Medidas de combate e prevenção
O Governo aprovou projetos de resolução sobre duas convenções do Conselho da Europa, uma sobre contrafação de medicamentos e...

Através da convenção relativa à Contrafação de Medicamentos e Infrações Semelhantes que Envolvam Ameaças à Saúde Pública (MEDICRIME) pretende-se, diz o comunicado, responder “à necessidade de definir mecanismos eficazes na investigação, combate e prevenção da contrafação de medicamentos e dispositivos médicos, mediante a criminalização destas condutas, que criam um elevado risco para a saúde pública individual e coletiva”.

A aprovação da convenção “permitirá aperfeiçoar a cooperação e ação conjunta dos Estados-Parte no combate a este fenómeno global”, diz o Governo.

A convenção MEDICRIME, aberta a países não europeus, permite sancionar criminalmente a distribuição e venda de produtos médicos contrafeitos, incluindo pela internet. Segundo a página oficial do Conselho da Europa na internet Portugal assinou a convenção a 28 de outubro de 2011, mas não a ratificou.

Em maio do ano passado a ministra da Justiça tinha anunciado a intenção de criminalizar atividades até então meras infrações contraordenacionais, como a venda ilegal de produtos apresentados como “milagres para a saúde”, no seguimento da assinatura da MEDICRIME.

A convenção contra o Tráfico de Órgãos Humanos, diz o comunicado do Governo, colmata lacunas nos instrumentos jurídicos internacionais em vigor e permite o reforço da cooperação interna e internacional.

“Esta Convenção vem enquadrar juridicamente o fenómeno, adotando disposições em matéria de criminalização das condutas relevantes e de proteção das vítimas no que respeita à extração e comercialização ilícita de órgãos humanos para transplante ou outras finalidades”, diz-se no comunicado.

Portugal assinou a convenção a 25 de março de 2015 numa cerimónia em Santiago de Compostela. A convenção incrimina o tráfico de órgãos para transplante e protege as vítimas, ao mesmo tempo que promove a cooperação a nível nacional e internacional.

A assinatura é aberta a Estados membros e não membros do Conselho da Europa.

ASAE
A ASAE apreendeu 650 brinquedos, num valor de cerca de 4.000 euros, numa operação de fiscalização realizada em todo o país para...

Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) adianta que foram fiscalizados 262 operadores económicos e foram instaurados 12 processos de contraordenação, sendo as principais infrações a violação dos requisitos de segurança incumprimento dos deveres dos distribuidores, falta de marcação CE e violação das obrigações relativas aos avisos.

Atenta ao início da época do Natal, a ASAE realizou, durante o mês de novembro e início de dezembro, uma operação de fiscalização em todo o país para verificar a segurança dos brinquedos “de modo a garantir que sejam disponibilizados no mercado brinquedos seguros, bem como promover o bom funcionamento do mercado interno”.

A ASAE fiscalizou, desde o início do ano e até hoje, 520 operadores económicos e instaurou 51 processos de contraordenação, tendo sido apreendidos cerca de 22.000 brinquedos num valor total de cerca de 63.000 euros.

No âmbito da segurança de brinquedos, a ASAE determinou também, desde o início do ano, sete medidas restritivas de proibição de disponibilização e retirada de mercado, as quais deram origem a notificações no âmbito do Sistema Comunitário de Troca Rápida de Informações de forma a evitar a colocação no mercado de produtos perigosos que apresentem um risco grave para os consumidores.

No Porto
A taxa de infeção hospitalar diminuiu 31% no período 2012/16 no Centro Hospitalar São João, no Porto, com “uma melhor e menor...

“O principal resultado foi a redução da taxa de infeção, ou seja, da infeção contraída pelo doente dentro da instituição, que baixou de 16,5%, em 2012, para 11,3%, em 2016. Esse é um resultado importante e significativo”, afirmou à Lusa o coordenador da Unidade de Prevenção e Controlo da Infeção, Carlos Alves.

Estes resultados, relativos ao Centro Hospitalar de São João (CHSJ), constam do “Estudo Europeu de Prevalência de Infeção Associada a Cuidados de Saúde e Consumo de Antibióticos 2017”.

Neste estudo foram abrangidos 930 doentes internados naquele hospital e no período de análise, o que constituiu “a maior colheita de dados deste género de sempre no CHSJ”.

“Os dados apresentados evidenciam melhorias importantes em várias áreas da luta contra a infeção e resistências aos antibióticos”, sublinhou Carlos Alves.

O responsável destacou “a melhor utilização dos antibióticos e, consequentemente, diminuição do risco de desenvolvimento de resistências, traduzida pela diminuição de 22% no número de doentes sob tratamento antibiótico, em relação a 2012”

Apontou também “a melhoria das práticas de profilaxia antibiótica cirúrgica com uma redução de 77% no número de doentes em que foi feita em excesso”.

“Temos indicadores que mostram que há uma maior preocupação, maior cuidado, na utilização do antibiótico, que se traduz na redução do número de doentes que estão a fazer o medicamento. Sabemos que por vezes havia situações em que eles eram utilizados ou por tempo demasiado ou em casos em que até poderiam não ser necessários”, referiu o especialista.

Carlos Alves apontou ainda “a crescente preocupação em limitar o uso de dispositivos invasivos às situações em que são estritamente necessários e, desta forma, reduzir o risco de infeções que lhes está associado, evidente, nomeadamente, pela redução em 24% do número de doentes algaliados em relação a 2012”.

“Verificamos que em 2012, ano em que se realizou a primeira edição deste estudo europeu, cerca de um terço dos doentes internados estavam algaliados, neste momento, esse valor baixou para um quarto, significa que estamos a usar melhor um meio que é necessário, mas que deve ser só utilizado quando de facto o seu risco de infeção é menor do que o benefício que traz”, acrescentou.

Sociedade Portuguesa de Reumatologia
Os sintomas associados às doenças reumáticas respondem às variações de temperatura ao longo do ano e é nos meses de dezembro e...

O frio é responsável por agravamento significativo dos sintomas associados às doenças reumáticas, podendo causar incapacidade física grave. No entanto, não é apenas o frio em si que requer atenção; a chuva e a neve são responsáveis por inúmeras quedas, o que se pode tornar especialmente perigoso para quem sofre de osteoporose. Todos estes fatores, acrescidos a um baixo nível de vitamina D geralmente associado a esta época, podem gerar um quadro relevante para estas pessoas.

Por outro lado, o Fenómeno de Raynaud, surge como uma resposta extrema dos vasos sanguíneos a ambientes frios, podendo ser primário (de causa desconhecida e não associado a outras doenças) ou secundário (quando associado a uma doença inflamatória, como a Esclerose Sistémica Progressiva, Síndrome de Sjogren, Lupus Erimatoso Sistémico e Aterosclerose). O fenómeno de Raynaud caracteriza-se por uma descoloração das extremidades e, nos casos mais graves, por úlceras que demoram a sarar, aparecendo geralmente nos dedos das mãos ou dos pés. Embora cada episódio dure pouco tempo, o Fenómeno de Raynaud é crónico e, por isso, o doente tem de saber proteger-se e, se assim determinado pelo médico, tomar medicação adequada. É ainda importante ressalvar que esta síndrome aparece normalmente antes dos 40 anos, contestando a ideia de que este tipo de patologias está sempre associado a pessoas idosas.

A Sociedade Portuguesa de Reumatologia apela aos portugueses para se protegerem nos meses de inverno, tomando medidas preventivas como evitar andar em superfícies molhadas para evitar as quedas, e protegerem-se do frio, utilizando peças de vestuário que protejam as extremidades (luvas, cachecol e gorro), abstendo-se de pegar em objetos frios com as mãos desprotegidas e evitando alimentos e substâncias que sejam vasoconstritores, como cafeína e tabaco.

Empresa portuguesa desenvolve tecnologia
Na última década, assistimos a inúmeros progressos na área da medicina, sobretudo, no que diz respei

Em 2007, o investigador japonês Shinya Yamanaka conseguiu, pela primeira vez, “reprogramar" células humanas, fazendo-as assumir características de células-tronco embrionárias, através da edição do seu código genético, abrindo as portas para a era da medicina personalizada, com o desenvolvimento de novas possiblidades de tratamento e fármacos.

A grande revolução causada a partir do seu trabalho, levou a que, em 2012, este investigador fosse distinguido com o prémio Nobel da Medicina ou Fisiologia.

“Na última década temos presenciado uma evolução drástica em diversas áreas,  em particular no conceito de «medicina personalizada». Assim como conseguimos editar um código de software para um determinado fim, conseguimos igualmente editar a informação genética das nossas células utilizando ferramentas biotecnológicas”, começa por explicar Fábio Fiúza Rosa, o diretor de operações da BRT Blood Reprogramming Technologies, empresa portuguesa que desenvolve o conceito de reprogramação celular em Portugal.

Com a utilização destas ferramentas, o especialista revela que é possível “criar sistemas (como por exemplo, vírus) capazes de inserir informações genéticas específicas (“genes”) nas células promovendo a sua reprogramação”.

A tecnologia desenvolvida pela BRT permite converter células da pele em células estaminais do sangue “capazes de gerar todo o tipo de células que compõem o nosso sistema sanguíneo”.

De acordo com Fábio Rosa, esta tecnologia dispõe de inúmeras vantagens face ao trabalho desenvolvido por Yamanaka, sobretudo por “permitir a conversão direta das células da pele para células estaminais do sangue sem passar por um estadio intermédio “pluripotente”, associado normalmente ao risco de desenvolver cancro”.

“As células estaminais do sangue têm uma enorme utilidade clínica visto serem células que são transplantadas num “transplante de medula óssea”, o único tratamento curativo para várias doenças que afetam o processo de produção de sangue, tais como a leucemia e o mieloma”, acrescenta.

As principais aplicações desta nova tecnologia estão, deste modo, associadas ao conceito de medicina personalizada, uma vez que esta permite gerar células autólogas (do próprio paciente) que podem vir a ser utilizadas para o desenvolvimento de terapias celulares inovadoras, bem como na “criação de modelos de doença personalizados” e no desenvolvimento de novos fármacos.

Tendo sido estabelecida no passado mês de março, a BRT Blood Reprogramming Technologies pretende que o seu trabalho seja aplicado nas áreas de transplante de medula óssea e imunoterapia, no combate ou tratamento de doenças como a leucemia, linfomas, mielomas, anemia ou falência de medula óssea e espera que, dentro de 10 anos, a aplicação da reprogramação celular no tratamento de doentes com cancro seja já uma realidade.

“Assim como qualquer medicamento, o produto que a BRT se propõe a desenvolver tem de passar por um conjunto de ensaios clínicos antes de ser comercializado. De acordo com as nossas previsões, dentro de três anos estaríamos preparados para iniciar a primeira fase dos ensaios”, justifica o COO da empresa.

Ultrapassada a fase de prova do conceito, uma vez que já conseguiram validar a capacidade funcional das células estaminais, através do transplante de células reprogramadas “num modelo de ratinho «imuno-comprometido»”, espera-os ainda longo caminho para percorrer.

BRT destaca-se no concurso Acredita Portugal

De acordo com Fábio Rosa, a atribuição do prémio na área da saúde no concurso da Acredita Portugal foi, acima de tudo, “uma forte validação da nossa estratégia de negócio e de desenvolvimento de produto”. “Foi satisfatório perceber que as necessidades de mercado que nos propomos satisfazer são reais e representam em enorme problema para a sociedade. Mais importante ainda, permitiu-nos divulgar a nossa ciência e tudo de bom que dela poderá vir”, assegura.


A equipa da BRT Blood Reprogramming Technologies venceu o prémio "Saúde" na última edição do concurso Acredita Portugal 

Lançado em 2010, o concurso da Associação Acredita Portugal distingue os projetos que mais se destacam em sete áreas: Empreendedorismo Social, Mobilidade, Tecnologia, Saúde, Serviços, Indústria e Produtos.

“A Associação Acredita Portugal (AP) é uma associação sem fins lucrativos que tem por objetivo encorajar todos os portugueses a apostarem nos seus sonhos empreendedores, seja qual for a sua formação ou experiência passada, indústria ou objetivos”, explica Pedro Queiró, CEO da Acredita Portugal. Para isso, todos os anos desenvolve um programa anual de educação e desenvolvimento de projetos, “onde qualquer pessoa pode aceder à educação e às ferramentas necessárias para desenvolver os seus projetos, desde ONGs a empresas de alta tecnologia, ou até na àrea de saúde”.

O primeiro concurso de empreendedorismo, em 2010/2011 contou, enquanto presidente do juri, com o atual Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, e deste então tem distinguido inúmeros projetos.

“Em termos de prémios, distribuímos um cabaz de serviços que vale cerca de 500 mil euros no total e que está desenhado para acelerar o lançamento dos projetos. Tem de tudo, desde cartões de visita até serviços jurídicos e contabilísticos, espaço de escritório, treino em diversas áreas, alojamento online, comunicações , tudo o que precisa para avançar com a sua ideia”, enumera Pedro Queiró.

No caso particular da saúde, o principal valor do concurso, diz o diretor-geral, “tem sido a aprendizagem em termos de sustentabilidade e financiamento”.

“Nesta área os promotores tipicamente têm um percurso mais académico e, no momento de procurar financiamento e estruturar a parte financeira do projeto, costumam ter algumas dificuldades... Para além disso apoiamos os projetos na procura de financiamento privado, encaminhando o acesso a investidores, fundos de capital de risco e outras entidades capazes de financiar os projetos”, explica.

De acordo com Pedro Queiró, foi a qualidade científica e o potencial do projeto que levou à atribuição do 1ª lugar à BRT Blood Reprogramming Technologies, na última edição deste concurso.

“2017 foi um ano muito, muito forte em projetos na área da saúde e a Blood Reprogramming Technologies destacou-se num campo altamente competitivo, demonstrando um trabalho científico prévio de topo a nível global, com o potencial de salvar milhões de vidas humanas, apoiado numa equipa de enorme qualidade – o que aumenta a probabilidade de sucesso e concretização desse impacto”, justifica acrecentando que não só este projeto era uma carta de intenções como tinha uma validação laboratorial acima de qualquer suspeita e uma equipa completamente capacitada para liderar o processo de ensaios clínicos.

A próxima edição do concurso começa oficialmente a 14 de Janeiro de 2018, estando já abertas as incrições. “Esperamos seguir a trajetória que já temos dos últimos anos: mais projetos, de maior qualidade, e com mais impacto na sociedade portuguesa”, conclui Pedro Queiró. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde mental
A Organização Mundial de Saúde lançou hoje um Observatório dedicado às demências, anunciado que o número de pessoas com estas...

“Quase 10 milhões de pessoas desenvolvem demências a cada ano que passa, seis milhões das quais em países com baixos e médios rendimentos”, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Os efeitos em termos de sofrimento são enormes. Isto é um alerta: temos de prestar mais atenção a este crescente desafio e assegurar que as pessoas que vivem com demências, vivam onde viverem, têm os cuidados de que precisam”, defendeu.

O custo anual estimado das demências em todo o mundo é de cerca de 700 mil milhões de euros, o que equivale a mais de 1% da riqueza produzida mundialmente.

O custo total inclui gastos com tratamentos médicos, apoio social e ajuda informal (perda de rendimento pelos cuidadores).

Em 2030, os gastos estimados deverão ter mais que duplicado, chegando aos 1,6 biliões de euros, um custo que pode minar o desenvolvimento social e económico e sobrecarregar os serviços sociais e de saúde, incluindo os sistemas de saúde.

Para reunir toda a informação e conseguir mais dados, a OMS lançou hoje uma plataforma online, o Observatório Mundial de Demências, com o objetivo de monitorizar o desenvolvimento e fornecimento de serviços para pessoas com demência e para os cuidadores, tanto entre países como globalmente.

O Observatório irá monitorizar a existência de políticas e planos nacionais, as medidas de redução de riscos e as infraestruturas que fornecessem cuidados e tratamento.

“Este é o primeiro sistema de monitorização mundial de demências com dados completos”, disse Tarun Dua, do departamento de Saúde Mental e Dependências da OMS, na apresentação.

“O sistema não só vai permitir perceber os progressos conseguidos, mas também identificar as áreas onde são precisos mais esforços”, explicou.

A OMS recolheu, até ao momento, dados sobre 21 países de todos os níveis de rendimento, mas no final do próximo ano já deverá estar a receber informação de 50 países.

Os dados iniciais indicam que uma grande parte dos países que forneceram informação já têm planos nacionais, como, por exemplo, facilitar a participação das pessoas com demência nas atividades da comunidade e acabar com a sua estigmatização.

Para já, o Observatório conclui que 81% dos países que já fornecem dados realizaram campanhas para dar a conhecer a demência e reduzir os riscos, e 71% têm planos de saúde para estas doenças e dão formação a cuidadores.

O Observatório vai permitir a existência de um banco de dados onde as autoridades de saúde e sociais, os profissionais médicos, os investigadores e as organizações da sociedade civil poderão encontrar perfis dos países relativamente às demências, relatórios internacionais, guias das políticas, diretivas quer da prevenção quer do tratamento de demências.

Direção-Geral da Saúde
As trabalhadoras não qualificadas foram a categoria que, pela primeira vez, predominou entre as mulheres que realizaram uma...

De acordo com o relatório dos registos das interrupções da gravidez (IG), divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em 2016 voltou a diminuir o número de IG: 15.959 (16.028 em 2015).

Deste número, as IG por opção da mulher nas primeiras dez semanas constituem cerca de 96,6% do total das intervenções realizadas, seguindo-se a “grave doença ou malformação congénita do nascituro” (2,77%) e outras.

A categoria das “trabalhadoras não qualificadas” aumentou, tendo sido a predominante nesse ano (21,31%) e ultrapassado, pela primeira vez, a de “desempregado” (18,62%). Em terceiro lugar surge a categoria de “estudante”, com 15,96% das IG realizadas em 2016.

Sobre o grau de instrução, o documento indica que mais de um terço (39,6%) das mulheres tem o ensino secundário, 25,1% o terceiro ciclo do ensino básico, 23,5% o ensino superior e 9% o segundo ciclo do ensino básico.

Trinta e cinco mulheres referiram não saber ler nem escrever, ou seja 0,2% do total das mulheres que fizeram IG em 2016.

O documento indica que o número de IG em mulheres de nacionalidade estrangeira diminuiu no ano passado (18,3% em 2015 e 17,7% em 2016).

Entre as mulheres de nacionalidade estrangeira que realizaram IG em Portugal, as de origem cabo-verdiana foram as que mais recorreram a este serviço (3,85%), seguindo-se as brasileiras (2,46%), as angolanas (2,11%), as guineenses (1,20%), as são-tomenses (0,90%), as romenas (0,75%), as ucranianas (0,65%) e as chinesas (0,56%).

Por idades, o grupo etário entre os 20 e os 24 anos foi o que mais IG praticou, seguindo-se o situado entre os 25 e os 29 anos e, em terceiro lugar, o grupo entre os 30 e os 34 anos.

Em relação à distribuição das interrupções por regiões de saúde, estas foram mais frequentes na região de Lisboa e Vale do Tejo (55,09%) e no Norte (23,53%).

Neste período, 49,5% das mulheres que efetuaram uma IG nas primeiras 10 semanas de gestação, por opção, referiram ter um a dois filhos e 43% não tinham filhos. Estes dados são muito semelhantes aos verificados em anos anteriores. (Quadro 12).

Entre as mulheres que realizaram uma IG em 2016, 233 (1,5%) tinham tido um parto nesse mesmo ano (1,5%).

Segundo o relatório, "entre as mulheres que efetuaram uma IG em 2016, 70% nunca tinham realizado anteriormente uma interrupção, 21,7% realizaram uma, 5,9% tinham realizado duas e 2,4% já tinham realizado três ou mais no decorrer da sua idade fértil”.

“Das interrupções realizadas durante 2016, 260 (1,7%) ocorreram em mulheres que já tinham realizado uma IG nesse ano”, lê-se no documento.

Os autores referem que 72,2% das IG por opção da mulher realizadas no ano passado foram feitas em unidades oficiais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que constitui “um aumento de cerca de 0,8% relativamente a 2015”.

O relatório acrescenta que, em relação às IG realizadas em instituições do SNS, 55,7% decorreram do acesso direto das mulheres à consulta hospitalar (iniciativa própria), 33,9% tiveram uma referenciação prévia dos cuidados de saúde primários (encaminhamento do centro de saúde) e 4,6% resultaram do encaminhamento de outras unidades hospitalares públicas.

Em relação a 2015, diminuiu ligeiramente o número de mulheres que recorreram à consulta de IG por iniciativa própria.

No que diz respeito às unidades privadas, a percentagem de mulheres encaminhadas por unidades hospitalares públicas e pelos cuidados de saúde primários foi de 21% e 53%, respetivamente. Tal significa que “aumentou consideravelmente o encaminhamento pelos centros de saúde com consequente diminuição do encaminhamento por hospitais públicos”.

“Procuraram estas unidades por iniciativa própria e não ao abrigo de encaminhamento do SNS 24,3% das mulheres”, adiantam os autores.

Em 2016, 71,7% das IG por opção da mulher foram realizadas pelo método medicamentoso e 27,2% pelo método cirúrgico.

“Nas unidades do SNS, a grande maioria das interrupções (98,3%) foi realizada utilizando o método medicamentoso, tendo aumentado 0,3% comparativamente a 2015”, lê-se no relatório.

Já em relação às unidades privadas, a quase totalidade das interrupções foram realizadas pelo método cirúrgico (97,1%), tendo aumentado 0,8% em relação a 2015.

A esmagadora maioria (94,5%) das mulheres que realizou um IG por opção escolheram, posteriormente, um método de contraceção.

Escolas
A Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais reconhece a dificuldade em resolver, sem encargos, os contratos com as...

Numa carta aberta enviada aos deputados parlamentares, a Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (FERLAP) considera que, num segundo momento, conforme os contratos vão acabando ou os incumprimentos permitam rescisão, as cantinas deverão passar para a gestão das escolas.

“Este hiato entre hoje e o fim dos contratos permitirá que sejam feitas as reorganizações dos serviços e a contratação do pessoal necessário para que as Cantinas funcionem com a qualidade que se exige de um Serviço Público, principalmente quando esse Serviço serve as refeições aos mais jovens”, defende a federação.

Para a FERLAP, o modelo testado de entregar as cantinas a empresas privadas não funciona e apenas serviu para aliviar “as escolas e os agrupamentos, libertando-os do peso burocrático muito grande que tinham antes da opção pela concessão”, mas criou problemas à alimentação dos alunos.

A alimentação servida nas cantinas escolares tem estado debaixo de fogo desde o início do ano escolar, com diversas queixas dos pais e alunos sobre a falta de qualidade das refeições.

Estas queixas levaram mesmo o Ministério da Educação a criar novas equipas para fiscalizar as refeições escolares, que já estão no terreno, com o objetivo de “reduzir drasticamente” os problemas detetados nas cantinas e garantir a penalização de quem não cumpre.

Com este plano, passa a haver um “controlo e fiscalização apertada ao nível da escola, que conta com a participação da direção da escola e com as equipas regionais da DGestE [Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares], que foram criadas de propósito para andar pelas escolas a ver e a fiscalizar”, explicou esta semana à agência Lusa a secretária de estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão.

“Iremos continuar a estar atentos à qualidade e quantidade das refeições servidas nas cantinas escolares e, que caso se venha a verificar que a qualidade e a quantidade não são suficientes, que quem tem o dever de fiscalizar não o faz, que os prevaricadores não sofrem as devidas consequências, iremos, com toda a certeza, responsabilizar quem venha a impedir que os alunos tenham a alimentação (…) a que têm direito”, avisa, por seu lado, a FERLAP.

A federação defende que as cantinas escolares devem passar no futuro para a gestão das escolas e sublinha que os funcionários dos estabelecimentos escolares “têm um sentido de pertença à escola e à comunidade dificilmente sentido pelos funcionários de empresas que não têm qualquer tipo de ligação à escola”.

Na carta, a FERLAP diz ainda que, neste momento, ”a bola passou para as mãos dos deputados da nação”, garantindo que os pais e alunos “vão ficar atentos às decisões tomadas”.

Segundo números avançados pela secretária de estado Adjunta e da educação, em média são servidos cerca de 500 mil almoços e, até agora, os casos mais problemáticos concentram-se nas zonas de Lisboa e do Porto.

Alexandra Leitão recusa que o valor por refeição (1,46 euros no máximo) seja insuficiente para garantir a qualidade, defendendo sempre que o importante neste momento é controlar que as empresas cumpram com o que prometeram.

Sobre a possibilidade de as refeições escolares voltarem a ser confecionadas pelas escolas, tal como defendido pelo Partido Comunista e pelo Bloco de Esquerda, Alexandra Leitão considera que este é um processo “difícil, uma vez que foram agora celebrados contratos” para os próximos três anos letivos.

“Não excluímos à partida, mas há dificuldades nesse processo de reversão. Não é fácil, mas é algo que podemos de forma concentrada, pensar. É preciso fazer contas e pensar nos prós e nos contras”, defendeu, acrescentando que esta opção traria também muito mais trabalho para os diretores escolares.

Apesar desta posição, os deputados do PCP e Bloco de Esquerda vão defender hoje no parlamento que as escolas voltem a gerir as cantinas.

Em Portugal
O filme "120 batimentos por minuto", do realizador Robin Campillo, que recorda o trabalho ativista de uma associação...

O filme chega aos cinemas portugueses depois de ter sido distinguido em maio com o Grande Prémio, o Prémio da Crítica e o Prémio Queer no Festival de Cinema de Cannes. Está nomeado para os Prémios Europeus de Cinema e é o candidato de França a uma nomeação para os Óscares.

"120 batimentos por minuto" traça um retrato da associação Act Up e de uma geração que enfrentou os primeiros anos de epidemia da doença, em França, na década de 1990.

Robin Campillo, realizador franco-marroquino, contou à agência Lusa que fez este filme a partir das memórias daquela época, porque foi militante da Act Up, e participou nas ações de esclarecimento e protesto junto de políticos, laboratórios farmacêuticos e da sociedade civil.

"Foi um momento poderoso. Claro que foi horrível, porque os nossos amigos estavam a morrer no pior momento da epidemia, mas, ao mesmo tempo, estávamos tão felizes por estarmos juntos, por querermos mudar a forma como a doença era entendida, querermos mudar a sociedade. Foi muito importante para mim poder partilhá-lo com os espectadores, foi um momento importante da minha vida, do ponto de vista emocional, político e ético", disse o realizador.

Com Nahuel Pérez Biscayart, Arnaud Valois e Adèle Haenel, nos principais papéis, "120 batimentos por minuto" não pretende ser um filme didático.

"Não fiz o filme para dar uma aula para a geração mais nova. Eu fiz este filme de uma forma egoísta, porque queria entender o que se passou na época, e o cinema ajuda-nos a entender momentos particulares (...). O filme foi um grande sucesso em França. Não tentei agradar a toda a gente, tentei fazer um retrato honesto deste coletivo", disse.

Administração Regional de Saúde
O Programa da Alimentação Saudável da Administração Regional de Saúde do Centro permitiu melhorar vários indicadores de saúde...

"Éramos das piores regiões em termos de indicadores de saúde relacionados com excesso de sal, gorduras e açúcares e com este programa melhorámos bastante, o que quer dizer que estamos no bom caminho", salientou Ilídia Duarte.

Segundo a coordenadora regional do programa, o projeto "minorsal.saúde", em vigor há 10 anos, tem contribuído para a diminuição da ingestão de sal e para uma alimentação mais equilibrada, através das iniciativas "pão.com", que envolve 1.002 padarias, e "sopa.come", que abrange 1.277 unidades de confeção alimentar.

Mais de 71% das padarias envolvidas reduziu os valores de sal para igual ou inferior a um grama por 100 gramas de pão e 44,8% conseguiu mesmo baixar para igual ou menos de 0,8 grama por 100 gramas de pão.

"Em 10 anos deste projeto realizámos 8.351 análises e envolvemos 2.000 profissionais de panificação", sublinhou Ilídia Duarte.

Na iniciativa "sopa.come", mais dirigido para a população estudantil, o programa regional abrange 1.047 escolas do 1.º, 2.º e 3.º ciclo e 130 mil crianças e 70 mil pessoas do corpo docente e não docente.

O Programa Regional da Alimentação Saudável inclui ainda os projetos "vending.saude", que visa melhorar a oferta alimentar das máquinas de venda automática e "tãodoce.não", cujo objetivo é promover a diminuição do consumo de açúcares de absorção rápida na população da região Centro, nomeadamente intervindo nas indústrias de pastelaria e similares.

Para facilitar a implementação destes projetos junto dos cidadãos, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) tem estado a assinar protocolos de colaboração com os municípios, de modo a "facilitar a implementação de estratégias de intervenção comunitária, nomeadamente nos consumos alimentares de sal, açúcar, gorduras, fibras alimentares, água e prática de atividade física".

Na tarde de ontem, mais sete municípios da região assinaram protocolos de colaboração e, segundo Ilídia Duarte, dentro em breve outros seis vão também aderir.

Conselho Regional de Saúde
O Governo dos Açores apresentou ontem ao Conselho Regional de Saúde um plano de ação de redução dos problemas ligadas ao álcool...

"Este plano está pensado em diferentes contextos: a família, a escola, o contexto laboral, recreativo, desportivo, comunitário e espaços extremos que são as prisões e as pessoas ligadas à justiça", adiantou, em declarações aos jornalistas, a diretora regional da Prevenção e Combate às Dependências.

Suzete Frias falava à margem da segunda reunião de 2018 do Conselho Regional de Saúde, que deu ontem parecer sobre este e outros planos de promoção da saúde nos Açores.

Segundo a diretora regional, o plano tem políticas integradas e intersectoriais e inclui intervenções de promoção da saúde, prevenção, minimização de riscos, tratamento e reinserção.

Entre os exemplos das ações previstas está um programa focado nas grávidas, que pretende não só reforçar a mensagem de que não devem ingerir álcool na gravidez, porque traz riscos para o feto, mas também promover "competências em termos afetivo-emocionais, de maneira a sustentar e a promover também a vinculação do bebé".

"Está provado pelas evidências científicas que a não vinculação da mãe, a negligência, uma mãe ausente ou uma mãe menos atenta às necessidades do bebé, com uma relação menos vinculativa, faz com que o bebé tenha comportamentos que mais tarde podem ser fatores de risco das adições", salientou Suzete Frias.

Outro dos programas integrados neste plano é o "Prevenir em família e na comunidade", em que estão previstas sessões com pais, com crianças e em conjunto, para "promover a relação e a dinâmica familiar".

O plano prevê também formação para equipas de intervenção e comportamentos aditivos e dependências e para funcionários de casas de acolhimento de jovens, bem como intervenções no âmbito da saúde escolar.

Segundo a diretora regional, estão contempladas ainda ações de formação para cuidadores e para idosos, não só para sensibilizar para os riscos do consumo do álcool, mas para "treiná-los em competências de enfrentamento de situações críticas na velhice que levam muitas vezes à adoção de mau uso do álcool e até de medicação".

No Inquérito Regional de Saúde de 2014, 15% dos participantes admitiu ter bebido diariamente pelo menos uma bebida alcoólica nos 12 meses que antecederam a entrevista e 11% dos consumidores disseram ingerir cinco ou seis copos de bebidas alcoólicas numa ocasião, três ou mais dias por mês.

Suzete Frias disse, no entanto, que o mais grave não é a prevalência do consumo de álcool, mas a quantidade consumida nos Açores, que está acima da média nacional e está associada a doenças.

"Em termos de prevalências nas várias idades, estamos abaixo da média nacional, onde estamos acima é nos anos potenciais de vida perdida, devido a problemas relacionados com álcool. Apesar de beber menos gente, quem bebe, bebe muito mais", frisou.

O Conselho Regional de Saúde analisou também o Plano Regional de Alimentação Saudável, que prevê ações junto das escolas e de grupos de risco com estratégias baseadas na literacia alimentar, na confeção de alimentos e na alteração de hábitos de vida.

"O Inquérito Regional com Exame Físico demonstrou que os Açores são a região do país com maior número de diabetes, a segunda maior região do país com hipertensão arterial e com o maior número de pessoas sedentárias e obesas. Portanto queremos alterar esses fatores", salientou a diretora regional da Saúde, Tânia Cortez.

Assembleia da República
O primeiro-ministro admitiu ontem que o Governo foi inábil na forma de comunicação da transferência do Infarmed, mas afirmou...

O tema ocupou grande parte do debate na Assembleia da República entre o líder parlamentar do PSD e António Costa, com Hugo Soares a colocar repetidamente a questão se o Infarmed irá ou não para o Porto, depois de a diretora do instituto ter afirmado publicamente que o ministro da Saúde lhe dera conta que se tratava de “uma intenção”.

“Vou repetir o que o ministro da Saúde disse várias vezes: a decisão do Governo é que o Infarmed vá para o Porto, a decisão do Governo é que o Infarmed vá para o Porto. Está claro agora, estamos entendidos?”, afirmou António Costa.

O primeiro-ministro admitiu, contudo, que o Governo foi “inábil” e errou em ter comunicado essa decisão “antes de falar com o conselho de administração, antes de tranquilizar os funcionários e, porventura, antes de ter desenvolvido e concretizado melhor o plano de transferência” de Lisboa para o Porto.

“Há bastantes meses que o ministro da Saúde tinha falado comigo sobre este objetivo no quadro da candidatura à Agência Europeia do Medicamento, pareceu-me uma ideia correta, positiva, de desconcentração de serviços e coerente quanto à capacidade do Porto para acolher a agência europeia do medicamento (EMA)”, afirmou o primeiro-ministro, desafiando o PSD a dizer se não concorda com esta transferência.

Na resposta, Hugo Soares lamentou “a ligeireza da decisão” e considerou que as pessoas do Porto e do Norte “não precisam deste tipo de esmolas”.

“Estas matérias deviam ser pensadas, deviam ser estudadas (…) Ninguém percebeu se a sua decisão vai ter uma consequência ou não”, afirmou, lembrando que o PS recusou a proposta do PSD de realizar uma comissão eventual sobre a descentralização.

O primeiro-ministro negou que esta transferência possa ser entendida como “uma esmola” dizendo corresponder a “uma visão mais ampla” e que já passou pela devolução dos transportes públicos do Porto à Autoridade Metropolitana e pela instalação da coleção Miró no Porto.

Quanto à acusação do PSD de que o Governo tinha sido habilidoso, António Costa respondeu de forma irónica: “Se há coisa que manifestamente tem de reconhecer é que, se o Governo é habilidoso, o ministro foi muito inábil, fomos mesmo inábeis na forma como apresentámos uma decisão que é boa”.

O líder parlamentar do PSD introduziu ainda no debate quinzenal o ‘chumbo’ da proposta do partido em sede de Orçamento que propunha que as casas ardidas nos incêndios deste verão ficassem isentas de IMI.

“Vou-lhe propor um exercício: o senhor primeiro-ministro mora em Pedrógão Grande, a sua casa ardeu porque o Estado falhou e o mesmo Estado vai-lhe continuar a cobrar impostos por uma casa que já não tem. Acha que é justo ou injusto?”, questionou Hugo Soares.

Na resposta, o primeiro-ministro salientou que, no caso de Pedrógão ou de qualquer outro concelho, “há uma regra nova relativamente às isenções e reduções de IMI”, que é serem aprovadas pelas Assembleias Municipais, por proposta das Câmaras.

“Aquilo que queriam fazer aqui não era facilitar, era a diminuir as competências dos municípios portugueses”, acusou.

Esta explicação não foi aceite por Hugo Soares, que considera não terem sido respeitadas estas competências municipais quando o Governo decidiu aprovar um adicional da IMI, a que chamou “o IMI das vistas”.

O líder parlamentar do PSD tinha começado a sua intervenção saudando a eleição do ministro das Finanças, Mário Centeno, para o Eurogrupo, desejando-lhe, em nome do partido, “as maiores felicidades nessas funções”.

Reação
De um “tempo de espera superior ao caos vai uma grande diferença”, defende a directora-geral da Saúde na Renascença, reagindo...

Os serviços de saúde estão preparados para uma maior afluência de doentes durante a época gripal, garante a directora-geral da Saúde.

Em directo na Manhã da Renascença, Graça Freitas rejeita assim a perspectiva de caos das urgências que os bastonários dos médicos e enfermeiros anteciparam na terça-feira.

“Temos de estar preparados para uma altura do ano na qual se adoece de facto mais, se procuram mais cuidados de saúde e, provavelmente, o tempo de espera terá de ser superior a uma altura do ano mais amena, em que a pressão sobre os serviços é menor. Daí até ao caos vai uma grande diferença”, argumenta a responsável.

Graça Freitas garante ainda que os planos de contingência estão prontos a serem accionados, assim que se justifique.

Mas antes, destaca a directora-geral da Saúde, importa prevenir, de modo a evitar o recurso aos serviços.

Graça Freitas recorda, a esse propósito, as medidas recomendadas:

Primeiro, a vacinação; segundo, a vacinação; terceiro, a vacinação”;

Pessoas com doença crónica devem consultar, “antes do Inverno a sério”, os seus médicos assistentes – “se tiverem as suas doenças compensadas (a sua diabetes, a sua hipertensão, a sua doença respiratória) resistem melhor ao Inverno;

Cuidado com o frio. Proteja as extremidades: use um cachecol, um gorro, luvas, calçado quente. “Não perca calor pelas extremidades”;

Não espirre nem tussa em direcção aos outros – faça-o para o cotovelo ou para um lenço;

Quem está com uma virose, não socializar demasiado: ter algum recato em relação à sua família e à sua envolvente social.

Na terça-feira, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros alertou para um eventual agudizar de situações de caos nas urgências face ao facto de não terem sido reforçados os serviços hospitalares para a época gripal.

Da parte dos médicos, o bastonário Miguel Guimarães reconhecia, na Renascença, que as urgências hospitalares estão sem capacidade para responder a uma grande afluência de doentes durante a mesma época gripal.

“A deficiência que existe de capital humano – estamos a falar de enfermeiros, médicos, assistentes operacionais e técnicos – a nível das unidades de saúde dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde é muito grande”, criticou.

Estudo
Cerca de um terço dos alunos portugueses do 4.º ano chegam à escola cansados ou com fome, segundo dados revelados pelo estudo...

Segundo avança o ‘Jornal de Notícias’, os dados mostram que 22% dos alunos portugueses reconhecem que chegam cansados à escola, ainda antes de as aulas começarem, e 14% assumem que vão para a escola sem antes terem tomado o pequeno-almoço. O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, reconhece que estamos diante de um problema generalizado no país, que se “tem vindo a agravar nos últimos anos”.

“Os miúdos não dormem o que deviam, ou porque ficam a ver televisão até mais tarde, a jogar ou nas redes sociais mesmo com os pais a dormir”, explica ao ‘JN’ Manuel Pereira. O mesmo acontece com a alimentação. Manuel Pereira sublinha, no entanto, que “os casos de carência económica estão sinalizados e tomam pequeno-almoço na escola”.

Manuel Pereira chegou mesmo a promover uma campanha para alertar os pais para o problema como o nome “longas noitadas, tristes jornadas”. Pior que os alunos portugueses estão os alemães, em que 50% reconhece que chegam à escola cansados, e os canadianos, em que 31% chega a casa com fome.

Diz relatório
A poluição atmosférica é perigosa para o desenvolvimento cerebral, um flagelo que afeta a Ásia em particular, afirma um...

O continente asiático totaliza 16 dos 17 milhões de crianças com menos de um ano expostas a níveis críticos de poluição, ou seja, seis vezes acima dos valores considerados saudáveis.

A Índia lidera a lista dos países com o maior número de bebés expostos à poluição, à frente da China, de acordo com o relatório "Perigo no Ar" publicado pelo Unicef. A contaminação "tem um impacto na aprendizagem das crianças, memória, capacidade linguística e motora", diz Nicholas Rees, autor do documento.

Os vínculos da poluição do ar com a asma, bronquite e outras doenças respiratórias são conhecidos há bastante tempo. "Mas um número crescente de pesquisas científicas destaca um novo risco potencial representado pela contaminação do ar para a vida e o futuro das crianças: o impacto no cérebro em desenvolvimento", afirma o documento do Unicef.

O relatório ressalta a relação entre a poluição e as funções cerebrais como a memória e o QI (quociente de inteligência) verbal e não verbal, os resultados dos testes e outros problemas neurológicos.

Como é que a poluição atinge o cérebro?

As partículas finas da contaminação urbana podem afetar a barreira hematoencefálica (BHE), a membrana que protege o cérebro de substâncias tóxicas, e acentuar os riscos de doenças como Parkinson e Alzheimer entre os idosos.

O Unicef faz um apelo aos governos para que aumentem a luta contra a poluição e reforcem a proteção das crianças, em particular com o uso de máscaras e sistemas de filtração de ar.

Solidariedade
Um grupo de estudantes da Universidade do Minho está a adaptar brinquedos doados às necessidades de crianças com paralisia...

Hoje, a Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães, transformou-se numa oficina do Pai Natal em que os duendes são alunos de Engenharia Eletrónica e Computadores da Universidade do Minho que, com a magia aprendida no curso, e um "simples adaptador", estão a tornar brinquedos eletrónicos "normais" em brinquedos funcionais para crianças com necessidades especiais "mas sem custarem 200 euros".

Há guitarras cor-de-rosa, cãezinhos de peluche, um urso contador de histórias, carrinhos, uma retroescavadora, e uma boneca que diz ‘I Love You' quando lhe carregam na barriga. Um gesto básico para uns, mas impossível para algumas crianças.

"As crianças [com paralisia cerebral] não têm a sensibilidade para carregar nestes botões, muitas não conseguem mexer as mãos. Nós, por menos de um euro, conseguimos acionar um interruptor que pode ser acionado com o pé, com o pescoço, ou com o braço e que faz o brinquedo funcionar", explicou à Lusa o Pai Natal improvisado, coordenador da iniciativa e professor da academia minhota, Fernando Ribeiro.

"A adaptação fica barata, os brinquedos adaptados custam 200 euros porque tem que ser certificado, tem que ser isto, tem que ser aquilo", apontou.

Os primeiros brinquedos foram adaptados em 2006: "Nos primeiros anos tínhamos empresas que nos ofereciam os brinquedos, agora fazemos uma campanha de recolha de brinquedos usados. Costumávamos adaptar entre 60 a 70 brinquedos, mas agora são menos porque tem havido poucas doações", explicou, lamentando a falta de matéria-prima, Fernando Ribeiro.

Naquela oficina, os duendes trabalham de graça e por prazer. "Aplicamos o que damos no curso e ajudar estas crianças que não têm possibilidades para ter brinquedos é um fator de solidariedade e gratidão", justificou Inês Garcia, finalista do curso de Eletrónica e Computadores, enquanto está às voltas com um cãozinho enroscado que teima em não respirar quando lhe carregam no interruptor.

Ao lado, uma boneca de trapos repousa. O que faz essa boneca, é a pergunta a que Inês responde: "Quando se lhe carrega na barriga diz ‘I love you'. O que vou fazer é colocar-lhe um adaptador que pode ser acionado com o pé ou o pescoço em vez de se necessário carregar-lhe na barriga", explicou.

E o amor de uma simples boneca fica mais acessível. E o daquelas crianças também.

"No início, não éramos nós que entregávamos os brinquedos, depois pediram-nos para sermos nós porque as crianças perguntavam quem era o Pai Natal. Agora vamos nós, entregamos o brinquedo, ficamos lá a brincar e a experiência é única, não para eles, mas para nós", disse o professor.

Finalmente, e perante o olhar de alívio de Inês, o cãozinho respirou.

Além da componente solidária, Fernando Ribeiro atribuiu à campanha de adaptação de brinquedos alguma pedagogia: "Os alunos apercebem-se que o mundo real não é aquele a que estão habituados", salientou.

A recolha de brinquedos ainda não acabou, decorre até 15 de dezembro, tendo como pontos de entrega os Complexos Desportivos Universitários de Gualtar (Braga) e Azurém (Guimarães) e a Sociedade Martins Sarmento (situada no centro de Guimarães).

"Oferece e faz uma criança feliz", chama-se a campanha.

Governo
O Ministério da Saúde autorizou o investimento de 1,7 milhões de euros na construção de uma nova farmácia hospitalar que vai...

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) refere em nota de imprensa que "o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, aprovou o pedido de autorização prévia para a realização dos investimentos das obras de construção do edifício destinado à instalação dos serviços farmacêuticos", prevista para a unidade de Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste.

As obras, para as quais falta lançar concurso público, estão orçadas em 1,7 milhões de euros.

Numa visita realizada em julho ao CHO, o ministro da Saúde admitiu como prioritárias as obras de reformulação da farmácia hospitalar e do bloco operatório, na unidade de Caldas da Rainha, e da urgência de Torres Vedras.

A presidente do Conselho de Administração do CHO, Ana Paula Harfouche, explicou na ocasião que a requalificação da farmácia "irá permitir retomar a preparação dos tratamentos de quimioterapia", que foi suspensa por falta de condições tanto em Caldas da Rainha, como em Torres Vedras.

A preparação da medicação passou a ser feita no Hospital de Santa Maria, obrigando à deslocação diária de profissionais do CHO a Lisboa, para ser depois administrada no Hospital de Dia de Oncologia de Torres Vedras e no de Caldas da Rainha.

A preparação dos tratamentos de quimioterapia está suspensa pelo Infarmed desde abril de 2016 nas Caldas da Rainha e desde maio de 2017 em Torres Vedras, na sequência de inspeções realizadas pela Autoridade Nacional do Medicamento.

O "facto de a câmara de fluxos laminares não estar no sítio adequado" e não estarem "garantidos os requisitos técnicos", situação que poderia, inclusive, acarretar "riscos para os profissionais" levou o Infarmed a recomendar a suspensão da preparação da medicação em Torres Vedras.

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) serve uma população de cerca de 300 mil habitantes dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro).

Let’s End HepC
Atualmente estima-se que existem em Portugal 89.200 de doentes com hepatite C. De acordo com os parâmetros da Organização...

Este cálculo matemático é possível através da consulta da ferramenta inovadora Let’s End HepC (LEHC), desenvolvida pela Universidade Católica Portuguesa e que avalia o impacto das políticas de saúde pública na eliminação da Hepatite C (VHC).

A duas semanas do Governo ter mudado o modelo de financiamento e cortado a verba do orçamento para as hepatites virais, Ricardo Baptista Leite, médico e coordenador científico de saúde pública do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa refere que “O Governo tem neste momento todas as ferramentas ao seu dispor para tornar possível a eliminação antes de 2030, basta que a vontade política acompanhe a evidência científica. Enquanto Academia, estamos inteiramente à disposição das entidades públicas para trabalharmos juntos de forma a que a eliminação da hepatite C seja uma realidade”.

A ferramenta, que contou com o apoio financeiro da Gilead Sciences, revela qual a probabilidade da eliminação da doença recorrendo a um algoritmo matemático que permite o processamento de dados epidemiológicos da doença a nível local conjugando-os com a análise atual de 24 políticas:

1.       Estratégia nacional que inclui VHC (avaliação clínica)

2.       Estratégia nacional, que inclui VHC (avaliação de recursos disponíveis)

3.       Diretrizes clínicas nacionais para o diagnóstico e tratamento do VHC

4.       Envolvimento da sociedade civil na defesa dos interesses e direitos dos doentes com VHC

5.       Eventos ou campanhas de conscientização para o VHC

6.       Registro Nacional de Doenças do VHC

7.       Quadro jurídico, particularmente em termos de discriminação de doentes com VHC

8.       Envolvimento dos cuidados de saúde primários

9.       Política nacional para combate e prevenção da infecção pelo VHC

10.   Análises para VHC em doações de sangue

11.   Análises para VHC em doações de tecidos e órgãos

12.   "Saúde segura" - triagem e tratamento de instrumentos, equipamentos e suprimentos cirúrgicos

13.   Serviços de redução de risco disponíveis para a população de utilizadores de drogas injetáveis

14.   Serviços de redução de risco na prisão

15.   Rastreio de VHC fora do ambiente hospitalar

16.   Triagem na população em geral

17.   Rotina de rastreio de VHC na gravidez

18.   Testes de VHC grátis e anônimos para grupos com alta prevalência

19.   Acesso a consultas especiais para doentes com diagnóstico de VHC

20.   Acesso à monitorização do VHC

21.   Disponibilidade de apoio social para doentes com VHC

22.   Acesso a tratamento para VHC

23.   Tipos de medicamentos disponíveis para doentes com diagnóstico de VHC (AAD versus não AAD)

24.   Avaliação dos resultados do tratamento

Especialistas
Regular o ar condicionado e fazer pausas a cada 20 minutos, olhando para longe, são algumas recomendações dos especialistas...

“Uma das medidas é seguir a regra dos 20-20-20, ou seja, parar a cada 20 minutos durante 20 segundos e olhar para uma distância de 20 pés, que é cerca de seis metros”, explicou Fernando Vaz, responsável pelo grupo de ergoftalmologia da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).

O especialista reconhece que “cada vez mais as pessoas usam computadores, tablets ou smartphones e, por isso, estão cada vez mais expostas a um esforço de visão para perto, que exige mais atenção, com o olho mais aberto e que pestaneja menos, ficando por isso mais seco”.

Fernando Vaz, que falava a propósito do Congresso Português de Oftalmologia, que se realiza entre quinta-feira e sábado, em Vilamoura, sublinha que o uso dos computadores ou tablets “não traz lesões irreversíveis”, mas apenas “lesões pontuais”, que dão queixas e podem ser compensadas com medidas preventivas.

O responsável coordenou um estudo numa empresa de teleperformance, que analisou cerca de 80 funcionários.

Segundo explicou, a investigação concluiu que os trabalhadores que tomavam medidas preventivas como as pausas a cada 20 minutos, o lubrificar do olho com lágrima extra, o cuidado com o regular do ar condicionado, tentando manter alguma humidade, conseguiam facilmente recuperar das lesões provocadas pela longa exposição ao ecrã (mais de duas horas).

O estudo concluiu que “é preciso que se esteja muito tempo ao computador, mais de duas horas, para ter repercussão e que, se cumprimos algumas regras, atenuamos as queixas e podemos usar o computador com uma melhor performance”, explicou Fernando Vaz, sublinhando: “as alterações provocadas são reversíveis, não ficam connosco sempre, mas assim que voltamos às mesmas condições voltam a aparecer as mesmas queixas”.

“Não há baixa de visão, nem lesões permanentes. Há apenas lesões pontuais enquanto estamos a usar computador por longos períodos, mas que se conseguem controlar com algumas medidas preventivas”, acrescentou.

O especialista explica que “o olho está preparado para ver ao longe” e recomenda aos pais que regrem o uso dos equipamentos eletrónicos aos filhos, insistindo nas pausas a cada 20 minutos, “para olhar para longe e dessa forma relaxar os músculos usados na visão de perto e estimular ou outros”.

“Fazer pausas não é para sair do sítio. Basta desviar o olhar, olhando para longe, pois vamos relaxar o olho e, ao pestanejar mais, também lubrificamos mais”, acrescenta o especialista, para quem o número de horas máximo de uso para os mais novos não deveria exceder as duas horas/dia.

Além destas pausas, e dos conselhos para afastar os ecrãs o mais possível, Fernando Vaz frisa a importância de usar a opção ‘nightshift’ (redução de luminosidade) nos equipamentos, sobretudo a partir de determinada hora (final do dia).

“Esta opção diminui a quantidade de luz azul emitida. É que um certo comprimento de onda de luz azul pode chegar à retina e causar potenciais alterações na retina e um aumento da prevalência de uma doença de degenerescência relacionada normalmente com a idade”, explica.

Além disso, esta luz “dá uma mensagem errada à glândula que regula o estado dia/noite no organismo e diz-lhe que é de dia, logo, o cérebro liberta certas substâncias e mantém-nos acordados”, dificultando o adormecer e fazendo com que se tenha um sono mais irrequieto.

Por isso, Fernando Vaz defende que se devem evitar estes estímulos entre meia a uma hora antes de deitar.

Mas se a exposição excessiva aos ecrãs não provoca lesões permanentes, o mesmo não acontece com o glaucoma, uma doença que se estima afete 150.000 pessoas em Portugal, mas que ainda assim está subdiagnosticada.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, Monteiro Grillo, insiste na importância da prevenção, uma vez que o glaucoma é um inimigo silencioso da visão, pois na maior parte dos casos não dá sintomas.

“A pessoa deve ir ao oftalmologista. Antigamente é que havia menos acesso, sobretudo nas pessoas do interior do país. Hoje é importante lembrar que uma ida ao oftalmologista pode prevenir o aparecimento de lesões irreversíveis”, defende.

“A prevalência do glaucoma é maior a partir dos 40 anos e é fundamental a pessoa prevenir, (…) sobretudo se na família existe glaucoma”, avisa.

Monteiro Grillo sublinha que “não se sabe quantos casos de glaucoma estão ignorados” e lembra que, sem prevenção, “muitas dessas pessoas poderão ter problemas complicados de resolver no futuro”.

Vacinómetro
Mais de 1,1 milhões de portugueses com 65 ou mais anos já se vacinou contra a gripe, de acordo com os novos dados do...

Segundo estes indicadores, desde 01 de outubro vacinaram-se contra a gripe sazonal 58,3% das pessoas com 65 ou mais anos, 48,1% dos portadores de doença crónica e 49,1% dos profissionais de saúde com contacto direto com doentes.

Foram igualmente vacinados 31% dos portugueses com idades entre os 60 e os 64 anos.

Relativamente ao mesmo período da época gripal anterior, regista-se uma taxa de vacinação "ligeiramente inferior" superior, com exceção para os profissionais de saúde "que apresenta uma subida bastante relevante, na ordem dos 15%".

Sobre os motivos que levaram à vacinação, a percentagem maior foi por recomendação do médico (53,5%), seguindo-se a iniciativa própria (24,1%), no contexto de uma iniciativa laboral (11,5%) e porque sabem que fazem parte de um grupo de risco para a gripe (8,8%). Por recomendação do farmacêutico foram vacinados 0,9% das pessoas.

A vacinação contra a gripe é fortemente recomendada para os grupos alvo prioritários, entre os quais as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, os doentes crónicos e imunodeprimidos com seis ou mais meses de idade, as grávidas, os profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, como por exemplo os lares de idosos.

O Vacinómetro, lançado em 2009, permite monitorizar em tempo real a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

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