No final de 2023, 1339 tinham inscrições suspensas há mais de cinco anos
O número de médicos dentistas com inscrição suspensa há mais de cinco anos aumentou 7,6 por cento em 2023, atingindo a 31 de...

De acordo com o estudo ‘Números da Ordem 2024’, no final de 2023 existiam 2312 profissionais com inscrição suspensa, o que representa o segundo maior aumento num só ano (235) desde que há registos. O recorde de 258 (14,2%) foi atingido em 2022. Pelo segundo ano consecutivo, a taxa de crescimento é de dois dígitos (11,3%), um facto que não ocorria desde 2019 quando o crescimento foi de 12,2%. A última vez que houve dois anos seguidos com taxas de crescimento acima dos 10% foi em 2015 (10,3%) e 2016 (10,9%).

Mais de metade (54,4%) das 2312 inscrições suspensas tiveram como objetivo trabalhar no estrangeiro. Destes 1257, 26,8% escolheram exercer em França, 18,1% no Reino Unido e 13,4% em Espanha, que supera a Itália como o terceiro destino face aos ‘Números da Ordem 2023’.

“Portugal formou e perdeu estes 1339 médicos dentistas com inscrição suspensa há mais de cinco anos. E a situação vai continuar a agravar-se, porque continuamos a despejar num mercado de trabalho saturado jovens com perspetivas muito reduzidas de conseguir uma situação profissional estável”, afirma Miguel Pavão, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, preocupado com o atual cenário nas universidades portuguesas: “Somos o segundo país que mais médicos dentistas forma na União Europeia, conforme confirmou o Eurostat. É urgente parar e pensar numa estratégia nacional que inverta estes números”.

A preocupação com o elevado número de alunos nas instituições de ensino superior é igualmente partilhada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). No processo realizado este ano de acreditação dos ciclos de estudo da medicina dentária, a A3ES identificou fragilidades que promovem a perda de qualidade do ensino e, por conseguinte, a empregabilidade dos futuros profissionais. A saber: um elevado rácio docente/estudante nas unidades curriculares clínicas (em alguns casos, existe um docente para 20 estudantes, traduzindo-se num sistema de um doente para três ou quatro estudantes), um excesso de estudantes e um desadequado rácio docente/estudante no ensino pré-clínico (em alguns casos, um docente para 20 estudantes, o que condiciona a aquisição das competências necessárias para ingressar na clínica).

Em Portugal existem sete instituições de ensino superior a lecionarem o curso de mestrado integrado em medicina dentária, que foram convidadas a colaborar na produção do ‘Números da Ordem 2024’. Cinco forneceram dados relativos ao número de alunos inscritos no ano letivo 2023/2024. Ressalvando que o Instituto Universitário de Ciências da Saúde e o Instituto Universitário Egas Moniz não apresentaram qualquer valor, a verdade é que o número de alunos aumentou nas restantes. “É um retrato incompleto. Lamentamos porque as universidades são um elemento fundamental na estratégia que urge definir para a medicina dentária em Portugal”, acrescenta Miguel Pavão.

O estudo ‘Números da Ordem 2024’ confirma o aumento (2,2%) de médicos dentistas com inscrição ativa, totalizando 12 988 membros. Este aumento do número de profissionais aptos a exercer em Portugal traduz-se igualmente no aumento do rácio de médico dentista por habitantes. No final de 2023, o valor voltou a agravar-se: passou de 1MD/814 pessoas residentes em 2022 para 1MD/796. Este resultado afasta Portugal da recomendação da Organização Mundial da Saúde que define um rácio de 1MD/1500-2000 habitantes.

Numa análise mais detalhada, o estudo confirma sem surpresa as disparidades existentes entre as diferentes regiões do País. A Área Metropolitana do Porto (1MD/564) e Viseu Dão Lafões (1MD/640) têm excesso de médicos dentistas, enquanto as regiões do Baixo Alentejo (1MD/2051) e Alentejo Litoral (1MD/2052) têm falta destes profissionais.

Das 25 regiões do País há 19 com uma densidade de médicos dentistas acima da recomendada pela OMS, mais uma (Beira Baixa) do que em 2022. Oeste, Lezíria do Alentejo, Alto Alentejo e Alentejo Central são agora as únicas dentro dos parâmetros da OMS.

O estudo ‘Números da Ordem’ reúne num só documento os grandes números, estimativas e tendências da profissão. Todos os números resultam da base de dados da própria OMD, à data de 31 de dezembro de 2023. Os capítulos ‘Estudantes’ e ‘Projeções e Tendências’ resultam de informação enviada à Ordem pelas instituições de ensino superior com curso de mestrado integrado em medicina dentária.

 
Estudo publicado na revista Nature
Um estudo recentemente publicado na revista Nature revela informação inédita fundamental sobre a forma como o cérebro aprende...

O primeiro autor do estudo e investigador do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra, Pawel Tacikowski, refere que "a capacidade de reconhecer padrões e antecipar potenciais eventos futuros é uma parte essencial da aprendizagem humana”.

Estudos anteriores recorreram a técnicas de neuroimagem, como a ressonância magnética funcional (fMRI), para estudar a forma como estes processos ocorrem no cérebro. No entanto, este tipo de métodos não permite uma observação direta da atividade neuronal. Neste estudo inovador, os investigadores conseguiram registar a atividade neuronal de células individuais em tempo real, permitindo uma nova compreensão dos processos de codificação cerebral.

Os participantes no estudo visualizaram uma série de imagens numa sequência específica, sem que lhes tivesse sido dito para memorizarem ou preverem nada. Surpreendentemente, os neurónios do hipocampo e do córtex entorrinal ajustaram gradualmente a sua atividade para refletir o padrão subjacente, mostrando que o cérebro foi capaz de aprender implicitamente a estrutura da sequência e construir um mapa mental de ‘quando’ e ‘o quê’ se seguiria.

Os investigadores observaram também que os neurónios ativaram o mesmo padrão espontaneamente. Pensa-se que esta atividade de repetição é a forma como o cérebro consolida a aprendizagem.

Os resultados obtidos permitem-nos compreender melhor como o nosso cérebro codifica e memoriza a sequência das nossas experiências vivenciadas, combinando informação sobre “o que” acontece e “quando” acontece, permitindo assim antecipar comportamentos futuros.

"Estamos muito entusiasmados com este estudo. Poder compreender como é que o cérebro organiza temporalmente as nossas vivências pode ter aplicações clínicas importantes, com em futuras terapias para melhorar a memória, que poderão centrar-se no aumento da atividade neuronal específica que representa as memórias relevantes”, acrescenta o investigador.

Além do primeiro autor, Pawel Tacikowski, são coautores do estudo os investigadores Güldamla Kalender, Davide Ciliberti, e Itzhak Fried. A investigação decorreu na Universidade da Califórnia, Los Angeles (Departamento de Neurocirurgia), no Instituto Karolinska (Departamento de Neurociências) e na Universidade de Coimbra.

O artigo científico "Human hippocampal and entorhinal neurons encode the temporal structure of experience" está disponível aqui: https://www.nature.com/articles/s41586-024-07973-1.

Opinião
A neuroestimulação é uma técnica médica que utiliza impulsos elétricos de baixa intensidade para mod

A neuroestimulação envolve a implantação de um dispositivo, um neurostimulador, geralmente sob a pele, que emite impulsos elétricos para áreas específicas do corpo. Estes impulsos podem ser ajustados para aliviar diferentes tipos de dor, dependendo da sua localização e causa.

Existem diferentes tipos de neuroestimulação, incluindo:

  • Estimulação da medula espinal (EMS): É colocado um elétrodo perto da medula espinhal para bloquear os sinais de dor antes de chegarem ao cérebro.
  • Estimulação do nervo periférico: Um elétrodo é colocado perto de um nervo específico para bloquear os sinais de dor nessa área.
  • Estimulação do gânglio da raiz dorsal: É colocado um elétrodo perto dos gânglios da raiz dorsal, que são grupos de células nervosas localizadas na medula espinhal.

Para que serve a neuroestimulação

A neuroestimulação é utilizada para tratar uma variedade de condições dolorosas, incluindo:

  • Dor lombar crónica
  • Dor ciática
  • Dor neuropática (causada por danos nos nervos)
  • Dor complexa regional
  • Dor pós-cirúrgica
  • Cefaleias crónicas

Benefícios da neuroestimulação

  • Alívio da dor: A neuroestimulação pode reduzir significativamente a intensidade da dor, permitindo que os pacientes retomem as suas atividades diárias.
  • Redução do consumo de medicamentos: Muitas vezes, a neuroestimulação permite reduzir ou mesmo eliminar a necessidade de medicamentos para dor, com os seus potenciais efeitos secundários.
  • Melhoria da qualidade de vida: Ao aliviar a dor, a neuroestimulação pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, permitindo-lhes dormir melhor, ter mais energia e participar em atividades sociais.

Quem pode beneficiar

A neuroestimulação é indicada para pacientes que sofrem de dor crónica que não responde a outros tratamentos, como medicamentos, fisioterapia e intervenções minimamente invasivas. É importante consultar um médico especialista em dor para avaliar se a neuroestimulação é a opção de tratamento mais adequada para cada caso.

Procedimento e Segurança

O procedimento de implantação de um neuroestimulador é geralmente realizado sob anestesia local ou geral. Após a implantação, há um período de teste para ajustar os parâmetros de estimulação e aferir a eficácia do tratamento. A segurança e a eficácia da neuroestimulação têm sido amplamente documentadas, com muitos pacientes relatando melhorias significativas na gestão da dor.

A neuroestimulação representa uma abordagem eficaz para o tratamento da dor crónica, oferecendo esperança a muitos pacientes que sofrem de condições dolorosas intratáveis. Com os avanços contínuos na tecnologia e na compreensão dos mecanismos da dor, a neuroestimulação continuará a evoluir, proporcionando alívio e melhorando a qualidade de vida de muitas pessoas em sofrimento.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dias 8 e 9 de novembro
A Up Clinic, em parceria com Aesthetics & Surgery Academy e a UltraSkinUS, com o apoio da Sociedade Portuguesa de Medicina...

Graças aos avanços tecnológicos, os aparelhos de ultrassom atuais combinam a alta resolução de imagem com portabilidade, sem comprometer o conforto e a acessibilidade para os médicos. Esta ferramenta inovadora está a transformar a prática clínica diária, proporcionando diagnósticos mais precisos e tratamentos mais seguros e eficazes.

A formação é direcionada a todos os médicos que atuam na área estética, em especial Cirurgiões Plásticos, Dermatologistas e Médicos de Medicina Estética. O principal objetivo é capacitar os profissionais com a tecnologia mais avançada em ultrassons cutâneos, introduzindo-os a uma nova era no diagnóstico e prevenção de complicações. Durante o curso, os participantes terão a oportunidade de conhecer os benefícios das intervenções guiadas por ultrassom, acrescentando um valor diferenciador às suas consultas médicas e elevando o padrão de segurança e eficácia nos tratamentos estéticos.

No dia 8 de Novembro o curso incidirá sobre os módulos teóricos de Anatomia da Face pela Dra. Rita Meireles, Anatomia Periocular pelo Dr. Rui Lima, Anatomia do Pescoço pelo Dr. Tiago Baptista Fernandes, Indicações e Técnicas de injeção pelo Dr. Luca da Silva Costa e de Ecografia pela Dra. Karina Ravera. No dia 9 de novembro haverá o módulo prático com imersão hands on dos médicos particpantes em pacientes reais com aplicação de Preenchimentos e Toxina Botulínica ecoguiados.

 

 
Em Aveiro
O Skope – Museu de Medicina e Saúde – foi inaugurado hoje em Aveiro, num evento que contou com a presença do Presidente da...

Os objetos expostos nas várias salas que compõem o Museu pertenciam à coleção pessoal de Hermes de Oliveira Castanhas, médico e colecionador aveirense apaixonado pela sua profissão, que se dedicou a reunir peças de diferentes épocas e origens, às quais chamava “perfeições do passado”. Após a sua morte, coube à família dar continuidade ao legado, repensando o futuro da coleção e da Casa-Museu Dr. Hermes, que hoje recebe o Museu de Medicina e Saúde.

O Skope tem seis salas dedicadas a especialidades médicas e importantes períodos históricos. Começa na origem de tudo, com uma sala dedicada ao nascimento e às especialidades de obstetrícia e ginecologia, e avança cronologicamente por diversos momentos da história - tais como a Antiguidade Clássica, a Idade Média, o Renascimento e o Iluminismo – e pelos avanços no século XIX e termina na grande transformação da Medicina dos séculos XIX e XX.

O Museu conta ainda com uma área dedicada à Medicina do Futuro e aos estilos de vida saudáveis, com dinâmicas focadas na importância – entre outros – do sono, da atividade física e da boa alimentação, que servirão de base a um plano educativo para alunos de várias áreas e níveis de ensino, desde o 2.º ciclo ao secundário.

Rita Gíria, Diretora Geral da Fundação Casa Hermes, destaca: “O Skope nasceu sob a alçada da Fundação Casa Hermes que entendeu homenagear a figura de Hermes de Oliveira Castanhas e a sua paixão pelo colecionismo. Inspirados por esta sua paixão, empenhámo-nos em valorizar e partilhar uma coleção única sobre a História e a evolução da Medicina. Pretendemos que os nossos visitantes adquiram novos conhecimentos e se apaixonem pelos objetos expostos e pelas histórias que contam, tal como nós ou o seu colecionador. Mas o nosso objetivo é ir mais além e pensar a saúde numa ótica de futuro e progresso, ao promover um conjunto de iniciativas no âmbito da educação, formação e responsabilidade social”.

A Fundação Casa Hermes pretende ter um papel ativo no desenvolvimento das vertentes da educação para a saúde, da prevenção da doença e do envelhecimento saudável, bem como contribuir para a formação e consciencialização da comunidade para estes temas.

O museu agora inaugurado está integrado no Aradas Campus, um empreendimento mais amplo com origem na Quinta de Aradas, sede da Fundação Casa Hermes, que reúne à data de hoje o Skope e um edifício polivalente. Integra um projeto que prevê a extensão do museu, a construção de um Centro de Eventos com capacidade para mais de 100 pessoas e de um Centro de Investigação para a Longevidade, bem como um edifício hoteleiro com 40 quartos para alojar desde investigadores a visitantes, através dos quais a Fundação pretende promover a formação, investigação e educação para a saúde.

O Skope – Museu de Medicina e Saúde é um projeto privado que foi tornado possível com o apoio de 14 empresas fundadoras que desempenharam um papel crucial no seu desenvolvimento. Além disso, o museu conta com parceiros como a Nova Medical School, no campo da saúde; a Ordem dos Médicos, no âmbito científico; a Altice Labs, na vertente tecnológica e o LIBPhys-UNL da NOVA FCT, na área da conservação e restauro. 

Nutricionista deixa recomendações
Os hábitos alimentares inadequados estão entre os principais fatores de risco para a carga de doença

Por ser um fator de risco modificável, é fundamental repensar a forma como nos alimentamos. As dietas mais ricas em alimentos de origem vegetal, como hortofrutícolas, leguminosas e cereais integrais têm um impacto positivo na saúde. Além disso, comparativamente com as matérias-primas de origem animal, a produção de matérias-primas vegetais implica, de forma geral, uma menor utilização água e solo e produz menos gases com efeito de estufa.

Não é preciso ser vegetariano para aumentar a presença de refeições à base de vegetais na rotina alimentar. Com a ajuda da nutricionista Sofia Dinis, reunimos algumas dicas e soluções práticas que podem ajudar os consumidores a colocar em prática uma alimentação mais vegetal:

  1. Planeie as refeições: planear as refeições pode ser uma atividade decisiva para incorporar mais opções vegetais na ementa. Para fazer esse plano, devemos olhar para o que temos no frigorífico e na despensa e, depois então, fazer uma lista de compras para assegurar que estão disponíveis os ingredientes que permitem colocar em práticas refeições mais plant based;
  2. Inicie a refeição com sopa: à base de legumes e onde podem, também, estar presentes leguminosas como feijão, grão ou lentilhas. As sopas são uma forma prática e reconfortante de incluir mais vegetais na alimentação;
  3. Utilize leguminosas como fonte de proteína: não é preciso ser vegetariano para fazer refeições sem carne ou peixe. Incluir leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilhas, …) em substituição parcial ou total de fontes animais de proteína, contribui para aumentar a prevalência destes ingredientes na dieta. Por exemplo, em vez carne picada, experimente lentilhas numa bolonhesa ou feijão num chili.
  4. Legumes e fruta em receitas inesperadas: introduza legumes e fruta em receitas tradicionais ou momentos mais inesperados. Por exemplo, junte cenoura ou abóbora a um molho de tomate, inclua brócolos ou espinafres numa lasanha, adicione tomate, alface ou rúcula a uma simples sandes de queijo. No que diz respeito à fruta pode ser um grande aliado tanto nos lanches, como substituto de uma sobremesa quando apetece algo doce. Mas pode ser também um ingrediente de receitas salgadas. Experimente adicionar maçã a uma salada ou manga a uma receita de caril.
  5. Lembre-se das conservas e dos congelados: Ter hortícolas e leguminosas congelados e em conserva é uma ferramenta para assegurar que os vegetais estão sempre disponíveis e de forma conveniente. Assim, mesmo quando já não frescos em casa ou não houve tempo para colocar a demolhar as leguminosas secas, não há desculpa para não os incluir na receita do jantar.
 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sugere estudo
A partir do estudo dos efeitos das células senescentes – células que se acumulam à medida que os órgãos envelhecem – em outras...

Esta investigação constitui a primeira evidência direta que células senescentes na pele podem acelerar o envelhecimento noutras partes do corpo. Sugere, portanto, que a senescência de células da pele pode contribuir para efeitos generalizados de envelhecimento”, explica a equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC-UC/CiBB) da Universidade de Coimbra (UC) e da Faculdade de Farmácia da UC (FFUC) envolvida na investigação.

Para desenvolver este estudo, as equipas de cientistas investigaram os efeitos de células senescentes na pele de ratinhos jovens. Conseguiram perceber que a presença destas células envelhecidas na pele levou à diminuição da função musculo-esquelética, aumentou a fraqueza física e diminuiu a capacidade de memória dos ratinhos. Observaram ainda que o cérebro era afetado, nomeadamente o hipocampo, zona-chave para a memória e a função cognitiva, “condições frequentemente observadas no envelhecimento”, sublinha uma das coordenadoras do estudo, Cláudia Cavadas, líder do grupo de investigação em Neuroendocrinologia e Envelhecimento do CNC-UC/CiBB. “Estas reações indicam que houve uma ligação entre as células envelhecidas na pele e o cérebro”, avança.

Os resultados deste estudo contribuem, assim, para o conhecimento do envelhecimento do organismo, “podendo abrir caminho para investigar intervenções inovadoras que visem atrasar o processo de envelhecimento sistémico”, destaca a cientista. “Potencialmente, podem ainda explicar a ligação entre doenças cutâneas e outras doenças associadas ao envelhecimento”, acrescenta.

Novos dados sobre o envelhecimento do corpo humano são cruciais na atualidade, uma vez que “o envelhecimento da população é uma preocupação global e um dos maiores fatores de risco das principais doenças crónicas, como as doenças neurodegenerativas”, refere ainda a cientista.

A investigação abre, assim, caminho a novas possibilidades de investigação sobre o envelhecimento que podem focar-se, por exemplo, “em conhecer melhor as células senescentes na pele e explorar novas estratégias que visem eliminar ou neutralizar células senescentes na pele com o objetivo de reduzir os seus efeitos sistémicos no envelhecimento do organismo”, acrescenta o cocoordenador deste estudo, líder do Laboratório de Envelhecimento Celular e Molecular da Clínica Mayo, nos Estados Unidos da América, João Passos.

Os resultados desta investigação estão disponíveis no artigo científico Senescent cell transplantation into the skin induces age-related peripheral dysfunction and cognitive decline, publicado na revista Aging Cell, que tem como primeira autora a estudante de doutoramento da FFUC e do CNC-UC, Ana Catarina Franco.

 
Opinião
A saúde dos ombros é essencial para a realização de diversas atividades diárias, como levantar objet

O que é a Artrose no Ombro?

A artrose no ombro, também conhecida como osteoartrite, é uma condição degenerativa que afeta a cartilagem articular.

A cartilagem desgasta-se gradualmente ao longo do tempo, levando ao atrito entre os ossos e causando dor, inflamação e perda de função no ombro.

Causas e Sintomas

Causas da artrose no ombro

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da artrose no ombro

  • Envelhecimento: O processo natural de envelhecimento leva ao desgaste da cartilagem, tornando-a mais suscetível à artrose.
  • Lesões Anteriores: Traumas no ombro, como fraturas, luxações ou lesões dos tendões, podem acelerar o processo de degeneração articular
  • Desgaste: Atividades repetitivas e de alto impacto, como levantamento de peso ou prática desportiva intensa, podem sobrecarregar as articulações do ombro e contribuir para o desgaste da cartilagem.
  • Predisposição Genética: Alguns indivíduos possuem uma predisposição genética para o desenvolvimento da artrose, o que pode afetar as articulações do ombro.
  • Condições Médicas Subjacentes: Doenças metabólicas, como diabetes, e condições inflamatórias, como artrite reumatoide, podem aumentar o risco de desenvolver artrose no ombro.

Sintomas da artrose no ombro

Os sintomas da artrose no ombro podem variar de pessoa para pessoa. Alguns dos sintomas mais comuns incluem

  • Dor no Ombro: A dor é um sintoma predominante da artrose no ombro. Pode ser uma dor constante ou intermitente, agravada pelo movimento do ombro.
  • Rigidez Articular: A rigidez no ombro é frequentemente sentida após períodos de inatividade e pode dificultar a realização de movimentos amplos.
  • Inchaço e Inflamação: Em alguns casos, a artrose no ombro pode levar ao inchaço e inflamação na região afetada
  • Crepitação: Durante o movimento do ombro, pode-se ouvir ou sentir uma sensação de rangido, estalos ou crepitação, resultantes do atrito entre os ossos.
  • Fraqueza Muscular: A degeneração articular pode levar à fraqueza dos músculos ao redor do ombro, causando dificuldade em levantar objetos ou realizar atividades que exijam força.

Diagnóstico da Artrose do Ombro 

O diagnóstico preciso da artrose no ombro é fundamental para um tratamento adequado.

O médico deve realizar uma avaliação clínica detalhada, levando em consideração os sintomas do paciente.

Além disso, podem ser solicitados exames complementares, como radiografias, ressonância magnética ou Tomografia Computorizada, para avaliar o grau de degeneração articular e descartar outras condições.

Como Prevenir a Artrose no Ombro

Embora nem sempre seja possível prevenir completamente a artrose no ombro, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a condição:

  • Manter um Estilo de Vida Saudável: Alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos podem ajudar a manter a saúde das articulações.
  • Evitar Lesões: Ao praticar atividades físicas ou desporto, é importante utilizar técnicas adequadas e equipamentos de proteção para reduzir o risco de lesões no ombro.
  • Realizar Exercícios de Fortalicemento: Exercícios específicos para fortalecer os músculos do ombro podem ajudar a estabilizar a articulação e prevenir o desgaste excessivo.

Opções de Tratamento para a Artrose no Ombro

Embora a artrose no ombro não tenha cura definitiva, existem opções de tratamento disponíveis para aliviar a dor, melhorar a função e retardar a progressão da doença. 

Algumas das opções de tratamento incluem:

Medicamentos

Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios podem ser prescritos para aliviar a dor e reduzir a inflamação no ombro.

Fisioterapia

A fisioterapia desempenha um papel importante no tratamento da artrose no ombro. Exercícios específicos podem fortalecer os músculos ao redor do ombro, melhorar a estabilidade articular e aumentar a amplitude de movimento.

Injeções Intra-Articulares

Injeções de corticosteroides ou ácido hialurônico podem ser administradas diretamente na articulação do ombro para aliviar a dor e melhorar a função.

Cirurgia

Em casos graves de artrose no ombro, quando outras opções de tratamento não proporcionam alívio adequado, a cirurgia pode ser considerada. As opções cirúrgicas incluem nalguns casos bem selecionados a artroscopia, ou a substituição total do ombro (prótese de ombro).

Conclusões

A artrose no ombro é uma condição degenerativa que pode causar dor, rigidez e limitações nos movimentos. 

Embora não haja cura definitiva, existem opções de tratamento disponíveis para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

É importante procurar um médico especialista para obter um diagnóstico correto e desenvolver um plano de tratamento personalizado.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A poucos dias do início da discussão do OE
A Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) apela ao Governo que cumpra de forma efetiva as promessas de melhorias...

“Num país com uma taxa de natalidade incapaz de contrariar o envelhecimento da população, existem cidadãos que, apesar da sua condição de saúde ou projeto de parentalidade, não têm os seus direitos atendidos pelo Serviço Nacional de Saúde e acabam excluídos de apoios estatais quando lhes é fechada a porta no serviço público. Assim, resta apenas recorrer ao privado para beneficiar de um direito constitucional: constituir família”, continua.  

Com mais de 16.500 associados, a APFertilidade pede que os constrangimentos do SNS em relação à fertilidade sejam atenuados com novas políticas públicas incentivadas pelo novo Orçamento do Estado. “A realidade desta população continua a ser caracterizada por tempos de espera além do razoável para a realização de tratamentos de infertilidade”.   

A presidente relembra ainda que, dependendo da necessidade de recorrer ou não à doação de gâmetas, os tempos de espera para técnicas de procriação medicamente assistida (PMA) podem oscilar entre um e três anos. “Mantém-se a falta de recursos humanos nos centros públicos de PMA, fomentada por sucessivos atrasos na contratação de pessoal médico e técnico para reforçar equipas, melhorar infraestruturas e atualizar equipamentos de laboratório. É preciso mais investimento e precisamos que o Orçamento de 2025 possa responder a alguns destes problemas”.  

Segundo a associação, que vem alertando para este problema sucessivamente, continuam por existir centros públicos de PMA nas zonas sul e na Região Autónoma dos Açores, promovendo-se um desequilíbrio da distribuição geográfica do apoio do SNS aos beneficiários.  

Procurar soluções no setor privado “está igualmente longe de ser uma possibilidade aberta a todos”, diz. “As despesas em clínicas privadas são um fardo financeiro pesado e inacessível a muitos dos que precisam frequentemente de recorrer a várias tentativas de tratamento, muitas vezes sem sucesso imediato”.  

“Perante uma taxa de natalidade baixa e a existência de milhares de pessoas que querem inverter essa tendência, mas precisam de ajuda, o Estado deve atuar e determinar medidas efetivas de suporte médico e financeiro que permitam a estes cidadãos serem pais. O apoio à fertilidade tem sido relegado para o fim da lista de prioridades dos sucessivos governos”, resume a responsável.   

No final de setembro, o Parlamento aprovou, na generalidade, os projetos de resolução do PSD, Livre, PAN e PCP que recomendam ao Governo o reforço do acesso à procriação medicamente assistida no Serviço Nacional de Saúde. “É um ponto de partida, mas precisamos de políticas concretas e não apenas de recomendações”, conclui Cláudia Vieira.  

 
Luís Pisco e Ricardo Mexia integram corpo docente
Com início em novembro de 2024, duração de 12 meses em regime presencial e pós-laboral, o Mestrado em Gestão Aplicada na Saúde...

Com coordenação de Generosa do Nascimento, o Mestrado em Gestão Aplicada na Saúde apresenta um programa que promove uma abordagem estratégica, moderna e humana na gestão da saúde, com unidades curriculares como Gestão de Unidades de Saúde, Finanças para Executivos, Liderança e Gestão de Conflitos, entre outras. Há ainda uma gama de módulos opcionais inovadores, como Inteligência Artificial na Saúde, Big Data e Analytics para Executivos, e Gestão da Qualidade em Saúde.

O corpo docente é composto por especialistas de renome, entre os quais Luís Pisco, ex-presidente da ARS Lisboa e Vale do Tejo, e Ricardo Mexia, médico epidemiologista e especialista em Saúde Pública. O Mestrado conta com o apoio de várias instituições de saúde, como o Hospital Beatriz Ângelo, o Hospital de Santa Maria, o Hospital Pulido Valente, o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca e o Instituto Português de Reumatologia, proporcionando aos estudantes uma oportunidade única de contacto com práticas de excelência.

 
29 e 30 de outubro no Hospital CUF Tejo
Portugal acolhe a 1ª Conferência Internacional “Cancro da Mama e a Saúde das Mulheres Jovens”, organizada pela BCYW Foundation ...

Um estudo, liderado por investigadores da Universidade de Washington, conclui que os diagnósticos de cancro da mama em mulheres jovens aumentaram nas últimas duas décadas, com um crescimento mais acentuado nos anos mais recentes. Esta tendência internacional está a preocupar médicos e investigadores.  

Luís Costa, oncologista, membro da direção da BCYW Foundation e Diretor do Departamento de Oncologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, olha para esta tendência com inquietação: “Sabemos que, em idades abaixo dos 40 anos, o diagnóstico de cancro da mama tende a ser tardio, os tumores tendem a ser mais agressivos, o prognóstico costuma ser menos favorável e as taxas de sobrevivência piores, quando comparadas com uma população com mais idade”. Por isso, defende que “é urgente compreender os fatores de risco para o cancro da mama nas mulheres jovens, promover o diagnóstico precoce, conseguir no futuro rastreios individualizados, entender os desafios sentidos por estas mulheres e discutir opções de tratamento capazes de garantir a sua qualidade de vida”. 

Ao longo de dois dias, o Hospital CUF Tejo vai acolher esta conferência internacional pioneira que trará para debate os mais recentes avanços sobre saúde da mama. Estratégias de vigilância, caminhos para o diagnóstico precoce, novos tratamentos e a compreensão do seu impacto são alguns dos temas que investigadores de renome internacional vão abordar durante a conferência, cujo programa completo pode ser consultado aqui.

“No mesmo espaço e momento, vamos ter a oportunidade de reunir mais de 30 especialistas diferenciados em múltiplas áreas, incluindo investigadores, oncologistas, cirurgiões, patologistas, economistas, especialistas em saúde pública, epidemiologistas e representantes de associações de doentes”, destaca Luís Costa, apontando que vêm de vários pontos do mundo (EUA, Canadá, México, Portugal, Espanha, Irlanda, Áustria, Índia, Japão ou Austrália, entre outros).

A integração de diferentes perspetivas e experiências, por parte de líderes mundiais pela saúde da mama, é fundamental, “pois compreender o cancro da mama exige não só o estudo das ciências relacionadas com a biologia, anatomia, genética e epidemiologia, mas também o conhecimento das dimensões emocionais e psicossociais de quem viveu este diagnóstico”, justifica o médico-investigador que integra a organização deste evento, onde estarão em debate os desafios enfrentados por mulheres jovens com cancro da mama.

Em Portugal, segundo o Registo Oncológico Nacional de 2020 - últimos dados atualizados -, perto de 2000 mulheres entre os 20 e os 49 anos foram diagnosticadas com cancro da mama. Refira-se que estas faixas etárias não estão abrangidas pelo rastreio, que é preconizado apenas a partir dos 50 anos. 

Para Luís Costa, “todos os novos casos são um alerta para a contínua necessidade de juntos encontrarmos melhores respostas para os desafios que as mulheres enfrentam, sejam eles alterações transitórias que ocorrem durante os tratamentos de quimioterapia, como as alterações de imagem, a diminuição da capacidade de concentração, alteração da memória e da rapidez de raciocínio; ou desafios relacionados com implicações para a saúde e vida futura, sentidos nos projetos familiares - onde a maternidade e fertilidade tendem a ser preponderantes - nos projetos profissionais, nas relações sociais e amorosas e, também, na relação com a própria imagem corporal”. 

O objetivo da primeira conferência internacional sobre cancro da mama na mulher jovem, organizada pela Breast Cancer in Young Women Foundation, é partilhar conhecimento, criando uma comunidade internacional comprometida com a identificação das causas do cancro de mama em idades jovens e com a promoção de saúde e qualidade de vida das mulheres.

É essencial conhecer os fatores de risco e sinais de alerta
O cancro do endométrio é o cancro ginecológico mais frequente em Portugal, afetando maioritariamente mulheres com mais de 50...

Em Portugal, são diagnosticados cerca de 1200 casos anualmente, dos quais 360 resultam na morte da mulher afetada. Em 2022, registaram-se em todo o mundo mais de 420 mil novos casos e quase 98 mil mortes, sendo que a sua incidência e a mortalidade estão a aumentar globalmente.

"É fundamental consciencializar e educar a população sobre cancros ginecológicos, como o do endométrio, uma vez que existem vários fatores de risco que têm vindo a aumentar na população”, explica Cláudia Fraga, presidente da MOG. “Por isso mesmo, é essencial que todas as mulheres tenham conhecimento sobre os principais sinais e sintomas, para que rapidamente se possam aconselhar junto de um especialista e ser diagnosticadas precocemente, o que aumenta a probabilidade de cura", acrescenta. Sangramento vaginal anormal, alterações no período menstrual e dor pélvica podem ser sintomas de cancro do endométrio.1

O cancro de endométrio é o tumor ginecológico mais frequente no mundo e afeta o tecido que reveste o interior do útero. Existem vários fatores que aumentam o risco de desenvolvimento deste tumor maligno, sendo a idade um dos principais. Todavia, pode desenvolver-se em mulheres jovens.

Obesidade, diabetes, tratamento dos sintomas da menopausa, síndrome do ovário poliquístico, primeira menstruação precoce, menopausa tardia, tratamentos hormonais para o cancro da mama, nuliparidade (nunca ter estado grávida) e síndrome de Lynch são alguns dos fatores de risco a ter em conta e que, por vezes, são desvalorizados.

O diagnóstico precoce é crucial para aumentar a probabilidade de cura, sendo que o tratamento pode afetar física e psicologicamente a mulher. Estratégias como a utilização de materiais educativos, a participação em grupos de apoio ou associações de apoio a doentes podem ser adotadas para melhorar a jornada da doente. “Esta doença implica desafios acrescidos que muitas vezes impactam não só o quotidiano das doentes, mas também a sua autoestima, pelo que o apoio é determinante para o sucesso do tratamento”, remata Cláudia Fraga.

 
Dia 18 de outubro
A Associação Portuguesa de Osteoporose (APO) promove, a 18 de outubro, o 11º Encontro Científico, na Casa da Música, sob o tema...

Apesar de a osteoporose ser uma doença conhecida, apresenta uma elevada taxa de subdiagnóstico e tende a ser tratada tardiamente. Em Portugal, quase um milhão de indivíduos tem osteoporose.

Neste 11º Encontro Científico, Jaime Milheiro, médico especialista em Medicina Física e de Reabilitação vai explicar a importância da atividade física e rotinas saudáveis para contrariar a osteoporose e Nuno Borges, nutricionista, dará voz ao envelhecimento ativo, que pode ser preparado desde a infância, através de uma alimentação rica em cálcio.

A moderação das conversas estará a cargo do Henrique Barros e a apresentação será conduzida por Carla Ascenção.

O encontro começa às 18:00, na sala Cyber Música da Casa da Música, e destina-se, especialmente, a profissionais de saúde.

Para encerrar o congresso, os participantes terão a oportunidade de assistir a um concerto de Ravel, interpretado pela Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música.

IQVIA Forum 2024 contou com a presença da Secretária de Estado da Saúde
A IQVIA celebrou o seu 50º aniversário em Portugal, durante o IQVIA Forum 2024. O evento teve lugar no dia 10 de outubro, em...

Neste evento foi possível refletir sobre os progressos significativos alcançados na saúde em Portugal nos últimos 50 anos, bem como para discutir as tendências e inovações futuras que continuarão a moldar o setor nos próximos anos. A iniciativa contou com uma série de apresentações de especialistas da IQVIA e líderes de opinião de renome, em diversas áreas da saúde, que partilharam ideias e insights sobre a saúde em Portugal, incluindo a gestão dos cuidados de saúde, a inovação na área do medicamento e de tecnologias de saúde e o envelhecimento da população.

O painel de apresentação iniciou-se com Francisco Valadas, Engagement Manager em Consultoria, e Hugo Lopes, Engagement Manager na área de Prestadores, Pagadores e Governo, da IQVIA, que abordaram “A mudança no modelo de gestão dos cuidados de saúde em Portugal”, em particular os cinco pilares estratégicos do modelo de gestão de saúde português: cuidados integrados, centros de responsabilidade integrada, reforma das unidades de saúde familiar, cuidados de saúde privados e cuidados continuados.

A sessão prosseguiu com João Costa, Professor Associado de Farmacologia Clínica e Terapêutica da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, que apresentou o tema “Inovação na área do medicamentos e novas tecnologias de saúde: 50 anos de descobertas e a visão para 2034”, destacando sob o ponto de vista mundial, uma grande concentração da inovação nas áreas de oncologia, doenças infeciosas, neurologia, hematologia e endocrinologia, somando quase 70% dos medicamentos em desenvolvimento clínico -  potencialmente medicamentos de primeira classe. O orador abordou o facto de as empresas bio farmacêuticas emergentes terem gradualmente assumido um grande destaque na pipeline de investigação & desenvolvimento.

A esta apresentação seguiu-se o tema “Que população vamos servir nos cuidados de saúde em Portugal? A visão para a próxima década”, da autoria de Nuno Marques, Coordenador do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo. O aumento do envelhecimento da população em Portugal, atualmente com 24,8% da população com mais de 65 anos, ocupando o segundo lugar no ranking europeu do envelhecimento, obriga Portugal a repensar a forma como está a abordar os cuidados continuados, com foco na prevenção e na formação dos profissionais de saúde. A necessidade de um maior investimento, bem como a coordenação da utilização da tecnologia, com a criação de soluções inovadoras de apoio domiciliário, são fundamentais. Segundo Nuno Marques, só cerca de 25% dos doentes idosos estão em casa, a maioria está institucionalizada, e é necessário pensar na melhor forma de cuidar deles para garantir a sua qualidade de vida.

Pedro Pita Barros, Professor de Economia da Saúde na Nova School of Business & Economics, apresentou “A gestão da saúde dos portugueses nos últimos 50 anos e perspetivas para a próxima década“, destacando a evolução dos cuidados de saúde desde 1974. Para Pita Barros, existem quatro desafios principais a gerir na próxima década: escassez de profissionais de saúde especializados e pressão de custos; a interação setor público – privado; alternativas de inovação e financiamento, sobretudo em novos mecanismos de análise e decisão e na utilização da informação; e, por fim, o envelhecimento populacional exercendo uma forte pressão sobre as mudanças organizacionais.

O evento terminou com uma mesa-redonda sobre as mudanças nos serviços de saúde em Portugal e como as necessidades dos doentes podem ser satisfeitas na próxima década, num debate moderado por Margarida Borges, Diretora da área de Health Economics & Outcomes Research na IQVIA Portugal.

A encerrar o IQVIA Forum 2024, Mário Martins, Diretor-Geral da IQVIA em Portugal, sublinhou: “É um privilégio liderar uma empresa que há meio século contribui ativamente para a transformação do panorama da saúde no país. A missão da IQVIA Portugal gira em torno da aceleração da inovação para um mundo mais saudável, conseguida através da colaboração com todos os stakeholders do setor da saúde. O nosso objetivo é causar um impacto positivo e ajudar as pessoas a viverem vidas mais longas e saudáveis. Esta missão serve como força motriz para todos na IQVIA”.

Estreia hoje, às 18h00
A News Farma acaba de lançar a News Farma TV, um canal de televisão exclusivo para profissionais de saúde, com emissão e...

O formato, inédito em Portugal, estreia às 18h00 de dia 16 de outubro e tem uma grelha diária diversificada com as principais notícias da atualidade, entrevistas a stakeholders de diferentes áreas de especialidade, espaço para debate e aprofundamento de temas atuais e fraturantes do setor. Inclui ainda grandes reportagens e emissões especiais dedicadas ao acompanhamento de eventos científicos nacionais e internacionais.

Ana Branquinho, Head Institucional da News Farma, afirma que “a News Farma TV vem revolucionar a forma como fazemos chegar aos profissionais de saúde conteúdos científicos e editoriais credíveis, sérios e relevantes, a qualquer hora e num registo televisivo atual. Aplicamos a nossa experiência de mais de dez anos em plataformas digitais muito consolidadas como o Médico News, o Jornal Médico e as plataformas My, num canal que está permanentemente de olhos postos na Saúde, acompanhando a atualidade em primeira mão”.

Com o mote “Saúde que se vê e ouve todos os dias”, a News Farma TV reúne programas adaptados a versões web, mobile e também áudio. Os conteúdos serão acessíveis a partir de qualquer dispositivo, através de tv.newsfarma.pt.

 
Apresentados resultados do estudo do Projeto Saúdes
A melhoria generalizada na perceção da qualidade dos serviços de saúde e o aumento da literacia são algumas das principais...

Na avaliação da qualidade dos serviços de saúde, a resposta dos Portugueses é inequívoca. Numa escala de 1 a 10, a pontuação média sobe de 7,0 para 7,3 desde 2021. Esta melhoria é conduzida essencialmente pelo setor público, onde o acesso à digitalização tem dado um bom contributo no aumento da satisfação. 53% dos inquiridos que utilizam os serviços de saúde, públicos ou privados, consideram a qualidade dos serviços elevada ou muito elevada.

No entanto, o acesso aos cuidados continua a ser um desafio para muitos. 26% dos Portugueses reporta dificuldades em aceder aos serviços de saúde em tempo útil. As desigualdades regionais são evidentes, com o Grande Porto a destacar-se como a região com melhor acesso (7,2, numa escala de 1 a 10) e maior confiança na capacidade de resposta do Sistema Nacional de Saúde (SNS). O Algarve regista a maior dificuldade de acesso (6,0, usando a mesma escala), com uma queda de 25% na perceção do acompanhamento em saúde face a 2021.

Saúde financeira e saúde no geral

Os dados do estudo “A Saúde dos Portugueses: Um BI em Nome Próprio” revelam que existe uma correlação entre finanças e saúde. 33% dos Portugueses dizem ter sentido um impacto negativo na sua saúde, no último ano, provocado por problemas financeiros. Entre os inquiridos que afirmam rendimento abaixo das necessidades do agregado familiar, 46% enfrentaram problemas de saúde mental nos últimos dois anos, o que demonstra o impacto das dificuldades financeiras no bem-estar psicológico.

Literacia dinamizada pela digitalização, mas esforço pró-saúde ainda aquém do necessário

A literacia em saúde é um dos indicadores que regista uma maior evolução positiva, com a pontuação média a aumentar de 6,3 para 6,8 (numa escala de 1 a 10) desde 2021. A crescente utilização da internet como fonte de informação sobre saúde é um dos fatores que explicam esta evolução.

Em termos de "Potência Saúde" - o indicador exclusivo deste estudo que avalia o esforço individual e pró-ativo na promoção da saúde e bem-estar - os resultados revelam um enorme potencial de melhoria. 48% dos inquiridos ambicionam melhorar a sua condição de saúde, no entanto, apenas 20% da população demonstra uma "Potência Saúde" elevada (igual ou maior do que 7).

Maria do Carmo Silveira, Responsável de Orquestração Estratégica do Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal, afirma: “´A Saúde dos Portugueses: Um BI em Nome Próprio´ mostra-nos como a maioria dos Portugueses atribui uma qualidade elevada ao sistema de saúde, o que contraria uma narrativa talvez demasiado pessimista que se instalou. Apesar da notícia ser boa, os desafios e oportunidades também são muitos e devemos trabalhar neles de forma coordenada, a bem da sustentabilidade do sistema.”

Os resultados completos do estudo foram divulgados numa conferência, que se realizou hoje, no Auditório LEAP, em Lisboa. O evento contou com a participação de especialistas e diversos líderes de opinião para debater o tema.

O estudo "A Saúde dos Portugueses: Um BI em Nome Próprio", do Projeto Saúdes, conta com uma amostra representativa (1056 pessoas) e analisa a evolução de cinco indicadores chave em saúde: qualidade, acesso, literacia, perceção e "Potência Saúde". Desenvolvido pela Médis, é feito em parceria com a Return On Ideas. 

Entre 2021 e 2024, o projeto Saúdes já lançou diversos relatórios sobre a “Saúde das Mulheres”, o “Clima e a Saúde” e a “Menopausa”. Lançou ainda o Check Up Tool, um agregador de dados de saúde que permite comparar Portugal com qualquer país do mundo.

 
Resultados intercalares apresentados na Innovating Health Together Conference
A Agenda Mobilizadora Health from Portugal (HfPT), integrada no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), já foi executada em...

Os resultados intercalares do projeto foram apresentados numa sessão pública integrada na Innovating Health Together Conference (IHTC), organizada pelo Health Cluster Portugal, que decorre até hoje, 16 de outubro, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.

Joaquim Cunha, Diretor Executivo do Health Cluster Portugal reforça que “os resultados até aqui alcançados reforçam o compromisso das empresas em alavancar o setor com soluções necessárias, inovadoras e inteligentes que permitirão melhorar os resultados em saúde”.

Para Anne Geubelle, CEO Prologica, “ao longo deste processo têm sido feitas muitas aprendizagens, como o reforço da cooperação entre empresas, a relevância do ciclo de vida da inovação, e a importância do foco nos resultados”.

Esta sessão contou ainda com a presença e participação de Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR e Sara Carrasqueiro, vice-presidente do IAPMEI.

A Agenda Mobilizadora HfPT propõe-se a posicionar Portugal como um hub de referência na conceção e desenvolvimento de produtos e serviços de Saúde que se destacam pelo grau de inovação e de incorporação de tecnologia para dar resposta aos desafios do setor e aproveitar as oportunidades emergentes em torno da transição digital e verde e da resiliência económica. Os dados intercalares indicam que a execução financeira do projeto se situa, atualmente, acima dos 30%.

Liderada pela Prologica e dinamizada pelo Health Cluster Portugal, a Agenda Mobilizadora Health from Portugal (HfPT) é apoiada no âmbito da medida Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial da Componente 5 - Capitalização e Inovação Empresarial do PRR.

 
Iniciativa já ajudou mais de 700 seniores
Ao todo, já são mais de 700 seniores que, através do canto em grupo, melhoraram o seu bem-estar, com impacto direto na saúde...

A iniciativa visa promover o envelhecimento ativo e saudável através da integração, do convívio e da vivência de boas experiências individuais e comunitárias, recorrendo ao canto e à música. É possível verificar benefícios concretos nas pessoas que participam nestas sessões, nomeadamente ganhos na memória verbal. Por outro lado, existem também ganhos na autoestima, bem-estar subjetivo e social e função cognitiva dos participantes, assim como um aumento da identificação social com o grupo e com a instituição.

“O meu desejo é que este projeto seja replicado em várias partes do país. Acredito muito na música e nas artes em geral como forma de manter a população idosa ativa, com saúde e bem-estar. Este projeto é a prova disso.” refere Anabela Pires, mentora do projeto.

A quarta edição, financiada pela Fundação Belmiro de Azevedo e pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, terá a duração de 6 meses, com duas sessões de grupo por semana, dadas por professores de canto e vão decorrer na Academia de Música Vilar do Paraíso, Academia Sénior Vilar de Andorinho, Liga dos Amigos do Centro Hospitalar de Gaia e Residências Seniores Conde de Devezas. Os participantes são identificados nos lares, centros de dia e academias seniores. O projeto conta ainda com um espetáculo final na Casa da Música do Porto.

 
Fatores de risco e prevenção
A menopausa é uma fase da vida da mulher que pode ter um impacto significativo na saúde cardiovascul

Principais fatores de risco: 

  • Colesterol: Após a menopausa, as mulheres podem experimentar um aumento nos níveis de LDL (colesterol "mau") e uma diminuição no HDL (colesterol "bom").
  • Pressão Arterial: A hipertensão se torna mais comum após a menopausa.
  • Peso: As mulheres tendem a ganhar peso durante a menopausa, especialmente na região abdominal, o que pode aumentar o risco cardiovascular. A falta de atividade física e uma alimentação inadequada podem agravar os riscos.

Risco de mortalidade 54% inferior

Um estudo liderado um um investigador sueco, designado KiSel-101, publicado na International Journal of Cardiology, em 2013, a equipa de cientistas demonstraram que a suplementação diária com selénio e coenzima Q10, em associação, fazia baixar a taxa de mortalidade cardiovascular em 54% entre idosos suecos saudáveis. Diversos estudos de acompanhamento, realizados posteriormente, mediante análise de amostras de sangue colhidas no âmbito do estudo KiSel-10, constataram que os níveis de PCR e de outros marcadores inflamatórios tinham diminuído significativamente no grupo que tomara suplementos activos, comparativamente com grupo placebo.

No estudo mais recente, que é o 23º sub-estudo, o ponto central foi o comprimento dos telómeros e vários biomarcadores específicos que reflectem a velocidade a que envelhecemos. E, mais uma vez, a equipa de cientistas demonstrou que o selénio e a coenzima Q10 em associação parecem contribuir para a saúde e qualidade de vida das pessoas mais velhas.

Nutrientes de prevenção

É sabido que o risco de inflamação crónica aumenta com a idade. Curiosamente, tudo indica que a adição de selénio e coenzima Q10, dois nutrientes essenciais que sofrem uma deplecção com o avançar da idade, confere proteção2. O selénio é um constituinte de diversas selenoproteínas, sendo várias delas antioxidantes potentes com efeito anti-inflamatório. Além disso, o selénio e a coenzima Q10 interagem entre si, numa acção bioquímica complexa recíproca. Desta forma, poderá ser uma estratégia considerar intervenções nutricionais como parte da abordagem para reduzir os riscos cardiovasculares e para melhorar a saúde em mulheres na menopausa.

A insuficiência de selénio é generalizada

O aporte médio de selénio em vastas regiões da Europa é relativamente baixo, porque há pouco selénio no solo agrícola comparativamente a outras regiões do mundo. Os estudos mostram que precisamos de mais de 100 microgramas de selénio por dia, mas o aporte médio é menos de metade deste valor.

Benefícios da Coenzima Q10

A CoQ10 é frequentemente recomendada para pessoas com doenças cardiovasculares, aquelas que tomam estatinas (medicamentos que reduzem o colesterol) e para todas as pessoas que pretendem melhorar o seu metabolismo energético e reduzir a fadiga. É considerada uma substância segura e bem tolerada, e muito eficaz, sobretudo se a formulação tiver sido utilizada em estudos clínicos.

 
Fontes:
1 Cardiovascular mortality and N-terminal-proBNP reduced after combined selenium and coenzyme Q10 supplementation: a 5-year prospective randomized double-blind placebo-controlled trial among elderly Swedish citizens. International Journal of Cardiology, 2013. Sep 1;167(5):1860-6.
2 Selenium and Coenzyme Q10 Intervention Prevents Telomere Attrition, with Association to Reduced Cardiovascular Mortality—Sub-Study of a Randomized Clinical Trial”. Nutrients 2022, 14, 3346.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Com vista a valorização dos profissionais e da farmácia comunitária
Os jovens farmacêuticos querem um setor mais unido por melhores condições de trabalho. A proposta para um compromisso conjunto...

A Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) apresentou às principais organizações representativas dos farmacêuticos e da farmácia comunitária uma proposta de agenda conjunta com o objetivo de promover o desenvolvimento pessoal, profissional e social dos farmacêuticos comunitários, independentemente da sua idade. “Acreditamos que é essencial que exista uma reflexão conjunta de todo o setor e uma ação coordenada e colaborativa entre as principais organizações que representam a profissão e a atividade da farmácia comunitária”, diz o presidente da APJF, Lucas Chambel. 

“Portugal compara favoravelmente entre os países da União Europeia ao nível da proporção de farmacêuticos por habitante e de farmacêuticos comunitários por farmácia”, reconhece Lucas Chambel. “Ainda assim, é consensual que existem desafios para a atração, retenção e valorização de talento nas farmácias comunitárias, particularmente num contexto em que é altamente desejável e necessária uma maior integração dos farmacêuticos e das farmácias comunitárias no Serviço Nacional de Saúde”. 

Para a APJF, “o envelhecimento da força de trabalho da saúde, a crescente evolução científica, técnica e tecnológica, e a pressão a que estão sujeitos os profissionais de saúde são fatores comuns aos diferentes sistemas de saúde, que resultam no abandono das atividades e na diminuição da atratividade das profissões de saúde para os mais jovens”. Para atenuar estes e outros problemas, a associação propõe a criação de um pacto no setor.  

“A assinatura de um Memorando de Entendimento ou de uma Carta de Compromisso entre todas as entidades será um sinal importante para os farmacêuticos comunitários, para o setor farmacêutico, para os decisores políticos e para a sociedade em geral”, diz o presidente. E dá o exemplo da iniciativa europeia promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2023, em que os representantes de 50 países assinaram a Declaração de Bucareste: um documento de consenso que sublinha a necessidade de ações políticas direcionadas à atração, recrutamento, retenção, distribuição, ensino e formação de profissionais de saúde.  

“Teremos de trabalhar sobre aquelas que são as principais aspirações dos farmacêuticos comunitários, jovens e menos jovens, como as suas condições de trabalho, a necessidade de políticas de conciliação da vida pessoal, familiar e profissional, mas também de procurar consensualizar a nossa visão para a farmácia comunitária, para a sua evolução, qualidade e sustentabilidade”, remata o representante dos jovens farmacêuticos, acrescentando que “estes pontos de convergência são uma base sólida para a definição de um conjunto de princípios que todas as organizações podem defender, respeitadas as competências e responsabilidades de cada uma delas”. 

Ainda no âmbito desta iniciativa, a Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos lançou um questionário dirigido a profissionais que trabalham ou trabalharam em farmácia comunitária. O questionário tem como objetivo avaliar a perceção dos farmacêuticos comunitários sobre as suas condições de trabalho e de exercício da sua atividade profissional, bem como a sua satisfação e perspetivas sobre a profissão farmacêutica.  

“A nossa expectativa é que este estudo possibilite um conhecimento mais aprofundado sobre a perspetiva dos farmacêuticos comunitários acerca da sua realidade profissional e que tal permita identificar oportunidades de desenvolvimento das suas condições de trabalho e da atividade em farmácia comunitária”, explica Ana Rita Rodrigues, vogal da APJF e uma das responsáveis da iniciativa. “Gostaríamos que os resultados fossem apresentados num evento público no qual esperamos que também ocorra a assinatura do pacto com as organizações signatárias”. 

De acordo com a APJF, o inquérito estará disponível até ao dia 15 de novembro. A proposta para o pacto foi remetida à Ordem dos Farmacêuticos, ao Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, à Associação de Farmácias de Portugal, à Associação Nacional das Farmácias, à Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia e à Associação Portuguesa de Farmacêuticos para a Comunidade. 

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