Instituto Nacional de Estatística
Portugal registou, em 2017, o valor mais baixo desde que há registo de óbitos de crianças com menos de 1 ano, segundo as ...

De acordo com os dados, registaram-se 226 óbitos de crianças com menos de 1 ano (menos 56 do que o registado em 2016).

A taxa de mortalidade infantil foi de 2,6 óbitos por mil nados vivos (3,2 em 2016), a segunda mais baixa observada em Portugal. O valor mais baixo desta taxa registou-se em 2010, com 2,5 óbitos infantis por mil nados-vivos.

No contexto da União Europeia, em 2016, ano para o qual existe informação mais recente, Portugal ocupava a 12.ª posição no ‘ranking’ dos países da UE28, com uma taxa de mortalidade infantil de 3,2‰, abaixo da média europeia que foi 3,6‰.

A estatística do Instituto Nacional de Estatística (INE) revela também que a população em Portugal diminuiu em 2017, pelo nono ano consecutivo, uma vez que o número de mortes continua a ser superior ao de nascimentos.

Em 2017, nasceram com vida (nados-vivos) 86.154 crianças de mães residentes em Portugal, menos 972 crianças relativamente ao ano anterior, o que representa um decréscimo de 1,1%.

Do total de nados-vivos, 44.072 eram do sexo masculino e 42.082 do sexo feminino.

Em 2017, a proporção de nados-vivos nascidos “fora do casamento” aumentou para 54,9% (52,8% em 2016 e 41,3% em 2010), representando, pelo terceiro ano consecutivo, mais de metade do total de nascimentos.

Do total de nascimentos, 65,4% diziam respeito a mães com idades entre os 20 e os 34 anos, 32,1% a mães com 35 e mais anos e 2,5% a mães com menos de 20 anos.

Entre 2010 e 2017, registou-se um decréscimo de 1,5 pontos percentuais (p.p.) na proporção de nascimentos cujas mães tinham idades inferiores a 20 anos e também um decréscimo de 8,8 p.p. na proporção de nascimentos relativos a mães com idades entre os 20 e os 34 anos de idade.

Em contrapartida, verificou-se um aumento de 10,3 p.p. na proporção de nados-vivos de mães com 35 e mais anos de idade.

Já no que respeita aos óbitos de pessoas residentes em território nacional os dados revelam que morreram 109.586 pessoas, representando uma redução de 0,9% (menos 987 óbitos) face a 2016.

Do total de óbitos, 54.987 foram de homens e 54.599 de mulheres.

A maioria dos óbitos ocorreu em idades avançadas: do total de óbitos de residentes em Portugal registados em 2017, 85% são respeitantes a pessoas com 65 anos e mais anos e mais de metade do total (58,6%) corresponderam a óbitos de pessoas com 80 e mais anos.

A mortalidade apresenta um padrão geral sazonal, com valores mais elevados nos meses de inverno e mais baixos na primavera e no verão.

Em 2017, o mês de janeiro foi aquele em que se verificou o maior número de óbitos, contrariamente ao ano anterior, em que o maior número de óbitos se registou no mês de dezembro.

Campanha “Corações de Amanhã” chega às universidades seniores
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular vai realizar em maio um conjunto de aulas abertas nas universidades...

“A realização desta ação nacional vai ao encontro da necessidade de contatarmos diretamente com os grupos de pessoas com maior risco de ter estenose aórtica, no sentido de os informar para os principais sintomas e os sensibilizar para a importância de um diagnóstico e tratamento precoce”, explica João Brum Silveira, presidente da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC).

A estenose aórtica é uma doença que se carateriza pelo estreitamento da válvula aórtica, impedindo o correto fluxo sanguíneo para fora do coração. Frequentemente os sintomas desta doença (cansaço, dor no peito e desmaios) são desvalorizados pelas famílias portuguesas e o diagnóstico acaba por ser adiado, o que pode até ser fatal. A deteção atempada da estenose aórtica reduz as admissões hospitalares e representa tempo e qualidade de vida ganhos.

Agenda das aulas abertas da campanha “Corações de Amanhã”

  • Junta de Freguesia Santa Maria Maior, Funchal - 3 de maio, às 10 horas
  • Universidade Sénior de Odivelas - 4 de maio, às 15 horas
  • Cruz Vermelha Portuguesa: Delegação da Costa do Estoril - 4 de maio, às 14 horas e 30 minutos
  • Universidade Internacional para a Terceira Idade, Lisboa - 9 de maio, às 14 horas
  • Universidade Sénior de Beja - 11 de maio, às 14 horas e 30 minutos
  • Associação para a Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras - 21 de maio, às 14 horas
  • Universidade Sénior de Amarante - dia 28 de maio, às 14 horas e 30 minutos
  • Universidade Sénior de Paços de Ferreira - 30 de maio, às 14 horas e 30 minutos

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular, uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular. Para mais informações sobre a campanha “Corações de Amanhã” consulte www.coracoesdeamanha.pt

 

Sociedade Portuguesa de Cardiologia
O nosso coração é o motor que nos faz viver, mas será que o tratamos de forma responsável? Será que sabemos o que é um coração...

A propósito do mês do coração, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) alerta para o facto de as doenças cardiovasculares ainda liderarem a lista de causas de morte no nosso país, representando aproximadamente 30% do total. Se por um lado há muitos fatores de risco que não se podem controlar, por outro há inúmeros que são passíveis de ser controlados ou mesmo eliminados das nossas vidas. Está na hora de cuidar melhor do seu coração para que ele possa cuidar também de si!

Um coração capaz é um coração que arrisca pela vida, mas não arrisca a vida!  Todos os dias fazemos escolhas, mas será que são as mais acertadas? A campanha “Coração Capaz” tem como objetivo a consciencialização das pessoas para os riscos que correm ao tomar determinadas decisões que podem por em causa o bem-estar e a saúde cardiovascular. Esta campanha vem mostrar que o perigo é real e que há escolhas que fazemos no quotidiano que merecem ser repensadas. Um coração capaz é um coração que arrisca pela vida, mas que não arrisca a vida.

Em Portugal 55% das pessoas entre os 18 e os 79 anos têm pelo menos dois fatores de risco associados ao desenvolvimento de doenças do foro cardiovascular, o que é verdadeiramente preocupante. Numa sociedade em que metade da população tem excesso de peso e o sedentarismo atinge níveis alarmantes, é imperativo cultivar hábitos alimentares saudáveis, ao mesmo tempo que se incute uma cultura de exercício físico como parte integrante da rotina diária. É igualmente fundamental que as pessoas entendam o perigo que o tabaco representa para a saúde, não só dos próprios fumadores, mas também de todos aqueles que diariamente inalam passivamente o fumo. O fumo passivo é ainda mais preocupantes quando atinge crianças ou pessoas cujo sistema imunitário se encontra debilitado. Atualmente, estima-se que 25% dos portugueses sejam fumadores!

O impacto que o estilo de vida tem na saúde cardiovascular é inegável e é por isso que se torna tão importante combater estes fatores e todos os problemas que acarretam, como a diabetes mellitus, que afeta 13% dos portugueses, a hipertensão arterial (40%), e o colesterol (30%).

A prevalência da Insuficiência Cardíaca, que afeta 13% da população em Portugal com idade compreendida entre os 70 e os 79 anos, é uma das prioridades da Cardiologia nacional e está a aumentar de dia para dia. Se nada for feito no sentido de contrariar esta tendência, em 2030 terá atingido mais 33% dos portugueses.

É por isso fundamental que as pessoas saibam os riscos que correm e que reconheçam que existem fatores de risco que lhes cabem evitar e controlar, nomeadamente:

  • Colesterol;
  • Hipertensão Arterial;
  • Excesso de peso/ obesidade;
  • Diabetes Mellitus;
  • Alimentação;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Consumo de drogas;
  • Stress.

Estes pequenos passos estão ao alcance de todos e podem fazer a diferença! Lembre-se que, ao fazer mais pelo seu coração, está a fazer mais pela vida. Acha que é capaz? E o seu coração?

INE
A população em Portugal diminuiu em 2017, pelo nono ano consecutivo, uma vez que o número de mortes continua a ser superior ao...

Segundo as “Estatísticas Vitais”, do Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal teve um saldo natural negativo de 23.432 pessoas.

Em 2017, nasceram com vida (nados-vivos) 86.154 crianças de mães residentes em Portugal, menos 972 crianças relativamente ao ano anterior, o que representa um decréscimo de 1,1%.

Do total de nados-vivos, 54,9% nasceram “fora do casamento”.

O total de óbitos de pessoas residentes em território nacional foi de 109.586, representando uma redução de 0,9% (menos 987 óbitos) face a 2016.

Do total de óbitos, 54.987 foram de homens e 54.599 de mulheres e 85% das mortes foram pessoas com 65 e mais anos de idade.

 

 

 

Há mais de um milhão de asmáticos em Portugal
Assinala-se, no próximo dia 1 de Maio, o Dia Mundial da Asma. A primeira interrogação que nos ocorr

Mas tem toda a pertinência porque a asma brônquica continua a ser um importante problema de saúde pública, não só pela sua elevada prevalência como pela previsibilidade do seu aumento, sobretudo nos grupos etários mais jovens, à semelhança do que  acontece em muitos países. E, porque afetando a qualidade de vida e o bem estar dos doentes e suas famílias, tem um peso excessivo neles e nestas, bem como no Sistema de Saúde e na Sociedade.

Pode definir-se a asma como uma “doença” das vias aéreas, caracterizada por uma inflamação crónica que determina a sua obstrução, e se manifesta por pieira (“chiadeira” no peito ), dificuldade em respirar, sensação de opressão ou peso torácico e tosse, sintomas que podem variar no tempo e em intensidade .

Esta doença é apelidada de heterogénea por se poder apresentar de várias maneiras :

A mais facilmente reconhecida é a asma alérgica que, muitas vezes, se inicia nos primeiros anos de vida, e se relaciona com a inalação, ou ingestão, de substâncias que induzem a inflamação acima mencionada. A rinite alérgica coexiste, nestes doentes, com muita frequência, e podem sofrer, ou ter sofrido, de outras enfermidades do foro alérgico como, por exemplo, eczema atópico ou alergias alimentares. Nas  suas famílias  encontra-se, frequentemente, história de diversas alergias.

Mas, existem, também, asmas que não-alérgicas, ou que podem ser desencadeadas pelo  exercício; as que , por vezes, têm o seu início numa fase mais tardia da vida; as que estão associadas à obesidade, ou à ocupação; ou as asmas cuja obstrução se comporta de modo semelhante à obstrução dos fumadores, ou seja, sem reversibilidade , etc...

No asmático que  fuma pode haver uma associação das queixas de asma e doença pulmonar obstrutiva crónica (bronquite crónica e enfisema pulmonar).

Acresce que diversos fatores ambientais, como o fumo de tabaco, a poluição atmosférica, as infeções respiratórias, entre outros, podem contribuir para o desenvolvimento da asma ou para o seu agravamento .

O Inquérito Nacional para a Prevalência da Asma, que abrangeu o território de Portugal continental, indicou-nos existirem um pouco mais de um milhão de portugueses com asma,  cerca de 70% dos quais com queixas no último ano . E destes quase metade (43%) não tinham a sua asma controlada.

A asma está controlada quando, por ação dos tratamentos, os doentes podem ter uma qualidade de vida como se não tivesse doença, o que é possível obter numa percentagem muito elevada de casos.

Os tratamentos englobam diversos fármacos, que atuam na inflamação e na obstrução, as vacinas anti-alérgicas nos casos em que estão indicadas, intervenções que visam reduzir a exposição aos diversos irritantes e alergénios, a par do controlo de situações que ocorra em simultâneo como, por exemplo, a rinite alérgica.

O tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível e, na maioria dos casos, tem que se prolongar por vários  anos. De acordo com a evolução clínica de cada caso poderá variar na sua intensidade.

Convém, igualmente , recordar um velho aforismo: “nem tudo o que pia é asma “, para chamar a atenção para o facto de existirem muitas outras situações do foro respiratório que se manifestam por pieira, dificuldade em respirar e tosse .

Daqui a necessidade de procurar ajuda médica para a individualização da doença em causa e a adequação do respectivo tratamento.

Professor Doutor António Bugalho de Almeida
Pneumologista na Corclínica
Professor Catedrático Jubilado Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Burla
O Tribunal Judicial de Leiria começa a julgar na quarta-feira um médico, uma farmacêutica e o marido desta por alegadamente...

Em causa estão crimes de burla qualificada, corrupção e falsificação de documento, de acordo com o despacho de acusação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no qual estão elencadas as 8.659 receitas supostamente forjadas, de acordo com contas feitas pela agência Lusa.

O Ministério Público pede ainda que o médico e a farmacêutica, esta respondendo no processo também em representação da farmácia, localizada na Chamusca, distrito de Santarém, sejam condenados na pena acessória de interdição do exercício da função pública.

Segundo o despacho, de 537 páginas e emitido em 05 de junho de 2017, “pelo menos entre setembro de 2010 e dezembro de 2013” os arguidos “atuaram como um grupo, de forma concertada e organizada”, para “obterem elevadas vantagens patrimoniais ilegítimas, resultantes da obtenção fraudulenta de comparticipações de medicamentos pagas pelo SNS”.

A farmacêutica e marido aliciaram o clínico – que aceitou - “a emitir receitas médicas forjadas com prescrição de medicamentos que lhe indicassem, que estes posteriormente processariam simulando o seu aviamento” naquela farmácia, receitas que o médico emitiria no âmbito da sua atividade no setor privado – sobretudo em lares - e em instituição pública do SNS, concretamente no hospital de Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

O DCIAP explica que o “esquema fraudulento” passava pela obtenção de receitas forjadas emitidas pelo médico em nome de utentes do SNS “com prescrição de medicamentos selecionados, preferencialmente em função da elevada comparticipação do SNS no seu pagamento, em regra entre os 69% e os 100%”.

Simulado o aviamento das receitas na farmácia, seguia-se o pedido ao Centro de Conferência de Faturas do SNS do pagamento “da parte do preço dos medicamentos correspondente à comparticipação” e, após a receção dos “lucros indevidos”, estes eram distribuídos “entre todos eles”, adianta o despacho de acusação.

O DCIAP adianta que a seleção dos utentes do SNS em nome dos quais eram emitidas as receitas médicas forjadas “cabia a qualquer um dos arguidos”, enquanto a seleção dos medicamentos era feita pela farmacêutica e marido.

“Nas receitas forjadas que emitia, como se se tratasse de receitas médicas emitidas em consultório privado, [o médico] usava designadamente a identificação de utentes de lares onde prestava serviço”, refere o DCIAP.

Já nas receitas forjadas emitidas como se se tratasse de consultório público, o médico “usava também a identificação de utentes” do hospital de Caldas da Rainha, utilizando, principalmente nomes de doentes que “ali se dirigiram em episódios de urgências ou consulta externa e que foram por si atendidos a quem prescrevera anteriormente medicamentos por estes necessitados” e inscrevia nas receitas forjadas “medicamentos que aqueles utentes nunca tomaram”.

“A prescrição do receituário era feita pelo arguido (…) sem prévia existência de qualquer ato médico que o justificasse, com a medicação pré-definida nas listagens que recebia”, lê-se no documento, sustentando que na posse das receitas o casal simulava o seu aviamento na farmácia, “apondo no verso” as assinaturas/rubricas “como se dos utentes identificados nas receitas médicas ou pessoas em sua legítima representação” se tratasse.

O despacho acrescenta que “o que se pode constatar”, desde logo pela análise feita pela Unidade de Exploração de Informação do Ministério da Saúde, é que, “durante parte do período em que estes factos foram levados a cabo, os dez utentes” do médico “com maior número de receitas aviadas na farmácia” arguida aviavam habitualmente as suas receitas noutros locais.

O julgamento, por um tribunal coletivo, está previsto iniciar às 09:30 de quarta-feira.

Regulador
Os processos de autorização de celebração dos contratos de gestação de substituição pendentes vão ser extintos “por ter deixado...

Na qualidade de autoridade competente no âmbito da Procriação Medicamente Assistida (PMA), o CNPMA decidiu que “no que respeita aos processos de autorização de celebração dos contratos de gestação de substituição pendentes, por ter deixado de existir suporte legal, declarar extintos os referidos processos”.

A decisão foi tomada após análise do acórdão do Tribunal Constitucional (TC) que declarou, com força obrigatória geral, a inconstitucionalidade de vários normativos da Lei da PMA.

Na sequência da decisão do TC no sentido da “eliminação do regime da confidencialidade dos dadores terceiros”, o CNPMA manifestou “múltiplas dúvidas e reservas”.

O CNPMA manifesta as suas dúvidas e reservas em relação a “medidas a tomar relativamente aos tratamentos em curso” e sobre “o destino a dar aos embriões criopreservados produzidos com recurso a gâmetas de dadores anónimos”.

O “destino a dar aos embriões criopreservados para os quais foi prestado consentimento para doação anónima a outros beneficiários”, bem como “o destino a dar aos gâmetas criopreservados doados em regime de anonimato”, são outras das questões que levanta dúvidas e reservas ao CNPMA, que esteve hoje reunido.

O regulador desta área alerta ainda para “a compatibilização do direito das pessoas nascidas com recurso a gâmetas ou embriões doados em regime de anonimato com o direito dos dadores à manutenção do sigilo quanto à sua identidade civil legalmente consagrado à data da doação” e a “criação de uma discriminação injustificada entre pessoas já nascidas de dádivas recolhidas em Portugal e as provenientes de países em que vigora o regime de anonimato dos dadores”.

“A redução significativa dos potenciais dadores com repercussões negativas para os beneficiários” e as “consequências sobre as autorizações de importação já concedidas pelo CNPMA” são outras das situações para o CNPMA chama a atenção, num comunicado a que a Lusa teve acesso.

 

Desinfestação condiciona funcionamento
A presença de piolho do pombo no internamento da unidade coronária do Hospital de Faro levou ao seu encerramento, no sábado,...

A Lusa teve conhecimento de que haveria unidades fechadas no hospital de Faro devido à existência de piolhos e questionou o CHUA sobre a matéria, tendo fonte do centro Hospitalar reconhecido a existência de piolhos “provenientes do exterior” e a necessidade de deslocar os utentes para outra zona do hospital de Faro para continuarem a receber os cuidados necessários.

“Durante as limpezas diárias de ontem [sábado] foi detetada a presença de piolho de pombo, proveniente do exterior, no internamento da unidade coronária, pelo que se decidiu encerrar a unidade para proceder imediatamente ao processo de desinfestação e limpeza necessárias”, respondeu o CHUA por escrito.

A mesma fonte garantiu que os “doentes internados nesta unidade foram deslocalizados para outra enfermaria” e “continuarão a receber todos os cuidados necessários”, mas não precisou quantos doentes foram afetados.

O CHUA assegurou também que “não foi posta em causa, em nenhum momento, a saúde ou a segurança dos mesmos” utentes.

A fonte do centro hospitalar do Algarve, que além de Faro inclui também os hospitais de Portimão e Lagos, não esclareceu quanto tempo o serviço em causa vai estar encerrado, apenas adiantando que "o serviço será reaberto logo terminem os trabalhos de limpeza”.

Na origem da presença de piolho do pombo no hospital está, segundo o CHUA, “a existência de um grande número de pombos na cidade de Faro, nomeadamente nas imediações da Unidade Hospitalar”.

“É uma situação que o Centro Hospitalar vem a tentar resolver, nos últimos anos, junto do município e da autoridade de Saúde por forma a evitar que situações como esta ocorram”, justificou ainda a mesma fonte.

 

Doentes imunodeprimidos
O Infarmed garantiu em comunicado que o acesso ao antibiótico pediátrico Bactrim está garantido, apesar de a farmacêutica...

A Roche, a farmacêutica que produz o Bactrim, suspendeu a produção do medicamento, quer na vertente pediátrica, quer na vertente para adultos.

“Esta decisão abrange a fórmula utilizada em adultos, mas é particularmente relevante na que é utilizada na população pediátrica, para a qual existia uma versão em xarope que não tem alternativa no mercado”, refere o Infarmed em comunicado.

A agência nacional garante, no entanto, que o tratamento das crianças não está em causa, tendo autorizado todos os pedidos excecionais de utilização do medicamento submetidos pelos hospitais, que podem assim garantir o acesso ao medicamento através da importação a partir de países que comercializem alternativas.

“O Infarmed avançou de imediato com a concessão de Autorizações de Utilização Excecional (AUE) a todos os hospitais que submeteram esses pedidos, e continuará a autorizá-los sempre que for solicitado”, esclareceu a agência no comunicado.

O Infarmed refere ainda que a farmacêutica se disponibilizou para ajudar no processo de transição e “se prontificou a importar este medicamento de outro país europeu em quantidades suficientes para dar resposta a curto prazo aos doentes imunodeprimidos (prioritariamente) e sem custos para os hospitais”.

O jornal Expresso noticiou hoje que a descontinuação deste medicamento apanhou os médicos desprevenidos, segundo revelou ao semanário Nuno Miranda, coordenador do Plano Nacional de Prevenção das Doenças Oncológicas, mas a farmacêutica garante que comunicou ao Infarmed no início do ano o fim da comercialização.

A toma do xarope pediátrico é particularmente importante para crianças imunodeprimidas, com o sistema imunitário enfraquecido, devido a doenças como o cancro, ou infeção por HIV.

 

Escabiose é contagiosa
O Hospital São João, no Porto, detetou na semana passada casos de sarna em três doentes internados num serviço e admite que a...

A escabiose, ou sarna, é uma das doenças parasitárias humanas mais frequentes e é contagiosa, tendo tratamento.

“Neste momento, não há razão para medidas adicionais, não sendo este tipo de situação motivo para encerramento de espaços ou unidades”, afirma o Hospital São João, numa nota enviada à agência Lusa.

Segundo o hospital, esta semana foram detetados num serviço médico três casos de escabiose em doentes internados. Verificou-se também a transmissão a alguns profissionais de saúde desse serviço, mas o hospital não especifica quantos profissionais.

“Imediatamente após o diagnóstico foram implementadas todas as medidas de controlo de infeção preconizadas e foi instituído tratamento adequado desses doentes”, refere o hospital.

A unidade hospitalar lembra que um doente pode transmitir a infeção antes mesmo de apresentar com sintomas, podendo por isso ocorrer transmissão a outros doentes ou profissionais durante a fase pré-diagnóstico.

“Foi ativado o protocolo institucional de atuação para estas situações incluindo as medidas de controlo de transmissão, o tratamento de todos os profissionais e dos doentes, bem como a procura ativa para deteção precoce de quaisquer novos casos”, adianta a nota.

A sarna humana ou escabiose é uma doença cutânea contagiosa, causada por um parasita. Entre os sintomas estão geralmente a comichão ou prurido, sobretudo durante a noite. Surgem também erupções cutâneas.

 

 

Despesas aumentam
O Conselho Superior de Supervisão da ADSE alerta para a perda de sustentabilidade do subsistema de saúde dos funcionários...

Se não se inverter a atual situação, de aumento de despesas e perda de receitas, a ADSE caminhará “rapidamente para uma situação de insustentabilidade”, diz o Conselho.

Num parecer sobre as contas do exercício de 2017 da ADSE, aprovado por unanimidade na quinta-feira e hoje divulgado, o Conselho explica que a ADSE tinha 492 milhões de euros, mas um passivo de 274 milhões em faturas não pagas.

Portanto “restam apenas 218 milhões” à ADSE, nota o Conselho.

No ativo do balanço, nota a entidade, há a conta “dívidas de terceiros – clientes c/c” com um valor de quase 212 milhões, dos quais 32 milhões se referem a dívidas das autarquias e 180 milhões a dívidas de “clientes esporádicos”.

“A recuperação destas dívidas depende de decisões políticas. Se não fossem dívidas do Estado a ADSE certamente seria obrigada a constituir uma provisão. Se a ADSE não conseguir recuperar estas dívidas, estes montantes terão de ser abatidos, com perdas efetivas para a ADSE, com consequências graves na sustentabilidade da ADSE”, lê-se no parecer.

Da análise das contas da ADSE o Conselho resume que em 2017 os custos com os regimes convencionado e livre atingiriam 557 milhões de euros, a que se juntam mais cinco milhões com custos com pessoal, o que dá quase 563 milhões. As receitas foram de 573 milhões, do que resulta “um excedente de apenas 10,97 milhões de euros”.

Mas além desta receita, diz-se ainda no documento, a ADSE arrecadou no ano passado mais 44 milhões de reembolsos de autarquias e mais 23 milhões de dividas do Estado (embora não recebidos).

Se tivesse sido eliminado o reembolso das autarquias, e transferido para a ADSE o custo do regime livre dos trabalhadores das autarquias, a ADSE tinha registado no ano passado um prejuízo de quase quatro milhões de euros, sem contar com os 23 milhões de euros das dívidas de “difícil cobrança” do Estado, alerta-se no parecer.

E alerta-se também para a tendência de agravamento da situação, “mesmo a curto prazo”, se o ritmo de crescimento dos custos com a saúde dos beneficiários não for contido, porque é muito superior ao aumento das receitas.

O Conselho Geral de Supervisão recomenda que se dote a ADSE de “meios humanos indispensáveis a um controlo eficaz da despesa, combatendo os consumos excessivos e desnecessários, o desperdício e a fraude”, para melhor utilização de recursos e contenção do elevado crescimento de custos, já que caso contrário se caminhará “rapidamente para uma situação de insustentabilidade”.

E recomenda que sejam pagas as dívidas à ADSE, e que “conjuntamente com o Governo, no quadro da diminuição da receita (reembolso do regime convencionado) e de aumento de custos (pagamento pela ADSE dos custos do regime livre), se encontre uma solução que compense a ADSE”.

 

Estudo
Mais de 220 mil reações adversas a medicamentos foram registadas em ambiente hospitalar em Portugal entre 2000 e 2015, segundo...

No estudo, destacado na edição de hoje da “Infarmed Newsletter”, os autores analisam a base de dados dos Grupos de Diagnósticos Homogéneos (sistema de classificação de doentes) e procuram estimar a frequência e o impacto dos eventos adversos nos hospitais públicos.

Foram contabilizadas 15 milhões de hospitalizações nos 15 anos em análise, constatando-se que 5,8% dessas hospitalizações (860 mil) tinham no mínimo um evento adverso associado, e que 1,5% (220 mil) estavam associadas a pelo menos uma reação adversa a medicamento.

“Este número é seis vezes superior às notificações registadas no âmbito do Sistema Nacional de Farmacovigilância para igual período, 34 mil notificações”, afirma-se na “newsletter” do Infarmed, concluindo-se que apesar de limitações metodológicas do estudo se confirma “que a subnotificação de reações adversas a medicamentos em Portugal é uma realidade significativa”.

No estudo os eventos adversos foram divididos em cinco tipos: incidentes na prestação de cuidados médicos ou cirúrgicos, complicações decorrentes de cuidados médicos ou cirúrgicos, intoxicações, reações adversas a medicamentos, e efeitos tardios.

Os autores do estudo sublinham também que os eventos adversos mais comuns são as complicações decorrentes de procedimentos médicos ou cirúrgicos e reações adversas a medicamentos, ambos com uma tendência crescente de ocorrência desde o ano 2000.

Entre 2000 e 2015, as complicações decorrentes de cuidados médicos ou cirúrgicos aumentaram 111%, os incidentes na prestação de cuidados médicos ou cirúrgicos aumentaram 120%, as reações adversas a medicamentos e efeitos tardios aumentaram 275%, e as intoxicações 27%.

Os autores, Bernardo Sousa-Pinto, Bernardo Marques, Fernando Lopes e Alberto Freitas, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e do CINTESIS - Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, do Porto, admitem que esses aumentos também estejam relacionados com melhorias nos Grupos de Diagnóstico Homogéneos.

 

Estudo
A maioria dos enfermeiros inquiridos num estudo muda de farda a cada dois turnos, 86% lava-a na lavandaria da instituição e 62%...

O estudo, realizado entre 06 de março e 27 de maio de 2017 e visou compreender a gestão da farda clínica usada por enfermeiros em serviços de medicina interna de um hospital da região centro, envolveu 50 enfermeiros e avaliações microbiológicas de 300 amostras referentes às mãos, farda clínica e material clínico de bolso destes profissionais.

Quando questionados relativamente aos locais onde habitualmente usam a farda clínica, todos os enfermeiros identificaram a unidade onde prestam cuidados, seguido de 62% em outras unidades de cuidados, o bar com 58%, os serviços de apoio com 50% e as áreas administrativas com 46%, adianta o estudo apresentado hoje no V Congresso dos Enfermeiros, que decorre até domingo em Lisboa.

Relativamente à frequência com que mudam de fardas, 56% dos enfermeiros disseram que o fazem a cada dois turnos, 28% a cada três turnos e 6% a cada turno.

Quase a totalidade dos inquiridos apontou “sujidade” como o principal motivo para trocar de farda, seguido do risco de contaminação cruzada para o utente/profissional, uma vez que se trata de um equipamento de proteção individual.

No que se refere ao local de higienização das fardas, a maioria apontou o hospital (86%), enquanto 14% disseram que a lavam em casa, alegando a falta de fardas para utilização no turno seguinte como fator determinante para esta prática e adiantando que a lavam separadamente da restante roupa e a altas temperaturas.

Na avaliação microbiológica, verificou-se a presença de bactérias em 80% das fardas, refere o estudo, adiantando que os ‘staphylococcus coagulase positivos’ foram as estirpes bacterianas com maior representatividade (44% na zona abdominal e 54% no bolso da farda).

Questionados sobre o conhecimento de normas específicas relativas à gestão da farda, 70% disseram não ter acesso a qualquer tipo de orientação (50% desconhece e 20% refere não existir), dados que revelam “uma lacuna na gestão do conhecimento existente nos contextos institucionais e unidades visadas, uma vez que poderá colocar em risco os profissionais de saúde e os utentes”.

Perante estes resultados, o estudo afirma que “emerge a necessidade de elaboração de normas” para que os profissionais “atuem de forma informada e exista uma sensibilização, consciencialização e responsabilização dos profissionais e figuras de gestão”.

“A potencial contaminação microbiológica da farda clínica dos enfermeiros afigura-se como um desafio ainda atual, constituindo um reservatório em constante mobilidade intrainstitucional e em contacto com diversos utentes, profissionais de saúde e superfícies hospitalares”, adverte.

Salienta ainda que estes profissionais ocupam “uma posição privilegiada na melhoria dos cuidados”, recaindo sobre eles “uma responsabilidade acrescida na adoção de boas-práticas e prevenção e controlo de infeções associadas aos cuidados de saúde”.

O estudo ressalva que os dados referentes à gestão da farda baseiam-se na perceção dos profissionais, e podem não corresponder às práticas habituais em contexto clínico, aconselhando a realização de novos estudos que incorporem uma componente observacional.

Administração Regional de Saúde
As taxas de vacinação na região Centro "satisfazem completamente", afirmou hoje o diretor do Departamento de Saúde...

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) atingiu a maioria das metas a que se propôs em 2017, conseguindo resultados iguais ou superiores a 96% nas vacinas administradas na infância e juventude, com exceção da vacina contra o vírus do papiloma humano, cuja meta para 2017 - que foi atingida - era de alcançar uma taxa igual ou superior a 89%.

Apenas a vacina contra a poliomielite dos quatro aos sete anos de idade (atingiu 96% e a meta era de 97%) e a vacina pneumocócica (atingidos 97% e a meta era 98%) ficaram aquém das metas estipuladas para o ano passado pela ARSC.

"As taxas satisfazem completamente, porque são a consequência de um trabalho de uma organização, de um conjunto de profissionais, com resultados consolidados, mas também responsabilizantes", comentou o diretor Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), João Pedro Pimentel.

Os resultados atingidos obrigam a entidade "a manter estas taxas de cobertura que apontam para uma imunidade de grupo muito interessante".

Um dos principais objetivos tem a ver com algumas assimetrias verificadas, sendo necessário "apostar na pesquisa ativa de bolsas suscetíveis e não vacinadas" em unidades de saúde com menores taxas de cobertura, considerou.

Para além disso, há o "desafio permanente" de aumentar a vacinação contra a gripe por parte dos profissionais de saúde.

"Não temos valores que nos agradem, mas têm melhorado", constatou João Pedro Pimentel, que falava à agência Lusa à margem de uma sessão comemorativa da Semana Europeia da Vacinação, promovida pela ARSC e pela Direção-Geral de Saúde, em Coimbra.

A partir de 2021
Os doentes portugueses com cancro vão poder ser tratados de forma mais eficaz e sem efeitos secundários com tecnologia nuclear...

Manuel Heitor falava aos jornalistas no Instituto Tecnológico e Nuclear, na Bobadela, concelho de Loures, onde deverá ser feito um investimento de 100 milhões de euros em cinco anos, vindos de fundos europeus e emprestados pelo Banco Europeu de Investimento.

"Hoje, as ciências e tecnologias nucleares permitem curar o cancro", afirmou o ministro após a assinatura de um protocolo com a Agência Internacional de Energia Atómica, no local onde há 57 anos se investiga e trabalha no nuclear, principalmente no reator experimental que o governo e o Instituto Superior Técnico decidiram fechar.

O trabalho nesta área será "reorientado para a saúde", nomeadamente na tecnologia de feixes de protões que "podem ser concentrados num tumor para curar e tratar cancros, sobretudo em doentes jovens e crianças", disse Manuel Heitor.

Será a primeira clínica com esta terapia no sul da Europa e Portugal quer conseguir prolongar a vida a pelo menos três em cada quatro doentes oncológicos.

A Fundação para a Ciência e Tecnologia irá formar médicos e cientistas para poderem usar a tecnologia na clínica, que terá que ser construída de raiz.

Segundo uma nota do ministério da Saúde, a terapia de protões "permite o tratamento eficaz de múltiplas tipologias de cancro, reduzindo eventuais efeitos secundários relativamente a tratamentos baseados em tecnologias mais convencionais, permitindo minimizar as lesões em tecidos saudáveis circundantes dos tumores".

"Prevê-se que venha a ser possível tratar cerca de 700 doentes por ano com feixe de protões, selecionados de acordo com as melhores práticas internacionais", acrescenta-se na nota do gabinete de Adalberto Campos Ferreira.

Saiba mais
Alivia o stress, combate a ansiedade e a depressão.

A dança é uma atividade física que consiste em realizar uma série de passos coordenados, ou não, seguindo um ritmo musical, sendo por isso muito fácil de praticar por qualquer pessoa independentemente da idade, agilidade ou tipo de corpo. Pode dançar qualquer estilo ou género musical, não importa como o faz! Dançar é um bom exercício até mesmo para pessoas fisicamente pouco ativas.

A dança é uma forma de socialização que aproxima as pessoas e permite conhecer indivíduos de diferentes culturas ou de diferentes origens. É uma forma de fazer amigos, de se sentir livre, de conhecer o corpo e de aprender a expressar-se através dele. Trabalha a cooperação, a disciplina e desenvolve sentimentos de consideração e respeito pelo próximo.

Estando em dúvida sobre qual a atividade a escolher para acabar com o sedentarismo, a dança é uma excelente opção, já que permite escolher o ritmo e tempos mais adequados a cada um e existem uma infinidade de estilos como zumba, ballet, dança de salão, pop, hip hop, salsa, jazz, flamenco, entre outros.

Ao praticar qualquer atividade física, o cérebro liberta uma substância chamada serotonina, que é um neurotransmissor responsável pela sensação de alívio, relaxamento e bem-estar. Ao haver libertação de serotonina verificam-se ainda alterações no humor e na qualidade do sono.

Dançar duas vezes por semana pode reduzir significativamente os níveis de cortisol, uma substância também conhecida por hormona do stress. Para quem anda frequentemente tenso e stressado, a dança pode ser muito benéfica para que se sinta mais relaxado e feliz.

As aulas de dança proporcionam momentos de diversão e convívio, pelo que a prática de dança em grupo tem ainda mais vantagens. Quem a pratica desliga-se dos seus problemas e a dança funciona quase como uma terapia que aumenta o bem-estar e a auto-estima.

A dança promove um aumento da qualidade de vida e da saúde psicológica. Muitos praticantes apresentam ao longo do tempo menores sintomas depressivos e maior vitalidade. Para pessoas mais tímidas é difícil libertarem-se ao início, mas quando o fazem, verifica-se um aumento da auto-estima e da confiança em si mesmo e nas suas capacidades. Esta atividade promove também o desenvolvimento da atenção, raciocínio e memória. O hipocampo, que é a parte do cérebro que controla a memória, vai encolhendo de forma natural durante o final da vida adulta, o que leva muitas vezes à perda de memória e até mesmo à demência. No entanto, já existem estudos que revelam que é possível reverter a perda de volume do hipocampo, sendo que a dança pode ser uma boa aliada nesta tarefa.

A dança melhora as relações interpessoais, e é uma excelente forma de superar a solidão e a timidez, estabelecendo novas relações, reduzindo o stress, favorecendo o relaxamento, libertando tensões, a ansiedade e depressão. Ajuda a expressar emoções e a canalizar a adrenalina. Promove ainda a auto-confiança e a clareza de pensamento.

Para além de todos os benefícios físicos ou psicológicos, o melhor da dança é a boa disposição. É praticamente impossível dançar sem sorrir. Quando dança, a mente e o corpo concentram-se unicamente nesta divertida actividade física. A pessoa consegue, ainda que por momentos, libertar-se de todos os problemas e focar-se apenas na diversão.

Ser feliz é o que faz a vida valer a pena. Tudo o resto é puro detalhe. A dança ensina-nos que nada é impossível e que cada pessoa é única. Quando superamos o medo de sermos nós mesmos, tudo fica mais pequeno e mais simples. Arrisque e faça a vida valer a pena!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Comissão Europeia
Os Estados-membros da União Europeia aprovaram hoje uma proposta que proíbe o uso ao ar livre de inseticidas danosos para as...

O Comité Permanente da Cadeia Alimentar e da Saúde Animal, onde estão representados todos os Estados-membros, deu luz verde à proposta de restrição do uso de três substâncias prejudiciais para as abelhas conhecidas como neonicotinóides: imidacloprid, clotianidina e tiametoxam.

A sua utilização é proibida a não ser em estufas onde não ocorra exposição de abelhas aos produtos.

A proposta apresentada ao comité teve como objetivo a proteção das abelhas, da biodiversidade, da produção alimentar e do ambiente.

A proposta será formalmente aprovada por Bruxelas nas próximas semanas e entrará em vigor no final do ano.

Diário da República
Os enfermeiros especialistas que desempenham estas funções vão começar a receber um suplemento remuneratório de 150 euros, com...

De acordo com o decreto-lei, este suplemento remuneratório vai ser atribuído pelo menos “até uma próxima revisão das carreiras de enfermagem que reavalie as funções dos enfermeiros habilitados com o título de enfermeiro especialistas e a respetiva valorização”.

O suplemento só será atribuído aos enfermeiros que, detentores do título de enfermeiro especialista, estejam a exercer as respetivas funções e que estas estejam previstas “na caracterização dos postos de trabalho dos respetivos mapas de pessoal”.

Este decreto-lei entra em vigor sábado e produz efeitos desde 01 de janeiro de 2018.

Congresso Português de Cardiologia
CPC2018, o Congresso sem lema, mas com muitos desígnios, onde a informalidade, a celebração do conhecimento e o rigor se...

Entre os dias 28 e 30 de abril, o Palácio de Congressos do Algarve, na Herdade dos Salgados – Albufeira, acolherá aquele que é o maior palco da Cardiologia portuguesa: o Congresso Português de Cardiologia (CPC). O Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, João Morais, refere-se ao CPC como “o coração e os pulmões da SPC”, considerando este evento o ponto alto da vida científica desta sociedade. “Inclusivo, informal e promotor de boa ciência,” é a tríade deste ano, como desvenda o Presidente do CPC2018, Marco Costa.

Se este evento promete dar continuidade à excelência com que o Congresso Português de Cardiologia nos tem vindo a brindar, também será pautado por novidades onde a informalidade, talvez seja o único lema que este congresso sem lema terá. As gravatas não são bem-vindas, as filas muito menos e os atrasos não terão desculpas. Concretamente, o CPC terá um Check-in eletrónico, permitindo a cada congressista fazer o seu próprio check-in e, para que os tempos das apresentações sejam respeitados, teremos uma espécie de countdown do tempo, findo o qual as apresentações “sofrerão” um blackout. As sessões também não terão mesas de presidência, de forma a promover uma maior proximidade entre os palestrantes e a audiência. O CPC2018 será, ainda, ambientalista e digital. Para além da Aplicação Mobile, a APP CPC2018-2019, este ano os congressistas serão dispensados de pastas.

Serão 3 dias de intensa circulação de conhecimento científico. Nesta reunião estarão presentes algumas das maiores figuras da Cardiologia internacional para debater, entre outros tópicos, os dois temas que mais atenção têm merecido por parte da SPC e da Cardiologia portuguesa: a Insuficiência Cardíaca e a Morte Súbita. Haverá igualmente lugar à partilha de conhecimento e à divulgação de novos estudos e procedimentos, num ambiente que se quer de networking e de união em torno de um objetivo único, que é o de melhorar a qualidade da saúde cardiovascular dos portugueses. Prova disso é, pois, a joint session entre a SPC e o ACC (American College of Cardiology), em que vão ser debatidas as questões em aberto na cardiologia atual. De destacar, igualmente, a transmissão de procedimentos invasivos em direto, os “live-cases”, nas áreas da Aritmologia e da Cardiologia de Intervenção.

Este é, portanto, um momento de celebração do que de melhor se faz na Cardiologia mundial, permitindo que mais centros e especialistas aprendam com os melhores. O formato e a dinâmica destas sessões, a atualização de conhecimentos e o clima de convívio são os pontos destacados pelos participantes portugueses, cujas expectativas são bastante elevadas e onde o encontro entre especialidades marcará presença. A este nível terá especial enfoque o Ciclo de Atualização em Cardiologia direcionado para a Medicina Geral e Familiar, onde os congressistas poderão rever, com os seus 8 módulos, as principais áreas temáticas da Medicina Cardiovascular.

Mais de 30 especialistas internacionais irão compor o programa deste ano que conta com cerca de uma centena de sessões científicas e mais de 2500 congressistas. Teremos 3 sessões de homenagem, sessões “Meet-the-Legend”, destinadas a homenagear grandes vultos da Cardiologia mundial, que este ano incluem SalimYusuf, Lars Wallentin e um português bem conhecido de todos: Ricardo Seabra-Gomes. Salim Yusuf, Cardiologista e Epidemiologista de renome mundial, e antigo presidente da World Heart Federation, falará no CPC 2018 sobre os progressos das últimas duas décadas na redução da carga global das doenças cardiovasculares e Lars Wallentin, reconhecido mundialmente como um dos principais líderes de opinião na doença coronária, abordará um dos hot topics atuais na sua conferência "Da medicina baseada na evidência à medicina personalizada."

O Presidente do CPC2018, Marco Costa, refere que o congresso estará este ano mais centrado que nunca no seu programa científico, será mais informal e inclusivo e, por isso, será um momento único para que os congressistas se “divirtam a aprender boa ciência”.

João Morais vai mais longe e identifica mesmo este congresso como um momento de festa, entre outras razões, por ser uma oportunidade para distinguir alguns sócios da SPC e serem atribuídas bolsas e prémios, dando visibilidade a nomes e procedimentos, “para que todos saibam o que cada um faz.” Destaca ainda um espaço no congresso deste ano que é um autêntico Speakers Corner da Cardiologia Nacional onde os serviços hospitalares podem partilhar os seus projetos e iniciativas, nas sessões “No meu serviço ando a fazer…”

Não há razão alguma que justifique faltar a um evento como este onde, até o Governo Sombra quis ir. Dia 27 são todos bem-vindos a um live (não é case, mas cases) deste governo que, em palco de cardiologistas, provocará muitas arritmias.

Campanha “Corações de Amanhã” é oficialmente lançada
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular vai lançar amanhã a campanha “Corações de Amanhã”, uma iniciativa de...

“Com esta campanha pretende-se unir esforços entre a comunidade médica, os doentes, cuidadores e familiares, as entidades de saúde e a sociedade civil, para a melhoria da qualidade de vida da população mais sénior, no sentido de promover o diagnóstico e tratamento precoce da estenose aórtica”, explica Rui Campante Teles, coordenador da iniciativa europeia Valve For Life, que promove em Portugal a campanha Corações de Amanhã.

A estenose aórtica é uma doença que se carateriza pelo estreitamento da válvula aórtica, impedindo o correto fluxo sanguíneo para fora do coração. Limitadora das capacidades e qualidade de vida, esta condição afeta cerca de 32 mil portugueses, maioritariamente pessoas acima dos 70 anos.

“Os sintomas da estenose aórtica (cansaço, dor no peito e desmaios) são muitas vezes desvalorizados pelas pessoas, pois podem ser interpretados como sendo próprios da velhice, o que acaba por adiar o encaminhamento para o cardiologista de intervenção. Acreditamos que com esta campanha vamos conseguir promover o conhecimento e compreensão sobre a estenose aórtica e os seus sintomas”, refere Lino Patrício, presidente da iniciativa Válvula para a Vida, também responsável pela campanha.

O lançamento oficial desta campanha está marcado para as 9h30 de amanhã no decorrer da sessão “Os Corações de Amanhã: combate à epidemia da doença valvular cardíaca”, mesa redonda integrada no programa do Congresso Português de Cardiologia.

Para mais informações sobre a campanha “Corações de Amanhã” consulte: www.coracoesdeamanha.pt

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular, uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular.

Páginas