios pintados de azul.

As fotografias do “antes” e do “depois” fazem parte de uma caderneta que será lançada pela Associação Portuguesa de Urologia (APU) em Dezembro, e encartada no jornal informativo “Urologia Actual”.

Esta campanha da Associação Portuguesa de Urologia elenca num movimento mais vasto universalmente conhecido por “MOVEMBER”, um movimento que surgiu em 2003 na Austrália, e que desafia os homens a deixar crescer o bigode durante o mês de novembro em prol da consciencialização para as doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do cancro da próstata. A designação movember resulta da junção da palavra moustache (ou mo, bigode em inglês) com november (novembro em inglês), sendo assim o bigode o símbolo máximo do movimento.

Em Portugal, o cancro da próstata é o mais frequente entre os homens, sendo diagnosticados por ano cerca de 4000 novos casos.

Para Bruno Jorge Pereira, urologista do CHCB e dinamizador da iniciativa nesta unidade de saúde, “a deteção precoce quer do cancro da próstata quer do cancro do testículo, frequentemente assintomáticos nas fases iniciais, permite a aplicação de tratamentos menos invasivos ou menos agressivos, com menores efeitos secundários e taxas mais elevadas de sobrevivência à doença. Durante o mês de novembro, o mês da saúde do homem, chamamos a atenção da população masculina, tradicionalmente menos proactiva no que concerne aos seus cuidados de saúde, para estas doenças próprias do género e que têm resolução quando diagnosticadas atempadamente”.

“No Natal descobre a magia de reciclar”
A magia do Natal está nos pequenos gestos que fazem a diferença e, por isso, a Sociedade Ponto Verde quer mostrar aos...

É esta a magia da nova campanha de Natal que a Sociedade Ponto Verde irá lançar no dia 1 de dezembro, e que pretende sensibilizar os portugueses para a importância de continuarem a separar as embalagens, também nesta época festiva – na noite de natal, na passagem de ano (em casa ou na rua), nas trocas de prendas, nas festas do escritório ou nos jantares com amigos, o foco é (re)descobrir a magia de reciclar. É mais uma época do ano onde a “Reciclagem, Sempre!” deve estar presente no quotidiano dos portugueses, já que, com todo o consumo e eventos que fazem parte da época natalícia, a separação dos resíduos não deve ficar de lado em momento algum.

Segundo o Diretor-Geral da SPV, Luís Veiga Martins: “A nova campanha de sensibilização da SPV tem por objetivo despertar os portugueses para a magia da reciclagem, neste Natal e em todos os dias do ano, quer seja fora ou dentro de casa, levando-os a mudar as suas atitudes e comportamentos, no que diz respeito à separação de embalagens. À semelhança de outras campanhas emblemáticas da história da SPV, como é o caso do Gervásio - o chimpanzé que reciclava em cerca de um minuto -, ou das crianças que convidavam os adultos a reciclar, a nova campanha de sensibilização reúne todos os ingredientes para que seja um sucesso junto dos consumidores, inspirando-os a separarem mais e melhor.”

Intitulada de “No Natal descobre a magia de reciclar”, a campanha vem ajudar os portugueses a separar, ao facultar sacos de reciclagem com as cores de cada ecoponto – verde, azul e amarelo – disponíveis no site da campanha, em ações locais, em empresas e mupis, para que possam ter à disposição os recursos certos de acordo com cada resíduo. A vertente social está associada à ação da Sociedade Ponto Verde: por cada dez posts no Instagram em que seja partilhada uma foto a dar uso aos sacos de reciclagem com a hashtag #aMagiaDeReciclar, a SPV vai oferecer presentes a crianças de várias instituições.

Com criatividade, design e desenvolvimento assegurados pela Fullsix e planeamento de media desenvolvido pela Universal McCann (UM), a campanha chega aos portugueses através da televisão, rádios, na internet e dos cinemas, a partir de dia 1 de dezembro e decorrerá até ao dia 6 de janeiro. No site amagiadereciclar.pt é possível obter mais informações sobre todas as ações.

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