UNICEF
Novas infeções por VIH em crianças e adolescentes e as taxas de literacia em leitura e matemática são os indicadores nos...

Na ficha de dados sobre o país, anexa ao relatório da UNICEF ontem divulgado - Progresso para as crianças na Era dos ODS ("Progress for Children in the SDG Era") – e na qual são elencados os 44 indicadores tidos em conta para medir o progresso dos países face às metas estabelecidas para 2030, há vários com indicação de que não existe informação disponível ou quando existe é insuficiente, e outros, sobretudo em matéria de saúde e sobrevivência ou ambiente, nos quais Portugal já atingiu os ODS para 2030.

São apenas quatro os indicadores que aparecem como sendo matérias a precisar rapidamente de medidas para atingir as metas: o número de novas infeções por VIH entre adolescentes (um indicador para rapazes, e outro para raparigas) e a percentagem de jovens que no final do ensino básico (9.º ano de escolaridade) atingem níveis mínimos de literacia em leitura e matemática.

No que diz respeito às novas infeções por VIH, e ainda que não sejam disponibilizados valores, o relatório indica que a meta para 2030, no que diz respeito a crianças com menos de cinco anos, já foi atingida.

Nos indicadores de literacia, as percentagens para leitura estavam em 2015 – último ano com dados disponíveis – nos 83% para leitura e em 76% para matemática.

Mais de 500 milhões de crianças estão fora do radar dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, alerta a UNICEF, num relatório hoje divulgado, no qual demonstra preocupação com a “alarmante falta de dados” em dezenas de países.

Segundo os dados divulgados em comunicado pela UNICEF, a agência das Nações Unidas dedicada à proteção das crianças, a “alarmante falta de dados” acontece em 64 países, e em 37 outros, onde os dados podem ser monitorizados, regista-se um “progresso insuficiente”.

“O relatório da UNICEF, Progresso para as crianças na Era dos ODS é o primeiro relatório temático que avalia o desempenho para atingir os objetivos globais dos ODS que dizem respeito a crianças e jovens. O relatório alerta que 520 milhões de crianças vivem em países que carecem completamente de dados em pelo menos dois terços dos indicadores dos ODS relacionados com as crianças, ou que não possuem dados suficientes para avaliar o seu progresso - tornando essas crianças efetivamente ‘incontáveis’”, lê-se no comunicado.

Há 44 indicadores para avaliar o progresso dos ODS no que diz respeito às crianças, distribuídos por cinco áreas relativas aos seus direitos: saúde, aprendizagem, proteção contra a violência e exploração, um ambiente seguro e igualdade de oportunidades.

 

Relatório
Mais de 500 milhões de crianças estão fora do radar dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas,...

Segundo os dados divulgados em comunicado pela UNICEF, a agência das Nações Unidas dedicada à proteção das crianças, a “alarmante falta de dados” acontece em 64 países, e em 37 outros, onde os dados podem ser monitorizados, regista-se um “progresso insuficiente”.

“O relatório da UNICEF, Progresso para as crianças na Era dos ODS ("Progress for Children in the SDG Era"), é o primeiro relatório temático que avalia o desempenho para atingir os objetivos globais dos ODS que dizem respeito a crianças e jovens. O relatório alerta que 520 milhões de crianças vivem em países que carecem completamente de dados em pelo menos dois terços dos indicadores dos ODS relacionados com as crianças, ou que não possuem dados suficientes para avaliar o seu progresso - tornando essas crianças efetivamente ‘incontáveis’”, lê-se no comunicado.

No sumário executivo do relatório, a UNICEF destaca o paradoxo entre duas regiões: África subsariana e Europa.

A primeira, em comparação com outras regiões, apresenta os dados mais completos em todos os indicadores avaliados no âmbito dos ODS, mas é também aquela, pela avaliação que esses mesmos dados permitem, que está mais distante de alcançar as metas estipuladas até 2030.

A Europa, que já atingiu ou está em vias de atingir as metas para uma boa parte dos indicadores, é a região com maior falta de informação em alguns indicadores, o que, explica o documento, se pode justificar com o facto de, por exemplo, alguns dos indicadores avaliados não terem expressão no continente europeu, como a mutilação genital feminina, ou existirem, mas não ser possível recolher dados abrangentes, como o casamento infantil.

“Onde estão disponíveis dados suficientes, a escala do desafio lançado pelos objetivos dos ODS continua a ser assustadora. O relatório alerta que 650 milhões de crianças vivem em países onde pelo menos dois terços dos ODS estão fora do alcance se não existir um progresso acelerado. Na verdade, nesses países, o número de crianças a enfrentar dificuldades poderá ser ainda maior até 2030 do que até agora”, lê-se no comunicado.

Há 44 indicadores para avaliar o progresso dos ODS no que diz respeito às crianças, distribuídos por cinco áreas relativas aos seus direitos: saúde, aprendizagem, proteção contra a violência e exploração, um ambiente seguro e igualdade de oportunidades.

Entre as projeções mais preocupantes extraídas do relatório a UNICEF destaca que até 2030 “mais 10 milhões de crianças poderão morrer de causas evitáveis antes do seu quinto aniversário; mais 22 milhões de crianças poderão perder o ensino pré-primário; mais 150 milhões de raparigas casarão antes dos 18 anos de idade; mais 670 milhões de pessoas, muitas delas crianças, ainda não terão acesso a água potável básica”.

No que diz respeito aos ODS para garantir a sobrevivência e saúde das crianças, o relatório destaca que é neste domínio que há mais objetivos já atingidos ou no bom caminho para serem alcançados, sendo também aquele com mais dados monitorizáveis disponíveis.

Aprendizagem, proteção e igualdade de oportunidades são os domínios que apresentam a maior percentagem de falta de informação ou informação insuficiente, com taxas combinadas superiores perto dos 80%.

No caso da igualdade de oportunidades a falta de informação e informação insuficiente combinadas representam uma taxa de 97%, com o sumário executivo a salientar que avaliar o progresso nesta área foi, até agora, “quase impossível”.

“O relatório apela a esforços renovados para enfrentar a deficiência global de dados”, refere o comunicado que reforça a ideia de necessidade de envolvimento da comunidade internacional para garantir que os ODS são alcançados.

 

Comissão parlamentar
O inspetor-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica disse hoje que existe um atraso na análise das queixas...

Pedro Portugal Gaspar esteve hoje na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, onde foi ouvido, a pedido do PSD, depois da Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ter denunciado debilidades nos serviços deste organismo, como a descida em cerca de 90% da análise das reclamações dos consumidores.

O inspetor-geral da ASAE começou por explicar as diferenças entre uma denúncia e uma reclamação.

Enquanto uma denúncia chega à ASAE por carta, e-mail ou telefone e dá origem a cerca de 50% da atividade operacional, as reclamações são as queixas escritas no livro de reclamações e não chegam aos 10 por cento.

“As denúncias, matéria normalmente operacional que chega à ASAE, estão em dia e as reclamações tiveram um pequeno atraso em termos de pendências”, disse, sublinhando que o atraso esteve relacionado com o fim do ‘outsourcing’ que analisava essas reclamações, que “por matéria de contenção orçamental” terminou.

O mesmo responsável adiantou que vai ser feito um reforço da equipa que faz a análise e o tratamento das reclamações, tendo havido, em janeiro e fevereiro, uma triagem superior aos 25 por cento.

No entanto, sustentou que a ASAE dá “mais atenção” às denúncias que chegam a este organismo, porque “50% da matéria tem interesse operacional” e muitas vezes são ilícitos criminais, ao contrário das queixas no livro de reclamações que, na maior parte das vezes, não estão relacionadas com a competência da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

Nesse sentido, Pedro Portugal Gaspar defendeu que o livro de reclamações podia ser alvo de “um tratamento mais alargado” pelas entidades setoriais das respetivas áreas em concertação com a administração.

“Seria interessante que a matéria do livro de reclamações, que tem um conjunto de informação muito relevante, que não é operacional, e interessante do ponto de vista do perfil do consumidor português pudesse ser alvo de um tratamento mais alargado”, sugeriu aos deputados.

Segundo o mesmo responsável, grande parte das reclamações estão relacionadas com o mau atendimento, sendo “uma informação muito relevante” para os operadores do setor alvo da queixa.

O inspetor-geral disse ainda que a ASAE vai estar focada “naturalmente na intervenção operacional” e não vai aproveitar a informação que consta no livro de reclamações.

 

Federação Nacional dos Prestadores dos Cuidados de Saúde
Para demonstrar a relevância e importância da Rede Convencionada de Saúde para o Serviço Nacional de Saúde, a FNS - Federação...

Esta é uma marca registada em nome da FNS que pretende conferir uma identidade percetível por parte dos profissionais de Saúde e da população em geral, a uma realidade que existe há mais de 30 anos.

“No fundo este é um selo de garantia de acesso e liberdade de escolha, de uma rede com mais de 3.000 locais de atendimento, construída ao longo de mais de 30 anos (desde o início do SNS), através de investimento exclusivamente privado e que dá trabalho a cerca de 40.000 pessoas, na sua maioria, trabalho qualificado. Para nós, faz todo sentido criarmos uma marca que represente e consolide a relação de confiança entre os nossos serviços e os portugueses”, refere Abel Bruno Henriques, Secretário-geral da FNS.

O Setor privado convencionado com o SNS constitui uma rede de proximidade que coloca a quase totalidade da população portuguesa a menos de meia hora de distância dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (análises clínicas, medicina física e reabilitação, radiologia, cardiologia, hemodiálise, gastroenterologia, medicina nuclear, etc.). O Sector produz para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), cerca de 330 mil atos diariamente (mais de 100 milhões de atos por ano) e dá resposta a 60.000 requisições médicas por dia (18 milhões de requisições por ano), o que representa mais de 90 % da produção total do SNS, em ambulatório.

Segundo o relatório da Primavera 2017 do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, com base em base dados relativos a 2014 e 2015, as barreiras no acesso aos cuidados de saúde permanecem relevantes em Portugal, e apesar das melhorias substanciais no estado de saúde da população portuguesa as desigualdades de género, geográficas/territoriais e sócio económicas persistem.

“A rede agora representada por esta marca, em face da cobertura que faz de todo o território nacional, aproximando os cuidados de saúde da residência e do local de trabalho dos portugueses, é provavelmente, desde a fundação do SNS, o melhor exemplo de facilidade de acesso e liberdade de escolha dos cidadãos face ao sistema  de saúde português. O acesso à rede faz-se através das credenciais emitidas pelos médicos de família da rede pública de cuidados de saúde primários (centros de saúde) mediante o pagamento apenas, de uma taxa moderadora ou inteiramente gratuito, no caso dos cidadãos isentos. O Setor convencionado com o SNS desempenha um papel absolutamente decisivo para o Sistema de Saúde Português”, conclui o responsável.

 

Comissão Europeia
A Comissão Europeia considerou hoje que Portugal fez “progressos limitados” na tentativa de controlo das despesas da Saúde,...

De acordo com o relatório, a despesa do setor da Saúde continua a ser um problema em Portugal, nomeadamente no que diz respeito às dívidas dos hospitais.

Apesar de reconhecer que foram feitos alguns progressos, por exemplo, com o aumento do uso de medicamentos genéricos e com a criação, este ano, de uma unidade de análise orçamental e de centros de responsabilidade integrada, a Comissão admite ser “pouco claro se estes esforços serão suficientes”.

Na análise, a Comissão dividiu em cinco fases o estado de cumprimento das recomendações feitas aos vários Estados-membros: não fez progressos, fez progressos limitados, fez alguns progressos, fez progressos substanciais e houve total implementação.

Para a Comissão, as desigualdades registadas no setor Saúde continuam a ser um problema, até porque Portugal é um dos países com maior percentagem de desempregados entre a faixa dos 15 e 64 anos e em risco de não terem acesso a cuidados médicos (10%).

 

Estudo
A presença de cocaína nos esgotos das cidades de Lisboa e Porto aumentou em 2017, segundo um estudo realizado a partir de...

Elaborado pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), o estudo avaliou amostras de águas residuais em 60 cidades europeias de 19 países para avaliar os consumos de droga dos seus habitantes.

Lisboa, Porto e Almada foram as cidades portuguesas analisadas, para o que contribuíram profissionais da Faculdade de Farmácia da Faculdade de Lisboa e Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

Em relação à cocaína, as águas residuais de Lisboa revelaram a presença de 271 miligramas (mg) diárias por 1.000 habitantes (258 mg em 2016).

No Porto também se registou um aumento: 162 mg diárias por 1.000 habitantes (90,8 mg em 2016).

Em Almada, os valores identificados foram de 82,4 mg diárias por 1.000 habitantes (68,1 mg no ano anterior).

O estudo também avaliou a presença de anfetaminas nos esgotos de Lisboa, Porto e Almada.

Na capital, a quantidade detetada diminuiu (3 mg diárias por 1.000 habitantes, contra 3,3 mg em 2016).

No Porto, os níveis detetados em 2017 estavam abaixo do nível de quantificação, tal como no ano anterior, enquanto em Almada foram registados 1,3 mg, quando em 2016 os valores nem sequer eram quantificados.

A presença de metanfetaminas em Lisboa foi abaixo do nível de quantificação, tal como aconteceu em 2016, mas no Porto manteve-se nos 0,5 mg diárias por 1.000 habitantes.

Em Almada, este valor subiu de 0,8 para 0,9 mg diárias por 1.000 habitantes.

Sobre o ecstasy, o estudo identificou nas águas residuais de Lisboa 38,3 mg diárias por 1.000 habitantes (26,9 mg diárias por 1.000 habitantes).

No Porto, os valores mantiveram-se nos 10,8 mg diárias por 1.000 habitantes e, em Almada, a presença desta droga subiu de 2,8 para 9,3 mg diárias por 1.000 habitantes, entre 2016 e 2017.

Lisboa ocupa o 16.º lugar no ranking sobre a presença de cocaína nas águas residuais das 56 cidades avaliadas. A posição do Porto é a 33.ª e a de Almada a 41.ª.

Segundo as conclusões do estudo europeu, as descargas nas águas residuais indicam que a cocaína terá um uso mais elevado em cidades do oeste e sul da Europa, em particular em cidades belgas, holandeses, espanholas e do Reino Unido.

A análise das águas residuais aponta para níveis muito reduzidos na maioria das cidades do leste europeu.

Quanto às anfetaminas, a deteção nas águas residuais mostra uma variação considerável nas várias cidades analisadas, com os níveis mais altos registados em cidades do norte e leste da Europa.

O estudo demonstrou ainda diferenças nas cidades dentro do mesmo país, o que pode ser explicado pelos aspetos sociais e demográficos de cada localidade, como a presença ou não de universidades, de áreas de diversão noturna.

Na maioria dos países com vários locais estudados, as descargas de cocaína e ecstasy foram maiores nas grandes cidades. Essas diferenças não são significativas nas anfetaminas e na metanfetamina.

 

No Porto
Uma equipa de investigação do Porto pretende dentro de três anos conseguir alternativas de tratamento para o cancro do pâncreas...

Uma equipa do i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, no Porto, foi distinguida com o prémio 'FAZ Ciência' 2018, uma iniciativa da Fundação AstraZeneca e da Sociedade Portuguesa de Oncologia, que atribuiu uma bolsa de 35 mil euros ao projeto ‘Tornar a imunoterapia uma realidade para doentes com cancro do pâncreas’.

Em entrevista, a investigadora Sónia Melo explicou que o projeto pretende, em traços gerais, perceber porque não existe uma resposta do sistema imunitário ao cancro do pâncreas.

“Na grande maioria dos tipos de cancro, o nosso sistema imunitário consegue reconhecer aquelas células como sendo anormais e há um contra-ataque do nosso corpo, nem que seja mínimo, ao cancro. Isso não acontece no cancro do pâncreas”, afirma a investigadora.

A imunoterapia, que é uma terapia de ponta, tem conseguido em muitos tumores acordar o sistema imunitário de forma “a combater ainda com mais força o cancro”. Mas no caso específico do pâncreas, a imunoterapia não teve efeito nos pacientes.

“Há poucas opções terapêuticas e a imunoterapia não foi vista como opção. Porque para o sistema imunitário destes pacientes [com tumor do pâncreas] o cancro é invisível. É como se não estivesse ali. Queremos perceber porque é que o sistema imunitário não reconhece aquelas células de cancro e encontrar uma forma de acordar o sistema imunitário para que lute contra essas células”, explicou Sónia Melo.

Este projeto, que conta com a colaboração do hospital de São João, no Porto, vai decorrer nos próximos três anos e os investigadores esperam conseguir “alternativas de tratamento” dos doentes com cancro.

No fundo, pretende-se que a imunoterapia, que tanto tem ajudado doentes com outros tipos de cancro, seja também uma alternativa eficaz no caso dos tumores do pâncreas.

Sónia Melo lembra que nos últimos 40 anos tem havido pouca inovação terapêutica para estes doentes, que contam com poucas opções de tratamento, limitando-se quase exclusivamente à quimioterapia.

A investigadora considera que, “apesar de ser um cancro catastrófico” em termos de mortalidade, a sua relativa reduzida incidência fez com que fosse menos investigado.

“Estes pacientes têm uma terapia básica e não sabemos tratá-los, porque não estudámos da melhor forma o cancro que eles têm”, afirma, considerando que a investigação está atualmente a olhar melhor para estes doentes com cancro do pâncreas.

 

Diário da República
Os médicos recém-especialistas em medicina geral e familiar e da área hospitalar têm cinco dias úteis para apresentarem a sua...

Em causa estão dois concursos, um dos quais para o recrutamento de pessoal médico para a categoria de assistente a área de medicina geral e familiar – carreira especial médica e carreira médica dos estabelecimentos de saúde no SNS.

As vagas estão distribuídas por Agrupamentos de Centros de Saúde/Unidades Funcionais nas Administrações Regionais de Saúde do Norte (28), Centro (22), Lisboa e Vale do Tejo (43), Alentejo (12) e Algarve (5).

O outro concurso refere-se ao recrutamento de pessoal médico para a categoria de assistente das áreas hospitalar e de saúde pública, tendo sido divulgadas cerca de 500 vagas disponíveis ao longo do país.

Em ambos os concursos o prazo para a apresentação de candidaturas é de cinco dias úteis, a partir da data de publicação dos avisos no Diário da República, cuja edição é datada de terça-feira.

 

A nova tabela de preços que a ADSE pretende pagar aos operadores foi publicada pelo subsistema de saúde dos funcionários...

Inicialmente prevista para entrar em vigor a 01 de março, a nova tabela de preços tem sido objeto de negociação entre a ADSE e os operadores privados, representados pela Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), após uma proposta inicial ter sido recusada pelos convencionados.

Com o objetivo de entrar em vigor a 01 de abril deste ano, a nova tabela foi agora publicada no site institucional da ADSE.

Ao tomar conhecimento desta divulgação, a APHP emitiu um comunicado, no qual afirma que a mesma “contém erros e imprecisões que carecem de revisão nos próximos dias”.

Os operadores privados reiteram “a necessidade de rever as temáticas que não foram objeto de negociação ou sobre as quais já havia sido manifestado um desacordo de princípio por parte dos hospitais privados”.

“Cumprindo-se os princípios estabelecidos, haverá condições para encerrar adequadamente este processo negocial”, lê-se no comunicado.

Fonte da APHP disse à agência Lusa que não existe acordo em alguns atos praticados no âmbito da oftalmologia, cardiologia e no recurso ao médico especialista através da urgência.

 

Investigação
Dez anos depois de se iniciarem as investigações científicas sobre os os cigarros eletrónicos, há alegações diferentes. Faz mal...

Já lá vão quatro anos desde que o uso de cigarros eletrónicos teve uma aumento exponencial em Portugal. Nesse ano de 2014, abriram mais de 200 lojas que vendiam os inaladores e os líquidos de vários sabores. Houve uma grande adesão a esta nova forma de fumar, ou melhor, vapear, até porque um frasco de líquido de 10ml, que equivalia a cinco maços de tabaco, custava cerca de €6. Os cigarros eletrónicos careciam, nessa altura, de regulamentação e legislação. Mais tarde, quando os impostos aumentaram e os líquidos passaram a ser vendidos em separado (um frasco tinha o líquido com sabor e outro a nicotina líquida para acrescentar), as dezenas de lojas começaram a evaporar-se. Passou a ser bem mais caro inalar e, aquilo que parecia uma moda na altura, foi, como quase todas elas, desvanecendo-se.

Hoje, são muito menos as lojas que vendem cigarros eletrónicos e os respetivos líquidos. Mas o que nunca foi bem esclarecido foram os reais efeitos de vaporizar. Faz menos mal que o cigarro convencional? Serve para deixar de fumar? É cancerígeno? Em 10 anos – o cigarro eletrónico com sucesso considerável foi inventado em 2007 , mas só em 2008 começaram a ser escrutinados – foram feitos dezenas de estudos com resultados diferentes e mesmo contraditórios.

Façamos uma viagem no tempo para esmiuçar algumas das investigações realizadas ao e-cigarro e ao líquido que contém várias substâncias, incluindo o propileno glicol e glicerina vegetal que estão em maior percentagem e que, juntos, originam a névoa/vapor e o heat (sensação) provocado pela passagem da inalação na garganta.

Explicação: são, ambos, compostos orgânicos. O propileno glicol é usado, por exemplo, em medicamentos, cosméticos, pasta de dentes ou na composição do “fumo” utilizado em discotecas e concertos; a glicerina é utilizada na indústria cosmética e alimentar.

2008

- A Organização Mundial de Saúde ordena que os promotores dos cigarros eletrónicos deixem de anunciar que “são uma forma segura para deixar de fumar” porque não há evidências que o comprovem.

- Um produtor de cigarros eletrónicos encomenda um estudo cujo resultado refere que vaporizar é menos cem a mil vezes perigoso do que fumar, ao mesmo tempo que afirma que, ao usar o seu dispositivo, a “nicotina, aparentemente, não é absorvida pelos pulmões, mas pelas vias aéreas superiores”.

2010

- A Food and Drug Administration (FDA) – a agência norte-americana responsável pela proteção e promoção da saúde pública através do controlo e supervisão da segurança alimentar, produtos de tabaco, vacinas ou medicamentos – desaconselha o uso destes aparelhos por conterem substâncias cancerígenas e diz que os sabores dos líquidos, como chocolate, baunilha ou pastilha elástica, são um fator chamativo para os adolescentes experimentarem.

- Os produtores replicam e dizem que os níveis de substâncias como o propileno glicol são semelhantes aos dos adesivos ou pastilhas para deixar de fumar aprovadas pela FDA.

- No fim do ano, algumas empresas online, como a Amazon e o Paypal, fazem algumas restrições à venda de cigarros eletrónicos.

2011                                                                                                                                            

- Uma pesquisa indica que os norte-americanos são os mais interessados em vaporizar. A Google esclarece que foi nos EUA que as palavras cigarros eletrónicos (e-cigar) foram mais pesquisadas.

- Um inquérito a cerca de 3 500 vapers conclui que os utilizadores usam os cigarros eletrónicos por acharem que fazem menos mal do que o tabaco, são mais baratos e os vão ajudar a largar o vício. A maior parte das pessoas diz recear que, ao deixar de vaporizar, retorne de novo aos cigarros convencionais.

2012

- O Centro de Controlo de Doenças americano anuncia que o uso de cigarros eletrónicos duplicou entre os adolescentes de 2011 para 2012 e receiam que este seja o tiro de partido para os miúdos começarem a fumar.

- Investigadores ingleses analisaram 16 marcas de e-cigarros e descobrem que as variações de nicotina por cada baforada vão dos 0,5 às 15,4 miligramas, enquanto uma baforada de um cigarro convencional está entre as 1,54 e as 2,60 mg.

2013

- Alguns estudos demonstraram evidências mínimas de que os e-cigarros ajudam a deixar de fumar.

- Outra investigação sobre deixar o vício relata que os utilizadores de e-cigarros são muito menos propensos a deixar de fumar depois de terem experimentado os cigarros eletrónicos, em comparação com os participantes que nunca experimentaram.

2014

- O Centro de Controlo de Doenças americano revela que as chamadas telefónicas a pedir ajuda para intoxicações devido aos líquidos dispararam de uma por mês em 2010, para 216 por mês em 2014. Mais de metade das chamadas estavam relacionadas com crianças de idade inferior a cinco anos que ingeriram, inalaram ou que a sua pele ou olhos estiveram em contacto com o líquido que se vapaeia.

- Uma pesquisa com 75 mil coreanos adolescentes chega à conclusão que a utilização de e-cigarros está fortemente associada ao tabagismo. Ao mesmo tempo, nos EUA, os vapers adolescentes aumentaram de 4,5% em 2013, para 13% em 2014.

2015

- Estudo indica que os líquidos dos e-cigarros contêm cádmio, níquel e chumbo, mas em quantidades nove a 450 vezes menores do que nos cigarros tradicionais. Além de que o efeito do propileno glicol e seus derivados no funcionamento dos pulmões é menor do que o do tabaco. No entanto, avisam que não têm dados sobre os risco de cancro a longo prazo e doenças cardiovasculares.

- O propileno glicol é alvo da preocupação por não haver estudos que indiquem quais os riscos quando inalado repetidamente.

2016

- Os cigarros eletrónicos potenciam aquilo que pode ser o início do vício do tabaco entre os jovens.

- Os adolescentes que utilizam os vários sabores dos líquidos tendem a pensar que o tabaco não faz assim tão mal.

2018

- Em fevereiro, investigadores da George Town University e do Center for Tobacco Control Research and Education, ambos nos EUA, descobriam, através de uma pesquisa com 70 mil pessoas, que o uso diário de e-cigarros duplica o risco de ataque cardíaco em comparação com quem não fuma ou vapeia. E, se os vapeadores, consumirem cumulativamente tabaco, o risco aumenta cinco vezes. É que, apesar de os e-cigaros conterem níveis menores de substâncias cancerígenas que os cigarros tradicionais, têm partículas ultrafinas e outras toxinas habitualmente ligadas ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.

- Outro estudo demonstra que a probabilidade de jovens que experimentam cigarros eletrónicos se tornarem fumadores convencionais é duas vezes maior.

Estudo
Embora as crianças hoje recebam mais vacinas que as gerações anteriores, a prática não parece debilitar o seu sistema...

Pela primeira vez, cientistas testaram um vínculo entre o calendário de vacinação recomendado atualmente nos Estados Unidos e a taxa de infeções e doenças que não estão relacionadas com as vacinas nas crianças deste país.

"É compreensível que os pais tenham perguntas e preocupações sobre a segurança das vacinas", disse o pediatra Matthew Daley, coautor do estudo publicado na revista médica Journal of the American Medical Association.

No estudo, "a vacinação não pareceu danificar o sistema imunitário de uma forma que deixasse as crianças mais propensas a infeções. Esta descoberta proporcionará confiança adicional aos pais sobre a segurança do calendário recomendado", acrescentou Daley.

Uma amostra aleatória de 193 crianças que tinham sido diagnosticadas com doenças respiratórias e gastrointestinais, juntamente com outras infeções virais e bacterianas, foi comparada com um grupo de controlo de 751 crianças que não tinha sido diagnosticado com estas infeções.

Descartada correlação de causalidade

Os cientistas observaram os níveis de exposição ao antigénio da vacina - uma proteína ou outra substância que induz uma resposta imune no corpo - nos primeiros dois anos de vida das crianças.

A exposição total ao antigénio da vacina "não foi associada a um maior risco de infeções que não são atacadas pelas vacinas nos próximos 24 meses de vida", lê-se o estudo. 

"Alguns pais estão preocupados com a possibilidade de as vacinas múltiplas na primeira infância danifiquem o sistema imunitário dos seus filhos, tornando-os mais suscetíveis a infeções futuras", disse o autor principal, Jason Glanz, investigador do Instituto de Pesquisa em Saúde de Kaiser Permanente no Colorado.

"Este novo estudo sugere que a teoria de sobrecarregar o sistema imune de um bebé é altamente improvável", conclui.

 

Epidemia
A epidemia de opióides nos Estados Unidos não para de aumentar, com um aumento de 30% nas assistências e hospitalizações por...

Observaram-se aumentos substanciais no número de overdoses em todo o país, segundo um relatório publicado pelos Centros para o Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

"Muito antes de recebermos os dados das certidões de óbito, os dados das emergências indicam aumentos alarmantes nas overdoses por opióides", disse a diretora dos CDC, Anne Schuchat.

"Esta rápida epidemia afeta tanto homens como mulheres e pessoas de todas as idades. Não respeita fronteiras de estados ou condados e continua a aumentar em todas as regiões dos Estados Unidos", acrescentou.

Segundo o relatório, de julho de 2016 a setembro de 2017, um total de 142.557 visitas a salas de emergências tiveram como causa overdoses provocadas pelo consumo de opióides.

Dados das mortes ainda não compilados                           

Comparando o terceiro trimestre de 2016 com o mesmo período de 2017, os investigadores encontraram um aumento de 29,7% nos atendimentos nas urgências devido ao consumo de opióides.

O informe não analisou se as mortes por este motivo também aumentaram durante o período estudado, já que os dados de certidões de óbito costumam demorar a ser reunidos.

Contudo, 63.632 pessoas morreram de overdose em 2016 nos Estados Unidos, um aumento de 21,4% em relação a 2015, disse o informe dos CDC.

 

Custos da saúde
A Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP) disse ontem que confia na retificação da Tabela de Preços e Regras...

De acordo com a associação, o documento contém “erros e imprecisões”, que a ADSE já reconheceu.

“Na sequência da reunião realizada [esta segunda-feira], foi reiterada a necessidade de rever as temáticas que não foram objeto de negociação ou sobre as quais já havia sido manifestado um desacordo de princípio por parte dos hospitais privados”, indicou em comunicado, a AHPHP.

A associação garante que “cumprindo-se os princípios estabelecidos, haverá condições para encerrar adequadamente” o processo negocial.

A nova Tabela de Preços e Regras 2018 da ADSE, já pode ser consultada através da página www2.adse.pt/rede-adse/documentos-uteis.

 

Ciência
O projeto ‘Tornar a imunoterapia uma realidade para doentes com cancro do pâncreas’ foi hoje o escolhido como vencedor do...

O prémio distingue o melhor projeto de investigação translacional em Imuno-Oncologia desenvolvido em Portugal, e traduz-se numa bolsa de 35 mil euros, que foi entregue hoje, em Lisboa.

O prognóstico do adenocarcinoma ductal pancreático é, segundo os investigadores, “sombrio”, tendo uma elevada taxa de mortalidade. Para os doentes, as opções terapêuticas são limitadas e a sobrevivência não sofreu grandes alterações nos últimos 40 anos, isto apesar da promessa da terapia direcionada e da imunoterapia, que acabou por não se concretizar.

Para a equipa de Sónia Melo, os exossomas (nano vesículas produzidas por todas as células do corpo humano) libertados pelas células de cancro contribuem para reprogramar o microambiente do tumor, tornando-o insensível à imunoterapia.

Para alterar esta situação, propõe-se, “usando modelos pré-clínicos”, visar os exossomas do cancro, tornando o tumor suscetível à imunoterapia “e, desta forma, abrindo a possibilidade a uma nova estratégia terapêutica com grande potencial para melhorar a sobrevivência dos doentes”.

O trabalho é, reconhecem os investigadores nele envolvidos, “ambicioso”, mas concretizável, contando com o apoio do Departamento de Gastrenterologia do Hospital de São João, no Porto.

Foram 20 os projetos candidatos ao prémio 'FAZ Ciência' 2018, que foram avaliados por uma Comissão de Avaliação composta por cinco reconhecidos especialistas nacionais na área da Imuno-Oncologia.

Um prémio, que segundo Paulo Cortes, presidente da direção da Sociedade Portuguesa de Oncologia, é tanto mais importante uma vez que a área da Imuno-Oncologia tem vindo a afirmar-se como uma promessa, capaz de revolucionar o tratamento das doenças oncológicas.

Jesús Ponce, presidente da Fundação AstraZeneca, acredita que o futuro da medicina passa pela inovação, pela busca do desconhecido, na procura de soluções inovadoras no diagnóstico e tratamento de necessidades médicas não preenchidas, com potencial para mudar as vidas dos doentes.

 

 

Prestação de cuidados
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) anunciou hoje a criação do "Espaço Cidadão - Utente" no polo...

Em comunicado enviado à agência Lusa, o CHUC salienta que o novo espaço pretende evitar "que o utente ou cuidador tenha de circular pelo interior do hospital para chegar aos diversos locais por onde se dispersam os serviços de que carece e que perca tempo em filas de espera relacionadas com a informação sobre a prestação de cuidados de saúde".

"A concentração de tarefas administrativas relacionadas com a prestação de cuidados de saúde permitirá estabelecer com o utente um atendimento mais humanizado e mais eficiente", sublinha a nota.

Neste espaço, o utente poderá aceder aos serviços de pagamento de taxas moderadoras, fornecimento de dados que permitam a faturação às seguradoras, atualização de dados no Registo Nacional de Utentes, informação e agendamento do transporte de doentes.

Pode ainda solicitar declaração de presença/ou outra, reagendar e desmarcar atos médicos (consultas, cirurgias, exames complementares de diagnóstico), obter informação sobre as listas de espera e pedir ou entregar relatório médico.

"O que se pretende é que o CHUC seja cada vez mais uma instituição de saúde que se diferencia pelo capital de confiança que gera, por via da urbanidade e da hospitalidade com que acolhe os seus utentes, e da elevada qualidade e diferenciação dos cuidados de saúde que presta", lê-se no comunicado.

O "Espaço Cidadão-Utente" irá funcionar numa área anexa ao átrio principal dos Hospitais da Universidade de Coimbra depois de ser objeto de obras de remodelação "de modo a torná-la funcional e esteticamente agradável para o acolhimento dos utentes".

 

ONU
As Nações Unidas apelaram hoje para que a gestação de substituição seja regulada com urgência, considerado que o pagamento...

Em Portugal, a gestação de substituição está regulamentada e proíbe qualquer tipo de pagamento, sendo a legislação completamente contrária ao conceito de barriga de aluguer (enquanto ato pago ou com contrapartidas).

“A gestação de substituição é uma indústria crescente motivada pela procura internacional e é uma área de preocupação em relação aos direitos humanos das crianças e sua proteção”, afirmou hoje Maud de Boer-Burquicchio, relatora especial das Nações Unidas sobre venda e exploração sexual de crianças.

A responsável considerou ainda que “a gestação de substituição comercial, como se pratica atualmente em alguns países, equivale à venda de crianças”.

A representante da ONU considera que se a gestante ou uma terceira pessoas recebem um pagamento ou qualquer outra compensação pela gestação, a lei internacional define essa transação como uma venda.

“Existe uma inegável e urgente necessidade de regular a gestação de substituição. Se nada se fizer, redes comerciais abusivas continuarão a surgir em mais lugares”, acrescentou.

Segundo a perita, as crianças nascidas de gestação de substituição através de acordos comerciais internacionais têm um risco especial e os Estados são obrigados a protegê-los.

Maud de Boer-Burquicchio chamou especial atenção para os pais de países desenvolvidos que estabelecem contratos com gestantes de países em desenvolvimento e com legislação mais débil.

 

Na Bélgica
As farmácias belgas começaram hoje a distribuir gratuitamente comprimidos de iodo para serem tomados em caso de acidente...

Os comprimidos fazem parte de um novo plano de segurança nuclear do Governo da Bélgica, que já as distribuiu entre as pessoas que vivem num raio de 20 quilómetros em torno das duas centrais nucleares ativas do país.

De acordo com as novas disposições, todos os habitantes num raio de 100 quilómetros das duas centrais receberão comprimidos, tal como os belgas que vivem na fronteira nas zonas em torno das centrais de Borselle, na Holanda, e de Chooz, em França.

Os comprimidos de iodo saturam a tiroide deste elemento químico, impedindo-a de absorver o iodo radioativo libertado em caso de acidente nuclear.

As centrais nucleares belgas têm estado debaixo de atenção por causa de problemas de segurança em Tihange, no leste do país, que esteve fechada durante 21 meses.

A Bélgica prevê abandonar a produção de energia em centrais nucleares em 2025, mas alguns partidos, organizações do patronato e académicos têm questionado esta intenção, apontando o custo e impacto sobre o cumprimento dos objetivos climáticos.

 

Serviço Nacional de Saúde
O ministro da Saúde sublinhou hoje a importância do reforço da sustentabilidade da saúde demonstrada num estudo hoje...

“Há mais gente a recorrer ao Serviço nacional de Saúde, melhor resposta, melhor acesso e uma melhoria da qualidade técnica. Temos consciência que o SNS [Serviço Nacional de Saúde] estando hoje mais sustentável não tem os seus problemas resolvidos”, afirmou Adalberto Campos Fernandes, à saída da 7.ª Conferência Índice de Saúde Sustentável 2017, em Lisboa.

O governante disse que o Governo tem feito um esforço “para melhorar a capacitação do sistema e reforçar os recursos”, lembrando que “2017 foi o ano em que houve mais transferências do Orçamento do Estado para a Saúde, o ano em que – final do ano e início deste – está a ser executado o maior reforço dos hospitais EPE”.

“O compromisso político do Governo é que, numa legislatura, nós deixemos o SNS com o endividamento controlado e uma estratégia de utilização orçamental adequada. Se formos analisados a cada momento, por fotografias, os problemas ainda não estão resolvidos. Há um período de quatro anos de uma legislatura e é aí que o Governo tem de prestar contas perante o país sobre aquilo que fez num mandato completo”, afirmou.

O ministro falava após a abertura da conferência, promovida em conjunto pela Abbvie, a TSF e o Diário de Notícias, durante qual foi apresentado um estudo que indica que o índice de sustentabilidade do SNS, que tem em conta critérios como a qualidade (percecionada e técnica), a eficácia e o preço, tal como tinha acontecido no ano anterior, subiu novamente, passando de 102.2 em 2016 para 103.0 no ano passado.

Segundo o estudo, em 2017 as despesas no SNS (9.77 mil milhões de euros) cresceram menos (2,8%) do que o financiamento (9.54 mil milhões), que aumentou 3,2%.

A análise, elaborado pela NOVA Information Management School (NOVA-IMS), da Universidade Nova de Lisboa, indica também que o investimento no SNS permitiu um retorno económico de 5 mil milhões de euros no ano passado.

Segundo o documento, “o impacto do SNS no absentismo laboral e na produtividade permitiu uma poupança de 3,3 mil milhões de euros, o que se traduziu num retorno económico de 5 mil milhões de euros, prova do valor do investimento em Saúde para a Economia”.

De acordo com o estudo, em média, os portugueses faltaram quase seis dias (5,9) ao trabalho em 2017, cerca de 2,6% do tempo total trabalhado, o que resultou num prejuízo de 2,1 mil milhões de euros.

No entanto, a prestação de cuidados de saúde através do SNS permitiu evitar a ausência laboral de quase dois dias (1,9), o que significa uma poupança de 677 milhões de euros, ou seja, caso não tivessem sido prestados estes cuidados de saúde o número médio de faltas ao trabalho ascenderia aos 7,8 dias.

O estudo hoje apresentado abordou ainda as barreiras financeiras no acesso ao SNS, concluindo que os portugueses faltaram a mais de meio milhão de consultas nos hospitais públicos no ano passado por causa dos custos dos transportes.

O Índice de Saúde Sustentável, que é elaborado desde 2014, incluiu pela primeira vez a análise do impacto dos custos de transporte no acesso aos cuidados de saúde e verificou que, no que se refere às consultas externas (hospitais), este impacto é quase o dobro do dos custos das taxas moderadoras.

Segundo esta análise, ficaram por realizar 539.824 consultas externas/especialidade nos hospitais públicos por causa dos custos dos transportes, 254.568 por causa do preço das taxas moderadoras e 260.905 devido à conjugação destes dois fatores.

 

Procriação Medicamente Assistida
Sete pedidos de gestação de substituição encontram-se hoje pendentes no Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida,...

Em comunicado, o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) informou que admitiu liminarmente dois pedidos de autorização prévia de celebração do contrato de gestação de substituição, na reunião plenária realizada na passada sexta-feira.

O CNPMA tem neste momento em avaliação sete processos de autorização: em quatro foi solicitada documentação adicional, dois estão na fase de solicitação de parecer à Ordem dos Médicos e um aguarda agendamento de entrevistas.

Até ao momento, o CNPMA deu luz verde a um pedido de gestação de substituição. Trata-se de um casal em que a mulher não pode ter filhos e que a sua mãe aceita ser gestante de substituição.

Na última reunião do CNPMA, foi “deliberado, por unanimidade, nomear como relator dos processos de autorização de celebração do contrato de gestação de substituição” o juiz desembargador Eurico Reis, que presidiu a este órgão regulador desde a sua criação, em 2006, até ser substituído, na semana passada, por Carla Rodrigues.

 

8 de março - Dia Internacional da Mulher
No dia 8 de março assinala-se o Dia Internacional da Mulher, data que serve para lembrar que a sobrecarga de tarefas que muitas...

“Hoje em dia a mulher tem de desenvolver vários papéis, sendo ao mesmo tempo trabalhadora/profissional, ser mãe, realizar tarefas domésticas, ser esposa e ser mulher. Há 50 anos a mulher não enfrentava tantos desafios e é impossível ser perfeita em tudo”, explica Teresa Paiva, neurologista, responsável pelo Centro de Medicina do Sono (CENC) e uma das organizadoras do Lisbon Sleep Summit.

“No trabalho, independentemente das funções que exerça, as exigências são enormes, tanto em termos do trabalho efetivo que é feito, com toda a parafernália de prazos, objetivos, controlos, burocracias, exigências e interrupções, como em termos da duração desse mesmo tempo de trabalho, o que faz com que a mulher chegue a casa exausta”, reforça a especialista.

Teresa Paiva lembra ainda que apesar de o trabalho doméstico estar atualmente facilitado, há sempre muitas tarefas a fazer e deve ser somado ao trabalho normal. Se alguém trabalha 10 horas por dia fora de casa e acrescenta mais 2 ou 3 de trabalho doméstico tem um total de 60 ou 65 horas em 5 dias da semana, sem contar com o fim de semana, que muitas mulheres usam para fazer as tarefas mais pesadas. No final vai haver um grande cansaço, que em nada ajuda a conciliar o sono”.

E há ainda a questão da maternidade. A especialista em sono defende que “a mãe hoje em dia é carregada de culpas e obrigações: tem de dar de mamar até tarde, mesmo quando já está a trabalhar e muito cansada, tem de levar os filhos a muitas atividades mesmo quando isso a cansa a ela e aos filhos e sente que tem de lhes dar aquilo que não teve. A mãe que já está cansada, sente-se certamente triste e cheia de culpa”.

Todos estes desafios influenciam a qualidade do sono e até mesmo a capacidade de dormir. “A mulher enquanto pessoa e senhora do seu sentir e dos seus sentimentos fica muitas vezes esquecida, e assim vem a baixa auto-estima, a tristeza, a depressão, a ansiedade a impossibilidade de dormir”, conclui Teresa Paiva.

Além de “o sono e os desafios na vida das mulheres”, o Lisbon Sleep Summit irá dedicar-se a temas tão diversos como o sono e a violência e as “coisas” estranhas que as mulheres fazem à noite.

Esta iniciativa é destinada a clínicos, cientistas, entidades públicas e privadas e à sociedade civil, apelando a que participem ativamente na discussão e na criação de soluções para as principais questões negativas associadas ao sono nas Mulheres. Tem como objetivo melhorar o conhecimento relacionado com o sono no género feminino, avaliar o impacto de fatores internos e externos no sono das mulheres em qualquer idade e discutir as diferenças entre géneros no âmbito da Medicina do Sono. Mais informação sobre o Lisbon Sleep Summit em http://www.lisbonsleepsummit.org/

 

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