Ação solidária realizou-se na passada sexta-feira, 4 de outubro
O arranque do ano letivo para os alunos de MBA da Porto Business School ficou marcado por uma iniciativa solidária especial: o...

A intervenção, que impactou cerca de 350 beneficiários, teve como objetivo concluir o projeto de reabilitação da instituição para dar aos utentes e trabalhadores que a coabitam um espaço renovado e com maior conforto. Assim, ao longo do dia, os alunos de MBA da escola foram divididos em equipas, que ficaram responsáveis pela reparação e pintura das paredes exteriores da APPC.

A atividade de teambuilding dos programas de MBA é uma tradição anual que tem como objetivo estabelecer laços de camaradagem, amizade e colaboração entre os participantes. No ano passado, por exemplo, os alunos participaram numa atividade de reabilitação do Centro Juvenil de Campanhã, numa ação semelhante, com o objetivo de apoiar a instituição a promover o bem-estar e a qualidade de vida de pessoas, famílias e comunidade, com especial foco no apoio a crianças em situações de vulnerabilidade.

 
Um guia para ajudar todas as pessoas a dormir melhor
Com a colaboração de diversos especialistas da Medicina do Sono, este livro aborda questões de A a Z para o público saber tudo...

Para muitas pessoas, é habitual acordar mais cansadas do que quando se foram deitar e isso pode ser um verdadeiro pesadelo. O sono é essencial para o bem-estar físico, mental e emocional, mas, em muitos casos, uma noite de sono de qualidade parece um sonho impossível.

Reconhecendo a importância que o sono tem na vida de cada individuo, a editora Lidel Saúde e Bem-Estar apresenta o livro “ABZzz do Sono”, que pretende ser um guia essencial para entender como é possível melhorar a qualidade do sono, e é coordenado pelas médicas Carla Espiney Amaro e Susana Sousa, ambas especialistas na Medicina do Sono, contando ainda com o prefácio de Ana Paula Martins, atual Ministra da Saúde.

Esta obra explora diversos contextos relacionados com a temática e os leitores poderão encontrar respostas para as suas questões – desde a sonolência excessiva até ao acordar cansado; a forma como a obesidade, o exercício e as novas tecnologias afetam o sono, entre muitas outras. Mais do que dar respostas para os problemas de uma noite mal dormida, este livro vem desmistificar termos médicos complexos, através de uma linguagem clara e acessível.

“Percebemos, através desta obra, que o sono é uma pausa especial, uma outra forma de nos consolidarmos, de nos organizarmos e de nos descobrirmos. Mas é acima de tudo parte determinante do nosso equilíbrio do nosso bem-estar. A nossa saúde depende do sono de qualidade que tivermos", escreve a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, no prefácio deste livro. 

O livro destina-se sobretudo às pessoas que têm problemas relacionados com o sono e aos seus familiares e é um ótimo guia para os interessados em aprofundar os seus conhecimentos sobre o tema, ficando a saber mais sobre o sono, o que o influencia e as doenças associadas.

“Todas as noites, colocamos o nosso telemóvel a carregar a bateria, ligado à corrente. E é durante este tempo que o telemóvel faz atualizações, resolve problemas e sincronizações, e a bateria fica renovada a 100%. Também nós precisamos de um período para processar nova informação, recuperar energia, armazenar memórias e limpar a caixa de spam. Esse período chama-se sono", revela Susana Sousa, Coordenadora do livro.

 
Ação acontece nos dias 12 e 13 de outubro no MAR Shopping Algarve
Nos dias 12 e 13 de outubro de 2024, o MAR Shopping Algarve, em parceria com a Alberto Oculista, promove rastreios visuais...

O Dia Mundial da Visão é uma data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para sensibilizar a população sobre a importância da saúde visual e a prevenção de doenças oculares. Globalmente, estima-se que pelo menos 2,2 mil milhões de pessoas vivam com algum tipo de deficiência visual, sendo que, em cerca de mil milhões desses casos, a perda de visão poderia ter sido evitada ou ainda não foi tratada adequadamente.[1] Em 2023, o foco foi dado ao impacto da saúde ocular no contexto profissional, revelando que mais de 13 milhões de pessoas sofrem de deficiências visuais causadas pelo exercício das suas atividades.

A ação conjunta entre o MAR Shopping Algarve e a marca Alberto Oculista sublinha a importância de iniciativas que promovem a saúde visual e envolvem a comunidade. Através dos rastreios gratuitos, o Meeting Place adota uma abordagem inclusiva, garantindo que a saúde ocular seja uma prioridade acessível a todos.

De recordar que o MAR Shopping Algarve assegura com regularidade oportunidades para que os seus visitantes e colaboradores tenham acesso de forma facilitada a rastreios, em parceria com diversas entidades que operam no setor da saúde. O projeto 'Agenda de Rastreios' reafirma o compromisso do centro em maximizar o seu impacto social e ambiental, alinhando-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU e contribuindo ativamente para o bem-estar da comunidade e alcance de um futuro mais saudável e sustentável.

III Congresso de Psico-Oncologia da Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) reúne os melhores especialistas em Psico-Oncologia num Congresso que vai ter lugar nos...

A iniciativa pretende debater as intervenções psicoterapêuticas aplicadas a doentes oncológicos e suas famílias, desde as abordagens mais tradicionais às intervenções mais recentes, designadamente a terapia focada nas emoções, as terapias de terceira geração, intervenções em Oncosexologia, tratamentos com substâncias psicadélicas e as intervenções online, entre outros desafios.

Para Natália Amaral, Coordenadora da área de Psico-Oncologia da Liga Portuguesa Contra o Cancro este Congresso, que vai já na sua terceira edição, representa uma importante contribuição para o reconhecimento da importância da Psico-Oncologia7no sucesso da luta contra o cancro. “Mais de metade dos doentes apresentam um sofrimento emocional considerável, bem como os seus cuidadores, cujos níveis de stress emocional não só prejudicam a sua saúde e qualidade de vida, como podem ser impeditivos do acompanhamento dos doentes. Consideramos fundamental continuar a divulgar e a refletir sobre o conhecimento produzido nesta área e sobre as terapias mais inovadoras para podermos vencer a doença nas suas diferentes dimensões”, adiantou.

Linda Carlson, uma das mais reputadas investigadoras canadianas da área da Psico-Oncologia, Alba Payàs Puigarnau, psicoterapeuta espanhola com 30 anos de experiência e criadora da ‘Terapia Integrativa Relacional do Luto’, Julia Wahl, psicóloga polaca, professora e diretora da formação ‘Terapia Focada na Compaixão’ e Stirling Moorey, Presidente da ‘Associação Britânica de Psicoterapia Comportamental e Cognitiva’, com formação em ‘Terapia Analítica Cognitiva’, ‘Terapia do Esquema’, ‘Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness’ e ‘Vida Compassiva Baseada em Mindfulness’ são alguns dos mais relevantes oradores internacionais deste encontro.

Esta terceira edição conta ainda com prestigiados especialistas das principais instituições académicas portuguesas, bem como das mais relevantes entidades nacionais da área da Saúde, que, com a sua experiência e conhecimento, contribuem para a reflexão em torno de temáticas inovadoras em Psico-Oncologia e, por conseguinte, para a qualidade científica do evento.

Partilhar conhecimentos sobre doenças raras
Entre os dias 22 e 24 de novembro, a Figueira da Foz será palco do 3.º Congresso Nacional de Doenças Raras, organizado pelo...

Luís Brito Avô, fundador do Núcleo de Estudos de Doenças Raras (NEDR) da SPMI, destaca a importância do encontro: “Este congresso visa não só informar sobre a estratégia nacional do Ministério da Saúde para as DRs, mas também refletir as aspirações e os problemas enfrentados pelos doentes, em colaboração com a RD Portugal – União das Associações das Doenças Raras”.

Entre os principais temas a serem discutidos estão a Estratégia Nacional do Ministério da Saúde para as DRs, as causas de morte súbita nestas patologias, e ainda doenças como a Doença de Castelman, a Púrpura Trombocitopénica Idiopática, a Quilomicronémia Familiar e o Síndrome de VEXAS. A Inteligência Artificial aplicada às DRs e a divulgação de consensos nacionais, como o de Porfirias Agudas, também estarão em destaque. Um dos momentos mais aguardados será a participação de um Prémio Nobel da Medicina, que abordará a aplicação da tecnologia de RNA de interferência na Medicina.

“Queremos ter uma ampla participação dos colegas internistas e incentivar a sua iniciativa na apresentação de comunicações livres”, afirma Luís Brito Avô, reforçando o caráter formativo e colaborativo do congresso. “Os avanços mais recentes na investigação e tratamento das doenças raras estarão no centro das discussões, com o objetivo de melhorar a prática clínica e facilitar o acesso ao diagnóstico e tratamento nos serviços de Medicina Interna”.

Outro foco do congresso será o papel das associações de doentes e a inovação na Medicina, uma área onde os próprios doentes desempenham um papel central. Para Luís Brito Avô, “os maiores desafios que os doentes com DRs enfrentam no sistema de saúde português passam por encontrar o caminho certo para o diagnóstico, acesso aos medicamentos órfãos e aos apoios necessários para a sua reabilitação e reintegração social”.

O NEDR, que celebra 16 anos de atividade, tem desempenhado um papel crucial na formação contínua sobre as doenças raras, sendo uma fonte de informação e apoio para profissionais de saúde, doentes e suas famílias. A sua ação inclui colaborações frequentes com associações de doentes e participação em comissões terapêuticas e grupos de estudo nacionais e internacionais. O NEDR está representado no Grupo de Trabalho Intersetorial para a estratégia das DRS do Ministério da Saúde.

O 3.º Congresso Nacional de Doenças Raras promete ser um marco na promoção de melhores práticas clínicas e na defesa dos direitos dos doentes raros, reforçando a necessidade de uma abordagem colaborativa e multidisciplinar.

Inscrições em: https://www.spmi.pt/3o-congresso-nacional-de-doencas-raras/

Prevenção
O outono traz consigo um aumento na incidência de várias doenças infantis, especialmente as de natur

Com a chegada do outono, ocorre uma transição climática que pode trazer consigo uma série de doenças, principalmente entre as crianças. A queda das temperaturas, a maior humidade, o regresso às aulas e o aumento do tempo passado em ambientes fechados favorecem a propagação de vírus e bactérias. Assim, é comum que, durante esta estação, as crianças fiquem mais suscetíveis a doenças respiratórias e infeções virais, entre elas: 

1. Constipações e Gripe

As constipações e a gripe são doenças muito frequentes no outono, sendo causadas por diferentes vírus. Estes vírus propagam-se principalmente em ambientes fechados e aglomerados, como as escolas e creches, onde as crianças passam muito tempo em contacto umas com as outras.

Sintomas: Nariz entupido, tosse, febre, dores de cabeça e musculares.

Prevenção: Lavar frequentemente as mãos, arejar os espaços fechados, vacinar contra a gripe e manter uma alimentação equilibrada para reforçar o sistema imunitário.

2. Bronquiolite

A bronquiolite é uma infeção viral que afeta principalmente crianças com menos de dois anos de idade, atacando as pequenas vias respiratórias dos pulmões (bronquíolos). É mais comum no outono e inverno, quando o vírus sincicial respiratório (VSR), o principal causador da bronquiolite, circula com mais intensidade.

Sintomas: Tosse persistente, pieira, dificuldade respiratória e febre.

Prevenção: Lavar as mãos com frequência, evitar o contacto com pessoas doentes, principalmente bebés e crianças pequenas, e manter os ambientes ventilados.

3. Otites

As otites são infeções no ouvido que podem ocorrer após constipações ou gripes, uma vez que o acúmulo de secreções nas vias respiratórias superiores pode bloquear a trompa de Eustáquio, facilitando o desenvolvimento de bactérias e vírus no ouvido médio.

Sintomas: Dor de ouvido, irritabilidade, dificuldade em ouvir, febre e, por vezes, secreção auricular.

Prevenção: Tratar corretamente as constipações e manter o nariz limpo, para evitar o acúmulo de muco nas vias aéreas.

4. Faringite e Amigdalite

No outono, o ar mais seco e frio pode irritar as vias respiratórias, facilitando o desenvolvimento de infeções na garganta, como a faringite e a amigdalite, que podem ser virais ou bacterianas.

Sintomas: Dor de garganta, dificuldade em engolir, febre, inchaço das amígdalas (no caso da amigdalite), manchas brancas na garganta e rouquidão.

Prevenção: Evitar mudanças bruscas de temperatura, ingerir líquidos quentes e manter uma boa higiene oral.

5. Asma

O outono é também uma altura crítica para crianças asmáticas, pois as mudanças de temperatura e o aumento da humidade podem agravar os sintomas desta doença respiratória crónica. Além disso, a exposição a alérgenos típicos desta estação, como os ácaros do pó e o bolor, também pode piorar as crises de asma.

Sintomas: Tosse seca, dificuldade em respirar, pieira e sensação de aperto no peito.

Prevenção: Evitar ambientes com poeira e humidade excessiva, manter a medicação prescrita para controlar a asma e evitar exposições a alérgenos.

6. Conjuntivite Viral

A conjuntivite viral é comum no outono e é geralmente causada por vírus que também provocam constipações. Esta doença, que afeta a membrana que reveste o interior das pálpebras e a parte branca dos olhos (conjuntiva), pode ser facilmente transmitida entre as crianças.

Sintomas: Olhos vermelhos, comichão, lacrimejamento excessivo, secreção ocular e sensibilidade à luz.

Prevenção: Lavar frequentemente as mãos, evitar tocar nos olhos e não partilhar objetos pessoais, como toalhas ou almofadas.

7. Gastroenterites Virais

As gastroenterites, popularmente conhecidas como "virose intestinal", são mais comuns no outono devido à circulação de vírus, como o rotavírus e o norovírus. Estas infeções afetam o sistema digestivo e podem levar à desidratação rápida nas crianças.

Sintomas: Diarreia, vómitos, dores abdominais e febre.

Prevenção: Lavar as mãos com regularidade, principalmente antes das refeições, beber água potável e garantir a correta higienização dos alimentos.

 

Referências: 

Medicare. 10 cuidados a ter com a saúde no outono

Sams. Infecções respiratórias em pediatria.  

Manuais MSD. Considerações Gerais sobre infeções virais nas vias respiratórias em crianças. 

Sociedade Portuguesa de Pediatria. Recomendações sobre Vacinas Extra Programa Nacional de Vacinação. 

SNS24. Programa Nacional de Vacinação. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Grupo Lusíadas Saúde assinala Mês da Saúde Mental com iniciativa de sensibilização
O Hospital Lusíadas Monsanto, a unidade do Grupo Lusíadas Saúde especializada em saúde mental, vai disponibilizar consultas...

Entre os dias 7 e 11 de outubro, os portugueses terão a possibilidade de contactar diretamente com profissionais de excelência nas áreas de Psicologia, que estarão responsáveis por realizar uma primeira orientação do estado de saúde mental e, se necessário, direcioná-los para o acompanhamento e tratamento mais indicado para as suas necessidades.

A realização destas consultas tem como principal objetivo sensibilizar a população para a importância da saúde mental e para a necessidade de eliminar o estigma associado a estas doenças e ao seu tratamento. De acordo com o último Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental, desenvolvido pela Universidade Nova de Lisboa, um em cada cinco portugueses sofre de uma perturbação psiquiátrica, colocando Portugal na segunda pior posição a nível europeu – atrás apenas da Irlanda.

“Face à crescente incidência de problemas relacionados com a saúde mental em diferentes grupos e faixas etárias – um cenário potenciado pelos efeitos da pandemia da Covid-19, bem como pelo estilo de vida acelerado e de elevada pressão social que hoje experienciamos – torna-se imperativo que entidades como a Lusíadas Saúde possam, por um lado, facilitar o acesso das pessoas aos mais adequados cuidados de saúde nesta área, e, por outro, promover maior conhecimento e consciencialização para a temática da saúde mental e para a importância do correto acompanhamento – porque cuidar da mente é tão importante como cuidar do corpo”, refere Filipa Pinheiro Marques, CEO do Hospital Lusíadas Monsanto.

As consultas de orientação de saúde mental disponibilizadas pelo Hospital Lusíadas Monsanto vão realizar-se de segunda, dia 7 de outubro, a sexta-feira, dia 11 de outubro, entre as 11h00 e as 13h00, estando sujeitas a marcação prévia, que deverá ser feita através do número 932710032.

O Hospital Lusíadas Monsanto é a unidade do Grupo Lusíadas especializada em saúde mental com um projeto clínico pioneiro, lançado em maio deste ano em simultâneo com uma campanha nacional que visa alertar para a importância da saúde mental e para a necessidade de eliminar o estigma associado a estas doenças e ao seu tratamento – “Cuidar da saúde mental é normal. E merece dedicação total”.

Ação de Sensibilização
A propósito do Dia Mundial do Coração, o Hospital da Luz e o SL Benfica protagonizaram uma ação de sensibilização fora do comum...

A ação foi realizada exatamente na mesma data em que um adepto do SL Benfica sofreu uma paragem cardiorrespiratória à saída do Estádio da Luz. Graças à rápida intervenção dos meios de socorro presentes no local, o adepto foi rapidamente assistido e reanimado. 

Mas esta foi apenas uma das raras ocasiões em que um adepto de futebol que sofreu um ataque cardíaco, no interior ou nos arredores de um estádio, foi socorrido com sucesso. Ao longo dos anos, são inúmeros os registos de incidentes semelhantes, com finais menos felizes. Ainda mais quando, em Portugal, mais de 80% da população admite saber “pouco ou nada” sobre manobras de reanimação.

A morte súbita é um acontecimento inesperado, constituindo-se como uma das principais causas de morte em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 20 mil pessoas por dia, em todo o mundo, são vítimas de morte súbita.

“A cada 90 segundos acontece uma paragem cardiorrespiratória. Pode ser ao pé de si!”, afirma Paulo Fonseca, do Hospital da Luz. O enfermeiro, com vasta experiência em emergência, formador do INEM e formador em SBV-DAE, explica: “O Suporte Básico de Vida (SBV) é essencial para manter as funções vitais de uma pessoa em paragem cardiorrespiratória, através de manobras simples como compressões torácicas e ventilação boca-a-boca, ou apenas compressões torácicas de forma ininterrupta até que chegue ajuda diferenciada. A intervenção precoce pode aumentar significativamente as hipóteses de sobrevivência e prevenir danos neurológicos, uma vez que no SBV o que ganhamos é tempo”. E conclui: “O direito de eu ser reanimado passa pelo dever de eu saber reanimar o próximo”.

Segundo representantes do movimento cívico “Salvar Mais Vidas”, em Portugal, menos de 3% das pessoas que sofrem ataques cardíacos na rua têm hipóteses de sobreviver - uma percentagem muito abaixo da média europeia, que se situa nos 30%. 

Foi com o objetivo de partilhar a informação correta, ensinando os gestos básicos que salvam vidas, que o Hospital da Luz e o SL Benfica uniram esforços, transformando o intervalo de um jogo numa gigante aula de Suporte Básico de Vida.

António Silva e um “novo” cântico ensinam manobras de salvamento

Tudo aconteceu durante o intervalo de um jogo do SL Benfica, com um vídeo protagonizado pelo craque das “águias”, António Silva, mostrado nos ecrãs do estádio.

No vídeo, o defesa do SL Benfica, internacional A pela Seleção Nacional, mostrou como é feita uma massagem cardiorrespiratória e desafiou, depois, os quase 59.000 adeptos do clube no Estádio a entoarem o “Cântico do Coração” ao ritmo das batidas cardíacas.

O cântico que ecoou por todo o estádio é uma nova versão do icónico “Eu Amo o Benfica”, que foi adaptado pelo DJ Kamala e acelerado para 120 bpms - a frequência máxima ideal para reanimação cardíaca. Quando esta nova versão do cântico começou a tocar no estádio, entraram no relvado os Tocá Rufar, dando ritmo e força à voz dos milhares de adeptos presentes. 

Uma experiência única em que o público teve a oportunidade de aprender os gestos básicos do Suporte Básico de Vida e, ao mesmo tempo, celebrar o desporto e a vida com a música do coração de todos os benfiquistas. Toda a ação foi apoiada e certificada pelos profissionais de saúde do Hospital da Luz.

Em caso de emergência:

1 - Ligue para o 112 e responda a todas as questões que lhe colocarem.

2 - Com os braços esticados, faça compressões rápidas e fortes, no mínimo com 5 a 6 cm de profundidade no centro do tórax, ao ritmo do Cântico do Coração (100 a 120 Compressões por minuto) 

3 - Se tiver acesso a um desfibrilhador automático externo (DAE), utilize-o em segurança; para isso basta seguir todas as indicações dadas pelo equipamento.

 
Estética e Emagrecimento
Complementar um plano alimentar de emagrecimento com um plano de tratamentos corporais, permite um m

A combinação de um estilo de vida saudável, dieta e exercício físico permite perder gordura de uma forma generalizada. No entanto existem áreas que por razões hormonais e genéticas resistem a este processo de perda de volume. É a chamada gordura localizada e habitualmente é encontrada nos braços, coxas, “coulotte” e flancos. A parte ou partes do corpo onde a gordura é armazenada é altamente influenciada por fatores genéticos, de acordo com estudo recente.

Apesar de oferecer menor risco para a saúde do que a gordura visceral, que possui um comportamento metabólico e hormonal capaz de aumentar o perfil inflamatório do organismo, reduzir a sensibilidade à insulina e aumentar a pressão arterial, a gordura localizada ou gordura subcutânea é mais difícil de ser eliminada. Durante o emagrecimento há diminuição na produção do colágeno (principalmente tipo I) e da elastina. A degradação dessas fibras é a principal causa da flacidez.

Toda as dietas devem considerar a manutenção da massa magra para que os objetivos da perda de gordura sejam atingidos sem causar flacidez. Embora a reposição alimentar ou suplementação possam ajudar na perda de colagénio, muitas vezes revela-se insuficiente. Seja para a gordura localizada resistente à perda de peso, seja para a flacidez associada à redução de volume, existem procedimentos (não invasivos, minimamente invasivos e invasivos) que permitem tratar esta duas condições:

Lipolaser

É a forma mais eficaz de remover a gordura localizada, que permite tratar simultaneamente a celulite e flacidez associada ao emagrecimento. Trata-se de uma tecnologia inovadora que consiste numa fibra ótica de laser acoplada a uma pequena cânula que permite destruir os adipócitos (células gordas) e removê-los no imediato por aspiração. É uma evolução tecnológica da lipoescultura, mas menos invasiva e com maior capacidade de fazer retração da pele. Em áreas pequenas é feito com anestesia local e áreas grandes com sedação.

Endolaser

O endolaser é um procedimento minimamente invasivo com recurso a uma tecnologia laser de última geração que consiste em microfibras óticas da espessura de um fio de cabelo. Sem incisões ou cortes as microfibras são inseridas debaixo da pele e permitem tratar a flacidez, seja na face, pescoço, pálpebras e/ou corpo. O tratamento é realizado em consultório com anestesia local. É apenas necessária uma única sessão, os resultados são visíveis a partir dos 3 meses, durando cerca de 2 a 3 anos. É, portanto, um tratamento específico para flacidez, podendo adicionalmente tratar pequenas acumulações de gordura.

Radiofrequência Microfracionada

Aliado no tratamento da flacidez temos a radiofrequência fracionada que combina duas tecnologias amplamente usadas (microagulhamento e radiofrequência) para uma estimulação da produção do colagénio. Pode ser usado na face, pescoço e corpo. Uma vez que parte dos resultados se deve à estimulação endógena de colagénio, o efeito é observado após 3 meses do tratamento. Podem ser necessárias 1-3 sessões dependendo de cada caso. Ao contrário de outros procedimentos, o fototipo não influencia a eficácia do tratamento. O procedimento é realizado sob anestesia tópica aplicada 1h antes da sessão, para maior conforto do paciente. Após o tratamento a pele fica rosada e mais áspera, com normalização em menos de uma semana. Durante esse período recomenda-se fotoproteção adequada.

Plama Frio

Procedimento minimamente invasivo revolucionário que utiliza energia sub-dérmica de plasma frio para fazer retração e rejuvenescimento da pele da face e corpo. É uma tecnologia única porque a energia do plasma frio aplicada sob a pele cria uma contração instantânea da pele que melhora ao longos dos meses seguintes. É seguro e comprovada cientificamente a sua eficácia. De acordo com os estudos podemos obter cerca de 80% de retração cutânea numa única sessão.

Ultrassons macro e microfocados

É uma tecnologia 100% não invasiva que permite tratar a flacidez facial e corporal. Adicionalmente permite tratar gordura localizada. O ultrassom microfocado – o mais comum e que atua nas camadas mais profundas da pele – é utilizado para procedimentos no rosto, e têm como objetivo promover um efeito lifting. Já o ultrassom macrofocado– é indicado para o corpo e ajuda a reduzir a flacidez e até 20% da gordura localizada no abdómen e na região interna das coxas. Os tratamentos são rápidos, não exigem período de recuperação entre as sessões e podem ser feitos em qualquer tipo de pele. O número de sessões pode variar de acordo com cada caso, mas os resultados já são visíveis desde a primeira sessão.

Ondas eletromagnéticas e Radiofrequência

Tecnologia não invasiva combinada, baseada em energia eletromagnética de alta intensidade e radiofrequência. A energia eletromagnética de alta intensidade induz contrações musculares supramáximas permitindo aumentar a massa muscular e reduzir a gordura localizada. Este processo de “stress”, obriga o músculo a adaptar-se, resultando no crescimento das fibras musculares e aumento do número de células. Uma sessão de 30 minutos equivale a 20.000 abdominais ou agachamentos. É único procedimento não invasivo do mundo a construir músculo e reduzir gordura indesejada, permitindo uma remodelação corporal. Com apenas 6 a 8 sessões, sem anestesia e sem tempo de recuperação, é possível melhorar visivelmente o contorno e a tonificação na zona tratada.

O tratamento pode ser realizado nas seguintes zonas:

  • Abdómen;
  • Glúteos;
  • Coxas;
  • Braços;
  • Músculos gémeos.

Abdominoplastia / Dermolipectomia

Quando o emagrecimento é muito rápido ou em situações de obesidade e cirurgia bariátrica, a pele não consegue retrair de forma eficaz. Nesses casos, a Cirurgia Plástica pode ajudar com cirurgias que removem o excesso de pele e gordura no abdómen, coxas e braços, as chamadas dermolipectomias. A dermolipectomia mais procurada é a Abdominoplastia que corrige o abdómen com excesso de pele e gordura permitindo melhorar o contorno corporal. Trata-se de uma cirurgia com uma incisão localizada acima do púbis, estrategicamente colocada de forma a ser escondida dentro da linha do biquíni.

Trata-se do procedimento mais eficaz para corrigir a flacidez da pele, permitindo também corrigir o afastamento dos músculos retos abdominais (diástase) que confere ao abdómen um aspeto arredondado e globoso. Esta alteração da musculatura abdominal é frequente após gravidezes ou excesso de peso. A realização deste tipo de cirurgias estéticas deve ser efetuada por um especialista cirurgião plástico e estético reconhecido pela Ordem dos Médicos.

Ondas de Choque

Excelente aliado se o seu foco for reduzir a aparência da celulite, melhorar a textura e aspeto da pele, e perder alguma gordura localizada. As ondas de choque são ondas acústicas de alta intensidade que estimulam a lipólise e a drenagem linfática. Assim conseguimos promover o aumento da circulação sanguínea, melhorar a drenagem linfática e acelerar o processo de produção de colagénio.

Ultrassom multifocal de baixa intensidade

Tecnologia não invasiva exclusiva e patenteada capaz de reduzir o processo inflamatório do corpo, com controle total e ausência absoluta de efeitos colaterais. Distingue-se dos outros procedimentos por apresentar uma ação anti-inflamatória. O estilo de vida atual, o sedentarismo, stress, o consumo de alimentos processados, consumo de tabaco e álcool desenvolvem um estado inflamatório corporal que dificulta a perda de gordura localizada. Graças a ação mecânica suave desta tecnologia, sem efeito térmico, é possível trabalhar a zona sem alterar a temperatura da pele. O estímulo mecânico na membrana celular transforma-se num sinal químico intracelular, que regula o funcionamento da célula. Trata-se, portanto, de uma técnica que permite a reeducação celular. O multifocal permite trabalhar toda a hipoderme, compactando o tecido adiposo e reduzindo gordura e celulite de forma localizada. Atua também na derme estimulando o colágeno e a elastina.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
De 5 a 13 de outubro
No mês da saúde mental, o centro comercial Nova Arcada, em Braga, recebe a exposição "Expressões de Alma", que tem...

Esta iniciativa, de acesso gratuito, visa apoiar pessoas com demência e os seus cuidadores, enquanto oferece um olhar sensível sobre o impacto da condição mental e a relevância dos cuidados humanizados, destacando o trabalho desenvolvido pelo projeto “Sempre em Mente”.

As fotografias presentes no espaço, podem ser encontradas em pequenas casinhas de madeira, que simbolizam o acolhimento e a natureza domiciliar do projeto, que se dedica a melhorar a qualidade de vida das pessoas com demência e dos seus familiares, promovendo intervenções que estimulam a autonomia e a funcionalidade dos pacientes, ao mesmo tempo que capacita os seus cuidadores.

"A arte tem um poder transformador e, através dela, acreditamos que podemos não só despertar emoções, mas também incentivar a reflexão e desmistificar temas tão complexos como a saúde mental. Esta exposição é um exemplo de como a cultura pode ser um veículo para promover a inclusão e a conscientização, fortalecendo tanto os indivíduos como a comunidade", refere Filipa Lopes, diretora do Nova Arcada.

A exposição "Expressões de Alma" pode ser encontrada no Piso 1 do centro comercial e integra o conjunto de ações do Nova Arcada direcionadas à comunidade, com o intuito de proporcionar experiências culturais com propósito.

2º episódio do Podcast Saúde que Conta
“Nós não devemos segmentar o acesso ao conhecimento. A literacia em saúde está muito associada ao investimento estratégico que...

Uma das principais ideias em destaque nesta conversa foi a importância de investir desde cedo na educação, como forma de conseguir melhores resultados em saúde a longo prazo. “A grande batalha de um país que se quer modernizar é a batalha da educação coletiva. Temos de apostar em mediadores, como as farmácias comunitárias, que podem desempenhar um papel essencial na orientação das pessoas”, reforça.

No mais recente episódio do podcast Saúde que Conta, o Lado B da Literacia, intitulado "Saúde é para Todos", estiveram também presentes, Andrea Lima, fundadora e diretora executiva do Fórum Saúde XXI, e Pedro Lavinha, gestor na área da saúde na ULS Lisboa Ocidental e ex-diretor da Qualidade e Vogal do Conselho Diretivo no INEM, com a moderação de Ana Rita Pedro, especialista em literacia em saúde da ENSP NOVA.

Neste episódio é abordada a ligação entre literacia em saúde e a capacidade dos indivíduos para navegar e utilizar os serviços de saúde de forma eficiente. Os principais desafios e oportunidades na capacitação da população, como será possível otimizar recursos, reduzir custos desnecessários, enquanto se garante que todas as pessoas recebem os cuidados necessários.

“Temos uma burocracia histórica, um modo de funcionamento que perdeu o seu tempo, que entendeu que a sociedade tinha de ser gerida do ponto de vista da saúde a régua e esquadro. Libertar a sociedade, significa que, mesmo que tenhamos pouca instrução, não devemos ser tratados de uma forma paternalista. As pessoas têm direito a ter liberdade e a serem encaminhadas.” “Há também que trabalhar muito na literacia dos technical advisers, dos supostos pensadores ou influenciadores de política”, adianta Adalberto Campos Fernandes.

“Vamos querer com a literacia trabalhar o lado brilhante da lua, ou vamos estar permanentemente a acompanhar aqueles que estão no lado escuro da lua?” questiona Adalberto Campos Fernandes.

Nesta conversa, Andrea Lima alertou ainda para a falta de informação clara e acessível ao cidadão comum, que muitas vezes resulta em más decisões de saúde: “Há uma grande dificuldade em saber onde se dirigir para um problema de saúde simples, e isto leva muitas pessoas a recorrerem às urgências sem necessidade”.

“O Serviço Nacional de Saúde é um sistema que é complexo, com várias entradas o que obriga a que a população tenha de ter múltiplos conhecimentos de como pode aceder a essas várias entradas. É fundamental formar as pessoas com esta pedagogia, que vai permitir uma melhor utilização e uma melhor rentabilização dos recursos que são escassos”, esclarece Pedro Lavinha. Estes são alguns dos momentos desta conversa. Convidamos a ouvir o episódio na íntegra aqui (https://open.spotify.com/show/1kl3ed8maEGoSnLZ9HBzOZ).

O podcast surge integrado no projeto “Saúde que Conta”, uma iniciativa da ENSP NOVA com o apoio da Lilly Portugal, que, desde 2011, aborda temas com impacto na comunidade, nos custos em saúde e na economia, contribuindo para uma maior informação, acompanhamento, apoio e literacia em saúde.

Projeto Talk-Show: Stem Cells Rock!
Chama-se Talk-Show: Stem Cells Rock! e pretende mostrar ao público como se faz investigação na área das células estaminais e a...

A iniciativa vai contar com entrevistas, momentos de sátira, sketches teatrais e música, juntando em palco cientistas, artistas e comunicadores de ciência.  O espetáculo sobe ao palco do Conservatório de Música de Coimbra na próxima quarta-feira, dia 9 de outubro, às 18 horas. O evento é gratuito, mas sujeito a inscrição prévia em https://forms.gle/qjLgA1zNS58fPdW87.

Vai contar com a participação especial do investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), docente de Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e Vice-Reitor da Universidade de Coimbra para a Investigação, João Ramalho-Santos.

Antes desta sessão aberta a todo o público, a equipa do projeto Talk-Show: Stem Cells Rock! vai apresentar o espetáculo no mesmo dia (9 de outubro) na Escola Básica e Secundária Quinta das Flores (a ter lugar também no Auditório do Conservatório de Música de Coimbra) a uma plateia de estudantes do ensino secundário. Esta sessão vai contar com a participação especial do investigador do CNC-UC e investigador coordenador da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Lino Ferreira. As duas sessões têm como objetivo entender o impacto do formato talk-show para comunicar ciência e envolver adolescentes na área.

Sobre a escolha da temática das células estaminais para este espetáculo, o investigador do CNC-UC e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CiBB), Ricardo Neves, sublinha que “a perceção do público em geral é que as células estaminais são aquelas que se recolhem e preservam quando um bebé nasce, algo que fica muito aquém da realidade”. “As células estaminais são muito mais do que isso: todos os nossos órgãos possuem células estaminais que permitem que o nosso corpo se renove e funcione diariamente da melhor forma. Quando há falhas neste processo, de renovação a partir de células estaminais, o corpo humano entra num processo de doença”, acrescenta o coordenador da iniciativa.

De forma a tornar este momento de partilha com o público mais acessível e divertido, o investigador revela que a escolha do talk-show – um estilo de programa que, em linhas gerais, é conduzido por um apresentador, que vai interagindo com diversos convidados – “permite criar diferentes momentos – como espaços de entrevista, sátiras aos momentos de marketing de produtos, sketches, momentos jocosos e dramáticos e música – que podem ajudar a explicar assuntos complexos de forma simples, combatendo alguma pseudociência”.

“Acreditamos que as várias personagens e momentos de interação – entrevistas, momentos teatrais e música ao vivo, com a participação de uma banda – que criámos para este espetáculo vão ajudar a perceber o vasto universo de investigação em células estaminais, e a sua importância, abordando diferentes sistemas e órgãos do corpo humano”, afirma Ricardo Neves. “Além disso, procuramos também abordar assuntos como o nascimento, o desenvolvimento, a saúde e a morte, de uma forma leve e dinâmica, que prenda a atenção do espectador e que, ao mesmo tempo, o consciencialize para a importância de ter uma vida saudável”, acrescenta.

O projeto Talk-Show: Stem Cells Rock! foi um dos vencedores da 4.ª edição da iniciativa “Promoção da Cultura Científica”, promovida pela Universidade de Coimbra, através do seu Instituto de Investigação Interdisciplinar, para apoiar atividades de comunicação de ciência de cariz científico interdisciplinar e cultural que divulguem o conhecimento gerado na UC junto de públicos diversos.

É um projeto fruto de uma parceria do CNC-UC / CiBB com a Casa da Música, a Fábrica – Centro Ciência Viva de Aveiro e a Universidade de Aveiro. Conta ainda com o apoio da Sociedade Portuguesa de Células Estaminais e Terapia Celular.

De 7 a 11 de outubro
A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa (NOVA FCSH), em colaboração com a NOVA Medical School ...

O arranque das atividades será marcado por uma mesa-redonda dedicada à Saúde Mental no Ensino Superior, onde especialistas como Olga Cunha, Psicóloga na NOVA FCSH e Presidente da Rede de Serviços de Apoio Psicológico no Ensino Superior (RESAPES), e Joaquim Gago, docente na NMS, psiquiatra e membro da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, irão debater desafios e soluções para este tema emergente.

Como parte da programação, a NOVA FCSH acolhe também o 1.º Encontro Nacional da Federação Portuguesa de Psicoterapia (FEPSI), que terá lugar no último dia da semana e abordará o tema “Identidade e Idoneidade da Psicoterapia na Saúde Mental”. Este encontro insere-se no Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior, refletindo o compromisso da Faculdade com o bem-estar da comunidade académica.

Além das conferências e mesas-redondas, a Semana da Saúde Mental inclui uma diversidade de workshops práticos que exploram tópicos como a higiene do sono, alimentação equilibrada, musicoterapia e escrita criativa. Serão ainda promovidas sessões de empregabilidade e atividades desportivas nos espaços da NOVA Medical School, incentivando uma abordagem completa à saúde mental.

A Semana da Saúde Mental decorre no âmbito do Dia Internacional da Saúde Mental, que se assinala a 10 de outubro, e reforça o papel fundamental das instituições de ensino na promoção de uma cultura de bem-estar e saúde mental.

A Saúde Mental ocupa um lugar central na agenda da NOVA FCSH, com iniciativas contínuas ao longo do ano. A faculdade conta com o Serviço de Psicologia, Inclusão e Igualdade – PsII+, que, além de prestar diferentes modalidades de apoio de forma gratuita, organiza semestralmente programas específicos de atividades orientados para os diversos ciclos de estudos, promovendo o desenvolvimento integral da sua comunidade académica.

 
10 e 11 de outubro
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) lança a primeira edição da Integrar +, uma reunião que resulta da...

O encontro “AVC 360º - Integrar e Aplicar\2, dedicado à abordagem do AVC segundo o prisma dos Cuidados de Saúde Primários, junta-se à já habitual Reunião Nacional das Unidades de AVC, tradicionalmente focada na fase aguda do AVC, para criar um espaço de partilha de conhecimento e experiências que visam otimizar os cuidados prestados aos doentes. O objetivo principal da reunião Integrar + é espelhar o contínuo de cuidados para com os doentes, envolvendo especialistas de diversas áreas que contactem com a doença vascular cerebral. 

A iniciativa  pretende reforçar a partilha de experiências e aproximar os profissionais que, em diferentes fases de abordagem da doença, têm estes doentes a seu cargo.

O nome Integrar + reflete a intenção de unir profissionais e criar uma rede de cuidados sólida, garantindo uma continuidade de cuidados desde o hospital até ao ambulatório. "Queremos contribuir para uma maior diferenciação dos profissionais ligados ao tratamento do AVC, mas sobretudo para uma atividade mais integrada entre os diferentes elos desta cadeia de cuidados", reforça o neurologista.

O programa do evento foi cuidadosamente estruturado para abordar todos os aspetos da doença vascular cerebral, desde os cuidados de saúde primários à abordagem hospitalar, sem esquecer a reabilitação e a reintegração social do doente, bem como a discussão de políticas de saúde a implementar para reforçar o desenvolvimento de um modelo integrado de cuidados. 

Entre as sessões essenciais para reforçar a necessidade de definição estratégica, de abordagem e de estruturação de cuidados, o Dr. Alexandre Amaral e Silva destaca a “Sessão Interativa 1: Prevenção Primária do AVC” e a “Sessão Interativa 3: Abordagem Integradora de Cuidados”. Na primeira, serão discutidos os pilares essenciais para uma política nacional de prevenção do AVC, explorando estratégias de stroke awareness e o valor acrescentado que as novas tecnologias podem representar enquanto ferramentas deste plano. Na segunda, serão abordados alguns temas concretos da articulação entre os cuidados de saúde primários e hospitalares, procurando dar resposta às necessidades de garantir uma transição segura e eficaz do hospital para os cuidados em ambulatório, concretizando a ambição de um modelo verdadeiramente integrado de cuidados.

Um dos pilares fundamentais do Integrar + será o modelo de aprendizagem interativo, assente na multidisciplinaridade e discussão prática dos temas. As mesas redondas e discussões serão baseadas em exemplos práticos e casos clínicos demonstrativos, promovendo uma participação ativa da audiência através de televoto e debates alargados no final de cada sessão. O evento contará ainda com a reedição da tradicional sessão “Perguntas Fáceis, Respostas Difíceis”, onde especialistas de várias áreas responderão a questões da audiência, proporcionando um espaço para a partilha de experiências da vida clínica diária. "O nosso objetivo é garantir que todos aprendam com todos e que as experiências práticas e as dúvidas de cada profissional sejam partilhadas de forma aberta e colaborativa", acrescentou o Dr. Alexandre Amaral e Silva. Por fim, estão programadas duas sessões de discussão prática de casos clínicos voltados especificamente para a fase aguda do AVC.

O evento é aberto a todos os profissionais interessados no cuidado ao doente com doença vascular cerebral, de todas as especialidades e áreas de intervenção. Todas as mesas de discussão irão contar com especialistas das áreas da Neurologia, Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Neurorradiologia de Intervenção, Medicina Física e de Reabilitação e Cardiologia. Enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de diagnóstico e terapêutica, entre outros, terão também lugar de destaque nas discussões, assegurando uma abordagem verdadeiramente multidisciplinar e integrada.

Todas as informações sobre a reunião, bem como o formulário de inscrições online encontram-se disponíveis em:https://spavc.org/congressos-reunioes/reuniao-integrar/

 
Evento no âmbito dos 30 anos da Fundação BIAL
“Sobre a Fisiologia da Mente 2024” é o título da conferência preparada pelos neurocientistas António Damásio e Hanna Damásio e...

Estarão presentes no evento o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, que encerra a sessão, o Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, e o presidente da Fundação BIAL, Luís Portela.

António Damásio é Professor da cátedra David Dornsife de Neurociência, Psicologia e Filosofia, e Diretor do Brain and Creativity Institute, na University of Southern California, em Los Angeles (EUA). Neurologista e neurocientista, tem dado contributos fundamentais para a compreensão dos processos cerebrais subjacentes ao afeto, à tomada de decisões e à consciência. O seu trabalho teve grande impacto nas neurociências, psicologia e filosofia. Autor de várias centenas de artigos científicos, é considerado um dos mais eminentes neurocientistas da era moderna.

Hanna Damásio é Professora da cátedra Dana Dornsife de Neurociência e Diretora do Dana and David Dornsife Cognitive Neuroscience Imaging Center, na University of Southern California.  Utilizando a tomografia computorizada e a ressonância magnética, desenvolveu métodos de investigação da estrutura do cérebro humano e estudou funções como a linguagem, a memória e a emoção, utilizando tanto o método de estudo de lesões cerebrais como a neuroimagem funcional. Os seus contributos para a compreensão das bases neurais dos processos linguísticos são especialmente notáveis.

 
No âmbito do "Outubro Rosa"
A Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Sul (LPCC-NRS) vai dinamizar um conjunto de caminhadas em 30 localidades...

A acontecer em Abrantes, Alcácer do Sal, Almeirim, Almodôvar, Alpiarça, Beja, Borba, Caldas da Rainha, Cartaxo, Cascais, Castro Verde, Elvas, Évora, Golegã, Lisboa, Lourinhã, Marinhais, Mértola, Moura, Oeiras, Peniche, Portalegre, Portimão, Quinta do Conde, Reguengos de Monsaraz, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém, Seixal, Setúbal, Torres Novas e Torres Vedras, a iniciativa da LPCC – NRS espera angariar 1500 participantes, cujos donativos vão contribuir para realizar ações de sensibilização e apoio aos doentes oncológicos e família.

Por sua vez, o primeiro torneio de ténis organizado pelo Grupo de Apoio de Lisboa e o Pink Padel Open’, cuja terceira edição vai ter lugar, no dia 19 de outubro, no Oeiras Padel Academia, vão também permitir à LPCC-NRS dar continuidade à sua campanha de prevenção do cancro da mama, no âmbito das ações ‘Outubro Rosa’ previstas.

Os dados mais recentes sobre o cancro da mama, publicados pelo Global Cancer Observatory da Organização Mundial de Saúde e referentes a 2022, em Portugal, estimam  que cerca de 9.000 mulheres tenham sido diagnosticadas com cancro da mama e mais de 2.000 tenham morrido com esta doença. 

O movimento conhecido por ‘Outubro Rosa’- Pink October - nasceu nos Estados Unidos da América com o objetivo de mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama. Desde então, por todo o mundo, a cor rosa é utilizada para homenagear as mulheres com cancro da mama, sensibilizar para a prevenção e diagnóstico precoce e apoiar a investigação nesta área.

Iniciativa permite alertar para a importância do diagnóstico precoce
A Auchan Retail Portugal junta-se à luta contra o cancro da mama pelo terceiro ano consecutivo. A campanha solidária ‘Pink...

Durante todo o mês de outubro, por cada peça de roupa interior e de senhora, identificadas com a etiqueta alusiva à campanha, e por cada sutiã da marca DIM vendidos, 1€ reverte para a Associação Mama Help.

“Na Auchan, acreditamos que é fundamental apoiar causas tão importantes como esta. A luta contra o cancro da mama é de todos, por isso, queremos contribuir ativamente para sensibilizar a sociedade para a importância do diagnóstico precoce, assim como apoiar quem está a travar esta luta”, afirma Ana Rita Cruz, Diretora de Responsabilidade Social e Ambiental da Auchan Retail Portugal.

“É primordial estar-se bem informado. Mas esta informação, mesmo estando disponível de forma livre, nem sempre é fácil de interpretar. É importante que exista uma orientação, sem a qual o problema pode ser agravado, ao invés de mitigado. A Associação Mama Help surge, precisamente, como um centro de recursos diversos, aberto a toda a gente”, afirma Manuela Gonçalves, Diretora Administrativa da Associação Mama Help.

Esta é a 3ª edição da ‘Pink October’, que já permitiu angariar 4.500€ para a Associação Mama Help.

Através da iniciativa de responsabilidade social "Bosque dos Corações".
A Servier Portugal, grupo farmacêutico de origem francesa, acaba de lançar o projeto "Bosque dos Corações". Esta...

"O Bosque dos Corações é mais do que um projeto ambiental – é um investimento no futuro da saúde pública. Sabemos que a qualidade do ar que respiramos está diretamente ligada à saúde cardiovascular. Ao reflorestar áreas devastadas pelos incêndios, estamos não só a restaurar o equilíbrio ecológico, como também a promover um ambiente mais saudável para as gerações atuais e futuras", afirma Carlos Courelas, Diretor de Recursos Humanos da Servier Portugal.  

Os incêndios que têm assolado o território português nos últimos anos e mais recentemente, não só impactam gravemente o ambiente, como também têm consequências diretas na saúde pública. A degradação do meio ambiente, a perda de florestas e o aumento da poluição atmosférica estão ligados ao agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares. As florestas desempenham um papel fundamental na purificação do ar, regulando os níveis de dióxido de carbono (CO2) e oxigénio (O2), ajudando assim a mitigar os efeitos das alterações climáticas. 

Um pinheiro-bravo maduro pode absorver entre 50 e 200 kg de CO2 por ano, dependendo do seu tamanho e saúde. Com este projeto, a Servier prevê que a plantação poderá absorver cerca de nove toneladas de CO2 por ano, contribuindo diretamente para a redução da pegada carbónica. Além disso, as árvores desempenham um papel essencial na libertação de oxigénio, com cada pinheiro a produzir aproximadamente 40 a 70 kg de O2 por ano, resultando numa libertação anual de 3,2 toneladas de O2 nesta área reflorestada. 

A empresa “Normas Verdes”, especializada em reflorestação sustentável, será responsável pela preparação do terreno e pela plantação dos pinheiros-bravos, contando com a supervisão do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). As atividades de plantação estão programadas para começar ainda este ano, com o objetivo de restaurar gradualmente a biodiversidade da região e melhorar a qualidade do ar local. 

Este projeto reflete a visão da Servier de integrar iniciativas de sustentabilidade nas suas ações, consciente de que, ao cuidar do ambiente, está a cuidar das futuras gerações. A empresa reafirma, assim, o seu compromisso com a redução da pegada carbónica e a proteção do meio ambiente, ao mesmo tempo que trabalha para melhorar a saúde cardiovascular dos portugueses. 

Entrevista | Dra. Margarida Martinho, Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia
Frequentemente assintomáticos, os miomas são um tipo de tumor benigno que atinge, sobretudo, mulhere

Estima-se que entre 20% a 40% das mulheres em idade reprodutiva possam vir a desenvolver miomas uterinos, e essa prevalência pode chegar a 70%-80% aos 50 anos. Para abordar este tema começo por lhe perguntar em que consistem os miomas?

Os leiomiomas uterinos (também chamados miomas e fibromiomas) são os tumores pélvicos mais comuns e consistem num tumor mesenquimatoso benigno e monoclonal, que resulta de um crescimento e proliferação localizada das células musculares lisas do musculo uterino, o miométrio, rodeadas por uma pseudocápsula de fibras musculares normais comprimidas

Quais os principais sintomas ou sinais de alerta, e a partir de que idade podem surgir? Quais as faixas etárias mais atingidas?

Os miomas uterinos habitualmente não se associam a sintomas, mas em 30-40% dos casos podem manifestar-se por sintomas que dependem da sua localização e dimensões e são as mulheres em idade reprodutiva as mais afetadas. Os sintomas mais graves são as hemorragias uterinas anormais que se traduzem por uma menstruação mais intensa em quantidade e duração dor pélvica que pode ser intensa, um aumento do volume abdominal e sintomas de compressão dos outros órgãos vizinhos do útero como a bexiga e as mulheres referem que tem de ir frequentemente urinar e sentem um peso pélvico incomodativo. As hemorragias uterinas quando persistentes e prolongadas no tempo condicionam o aparecimento de anemia por deficit de ferro.

Quais as suas causas ou quais os fatores que lhe parecem estar associados? Existem mulheres mais predispostas que outras para ter miomas uterinos?

Na sua origem estão envolvidos fatores genéticos, hormonais e de crescimento. Estudos mostram que em cerca de 40% dos miomas apresentam anomalias nos cromossomas das suas células (translocações, deleções e trissomias) e sugerem que cada mioma surge de uma única célula de músculo liso. Também foi demostrado que as hormonas femininas como os estrogénios e a progesterona assim como outras substâncias produzidas pelas células musculares lisas e outras células do miométrio e designadas como fatores de crescimento promovem o crescimento dos miomas.

Os fatores de risco mais associados ao desenvolvimento de miomas uterinos são a idade a menarca precoce, a menopausa tardia, história de miomas em familiares de 1º grau, etnia afro-americana, obesidade, hipertensão arterial, dieta (carnes vermelhas, álcool, cafeína) e a nuliparidade.

Como é feito o seu diagnóstico?

O diagnóstico do mioma assenta inicialmente na valorização dos sintomas apresentados e pode suspeitar-se logo no exame ginecológico ao detetar-se um útero volumoso e nodular, mas é pela ecografia ginecológica que a maioria dos miomas são diagnosticados. Muito mais raramente, e nas situações de dúvida, pode ser necessário recorrer a uma ressonância magnética pélvica.

Que opções terapêuticas estão disponíveis para seu tratamento? O que pode condicionar a escolha do tratamento?

O tratamento deve ser definido em função da situação clínica da paciente e considerando a sua idade, mas sobretudo o seu desejo reprodutivo e em manter o seu útero. Recentemente os tratamentos médicos como os estroprogestativos ou progestativos isolados, mas sobretudo os Análogos da GnRH, os Moduladores Seletivos dos Recetores da Progesterona (Selective Progesterone Receptors Modulators ou SPERMs) e mais recentemente os antagonistas da GnRH pela eficácia no controle das hemorragias uterinas, mas também pelo potencial efeito na diminuição dos miomas têm assumido um papel importante podendo mesmo evitar o recurso á cirurgia ou melhorando as condições pré-operatórias da paciente. Os antagonistas da GnRH apresentam a vantagem de serem administrados por via oral, em tratamentos prolongados e por obviar a alguns dos efeitos secundários associados a outros similares como os análogos GnRH. O recurso ao tratamento cirúrgico excisionais (ou seja com remoção cirúrgica de tecido uterino, miomectomia ou histerectomia) ou não excisionais (com a destruição dos miomas por embolização ou energias) são ainda assim uma opção nas situações em que o tratamento médico não resulta ou a situação clínica o indica numa decisão que deve ser sempre individualizada e partilhada com a mulher após um aconselhamento adequado. Os tratamentos cirúrgicos podem ser preservadores da fertilidade como a miomectomia ou mais radicais quando se opta pela histerectomia total. Seja qual for a opção cirúrgica devem ser privilegiadas as técnicas minimamente invasivas como a abordagem laparoscópica ou histeroscópica.

Quais os riscos ou complicações para a saúde, caso não os sejam devidamente tratados?

As principais complicações de miomas volumosos não tratados são no caso de se associarem a menstruações muito abundantes, uma anemia grave com necessidade de tratamentos com ferro endovenoso ou transfusões ou, se pelo seu volume condicionarem compressão de órgãos pélvicos nomeadamente a bexiga e ureteres, situações de retenção urinária ou dor pélvica grave.

E, neste sentido, qual o seu impacto sobre saúde sexual e a fertilidade da mulher?

Os miomas sintomáticos podem interferir de forma significativa na forma como a mulher vive a sua sexualidade.

A sua vida sexual passa a ser frequentemente desconfortável, dolorosa e limitada pelo número de dias em que a hemorragia vaginal é intensa. Esta situação pode levar muitas mulheres a evitar ter relações sexuais, com o consequente impacto negativo na sua autoestima, líbido e satisfação sexual e eventualmente nos seus relacionamentos.

Além dos efeitos diretos na sexualidade feminina na vida sexual, os miomas uterinos podem também perturbar o ciclo reprodutivo e ter implicações na fertilidade, podendo associar-se a dificuldades em conseguir uma gravidez e aumentando o risco de aborto espontâneo e de parto prematuro.

Quais os principais mitos que existem quanto a este tema?

As principais crenças e receios ligados aos miomas são:

  • “Que os miomas uterinos sempre causam sintomas” e como vimos anteriormente apenas 30-40% causam sintomas
  • “Que todas as mulheres com miomas uterinos precisam de retirar o útero” e, no entanto, cada vez mais há tratamentos médicos ou conservadores que permitem tratar os miomas e seus sintomas conservando o útero não só porque a mulher ainda pretende ter filhos, mas também porque pretende uma solução menos radical
  • "Que os miomas em crescimento podem tornar-se tumores malignos” mas em mulheres em idade reprodutiva e com função hormonal os miomas podem crescer sem que isso signifique maior risco de malignidade mas apenas que respondem ao estimulo hormonal. Por outro lado, cada vez mais os estudos demostram que em mulheres pré-menopáusicas o risco de malignidade é muito baixo. A idade é o principal fator de risco de malignidade associada aos miomas.
  • “Que miomas só afetam mulheres mais velhas” e apesar de a sua frequência aumentar com a idade miomas sintomáticos podem surgir em mulheres mais jovens. Daí a importância de valorizar o aparecimento de sintomas associados aos miomas.
  • “Que quem tem miomas não poderá engravidar”, no entanto a relação entre miomas e infertilidade não é consistente e depende sobretudo da localização dos miomas e das suas dimensões. São sobretudo os miomas submucosos, que afetam a cavidade do útero e os miomas intra-murais de dimensões superiores a 4-5 cm que se associam de forma mais consistente com infertilidade.

Uma vez que pouco se fala sobre este tema e o seu impacto na qualidade de vida, que mensagens gostaria de deixar?

Em relação aos miomas é fundamental tranquilizar as mulheres que que sofrem de miomas pois para além de a maioria ser assintomática por outro lado há cada vez mais opções terapêuticas conservadoras e que permitem não só controlar os sintomas, mas muitas vezes optar por soluções cirúrgicas menos radicais ou invasivas. Por outro lado, importa enfatizar que as mulheres devem valorizar os sintomas precocemente sobretudo o aparecimento de hemorragias vaginais anormais, dores pélvicas intensas ou de um aumento do volume abdominal gradual e persistente ou mesmo uma associação destes sintomas. Neste contexto devem procurar uma avaliação médica cedo e não esperar pelo agravamento das queixas para procurar essa ajuda.

Acontece com alguma frequência que as mulheres demorem a relacionar alguns sintomas como o cansaço fácil devido à anemia atribuível às perdas menstruais, assim como o aumento de volume abdominal, com uma patologia ginecológica nomeadamente com miomas.

Estima-se que os miomas possam afetar cerca de 80 000 mulheres em Portugal. A maior prevalência ocorre durante a quinta década de vida de uma mulher (pode chegar a 80%), quando podem estar presentes em uma em cada quatro mulheres brancas e uma em cada duas mulheres afro-americanas. Apesar de menos frequentes nas mulheres em idade reprodutiva podem mesmo assim ter prevalência clinicamente significativa em 20% a 40% em mulheres entre 35 e 55 anos.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Heliporto garante o acesso rápido em situações de emergência médica de toda a região Norte
Com a autorização emitida pela ANAC, que obrigou ao cumprimento de requisitos de segurança exigentes, o Heliporto São João...

O acesso rápido e eficiente a cuidados altamente diferenciados é crucial na resposta a casos de trauma grave, sépsis, neurocríticos, entre outras situações. Nestes casos, seja em idade adulta ou pediátrica, os serviços de Urgência e Medicina Intensiva do São João são referência para a zona Norte do país, pelo que é necessário reduzir os tempos de transporte e diminuir os riscos associados à transferência de doentes. Além disso, o São João está integrado no plano de Proteção Civil regional e nacional, como componente central de resposta médica em casos de catástrofes naturais, acidentes de elevada dimensão, entre outros.

Construído de raiz em plataforma elevada, a infraestrutura possui ligação direta ao Serviço de Urgência e destina-se à operação de helicópteros de emergência médica, disponível 24 horas por dia, 365 dias/ano. 

“Enquanto referência para a prestação de cuidados altamente diferenciados, com responsabilidades nas Vias Verde AVC, Doença Coronária, Trauma e Sépsis, devemos garantir a rapidez e eficiência da resposta em situações de doença ou trauma grave. Assim, o acesso em emergência médica, que é melhorado pela construção do Heliporto, assume-se fundamental para a resposta do São João em circunstâncias nas quais o transporte por via aérea é absolutamente crítico.”, explica Maria João Baptista, Presidente do Conselho de Administração.

“Em Portugal, existem várias condições a ser respeitadas para garantir a segurança de doentes, das equipas e de todas as pessoas que possam circular próximo ao heliporto. Só quando estão asseguradas essas condições os heliportos de emergência médica podem ser licenciados pela ANAC. Este contexto conduziu à necessidade de intervencionarmos a área circundante do heliporto, bem como à necessidade de formação das equipas de suporte envolvidas, no caso, do Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto. Ou seja, foi um processo complexo, que exigiu a articulação de vários parceiros, mas estamos muito agradecidos pelo empenho de todos, o que nos permitiu hoje ter esta resposta em emergência médica para todo o Norte do país.”, conclui a responsável.

O projeto de construção do Heliporto São João representa um investimento superior a 1 milhão e meio de euros e é cofinanciado pela União Europeia, através do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional, com o apoio da CCDR-Norte. 

 

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