Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular
A atriz Jéssica Athayde junta-se à Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular para alertar para a Doença Venosa...

No Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo, 10 de março, a atriz vai colaborar com a campanha “Alerta Doença Venosa” numa aula de fitness ao ar livre, na Quinta Pedagógica dos Olivais, em Lisboa. Entre as 10h e as 12h, além de muito movimento, no local vai também ser possível encontrar uma ação de rastreio à DVC. A entrada livre e a inscrição deve ser feita através do site da Quinta Pedagógica dos Olivais.

A iniciativa marca o arranque da edição de 2018 da Campanha “Alerta Doença Venosa”, promovida pela Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV), que pretende sensibilizar para os riscos da Doença Venosa Crónica (DVC), uma patologia crónica e evolutiva, que muitas vezes é ignorada.

Estima-se que cerca de 30% da população adulta portuguesa sofra de Doença Venosa Crónica, que afeta as veias das pernas que transportam o sangue até ao coração. Pernas pesadas e inchadas são sintomas muitas vezes ignorados, mas que podem ser sinal de uma patologia não diagnosticada. As mulheres com mais de 30 anos são as principais afetadas embora a doença também afete mulheres mais jovens e os homens.

Os fatores de risco para a DVC passam por idade avançada, gravidez, predisposição familiar e obesidade. O sedentarismo um dos principais fatores de risco para a DVC, pelo que é fundamental uma prática regular de exercício. Marcha, ginástica, dança, ciclismo ou natação são as modalidades mais recomendadas.

Nesse âmbito, em 2018, a SPACV marca a Campanha “Alerta Doença Venosa” com ações que vão alertar os portugueses não só para o diagnóstico precoce, pelo rastreio, mas também pela prevenção, através da atividade física.  Além da aula de fitness com Jéssica Athayde, a Campanha Alerta Doença Venosa passa em 2018 por uma caminhada em Évora no Dia Mundial da Saúde – 7 de abril –  e uma caminhada pelo centro histórico de Guimarães, no âmbito do XVIII Congresso SPACV, em julho.

 

Estudo
Cientistas europeus detetaram em animais de quintas situadas na União Europeia resistência a antibióticos usados para tratar...

Com base em dados de 2016, foi detetada resistência em aves de capoeira aos antibióticos carbapenema, apesar de a sua utilização não estar autorizada em animais. Também foi detetada resistência ao antibiótico linezolid.

“É alarmante porque esses antibióticos usam-se em humanos para tratar infeções graves”, refere num comunicado a Agência Europeia de Segurança Alimentar, que realizou o estudo com o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC).

A resistência aos antibióticos tem sido considerada como um problema de saúde pública, já que pode reduzir a efetividade de alguns tratamentos.

O estudo dos dois organismos europeus estabelece também altos níveis de resistência em seres humanos a bactérias como a salmonela ou à ‘campylobacter’, transmitidas por alimentos.

Estima-se que cerca de 25 mil pessoas morram anualmente na União Europeia devido a resistência a antimicrobianos.

As Nações Unidas têm apelado a um uso racional de antibióticos e insiste para que não sejam utilizados para promover o crescimento e a produção animal.

 

Ministro garante
O ministro da Saúde insistiu hoje que até sexta-feira será publicado o despacho para abrir concurso para os cerca de 700 recém...

Adalberto Campos Fernandes foi hoje questionado sobre o assunto pelos jornalistas à margem da apresentação da reunião intercalar, que decorrerá em Coimbra, da “World Health Summit 2018" (Cimeira Mundial da Saúde).

Segundo o ministro, o despacho que permite abrir concurso para os cerca de 700 médicos que concluíram internato há mais e 10 meses sairá em Diário da República até ao fim da semana.

“Não é uma questão de luz verde ou luz vermelha [do Ministério das Finanças], é uma decisão do Governo, o Governo publicará o despacho esta semana”, afirmou.

Na semana passada no parlamento, o ministro da Saúde tinha já indicado que o despacho sairia esta semana, depois de ter passado mais de um mês a afirmar que o concurso seria aberto “dentro de dias”.

A Ordem dos Médicos considerou já uma vergonha nacional o atraso na abertura deste concurso e na semana passada um grupo de recém-especialistas da área hospitalar foi ao Parlamento para entregar uma carta a contestar o facto de 700 profissionais estarem há “quase um ano” à espera do concurso.

São 710 médios especialistas hospitalares que concluíram o internato há mais de 10 meses e que aguardam a sua colocação final em hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

 

Poluição do ar
Um tribunal alemão considerou hoje legal que cidades proíbam a circulação de veículos a gasóleo, mesmo sem existência de uma...

A decisão do tribunal de Leipzig respeita diretamente as cidades de Estugarda e de Dusseldorf, que poderão concretizar as interdições, afetando milhões de condutores num país onde a indústria automóvel tem muito peso.

Assim, o Tribunal Superior Administrativo considerou que as duas cidades tinham base legal para proibir a circulação em algumas zonas, contrariando aquilo que tinha sido defendido por governos regionais.

Os responsáveis judiciais dão um sinal a nível nacional no sentido de avançarem as proibições de veículos que usem aquele combustível nas cidades alemãs.

Em dezenas de cidades da Alemanha são ultrapassados os limites autorizados de poluição do ar.

Ambientalistas processaram dezenas de cidades alemãs com o argumento de que os responsáveis autárquicos têm o dever de reduzir a excessiva poluição do ar para proteger a saúde das pessoas.

Os automóveis a gasóleo emitem óxido de nitrogénio (NOx) que causa problemas respiratórios e milhares de mortes prematuras por ano.

As autoridades avisaram que poderia ser "um pesadelo administrativo" aplicar proibições somente a determinados veículos.

Os juízes defenderam que as duas cidades (Estugarda e Dusseldorf) podem incluir as proibições nos planos de qualidade do ar, mas têm de assegurar-se que quaisquer medidas são proporcionais ao objetivo de reduzir as emissões até ao limite legal.

O governo propôs recentemente várias medidas para reduzir as emissões prejudiciais que incluem subsidiar os transportes públicos e melhorar as características de milhões de veículos.

O setor dos transportes é dos principais responsáveis pelas emissões de gases com efeito de estufa, que contribuem para as alterações climáticas.

 

Síria
A Cruz Vermelha Portuguesa angariou em menos de uma semana 7.184 euros na sequência de um apelo para a doação de dinheiro...

Segundo a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), o montante será “imediatamente transferido” para a conta do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que está a operar naquele país em colaboração com o Crescente Vermelho Sírio.

A CVP mantém o apelo, e reforça a mensagem da importância de os portugueses contribuírem em favor da redução do sofrimento das vítimas do conflito sírio.

“As contribuições poderão ser feitas através do Multibanco, Entidade 20 999 e Referência 999 999 999”, explica o CVP, liderado por Francisco George, antigo diretor geral da Saúde de Portugal.

O conflito na Síria estende-se a grande parte do país, mas é o enclave de Ghouta oriental que tem sido alvo de intensos ataques por parte das forças governamentais desde 18 de fevereiro, que já causaram pelo menos 568 mortos, entre os quais 141 crianças, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

 

Formação
Esta formação, essencial para a prática clínica atual, terá a duração de 40 horas e é dirigida aos internistas e aos médicos de...

Considerada pela Organização Mundial de Saúde como a epidemia do século XXI, a diabetes é um problema de saúde que os portugueses bem conhecem. De resto, de acordo com os dados mais recentes do Observatório da Diabetes, referentes a 2015, estima-se que mais de um milhão de portugueses entre os 20 e os 79 anos tenham a doença, aos quais se juntam 500 mil em que esta continua ainda por diagnosticar.

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), sabendo que a formação sobre a Diabetes é central na Educação Médica, decidiu lançar, já em março, o seu primeiro curso de eLearning subordinado ao tema: ‘Diabetes – Terapêutica Farmacológica Não Insulínica’, uma vez que esta formação contínua é essencial para a prática clínica atual. Este curso tem a duração de 40 horas, é dirigido a todos os internistas, mas também aos médicos de medicina geral e familiar.

É um curso com dupla certificação: SPMI e DGERT–SIGO, que pode ser utilizado em computadores, tablets, netbooks e smartphones e que dá tanto aos médicos internistas como aos outros clínicos, a oportunidade de aprenderem através da mais moderna tecnologia de eLearning, interativa e multimédia. O que significa que permite que estudem onde quiserem, quando desejarem e ao seu próprio ritmo.

Mais informações, nomeadamente sobre o programa, calendarização assim como a inscrição, estão disponíveis através do link da Plataforma: https://elearning-spmi.dlc.pt, na Secretaria online da mesma.

 

Direção-Geral da Saúde
Com o presente Programa, a DGS pretende dar continuidade à visão e missão dos planos e programas que

Dirigindo-se a toda a população abrangida pelo sistema de saúde e Serviço Nacional de Saúde, prevê-se a sua concretização até 2020.

Visão: promover o acesso equitativo de toda a população a cuidados de saúde no âmbito do tratamento da dor segundo as boas práticas e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos doentes com dor.

Missão: dar substância e coerência à promoção de estratégias prioritárias que visam o reforço da capacidade organizativa e a implementação de modelos de boas práticas na abordagem da dor e extensível a todos os níveis de prestação de cuidados de saúde.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, lanç

A proteína é um dos nutrientes essenciais na nossa alimentação podendo  escassear em situações de dificuldade económica ou em certo tipo de dietas.

Atendendo a esta necessidade, o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da DGS em colaboração com o Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas e com a ajuda do Chef Fábio Bernardino e sua equipa, elaborou o presente manual com sugestões de poupança e gestão doméstica, no qual são apresentadas receitas saudáveis, saborosas e de baixo custo para toda a população.

Adicionalmente, são também desenvolvidos temas como o valor nutricional dos vários alimentos presentes no manual e suas vantagens para a saúde, bem como algumas regras de boa utilização, maximizando o valor nutricional e evitando contaminações e desperdício.

Consulte aqui o manual:

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alzheimer Portugal
No próximo dia 28 de fevereiro, a Associação Alzheimer Portugal organiza uma formação sobre demência e nutrição, dirigido ao...

Esta iniciativa tem como objetivos identificar fatores de risco e de progressão da doença de Alzheimer, bem como medidas para promover uma alimentação adequada, escreve o Sapo.

"Espera-se que os formandos compreendam os vários grupos de alimentos, necessidades nutricionais e como estes podem influenciar a doença de Alzheimer", explica a Alzheimer Portugal em comunicado.

O workshop "Demências: Nutrição", ministrado pela nutricionista Inês Domingos, será realizado das 14h00 às 17h00 e terá lugar nas instalações da Alzheimer Portugal na Avenida de Ceuta Norte, Lote 15, Piso 3 - Quinta do Loureiro, Lisboa.

A inscrição poderá ser feita online em: https://www.easypay.pt/form/?f=associacao-alzheimer-portugal

50 milhões de pessoas com demência
A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo existam mais de 50 milhões de pessoas com demência, número que pode vir a atingir os 75 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135 milhões.

Em Portugal, os dados da Alzheimer Europe apontam para cerca de 182 mil pessoas com demência. A Doença de Alzheimer assume um lugar de destaque, representando cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.

A Alzheimer Portugal é certificada como Entidade Formadora pela DGERT (Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho), desde 2006. Para mais informações sobre o plano de formação ou inscrições pode consultar o site: http://alzheimerportugal.org/, ou enviar um email para [email protected].

 

Profissionais de saúde
Uma investigadora do Instituto Superior de Engenharia do Porto desenvolveu um sistema que centraliza informações sobre...

O objetivo deste sistema é reduzir as taxas das cesarianas em Portugal, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), disponibilizando aos profissionais de saúde a análise de dados recolhidos durante a gravidez e pós-parto, disse à Lusa a investigadora do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) Ana Almeida, responsável pela tecnologia.

A taxa de cesarianas em Portugal é "bastante elevada", com dados do Serviço Nacional de Saúde (SNS), referentes a setembro de 2017, a apontarem para uma média de 25% de cesarianas num total de partos realizados nas unidades públicas portuguesas, valor acima do máximo aconselhado pela OMS, que fica pelos 15%, contou a engenheira.

Segundo Ana Almeida, e de acordo com a Direção Geral de Saúde (DGS), a cesariana deve estar associada a um motivo, normalmente relacionado com o bebé - como a sua posição fetal -, devendo ser realizada somente por motivos clínicos e "quando de facto é a única solução".

No entanto, e por "não se saber bem o porquê de muitas vezes não haver essa necessidade e contudo ocorrerem cesarianas, é necessário monitorizar", referiu.

Com base nisso, Ana Almeida desenvolveu um sistema que possui indicadores capazes de avaliar se as cesarianas foram ou não feitas por necessidade, através do percurso das mães e dos recém-nascidos durante todo o período de gestação.

A ferramenta recolhe dados de várias instituições de saúde, nomeadamente de hospitais, que são depois armazenados numa base de dados central.

Esses dados centralizados são analisados por uma ferramenta desenvolvida para tal, obtendo-se daí diferentes indicadores dinâmicos, que ficam disponíveis para os profissionais de saúde.

"Um dos indicadores refere-se à relação do número de cesarianas com a posição do bebé, disponibilizando informação sobre quais os bebés que, de facto, se encontravam numa posição fetal que justificaria a cirurgia", exemplificou.

Ana Almeida explicou que, no setor da saúde, apesar de já existirem plataformas de base de dados, "nenhuma combina dados das várias instituições", sendo esta uma das inovações associadas a este projeto.

O projeto, desenvolvido no âmbito do mestrado em Engenharia Informática - ramo de Sistemas de Informação e Conhecimento (MEI), foi orientado pelo docente do ISEP e investigador do Grupo de Investigação em Engenharia e Computação Inteligente para a Inovação (GECAD), Constantino Martins.

Com a parceria da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e com a Virtual Care, empresa de ‘software’ que tem já uma forte presença nos hospitais nacionais, esta tecnologia demorou cerca de dez meses a ser desenvolvida.

 

Doenças respiratórias
A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto anunciou hoje a criação da versão espanhola de uma aplicação que facilita o...

Em comunicado, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) explicou que aquele montante integra um financiamento global de 185 mil euros do programa de Cooperação Transfronteiriça Interreg V-A España-Portugal (POCTEP) ao abrigo do projeto CódigoMais, destinado a impulsionar a saúde na Galiza e no Norte de Portugal.

A aplicação, designada INSPIRERS foi desenvolvida na FMUP em parceira com investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS).

"O financiamento de 50 mil euros vai permitir iniciar a internacionalização da INSPIRERS - aplicação que visa melhorar a adesão ao tratamento de doenças respiratórias como a asma", lê-se na nota.

Segundo a FMUP a aplicação pretende "incentivar os pacientes a seguirem as recomendações clínicas e a terapêutica indicada para as suas doenças respiratórias obstrutivas crónicas, através de um jogo interativo. Para ganharem pontos, os utilizadores deverão aderir ao tratamento, algo que é verificado através de imagens tiradas ao contador de doses do inalador".

"A falta de adesão à terapêutica é, atualmente, o grande problema nestas doenças porque aumenta o risco de agudizações e de hospitalizações", explicou o investigador responsável pela INSPIRERS, João Fonseca, citado naquela nota, lembrando que se estima que "mais de 50% dos doentes não façam a terapêutica como indicado".

A FMUP adiantou que a criação da versão espanhola da aplicação vai permitir, "além das possibilidades de cooperação entre entidades dos dois mercados, avaliar o desempenho da INSPIRERS junto de pacientes que sofrem de patologias respiratórias na Península Ibérica".

O projeto CódigoMais tem como missão "impulsionar o desenvolvimento de um ecossistema de inovação na área da saúde entre a Galiza e o Norte de Portugal"

Desenvolvido no âmbito do POCTEP, o CódigoMAIS conta com um orçamento de mais de dois milhões de euros e "tem como principal missão unir esforços entre os vários atores públicos e privados do sector da saúde para fomentar as capacidades e oportunidades".

Além dos 50 mil euros atribuídos à criação da nova versão da aplicação, a FMUP "irá atribuir os restantes 135 mil euros a outras ideias e projetos na área da saúde".

 

Estudo
Uma análise à urina pode revelar o quanto o corpo envelheceu, defendem cientistas que identificaram um novo mercador biológico...

Segundo o estudo, divulgado na publicação científica Frontiers in Aging Neuroscience, este marcador pode ajudar a prever o risco de desenvolvimento de doenças relacionadas com a idade e, mesmo, a morte prematura.

A substância em causa é 8-oxoGsn, que indica "danos oxidativos" nas células, sendo que os seus níveis aumentam à medida que a pessoa vai envelhecendo.

A equipa científica que realizou o estudo mediu os níveis de 8-oxoGsn em amostras de urina de 1.228 chineses com idades entre os dois e os 90 anos.

Concentrações maiores da substância foram detetadas em participantes de 21 anos e mais velhos. Os níveis de 8-oxoGsn eram praticamente os mesmos entre homens e mulheres, exceto no pós-menopausa, período em que as mulheres revelaram quantidades mais altas da substância (na menopausa os níveis da hormona estrogénio, conhecida pelos seus efeitos antioxidantes, diminuem).

Para um dos cientistas envolvidos na investigação, Jian-Ping Cai, o marcador biológico 8-oxoGsn "pode refletir melhor a condição real do corpo" de uma pessoa "do que a idade cronológica".

"Subprodutos de oxigénio produzidos durante o metabolismo normal podem causar danos oxidativos a biomoléculas nas células, como o ADN [material genético]", explicou, acrescentando que os "danos oxidativos" aumentam à medida que uma pessoa envelhece.

 

Conselho Europeu das Ordens dos Médicos
O Conselho Europeu das Ordens dos Médicos diz desconhecer qualquer país europeu com uma licenciatura em medicina tradicional...

O presidente do Conselho Europeu das Ordens dos Médicos (CEOM), o médico português José Santos, pediu às várias ordens europeias para indicarem se existe nos seus países licenciatura em medicina tradicional chinesa, não tendo recebido de nenhum a indicação de uma graduação do género.

José Santos explicou que fez esta recolha junto das várias ordens europeias depois de ter sido publicada em Portugal este mês uma portaria conjunta dos ministérios da Saúde e da Ciência e Ensino Superior que valida a criação de ciclos de estudo que conferem o grau de licenciado em medicina tradicional chinesa.

Segundo o presidente do CEOM, Alemanha, Itália, França, Bélgica, Reino Unido, Roménia, Luxemburgo, Suíça ou Grécia não têm qualquer grau de licenciatura em medicina tradicional chinesa.

A Áustria oferece uma pós-graduação em medicina chinesa, mas ainda assim, além de não ser uma licenciatura, estabelece como requisito que seja frequentada por médicos, médicos dentistas, médicos veterinários, farmacêuticos, licenciados em ciências ou pessoas com pelo menos dois anos de formação num centro europeu de reconhecida experiência em terapêuticas alternativas.

“Não identifiquei um único país com licenciatura”, afirmou José Santos, lembrando que “a única competência [validada] que existe noutros países, tal como em Portugal, é a acupuntura, mas realizada por médicos”.

Para o presidente do Conselho Europeus das Ordens dos Médicos, Portugal está a criar uma “licenciatura onde é posta em causa tudo o que é condição científica e formação científica que provam a eficácia”.

“Abrimos um espaço enorme de uma quantidade de pessoas que podem prejudicar seriamente a saúde publica, com atrasos nos diagnósticos ou de proposta terapêutica”, declarou.

Segundo José Santos, Portugal está a criar “uma licenciatura de não médicos que vão atuar como pseudo médicos, dentro de uma ‘medicina’ com perigos graves para a saúde pública”.

Em 2013, o Conselho Europeu das Ordens dos Médicos tinha aprovado uma declaração que indicava que o médico que pratique terapêuticas complementares deve informar o doente da sua validade científica e que só deve avançar para estas terapêuticas depois de exlucir a possibilidade de atuação da medicina convencional.

A Ordem dos Médicos portuguesa já tinha acusado o Governo de ameaçar a saúde dos portugueses validando cientificamente práticas tradicionais chinesas através de uma licenciatura.

Quando a portaria foi publicada, o bastonário dos Médicos admitiu avançar para "formas inéditas" de mostrar o descontentamento dos clínicos.

Até ao momento, uma das únicas medidas anunciadas até agora consiste no envio aos ministros da Saúde e do Ensino Superior de artigos científicos sobre os problemas associados à medicina tradicional chinesa.

Para a Ordem, a criação de um ciclo de estudos com formação de quatro anos "em práticas que não têm base científica constitui um perigo para a saúde e para as finanças dos portugueses".

 

OE2018
Os pagamentos em atraso das administrações públicas atingiam 1.188 milhões de euros no final de janeiro, mais 276 milhões de...

Já face a dezembro passado, o aumento em janeiro dos pagamentos em atraso foi de 115 milhões de euros.

Dos 1.188 milhões de euros de pagamentos em atraso no final de janeiro, a maior parte refere-se ao setor da saúde, destacando-se os 951 milhões de euros em dívida em atraso dos Hospitais E.P.E - Entidade Pública Empresarial (acima dos 837 milhões de dezembro e dos 613 de janeiro de 2017).

As outras entidades com pagamentos em atraso são a administração local (106 milhões de euros), a administração regional (96 milhões de euros), a administração central excluindo serviços de saúde (18 milhões de euros), as empresas públicas reclassificadas (12 milhões) e o subsetor da saúde (quatro milhões).

Os pagamentos em atraso referem-se a contas por pagar há mais de 90 dias.

No comunicado que antecedeu a divulgação da síntese de execução orçamental pela Direção-Geral de Orçamento (DGO), o Ministério das Finanças referiu que a “magnitude e expressão” do aumento dos pagamentos em atraso “se encontram, também, influenciadas pela adoção do novo referencial contabilístico (SNC – AP) no setor da Saúde”.

O Governo diz ainda que espera uma “redução pronunciada dos pagamentos em atraso ao longo de 2018”, desde logo devido ao reforço de capital no valor de 500 milhões de euros feito no final de 2017 nos Hospitais E.P.E. e que “começará a produzir efeitos a partir de março”.

No final de janeiro, o ministro das Finanças, Mário Centeno, reconheceu no parlamento que existe um problema com os pagamentos aos fornecedores na saúde, mas afirmou que o Governo está a combatê-lo, havendo cerca de 1.400 milhões de euros em 2018 para esse fim.

Desse valor, 500 milhões de euros são referentes à capitalização dos Hospitais E.P.E.

O governante justificou o facto de os pagamentos em atraso terem aumentado com mais investimentos na saúde.

 

Estudo
O risco de hipoglicemias noturnas e o desenvolvimento de complicações são as principais preocupações dos familiares de...

Desenvolvido pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), com o apoio de um laboratório, o estudo Diabetes, Attitudes, Wishes & Needs (DAWN) envolveu 540 participantes, entre os quais pessoas com diabetes tipo 1 e 2, familiares e cuidadores.

Para quem vive com esta doença, o impacto negativo da diabetes é sentido, principalmente, ao nível da saúde física: 63% nas pessoas com diabetes tipo 1 e 49% nas pessoas com diabetes tipo 2.

A diabetes também afeta o bem-estar emocional em 56% (tipo 1) e 42% (tipo 2) dos casos.

Entre as principais preocupações dos familiares de diabéticos destaca-se o risco de hipoglicemias (descidas de açúcar no sangue) noturnas (64%) e o desenvolvimento de complicações (51%).

A importância de receberem mais informação sobre a doença é sentida por 81% dos familiares de diabéticos que procuram também a melhor forma de apoiar o doente (82%).

Tanto as pessoas com diabetes como os seus familiares consideram que a sociedade tem de encontrar respostas mais eficazes no diagnóstico e no tratamento precoce (92%) e na acessibilidade à alimentação saudável e à prática de atividade física em locais adaptados e seguros.

O estudo indica que 68% das pessoas com diabetes tipo 1 e cerca de 40% das pessoas com diabetes tipo 2 consideram que têm uma boa qualidade de vida. Contudo, referem que a diabetes tem um impacto negativo na sua saúde física e bem-estar emocional.

De acordo com as conclusões do estudo, cerca de 63% das pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 1 e 49% das pessoas com diabetes tipo 2 sentem um impacto negativo na saúde física devido à sua doença.

O bem-estar emocional é apontado como a segunda maior causa, com 56% e 42%, respetivamente.

A investigação refere que seis em dez diabéticos estão preocupados com o seu futuro e com a possibilidade de ocorrerem complicações sérias.

Sobre a qualidade de vida das pessoas com diabetes tipo 1, os inquiridos apresentam uma percentagem “bastante positiva”: 68% considera que tem uma boa ou muito boa qualidade de vida.

A maioria dos familiares sente-se preocupada com o futuro e a possibilidade de a pessoa com quem vive desenvolver complicações graves.

Segundo as conclusões do estudo, mais de 80% dos familiares e cuidadores gostariam de saber como melhor apoiar as pessoas de quem cuidam, bem como consideram muito importante receber mais informação geral sobre a diabetes.

Para a coordenadora do estudo da APDP, a enfermeira Dulce de Ó, “há ainda muitos aspetos que podem ser melhorados, tanto da parte da experiência das pessoas com diabetes, como dos seus familiares e cuidadores”.

“Viver melhor com a diabetes pode contribuir para promover a qualidade de vida das pessoas e há uma necessidade de se melhorar o apoio aos familiares, para melhor compreenderem a sua intervenção no dia a dia da pessoa de quem cuidam. A sociedade tem também um papel muito importante para aumentar o apoio às pessoas que vivem com diabetes e suas famílias”, disse.

O presidente da APDP, José Manuel Boavida, sublinha um dos resultados e que se refere ao apoio na informação e na educação que as pessoas com diabetes, familiares e cuidadores gostariam de ver desenvolvido nos próximos tempos e que ainda não existe a nível nacional, que é a criação de uma linha de apoio.

“Esta resposta mostra que as pessoas procuram um acompanhamento para além das visitas regulares ao médico que facilite o acesso à informação, melhorando assim a sua qualidade de vida” realça José Manuel Boavida.

 

Deco Proteste
O projeto “A minha saúde, a minha comunidade”, que visa a criação de uma comissão de utentes em todas as Unidades de Saúde...

Trata-se de uma iniciativa da Deco Proteste e da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiares (USF-AN) que foi criada no último ano e meio e pretende obter resultados “ainda mais positivos” na governação destas unidades de saúde.

Bruno Santos, da Deco Proteste, explicou que a criação das comissões de utentes nas USF vai “reforçar o elo de ligação entre a unidade e a comunidade que serve”.

O projeto tem duas vertentes: por um lado, quer “levar ao conhecimento da USF a forma como a comunidade vê a resposta” desta unidade de saúde.

Por outro, prosseguiu Bruno Santos, é promovida a implementação de projetos inovadores para populações especiais, como escolas, centros de dia ou vocacionados para determinadas doenças.

A constituição das comissões resultará de “um processo voluntário”, através do qual as pessoas irão propor-se.

O processo de candidatura será seguido de um outro de aprendizagem de noções básicas em saúde, tendo em conta que, “muitas vezes, as pessoas querem contribuir, mas sentem-se com pouco conhecimento do setor”.

O projeto arranca este ano e pretende dotar a sociedade civil de um maior conhecimento sobre participação dos cidadãos em saúde, em estreita colaboração com as administrações das mesmas.

Numa sessão que decorrerá na terça-feira em Lisboa irão ser debatidos os objetivos deste projeto para 2018 e ainda a importância do envolvimento dos cidadãos na causa pública e no futuro do Sistema Nacional de Saúde (SNS).

 

28 de fevereiro
Falar de doenças raras, que se estima serem entre 6.000 a 8.000, sem falar das doenças neuromusculares, já identificadas, cujo...

Estando o tema de 2018 centrado na investigação, a APN – Associação Portuguesa de Neuromusculares, não quer deixar de se congratular com todos os avanços conseguidos nos últimos anos, em matéria de investigação. Em muitos países do mundo, e particularmente da Europa, os ensaios clínicos estão a avançar a bom ritmo e os resultados estão a surpreender.

Em Portugal, os Centros de Referência ainda estão longe de constituírem uma base de conhecimento. Entre as doenças mais investigadas, está a Distrofia Muscular de Duchenne. Genética, hereditária e muito incapacitante, afeta um em cada 3.500 nascimentos do sexo masculino. Apesar de, muito recentemente, termos sido o último país da Europa a aprovar o Atalureno, como o primeiro medicamento disponível para esta doença, na sua mutação “non sense”, muitos são, ainda, os problemas que os portadores desta doença enfrentam. O grande desconhecimento das causas das doenças neuromusculares e, sobretudo, dos efeitos da sua progressão, por parte dos responsáveis pelo Serviço Nacional de Saúde, dos Serviços de Medicina Física e Reabilitação e de muitos outros técnicos, aliados à falta de condições das unidades hospitalares de proximidade, fazem com que muitos dos portadores desta patologia vejam agravar-se as contraturas, retrações tendinosas e a perda de agilidade muscular, por falta de tratamentos contínuos, indispensáveis para uma melhor qualidade de vida.

Esta questão verifica-se, aliás, em muitas outras doenças raras em que a fisioterapia, terapia ocupacional, hidroterapia, entre outros tratamentos, são condição fundamental para a manutenção de grande parte dos movimentos articulares destas pessoas. Muitos doentes estão meses à espera de vaga para as sessões de fisioterapia e para a consulta de fisiatria onde encontram alguma resistência aos tratamentos, necessariamente contínuos. É, pois, urgente sensibilizar a comunidade médica e as respetivas autoridade de saúde para este problema. Acresce a este facto, uma duplicação de custos que acontece pelo sistema de financiamento dos hospitais. A recomendação para que seja o médico de família a credenciar os tratamentos em centros convencionados, é uma medida despesista que não acrescenta qualquer valor já que, estes, estão lotados, carecem de técnicos especializados, não têm horários disponíveis e, muitos deles, não têm sequer condições físicas para os tratamentos.

É urgente a intervenção do Ministério da Saúde. Estas medidas, decididas arbitrariamente pelos responsáveis das consultas de fisiatria, contrariam os despachos que recomendam a utilização e o total aproveitamento de recursos das unidades hospitalares.

A melhoria da qualidade de vida destes doentes raros, depende da qualidade do serviço prestado pelas unidades hospitalares.

 

Estudo
Um estudo da Universidade de Aveiro realizado com um grupo de idosos de Estarreja revelou que os participantes com demência...

A equipa de investigadores conclui que quanto maior for a presença de elementos potencialmente tóxicos no organismo pior será o desempenho cognitivo, embora salvaguarde que a relação apresentada no estudo resulta apenas dos modelos estatísticos obtidos, sendo necessário garantir “que não se trata de um resultado fortuito”, através de investigação adicional.

Coordenado pelas investigadoras Marina Cabral Pinto e Paula Marinho Reis, da unidade de investigação Geobiociências, Geoengenharias e Geotecnologias (GeoBioTec) da Universidade de Aveiro (UA), a investigação pretendeu esclarecer o nível de impacto que a exposição ambiental a elementos potencialmente tóxicos tem no desempenho cognitivo.

Para tal, foi escolhido um grupo de mais de 100 adultos e idosos, com uma idade superior a 55 anos, e residentes permanentes em Estarreja, uma cidade inserida numa área industrializada e onde se situa um dos principais complexos da indústria química do país.

Alumínio, cádmio, cobre, chumbo, zinco e mercúrio foram alguns dos elementos químicos que as investigadoras analisaram na urina, sangue e cabelo dos cem participantes no estudo e aos quais foram realizados vários testes cognitivos.

“Verificou-se que os participantes com pior desempenho cognitivo, equivalente a um estado de demência, apresentavam valores mais elevados de alguns elementos potencialmente tóxicos”, aponta Marina Cabral Pinto.

A demência continua sem ter um tratamento curativo e as causas do declínio cognitivo não são totalmente conhecidas. “Apenas uma reduzida percentagem dos casos clínicos tem etiologia genética, enquanto a larga maioria tem uma origem esporádica”, lembra Marina Cabral Pinto.

Para além da idade, diversos outros fatores, incluindo a exposição ambiental a elementos potencialmente tóxicos, “têm sido sugeridos como estando associados ao aumento de risco de desenvolvimento de demência e da doença de Alzheimer durante o envelhecimento”.

Para além de Marina Cabral Pinto e Paula Marinho Reis e, da UA, a equipa de investigadores integra também Sandra Freitas, Mário Simões e Paula Pinto (Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo Comportamental (CINEICC), Paula Moreira (Centro de Neurociências e Biologia Celular), Agostinho Almeida e Luísa Diniz (Laboratório de Química Aplicada da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto), Carlos Ordens (University College London, na Austrália) e Teresa Condesso de Melo (Instituto Superior Técnico).

O projeto exploratório foi financiado pelo DRIIHM-Labex, French programme "Investissements d'Avenir" e atualmente a equipa de investigação da UA está a tentar conseguir financiamento que permita continuar a investigação iniciada.

 

Centro Hospitalar Cova da Beira
No passado dia 23 de fevereiro de 2018, o Centro Hospitalar Cova da Beira realizou o “1º Encontro das Tecnologias da Saúde”, no...

Recorde-se que o evento promovido pelo Conselho Técnico de Diagnóstico e Terapêutica do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) pretendeu cimentar a partilha de conhecimentos e experiências entre todos os técnicos de saúde das áreas do diagnóstico e terapêutica, intervenientes nos processos de diagnóstico, tratamento e investigação, dado que o campo da saúde e em especial as áreas das tecnologias da saúde se apresentam a cada dia, como um desafio em constante evolução científica e tecnológica.

O tema central deste encontro intitulou-se “Avaliar, Diagnosticar e Tratar” e propôs-se debater os mais recentes estudos, guidelines e procedimentos realizados dentro das diversas áreas que compõe este grupo profissional, promovendo a comunicação e o aumento do conhecimento em prol da prestação de cuidados de saúde, com qualidade e segurança, junto de todos os profissionais de saúde.

Nesta primeira edição, as temáticas abordadas versaram conteúdos como: "Vertigem: do Diagnóstico ao Tratamento", "Controlo Ambiental na Proteção das Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde", "Acidente Vascular Cerebral" e "Doenças Sexualmente Transmissíveis".

O Encontro dirigido a Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica e a outros profissionais/estudantes das várias áreas da saúde, contou com a sala lotada por cerca de duas centenas de participantes e convidados, muitos dos quais técnicos de: anatomia patológica, citológica e tanatológica; análises clínicas e saúde pública; audiologia; cardiopneumologia; farmácia; fisioterapia; neurofisiologia; ortóptica; radiologia; terapia da fala; terapia ocupacional; saúde ambiental e para além destes contou também com a participação de psicólogos, médicos, enfermeiros e estudantes de saúde.

No rescaldo desta grande iniciativa, Cláudia Santos, representante do Conselho Técnico de Diagnóstico e Terapêutica do CHCB salientou que "foi extremamente gratificante trabalhar com uma equipa fantástica de colegas que constituíram a comissão organizadora, que desde o início abraçaram o desafio proposto pelo CT. Ultrapassando sempre as adversidades e sem baixar os braços até ao fim, o resultado está à vista e o evento foi sem dúvida uma mais-valia para todos, pela partilha de conhecimento, debate de ideias e reencontro de colegas”.

 

Diário da República
Os médicos internos passam a ter um limite de 12 horas semanais de trabalho nos serviços de urgência e nos cuidados intensivos,...

O diploma que define o regime jurídico da formação médica pós-graduada determina ainda que o novo modelo da prova nacional de acesso entra em vigor a partir do concurso do próximo ano, indo ao encontro de pretensões de médicos e estudantes de Medicina há longos anos.

O decreto-lei determina que os médicos internos podem prestar extraordinariamente até 12 horas de trabalho adicionais por semana nas urgências ou cuidados intensivos, mas só se for “indispensável para assegurar o normal funcionamento” dos serviços e das unidades de saúde.

Em janeiro deste ano, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciou que o Governo estava a finalizar o diploma do internato médico, que limita a um máximo de 12 horas semanais o trabalho dos médicos em formação que fazem urgência, com a possibilidade de fazer um turno extra de 12 horas.

De acordo com o secretário de Estado Fernando Araújo, os médicos em formação de especialidade não tinham limitações de horas que podiam trabalhar em urgência, com esta medida a pretender “evitar o uso excessivo de internos em horas de urgência”.

Esta alteração introduzida vem colocar num patamar de maior igualdade os internos e os médicos especialistas, que já têm um limite de horas realizadas em urgência.

Os médicos internos estão sujeitos a um período normal de trabalho de 40 horas semanais e ficam vinculados à administração regional de saúde ou região autónoma da área do estabelecimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) onde conseguiram vaga, através de contrato de trabalho a termo incerto.

O internato médico inicia-se no primeiro dia útil de cada ano civil, sendo que o ingresso nesta formação pós-graduado se faz por concurso, que é aberto no terceiro trimestre de cada ano.

O novo modelo da prova nacional de acesso entra em vigor no concurso a abrir em 2019. Trata-se de substituir o “exame Harrison”, a prova que os médicos têm de realizar para poderem aceder à especialidade e que está em vigor há 40 anos, sendo criticado por ser demasiado focado na memorização.

Segundo o decreto-lei hoje publicado, os médicos internos que sejam colocados em zonas consideradas carenciadas em termos de profissionais são obrigados a "exercer funções no estabelecimento ou serviço onde se verificou a necessidade" por um período de três anos.

Caso não cumprem estes três anos após a conclusão do internato, ficam impossibilitados de trabalhar no SNS durante três anos.

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