Projeto nasceu na Universidade do Minho e foi um dos vencedores da segunda edição do Programa BfK Ideas, em 2018.

TopoSEM®, projeto premiado pela ANI, deverá chegar ao mercado já no próximo mês

Foi um dos vencedores da segunda edição do Born from Knowledge (BfK) Ideas, concurso de ideias promovido pela Agência Nacional de Inovação (ANI) com o objetivo de divulgar e distinguir as ideias de negócio provenientes de Instituições de Ensino Superior (IES) portuguesas. Quatro anos depois, o projeto TopoSEM®, um software para a reconstrução sem calibração de superfícies 3D em imagens de microscopia eletrónica por varrimento, uma técnica laboratorial que pode ser usada no fabrico de chips, em biologia, em medicina, no desenvolvimento de novos materiais, entre outros, chegará ao mercado no próximo mês de novembro.

Lançar novos produtos e serviços inovadores no mercado é também o objetivo dos 34 projetos a concurso na 5ª edição do BfK Ideas, cuja final se realiza hoje, 27 de outubro, entre as 14h00 e as 17h00, no Convento de São Francisco, em Coimbra (ver lista em anexo).

A electron SoftView foi a empresa constituída para o desenvolvimento e comercialização do TopoSEM®, mantendo o estatuto de spin-off da Universidade do Minho.

Em síntese, o TopoSEM® fornece facilmente informações essenciais aos utilizadores SEM – Microscopia eletrónica, sem qualquer alteração de hardware ou modificações nas atividades habituais de funcionamento. Os potenciais clientes são fabricantes e utilizadores SEM, através de licenciamento de software e pay-per-use (na nuvem). Alguns intervenientes importantes no mercado já foram contactados.

A dimensão global do mercado SEM está estimada em cerca de 2,3 mil milhões de euros por ano, até porque o custo de cada dispositivo “supera muito facilmente o milhão de euros”, como explica Diego Martínez Martínez, CEO da electron SoftView.

“Estamos neste momento a realizar os mais recentes testes da TopoSEM® para avaliar a resposta dos utilizadores ao mesmo. Uma vez que se trata de um software científico, vamos começar a sondar a nossa rede de contactos dentro da comunidade de investigação académica (universidades, centros de investigação, entre outros), para, a médio prazo, atingirmos o estatuto de PME”.

Para João Borga, membro do Conselho de Administração da ANI, “é muito gratificante perceber que esta distinção e o acompanhamento que vai sendo dado aos projetos, nomeadamente, através do programa de aceleração tecnológica BfK Rise, tem este desfecho, e que é o objetivo último do programa Born from Knowledge, a transferência de conhecimento para a economia”. O responsável acrescenta: “Julgo que é também um incentivo para os 34 projetos que se apresentam este ano”.

Fonte: 
Pure
Nota: 
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Foto: 
Pixabay