Nutricionistas
A bastonária dos nutricionistas aplaudiu hoje a proibição de venda de salgados e doces nas cafetarias do Serviço Nacional de...

Segundo um despacho hoje publicado em Diário da República, que entra em vigor na sexta-feira, vai ser proibido a venda de salgados, produtos de charcutaria, bolos, refrigerantes e sandes com molhos nos bares, cafetarias e bufetes das unidades de saúde públicas.

“É uma medida muito positiva” que permite controlar o consumo excessivo de sal, de açúcar e de gordura, disponibilizando alimentos mais saudáveis, disse a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento.

Alexandra Bento lembrou que o primeiro passo para uma oferta alimentar saudável já tinha sido dado com a proibição da venda destes produtos nas máquinas de venda automática nas unidades do SNS.

“O passo seguinte” deveria ser alargar a medida aos refeitórios do Serviço Nacional de Saúde porque, conjuntamente com os bares e as cafetarias, são os lugares que permitem fazer “escolhas alimentares saudáveis”, defendeu a bastonária.

Mas o “passo maior que se espera vir a acontecer” é estender esta proibição a todos os espaços da Função Pública, como as universidades, mas também as escolas, onde já há referenciais, “mas é preciso densificar o trabalho”.

A bastonária está convicta de que “os funcionários e os utentes” das unidades de saúde públicas não vão procurar outros locais para ter os alimentos que lhes vão faltar a partir de sexta-feira.

“Acredito que muitos dos utentes e dos profissionais de saúde quando iam aos bares das suas instituições reclamavam por uma oferta alimentar que fosse mais saudável”, sublinhou.

Na sua opinião, esta medida vai ser boa “para todos”, inclusive para os que têm os serviços concessionados, que “não vão perder a sua forma de venda”, como ficou comprovado com as máquinas de venda automáticas, cujas vendas não caíram com a alteração legislativa.

Segundo o despacho, assinado pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, os contratos a celebrar para concessão de espaços destinados à exploração de bares, cafetarias e bufetes também não podem contemplar a publicidade ou venda de refrigerantes ou refeições rápidas, designadamente hambúrgueres, cachorros quentes, pizas ou lasanhas.

No despacho é igualmente definida uma lista de alimentos a disponibilizar preferencialmente nos bares, cafetarias e bufetes dos hospitais e ouras unidades do SNS, entre eles leite simples meio-gordo/magro, iogurtes meio-gordo/magro, queijos curados ou frescos e requeijão, sumos de fruta e/ou vegetais naturais, bebidas que contenham pelo menos 50 % de fruta e/ou hortícolas e monodoses de fruta.

Administração Regional de Saúde
As urgências hospitalares tiveram o pico de atendimento deste inverno na quarta-feira, enquanto os centros de saúde da região...

O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), Luís Pisco, admite que, apesar de todos os agrupamentos de centros de saúde terem unidades abertas nos quatro dias de festejos do Natal, “houve uma pressão muito grande sobre as urgências” dos hospitais.

“Houve um conjunto significativo de pessoas que foi às urgências hospitalares e [esse número] veio sempre a aumentar desde dia 23 de dezembro até dia 27, com um pico de procura muito significativo”, afirmou o responsável em entrevista à agência Lusa.

Segundo os dados da ARS, o hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) foi o que mais episódios de urgência teve, com um pico na quarta-feira, com 963 episódios nesse dia.

O Centro Hospitalar de Lisboa Central (que integra São José e Curry Cabral) registou 864 atendimentos nas urgências na quarta-feira e o hospital Santa Maria teve 876 atendimentos na terça-feira e 825 na quarta-feira.

“A avaliação do Natal foi positiva, face à procura e face ao que vemos em outros países. A resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) face à procura que houve e aos números que tivemos foi bastante boa”, afirmou Luís Pisco, indicando que não foram reportados problemas nas escalas dos profissionais de saúde.

Para o responsável, uma das explicações é o facto de este ano haver “mais médicos e mais enfermeiros do que no mesmo período do ano passado”.

Contudo, o presidente da ARS-LVT admite que a ausência de epidemia da gripe também ajudou a que a pressão sobre os serviços de urgência não fosse ainda maior.

Ainda assim, os hospitais tiveram de recorrer à contratação de médicos através de empresas para suprir férias de alguns clínicos, mas Luís Pisco disse não ter dados sobre o número de contratações feitas nesta época.

Além das urgências hospitalares, na região de Lisboa e Vale do Tejo há ainda cerca de 65 centros de saúde que estão habitualmente abertos ao sábado e domingo, e que nestes quatro dias de festividades do Natal atenderam quase 5.500 pessoas.

Luís Pisco explica que neste período de festas foi aumentado o número de recursos humanos nos cuidados de saúde primários e que o mesmo acontecerá nos dias da Passagem de Ano.

Alguns centros de saúde vão passar a ter horário alargado, como os casos de Almada e Amora, que estarão abertos até às 22:00.

Uma vez que são muitos centros de saúde, com horários diversos, o presidente da ARS-LVT aconselha os utentes a informarem-se junto do centro de contacto SNS 24 sobre as unidades e horários disponíveis.

Quanto aos motivos que têm levado mais os utentes às urgências ou aos atendimentos permanentes, o responsável da ARS destaca as infeções respiratórias.

“Temos uma população muito envelhecida, o que é um sucesso de saúde pública, com as pessoas a viverem cada vez mais. Mas é óbvio que essas pessoas estão fragilizadas e no inverno o grande problema são as infeções respiratórias e as descompensações das situações cardíacas”, afirmou.

Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
12 meses de mais e melhores cuidados e doentes mais responsáveis.

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), sociedade que reúne os médicos internistas, desejam a todos os portugueses um feliz ano novo e deixam 12 votos para que em 2018 haja mais e melhor saúde em Portugal:

  1. Que cada cidadão e profissional de saúde se torne consciente da degradação dos nossos ecossistemas, das suas causas e das consequências para todos nós e das que terá para os nossos filhos e adote e defenda comportamentos que contribuam para um ambiente sustentável.
  2. Que cada cidadão tenha direito a políticas, cidades, instituições que promovam estilos de vida saudáveis e seja incentivado e ajudado a abandonar comportamentos de risco.
  3. Que cada cidadão tenha acesso a cuidados de saúde com boa qualidade e em tempo adequado, não sendo penalizado pela região em que vive, pelo seu sexo, orientação sexual, cor da pele ou  rendimento económico.
  4. Que cada doente seja respeitado nos seus direitos, tratado com humanidade, que seja informado sobre a sua condição, sinta que é tratado por uma equipa que comunica entre si, comprometida em minimizar os riscos que corre, com médicos que o tratam pelo nome e não pelo número da cama, que o tratam como uma pessoa e não como uma patologia, respeitam a sua individualidade, preocupam-se com ele e sabem o que o preocupa, que sabem quem é, o que faz ou o que fez na vida.
  5. Que cada doente internado tenha direito a um ambiente que o ajude a recuperar, como o acesso a luz natural, vista da natureza, luzes indiretas, cores e cheiros agradáveis, conforto térmico, descanso noturno, música, televisão, arte nas paredes e respeito pela sua privacidade.
  6. Que cada doente idoso, que sofre de várias doenças, tenha direito a um internista que o assista, independentemente do serviço em que seja internado, e que possa ter a opção de  ser internado na sua casa.
  7. Que nenhum doente permaneça no hospital depois de ter alta, por ter sido abandonado pela sua família, por estar à espera de cuidados continuados, pela falta de resposta da Segurança Social ou da rede de cuidados paliativos.
  8. Que cada doente não se sinta perdido quando passe do hospital para os cuidados primários ou cuidados continuados, paliativos ou a assistência social, que estas instituições comuniquem entre si,  funcionem em rede, de forma integrada, motivadas e centradas nas necessidades e preferências dos doentes, de forma que estes não tenham que usar sempre as urgências para resolver os seus problemas.
  9. Que cada cidadão compreenda que na Medicina ainda há muita incerteza e insucesso e que o nosso poder é mais limitado do que os media podem fazem crer.
  10. Que cada doente tenha médicos que reconheçam o seu sofrimento e o saibam aliviar e que não seja sujeito à obstinação terapêutica que lhe roube a seu direito a uma morte digna e em paz.
  11. Que os decisores da saúde tomem decisões baseadas em evidência, centradas no interesse dos doentes, avaliem as consequências das suas decisões e das reformas que promovem , monitorizem a qualidade dos cuidados  e  entendam que melhorar a qualidade dos cuidados de saúde é mais barato que prestar cuidados com má qualidade e que isso promove a saúde das pessoas.
  12. Que o enorme esforço físico e psicológico exigidos aos Internistas portugueses que diariamente trabalham nas urgências dos hospitais, nas enfermarias de Medicina, nas unidades de cuidados intermédios ou especiais, nos cuidados intensivos, nas consultas externas e nos hospitais de dia dos hospitais, de forma abnegada e competente, muitas vezes em situações limite, em nome do seu compromisso com os doentes, tratando muitos para além da lotação dos seus serviços, evitando rupturas  penalizadoras, que este trabalho seja reconhecido e recompensado e tenham direito a equilibrar a sua vida profissional com a sua vida pessoal.
Campanha “VIH é”
Para aumentar a consciencialização sobre os riscos para a saúde associados à infeção por VIH e respetivas comorbilidades, bem...

Punctuation é a história de um adolescente heterossexual, filho de um casal homossexual, que lida primeiro  com o diagnóstico de cancro terminal do pai biológico e depois com a sua morte. É uma história contada na perspetiva do jovem como uma jornada emotiva de saída da escuridão da revolta.

Através de uma difícil caminhada que tem início na raiva e na frustração e se transforma em aceitação e determinação, este jovem zangado dá lugar a um ativista motivado que promove uma nova maneira de pensar sobre as necessidades médicas não satisfeitas no tratamento da infeção por VIH, encorajando a discussão sobre as comorbilidades associadas.

“VIH é” é uma campanha educacional desenvolvida pela Gilead Sciences que pretende informar e esclarecer a população sobre a infeção por VIH, os fatores de risco e a gestão de comorbilidades associados à doença, com o objetivo de promover a literacia em saúde e a qualidade de vida dos doentes.

A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, a Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica, Abraço, AJPAS, Seres, Ser+, Positivo ou a Fundação Portuguesa “A Comunidade contra a SIDA” são algumas das sociedades científicas e associações de doentes que se associaram a esta campanha de “disease awareness”.

Veja o vídeo: http://www.website-preview.biz/what-to-ask/doctor-and-patient-videos

Site da campanha: www.vihmaisdoqueserpositivo.pt

Governo
O Governo vai proibir os salgados, produtos de charcutaria, bolos, refrigerantes e sandes com molhos nas cafetarias das...

Segundo o despacho, assinado pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, os contratos a celebrar para concessão de espaços destinados à exploração de bares, cafetarias e bufetes também não podem contemplar a publicidade ou venda de refrigerantes ou refeições rápidas, designadamente hambúrgueres, cachorros quentes, pizas ou lasanhas.

Além dos salgados, como rissóis, croquetes, pastéis de bacalhau ou pastéis de massa folhada, dos pães com recheio, croissants e outros bolos, as regras para os novos contratos implicam ainda que não se possa vender nas cafetarias e bares das unidades de saúde públicas bolachas e biscoitos com teores de gordura e açúcar superiores a 20 g por cada 100 g de produto, bolachas de chocolate ou recheadas com creme, com pepitas de chocolate ou biscoitos de manteiga.

Os bares dos hospitais e centros de saúde vão igualmente deixar de poder vender águas aromatizadas, bebidas energéticas e bebidas com cola ou estrato de chá, guloseimas tipo rebuçados, caramelos, pastilhas com açúcar, gomas, snacks doces ou salgados, designadamente tiras de milho, batatas fritas e pipocas (doces ou salgadas).

O despacho, que proíbe também, nos novos contratos, a venda de chocolates em embalagens superiores a 50 g, chocolates com recheio, bebidas com álcool e molhos como ketchup, maionese ou mostarda, o governo refere que os bares e cafetarias das unidades de saúde públicas devem disponibilizar obrigatoriamente água potável gratuita e de garrafa.

É igualmente definida uma lista de alimentos a disponibilizar preferencialmente nos bares, cafetarias e bufetes dos hospitais e ouras unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), entre eles leite simples meio-gordo/magro, iogurtes meio-gordo/magro, queijos curados ou frescos e requeijão, sumos de fruta e/ou vegetais naturais, bebidas que contenham pelo menos 50 % de fruta e/ou hortícolas e monodoses de fruta.

Esta lista integra ainda o pão, “preferencialmente de mistura com farinha integral e com menos de 1 g de sal por 100 g” de produto, que pode ter como recheio queijo meio-gordo/magro, fiambre com baixo teor de gordura e sal e de preferência de aves, carnes brancas cozidas, assadas ou grelhadas, atum ou outros peixes de conserva com baixo teor de sal e ovo cozido.

Fazem ainda parte da lista de produtos a dispensar preferencialmente nos cafés e bares das unidades de saúde públicas a fruta fresca, sobretudo da época, “podendo ser apresentadas como salada de fruta fresca sem adição de açúcar”, saladas, sopa de hortícolas e leguminosas, frutos secos ao natural (sem sal nem açúcar), tisanas e infusões de ervas sem adição de açúcar.

No despacho, que entra em vigor na sexta-feira, é definido que as instituições do Ministério da Saúde, sejam da administração direta ou indireta do Estado ou os serviços e entidades públicas prestadoras de cuidados de saúde que integram o SNS, devem proceder até 30 de julho de 2018, se tal não implicar o pagamento de indemnizações ou outras penalizações, à revisão dos contratos em vigor.

O diploma prevê ainda que sejam equacionados mecanismos de reequilíbrio financeiro, “se tal se mostrar necessário e adequado”.

“As medidas constantes do presente despacho devem ser acompanhadas por programas com o objetivo de informar e capacitar para escolhas alimentares mais saudáveis, promovendo-se o aumento da literacia alimentar e nutricional da população que frequenta os espaços de oferta alimentar do SNS, quer dos profissionais de saúde, quer dos utentes e dos seus acompanhantes”, refere o documento.

Depois de algumas medidas que restringiram alguns doces nas máquinas automáticas instaladas nas unidades de saúde públicas, em setembro do ano passado o Governo criou um grupo de trabalho interministerial para elaborar uma estratégia integrada para a promoção da alimentação saudável.

No âmbito da promoção da alimentação saudável, o Orçamento de Estado para 2017 já contemplava uma tributação adicional das bebidas açucaradas e, em junho deste ano, foi criado outro grupo de trabalho para definir uma estratégia para uniformizar as dietas hospitalares de forma a garantir o fornecimento de refeições nutricionalmente mais adequadas.

São Paulo
Mais dez parques naturais de São Paulo foram hoje encerrados, como medida preventiva para evitar um surto de febre amarela,...

Segundo informou hoje em comunicado a secretaria do Ambiente da cidade brasileira, dez dos principais parques naturais nas zonas sul e oeste de São Paulo vão ficar encerrados por tempo indeterminado.

A decisão surgiu depois de testes laboratoriais mostrarem que a febre amarela matou dez macacos nas últimas semanas em reservas naturais em Itapecerica da Serra, uma região próxima dos parques onde as visitas foram suspensas.

A cidade de São Paulo já tinha encerrado 13 parques naturais em outubro, quando lançou uma campanha de vacinação contra a febre amarela, para a qual convocou uma grande parte da população.

Os parques fechados em outubro estão localizados no norte e leste de São Paulo.

Embora nos últimos meses não tenha havido nenhum caso de febre amarela em São Paulo, as autoridades temem o surgimento de um novo surto da doença.

Os macacos não transmitem a febre amarela aos seres humanos, mas são portadores do vírus e podem infetar as duas espécies de mosquitos capazes de transmitir a doença.

O ministério da Saúde do Brasil declarou em agosto o fim da emergência sanitária provocada pelo surto de febre amarela que afetou toda a região sudeste do país e causou, entre dezembro de 2016 e agosto de 2017, 261 mortos e outros 777 casos comprovados de contágio.

Assembleia Municipal
A Assembleia Municipal das Caldas da Rainha aprovou ontem um protocolo de colaboração entre o município e a Administração...

A parceria entre a Câmara das Caldas da Rainha e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do tejo (ARSLVT) visa “a construção da Unidade de Saúde Familiar de Santo Onofre, de modo a permitir a melhoria de funcionamento da atual Unidade de Saúde Familiar Rainha D. Leonor” que será transferida do atual Centro de Saúde para as novas instalações, pode ler-se no documento que foi aprovado por unanimidade.

A construção da Unidade de Saúde Familiar de Santo Onofre (uma das duas freguesias da cidade) foi identificada pela ARSLVT no âmbito da proposta de mapeamento apresentada à Autoridade de Gestão do Programa Operacional Centro 2020 e candidata pela autarquia a fundo comunitários através dos apoios a “Investimentos em Infraestruturas de Saúde”.

A obra, orçada em 1,3 milhões de euros será “financiada pela Câmara e com comparticipação comunitária”, explicou o presidente da autarquia, Fernando Tinta Ferreira.

Mas, depois de concluída, estabelece o protocolo, será cedida “em regime de direito de superfície”, pelo período de 25 anos, prorrogável por mais 25.

Da responsabilidade da autarquia será ainda a elaboração dos projetos de arquitetura e de especialidade para a construção do edifício, os quis terão que ser submetidos à ARSLVT antes da adjudicação da obra.

A Câmara assumirá igualmente os custos com arruamentos, estacionamentos e infraestruturas bem como a sua futura manutenção.

À ARSLVT caberá, por seu lado, elaborar o programa funcional para a construção da Unidade de Saúde Familiar e assegurar a sustentabilidade dos encargos de funcionamento da mesma.

O protocolo mereceu votação favorável de todas as bancadas com assento na Assembleia Municipal (PSD, PS, CDU e BE), apesar de os socialistas discordarem da localização escolhida, alegando ser “distante” do centro da freguesia e necessitar de “melhores acessos” e transportes públicos.

Tinta Ferreira justificou a escolha da localização com o facto de o terreno onde será construída a unidade de saúde ter sido “cedido, na sequência de um projeto de urbanização, especificamente para esse fim”.

Contudo, acrescentou, a rede de transportes urbanos “será adaptada para que aquela zona seja melhor servida” de autocarros.

Após encerramento pela ASAE
As obras de reparação da cozinha do hospital das Caldas da Rainha, encerrada pela ASAE desde o dia 14, arrancaram ontem e...

A intervenção começou com “a lavagem e preparação das paredes para serem pintadas”, disse a fonte do hospital das Caldas da Rainha, distrito de Leiria, onde está encerrada a zona de confeção de alimentos desde o dia 14 deste mês.

A “suspensão de laboração” da zona de confeção de refeições do hospital foi determinada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), na sequência de uma ação de fiscalização no âmbito da segurança alimentar.

Os inspetores detetaram “falta de condições estruturais e outras inconformidades”, que levaram à suspensão da confeção das refeições para os doentes, acompanhantes e funcionários do hospital.

As refeições estão, desde essa data, a ser fornecidas por uma empresa certificada e, segundo a mesma fonte, “a ser servidas em louça descartável”, sendo os tabuleiros “enviados para lavagem na unidade de Torres Vedras”, outro dos hospitais do Centro Hospitalar do Oeste (CHO).

A intervenção ontem iniciada deverá “dentro de uma semana permitir instalar um contentor e maquinaria para a lavagem da louça”, indicou a fonte.

A intervenção está a ser feita ao abrigo de um protocolo entre o Centro Hospitalar do Oeste e o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), ao qual havia já sido feito uma adenda, que obteve em setembro deste ano o visto do Tribunal de Contas para que fossem feitas reparações na cozinha.

A obra, com um custo de 85 mil euros, inclui a reparação do pavimento, paredes e tetos e a substituição de alguns materiais.

O prazo de conclusão é de 45 dias, após o que a ASAE deverá fiscalizar o local e decidir se estão reunidas as condições para que as refeições voltem a ser confecionada no hospital.

O hospital das Caldas da Rainha integra o Centro Hospitalar do Oeste, juntamente com as unidades de Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro).

Tecnologia
Uma equipa do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência desenvolveu um ‘software' que...

Este ‘software', a primeira tecnologia desenvolvida no âmbito do projeto A-VA (Assisted Vascular Analysis), pode melhorar a qualidade da informação que o cirurgião tem à sua disposição antes de iniciar este tipo de cirurgia, que pode durar até 12 horas, explicou à Lusa Daniel Vasconcelos, membro do do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

Segundo o promotor do projeto, o planeamento destas intervenções cirúrgicas envolve o estudo prévio da rede vascular da zona a intervir, realizado pela equipa de Radiologia, que analisa, de forma praticamente manual, centenas de imagens geradas durante o AngioTAC (Tomografia Computorizada particularmente dirigida à vascularização arterial).

Depois desse estudo, continuou, é emitido um relatório à equipa cirúrgica, que procura descrever a rede vascular através de texto e algumas imagens, um "processo moroso e suscetível ao erro".

A tecnologia desenvolvida pelo INESC TEC, única até à data capaz de medir e mapear automaticamente vasos sanguíneos de pequeno calibre, pode ser utilizada para contornar esses possíveis erros, através de relatórios especializados, que incorporam modelos 3D e as últimas recomendações vigentes na literatura científica, acrescentou.

De acordo com Daniel Vasconcelos, o método utilizado atualmente para medir e mapear os vasos sanguíneos é comparável a uma "viagem de carro num dia de intenso nevoeiro, tendo por base as indicações dadas por um amigo".

"O ‘software' que desenvolvemos é semelhante à evolução que o GPS nos trouxe, fornecendo indicações precisas da trajetória dos vasos sanguíneos e indicando quais as opções viáveis que o cirurgião tem à sua disposição", indicou.

O projecto A-VA resultou de um pedido da Fundação Champalimaud, com a qual a equipa do INESC TEC tem vindo a colaborar no desenvolvimento desta tecnologia, que tem já um pedido de patente ativo junto do European Patente Office.

Embora neste momento o projeto esteja vocacionado para a cirurgia de reconstrução mamária, os responsáveis pretendem criar soluções para outras necessidades clínicas, que têm as redes vasculares no centro do problema.

O A-VA foi distinguido com o segundo lugar na edição na segunda edição de 2017 do Business Ignition Programme (BIP), um projeto financiado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, e organizado pela U.Porto Inovação, pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR) e pelo INESC TEC.

Para Daniel Vasconcelos, a grande conquista ocorreu ao longo das 12 semanas do BIP, nas quais procuraram validar a solução "no mundo real", tendo sido "vital" o contacto com radiologistas, cirurgiões, técnicos, e empresas.

"Ganhámos uma outra visão do caminho a percorrer, o qual começará já no início de 2018, com a viagem internacional a centros de referência na análise de imagem médica, ganhada como prémio pelo segundo lugar conquistado no BIP", contou o promotor, que foi ainda premiado pelo júri com um MBA na Porto Business School.

No projeto participam igualmente os membros do INESC TEC Ricardo Araújo, Hélder Oliveira e Lucas Gurgel.

Cirurgia de Catarata
Os resultados promissores de um estudo-piloto focado na otimização dos processos de cirurgia de catarata, designadamente no...

O projeto de investigação, intitulado NECSUS (NEuroadaptation after Cataract and Refractive Surgery Study), foi selecionado entre mais de 60 candidaturas de 26 países.

Com este financiamento, a equipa de investigadores, liderada por Joaquim Murta, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (UC), vai iniciar, já no próximo mês de janeiro, um novo estudo que produza conhecimento para permitir selecionar melhor a lente a implantar em cada doente durante a cirurgia de catarata, bem como desenvolver novas lentes e estratégias terapêuticas que favoreçam a adaptação.

Depois de o estudo clínico piloto ter permitido esclarecer, através de ressonância magnética funcional, a ligação entre sintomas relacionados com a luz e as caraterísticas funcionais do cérebro humano em doentes operados às cataratas e implantados com lentes multifocais, mostrando, pela primeira vez, a associação entre as queixas reportadas pelos doentes e a atividade funcional do cérebro em tempo real, os investigadores vão agora ensaiar e “comparar diferentes tipos de lentes multifocais, para descobrir as caraterísticas das lentes que causam menos disfotópsias (encadeamento, brilho ocular, riscos estrelados) e estão associadas a maior qualidade visual”, adianta Andreia Martins Rosa, investigadora no projeto.

“Vamos ainda estudar doentes em que, pela persistência de disfotópsias, vai ser necessário proceder a nova intervenção cirúrgica para substituir as lentes multifocais. Com este grupo vamos compreender melhor a razão pela qual por vezes não há melhoria das queixas despoletadas pelas luzes, e com isso encontrar estratégias terapêuticas mais eficazes”, esclarece.

A cirurgia de catarata é a cirurgia mais realizada em oftalmologia em todo o mundo. As disfotópsias são uma das principais causas da insatisfação após a cirurgia de catarata, obrigando à troca de lentes em 5,7% dos casos.

Para além da equipa da Universidade de Coimbra, composta por Joaquim Murta, Miguel Castelo Branco, Andreia Martins Rosa, Maria da Conceição Lobo, Miguel Patrício e Francisco Caramelo, o estudo tem a participação de investigadores da Bélgica e Holanda.

Gondomar
Uma vez por mês, um grupo de utentes da Associação do Porto de Paralisia Cerebral, em Gondomar, mergulha na piscina da...

Em curso há cinco anos em parceria com o Centro Cultural e Desportivo da Câmara do Porto, o projeto de mergulho adaptado, disse à agência Lusa a coordenadora de voluntariado da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) Filipa Luz, "surgiu da vontade de criar atividade diferenciadas e aumentar a participação de jovens adultos com paralisia cerebral".

Mensalmente, na piscina da Villa Urbana, unidade residencial da APPC onde vivem 31 pessoas com paralisia cerebral, participam nas sessões entre cinco e oito utentes de uma associação que tem "desde serviços educativos a serviços para pessoas com deficiência, acompanhando diariamente cerca de 1.500 pessoas", disse a coordenadora.

E sobre as mudanças que a frequências das aulas permitiu, Filipa Luz destacou a "oportunidade de poderem participar em algo diferente", frisando que as pessoas "são constituídas pelo número de experiências que conseguem vivenciar ao longo da sua vida" e o que o facto de ter nascido esta escolha "implicou na sua qualidade de vida".

"Uma vez por mês é a periodicidade possível, não apenas por uma questão de logística do espaço”, mas também para permitir a todos participarem, numa experiência que já chegou a "um alargado número de utentes".

Mergulhador há 33 anos e instrutor há 20, José Roças lidera a equipa de quatro mergulhadores voluntários que, em sessões de cerca de uma hora, permitem a quem passa o dia, por exemplo, numa cadeira de rodas, ter a sensação de caminhar dentro da piscina.

Equipados com colete, botija de ar comprimido e, sobretudo, muita atenção e dedicação dos mergulhadores, os utentes da APPC, com diferentes níveis de paralisia cerebral, podem evoluir na piscina de diferentes formas, aprendendo, sobretudo a "respirar debaixo de água".

José Roças explicou que as sessões "consistem em colocar um individuo não adaptado, com o equipamento necessário para a prática do mergulho, a sentir-se imbuído do espírito do mergulho, porque está debaixo de água e a respirar".

E num grupo diferenciado de utentes, há quem use barbatanas e faça percursos subaquáticos na piscina e outros que, sendo de uma dependência total, têm sempre dois mergulhadores a acompanhá-lo.

"Existe o estigma de que o indivíduo deficiente é um extraterrestre quando, na verdade, consegue fazer coisas que nós, ditos normais, achamos que é um bocadinho perigoso, mas que eles fazem porque se sentem seguros e querem partilhar a vida connosco e ser o mais normais possível", argumentou o instrutor que do trabalho dos seus alunos disse ser igual ao dos demais, "exigindo tempo e treino".

Da evolução que acompanhou, disse haver pessoas que "estão nisto há alguns anos e cuja mudança é enorme", exemplificando com o simples gesto de colocar a máscara de mergulho: "alguns não conseguiam pôr uma máscara de mergulho e hoje não só têm a mascara, mas também conseguem andar debaixo de água e conseguem respirar".

Para José Roças, a "maior dificuldade é interagir, conseguir que o individuo perceba o que se lhe quer dizer e que consiga dizer se está bem ou se está mal e isto, às vezes, demora meses".

Do seu trabalho neste projeto de voluntariado disse ser "uma realização pessoal e uma satisfação", sustentando que o seu "grande objetivo é que tenham a possibilidade de mergulhar desde que o queiram".

"Estes são um exemplo, pois com mais dificuldade fazem-no e isso dá-me um orgulho e uma satisfação enorme. E com a equipa que tenho conseguimos fazer estas coisas", acrescentou o instrutor que questionado se havia uma idade limite para a frequência respondeu que desde que "haja capacidades físicas o poderão fazer".

Genética
O médico responsável pelo nascimento da primeira criança com três pais disse que a técnica está a merecer o interesse em todo o...

John Zhang é um especialista em medicina da reprodução que em 2016 foi notícia após a revista científica britânica New Scientist ter anunciado o nascimento do primeiro bebé do mundo concebido com o ácido desoxirribonucleico (ADN) de três pessoas: do pai e da mãe e de uma dadora.

O anúncio foi feito a 27 de setembro, quando Abrahim Hassan já tinha cinco meses de idade.

O objetivo desta técnica de substituição mitocondrial foi evitar a transmissão de uma doença genética, neste caso a síndrome de Leigh, de cujos genes a mãe era portadora.

Após vários abortos e de perder dois filhos, o casal oriundo da Jordânia procurou ajuda na clínica de John Zhang que se dedica à medicina da reprodução.

O especialista explicou a técnica que usou, recorrendo à imagem de um ovo, no qual a ‘gema’ (núcleo) contém o ADN que codifica os traços expressados (cabelo, olhos, altura, etc.).

“Também há ADN na ‘clara de ovo’ (mitocondrial), que codifica a forma como o corpo funciona, como os músculos crescem, a respiração dos pulmões, o funcionamento do cérebro, etc”, referiu.

Para retirar a doença do ADN mitocondrial, a equipa transferiu a ‘gema do ovo’ da mulher do casal para uma ‘clara de ovo’ de uma doadora, ao qual tinha sido removida a ‘gema’.

Tal foi possível graças a “um impulso elétrico especialmente cronometrado para causar a fusão celular, através do qual a ‘gema do ovo’ da doente se ligou à clara da dadora”, disse.

Para John Zhang, a técnica exige “uma habilidade excecionalmente alta no laboratório”.

“São necessários equipamentos especializados e um tempo preciso para provocar uma fusão celular bem-sucedida. É igualmente importante conseguir remover o máximo de ADN saudável, o que pode ser complicado”, prosseguiu.

O especialista adiantou que, por esta ser uma nova técnica, não há escola que possa assegurar uma preparação adequada para este trabalho.

“De facto, só existem algumas pessoas selecionadas no mundo que podem fazer este trabalho. Além disso, é mais caro para o laboratório fazer isso do que fertilização ‘in vitro’ tradicional”, referiu.

Além da criança concebida através da técnica aplicada por John Zhang, nasceu uma outra elaborada pela equipa do médico Valerie Zukin, na Ucrânia, que usou a mesma técnica, mas com algumas alterações.

Questionado sobre as doenças que este procedimento poderá evitar, o especialista apontou um conjunto de patologias mitocondriais, entre as quais a miopatia mitocondrial, a diabetes mellitus e a surdez, a neuropatia ótica hereditária de Leber, neuropatia, ataxia, retinite pigmentosa e ptose.

John Zhang ressalvou que, para já, ainda se desconhece se esta terapia de substituição mitocondrial funcionará para todos estas doenças.

Sociedade Portuguesa de Autores
O neurocientista António Damásio, de 73 anos, vai receber em março o Prémio de Vida e Obra atribuído pela Sociedade Portuguesa...

Em comunicado, a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) afirma que o médico neurologista "trabalha de forma exemplar no estudo do cérebro e das emoções humanas” e vai receber o galardão no dia 20 de março, durante a sua gala anual, no grande auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

António Damásio é “um dos nomes mais importantes da ciência a nível mundial e também ao autor de livros que são lidos em todo o mundo por públicos de várias gerações e formações”, justifica a SPA.

António Damásio tornou-se este ano o primeiro cientista português a receber a Medalha Freud, atribuída pela Fundação Breukvlakken, a Academia Real das Artes e Ciências dos Países Baixos, a Associação Holandesa de Psicanálise, a Associação Holandesa de Psicoterapia Psicanalítica e a Fundação de Psicanálise.

Em comunicado, as instituições neerlandesas, justificando a distinção, realçaram as “suas originais e inovadoras contribuições para a pesquisa da neurobiologia da mente”.

“O seu livro ‘O Erro de Descartes’ é, entre outros livros, um exemplo da importância que a sua obra publicada tem tido a nível global”, afirma, por seu turno, a SPA.

António Damásio estudou Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde também se especializou como neurologista e completou o seu doutoramento.

Atualmente, é professor da cátedra David Dornsife de Neurociência, Psicologia e Filosofia e diretor do Instituto do Cérebro e Criatividade na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, e professor adjunto no Instituto Salk para Estudos Biológicos em La Jolla, também na Califórnia.

António Damásio faz parte do Conselho de Estado.

Foram já distinguidos com o Prémio de Vida e Obra da SPA Mário Soares, Eduardo Lourenço, Siza Vieira, José-Augusto França e António Lobo Antunes, entre outros.

Recentemente, Damásio publicou a obra “A Estranha Ordem das Coisas”, na qual interroga o que levou os seres humanos a criar culturas, esse conjunto de práticas e instrumentos, onde se incluem a arte, os sistemas morais e a justiça, a governação, a economia política, a tecnologia e a ciência, que atribui à “inteligência excecional [dos seres humanos], assistida por uma faculdade humana ímpar, a linguagem”.

Direção-Geral da Saúde
O Serviço Nacional de Saúde assegurou o acesso à saúde a todos os refugiados acolhidos em Portugal ao abrigo do programa de...

O Alto Comissariado para as Migrações efetuou o balanço do acolhimento de cerca de 1.520 requerentes de proteção internacional no âmbito da Agenda Europeia da Migração (outubro de 2015 a outubro de 2017).

Segundo a DGS, citando o balanço, o SNS “garantiu o acesso à saúde a 100% dos migrantes acolhidos em Portugal (universo de 697 pessoas)”, num trabalho que envolveu a articulação da Direção-Geral da Saúde (DGS) com as todas as Administrações Regionais de Saúde e inúmeros Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do país.

A avaliação reportada no que respeita ao acesso à saúde classificou-o como “expedito e eficaz”, adianta a Direção-Geral da Saúde numa nota publicada no seu site.

Segundo os dados do Alto Comissariado para as Migrações, publicados na sua revista de dezembro, nasceram em Portugal neste período 29 crianças filhas de refugiados.

Do total dos 697 refugiados, 433 têm idades entre os 16 e os 65 anos e 262 são crianças e jovens até aos 17 anos.

Os dados indicam que 264 pessoas (61%) estão inscritas no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), 161 (37%) estão inseridas no mercado de trabalho, 26 (6%) estão a fazer formação profissional, 16 (4%) estão a realizar trabalho voluntário e 14 (3%) estão a frequentar o ensino superior.

Dos que estão a trabalhar, mais de metade (90) estão no setor terciário (serviços), 41 (25%) no setor secundário (construção e indústria) e 30 (19%) no setor primário (agricultura, pesca ou extração).

Relativamente às 262 crianças e jovens, os números do ACM indicam que 33 (13%) estão em creches da rede pública, 22 (8%) em infantários particulares, 28 (11%) no pré-escolar, 69 (26%) no primeiro ciclo, 19 (7%) no segundo, 23 (9%) no terceiro ciclo e 18 (7%) no secundário.

Administração Regional de Saúde do Norte
Todos os centros de saúde do Norte vão ter na terça-feira, dia de tolerância de ponto, um “reforço das equipas e de resposta”,...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) informa que, para além desta medida aplicada ao dia 26, “nos dias 24 e 25 [domingo e segunda], os Centros de Saúde vão estar abertos como habitualmente”, com vista a evitar deslocações aos hospitais, “na maior parte das vezes desnecessárias”.

De acordo com a ARS-N, a opção pelo “reforço das equipas e pela resposta” de “todos os Agrupamentos de Centros de Saúde e Unidades Locais de Saúde da região Norte” visa “salvaguardar, atempada e eficazmente, a resposta aos cuidados indispensáveis junto das populações”.

A decisão, explica a ARS-N, teve em mente “a época festiva”, “o aumento de população com a visita de familiares e amigos provenientes dos vários países e regiões e, por outro, a concessão, por parte do Governo, de tolerância de ponto no dia 26 de dezembro”.

De acordo com a ARS-N, a intenção foi manter “o princípio de que o doente seja visto e acompanhado por uma Equipa de Saúde Familiar, minimizando-se deslocações, desconforto e exposições em meio hospitalar, na maior parte das vezes desnecessária”.

A ARS-N quis também “tentar amenizar os tempos de espera na resposta às situações que verdadeiramente justificam o acompanhamento em serviço de urgência hospitalar”.

Segundo a administração, “em caso de necessidade, a primeira decisão deverá ser sempre o recurso ao Serviço Nacional de Saúde 24, através do número 808 24 24 24”.

Ministério da Justiça
A contratação de cuidados de saúde nas prisões e centros educativos vai custar 12 milhões de euros no triénio 2018-2020,...

O valor anual a despender pela prestação destes cuidados de saúde será, desta forma, de quatro milhões de euros.

Todos estes valores são acrescidos de IVA.

O Ministério da Justiça refere que está em curso um processo de articulação com o Ministérios da Saúde para que “o Serviço Nacional de Saúde reúna as condições necessárias de assumir a responsabilidade pelos cuidados de saúde à população prisional e aos jovens educandos enquanto utentes, em condições de qualidade e de continuidade idênticas às que são asseguradas a todos os cidadãos" em liberdade.

Conselho de Ministros
José Carlos Ferreira Caiado foi ontem nomeado presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, segundo o comunicado do...

Para a vice-presidência da ACSS foi nomeada Carla Gonçalo Catarino e para vogais executivos Pedro Ventura Alexandre e Ricardo Seleiro Mestre.

O novo presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), José Carlos Caiado, é licenciado em gestão de empresas, pertenceu à comissão executiva do SAMS – Prestação Integrada de Cuidados de Saúde, foi vogal da administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte e do Hospital Fernando da Fonseca, entre outros cargos.

A ACSS assegura a gestão dos recursos financeiros e humanos do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde e suas instalações e equipamentos.

A direção anterior da ACSS tinha terminado o mandato e no início deste mês soube-se que Marta Temido não continuaria como presidente do organismo, como confirmou na altura a própria à agência Lusa, sem adiantar se tinha pedido ou não para continuar no cargo.

Marta Temido tinha sido indicada para presidente do conselho diretivo da ACSS em janeiro de 2016, depois de ter sido presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares.

21 de dezembro - Solstício de Inverno
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia deixa conselhos para uma visão saudável no Inverno.

O Inverno começa hoje e com a descida das temperaturas a preocupação recai, normalmente, sobre as melhores formas de enfrentar o frio e de manter o corpo e a casa quente. De fora da lista de cuidados costuma ficar a saúde ocular e é para isso que alerta a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), que chama a atenção para o risco de problemas que podem surgir quando o frio aperta.

“Tal como no Verão, também no Inverno há cuidados que devemos ter com a visão para garantir uma boa saúde ocular”, explica Manuel Monteiro Grillo, presidente da SPO. “Nem sempre nos lembramos de ter atenção aos olhos, mas há conselhos simples que podemos e devemos seguir e que previnem o aparecimento de diferentes problemas.” 

E são esses os conselhos que a SPO partilha, para garantir uma proteção da saúde ocular:

Evite os ambientes muito secos - Os aquecedores, os aparelhos de ar condicionado ou as lareiras são fontes de calor, ajudando a combater o frio. Mas podem também causar (ou piorar) a situação de olho seco, uma doença em que as lágrimas estão alteradas, causando alterações na qualidade de vida dos indivíduos.

Proteja os olhos dos raios solares - Não é só no verão que é necessário proteger os olhos dos raios UVA e UVB. Também no inverno o uso de óculos de sol é essencial, sempre que haja exposição solar.

Cuide da pele em redor dos olhos - Se quando as temperaturas sobem são necessários cuidados com a pele, quando estas descem a atenção deve manter-se, sobretudo no que diz respeito à pele que se encontra em torno dos olhos. Recomenda-se a utilização de protetores solares de índice elevado, como Fator de Proteção Solar (FPS) 50 ou superior.

Não se esqueça da regra dos 20-20-20 - Durante os meses mais frios, as pessoas têm tendência a passar mais tempo dentro de casa e, por isso, a ficar mais horas em frente ao computador ou aparelhos eletrónicos. Não se esqueça, por isso, da regra dos 20-20-20: faça, a cada 20 minutos, uma pausa de 20 segundos para fixar um objeto a uma distância de 20 pés (cerca de seis metros).

Reduza o risco de “cegueira da neve” - A neve e o gelo têm a capacidade de refletir o sol, o que faz com que os raios solares atinjam os olhos vindos de cima e de baixo (da superfície). Para quem vive em zonas cobertas pela neve ou para quem pretenda visitar estes locais, o uso de óculos de sol com lentes com filtro UV é fundamental, uma vez que estas diminuem a luz refletida e aumentam o contraste dos objetos. Evitam-se, desta forma, queimaduras na córnea e na retina. Atenção que, nestes casos, os óculos de sol usados da praia não são suficientes, já que são desenvolvidos para uso em temperaturas quentes, o que faz com que o seu material muitas vezes não resista ao frio. Se descurar os cuidados com os olhos na neve, a córnea e a conjuntiva - as estruturas mais externas do olho - podem sofrer queimaduras solares e provocar a chamada “cegueira da neve”.

Cuidado com lentes de contacto em altitudes altas - O ar das montanhas é mais seco e provoca alguma intolerância às lentes de contacto. Se utiliza lentes é importante que hidrate os olhos 4-5 vezes por dia com recurso às lágrimas artificiais.

Use uma viseira nos desportos de inverno - Desportos em que haja poeira excessiva no ar podem dificultar a utilização de lentes de contacto. Utilize uma viseira a cobrir os olhos. 

9º Peditório de Pilhas e Baterias Usadas decorre até 31 de dezembro
Tem pilhas e baterias usadas em casa? A Ecopilhas tem o destino adequado para que possa contribuir para preservar o ambiente ao...

Para contribuir para esta campanha de solidariedade, basta colocar as pilhas e baterias que já não funcionam e que foram anteriormente usadas em brinquedos, telecomandos, computadores portáteis, telemóveis, relógios entre outros aparelhos, num dos mais de 20.000 Pilhões existentes em todo o País ou junto dos parceiros aderentes da campanha: lojas da MultiOpticas, lojas do Meu Super ou sucursais do Millennium BCP.

O apresentador José Carlos Malato junta-se uma vez mais a esta iniciativa, sendo o rosto da campanha de sensibilização para a recolha de pilhas e baterias usadas a favor do IPO de Lisboa. “É com muito gosto que nos últimos anos me tenho associado a esta campanha da Ecopilhas que, para além do cariz solidário, permite contribuir para um ambiente melhor”, refere José Carlos Malato, embaixador da campanha.

Ao entregar as pilhas e baterias usadas, estará a contribuir para ajudar o IPO de Lisboa na aquisição de um equipamento cirúrgico para o bloco operatório.

Eurico Cordeiro, Diretor Geral da Ecopilhas, deixa um apelo à participação massiva no 9º Peditório: “Basta um pequeno gesto para fazer a diferença. Por isso, contamos com a ajuda de todos para contribuir para o sucesso desta campanha e aumentar a reciclagem de pilhas e baterias, muitas das quais contêm metais pesados, muito perigosos para o ambiente, pelo que é fundamental dar-lhes um destino adequado”.

Desde 2009, ano em que teve início o primeiro Peditório de Pilhas e Baterias a favor da luta contra o cancro, a Ecopilhas recolheu mais de 32,3 milhões de Pilhas e Baterias usadas, o que tem permitido a doação anual de um aparelho de tratamento ou diagnóstico ao IPO de Lisboa. 

Em Bragança
Um doente que recorra aos serviços de urgência do distrito de Bragança durante a noite tem agora a garantia de que os...

Os novos serviços surgem no âmbito do projeto SAFE - Serviço de Assistência Nacional Farmacêutica, anunciado em julho pelo Ministério da Saúde, e que começou a funcionar esta semana envolvendo as entidades ligadas à Saúde e todas as farmácias deste distrito, que é o primeiro de Portugal a experimentar este projeto.

O doente só precisa de um telemóvel para saber qual a farmácia que tem disponível os medicamentos que lhe são prescritos nos serviços de urgência, podendo optar por aquela onde pretende aviar a receita ou pedir que lhe seja entregue ao domicílio.

O projeto destina-se apenas a medicamentos prescritos durante o período noturno, em contexto de urgência, nos quatro serviços existentes na região, nomeadamente as urgências médico-cirúrgicas de Bragança e Mirandela, e as básicas de Macedo de Cavaleiros e Mogadouro, segundo disse à Lusa a diretora clínica da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, Eugénia Parreira.

A ULS do Nordeste e as farmácias de todo o distrito entram “como os organismos para a implementação do projeto, com o apoio da ARS (Administração Regional de Saúde) do Norte, dos serviços partilhados do Ministério da Saúde e da Associação Nacional de Farmácias para a operacionalização no terreno.

Este serviço funciona todos os dias entre as 21:00 e as 09:00 e domingos e feriados durante 24 horas.

A ULS do Nordeste elaborou uma lista com os 14 medicamentos mais prescritos nos quatro serviços de urgência e que vão de antibióticos a antipiréticos, anti-inflamatórios, anti-histamínicos, antieméticos.

Para o serviço funcionar, o doente tem de ter disponível um telemóvel, no qual vai receber uma mensagem, quando lhe é prescrito, nas urgências, algum destes medicamentos, tendo depois de ligar para o número gratuito 800241400.

O atendimento é feito por farmacêuticos que irão dar a indicação de quais as farmácias de serviço (turno) ou em disponibilidade que tem o medicamento disponível e o doente pode optar pela mais próxima da sua residência, por exemplo, e também pedir que lhe seja entregue ao domicílio a custo zero.

O que é importante neste novo serviço, na opinião da farmacêutica Rita Domingues, “é a pessoa saber que vai ter o medicamento disponível” porque, como disse à Lusa, “a pior coisa que pode acontecer é uma farmácia não ter o medicamento que o doente precisa tomar e este ter de andar pata trás e para a frente”.

Na farmácia de Vinhais, a cerca de 30 quilómetros de Bragança, onde faz muitas noites em serviço de disponibilidade (não presencial) já aconteceu “às duas ou três da manhã, um doente pedir um medicamento e não ter”.

O projeto “SAFE” informa o doente das farmácias onde os medicamentos que lhe são prescritos estão disponíveis e simultaneamente faz uma espécie de reserva até chegar com a receita.

Para a distribuição ao domicílio foi criada uma equipa própria de motoristas com viaturas adaptadas e devidamente e com a identificação do projeto “SAFE”.

A farmacêutica acredita que este “tem todas as capacidades para se tornar num projeto de sucesso”, realçando a importância numa região com as características da de Bragança, onde as distâncias são grandes.

O projeto está “ainda na fase zero”, indicou a diretor clínica da ULS do Nordeste, Eugénia Parreira, explicando que serão feitos ajustamentos no futuro, nomeadamente a nível tecnológico e na rede de ligação entre as entidades envolvidas.

Aos doentes, serão os médicos nas urgências quem vai explicar, nesta fase inicial, o que se está a passar, segundo ainda a responsável.

As partes envolvidas garantem que o mesmo não visa substituir nenhum serviço, mas complementar, em resposta à associação que está a ser feita na região entres este projeto e as alterações aos horários que podem deixar vários concelhos sem farmácia durante a noite.

A diretora clínica é também médica internista e garantiu que a experiência que tem é de que “80% ou mais” daqueles que recorrem aos serviços de urgência durante a noite “são indivíduos perfeitamente autónomos” sem dificuldade em lidar com as exigências do projeto.

De acordo com a médica, “há uma percentagem residual de indivíduos mais idosos, mas ou vêm acompanhados por familiares ou com um funcionário do lar e também há sempre um telemóvel que está disponível”.

“Contrariamente ao que muitas vezes se pensa, pessoas muito idosas que venham durante esse período da noite sozinhas ao serviço de urgência e que não tenham grande apoio, são casos absolutamente residuais”, afirmou.

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