Assembleia da República
O movimento, que nasceu no IPO-Porto e que já mobilizou cerca de sete mil pessoas, obteve parecer positivo da Comissão da Saúde...

Depois de ter entregue uma petição com cerca de sete mil assinaturas para implementar o Dia da Esperança em Portugal, a Delegação do Dia da Esperança, do IPO-Porto, voltou, no dia 13 de março, à Assembleia da República, para explicar melhor o movimento e quais as suas motivações. O projeto acabou por obter um parecer positivo por parte dos Deputados da Comissão da Saúde e segue agora para plenário.

Laranja Pontes, Presidente do Conselho de Administração do IPO-Porto, explicou, no decorrer da reunião, que “Mais que um movimento promovido pelo IPO-Porto e pela sua equipa, este é um movimento de literacia para a saúde, bastante focado nos aspetos positivos que celebram a vida. O principal objetivo deste projeto passa por aumentar o conhecimento e a consciência nacional da investigação clínica e por motivar as pessoas a serem participantes ativos no desenvolvimento da ciência médica. Para o IPO do Porto, os ensaios clínicos são uma janela de esperança para o doente com cancro e é por isso que sentimos a necessidade de alterar o paradigma da recetividade da sociedade.”

Por sua vez, a equipa de Deputados da Assembleia da República da Comissão da Saúde, em consenso, referiu que “É bastante claro o contributo deste movimento para melhoria dos cuidados de saúde dos doentes com cancro e para a consciencialização da população para o tema. Conseguimos identificar uma perspetiva de futuro no movimento tendo por isso todo o nosso apoio para avançar em plenário.” 

A equipa promotora do movimento, presente ontem na Assembleia da República e ouvida pela Comissão da Saúde, foi constituída por Dr. Laranja Pontes, Presidente do Conselho de Administração do IPO-Porto, Dr. José Dinis, Coordenador da Unidade de Ensaios Clínicos, Dra. Assunção Tavares, Médica no Serviço de Psico-Oncologia, Dra. Susana Duarte, Presidente da A.A.P.C. - Associação de Apoio às Pessoas com Cancro - e por Fátima Pinheiro, doente de cancro.

Desde 2015 que o IPO-Porto celebra, no primeiro dia da primavera, a Esperança. Numa iniciativa de portas abertas à sociedade, que conta com o apoio da Roche e que é protagonizada por profissionais de saúde, utentes do hospital, entidades oficiais, figuras públicas e muitos anónimos. Este ano a equipa quer fazer a diferença e alargar a iniciativa a uma escala nacional.

Saúde
Provar pão com menos sal, assistir ao trabalho dos enfermeiros no centro SNS 24 ou ver como funciona a receita eletrónica numa...

O evento que decorre até 23 de março apresenta-se como um meio para promover “o que de melhor se faz em Portugal na área do 'ehealth' (informática aplicada à saúde)”, conforme explicou o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), organizador do evento.

O 'Portugal eHealth Summit' reúne tecnologia e inovação em saúde, com um objetivo: “Encontrar as melhores respostas e soluções para os cidadãos, profissionais e instituições de saúde”.

Segundo Henrique Martins, esta segunda edição do evento pretende repetir e aumentar o sucesso do primeiro, que contou com 10 mil visitantes.

O presidente do SPMS não esconde a ambição de transformar este encontro no maior do mundo no género, até 2020.

Para esta edição estão inscritos 5.000 pessoas, dois espaços, 90 expositores, cinco entidades de saúde, 70 empresas tecnológicas, dez empresas farmacêuticas e cinco consultores.

Irão ser apresentadas 45 ´startups`, entre as quais 17 projetos dos SPMS.

O encontro vai contar com 200 oradores, estando envolvidos cinco ministérios.

“Queremos que as pessoas vejam o setor público como também capaz de inovar”, disse Henrique Martins, acrescentando que “o público alvo é toda a gente”, dos utentes aos profissionais de saúde, entidades e empresas do setor.

Henrique Martins acredita que neste encontro “há espaço para todos os portugueses aprenderem alguma coisa sobre saúde”.

A organização acredita que esta segunda edição vai contar com 15 mil visitantes.

 

Plano Nacional de Vacinação
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, manifestou-se preocupado com o “pequeno surto de sarampo”, apelando à...

“É uma situação que também preocupa a Ordem dos Médicos (OM)”, afirmou Miguel Guimarães, no Porto, à margem de uma reunião com o líder do PSD, Rui Rio.

O bastonário destacou que o Plano Nacional de Vacinação (PNV) é “uma medida de saúde pública das mais importantes na história da medicina”, que permite “salvar milhões de vidas em todo o mundo, todos os anos”.

Afirmando estar “seguro” de que a Diretora Geral da Saúde "está em cima de todos os acontecimentos”, o bastonário disse ser “fundamental” cumprir o PNV, pois “mais uma vez” este “pequeno surto” está “relacionado com a não vacinação”.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou na terça-feira que foram notificados na região norte dois casos de sarampo confirmados, existindo outros doentes com sinais e sintomas, mas que ainda estão em investigação, sendo aguardados os resultados laboratoriais.

“Foram notificados na região norte dois casos de sarampo, aparentemente não relacionados, confirmados laboratorialmente em adultos não vacinados”, referiu a Direção-Geral da Saúde, em comunicado.

De acordo com a DGS, também na região norte estão em investigação outros doentes com sinais e sintomas clínicos, de início súbito, incluindo exantema (erupção cutânea), dores musculares e cansaço, explicando que os resultados laboratoriais são confirmados no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

A DGS lembrou que o sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave, principalmente em indivíduos não vacinados, explicando que atualmente se verificam surtos de sarampo em alguns países europeus devido à existência de comunidades não vacinadas.

O sarampo provocou 35 mortes no ano passado, incluindo uma em Portugal, em 50 países da região europeia, onde se registaram mais de 20 mil casos em 2017.

 

Comissão de Farmácia e Terapêutica
Associações de doentes crónicos contestam os “motivos economicistas” que dizem nortear uma orientação da Autoridade do...

Associações que representam doentes crónicos com doença inflamatória do intestino, com artrite reumatoide, com psoríase ou com espondilite reuniram-se ao fim da tarde de ontem na Ordem dos Médicos para tomarem uma posição conjunta sobre a norma da Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica, do Infarmed, emitida em fevereiro sobre os fármacos biossimilares.

Os biossimilares são medicamentos biológicos semelhantes aos fármacos biológicos de referência. Os medicamentos biológicos são produtos inovadores destinados ao tratamento de doenças crónicas.

Em declarações, a presidente da Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatoide considerou que a norma da Comissão de Farmácia e Terapêutica não tem em conta a opinião do médico, nem a informação ao doente.

“A norma refere que o médico é obrigado a fazer prescrição por denominação comum internacional. Quando o doente levanta o fármaco no hospital ou vai lá para lhe ser administrado, não sabe o fármaco que lhe deram. Pode não ser exatamente o que o médico lhe prescreveu”, afirmou.

Para Arsisete Saraiva, os doentes crónicos exigem ser informados da substituição da medicação e exigem que o seu médico saiba o fármaco que vão tomar.

“O doente tem de estar no centro do sistema, mas esta frase não pode ser só um 'cliché'. Só se veem cifrões [neste tipo de medidas]. Primeiro vêm os cifrões, depois é que vêm os doentes”, declarou.

A Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino também contesta esta norma e opõe-se à mudança de um medicamento biológico “para um biossimilar sem envolver o doente e sem se ter em conta que essa mudança poderá alterar o seu estado de saúde”.

“Acresce que a relação médico-doente é, como todos sabemos, uma relação fundamental no âmbito de uma doença crónica. Esta alteração vem comprometer o elo de confiança e de estabilidade, quer do doente quer do médico, visto que a decisão relativa à escolha do medicamento transita do médico para o farmacêutico hospitalar”, afirma a Associação.

A norma da Comissão de Farmácia do Infarmed refere que “o início de tratamento deverá ser efetuado com o medicamento biossimilar ou biológico de referência com menor custo para a instituição que o disponibiliza, sendo um objetivo a alcançar em todos os novos doentes”.

“Esta realidade deve ser igual para os doentes com prescrição originária da própria instituição ou de centros de tratamento exteriores, pelo que as instituições deverão informar todos os prescritores, internos e externos, sobre este objetivo. Em doentes já em tratamento com um medicamento biológico, quando a avaliação das condições de aquisição entre marcas alternativas de um mesmo medicamento biológico traduzirem oportunidades de redução significativa de custos para a instituição, deverá ser implementado um processo de mudança do medicamento para a opção com menor custo”, adianta ainda a norma.

É ainda indicado que deverá ser objetivo de cada instituição promover a mudança em todos os doentes clinicamente estáveis.

 

Serviço Nacional de Saúde
O ministro das Finanças admitiu hoje, no parlamento, que possa haver situações de má gestão no Serviço Nacional de Saúde e que,...

“Pode seguramente haver má gestão, na verdade, e temos de olhar para ela”, disse Mário Centeno, na comissão de Trabalho da Assembleia da República.

A declaração do governante surgiu após uma sugestão do deputado do PSD Álvaro Batista de que a elevada dívida e os pagamentos em atraso no Serviço Nacional de Saúde (SNS) se podem dever a má gestão.

O governante afirmou ainda que a dívida da Saúde é um tema que preocupa este Governo e que foi por isso que foi criada uma “unidade de missão para repensar todo o processo de criação de dívida” no Serviço Nacional de Saúde.

Mário Centeno acrescentou, contudo, que a dívida também se deve a mais investimento na Saúde, referindo que “os recursos dedicados [hoje] ao Serviço Nacional de Saúde são muito superiores àqueles que foram dedicados em 2015”, quando estava no Governo PSD e CDS-PP.

Segundo os últimos dados da Direção-Geral de Orçamento (DGO), no final de janeiro, havia 951 milhões de euros em dívida em atraso dos Hospitais EPE - Entidade Pública Empresarial (acima dos 837 milhões de dezembro e dos 613 milhões de janeiro de 2017) e mais quatro milhões de euros no subsetor saúde.

Os pagamentos em atraso referem-se a contas por pagar há mais de 90 dias.

O Governo tem vindo a dizer que espera uma “redução pronunciada” dessa dívida este ano, desde logo devido ao reforço de capital no valor de 500 milhões de euros feito no final de 2017 nos Hospitais EPE. e que “começará a produzir efeitos a partir de março”.

 

i3S
Investigadores do Porto estão a estudar a migração no corpo humano do parasita responsável pela doença infecciosa leishmaniose,...

O parasita 'Leishmania', responsável pela leishmaniose, é contraído pelos humanos e cães através da picada da mosca da areia, inseto que vive em climas tropicais e mediterrânicos, indicou à Lusa a investigadora Maria Inês Rocha, do grupo de Parasitologia Molecular do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto.

Em consequência do aquecimento global, este inseto tem encontrado 'habitat' em novas regiões do planeta, contribuindo para a propagação geográfica da leishmaniose, indicou.

Além disso, a resistência destes parasitas aos medicamentos e inseticidas em uso, tornam a leishmaniose uma ameaça à saúde pública a uma escala mais global.

De acordo com a investigadora, apesar de partilharem o mesmo modo de transmissão, os parasitas podem migrar para outras zonas do organismo, levando a que sejam apresentados sintomas muito variados.

Em alguns casos, a 'Leishmania' permanece no local da picada, onde origina uma pequena infeção na pele, enquanto noutros viaja para regiões mais afastadas do corpo, originando infeções cutâneas disseminadas (que acarretam um grande estigma social) ou em órgãos vitais (como o fígado e o baço).

Para migrar para longe do local da picada, a investigadora explicou que os parasitas "apanham boleia" dentro das células do sistema imune, que, "ao invés de eliminarem esses agentes infecciosos, acolhem-nos e servem-lhes de local privilegiado para viver".

Entre os vários fatores que determinam o local do organismo humano colonizado pela 'Leishmania', a investigadora referiu que "um dos mais importantes" é a espécie do parasita, sendo conhecidas atualmente mais de 20.

Considerando que a 'Leishmania' "vive dentro de células do sistema imune, partimos do pressuposto que o destino final de uma determinada espécie no organismo humano (por outras palavras, o que define os sintomas da doença), depende da capacidade que esse parasita tem de controlar os movimentos da célula onde vive", esclareceu.

Ao perceberem a forma como os parasitas manipulam a migração das suas células-abrigo, os responsáveis pelo projeto esperam, a longo prazo, contribuir para controlar a doença.

Maria Inês Rocha contou que, apesar de as leishmanioses ameaçarem um bilião de pessoas à escola mundial, esta patologia faz parte de "uma vasta lista de doenças negligenciadas, elaborada pela Organização Mundial de Saúde".

"O termo negligenciadas deriva do facto de afetar maioritariamente países em vias de desenvolvimento, cujas populações, não conseguindo suportar os custos dos medicamentos, caem fora do radar das grandes farmacêuticas", notou.

A falta de investimento público em investigação nesta área não permite avanços científicos no que respeita ao diagnóstico e combate das leishmanioses, disse ainda.

Em Portugal, os casos reportados de leishmaniose humana são reduzidos (menos de um em cada 10 mil habitantes), devido à subnotificação de casos positivos e à falta de um plano nacional de diagnóstico, com a maior parte dos casos a surgirem em indivíduos com o sistema imune debilitado.

A investigadora considera que, a nível nacional, mais do que um problema de saúde pública, a leishmaniose é um problema veterinário, com cerca de 6% dos cães a revelaram-se positivos para a doença.

As descobertas no âmbito deste projeto, no qual participam igualmente os investigadores Helena Castro e Miguel Ferreira, poderão ter impacto noutras áreas de conhecimento, nomeadamente na investigação contra o cancro, dada a semelhança entre a migração de células infetadas por 'Leishmania' e a disseminação das metástases.

 

TestBioTech
O Tribunal Europeu de Justiça reconheceu hoje às organizações da sociedade civil o direito de agirem na justiça para tentar...

A decisão daquele órgão de justiça anula uma outra deliberação da Comissão Europeia, que tinha negado, em 2015, à organização não governamental TestBioTech um pedido de exame às autorizações de mercado de soja geneticamente modificada das empresas Monsanto e Pioneer.

A organização anti-organismos geneticamente modificados tinha tentado que fosse reexaminada a autorização, argumentando que não tinham sido avaliados os potenciais efeitos da soja modificada nos seres humanos.

"A Comissão Europeia permitiu a importação de soja geneticamente modificada apesar de preocupações com os riscos para a saúde humana e tentou impedir o reexame da aprovação", afirmou Christopher Then, da Testbiotech, que considera a decisão de hoje "um passo importante para fortalecer o princípio da precaução na União Europeia".

A Testbiotech tem outros dois casos em apreciação no tribunal europeu para impedir a aprovação da importação de soja modificada criada pela Monsanto que produz proteínas inseticidas para proteger as plantas.

Num comunicado acessório à decisão, o Tribunal afirma que a criação de alimentos para humanos e animais geneticamente modificados faz parte, no âmbito do direito ambiental europeu, das matérias que podem ser alvo de reexame a pedido de organizações da sociedade civil.

 

Pediatra
O pediatra Gomes Pedro lamentou hoje a morte do pedagogo Berry Brazelton, sublinhando o “extraordinário contributo” dos seus...

O médico, que preside ao Centro Brazelton em Portugal, classificou a morte de Berry Brazelton, ocorrida terça-feira, como uma “perda tremenda para todas aqueles que tiveram o privilégio de aprender e difundir o seu alvo de intervenção”, disse.

Autor de inúmeras obras literárias, nomeadamente “O grande livro da criança”, Brazelton foi “um criador de qualquer coisa fundamental como a avaliação comportamental «touchpoints» para fortalecer os primeiros laços de paixão da família pelo bebé”.

O modelo «touchpoints» consiste numa abordagem teórica e prática de um modelo de desenvolvimento perspetivado em torno de momentos chave, focado no bebé/criança e centrado na família, que visa potenciar a competência parental na construção da relação pais-filhos e criar uma aliança entre os pais e os profissionais que fazem parte do seu sistema.

Em Portugal, o modelo já é aplicado por vários pediatras e Gomes Pedro, que preside a um centro Brazelton, inaugurado pelo próprio, acredita que existem “ótimos profissionais” com capacidade para o desenvolver.

Para o médico português, Brazelton “demonstrou que o desenvolvimento humano não é uma trajetória meramente linear, mas de patamares, socalcos, correspondentes a crises e respetiva reorganização, por parte do bebé e da família”.

Centro Brazelton
Morreu o pediatra, cientista e perito norte-americano em desenvolvimento infantil T. Berry Brazelton anunciou o Centro...

"É com profunda tristeza que compartilhamos a notícia de que nosso estimado colega e amado amigo e mentor, T. Berry Brazelton, morreu nesta manhã, 13 de março de 2018. O mundo perdeu um verdadeiro herói para bebés, crianças e famílias", refere o Centro Brazelton no seu ‘site’ na internet.

Berry Brazelton, autor da obra “O Grande Livro da Criança”, traduzida em Portugal, era professor emérito de pediatria na Harvard Medical School e foi um dos clínicos e defensores mais influentes em pediatria e em desenvolvimento infantil da era moderna.

Brazelton foi criador do conceito 'touchpoints', que consiete numa abordagem teórica e prática de um modelo de desenvolvimento perspetivado em momentos-chave focado no bebé e criança e centrado na família.

Este conceito, enquanto modelo filosófico que explica o desenvolvimento humano, modificou o modo de intervenção dos profissionais envolvidos com a criança, enquanto educadores que aprendem a privilegiar, assumidamente, a relação bebé-família, segundo o ‘site’ da Fundação Brazelton/Gomes Pedro.

No fundo, defendem que "para alcançarem melhores resultados, as crianças precisam de ter pais convictos das suas competências e capacidades".

 

Europa
O sarampo provocou 35 mortes no ano passado, incluindo uma em Portugal, só num conjunto de 50 países da região europeia, onde...

Segundo o mais recente balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), a região europeia que é considerada por aquele organismo das Nações Unidas registou, em 50 nações, 20 mil casos de sarampo num ano, 35 deles mortais.

Também no mês passado, o Centro Europeu de Controlo de doenças dava conta de 14 mil casos de sarampo em 30 países em 207, triplicando o número de casos da doença em 2016.

A Direção-Geral da Saúde em Portugal anunciou quarta-feira que foram notificados na região norte dois casos de sarampo confirmados, existindo outros doentes com sinais e sintomas, mas que ainda estão em investigação, sendo aguardados os resultados laboratoriais.

No ano passado, Portugal teve dois surtos simultâneos de sarampo (num total de 29 casos), que chegaram a provocar a morte de uma jovem de 17 anos.

Para a OMS, “cada nova pessoa afetada pelo sarampo na Europa relembra que crianças e adultos não vacinados, independentemente de onde vivam, continuam em risco de contrair a doença e de a passar a outros que possam ainda não estar vacinados”.

A OMS recorda que os surtos de sarampo registados no ano passado afetaram um em cada quatro países da região europeia, tendo sido notificados surtos em 15 dos 53 países abrangidos pela OMS Europa.

O país europeu com mais casos reportados desde 1 de janeiro de 2017 até ao momento continua a ser a Roménia, seguido de Itália, da Ucrânia e da Grécia.

O sarampo é uma doença grave, para a qual existe vacina, contudo, o Centro Europeu de Controlo de Doenças estima que haja uma elevada incidência de casos em crianças menores de um ano de idade, que ainda são muito novas para receber a primeira dose da vacina. Daí que reforce a importância de todos os outros grupos estarem vacinados de forma a que não apanhem nem transmitam a doença.

Segundo os dados de 2017, mais de 87% das pessoas que contraíram sarampo não estavam vacinadas.

 

Estudo
O principal poluidor do planeta, a China, está a ganhar na guerra contra a poluição atmosférica e pode aumentar em mais de dois...

Com base em dados recolhidos em 200 recetores espalhados por toda a China, o estudo da Universidade de Chicago calcula que a taxa de partículas finas no ar, muito prejudiciais à saúde, reduziu-se em 32% entre 2013 e 2017.

Se essa tendência se mantiver, a esperança média de vida dos chineses pode aumentar até 2,4 anos, segundo o estudo. As partículas finas —também conhecidas como PM2,5 pelo seu diâmetro máximo — são determinantes tanto nas doenças cardiovasculares e respiratórias, como no cancro, escreve o Sapo.

"Não existem exemplos de um país que tenha conseguido uma redução tão rápida da poluição atmosférica. É extraordinário", comentou à agência de notícias France Presse Michael Greenstone, que dirigiu o estudo do Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago.

EUA precisaram de mais tempo para conseguirem resultado semelhante
Já os Estados Unidos precisaram de mais de dez anos para uma melhoriaa comparável, após aprovarem uma lei nesse sentido em 1970.

"Esses quatro anos demonstram que as coisas podem mudar, mesmo rapidamente, graças à vontade política", disse Greenstone.

Sob pressão da opinião pública, o regime comunista chinês lançou em 2013 um plano contra a poluição destinado a reduzir em 25% a taxa de partículas finas no ar nas regiões de Pequim e Xangai.

"A China não é considerado um país democrático, mas constatamos que o governo teve de tomar as medidas que a opinião pública exigia", afirmou Greenstone.

“Põe o teu sono na agenda”
Para assinalar o Dia Mundial do Sono, que se celebra no próximo dia 16 de março, a Comissão de Trabalho de Patologia...

O trabalho por turnos é um componente essencial da sociedade moderna, estimando-se que a nível mundial cerca de 20% dos indivíduos trabalhem por turnos – classicamente definido como o trabalho realizado entre as 19 e as 6 horas. Sonolência diurna, dificuldade de atenção e memória, obesidade, aumento do risco de doenças cardiovasculares e gastrointestinais são algumas das consequências negativas que o trabalho noturno representa para a saúde. 

Sobre o impacto do trabalho por turnos na saúde, Susana Sousa, secretária da Comissão de Trabalho de Patologia Respiratória do Sono refere: “nos últimos anos, vários autores têm sugerido existir também uma relação entre as perturbações do sono e o aumento do risco de cancro, nomeadamente entre o distúrbio do sono associado ao trabalho por turnos e o cancro da mama, melanoma e cancro colo-rectal. Têm sido propostos vários mecanismos mas são necessários mais estudos para explicar esta possível relação epidemiológica”. Perante esta realidade, “são necessárias estratégias de intervenção preventiva. É mandatário que se programe o sono da mesma forma que se planeia, por exemplo, o dia de trabalho” refere a médica pneumologista.

Para Jorge Barroso Dias, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho (SPMT), é importante a consciência de que “o sono e o descanso são parte integrante das obrigações do trabalhador, são intrínsecos ao próprio trabalho. Neste âmbito, saliento com particular preocupação os profissionais de saúde que por inerência são trabalhadores noturnos e, tão frequentemente, saem de um turno noturno para começarem, logo a seguir, um turno diurno sem descanso! Outra classe profissional com este problema crónico são os taxistas, por exemplo.” O médico especialista em Medicina do Trabalho deixa o apelo: “todos os portugueses podem ajudar nesta campanha, todos somos responsáveis por cuidar dos nossos familiares, amigos e colegas de trabalho alertando para a importância de «pôr o nosso sono na nossa agenda»”.

No âmbito desta campanha, no dia em que se assinala o Dia Mundial do Sono, será realizada uma ação de rua que consistirá na distribuição de um folheto informativo à população com recomendações para os casos em que existe trabalho noturno bem como indicações sobre as medidas de higiene do sono mais corretas a adotar. Será ainda pedido aos transeuntes que preencham um questionário com vista a avaliar os seus hábitos de sono. A ação vai decorrer na Estação do Rossio, entre as 08h00 e as 11h00.

Criado pela World Sleep Society, o Dia Mundial do Sono é assinalado anualmente juntando médicos, investigadores e pacientes num trabalho conjunto de sensibilização para a importância do sono e o seu impacto na saúde. O mote global para este ano é “Join the Sleep World, Preserve Your Rhythms to Enjoy Life”, chamando precisamente a atenção para a necessidade de “cuidarmos dos nossos ritmos para podermos disfrutar da vida” e inspirado na atribuição do Prémio Nobel da Medicina de 2017 a três investigadores cujo trabalho foi dedicado ao estudo dos ritmos circadianos (período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o ciclo biológico, sendo influenciado por fatores como a variação de luz e temperatura e entre o dia e a noite).

A Campanha “Põe o teu sono na agenda” deixa algumas recomendações para os casos em que existe trabalho noturno:

- Fazer uma sesta de 30 a 60 minutos antes do início do turno;
- Manter exposição à luz na primeira metade do turno;
- Gerir e dividir tarefas em equipa, programando tarefas que exijam menos atenção para a segunda metade do turno;
- Na segunda metade do turno evitar bebidas com cafeína e psicoestimulantes;
- Após o turno deve ser evitada a exposição a luz solar;
- Após uma noite de trabalho, tomar uma refeição ligeira e dormir num ambiente calmo, sem luz ou ruído;
- Durante o período de sono deve ser desligado o telemóvel uma vez que a sociedade não está preparada para o sono durante o dia e as solicitações podem impedir um sono com qualidade e quantidade;
- Se necessário utilizar tampões auriculares para conseguir um ambiente sem ruído (o período de sono durante o dia é muitas vezes interrompido por ruídos da circulação de viaturas, obras públicas, etc)

Nos restantes dias adotar medidas de higiene do sono que incluam:

- Horário regular de sono;
- Evitar consumo de álcool (sobretudo nas 4h antes de deitar) e não fumar;
- Evitar refeições pesadas/excesso de açúcar/picantes nas 4h antes de deitar;
- Praticar exercício físico de forma regular;
- Manter o quarto com temperatura adequada, sem ruído e sem luz;
- Evitar ver televisão no quarto ou utilização de telemóvel/computador antes de dormir.

Associação Zero
A associação ambientalista Zero defende a aplicação de medidas para cumprir os limites de dióxido de azoto no centro de Lisboa...

A posição da Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, apresentada em comunicado, vem no seguimento das conclusões de um estudo da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), hoje divulgado, referindo que as restrições nas principais cidades europeias "excluem inadequadamente veículos novos poluentes a gasóleo".

"A Zero quer todas as medidas equacionadas para cumprir valores limite de dióxido de azoto nos centros de Lisboa e Porto, incluindo banir os veículos a gasóleo", realça a associação de defesa do ambiente, considerando fundamental a aplicação de ações adicionais para a proteção da saúde pública.

Lisboa definiu duas Zonas de Emissões Reduzidas (ZER) para tentar melhorar a qualidade do ar no centro da cidade, com limitações à circulação dos veículos mais poluidores e, "apesar do aumento gradual da exigência das normas EURO quanto à sua aplicação, a ausência de fiscalização e de penalização quanto a infrações são os maiores obstáculos para a eficácia desta medida, razões também apontadas no estudo T&E agora divulgado", salienta o comunicado.

Para os ambientalistas, as medidas "têm de passar por uma clara penalização do uso do automóvel, uma dinamização do transporte público", das alternativas andar a pé ou uso da bicicleta, assim como da expansão dos veículos de baixas emissões, como os elétricos.

Defendem também que "a sistemática ultrapassagem" do limite de vários poluentes no centro de Lisboa causada pelo tráfego rodoviário "mostra que são necessárias medidas com muito maior impacte e expressão".

Segundo o trabalho da T&E, de que a Zero faz parte, mais de 90% dos novos veículos a gasóleo, aprovados segundo a norma de emissão EURO 6, imposta pela União Europeia, "não cumprem na estrada os limites de emissão e não estão sujeitos a quaisquer restrições de circulação".

Com base na análise das medidas de restrição de veículos em 11 cidades europeias, incluindo Lisboa, a federação conclui que os carros a gasóleo EURO 6 excedem entre quatro a cinco vezes o limite de emissão dos óxidos de azoto na estrada e alguns modelos emitem até 10 vezes mais.

A Zero refere dados provisórios das concentrações de dióxido de azoto recolhidos na estação de monitorização da qualidade do ar da avenida da Liberdade, em Lisboa, relativos a 2017 e que "mostram que se ultrapassou quer o valor-limite médio anual de 40 mg/m3 [microgramas por metro cúbico](verificou-se 60 mg/m3), quer o número anual de 18 excedências ao valor-limite horário (ocorreram 74)".

Na estação de monitorização de Francisco Sá Carneiro/Campanhã, no Porto, a eficiência de recolha dos dados disponibilizados ao público foi inferior a 50%, mas mesmo assim o valor da média anual foi também superior a 40 mg/m3, alerta a Zero.

Várias cidades ponderam já zonas centrais sem emissões, como Londres, Madrid, Paris e Bruxelas, onde só os veículos elétricos serão permitidos.

Em fevereiro, na Alemanha, um tribunal decidiu que as cidades daquele país podem proibir a circulação de automóveis, justificando que o direito dos cidadãos de respirar ar limpo é mais importante que o direito dos proprietários de conduzir veículos poluentes.

"Este precedente deve conduzir a que todas as cidades com incumprimentos de legislação possam equacionar esta medida", salienta a Zero.

De acordo com a Agência Europeia do Ambiente, os automóveis a gasóleo são a principal causa das emissões de dióxido de azoto em todas as cidades europeias, resultando em 68.000 mortes prematuras por ano.

 

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde anunciou ontem que foram notificados na região norte dois casos de sarampo confirmados, existindo...

“Foram notificados na região norte dois casos de sarampo, aparentemente não relacionados, confirmados laboratorialmente em adultos não vacinados”, refere a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O primeiro caso é um homem, de 27 anos, que teve o início dos sintomas em 26 de fevereiro e diagnóstico clínico em 02 de março.

“Está clinicamente curado, com ligação epidemiológica a França, país onde há registo de circulação do vírus do sarampo”, salienta.

O segundo caso é um homem, de 43 anos, com início dos sintomas em 06 de março e diagnóstico clínico em 12 de março.

“Está internado e clinicamente estável. Está em curso a investigação para apurar a possível origem da infeção”, frisa.

A DGS acrescenta que, também na região norte, estão em investigação outros doentes com sinais e sintomas clínicos, de início súbito, incluindo exantema (erupção cutânea), dores musculares e cansaço, explicando que os resultados laboratoriais são confirmados no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

“A Direção-Geral da Saúde e a rede de Autoridades de Saúde, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e com os profissionais de saúde, estão a acompanhar a evolução da situação de acordo com o previsto no Plano de Contingência”, salienta.

A DGS lembra que o sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave, principalmente em indivíduos não vacinados, explicando que atualmente se verificam surtos de sarampo em alguns países europeus devido à existência de comunidades não vacinadas.

O Hospital de Santo António divulgou ontem ter internado um profissional daquela unidade de saúde por suspeita de ter contraído sarampo, tendo sido feitas colheitas para análise cujos resultados serão conhecidos hoje.

O hospital afirma ter procurado saber de outros casos, incluindo entre pessoal em folga, sendo que no final foram sinalizados “20 casos idênticos, todos em profissionais”, sublinhando, porém, não haver ainda qualquer confirmação de que se trata de sarampo, podendo ser uma outra virose.

Segundo aquela unidade de saúde, “esta manhã (terça-feira, 13 de março de 2018) alguns profissionais do Hospital de Santo António, jovens adultos, apresentaram sintomas e sinais clínicos, de início agudo, incluindo exantema (rubor) cutâneo, febrícula (apenas alguns), mialgias e cansaço”.

Segundo o hospital, “não há nenhum doente com ligação epidemiológica conhecida com um caso confirmado de sarampo”, não sendo de excluir tratar-se “de uma outra virose”, já que “a apresentação clínica não é tão exuberante como habitualmente, designadamente com febre, prostração tosse, manchas da bochecha interna”.

Ainda, “não é provável um surto de sarampo manifestar-se com todos os casos num mesmo dia, atendendo à variabilidade individual dos períodos de incubação e de contágio”.

O hospital garante que “foram tomadas as medidas recomendadas para casos de sarampo” e que as autoridades locais e regionais de saúde Pública e a Diretora-Geral da Saúde foram informadas.

 

Telerreabilitação
O Centro Hospitalar de Leiria anunciou hoje que é o primeiro hospital público do país a utilizar uma plataforma de...

O projeto de reabilitação física monitorizada no domicílio irá permitir uma solução integrada para reabilitar utentes com uma das patologias crónicas mais comuns, bem como uma das principais causas de dor e incapacidade nos adultos, refere o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) em nota de imprensa.

Desde o início do mês, há oito doentes em tratamento. O CHL prevê a inclusão de cerca de dez doentes por semana, esperando-se que possa chegar a 400 doentes este ano.

Após a inclusão de todos os doentes em lista de espera que cumpram os critérios de inclusão e que aceitem este plano terapêutico domiciliário, serão recrutados doentes a partir dos cuidados de saúde primários.

O programa de telerreabilitação permite acompanhar 30 doentes em simultâneo e os tratamentos em domicílio duram em média cerca de um mês, com regime de cinco a sete dias de tratamento por semana.

Segundo nota do centro hospitalar, a plataforma de telerreabilitação "vem dar também uma importante resposta aos utentes com tendinopatia do ombro que, em estádios avançados, pode levar à rutura tendinosa da coifa dos rotadores, que se estima afete pelo menos 40% das pessoas com mais de 60 anos".

"As orientações internacionais evidenciam a importância de abordar estes doentes primeiramente com programas de fisioterapia antes da abordagem cirúrgica", acrescenta o comunicado.

A Plataforma de telerreabilitação para a patologia osteoarticular crónica do joelho e ombro do CHL é dinamizada pelo Serviço de Medicina Física e Reabilitação do CHL (MFR), em conjunto com os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do Pinhal Litoral e Oeste Norte, e a Sword Health.

O programa de reabilitação motora permite ao utente realizar o tratamento prescrito em casa, "por se basear nos princípios de biofeedback, sendo que os movimentos do doente são digitalizados utilizando sensores de movimento".

"A informação é processada para providenciar feedback em tempo real ao doente sobre o seu movimento, por intermédio de uma aplicação móvel. Esta tecnologia, nunca até hoje utilizada no Serviço Nacional de Saúde, permite ao doente realizar sessões de reabilitação motora sem necessidade de supervisão constante por parte do seu terapeuta", assume o CHL.

A tecnologia inclui ainda uma plataforma 'online' que permite à equipa clínica prescrever, monitorizar e alterar remotamente os programas de reabilitação de cada utente, possibilitando assim gestão à distância, evitando deslocações do doente ao serviço hospitalar.

"A nível global, a osteoartrose afetará entre 10 e 15% da população mundial, cerca de 250 milhões de pessoas. Segundo o Estudo Epidemiológico de Doenças Reumáticas em Portugal, a osteoartrose do joelho é uma patologia muito comum, afetando 12,4% dos portugueses."

 

"Bridging the Atlantic"
Um grupo de alunos de enfermagem das universidades de Massachusetts, nos Estados Unidos, e dos Açores, encontram-se na região...

O secretário regional adjunto da presidência para as Relações Externas, Rui Bettencourt, que recebeu hoje os jovens, considerou que este projeto é “muito interessante”, unindo duas comunidades de açorianos radicadas nos Estados Unidos e Açores.

Nos Estados Unidos, na costa leste, existe uma larga comunidade de emigrantes de origem portuguesa de origem açoriana, de forma mais acentuada nas cidades de Fall River e New Bedford.

Rui Bettencourt, que ressalvou que a iniciativa engloba jovens com raízes portuguesas e outros de outras nacionalidades que se interessam pela região, declarou que o projeto “coloca os estudantes de enfermagem a preocuparem-se com questões sociais".

A edição de 2018 está focada nas dificuldades de saúde que se fazem sentir nas comunidades piscatórias da cidade de New Bedford e da ilha de São Miguel, tendo o titular da pasta das Relações Externas assinalado o “entusiasmo que os jovens" estudantes de enfermagem colocam neste projeto.

O governante destacou as vertentes social e cultural inerente ao projeto, além da vertente profissional, que lhes permite apurar como é que podem na sua ação comunitária atenuar as dificuldades de saúde das comunidades piscatórias.

Para Rui Bettencourt, mais importante do que apoiar o projeto é o Governo Regional dos Açores registar o seu retorno por via do que estão a produzir e a eficácia relevada no terreno.

O trabalho de campo dos jovens enfermeiros consiste na identificação das patologias existentes nas comunidades piscatórias em estudo, estabelecendo-se paralelos e produzindo uma resposta que será materializada num relatório sobre esta fase atual do projeto.

O projeto já envolveu durante as suas quatro edições 64 estudantes dos Açores e Estados Unidos, vários eventos técnico-científicos, publicações científicas e visitas de caráter cultural.

 

No Porto
O fórum Norte Yoga 2018 arranca no Porto na próxima sexta-feira e o objetivo é dar sugestões e conselhos às empresas e...

“É preciso interagir com amor. (…) Dirigir é amar”, defende Catarina Ferreira, presidente da Federação Regional do Ioga do Norte, a entidade que está a organizar o Norte Yoga 2018, um fórum sobre as boas práticas que podem ser incluídas nas instituições e empresas para promover produtividade, excelência e felicidade, e que vai decorrer na próxima sexta-feira e no sábado, na cidade do Porto, no âmbito das celebrações do Dia Internacional da Felicidade (20 de março).

Catarina Ferreira explica que aulas de ioga para executivos, ginástica à hora de almoço ou uma ‘app’ no telemóvel que conte os passos diários promovendo a atividade física junto dos colaboradores são algumas dicas que as cerca de 20 empresas e instituições que participam no Norte Yoga 2018 vão partilhar com outras congéneres para uma melhor e maior produtividade com felicidade.

“Produzir sem ter colaboradores felizes e sem ter uma preocupação com o ambiente, não vai levar a grande lugar”, diz Catarina Ferreira, considerando que este fórum é “a semente” e “tem sido a semente de uma mudança” com o objetivo de tornar as empresas portuguesas do Norte e da Galiza (Espanha) “mais produtivas, mas produzindo com excelência, tendo em conta os seus recursos humanos e o Planeta”.

Para Catarina Ferreira a “felicidade e bem-estar é um desafio urgente”, enumerando que o fórum Norte Yoga vai ser marcado por palestras sobre como conseguir aumentar a produtividade, a importância de saber liderar, ou como fazer uma cidade feliz.

O elemento de ligação no Norte Yoga é o ioga, explica Catarina Ferreira, mas o mais importante é a partilha de ideias e experiências para ajudar a ter bons resultados com os colaboradores.

“O ioga tem ferramentas que ajudam à concentração, ao combate ao stresse, que é fonte de doença e de tensão e de muitas vezes de infelicidade dentro das empresas e fora. O ioga ensina as pessoas a colaborarem e a interagirem não competitivamente, mas de forma colaborativa, o que também vai ajudar a que as instituições, se tiverem equipas motivadas, felizes, tem melhores resultados”, acrescenta.

O Norte Yoga 2018 é organizado pela Confederação Portuguesa do Ioga, com o apoio da Universidade do Porto e, este ano, vai oferecer uma aula de ioga para executivos numa sala com mais de 100 lugares.

O evento arranca na sexta-feira, pelas 08:00, no Auditório Sonae da Porto Business School, no Porto, com a presidente da Federação Regional do Ioga do Norte, Ramon O’Callaghan, da Porto Business School, e Paulo de Almeida, presidente da Associação Empresarial de Portugal, na sessão de abertura.

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, fala pelas 10:30 de sexta-feira sobre o projeto em marcha “Braga cidade feliz”, e o responsável pela Industria 4.0 da Bosh Car Multimédia Portugal, Francisco Duarte, apresenta pelas 11:30 uma palestra sobre “Homens e as Máquinas na Transformação Digital das Organizações”.

O evento Norte Yoga 2018, de participação gratuita, conta com 20 empresas e instituições na edição deste ano, designadamente as câmaras de Braga e Vila do Conde, AEP, Altronix, AMF Shoes, Aveleda, Bosch Car Multimedia, Confederação Portuguesa do Yoga, Corticeira Amorim, Hilti Portugal, Infineon, Instituto Português de Oncologia, Liga Portuguesa Contra o Cancro, Lightbox, Ordem dos Notários, Porto Business School, PwC Portugal, Sonae e Universidades do Minho e Porto.

O Norte Yoga é organizado pela Federação Regional do Yoga do Norte, com a coorganização da Confederação Portuguesa do Yoga e o apoio da Porto Business School e da Câmara Municipal do Porto, destinando-se aos colaboradores das empresas e instituições públicas da região Norte e Galiza.

 

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica apreendeu quase 14 toneladas de bacalhau numa empresa de Ílhavo, no distrito de...

Em comunicado divulgado hoje, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) refere que desencadeou uma ação de fiscalização dirigida a uma indústria de produtos da pesca, localizada no concelho de Ílhavo, com o objetivo de verificar as condições de produção e transformação de produtos da pesca congelados.

Durante esta ação, realizada pela brigada especializada das indústrias, foram apreendidos 13.770 quilos de bacalhau congelado, eviscerado e descabeçado, sem ter sido feito o aviso prévio à Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

“Apurou-se ainda que este bacalhau foi congelado depois de ter sido adquirido no seu estado fresco, para ser escalado e salgado, sem rótulos e sem documentos, não sendo demonstrada a sua rastreabilidade”, refere a mesma nota.

A ação teve ainda como resultado a instauração de um processo de contraordenação à empresa em causa.

 

Serviços Partilhados do Ministério da Saúde
Perto de 20 mil portugueses têm o seu testamento vital registado, sendo que só no ano passado fizeram este documento mais de 12...

Os números dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), mostram que nos primeiros meses deste ano já registaram o seu testamento vital mais de 1.400 portugueses.

Do total de 19.690 testamentos vitais já feitos até hoje, a maior parte é realizada por pessoas das faixas etárias entre os 65 e os 80 anos, seguidas das pessoas entre os 50 e os 65 anos. Há mais de 12.800 testamentos registados por mulheres, enquanto que os homens não chegam aos sete mil.

O testamento vital é um direito de todo o cidadão maior de idade, que consiste em manifestar que tipo de tratamento e de cuidados de saúde pretende ou não receber quando estiver incapaz de expressar a sua vontade.

O registo do testamento vital aumentou significativamente no ano passado, tendo mais de 12 mil portugueses elaborado o documento, expressando as suas vontades antecipadas. Até ao final de 2016, eram apenas cerca de seis mil os testamentos vitais feitos pelos portugueses, uma possibilidade iniciada com a entrada em vigor das diretivas antecipadas de vontade, em julho de 2014.

Além de campanhas informativas sobre o testamento vital, o aumento registado em 2017 coincidiu também com um momento em que a sociedade portuguesa tem debatido a despenalização da morte assistida ou da eutanásia.

O testamento vital é um documento onde se pode manifestar o tipo de tratamento ou cuidados de saúde que se deseja ou não, permitindo igualmente a nomeação de um ou mais procuradores de cuidados de saúde.

O registo do testamento vital permite que os médicos tenham informação atempada e constante sobre a vontade do doente. Numa situação de urgência ou de tratamento específico, o médico assistente pode consultar o testamento vital através de um portal específico para os profissionais de saúde.

Desde outubro do ano passado é já possível aceder ao testamento vital através de um telemóvel, pela aplicação na MySNS Carteira, uma aplicação que reúne informação de saúde de cada cidadão.

A vontade expressa pelo doente pode produzir efeitos quando lhe tiver sido diagnosticada uma doença incurável em fase terminal, quando não houver expectativas de recuperação na avaliação clínica feita pelos membros da equipa médica ou em situação de doença neurológica ou psiquiátrica irreversível, complicada por intercorrência respiratória, renal ou cardíaca.

O utente pode escolher não ser submetido a reanimação cardiorrespiratória, não ser submetido a meios invasivos de suporte artificial de funções vitais ou a medidas de alimentação e hidratação artificiais que apenas visem retardar o processo natural de morte.

É ainda possível decidir não ser submetido a tratamentos que se encontrem em fase experimental, pedir assistência religiosa quando se interrompam os meios artificiais de vida ou solicitar a presença de determinada pessoa que deve ser especificada pelo utente.

Apesar de ter várias hipóteses sujeitas a preenchimento através de cruz, o documento tem um espaço em branco para outras opções que o utente deseje colocar.

O modelo do testamento vital pode ser descarregado através do Portal da Saúde, devendo ser preenchido e entregue num agrupamento de centros de saúde com balcão de Registo Nacional de Testamento Vital (RENTV).

O utente deve entregar o documento antecipado de vontade em papel, com assinatura reconhecida pelo notário ou com assinatura presencial junto de um funcionário de um balcão de Registo de Testamento Vital.

Para que o testamento vital seja válido, basta ter o documento assinado e reconhecido pelo notário. Contudo, é necessário que esteja registado no RENTEV para que se garanta que o médico assistente tem conhecimento da vontade deixada pelo doente.

Além da parte em que são indicados os tratamentos a que se deseja ou não submeter, o testamento vital prevê que se possa nomear um procurador de cuidados de saúde, que é a pessoa chamada a decidir em nome do utente.

Contudo, se um doente manifestar uma proposta contrária à do procurador de cuidados que nomeou, prevalece o que está expresso pelo utente no testamento vital.

 

Estudo
Um grupo de investigadores decidiu estudar o que acontece ao cérebro no momento exato em que morremos. "Despolarização da...

A pesquisa foi feita com doentes terminais, e como tal, os investigadores tiveram que pedir autorização às famílias uma vez que o processo exigia um monitoramento neural considerado invasivo. A maioria dos pacientes sofreu acidentes de viação, cardiovasculares ou paragens cardíacas.

O processo passava por monitorizar a atividade neurológica dos doentes terminais, com a ajuda de elétrodos, à medida que a sua situação piorava, escreve a SIC Notícias.

Como conta a BBC, os cientistas descobriram que os neurónios armazenam energia para o caso do corpo voltar a funcionar. Foi o que aconteceu com alguns doentes, em que se verificou algum movimento das células cerebrais que tentavam combater o inevitável.

Normalmente os neurónios funcionam com iões carregados que levam a desequilíbrios elétricos entre eles e o ambiente, o que permite a ocorrência de pequenos choques ou sinais. Os investigadores dizem que a manutenção deste sistema torna-se mais lenta à medida que a morte se aproxima.

Uma vez que as células se alimentam de oxigénio e energia química da corrente sanguínea, quando morremos e o fluxo de sangue para, os neurónios não têm outra alternativa se não acumular os recursos restantes e esperar que o fluxo regresse à normalidade. O que nunca acontece. Este fenómeno foi designado de "depressão não dispersa", ou "tsunami cerebral".

Os cientistas verificaram que à medida que os níveis de oxigénio dos doentes terminais baixavam, a atividade elétrica bloqueava todo o cérebro.

"A despolarização expansiva marca o início das mudanças celulares tóxicas que eventualmente levam à morte, mas não é o ponto chave da morte por si só, pois essa despolarização é reversível até certo ponto, com a restauração do suprimento de energia", disse Jens Dreier, do Centro de Pesquisas de Acidentes Cardiovasculares da Universidade de Charité.

Os autores do estudo publicado na revista Annals of Neurology dizem que mais do que perceber o que acontece ao cérebro no momento da morte, é importante identificar em que momento ocorre a morte cerebral, para que no futuro possa ser revertida.

 

Páginas