Depois de ter entregue uma petição com cerca de sete mil assinaturas para implementar o Dia da Esperança em Portugal, a Delegação do Dia da Esperança, do IPO-Porto, voltou, no dia 13 de março, à Assembleia da República, para explicar melhor o movimento e quais as suas motivações. O projeto acabou por obter um parecer positivo por parte dos Deputados da Comissão da Saúde e segue agora para plenário.
Laranja Pontes, Presidente do Conselho de Administração do IPO-Porto, explicou, no decorrer da reunião, que “Mais que um movimento promovido pelo IPO-Porto e pela sua equipa, este é um movimento de literacia para a saúde, bastante focado nos aspetos positivos que celebram a vida. O principal objetivo deste projeto passa por aumentar o conhecimento e a consciência nacional da investigação clínica e por motivar as pessoas a serem participantes ativos no desenvolvimento da ciência médica. Para o IPO do Porto, os ensaios clínicos são uma janela de esperança para o doente com cancro e é por isso que sentimos a necessidade de alterar o paradigma da recetividade da sociedade.”
Por sua vez, a equipa de Deputados da Assembleia da República da Comissão da Saúde, em consenso, referiu que “É bastante claro o contributo deste movimento para melhoria dos cuidados de saúde dos doentes com cancro e para a consciencialização da população para o tema. Conseguimos identificar uma perspetiva de futuro no movimento tendo por isso todo o nosso apoio para avançar em plenário.”
A equipa promotora do movimento, presente ontem na Assembleia da República e ouvida pela Comissão da Saúde, foi constituída por Dr. Laranja Pontes, Presidente do Conselho de Administração do IPO-Porto, Dr. José Dinis, Coordenador da Unidade de Ensaios Clínicos, Dra. Assunção Tavares, Médica no Serviço de Psico-Oncologia, Dra. Susana Duarte, Presidente da A.A.P.C. - Associação de Apoio às Pessoas com Cancro - e por Fátima Pinheiro, doente de cancro.
Desde 2015 que o IPO-Porto celebra, no primeiro dia da primavera, a Esperança. Numa iniciativa de portas abertas à sociedade, que conta com o apoio da Roche e que é protagonizada por profissionais de saúde, utentes do hospital, entidades oficiais, figuras públicas e muitos anónimos. Este ano a equipa quer fazer a diferença e alargar a iniciativa a uma escala nacional.