Estudo
Algumas horas por semana de atividade física, mesmo de baixa intensidade, como caminhar ou fazer jardinagem, podem diminuir o...

O volume total de atividade física está associado a um menor risco de morte por qualquer causa, concluem os autores de um estudo publicado na revista médica British Journal of Sports Medicine.

A investigação, segundo o Sapo, mostra que cada meia hora adicional de atividade de baixa intensidade por dia (como colocar plantas em vasos, passear o cão ou caminhar) está associado a uma redução de 17% do risco de morte prematura na idade adulta.

Meia hora adicional de atividade moderada ou intensa reduz ainda mais o risco: até 33%. "As diretrizes britânicas e norte-americanas sobre a atividade física não mencionam [até agora] nenhuma vantagem de uma atividade de intensidade leve", indica Barbara Jefferis, epidemiologista da University College London, à agência de notícias France Presse.

"Mas os resultados do estudo sugerem que todas as atividades, não importa a sua intensidade, são saudáveis", explica.

O estudo teve início em 1978 e contou com cerca de 8.000 homens entre os 40 e os 59 anos de 24 cidades britânicas.

Entre 2010 e 2012, os 3.137 sobreviventes passaram por um exame médico e responderam a perguntas sobre o seu estilo de vida e qualidade de sono. No entanto, o estudo concentrou-se em 1.181 homens que usaram um aparelho de acompanhamento do volume e intensidade do exercício físico durante sete dias.

Os autores lembram que este tipo de estudos de observação não permitem estabelecer formalmente uma relação de causa e efeito.

Além disso, não está claro se as observações desse estudo podem ser aplicadas às mulheres, embora a priori não haja motivos para que os resultados difiram, afirmam os investigadores.

 

Médicos alertam
Em Portugal, ocorrem cerca de 10.000 casos de paragem cardiorrespiratória ou morte súbita por ano. Segundo dados do INEM,...

"Podemos estar rodeados de médicos, mas se não temos os meios necessários para socorrer um cidadão perante um episódio de morte súbita, a situação não se vai resolver", sintetiza desta forma o flagelo da morte súbita cardíaca em Portugal, João Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC).

Em Portugal ocorrem cerca de 10.000 casos de paragem cardiorrespiratória por ano, escreve o Sapo. Segundo dados do INEM, apenas 3% das vítimas sobrevive, o que reflete lacunas do nosso sistema de socorro pré-hospitalar.

Falta de cultura de socorro
"Não existe uma cultura de socorro enraizada na sociedade portuguesa e, segundo o INEM, em 57% das paragens cardiorrespiratórias presenciadas não é realizada qualquer manobra de reanimação até chegada do socorro", alertam os médicos da SPC em comunicado.

"A área da prevenção da morte súbita cardíaca, no entender dos cardiologistas, está longe de ter uma resposta adequada e é, por isso, um dos domínios onde ainda há muito por fazer. Esta é seguramente uma das áreas em que é possível ter os maiores ganhos em saúde. Infelizmente, e apesar de a Lei estar a evoluir no sentido de combater esta realidade, e de termos um Serviço de Emergência Médica satisfatório, de qualidade e que cobre todo o panorama nacional, um cidadão que sofra um episódio de morte súbita ainda está votado à sorte: à sorte quanto ao local onde decorre o episódio e à sorte de quem está por perto", lê-se ainda na nota.

Apenas alguns minutos
Se o coração parar, há apenas um hiato de apenas alguns minutos para fazer um conjunto de manobras, no tempo certo, com o apoio necessário para poder salvar uma vida. É nestes minutos que muito ainda está por fazer.

A cadeia de sobrevivência, isto é, o conjunto de manobras que deverão ser efetuados quando uma pessoa sofre de um episódio de morte súbita, prevê os seguintes passos: reconhecer que a vítima está em paragem cardiorrespiratória, ligar 112, iniciar de imediato  as manobras de Suporte Básico de Vida, aceder e utilizar um Desfibrilhador Automático Externo (DAE) (necessário na maioria dos casos de morte súbita) e manter as manobras até chegada das equipas do INEM que depois continuará os cuidados pós-ressuscitação.

"Se estes passos não forem executados correta e atempadamente a possibilidade de sobrevivência diminui muito e rapidamente", frisam os médicos.

O que fazer perante um episódio de morte súbita?
Quando ocorre um episódio de morte súbita, o impulso é ligar o 112, o que, sendo crucial, não basta. Quando ocorre um episódio de morte súbita, o tempo necessário para que ocorra uma lesão cerebral irreversível pode ser inferior a 5 minutos e o INEM raramente chega a tempo de evitar o pior.

É nesses momentos que a probabilidade de alguém sobreviver, sem uma lesão cerebral, pode depender de si. Se cada um de nós soubesse manobras de Suporte Básico de Vida (SBV), inúmeros casos de morte súbita poderiam sido evitados.

O SBV é conjunto de medidas utilizadas para restabelecer a vida de uma vítima em paragem cardio-respiratória. O SBV é vital até a chegada do SIV (Suporte intermediário de vida - transporte até o hospital). Um rápido SBV proporciona um incremento das hipóteses de sobrevivência.

 

Estudo
Os conselhos para perder peso costumam ser: consumir menos hidratos de carbono (e, portanto, açúcares), ou menos lípidos ...

Fatores como a genética e o metabolismo da insulina são fundamentais para uma dieta eficaz, segundo as conclusões publicadas no Journal of the American Medical Association (Jama).

Essas descobertas, escreve o Sapo, podem ter consequências importantes no mercado norte-americano da perda de peso - avaliado em 66 mil milhões de dólares -, sobretudo na última tendência do setor: a dieta do ADN, que pretende determinar o melhor regime em função da genética individual.

"Todos ouvimos histórias de um amigo que fez uma dieta que deu certo e de outro que tentou o mesmo método mas não funcionou", comentou Christopher Gardner, professor de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia, citado pela agência de notícias France Presse.

"Isso acontece porque somos todos diferentes e estamos a começar a compreender as razões desta diversidade", acrescentou.

Em média, cada pessoa perdeu cerca de 5,9 quilos
No estudo participaram 609 pessoas entre os 18 e os 50 anos, 57% eram mulheres. Os voluntários foram separados em dois grupos: durante um ano, um fez o regime de restrição de gordura, e o outro, o de açúcar.

Em média, cada pessoa perdeu cerca de 5,9 quilogramas nos dois grupos. Alguns perderam muito mais - até 27 quilos - enquanto outros engordaram 9 quilos.

Os cientistas não encontraram uma relação entre o regime realizado e a perda de peso significativa. "Não há uma diferença destacável na evolução de peso entre uma dieta equilibrada e leve em gorduras e uma dieta equilibrada e leve em açúcares", concluíram os investigadores.

"Uma parte dos genomas dos participantes foram sequenciados, o que permitiu aos cientistas encontrar a presença de genes associados à produção de proteínas que modificam o metabolismo dos hidratos de carbono e dos lípidos", segundo o relatório.

Os participantes consumiram também açúcar em jejum para medir a produção de insulina. "Nenhum perfil genético e nenhuma secreção de insulina foram associados aos efeitos das dietas sobre a perda de peso", concluíram.

 

Organização Mundial de Saúde
A mulher deve ter o direito de decidir se quer um parto com ou sem intervenção médica e deve ser sempre considerada nas tomadas...

Sem dúvida que os avanços da medicina e os partos acompanhados pelos profissionais de saúde têm diminuído a taxa de mortalidade neonatal, mas em muitos casos têm-se verificado um recurso desnecessário a intervenções médicas durante o parto. Para assegurar que as mulheres grávidas têm a melhor experiência possível, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou um manual com 56 recomendações baseadas em resultados científicos.

A gravidez e o parto são processos naturais que, na maior parte dos casos, não apresentam complicações nem razões para que sejam tratados como situações de risco, escreve o Observador. Ainda assim, e na tentativa de garantir o nascimento de um bebé saudável, as intervenções médicas sobrepõe-se à vontade da mãe.

“As orientações [agora divulgadas] colocam a mãe e o bebé no centro do modelo dos cuidados, de forma atingir os melhores resultados possíveis a nível físico, emocional e psicológico”, diz Princess Nothemba Simelela, subdiretora-geral da OMS para a Família, Mulheres, Crianças e Adolescentes. “O aumento da medicalização do parto natural está a debilitar a capacidade das mães de parir e a afetar negativamente a experiência do parto.”

As recomendações têm alguns pontos-chave, como:

  • evitar intervenções médicas desnecessárias;
  • encorajar as mulheres a manterem-se ativas durante a primeira fase do trabalho de parto;
  • permitir que escolham a posição para o parto;
  • permitir que sejam acompanhadas por uma pessoa à sua escolha;
  • garantir uma boa comunicação entre grávida e profissionais de saúde;
  • assegurar a privacidade e confidencialidade;
  • fornecer informação adequada sobre o alívio da dor.

“Muitas mulheres querem um parto natural e preferem confiar no seu corpo durante o parto sem a intervenção médica”, diz Ian Askew, diretor do Departamento de Saúde e Investigação Reprodutiva. “Mesmo que uma intervenção médica seja desejada ou necessária, a inclusão da mulher nas tomadas de decisão sobre os cuidados de saúde a que vai ser sujeita é importante para assegurar que tem uma experiência de parto positiva.”

As linhas orientadoras gerais têm em consideração um aspeto fundamental: cada parto é único. E para cada mulher o tempo do trabalho de parto pode ser diferente, por isso há que dar espaço a que o processo decorra naturalmente. Nesse sentido, a OMS recomenda que se deixe de usar a velocidade da dilatação como único indicador para acelerar o nascimento.

 

Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil
A APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil já apresentou os 327 videoclipes criados pelos milhares de alunos...

Nesta divertida competição que se assemelha a um "festival da canção" inter-escolar, as crianças partilham a cantar as lições sobre nutrição e saúde que aprenderam ao longo dos últimos meses e convidam todos os portugueses para escolher e votar no seu vídeo favorito.

A votação, aberta a todo o público, decorre até às 23:59 do dia 15 de março no site www.heroisdafruta.com e vai apurar 80 finalistas: os 3 mais votados, bem como o mais partilhado de cada distrito ou região autónoma.

Mário Silva, presidente e fundador da APCOI e mentor do projeto "Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável" lembrou que “cada voto em qualquer hino dos heróis da fruta reverte como donativo para a “Missão 1 Quilo de Ajuda”, o nosso fundo social que nos permite distribuir gratuitamente cabazes semanais nas escolas para apoiar a inclusão de fruta no lanche escolar dos alunos mais carenciados do país”.

Mário Silva, acrescentou ainda que “todas as pessoas que votarem nos videoclipes dos heróis da fruta ficarão também habilitadas a ganhar fantásticos prémios imediatos. São mais de mil e quinhentas experiências à escolha para parques aquáticos, zoológicos, museus, aquários, centros de ciência viva e parques de diversões".

Lista das escolas participantes por distrito ou região:

R. A. Açores – 13 escolas
R. A. Madeira – 16 escolas
Aveiro – 18 escolas
Beja – 16 escolas
Braga – 23 escolas
Bragança – 5 escolas
Castelo Branco – 6 escolas
Coimbra – 14 escolas
Évora – 6 escolas
Faro – 7 escolas
Guarda – 5 escolas
Leiria – 29 escolas
Lisboa - 50 escolas
Portalegre – 7 escolas
Porto – 47 escolas
Setúbal – 23 escolas
Santarém – 24 escolas
Viseu – 9 escolas
Vila Real – 7 escolas
Viana do Castelo – 2 escolas

 

12º Inspired Evolution
O debate sobre as novas terapêuticas para o combate ao cancro do pulmão, um dos tumores de maior incidência em todo o mundo e a...

Na edição deste ano do evento destacam-se nomes como António Araújo, diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar do Porto, Venceslau Hespanhol, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, Manuel Teixeira, diretor do Centro de Investigação do IPO do Porto, assim como personalidades internacionais - Dolores Isla (Espanha), Maurice Pérol (França) ou Romana Wass (Alemanha) -, que vão dar a conhecer os novos avanços nesta área e as novidades terapêuticas disponíveis.

Uma delas é a imunoterapia, uma forma de tratamento que, segundo Fernando Barata, presidente do Grupo de Estudo do Cancro do Pulmão, já conseguiu benefícios assinaláveis. “Falamos globalmente de um duplicar da sobrevivência mediana e, para alguns doentes, num controlo a longo prazo.”

A imunoterapia pode mesmo configurar um novo paradigma no tratamento destas doenças. “O cancro do pulmão é uma doença de elevada carga sintomatológica e de drástico impacto pessoal, familiar e social. Em Portugal, mais de 4.300 pessoas por ano são diagnosticadas com cancro do pulmão”, refere Fernando Barata. “O número de novos casos aumenta todos os anos e a maioria dos doentes chega-nos numa fase avançada, disseminada.” E embora, acrescenta, a quimioterapia “foi e continue a ser a principal arma terapêutica, todos sentíamos que precisávamos de outras armas eficazes”.

Mas esta inovação não é única. A investigação prossegue e são várias as áreas em desenvolvimento, até porque, como afirma o especialista, “hoje e sempre devemos esperar avanços que nos permitam a médio ou longo prazo controlar esta epidemia. Com o envelhecimento, a doença oncológica será cada vez mais uma realidade. O cancro do pulmão é e continuará a ser uma das principais doenças oncológicas. Temos que continuar a apostar na prevenção e reforçar as medidas antitabágicas e de proteção face à poluição global. Temos que continuar a acreditar na inovação no diagnóstico e no tratamento para, mesmo na doença, termos mais vida com qualidade”. 

Infarmed
A venda da loção tónica da marca Leite de Colónia foi suspensa pelo Infarmed, que ordenou a retirada do produto do mercado por...

De acordo a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), as autoridades verificaram que o cosmético “Loção Tónica da marca Leite de Colónia (fórmula original de Dr. Arthur Studart), inclui na sua composição sodium borate e boric acid1”, substâncias que são proibidas em produtos cosméticos.

Por este motivo, o Infarmed determinou “a suspensão imediata da comercialização e a retirada do mercado nacional de todas as embalagens deste produto”.

“As entidades que disponham de embalagens deste produto não as podem vender ou disponibilizar, devendo proceder à sua devolução”, acrescenta o Infarmed, recordando os consumidores que tenham em casa embalagens desta loção tónica que não as devem utilizar.

A Leite de Colónia está no mercado desde 1948 e é uma tradicional marca brasileira de produtos para o cuidado facial.

 

Governo
O Governo vai publicar hoje em Diário da República o despacho que permite abrir concurso para 110 médicos de medicina geral e...

No despacho, o “Ministério da Saúde fica autorizado a desenvolver procedimento concursal simplificado” para contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado para 110 médicos de família.

Mantêm-se ainda por abrir os concursos para mais de 700 médicos recém-especialistas da área hospitalar que concluíram a especialidade há cerca de 10 meses, o que tem sido alvo de contestação por parte de sindicatos médicos e da Ordem que representa estes profissionais.

“Face à premência de que se reveste a contratação de médicos na área profissional de medicina geral e familiar, nomeadamente, os que concluíram a respetiva formação médica especializada na 2.ª época de avaliação final do internato médico de 2017, (…) entende-se que devem desde já ser criadas as condições que permitam o recrutamento dos médicos especialistas aqui em causa”, refere o diploma conjunto dos ministros da Saúde e das Finanças, que será hoje publicado em Diário da República.

Na semana passada, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes tinha afirmado publicamente que tinha já assinado o despacho para a contratação destes 110 médicos de medicina geral e familiar.

No início deste mês, um grupo de médicos recém-especializados em medicina geral e familiar que aguardava pela sua colocação há cerca de quatro meses escreveu uma carta aberta ao ministro a protestar contra a demora na abertura dos concursos.

Um outro grupo de médicos, recém-especialistas na área hospitalar e de saúde pública, começou esta semana a enviar também cartas abertas a contestar o atraso na abertura dos concursos, depois de terem terminado a sua especialidade há quase 10 meses.

São mais de 700 médicos nesta situação e que contam com o apoio da Ordem dos Médicos, que considera este atraso como “uma vergonha e um drama nacional”, tendo em conta os utentes que aguardam por consultas hospitalares e por cirurgias.

 

Em 2017
O Centro Gis, de respostas às populações LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans) criado pela Associação Plano i, somou mais...

Contando atualmente com 155 utentes, dos quais mais de metade são pessoas trans, a instituição de Matosinhos, distrito do Porto, foi na área da psicologia que mais sentiu a procura dos seus utentes, explicando a coordenadora Paula Allen que tal ficou a dever-se à "necessidade de encontrar uma estabilidade psicoemocional, para depois garantir o resto".

"Enquanto a pessoa não se sentir capaz de trabalhar as suas angústias e preocupações, não será capaz de conseguir o resto", acrescentou Paula Allen, antes de falar de um novo projeto, nascido a meio de 2017, e que consistiu na criação de grupos de terapia gays e trans.

"Nestes grupos, diferenciados, abrimos o espaço para que cada um, com pessoas que pensam da mesma forma, pudesse partilhar os seus problemas, escutando os dos outros, falando de temas como a saúde sexual e reprodutiva, a masturbação, o corpo e a autoconfiança, entre outros", descreveu a também psicóloga.

No Centro Gis, os utentes encontram respostas em áreas como a psiquiatria, endocrinologia, psicologia, além do apoio jurídico, numa oferta alargada com a entrada de voluntários que, "nomeadamente nas ações externas, ajuda nas campanhas de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis", acrescentou.

Segundo a responsável, o Centro Gis foi uma das entidades cooptadas para o debate na Assembleia da República sobre a revisão da Lei nº7/2011, que, criticou, obriga, entre outras coisas, à necessidade de uma "pessoa trans ser avaliada por profissionais para obtenção de um relatório médico que ateste aquilo que ela sabe perfeitamente que é".

Paula Allen contesta ainda que o início do "procedimento médico só possa ocorrer aos 18 anos, o que leva a que a infância e, sobretudo, a adolescência sejam vividas em enorme sofrimento", mostrando-se convicta de que alteração da lei "seja ainda este ano", uma vez analisada pela subcomissão para a Igualdade e Não Discriminação da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Caso venha a suceder, explicou, "as pessoas trans deixarão de necessitar do relatório médico e a partir dos 16 anos poderão iniciar o processo medicamentoso por sua vontade".

O Centro Gis é um de vários projetos da Associação Plano i e o seu âmbito de atuação prioritário "é a violência doméstica e de género", integrando a rede nacional de apoio a vítimas de violência doméstica".

O nome do Centro Gis "homenageia Gisberta Salce Júnior, uma mulher imigrante brasileira, transexual, seropositiva, toxicodependente, trabalhadora sexual e sem-abrigo que foi assassinada em 2006 depois de brutalmente espancada e violada por um grupo de adolescentes no Porto", lê-se no comunicado do Eros Porto 2018 onde, a convite da organização, irá participar para a sensibilização sobre o tema.

 

Oncologia
Entre 350 a 400 casos de cancro em idade pediátrica surgem anualmente em Portugal, com os países desenvolvidos a registarem nos...

Segundo disse o diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, Nuno Miranda, Portugal tem por ano cerca de 350 a 400 casos de cancro em crianças ou adolescentes e que as taxas de cura situam-se, em termos globais, nos 80%.

Os tumores mais frequentes em idade pediátrica são as leucemias, seguidas depois de outros tumores, como os do sistema nervoso central e os linfomas.

Hoje decorre em Lisboa um Fórum sobre Cancro Pediátrico, organizada pelo imunoalergologista Carlos Nunes, assessor para o cancro pediátrico na Associação Internacional Lions.

 

Hospitais privados
A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada afirmou hoje que o acordo com a ADSE sobre a nova tabela de preços a pagar...

“A ADSE abriu a porta, mas ainda não fez qualquer aproximação e continuamos a aguardar resposta às propostas que formulámos”, lê-se num comunicado da APHP, na qual recorda que enviou uma proposta negocial no dia 01 de fevereiro, a qual teve uma resposta no dia 07 deste mês.

“A APHP congratula-se com o aparente recuo da ADSE que, em missiva, afirma concordar com os princípios e os objetivos negociais propostos pela Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP)”, lê-se no comunicado.

Em causa está a nova tabela de preços que a Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Pública (ADSE) pretende pagar aos prestadores privados e que representaria, segundo a APHP, um corte de 42 milhões de euros no total do regime convencionado.

Em janeiro, o presidente da APHP, Óscar Gaspar, disse que “um corte de 42 milhões basicamente significa um corte de 10% e um corte de 10% não é comportável porque os operadores privados não trabalham com margens de 10%. Estar a tirar 10% onde não existe obrigaria a trabalhar em negativo e isso colocaria em causa a qualidade da prestação de cuidados de saúde”.

Relativamente às negociações, a APHP disse esperar que “esta abertura se concretize na prática, até porque há muito trabalho a desenvolver e são necessários ajustamentos muito significativos às tabelas da ADSE”.

“Reconhecida a equidade negocial entre as partes, fazem votos que o espírito manifestado pela ADSE se mantenha quando agora se concretizam as normas em causa”, lê-se no comunicado da APHP.

 

Farmacêuticos
A Ordem dos Farmacêuticos considera que o cultivo e uso da planta da canábis é “uma não solução” e representa “deixar os...

Félix Carvalho, do grupo de trabalho da Ordem dos Farmacêuticos sobre a canábis para fins terapêuticos, disse hoje no parlamento que “não se pode dizer [aos doentes] para cultivar plantas em casa como uma suposta mezinha”.

“Não é essa a forma de tratar os doentes em Portugal”, afirmou Félix Carvalho, frisando que a planta da canábis pode ainda “agravar a doença de quem se pretende tratar”.

Félix Carvalho adianta que o que tem sido estudado é a eficácia dos canabinoides em medicamento, não havendo adequadas avaliações de risco e benefício para a planta da canábis.

O representante do grupo de trabalho da Ordem dos Farmacêuticos considera inadequado propor o auto cultivo da planta da canábis, adiantando que “é uma não solução [e] é deixar os doentes abandonados à sua sorte”.

“Vemos com muita preocupação que se pretenda usar o auto cultivo de plantas para soluções que já existem com medicamentos que estão no mercado”, indicou.

Graça Campos, também membro do grupo de trabalho que está hoje a ser ouvido no parlamento, considera que o cultivo da planta da canábis em casa não confere “controlo de qualidade sobre nada”.

“E pode-se acrescentar contaminações de fungos ou possível contaminação de metais pesados se a terra estiver contaminada. Posso acrescentar situações à doença daquela pessoa”, afirmou.

Também Hélder Mota Filipe, antigo dirigente da Autoridade do Medicamento, corroborou no Parlamento que “existem medicamentos canabinoides que fizeram todo o percurso para avaliação em termos de qualidade e segurança”, o que não acontece no caso da planta da canábis, que tem centenas de compostos e muitos deles nem se sabe a sua atividade.

“Estas a discutir o uso da planta em vez do uso destes medicamentos é estar a retroceder”, considerou Hélder Mota Filipe.

Na audição na comissão parlamentar de Saúde, a deputada do CDS Isabel Galriça Neto considerou que esta é “uma matéria científica” e que “não é seguramente política”, entendendo ainda que “há terapêuticas alternativas que fundamentadamente são opções para o tratamento sintomático” para os doentes.

“Temos todas as reservas às questões que envolvem o uso da planta e do auto cultivo”, considerou a deputada, que é médica, indicando ainda que para o CDS esta questão “não é uma premência social”.

 

Canábis
A Ordem dos Farmacêuticos manifestou hoje a sua preocupação relativamente à utilização da planta da canábis para fins...

Esta posição foi hoje também apresentada no parlamento pelo grupo de trabalho da Ordem dos Farmacêuticos sobre a utilização da planta canábis para fins terapêuticos.

Para este grupo de trabalho, composto por quatro peritos, “não existe evidência científica robusta relativamente à relação benefício-risco da utilização” da planta canábis “para fins medicinais”.

“Por outro lado, existem evidências robustas que demonstram a existência de problemas de segurança e potencial toxicológico”, segundo o parecer da Ordem dos Farmacêuticos.

A apresentação dos argumentos dos farmacêuticos, hoje apresentados no Grupo de Trabalho da Comissão Parlamentar da Saúde sobre a utilização da canábis para fins medicinais, no âmbito dos projetos de lei do BE e do PAN, coube a Félix Carvalho, para quem “não existe evidência científica que comprove a eficácia e segurança do seu uso”.

Félix Carvalho, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, recordou que “já existem medicamentos, cujas substâncias ativas são canabinóides, autorizados no mercado para as indicações terapêuticas com evidência clínica que suporta uma relação benefício-risco positiva, em termos de eficácia e segurança”.

O parecer da Ordem dos Farmacêuticos indica que “não existe evidência científica robusta relativamente à relação benefício-risco da utilização da planta Cannabis sativa L. para fins medicinais”.

Por outro lado, prossegue o documento, “existem evidências robustas que demonstram a existência de problemas de segurança e potencial toxicológico”.

“Face à existência de medicamentos com canabinóides que colmatam as necessidades terapêuticas atuais”, este grupo de trabalho expressa a sua preocupação relativamente à utilização da planta para fins medicinais.

Isto porque “não existe evidência científica que comprove a eficácia e segurança do seu uso, no modelo em que se pretende vir a legislar, nem apresenta mais-valia comparativamente aos medicamentos já aprovados”.

No parecer, os peritos referem que em Portugal existe um medicamento extrato padronizado de THC (Tetra-hidrocanabinol, a principal substância psicoativa nas plantas de canábis) e CBD (canabidiol, uma das substâncias químicas canabinoides encontradas na Cannabis sativa), indicado “na melhoria dos sintomas relacionados com a rigidez muscular (espasticidade) na esclerose múltipla, refratários a outros medicamentos de primeira linha”.

“Nas situações consideradas clinicamente adequadas, este medicamento poderá ser utilizado em regime ‘off-label’, sempre que haja evidência que suporte esta indicação”, indicam os peritos.

O parecer indica ainda que, relativamente ao uso de medicamentos não comercializados em Portugal, existem mecanismos legais que permitem o acesso destes em território nacional, nomeadamente através de Autorização de Utilização Especial (AUE)”.

 

‘Legionella’
Amostras de água de hospitais nas cinco regiões de saúde foram colhidas e estão a ser analisadas no âmbito do Programa de...

O programa arrancou em janeiro, tendo sido determinado no ano passado pelo ministro da Saúde, na sequência do surto ocorrido em novembro de 2017 no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que provocou 59 infetados e cinco mortos.

No final de uma reunião de trabalho com responsáveis da Direção-Geral da Saúde e Administrações Regionais de Saúde (ARS), no âmbito do Programa de Intervenção Operacional de Prevenção Ambiental da Legionella (PIOPAL), promovida pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), o presidente deste instituto disse à agência Lusa que até ao final do ano terão sido alvo de intervenção todos os hospitais públicos, alguns privados e alguns centros de saúde.

Até ao momento, já chegaram aos laboratórios que irão analisar a água, amostras colhidas em hospitais que as ARS consideraram prioritários, tendo sido abrangidas unidades de saúde localizadas nas cinco regiões.

Para Fernando de Almeida, “este programa vem trazer uma certa especificidade em relação à ‘legionella’ e está muito vocacionado para unidades de prestadores de cuidados de saúde, porque a situação assim o aconselha”.

“É um programa de vigilância laboratorial. Durante a duração do programa vamos fazer um conjunto de avaliações analíticas nas águas das unidades e averiguar como estão”, adiantou, acrescentando que o objetivo é ajudar as administrações a conhecerem o estado das águas, mas também a corrigir o que for necessário.

“Prevenir eventuais novos casos de surtos de ‘legionella’ em ambiente de prestação de cuidados de saúde” é o grande objetivo do programa que durante este ano vai incidir nos hospitais públicos e em alguns privados, bem como centros de saúde, disse.

Em 2019 continuarão os trabalhos do programa, nomeadamente junto dos restantes privados e centros de saúde.

O INSA é responsável por assegurar a realização de vigilância laboratorial da qualidade da água, para pesquisa e identificação da ‘legionella’, em todas as unidades de prestação de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

No sábado, a Direção-Geral da Saúde (DGS) declarou o fim do surto de ‘legionella’ no hospital CUF Descobertas, em Lisboa, que infetou 15 pessoas, duas das quais ainda internadas em cuidados intensivos.

Este foi o segundo surto de ‘legionella’ conhecido em hospitais portugueses em dois meses, seguindo-se ao surto ocorrido em novembro de 2017 no hospital público São Francisco Xavier, em Lisboa, que provocou 59 infetados e cinco mortos.

No seguimento deste surto, o ministro da Saúde determinou um plano de vigilância à presença de ‘legionella’ nas várias unidades de saúde, o Programa de Intervenção Operacional de Prevenção Ambiental da Legionella (PIOPAL), criado em novembro do ano passado através do Despacho n.º 10285/2017.

A bactéria ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.

 

22 de fevereiro - Dia Europeu da Vítima de Crime
No dia 22 de fevereiro assinala-se o Dia Europeu da Vítima de Crime e os problemas de sono são algo que vítimas e criminosos...

Teresa Paiva, neurologista, responsável pelo Centro de Medicina do Sono (CENC) e uma das organizadoras do Lisbon Sleep Summit explica que a relação entre sono e comportamentos violentos ou criminosos acontece de várias formas: “as vítimas de crime sofrem ou de stress agudo (insónia, flasbacks, irritabilidade, ansiedade, dificuldades de memória e de concentração, fadiga) ou de stress pós-traumático com insónia complexa, pesadelos graves e depressão e fadiga. Outras sentem desrealização, negação, ou sentido de injustiça (porquê a mim?) ou raiva, rancor ou vingança. Já as vítimas passivas, como por exemplo os habitantes de uma zona onde houve um crime, têm problemas de sono na noite seguinte: adormecem mais tarde e têm disrupções na produção de cortisol (principalmente as crianças). E quem assiste a atos violentos ou ações terroristas tende a ter insónia transitória e inclusão dos conteúdos violentos nos sonhos nos dias subsequentes”.

“Já a privação de sono associa-se a maior prevalência de comportamentos violentos”, refere a especialista. “Isto foi provado num estudo nacional com adolescentes portugueses”. Teresa Paiva refere ainda que “há doenças do sono com comportamentos violentos. O sonambulismo, os distúrbios comportamentais do sono REM (rapid eye movement) e algumas epilepsias noturnas podem ter comportamentos muito violentos não intencionais. E estes factos podem ser usados criminalmente para desculpabilizar criminosos reais”.

Além de “o sono e a violência” , o Lisbon Sleep Summit irá dedicar-se a temas tão diversos como o sono e os desafios na vida das mulheres, o sono e a maternidade e as “coisas” estranhas que as mulheres fazem à noite.

Esta iniciativa é destinada a clínicos, cientistas, entidades públicas e privadas e à sociedade civil, apelando a que participem ativamente na discussão e na criação de soluções para as principais questões negativas associadas ao sono nas Mulheres. Tem como objetivo melhorar o conhecimento relacionado com o sono no género feminino, avaliar o impacto de fatores internos e externos no sono das mulheres em qualquer idade e discutir as diferenças entre géneros no âmbito da Medicina do Sono. Mais informação sobre o Lisbon Sleep Summit em http://www.lisbonsleepsummit.org/

DAWN 2TM – A Diabetes para além dos números
No dia 27 de fevereiro, às 17h, no CIUL - Centro de Informação Urbana de Lisboa (Picoas Plaza), a Associação Protetora dos...

Para o efeito foram realizados mais de 500 inquéritos a nível nacional, incluindo pessoas com diabetes e seus familiares. O estudo integra uma rede de especialistas e organizações de 17 países, como a Federação Internacional de Diabetes (IDF), a Aliança das Organizações Internacionais de doentes (IAPO) e agora também a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) têm iniciado desde 2011 o projeto DAWN com o objetivo de aumentar o conhecimento e a sensibilização sobre as necessidades por satisfazer das pessoas com diabetes e dos seus familiares, para melhorar o diálogo e a colaboração e potenciar o envolvimento das pessoas, aumentando a autogestão e o apoio psicossocial no tratamento da diabetes.

Durante a sessão aberta à população o estudo será comentado por pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2, familiares, profissionais de saúde e deputados e ex-deputados à Assembleia da República com uma ligação à diabetes.

Segundo o último Relatório do Observatório Nacional da Diabetes o número de novos casos diagnosticados em Portugal aumentou em 2015 e a prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos foi de 13,3%, isto é, mais de 1 milhão de portugueses têm diabetes. Cerca de 44 % desta população desconhece a sua condição. A estes números juntam-se mais de 2 milhões de pessoas com pré-diabetes, o que significa que 40,7% da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos já tem diabetes ou pré-diabetes, valores que correspondem a mais de 3,1 milhões de indivíduos.

 

Estudo
Uma equipa de investigadores identificou um gene que poderá desempenhar um papel protetor na prevenção de doenças...

Os investigadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos, descobriram que um gene conhecido como MeXis atua em células-chave no interior das artérias obstruídas, ajudando a remover o excesso de colesterol nos vasos sanguíneos.

O estudo foi publicado na revista “Nature Medicine”, escreve o Sapo.

O estudo indica que o gene MeXis controla a expressão de uma proteína que liberta o colesterol das paredes dos vasos sanguíneos.

Segundo a investigação, que teve por uma ratinhos de laboratório, genes como o MeXis poderão desempenhar funções biológicas importantes sem produzirem proteínas, mas controlando-as.

Ratinhos com variante genética tiveram menos doenças
O estudo supões que estes genes produzirão uma classe especial de moléculas denominadas ARN longos não codificantes (lncRNA na sua sigla em inglês).

Peter Tontonoz, autor da investigação, acredita que "este estudo diz-nos que os IncRNA são importantes para o funcionamento interno das células envolvidas no desenvolvimento das doenças cardíacas".

No presente estudo, os investigadores descobriram que os ratinhos desprovidos do gene MeXis apresentavam quase o dobro dos bloqueios nos seus vasos sanguíneos em relação a ratinhos com níveis normais do gene.

O colesterol elevado causa cerca de um terço de todas as doenças cardiovasculares, em todo o mundo.

Estima-se que o colesterol elevado cause 18% do total das doenças cerebrovasculares, 56% do total das doenças isquémicas cardíacas e cerca de 4,4 milhões de mortes em todo o mundo, representando cerca de 7,9% do total.

 

Guterres alerta
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alerta que o mundo "corre o risco de perder a corrida" face à...

"As alterações climáticas são a maior ameaça coletiva e do planeta e continuam a andar mais depressa do que nós próprios", disse António Guterres, no discurso de aceitação do título de Doutor Honoris Causa proposto pelo Instituto Superior Técnico (IST), que decorreu na Aula Magna da Universidade de Lisboa.

António Guterres advertiu que a humanidade corre "o risco de perder esta corrida" e frisou a necessidade de um compromisso coletivo e "de uma ambição acrescida" para a concretização dos acordos internacionais no domínio das alterações climáticas, escreve o Sapo.

Lembrando que alguns decisores internacionais ainda não acreditam nos efeitos das alterações climáticas, Guterres salientou que ainda existe "falta ambição suficiente para aplicar os Acordos de Paris e para assumir que estes compromissos não são suficientes".

Seca em Portugal
O secretário-geral da ONU lembrou algumas consequências do aquecimento global, mencionando, entre outros, o cenário de seca vivido em Portugal, e acentuou que há que "fazer tudo para inverter esta aceleração".

Guterres foi distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa numa cerimónia na Aula Magna, com a presença de diversas individualidades, nomeadamente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, vários ministros, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e membros do corpo diplomático acreditado em Portugal.

O anúncio da atribuição do título honorífico ao ex-primeiro-ministro português foi feito em janeiro último pelo Instituto Superior Técnico (IST), onde o aluno António Guterres "teve um percurso académico excecional" e se licenciou em engenharia eletrotécnica em 1971.

Guterres foi deputado durante 17 anos, tendo-se estreado na Assembleia da República em 1976, e foi primeiro-ministro de Portugal entre 1995 e 2002.

Mais tarde, em 2003, depois de ter deixado o cargo de primeiro-ministro, foi professor convidado do IST, antes de assumir funções durante dez anos, entre 2005 e 2015, como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

Desde 01 de janeiro de 2017 que Guterres é secretário-geral das Nações Unidas.

 

Estudo
As emissões de artigos poluentes como perfumes, desodorizantes e tintas já competem com os gases libertados pelos automóveis.

Uma equipa de cientistas dos Estados Unidos observou, na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, que as emissões poluentes de produtos usados em casa - como perfumes, tintas, vernizes, purificadores, tinteiros, pesticidas, cosméticos e produtos limpeza - contribuem tanto para a poluição atmosférica como as emissões dos automóveis, escreve o Sapo.

A explicação está nos compostos orgânicos voláteis, hidrocarbonetos que se apresentam em estado gasoso à temperatura ambiente nos referidos produtos, lê-se no estudo.

Segundo a investigação, a atmosfera oxida esses compostos e, através de uma cascata de reações químicas, os mesmos acabam integrados e decompostos em nanopartículas finas suspensas.

Causam doenças respiratórias e cancro
De acordo com a investigação publicada na revista Science, essas minúsculas partículas entram na parte mais profunda dos pulmões e podem causar diversas doenças respiratórias, entra elas o cancro do pulmão.

"É surpreendente. Estamos há seis ou sete anos a discutir se isto era possível. E eu estava entre os defendiam que não", afirma o engenheiro químico José Luis Jiménez, co-autor do estudo, citado pelo jornal espanhol El País.

Segundo os cientistas, o estudo realizado em Los Angeles pode ser extrapolado para outras metrópoles e países industrializados.

"Perfumes, desodorizantes, champôs, tintas (...) emitem compostos orgânicos voláteis. Medimos esses compostos (...) e são muito mais altos de manhã do que à tarde", explica Jiménez, nascido em Zaragoza, Espanha, em 1968, e professor da Universidade do Colorado (EUA).

 

Estudo
As séries televisivas sobre hospitais, como “Anatomia de Grey”, podem criar falsas expectativas nos doentes que recebem...

A investigação desenvolvida por especialistas do Saint Joseph's Hospital and Medical Center de Phoenix, no Estado norte-ameriacno do Arizona, argumenta que, em algumas ocasiões, os guiões televisivos podem gerar visões “pouco realistas”, nomeadamente sobre a rapidez da recuperação dos doentes com ferimentos graves provocados por acidentes.

As expectativas irreais sobre a saúde podem ter grande importância nos processos de avaliação do nível de satisfação do paciente pelos cuidados que lhe são ministrados, pois a sua opinião influi nos controlos de qualidade e na relação entre o salário e o rendimento dos profissionais clínicos, como acontece nos Estados Unidos, segundo os autores do estúdio.

Muitos desses programas e série televisivos afirmam que fazem um esforço para oferecer tramas narrativas tão autênticas quanto o possível, mas limitações de tempo do formato e a necessidade de manter o telespetador atento, levam os argumentistas a apresentar soluções “pouco realistas”.

Par avaliar o impacto, os investigadores compararam casos de 290 pacientes fictícios em 299 episódios das primeiras doze temporadas da série norte-americana “Anatomia de Grey” com os 4.812 pacientes reais com lesões traumáticas, obtidos do Banco Nacional de Dados sobre o Trauma, de 2012, dos Estados Unidos.

Os especialistas verificaram que a taxa de mortalidade era três vezes mais alta na série televisiva do que na vida real, cerca de 22% face a 07%, respetivamente.

Todavia, verificaram que a maioria dos pacientes de “Anatomia de Grey”, 71%, que chegou aos serviços de urgência foram imediatamente conduzidos para a sala de operações, quando na vida real, apenas 25% se submete a uma cirurgia.

Entre os que sobreviveram a um acidente grave, na série televisiva, apenas 06% foi levado para uma unidade de cuidados intensivos a longo prazo, face a 22% dos pacientes da base de dados norte-americana, que recebe este tipo de tratamento, segundo noticia a Efe.

 

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