Investigadores da FMUP confirmam relação
A exposição de crianças e adolescentes às redes sociais está significativamente associada ao aumento do risco de comportamentos...

Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) examinaram dezenas de estudos realizados em diferentes regiões do mundo, nomeadamente nos EUA, Reino Unido e China, e concluíram que essa ligação é clara, embora não se possa falar numa relação de causa-efeito.  

De acordo com os autores, tem-se assistido a um aumento dos casos de crianças e adolescentes que infligem danos a si próprios de forma intencional, através, por exemplo, de cortes, arranhões ou pancadas, habitualmente em zonas do corpo acessíveis e fáceis de esconder, como pulsos, braços, barriga e pernas.

Considerados como um problema de saúde pública na adolescência, estes comportamentos autolesivos são “um mecanismo para aliviar emoções negativas e difíceis de lidar (como raiva ou ansiedade), expressar angústia, autopunir-se ou, mais raramente, punir outras pessoas”, surgindo cada vez mais cedo.

Paralelamente, tem crescido o uso das redes sociais, como o TikTok e o Instagram, o que alterou o modo como os jovens se relacionam entre si e com o mundo que os rodeia, a partir de idades cada vez mais precoces.

Publicado no Journal of Affective Disorders Reports, este trabalho concluiu que, em geral, existe uma associação entre a exposição às redes sociais e comportamentos autolesivos em crianças e jovens entre os 9 e os 24 anos de idade, quer num contexto de internamento psiquiátrico, quer na comunidade.

Este resultado aponta para um “efeito de contágio social” “e de “imitação” das redes sociais no comportamento dos mais novos, com crianças e jovens a assumirem que seguiam plataformas online com “posts” de automutilações antes de também o fazerem. No entanto, essa causalidade não pode ser, para já, generalizada.

“A possibilidade de um efeito de contágio permanece uma questão em aberto, assim como a causalidade da associação entre redes sociais e comportamentos autolesivos”, ressalvam.

No futuro, os autores sugerem que são necessários estudos que analisem as experiências e as perspetivas das crianças e dos jovens ao longo do tempo, de modo a perceber, por exemplo, se a automutilação ocorre antes ou depois de assistirem ou de participarem em conteúdos do género nas redes sociais.

Além disso, entendem que é preciso complementar o autorrelato das crianças e jovens com recurso à tecnologia disponível, de modo a rastrear o tempo objetivamente gasto por estes nas redes sociais e estudar a importância do número de horas de exposição e o papel do género.

Além de Luís Guilherme Spínola e de Irene Carvalho, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), este estudo contou com a participação de Cláudia Calaboiça, do Centro de Psicologia da Universidade do Porto (CPUP).

Fatores de risco comuns e caminhos para a prevenção
As Doenças Cardiovasculares (DCV) e as Doenças Neurodegenerativas (DND) partilham vários fatores de

As doenças cardiovasculares afetam o sistema circulatório, ou seja, o coração e os vasos sanguíneos. As mais frequentes incluem hipertensão, doença coronária isquémica, insuficiência cardíaca, arritmias (como a fibrilação auricular), acidentes vasculares cerebrais (AVC) e tromboembolismo pulmonar. Quase todas são causadas por um processo chamado aterosclerose, ou seja, a formação de placas de gordura e cálcio no interior das artérias, dificultando a circulação sanguínea. As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de um terço das mortes a nível global. Em Portugal, estima-se que causem cerca de 35 mil mortes por ano.

Já as Doenças Neurodegenerativas resultam da degradação e morte progressiva das células nervosas, os neurónios. Dependendo da função desses neurónios, estas doenças podem manifestar-se de várias formas, como alterações no movimento ou perda das capacidades cognitivas. As mais comuns são a Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson, Esclerose Múltipla, Esclerose Lateral Amiotrófica, Doença de Huntington e a Paramiloidose. Estima-se que, no mundo, existam cerca de 55 milhões de pessoas com demência, das quais 200 mil vivem em Portugal. Segundo a Organização Mundial de Saúde, este número poderá mais do que duplicar até 2050, com 139 milhões de casos de demência previstos.

O avanço da idade é, sem dúvida, o maior fator de risco para o surgimento destas doenças, que estão entre as principais causas de morte em todo o mundo. A doença coronária isquémica lidera como a principal causa de mortalidade global, seguida pelo AVC, enquanto a Doença de Alzheimer ocupa o 7º lugar. Nos países desenvolvidos, estas patologias figuram no top 3 das causas de morte.

Nos últimos anos, outros fatores de risco começaram a surgir, como o impacto das condições socioeconómicas, a fragilidade social, a iliteracia em saúde, a poluição ambiental, doenças inflamatórias crónicas, algumas infeções agudas e crónicas, problemas de saúde mental e distúrbios do sono. Todos estes fatores podem aumentar o risco tanto de doenças cardiovasculares como de neurodegenerativas.

Apesar dos avanços nas terapias, a melhor forma de combater continua a ser a prevenção, através da adoção de um estilo de vida saudável. Assim, é recomendado praticar exercício físico regular (30 minutos, 5 dias por semana) e adotar uma alimentação equilibrada, com maior consumo de frutas, vegetais, fibras e peixe, e reduzindo a ingestão de açúcar, sal e gorduras. Manter um peso saudável (Índice de Massa Corporal abaixo de 25 kg/m²), controlar a pressão arterial (<140/90mmHg), o colesterol e os níveis de açúcar no sangue, evitar o tabaco e o consumo excessivo de álcool são igualmente fundamentais. Além disso, manter-se social e intelectualmente ativo ao longo da vida, bem como gerir a depressão e o stress, também pode ajudar a prevenir estas doenças.

Embora a ligação entre as doenças cardiovasculares e neurodegenerativas ainda não esteja completamente esclarecida, sabe-se que prevenir os fatores de risco partilhados pode ser a chave para reduzir a incidência de ambas.

 
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Estudo internacional publicado na The Lancet
Um estudo internacional publicado na prestigiada revista científica The Lancet, que envolveu uma rede de colaboração de mais de...

A investigação revela que os dois indicadores – IMC e WHtR – podem ajudar a diferenciar pessoas com ou sem diagnóstico de hipertensão, alertando, no entanto, para as diferenças existentes em diferentes regiões do mundo na análise deste problema de saúde.

Foram analisados dados de 837 estudos epidemiológicos anteriores, referentes a cerca de 7,5 milhões de pessoas adultas, com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos de idade, oriundas de 181 países, para compreender a associação entre o IMC e a relação cintura-estatura, entre os anos de 1990 e 2023.

O IMC é uma medida que usa informações do peso e da altura, em função da idade, e que pode ajudar a identificar problemas relacionados com a desnutrição e/ou obesidade. Já o WHtR utiliza informações sobre o perímetro da cintura e estatura para analisar a distribuição de gordura e, consequentemente, o potencial risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 

A investigação foi realizada pela rede de cientistas da área da saúde NCD Risk Factor Collaboration, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e coordenada pelo Imperial College London. Contou com a participação de três investigadores da Universidade de Coimbra (UC): do docente da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Aristides Machado-Rodrigues; da docente do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia e coordenadora do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), Cristina Padez; e da docente do Departamento de Geografia e Turismo e investigadora do CIAS e do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, Helena Nogueira.

O estudo revela que “o Índice de Massa Corporal pode ser usado como um indicador com precisão moderada a elevada para a diferenciação de pessoas adultas jovens e de meia-idade, com maiores e menores quantidades de adiposidade abdominal”. Os investigadores da UC explicam que, no entanto, “para o mesmo valor de IMC, as pessoas do Sul da Ásia, da América Latina e das Caraíbas, bem como da região da Ásia Central, Médio Oriente e do Norte de África, apresentam valores do rácio cintura/estatura mais elevados comparativamente às outras regiões do globo”.

Estas informações podem, futuramente, “justificar valores de corte diferenciados de rastreio se, ao nível dos cuidados de saúde primários, forem considerados limites específicos de adiposidade abdominal em função do sexo e da região geográfica”, avançam Aristides Machado-Rodrigues, Cristina Padez e Helena Nogueira.

O artigo científico General and abdominal adiposity and hypertension in eight world regions: a pooled analysis of 837 population-based studies with 7·5 million participants está disponível em https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(24)01405-3/fulltext

Primeiro episódio já se encontra disponível
A Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP NOVA) acaba de lançar o primeiro episódio do “Lado B da...

Numa linguagem informativa, mas descontraída, a literacia em saúde vai ser abordada de uma forma positiva e construtiva, com o objetivo de analisar em que medida pode verdadeiramente transformar a gestão individual da saúde e consequente o seu impacto na vida de cada um. Em cada episódio os convidados, cujos percursos profissionais estão intimamente relacionados com as temáticas em foco, partilham exemplos, narrativas e caminhos.

O primeiro episódio do “Lado B da Literacia”, com o título “Literacia em saúde na era dos porquês”, propõe um olhar global sobre o conceito de literacia em saúde, reforçando a sua importância individual e social. Conta com a participação de Ana Escoval (Administradora Hospitalar e Investigadora do CHRC - ENSP), Miguel Arriaga (Diretor da Direção de Prevenção de Doenças e Promoção da Direção Geral da Saúde) e Paulo Santos (Médico Especialista em Medicina Geral e Familiar).

"É com grande entusiasmo que a ENSP NOVA vê nascer este projeto, que cimenta a importância de a academia trabalhar em proximidade com a comunidade e que reforça o trabalho que temos vindo a desenvolver nesta área, em diferentes cursos e projetos. Consideramos fundamental que comunidade científica encontre novas formas de comunicar e partilhar ciência, o que se torna ainda mais determinante numa era em que o mundo digital nos aproxima e que pode ser verdadeiramente uma ferramenta impulsionadora das transformações de que precisamos. No Lado B da Literacia procuramos explorar temas menos óbvios da Literacia em Saúde, com uma visão mais intimista e reflexiva de assuntos sobre os quais é premente refletir e em cada episódio um diálogo sincero sobre estas temáticas com verdadeiro conhecimento de causa. O resultado são conversas enriquecedoras e construtivas, de partilhas e ideias”, esclarece Ana Rita Pedro, investigadora da ENSP NOVA e anfitriã do projeto.

Ao longo de 12 episódios, serão várias as temáticas abordadas, desde a capacitação para um uso adequado dos serviços de saúde, o papel da literacia em saúde na área da saúde mental e bem-estar, o acesso a informações de saúde em populações vulneráveis, o papel dos media na informação sobre saúde, entre outros, terminando nos desafios e oportunidades que o futuro nos reserva.

Entre os convidados contam-se profissionais diferenciados de diferentes áreas como: Adalberto Campos Fernandes (ex-ministro da saúde), Carmen Garcia (enfermeira e influenciadora também conhecida como “A Mãe Imperfeita”), Carlos Oliveira (Presidente da ADEXO – Associação Portuguesa de Pessoas que vivem com obesidade), Conceição Calhau (docente, nutricionista e escritora do livro “Deixemo-nos de Tretas”); Manuel Magalhães (médico e criador da página de Instagram “o pediatra”), Ricardo Baptista Leite (médico, docente, ex-deputado), Sónia Dias (Diretora da Escola Nacional de Saúde Pública); Constantino Sakellarides (especialista em Saúde Pública), entre muitos outros.

O podcast surge integrado no projeto “Saúde que Conta”, uma iniciativa da ENSP NOVA com o apoio da Lilly Portugal, que, desde 2011, aborda temas com impacto na comunidade, nos custos em saúde e na economia, contribuindo para uma maior informação, acompanhamento, apoio e literacia em saúde.

O Lado B da Literacia encontra-se disponível em https://open.spotify.com/show/1kl3ed8maEGoSnLZ9HBzOZ e é lançado um novo episódio a cada quinta-feira, às 21h00.

Especialistas do Think Tank + Longevidade apresentam relatório com recomendações de políticas públicas
O projeto +Longevidade, um think thank dedicado ao impacto da vacinação no adulto coordenado pelo laboratório de investigação...

De acordo com dados obtidos por esta iniciativa que reuniu um conjunto multidisciplinar de mais de 20 especialistas de vários segmentos do ecossistema de saúde, Portugal é um dos poucos países da União Europeia (UE) onde ainda não existe uma estratégia abrangente de vacinação especificamente dirigida ao adulto – seja por via de um calendário vacinal isolado ou integrado no programa de vacinação nacional, ou por via da narrativa de comunicação e sensibilização dirigida à população. Um cenário que se reflete não só no facto de este ser o quarto país onde a população idosa tem menos anos de vida saudáveis após os 65 anos, como também se traduz numa despesa que, se forem projetados para Portugal dados de países similares, se poderá exprimir em 245 milhões de euros em custos diretos e indiretos para tratar patologias preveníveis por vacinação como a Doença Pneumocócica, Gripe, HPV, Herpes Zoster (Zona) e Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

Em resposta a este cenário, e tendo em consideração a evidência que comprova que a vacinação no adulto traz ganhos em saúde e económicos para o país, o think tank +Longevidade propõe uma maior aposta e atenção política à prevenção por vacinação, em vésperas da apresentação do Orçamento do Estado para 2025, através de uma amplificação do atual Programa Nacional de Vacinação (PNV), com o propósito de incluir um calendário vacinal dirigido à faixa etária do adulto, bem como de reforçar e destacar a narrativa preventiva ao longo da vida e as indicações vacinais dirigidas à população mais velha e vulnerável. Ao mesmo tempo, os especialistas deste think tank recomendam que seja otimizada a cobertura vacinal nos adultos através da identificação dos pontos de check-up ou de sensibilização e incentivo à vacinação que possam ser reforçados dentro e fora da rede de cuidados de saúde.

Outra das ambições elencadas nas recomendações propostas pelo projeto +Longevidade passa por incentivar uma maior capacitação do sistema de saúde para dar resposta aos desafios vacinais, em especial através do reforço da intervenção das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) e das Unidades de Saúde Pública (USP) no contexto da rede de cuidados primários, com vista a implementação de recursos e mecanismos orientados para o incentivo à adesão da população adulta à vacinação. A definição de novos modelos de avaliação e financiamento público é também apontada como uma medida fundamental, sendo necessário que estes sejam adaptados à natureza específica das vacinas com indicação para adultos, potencialmente alinhados com indicadores de cobertura, ganhos em saúde e qualidade de vida. Neste âmbito, sugere-se ainda que haja um reforço de cooperação entre o INFARMED e a Direção-Geral da Saúde (DGS) na avaliação de cada vacina.

Por fim, o novo relatório demonstra igualmente a necessidade de se salvaguardar o compromisso da população adulta com a vacinação. São propostas, entre outras medidas, a implementação de campanhas de comunicação e de sensibilização que eduquem os cidadãos para os benefícios alargados e multidimensionais das vacinas em idade adulta, bem como a segmentação populacional das narrativas e linhas de ação, com o objetivo de alinhar a estratégia de atuação com as necessidades de diferentes grupos populacionais.

Os especialistas responsáveis por este projeto apelam à ação por parte dos decisores políticos, profissionais de saúde e da sociedade em geral para a adoção de uma abordagem proativa na vacinação do adulto.

Segundo explicou o ex-ministro da Saúde Luís Filipe Pereira na sessão de apresentação das 21 recomendações do projeto +Longevidade no Parlamento, “a prevenção é dos aspetos mais pobres ao nível das políticas de saúde”, referindo mesmo que “dos mais de 15 mil milhões que temos para a saúde, apenas 1 a 2% de valores são gastos em prevenção, o que me leva a concluir que temos aqui uma importante área de intervenção e investimento, por forma a garantir a proteção da população”.

Neste contexto, Rita Sá Machado, atual Diretora-Geral da Saúde, destaca que “a vacinação continua a ser uma prioridade para a DGS”, destacando que “a vacinação nos adultos já é parte do Programa Nacional de Vacinação, mas estamos a fazer pareceres e novas propostas, para a podermos expandir e alargar com base na melhor evidência científica”. A par disto, a representante deste organismo público termina a intervenção a salientar a inovação na área das vacinas: “Temos de poder contemplar e incluir esta progressão impressionante, para nos juntarmos a parceiros europeus, e fazermos revisões em matéria daquilo que é a inovação que está lá fora.”

Nos últimos tempos, o tópico da vacinação no adulto tem vindo a ganhar destaque na política de saúde. Exemplo disso é a campanha de vacinação contra a Gripe e COVID-19 que arrancou na semana passada, e que este ano conta com o alargamento da vacina de alta dose contra a Gripe em pessoas com idade igual ou superior a 85 anos.

Outra das temáticas em debate, na antevisão da apresentação do Orçamento do Estado para 2025, é a possível introdução da vacina contra o Herpes Zoster (Zona) no PNV. Em julho deste ano, a DGS informou que estaria a avaliar a introdução desta vacina que já faz parte dos programas públicos de diversos países europeus.

Para Francisco George, presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública e chairman deste projeto, “é preciso assegurar a cobertura vacinal equitativa da população-alvo, incluindo as pessoas mais vulneráveis e que precisam de ser imunizadas”. E acrescenta: “O Estado, que já financia múltiplas ações de vacinação destinadas a adultos, tanto vacinas fornecidas gratuitamente a grupos de risco, como outras que são comparticipadas, terá, necessariamente, que garantir o desenvolvimento da Vacinação no Adulto, através do Orçamento de Estado. Aliás, é sabido que os custos são compensados pelos resultados obtidos pela imunização: menos hospitalização, menos admissões em cuidados intensivos, e menos despesas com medicamentos”.

Visual Thinking apresenta assistente virtual, em colaboração com a Microsoft
A Visual Thinking acaba de apresentar o assistente virtual baseado em Inteligência Artificial (IA) generativa direcionado...

Com base no mais recente modelo GPT-4o, suportado por uma base de conhecimento com mais de 750 documentos, este assistente inteligente vai permitir aos profissionais desta ciência colocar perguntas sobre boas práticas e obter respostas imediatas, possibilitando-lhes uma melhoria na tomada de decisões, assim como maiores níveis de produtividade e otimização do tempo e recursos, uma vez que passam a despender menos tempo a procurar informações e mais tempo focados nos seus clientes e noutras tarefas de maior valor acrescentado.

Outra das potencialidades deste assistente está no facto de estar preparado para interagir em diferentes línguas, tornando-o uma ferramenta inclusiva e acessível para todos os profissionais, independentemente do idioma que utilizem.

Com o intuito de responder a estas necessidades, este assistente recorre a uma sofisticada tecnologia de IA generativa, que utiliza algoritmos avançados de processamento de linguagem natural (NLP) para interpretar e responder com precisão, mesmo a questões mais complexas. Ao mesmo tempo, o sistema está programado para realizar atualizações contínuas que permitam a integração das informações mais recentes da OPP, garantindo que as respostas estejam sempre alinhadas com as últimas regulamentações e melhores práticas.

De acordo com Manuel Dias, National Technology Officer da Microsoft Portugal, “este assistente virtual é um excelente exemplo do enorme potencial da IA generativa nos mais diversos sectores e atividades do nosso dia a dia. Na Microsoft, acreditamos que a IA tem o poder de transformar a forma como trabalhamos e interagimos. No campo da saúde, o potencial vai muito mais além, abrindo caminhos para o desenvolvimento de soluções inovadoras, que capacitam os profissionais com mais conhecimento e acesso à informação, e, no final, melhoram a prestação de cuidados de saúde à população”.

Já Estela Bastos, CEO da Visual Thinking, refere que “esta solução representa uma verdadeira revolução na forma como os Psicólogos acedem e utilizam o conhecimento no seu dia a dia. A nossa colaboração com a OPP e a Microsoft permitiu-nos criar uma ferramenta que responde de forma imediata às necessidades dos profissionais, eliminando barreiras de tempo e até mesmo de idioma. Estamos confiantes de que terá um impacto significativo na eficiência dos psicólogos. Com esta ferramenta, os psicólogos têm ao seu dispor um assistente virtual que os apoia no seu trabalho diário".

Este assistente virtual vai estar assim disponível para os psicólogos através de uma área reservada no website da OPP. Esta integração vai proporcionar um acesso seguro e eficiente, em conformidade total com os regulamentos de privacidade de dados.

Para Francisco Miranda Rodrigues, Bastonário da OPP, “a inteligência artificial generativa é um facto incontornável para o exercício da profissão. A questão não é essa, mas sim quem a utiliza para ser um melhor profissional e quem não o faz podendo começar a sentir uma desvantagem competitiva. Por isso a OPP decidiu que era estratégico, desde já, trabalhar este tema, mesmo em termos de desenvolvimento de aplicações para os psicólogos. Começamos com este projecto que não substitui em nada os nossos profissionais, mas apoia-os, auxilia-os, deixando sempre a última palavra e decisão e responsabilidade nas suas mãos. É um assistente. E é só o início. E este projecto não tem paralelo em organizações de psicologia a nível mundial. A ciência psicológica, que esteve na base da criação destes LLM da IA generativa, tem de ter também uma profissão na linha da frente da sua utilização”.

Saúde Animal
Os coelhos são, geralmente, animais dóceis e amigáveis.

“Os coelhos são animais que vemos cada vez em maior número nos lares portugueses. São muito inteligentes, afetuosos e curiosos, sendo um membro muito interativo da família, e é isto que os torna interessantes. Mas cuidar de um coelho como animal de companhia pode ser muito desafiante. Exigem cuidados particulares e uma vigilância apertada, pois tratando-se de espécies presa tendem a ocultar os sintomas de doença. Conhecer a natureza deste animal e os cuidados que exige ajuda a tornar esta relação mais saudável”, refere Susana Mendes, médica veterinária do AniCura Alma Hospital Veterinário.

Garantir ao coelho um ambiente seguro e confortável é fundamental. Os coelhos são animais muito ativos e devem ter espaço para se movimentar, saltar e correr. “Não devem ser mantidos em gaiolas fechadas. Idealmente devem viver soltos numa divisão ou área da casa preparada de forma segura para eles. Em alternativa, poderão ser mantidos em cercados. As gaiolas podem ser mantidas abertas, com compartimento para a alimentação e WC. São animais asseados, e o fundo da gaiola deve ser revestido por material fofo de forma a proteger as patas, mas os pellets de madeira ou papel devem ser mantidos apenas dentro do WC. Este alojamento deve ficar numa zona tranquila da casa, bem ventilada, com temperatura amena e luz natural. É crucial ter especial atenção a fios, cabos, têxteis e outros objetos que possam roer”.

Os coelhos são animais que carecem de tempo para interagir e brincar diariamente, o que pressupõe que os cuidadores avaliem a sua disponibilidade e condições antes de optarem por um coelho como animal de companhia.

“As consultas de aconselhamento pré-aquisição são úteis neste planeamento. Apelo também à adoção destes animais a partir de associações, ao invés da compra”, acrescenta.

Quanto à alimentação, a médica veterinária lembra que “precisam de uma dieta equilibrada, composta maioritariamente por feno Timóteo, sempre disponível e essencial para o desgaste dentário e saúde intestinal, uma quantidade moderada de vegetais frescos e ração homogénea de alta qualidade em quantidade calculada para o seu peso e idade”.

A saúde do coelho também deve ser vigiada com regularidade. A médica veterinária refere que “os coelhos são animais suscetíveis a problemas de saúde como o sobrecrescimento dentário, otites, neoplasias, certas doenças infeciosas e alterações gastrointestinais, por isso, é importante conhecer bem os hábitos do animal de estimação, de forma a detetar alterações subtis que poderão ser os primeiros sinais de doença. Um cuidador vigilante conseguirá agir rapidamente quando notar algo incomum”.

Check-ups semestrais são essenciais para detetar sinais de doença antes de se tornarem graves, e as vacinas são essenciais. Os coelhos devem ser vacinados contra a mixomatose e a doença viral hemorrágica (tipo 1 e tipo 2). A transmissão destas doenças é feita por vetores, por exemplo, picada do mosquito, pelo que mesmo coelhos de interior são suscetíveis de as desenvolver. Na maioria dos casos são doenças fatais e a vacinação é essencial. Outro tema importante é a esterilização de fêmeas, uma vez que a incidência de adenocarcinoma uterino chega a 79,1% em coelhas entre os 5 e 6 anos de idade. A castração dos machos pode ser útil em casos de alterações comportamentais e stress reprodutivo. É recomendável fazer estes procedimentos a partir dos 8-10 meses de idade, de forma a permitir o normal desenvolvimento do animal na fase de crescimento.

De uma forma geral, os coelhos podem ser excelentes animais de estimação para quem tem disponibilidade e tempo para dedicar-lhes. A prevenção é a melhor aliada de forma a garantir qualidade de vida e prevenir problemas. Com os cuidados de saúde e bem-estar adequados, um coelho pode ter uma esperança de vida longa, até 15 anos.

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Grupo investe mais de 10 milhões de euros na Maia
A Lusíadas Saúde continua a expandir a sua rede nacional de cuidados de saúde, com o anúncio da Clínica Lusíadas Maia. Com um...

Criada de raiz e com abertura estimada para o primeiro semestre do próximo ano, a nova Clínica, no concelho da Maia, no distrito do Porto, irá dispor de uma área total de cerca de 2.000 metros quadrados. Esta unidade será ainda um marco importante para a economia da região, contribuindo para a criação de cerca de 120 novos postos de trabalho.

Nos próximos meses, a Lusíadas Saúde estará a transformar o espaço, no qual será disponibilizada uma oferta clínica diferenciada e um conjunto alargado de várias áreas de especialidade. A Clínica Lusíadas Maia terá, entre outras especificidades, mais de 20 gabinetes de consulta, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, uma sala de gastroenterologia, uma área de imagiologia de última geração e uma sala de pequena cirurgia.

Segundo Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde, “esta nova unidade na Maia, a mais recente novidade de um plano estratégico de expansão, visa atender as necessidades clínicas dos portugueses e, consequentemente, reduzir as assimetrias regionais no acesso da população aos cuidados de saúde. A nossa expansão no Norte do País é, assim, mais um passo firme nesse compromisso de a Lusíadas Saúde estar cada vez mais próxima dos portugueses, independentemente da sua localização”.

Com o investimento nesta nova unidade, a Lusíadas Saúde expande a sua rede de cuidados e reforça a sua posição como um dos principais grupos privados de saúde em Portugal. Desde setembro do ano passado, o Grupo abriu as portas de novas unidades de Norte a Sul do País – nomeadamente do Hospital Lusíadas Santa Maria da Feira, do Hospital Lusíadas Vilamoura, e do Hospital Lusíadas Monsanto – anunciou a criação de outras – o Hospital Lusíadas Paços de Ferreira, o Hospital Lusíadas Campera, e, agora, a Clínica Lusíadas Maia - e em fevereiro deste ano lançou a marca HeyDoc, contando com uma rede de mais de 30 clínicas de medicina dentária.

No GreenPark Lisboa
A Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias (ESESFM) inaugurou oficialmente as novas instalações, no dia 25...

Desde 2008 no Palácio dos Condes de Redondo, a ESESFM conhece agora um novo espaço. O evento de inauguração contou com a presença de membros da direção, corpo docente, estudantes e representantes da comunidade académica e profissional.

“É um dia que vai ficar na história desta instituição e é, sobretudo, mais um passo que contribui para a diferenciação da Escola. As novas instalações são uma mais-valia para todos”, afirma a Diretora da Escola, Elsa Gonçalves.

Destacando a importância da inauguração da infraestrutura para a instituição e para a comunidade académica, Elsa Gonçalves desvenda que “as novas instalações são perfeitas, modernas e com tecnologia de ponta, prontas para servir os estudantes de enfermagem”. A conclusão deste período “significa imenso para toda a comunidade da ESESFM, uma vez que já existia essa necessidade”, finaliza.

A Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias (ESESFM) é uma instituição de referência no ensino da enfermagem em Portugal e faz parte do Grupo Autónoma. As novas instalações renovam o compromisso da Escola e do Grupo com a criação de um ambiente propício ao desenvolvimento académico e profissional dos seus estudantes e com a melhoria contínua dos cuidados de saúde.

O spot televisivo vai estar no ar a partir de 1 de outubro na SIC
Na semana em que se assinala o Dia Mundial da Retina (29 de setembro), a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) e o Grupo...

Sob o mote ‘Vê tortas as linhas direitas? Procure o seu médico oftalmologista’, a campanha consiste num spot televisivo, que vai ser transmitido a partir de 1 de outubro na SIC. O objetivo é alertar os portugueses para o risco de perda de visão causada pela DMI e reforçar a importância do diagnóstico precoce para retardar a progressão da doença. A iniciativa visa ainda demonstrar que, com um simples autoteste, é possível detetar sinais precoces da doença e procurar logo um médico oftalmologista. A campanha conta com o apoio da Bayer, das Farmácias Portuguesas (ANF), da Novartis, da Roche e da Shamir.

A DMI afeta a mácula, uma pequena área central da retina responsável pela visão central nítida, essencial para atividades diárias, como ler, conduzir e reconhecer o rosto das pessoas. Esta condição é responsável por 8,7% de todos os tipos de cegueira no mundo. No entanto, é possível fazer o autorrastreio em casa, utilizando a grelha de Amsler, que está disponível no site www.testeasuavisao.pt.

A grelha de Amsler é um teste oftalmológico simples e eficaz que permite detetar alterações na visão, como linhas onduladas, manchas cegas (escotomas) ou áreas de visão borradas, que podem ser sinais iniciais de DMI ou outras condições maculares.

Além da campanha televisiva, a SPO e o GER vão promover outras ações de sensibilização associadas ao Dia Mundial da Retina (29 de setembro) e ao Dia Mundial da Visão (13 de outubro). Entre elas estão a divulgação de conteúdos nas redes sociais da SPO e do GER, a distribuição de mupis em dez hospitais e clínicas do país, a divulgação da campanha nas redes da ANF, a presença de materiais digitais e informações dirigidas a utentes de risco nas farmácias, e a publicação de um artigo sobre DMI no site www.farmaciasportuguesas.pt e Revista Saúda.

 
Conselhos
Durante a gravidez é importante que a mãe e o bebé recebam os nutrientes e a energia necessários par

Alimentação

Uma dieta saudável durante a fase da gravidez assegura que as mães obtenham todos os nutrientes essenciais para si e necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebé.

É importante planear refeições equilibradas e que estas contenham proteínas, hidratos de carbono e gorduras saudáveis, ricas em vitaminas e minerais como fruta, carnes magras, vegetais, iogurtes, feijão, grão e cereais. Estudos indicam que para o bebé crescer de forma saudável, a mãe deve consumir cerca de 300 a 400 calorias extra por dia1.

Exercício físico

A atividade física é tão importante durante a gravidez como em qualquer outra fase de vida. Se, por indicação médica prévia, a mulher estiver apta, o ideal é procurar exercitar um pouco o corpo todos os dias, e e não é apenas caminhar que nos ajuda, mas correr, treino de força com pesos leves, ioga, pilates, dança, aeróbica de baixo impacto, natação ou qualquer outra atividade que aumente o ritmo cardíaco. A OMS recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana (ou atividade física vigorosa equivalente) para todos os adultos2.

Os benefícios do exercício físico vão além de manter o peso sob controlo. Este reduz o risco de diabetes gestacional, reforça a função cerebral do bebé, melhora o sono e o humor, aumenta a energia, reduz desconfortos comuns, como dores de costas e inchaço, e prepara o corpo para uma recuperação pós-parto mais fácil3.

Daniel Galindo, Diretor do Departamento de Experience & Innovation do VivaGym, grupo da cadeia de ginásios Fitness Hut, afirma que “a menos que a mulher tenha recebido aconselhamento médico para não fazer exercício, a maior parte das atividades são consideradas seguras durante a gravidez. Deve-se apenas evitar qualquer exercício que aumente a probabilidade de queda e de lesões abdominais”.

É essencial adotar um nível de atividade com que nos sintamos confortáveis e que garantam segurança e bem-estar tanto para a mãe como para o bebé. Dependendo dos diferentes níveis de condicionamento físico e fases da gravidez, o indicado é solicitar aconselhamento de um profissional de saúde antes de iniciar qualquer programa de exercícios e, se houver receio, optar por treinos personalizados adaptados a cada trimestre da gravidez, acompanhados por personal trainers certificados e nutricionistas, garantindo que todas as atividades e planos alimentares são seguros e eficazes.

Referências:

1. Kominiarek MA, Rajan P. Nutrition Recommendations in Pregnancy and Lactation. Med Clin North Am. 2016 Nov;100(6):1199-1215. doi: 10.1016/j.mcna.2016.06.004. PMID: 27745590; PMCID: PMC5104202.

2. Diretrizes da OMS para atividade física e comportamento sedentário: num piscar de olhos. ISBN 978-65-00-15021-6 (versão digital), Organização Mundial de Saúde, 2020

3. EXERCÍCIO FÍSICO NA GRAVIDEZ, SNS. Disponível em https://www.chts.min-saude.pt/mais-saude/descomplicar-a-gravidez/exercicio-fisico-na-gravidez

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Hoje assinala-se o Dia Europeu do Ex-Fumador
Todos os anos, a 26 de setembro, é assinalado o Dia Europeu do Ex-fumador com o objetivo de lembrar que nunca é tarde para...

De acordo com esta sociedade científica, "o tabaco aquecido e os vapes, tal como os cigarros convencionais, são dispositivos que fornecem nicotina inalada através dos pulmões. Deste modo, a nicotina atinge rapidamente a circulação sanguínea e o cérebro, libertando dopamina e outros neurotransmissores, que causam prazer e bem-estar. O seu uso regular induz facilmente dependência e tolerância".  Por outro lado,  adianta que "a privação nicotínica causa sofrimento e desejo intenso de consumir. Consequentemente, é necessário continuar a consumir para evitar a privação nicotínica e consumir mais para obter satisfação".  Acresce que, "por influência do marketing perverso da indústria do tabaco, o tabaco e a nicotina são usados frequentemente para enfrentar emoções negativas (stress, ansiedade, angústia, solidão), e acompanham habitualmente rotinas diárias (socializar, tomar café, álcool, após refeições, pausas no trabalho/estudo, relaxar, …), reforçando consideravelmente a dependência psicológica e comportamental". 

Hoje, reforça a SPP, existe evidência científica crescente de que "o tabaco aquecido e os vapes, podem causar doenças semelhantes àquelas provocadas pelos cigarros para além de outras doenças graves e mortes evitáveis em adolescentes e adultos jovens". "Estes novos produtos de tabaco e nicotina não são dispositivos médicos, nem medicamentos para deixar de fumar, nem uma estratégia de saúde pública comprovada ou segura para diminuir a doença e morte prematura associadas ao tabaco", sublinham os especialistas.

Sendo crucial para ter saúde e qualidade de vida, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia convida os portugueses a deixar os cigarros, o tabaco aquecido, os cigarros eletrónicos, ou quaisquer outros produtos de tabaco e nicotina. "Usar tabaco ou nicotina não é uma livre escolha, nem um estilo de vida, mas sim um comportamento aditivo. Desde há mais de mais de três décadas, que a Organização Mundial de Saúde classifica o uso do tabaco e da nicotina como uma dependência e doença crónica, necessitando de tratamento. A maioria dos fumadores quer deixar de fumar e já tentou várias vezes sem ajuda e sem sucesso, sentindo-se dececionados e protelando a cessação. Como tal, muitos fumadores continuam a fumar e sofrem de doenças, sobretudo respiratórias, cardiovasculares e cancros, vivendo em média menos 10 anos do que os não fumadores", reforça. 

Campanha “Deixar de usar tabaco e nicotina: uma meta alcançável com tratamento!“

Deixar de fumar ou vapear pode parecer muito difícil, "mas é uma meta alcançável com tratamento seguro e eficaz!", afirmam os pneumologistas reforçando que "o melhor tratamento para deixar o tabaco e a nicotina é com ajuda especializada, usando medicação e aconselhamento comportamental". 

De acordo com a SPP, "parar o uso de nicotina causa desconforto físico e psicológico: a desabituação é feita ao longo de 2-3 meses, substituindo a nicotina com adesivos, pastilhas ou comprimidos de nicotina; ou usando medicamentos não nicotínicos que atuam nas vias da dependência cerebral". 

"O aconselhamento comportamental ajuda a enfrentar as situações e emoções associadas ao consumo de nicotina e a desenvolver alternativas, “desfazendo” estas associações e prevenindo a recaída. A medicação diminui muito o desejo de fumar e trata a privação nicotínica, tornando o processo de deixar de fumar muito mais fácil e confortável. A boa notícia é que existem medicamentos comparticipados com custo reduzido para deixar de fumar/vapear, custando menos do que continuar a fumar/vapear", afirmam os especialistas. 

"Se usa tabaco ou nicotina, não deixe para amanhã o que pode fazer hoje, opte pelo tratamento. Se já esteve sem fumar ou sem vapear e recaiu, não desanime. Muitos tentam várias vezes até conseguir deixar para sempre. Volte a tentar, desta vez melhor, com tratamento, triplicando a taxa de sucesso. Siga em frente: peça já ajuda ao seu médico ou farmacêutico! Se já conseguiu deixar de fumar ou de vapear, está de PARABÉNS: é a melhor medida para ter saúde e qualidade de vida, agora e no futuro", sublinha a SPP.

 
Especialista explicam cuidados a ter
Um estudo recente, publicado na revista Lancet’s eClinicalMedicine, alertou para uma consequência preocupante derivada da covid...

Passados quatro anos desde a pandemia de covid-19, alguns sintomas deste vírus ainda afetam o dia-a-dia de algumas pessoas que o contraíram.

Conduzida por Michelle Suh, otorrinolaringologista no Hospital Universitário Nacional de Jeju, na Coreia do Sul, a investigação concluiu que o risco de perda auditiva neurossensorial súbita – uma forma repentina e muitas vezes inexplicável de perda auditiva – é 3,52 vezes superior entre os infetados por covid-19.

A covid-19 pode ter efeitos prolongados e inesperados, mesmo em indivíduos que não desenvolveram sintomas graves durante a infeção, pelo que é fundamental apostar na prevenção e cuidar da sua saúde auditiva.

Especialistas alertam que há cinco cuidados que devemos incluir diariamente no topo da nossa lista de To-Do’s:

  • Evitar ruídos excessivos – A exposição a altos níveis de ruído, especialmente com o uso prolongado de fones de ouvido em volumes altos, pode agravar o risco de perda auditiva. Reduza o volume e faça pausas regulares ao usar dispositivos de áudio;
  • Usar proteção auditiva - Em ambientes com ruído intenso, como concertos, clubes ou locais de trabalho ruidosos, é recomendável o uso de tampões de ouvido ou outros dispositivos de proteção auditiva;
  • Não utilizar cotonetes para limpar o canal auditivo - Os cotonetes eliminam a camada protetora de cera e podem prejudicar o funcionamento natural do ouvido;
  • Fazer exames auditivos regulares - Consultar um otorrinolaringologista regularmente pode ajudar a identificar precocemente problemas auditivos, permitindo uma intervenção adequada e atempada;
  • Consultar um especialista ao primeiro sinal de problemas auditivos - Se notar zumbido persistente, dificuldade em ouvir sons ou conversas, ou perda auditiva súbita, procure imediatamente um especialista, pois pode precisar de utilizar um aparelho auditivo. O diagnóstico precoce pode ser essencial para a recuperação.

Álida Alves, audiologista na Widex – Especialistas em Audição, afirma: “Com a evidência de que a covid-19 pode impactar negativamente a audição, é crucial que jovens adultos, mesmo os que se consideram saudáveis, prestem atenção à sua saúde auditiva. Além de ser importante seguirem as boas práticas preventivas, é fundamental estarem atentos a qualquer sintoma de perda auditiva e procurarem ajuda médica rapidamente.”

 
Parceria inclui a promoção de um webinar no próximo mês sobre a técnica All-on-4®.
A MALO CLINIC vai integrar a mais recente inovação tecnológica de impressão 3D nos seus procedimentos, através da parceria com...

Para além do impacto no serviço prestado aos pacientes, a MALO CLINIC contribuirá ainda mais para a formação de profissionais de medicina dentária, tendo-se tornado um parceiro de educação certificado da SprintRay. A MALO CLINIC e a Sprintray vão colaborar através de workshops sobre os fluxos de trabalho MALO CLINIC de reconstrução de sorrisos e a integração da tecnologia de impressão 3D da SprintRay nos mesmos.

A primeira formação vai decorrer a 17 de outubro, às 16h00 (GMT), e permitirá que as clínicas dentárias compreendam melhor o revolucionário All-on-4® Digital Workflow da MALO CLINIC, um procedimento que permite um sorriso restaurado em menos de três horas aos pacientes. O webinar será apresentado pelo Diretor Clínico Nacional da MALO CLINIC, Dr. Ricardo Almeida, e pelo especialista da SprintRay, Dr. Drew Phillips, podendo os interessados inscrever-se em https://sprintraymalo.com.

Para Pedro Alvarez, CEO da MALO CLINIC, “esta parceria permitirá continuar a liderar a inovação na técnica All-on-4®", acrescentando que "os nossos fluxos de trabalho e a tecnologia da SprintRay vão ajudar a que as clínicas ofereçam um serviço melhor, mais rápido e de maior qualidade".

Amir Mansouri, CEO da SprintRay realça que "Esta colaboração abre novas oportunidades de mercado", acrescentando que "permite explorar um mercado de medicina dentária global e demonstra o nosso compromisso com a inovação e o crescimento".

 
28 de setembro
É já este sábado, dia 28 de setembro, que a Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL) promove uma caminhada...

Ao longo do percurso, com cerca de 4km, os participantes vão encontrar equipas da APLL junto a cada ponte, que vão entregar o kit de caminhada – uma t-shirt, um saco e água – e prestar qualquer apoio que seja necessário. De forma a possibilitar que cada participante faça a gestão do seu percurso, tendo em conta a sua forma física, a hora de início da caminhada e o ponto de receção dos kits é opcional. O encerramento da atividade fica marcado por uma aula de zumba, conduzida pelo professor Helder Vieira. 

A inscrição para a Caminhada das Pontes – que tem um custo de cinco euros e inclui a oferta do kit de caminhada – pode ser realizada através do preenchimento de um formulário online, no centro de atividades da APLL ou no próprio dia da caminhada.

Evento inaugura no dia 1 de outubro, com uma conferência sobre o Envelhecimento Ativo
O Museu da Farmácia inaugura, no próximo dia 1 de outubro, a exposição “A Arte de Envelhecer – Dar Mais Vida aos Anos”, com...

A inauguração conta, ainda, com uma conferência, tendo em vista proporcionar aos visitantes uma compreensão profunda sobre o envelhecimento ativo e sobre o papel das farmácias no apoio à população idosa.

A conferência contará com a presença de Ema Paulino, Presidente da Direção da Associação Nacional das Farmácias, Nuno Marques, Coordenador Nacional do Plano de Ação Envelhecimento Ativo e Saudável, Manuel Carrageta, Presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia e Paula Dinis, Vice-Presidente da Direção da Associação Nacional das Farmácias. A encerrar a conferência e inaugurar a exposição, estará Rita Sá Machado, Diretora-Geral da Saúde.

“A Arte de Envelhecer – Dar Mais Vida aos Anos” é o mote desta mostra do trabalho fotográfico de Sandra Ventura, que começou há mais de 10 anos, e que pretende mostrar e contar a história de idosos institucionalizados e a efemeridade da vida.

A exposição capta a essência e a verdade de cada pessoa e tem como objetivo sensibilizar as famílias e a população no geral para o combate ao isolamento dos idosos.

“É nas gerações mais velhas que encontramos sabedoria e muitas histórias que são um reflexo do que é a vida. É nas rugas que encontramos as marcas do tempo, que fazemos questão de preservar”, sublinha Sandra Ventura.

“Alimentação saudável dentro do orçamento disponível”
A Missão Continente e a Associação Portuguesa de Nutrição (APN) estão a desenvolver uma nova iniciativa de promoção da...

A Escola Missão Continente – Projeto de Literacia Alimentar é um projeto que visa beneficiar famílias que recebem apoio de instituições envolvidas no programa de excedentes da Missão Continente. Cada instituição, selecionada nas regiões do Norte, Centro, Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve, vai ter a oportunidade de proporcionar aos seus beneficiários quatro sessões de capacitação. 

"O nosso objetivo é capacitar as famílias com conhecimentos práticos e acessíveis, para que possam gerir melhor a sua alimentação, planeando e preparando refeições equilibradas e fazendo escolhas mais sustentáveis com orçamentos reduzidos”, diz Célia Craveiro, Presidente da APN. “Queremos que estes momentos de contacto sejam uma ferramenta de mudança, ajudando não só as famílias, mas também as instituições que as apoiam, a reforçar uma cultura de saúde e bem-estar". 

Nesta fase, todas as entidades envolvidas no programa de excedentes da Missão Continente, e que atuem em Portugal Continental, podem candidatar-se. Para participar, as instituições devem assegurar respostas sociais como atendimento e acompanhamento social, ajuda alimentar, centros comunitários, refeitórios sociais ou centros de alojamento temporário. 

“Acreditamos que uma alimentação saudável deve ser um direito universal, independentemente das condições económicas. O Continente é para toda a gente, e este novo projeto, que o Programa Escola Missão Continente abraça, é uma expressão clara do nosso compromisso com essa inclusão. Além de apoiar diretamente as famílias em situação de vulnerabilidade, o projeto tem como foco capacitar essas comunidades com conhecimentos práticos, promovendo escolhas alimentares mais equilibradas e sustentáveis. A nossa atuação vai ao encontro de uma visão mais ampla de responsabilidade social, alinhando-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Especificamente, contribuímos para os princípios do ODS 2 – que visa erradicar a fome e garantir a segurança alimentar – e do ODS 12, ao fomentar práticas de consumo mais conscientes e responsáveis. Desta forma, reafirmamos o nosso papel na construção de um futuro mais inclusivo, sustentável e socialmente justo”, refere Nádia Reis, Diretora de Brand Responsibility do Continente.   

O projeto é composto por quatro sessões de capacitação, desenvolvidas por nutricionistas, que envolvem planeamento e gestão alimentar, seleção de alimentos com visita a uma loja Continente, preparação de refeições com workshop prático e consumo consciente. "Ao desenharmos estas sessões, pensámos em como poderíamos aproximar as famílias do dia a dia real das suas escolhas alimentares para proporcionar uma alimentação saudável dentro do orçamento disponível”, afirma Célia Craveiro. 

A Missão Continente e a Associação Portuguesa de Nutrição acreditam que “este projeto-piloto é um passo importante na promoção de uma alimentação mais saudável e acessível para as famílias em situação de vulnerabilidade, contribuindo para o seu bem-estar e qualidade de vida”. As inscrições estão abertas até 30 de setembro e todas as informações, assim como o regulamento, podem ser consultadas aqui

Lançamento do NOSHAME Movement decorre no Mês da Saúde Mental
Promovido pelo triatleta amador Tiago Valente, que transformou a sua história de luta contra a depressão numa missão, o...

A iniciativa será oficialmente apresentada com um evento nas instalações do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), e incluirá a apresentação do eBook "Turning Silent Battles into Loud Victories - Uma História sobre Superação e Saúde Mental", que documenta a jornada pessoal de Tiago Valente. Esta publicação será apresentada por todo o país e irá acompanhar a preparação do atleta para um dos triatlos mais desafiantes do mundo - o PATAGONMAN.

O evento contará ainda com uma mesa-redonda composta por um painel de especialistas, entre os quais Ricardo Gusmão, coordenador do Laboratório de Literacia em saúde mental, bem-estar, depressão e prevenção do suicídio, e João Bessa, Presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.

Esta será uma oportunidade para os órgãos de comunicação social conhecerem de perto esta iniciativa, que procura contribuir ativamente para incentivar os cidadãos em todo o país a procurar ajuda sem receios ou preconceitos.

O NOSHAME Movement é uma iniciativa promovida pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) juntamente com a EUTIMIA - Aliança Europeia Contra a Depressão em Portugal, e conta com o patrocínio da Coordenação Nacional de Políticas de Saúde Mental do Ministério da Saúde e com o apoio da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental. 

Compreenda os riscos
A palavra medicamento, vinda do latim, está associada a um meio de curar.

A polimedicação é definida como a toma de 5 ou mais medicamentos de uma forma continua e, não falamos apenas de medicamentos de prescrição, todos entram na soma, inclusivamente suplementos alimentares. Não surpreende, portanto, que mais de um terço da população portuguesa, acima dos 65 anos, seja polimedicada.

Ao problema, acresce o facto de a tendência ser crescente, não só pelo envelhecimento demográfico, mas também pelo desejável desenvolvimento científico que leva ao aparecimento de novos fármacos.

Mas de que forma então a toma de vários medicamentos pode traduzir-se num aumento de riscos? Que antítese esta! Primeiro é preciso perceber que existem situações em que são efetivamente necessários mais que 5 medicamentos para tratar ou controlar uma doença. Nestas circunstâncias, e quando o tratamento está otimizado, falamos de polimedicação adequada.

Contudo, o inverso, a chamada polimedicação inadequada é infelizmente bastante comum. Na sua origem podem estar situações de automedicação ou simplesmente diferentes prescritores, que não têm uma visão transversal sobre o tratamento do doente, levando a situações disfuncionais e potencialmente perigosas.

O impacto mais evidente da polimedicação é na adesão ao tratamento. A predisposição para seguir o tratamento tende a diminuir e sobretudo a troca entre medicamentos e os horários das tomas passam a ser extramente mais comuns.

O risco de reação adversas medicamentosas, é também superior nestas situações, os chamados efeitos secundários.

Por último, a possibilidade de interações medicamentosas ou duplicações terapêuticas aumentam exponencialmente.

As interações ocorrem, quando o efeito de um medicamento é afetado por outro, pelo que, com o aumento do número de medicamentos, estas tornam-se cada vez mais prováveis.

A duplicação terapêutica, ocorre quando, tomamos, de uma forma não intencional, dois medicamentos para o mesmo fim. Infelizmente, estas são muito comuns, principalmente quando há uma substituição na prescrição e o utente não fica totalmente esclarecido que deverá suspender o anterior.

Não existe uma perceção claro do impacto destas ocorrências diretamente, mas, num sentido mais lato, a OMS estima que 10% de todos os internamentos hospitalares se devam ao uso incorreto de medicamentos.

São dados alarmante de facto! E como se espera que haja uma manutenção das tendências no envelhecimento demográfico e no desenvolvimento científico, a solução terá de passar por otimizar o processo de tratamento dos doentes.

Existem algumas formas que podem ajudar. Idealmente, devemos andar sempre com uma listagem de todos os medicamentos que estamos a tomar e, mais uma vez, todos, incluindo os de automedicação e suplementos.

Outra solução pode passar pela Preparação Individualizada da Medicação (PIM). A maioria das farmácias já disponibilizam um serviço deste género. Este permite organizar os medicamentos já com as tomas no horário previsto. Além disso, para além de lhe dar a organização e planeamento, normalmente semanal, também permite também que na realização desta preparação, a sua medicação, seja revista por um profissional qualificado.

Por último, existem já soluções digitais bastante completas e, na verdade, em Portugal estamos na linha na frente do que a este âmbito diz respeito. A Terah é uma aplicação nacional, disponível apenas em Portugal (para já) e permite ter toda a sua medicação organizada, com informação acerca do medicamento e que, na hora correta da toma, lança-lhe um alarme para ajudá-lo a recordar-se da toma. Além disso, também permite ao utilizador dar acesso da sua conta a um seu profissional de saúde ou cuidador, para que este tenha sempre uma visão integral dos medicamentos que está a tomar. Como se não bastasse, sempre que adiciona um medicamento, esta deteta possíveis situações perigosas de interações ou duplicações que possam estar o ocorrer.

A tecnologia no seu melhor para nos ajudar nos problemas do dia-a-dia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Prémio atribuído pela Universidade de Coimbra
O projeto E-Skins, de desenvolvimento de adesivos eletrónicos para biomonitorização de dados de saúde (como batimentos...

O projeto premiado apresenta uma solução mais prática e duradoura para doentes que necessitem de utilizar dispositivos wearable (vestíveis) para a monitorização eletrofisiológica contínua e de longo prazo de dados de saúde: uma espécie de ‘pele eletrónica’, com materiais e métodos inovadores, que pode ser usada por mais de uma semana, de forma confortável para o paciente.

“Com as E-Skins, propomos uma arquitetura inovadora de materiais e métodos para a implementação de adesivos bioeletrónicos de filme fino multielétrodo para monitorização eletrofisiológica contínua durante longos períodos. Ao contrário de outros adesivos vestíveis existentes, esta solução pode ser usada por mais de uma semana e não é afetada por rotinas diárias como exercício físico ou banho. Para os elétrodos utilizamos uma tinta condutora patenteada, que permite combinar as vantagens dos elétrodos secos (possibilidade de impressão e integridade do material) com os benefícios dos elétrodos húmidos (elevada qualidade de sinal)”, explicam os investigadores.

Estes adesivos eletrónicos, com “propriedades mecânicas semelhantes às da pele humana, melhorando o conforto do paciente e reduzindo o ruido”, apresentam ainda outras vantagens, como a produção de baixo custo e a monitorização da cada doente à distância 24 horas por dia. “O fabrico baseado em técnicas de impressão digital permite a implementação de e-adesivos de baixo custo e específicos para cada paciente/aplicação. Além disso, o adesivo integra um sistema eletrónico miniaturizado universal para aquisição de biopotenciais através do bioadesivo e comunicação sem fios (já demonstrado em ambiente hospitalar). Esta abordagem inovadora possibilita que os pacientes sejam monitorizados 24/7 enquanto permanecem nas suas casas e mantêm as suas rotinas, acelerando o recobro e reduzindo custos para o sistema de saúde”, acrescentam Mahmoud Tavakoli, Manuel Reis Carneiro e Pedro Lopes.

“O projeto vencedor é um excelente exemplo da qualidade dos projetos de investigação e de inovação desenvolvidos na Universidade de Coimbra, com elevado potencial e orientados para as necessidades da sociedade. Destacou-se justamente entre os distintos candidatos desta edição do Prémio de Inovação J. Norberto Pires”, declara o Reitor da UC, Amílcar Falcão, que presidiu ao júri que atribuiu o galardão.

"O projeto premiado, paradigma da investigação de excelência desenvolvida na UC, honra o legado de promoção da inovação e do empreendedorismo do Professor e membro do Conselho Geral (CG) da UC Norberto Pires, que tão justamente quisemos homenagear com a criação deste galardão", afirma a Presidente do CG, Gabriela Figueiredo Dias, vice-presidente do júri – que foi representada na entrega do prémio por Nuno Moita, membro da Comissão de Inovação, Serviço e Relação com a Comunidade do CG.

O Prémio Inovação J. Norberto Pires visa estimular e reconhecer iniciativas inovadoras concebidas e desenvolvidas por alunos, funcionários, docentes ou investigadores da Universidade de Coimbra (ou que apresentem qualquer tipo de vínculo académico ou funcional a esta instituição), constituindo uma homenagem a Joaquim Norberto Pires, pela sua excecional contribuição para a inovação na Universidade de Coimbra. O galardão, entregue anualmente, contempla a atribuição de um diploma e uma recompensa no valor de 6.000 euros.

Nesta edição, o júri decidiu atribuir duas menções honrosas. Uma para “AR73/74 - Antes da Revolução | 1973-1974”, um projeto multimédia de Clara Almeida Santos e Francisco Sena Santos, centrado num conjunto de retratos que pretendem dar uma imagem de como era Portugal nos meses imediatamente antes da revolução de 25 de Abril de 1974. E outra para EcoTechLCA, uma ferramenta de avaliação da sustentabilidade ambiental para produtos e tecnologias inovadoras nas fases iniciais de desenvolvimento (ou seja, em escala laboratorial de produção), de Jade Müller.

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