Associação Respira assinala Dia Internacional da Mulher com campanha de sensibilização

Esta iniciativa conta com o apoio institucional da Fundação Portuguesa do Pulmão e das Comissões de Trabalho de Tabagismo e Infeciologia Respiratória, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
Num dia dedicado às mulheres, esta campanha pretende sensibilizar sobretudo a população feminina, cujo hábito tabágico tem vindo a aumentar, para uma doença cujo diagnóstico é muitas vezes feito já num estadio avançado, por ser considerada maioritariamente uma doença de homens.
“A realização de espirometrias como forma de diagnóstico é um dos aspetos mais importantes no combate à DPOC. É fundamental promover o diagnóstico precoce de modo a intervir atempadamente e reduzir o declínio mais acelerado da capacidade respiratória do doente.
Neste dia dedicado às mulheres pretendemos que esta mensagem chegue ao maior número de pessoas, visto que as mulheres são mais propensas a um diagnóstico incorreto”, sublinha Isabel Saraiva, vice-presidente da Associação Respira.
A DPOC é uma doença respiratória que se encontra subdiagnosticada nos seus vários estadios, verificando-se que muitos doentes não procuram o médico até terem perdido cerca de 50% da capacidade respiratória. Afeta cerca de 14,2% de pessoas, a partir dos 40 anos de idade, que residem na área da Grande Lisboa. Embora em Portugal esta prevalência seja superior nos homens (19%/11%), estima-se que cerca de 530 mil mulheres portuguesas sejam afetadas por esta doença.
A DPOC nas mulheres requer especial atenção na medida em que:
- É uma doença que evolui com perda significativa de qualidade de vida e limitação em várias componentes como sócio profissional, a maternidade, o estilo de vida e a sua relação com os outros;
- As doenças que mais se associam à DPOC são as cardiovasculares, a diabetes mellitus, a osteoporose, as infeções respiratórias, a depressão e o cancro do pulmão, sendo este último a principal causa de morte por cancro na mulher.
- As mulheres são mais propensas a um diagnóstico incorreto e consequentemente a um tratamento inadequado, por esta ter sido considerada, durante muito tempo, uma doença maioritariamente de homens;
- Atualmente, devido a um aumento do hábito tabágico e da exposição ao fumo, o uso do tabaco entre os géneros é praticamente igual, mas os malefícios são piores nas mulheres;
- Em mulheres com DPOC, a exposição ao fumo tem maiores danos colaterais do que nos homens e existem mais benefícios se deixar de fumar. De realçar as anomalias na fertilidade e no desenvolvimento fetal, com maior probabilidade de ocorrência de abortos espontâneos, malformações congénitas e mortalidade infantil.
Esta iniciativa conta com o apoio institucional da Fundação Portuguesa do Pulmão e das Comissões de Trabalho de Tabagismo e Infeciologia Respiratória, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.