Luís Pisco e Ricardo Mexia integram corpo docente
Com início em novembro de 2024, duração de 12 meses em regime presencial e pós-laboral, o Mestrado em Gestão Aplicada na Saúde...

Com coordenação de Generosa do Nascimento, o Mestrado em Gestão Aplicada na Saúde apresenta um programa que promove uma abordagem estratégica, moderna e humana na gestão da saúde, com unidades curriculares como Gestão de Unidades de Saúde, Finanças para Executivos, Liderança e Gestão de Conflitos, entre outras. Há ainda uma gama de módulos opcionais inovadores, como Inteligência Artificial na Saúde, Big Data e Analytics para Executivos, e Gestão da Qualidade em Saúde.

O corpo docente é composto por especialistas de renome, entre os quais Luís Pisco, ex-presidente da ARS Lisboa e Vale do Tejo, e Ricardo Mexia, médico epidemiologista e especialista em Saúde Pública. O Mestrado conta com o apoio de várias instituições de saúde, como o Hospital Beatriz Ângelo, o Hospital de Santa Maria, o Hospital Pulido Valente, o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca e o Instituto Português de Reumatologia, proporcionando aos estudantes uma oportunidade única de contacto com práticas de excelência.

 
29 e 30 de outubro no Hospital CUF Tejo
Portugal acolhe a 1ª Conferência Internacional “Cancro da Mama e a Saúde das Mulheres Jovens”, organizada pela BCYW Foundation ...

Um estudo, liderado por investigadores da Universidade de Washington, conclui que os diagnósticos de cancro da mama em mulheres jovens aumentaram nas últimas duas décadas, com um crescimento mais acentuado nos anos mais recentes. Esta tendência internacional está a preocupar médicos e investigadores.  

Luís Costa, oncologista, membro da direção da BCYW Foundation e Diretor do Departamento de Oncologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, olha para esta tendência com inquietação: “Sabemos que, em idades abaixo dos 40 anos, o diagnóstico de cancro da mama tende a ser tardio, os tumores tendem a ser mais agressivos, o prognóstico costuma ser menos favorável e as taxas de sobrevivência piores, quando comparadas com uma população com mais idade”. Por isso, defende que “é urgente compreender os fatores de risco para o cancro da mama nas mulheres jovens, promover o diagnóstico precoce, conseguir no futuro rastreios individualizados, entender os desafios sentidos por estas mulheres e discutir opções de tratamento capazes de garantir a sua qualidade de vida”. 

Ao longo de dois dias, o Hospital CUF Tejo vai acolher esta conferência internacional pioneira que trará para debate os mais recentes avanços sobre saúde da mama. Estratégias de vigilância, caminhos para o diagnóstico precoce, novos tratamentos e a compreensão do seu impacto são alguns dos temas que investigadores de renome internacional vão abordar durante a conferência, cujo programa completo pode ser consultado aqui.

“No mesmo espaço e momento, vamos ter a oportunidade de reunir mais de 30 especialistas diferenciados em múltiplas áreas, incluindo investigadores, oncologistas, cirurgiões, patologistas, economistas, especialistas em saúde pública, epidemiologistas e representantes de associações de doentes”, destaca Luís Costa, apontando que vêm de vários pontos do mundo (EUA, Canadá, México, Portugal, Espanha, Irlanda, Áustria, Índia, Japão ou Austrália, entre outros).

A integração de diferentes perspetivas e experiências, por parte de líderes mundiais pela saúde da mama, é fundamental, “pois compreender o cancro da mama exige não só o estudo das ciências relacionadas com a biologia, anatomia, genética e epidemiologia, mas também o conhecimento das dimensões emocionais e psicossociais de quem viveu este diagnóstico”, justifica o médico-investigador que integra a organização deste evento, onde estarão em debate os desafios enfrentados por mulheres jovens com cancro da mama.

Em Portugal, segundo o Registo Oncológico Nacional de 2020 - últimos dados atualizados -, perto de 2000 mulheres entre os 20 e os 49 anos foram diagnosticadas com cancro da mama. Refira-se que estas faixas etárias não estão abrangidas pelo rastreio, que é preconizado apenas a partir dos 50 anos. 

Para Luís Costa, “todos os novos casos são um alerta para a contínua necessidade de juntos encontrarmos melhores respostas para os desafios que as mulheres enfrentam, sejam eles alterações transitórias que ocorrem durante os tratamentos de quimioterapia, como as alterações de imagem, a diminuição da capacidade de concentração, alteração da memória e da rapidez de raciocínio; ou desafios relacionados com implicações para a saúde e vida futura, sentidos nos projetos familiares - onde a maternidade e fertilidade tendem a ser preponderantes - nos projetos profissionais, nas relações sociais e amorosas e, também, na relação com a própria imagem corporal”. 

O objetivo da primeira conferência internacional sobre cancro da mama na mulher jovem, organizada pela Breast Cancer in Young Women Foundation, é partilhar conhecimento, criando uma comunidade internacional comprometida com a identificação das causas do cancro de mama em idades jovens e com a promoção de saúde e qualidade de vida das mulheres.

É essencial conhecer os fatores de risco e sinais de alerta
O cancro do endométrio é o cancro ginecológico mais frequente em Portugal, afetando maioritariamente mulheres com mais de 50...

Em Portugal, são diagnosticados cerca de 1200 casos anualmente, dos quais 360 resultam na morte da mulher afetada. Em 2022, registaram-se em todo o mundo mais de 420 mil novos casos e quase 98 mil mortes, sendo que a sua incidência e a mortalidade estão a aumentar globalmente.

"É fundamental consciencializar e educar a população sobre cancros ginecológicos, como o do endométrio, uma vez que existem vários fatores de risco que têm vindo a aumentar na população”, explica Cláudia Fraga, presidente da MOG. “Por isso mesmo, é essencial que todas as mulheres tenham conhecimento sobre os principais sinais e sintomas, para que rapidamente se possam aconselhar junto de um especialista e ser diagnosticadas precocemente, o que aumenta a probabilidade de cura", acrescenta. Sangramento vaginal anormal, alterações no período menstrual e dor pélvica podem ser sintomas de cancro do endométrio.1

O cancro de endométrio é o tumor ginecológico mais frequente no mundo e afeta o tecido que reveste o interior do útero. Existem vários fatores que aumentam o risco de desenvolvimento deste tumor maligno, sendo a idade um dos principais. Todavia, pode desenvolver-se em mulheres jovens.

Obesidade, diabetes, tratamento dos sintomas da menopausa, síndrome do ovário poliquístico, primeira menstruação precoce, menopausa tardia, tratamentos hormonais para o cancro da mama, nuliparidade (nunca ter estado grávida) e síndrome de Lynch são alguns dos fatores de risco a ter em conta e que, por vezes, são desvalorizados.

O diagnóstico precoce é crucial para aumentar a probabilidade de cura, sendo que o tratamento pode afetar física e psicologicamente a mulher. Estratégias como a utilização de materiais educativos, a participação em grupos de apoio ou associações de apoio a doentes podem ser adotadas para melhorar a jornada da doente. “Esta doença implica desafios acrescidos que muitas vezes impactam não só o quotidiano das doentes, mas também a sua autoestima, pelo que o apoio é determinante para o sucesso do tratamento”, remata Cláudia Fraga.

 
Dia 18 de outubro
A Associação Portuguesa de Osteoporose (APO) promove, a 18 de outubro, o 11º Encontro Científico, na Casa da Música, sob o tema...

Apesar de a osteoporose ser uma doença conhecida, apresenta uma elevada taxa de subdiagnóstico e tende a ser tratada tardiamente. Em Portugal, quase um milhão de indivíduos tem osteoporose.

Neste 11º Encontro Científico, Jaime Milheiro, médico especialista em Medicina Física e de Reabilitação vai explicar a importância da atividade física e rotinas saudáveis para contrariar a osteoporose e Nuno Borges, nutricionista, dará voz ao envelhecimento ativo, que pode ser preparado desde a infância, através de uma alimentação rica em cálcio.

A moderação das conversas estará a cargo do Henrique Barros e a apresentação será conduzida por Carla Ascenção.

O encontro começa às 18:00, na sala Cyber Música da Casa da Música, e destina-se, especialmente, a profissionais de saúde.

Para encerrar o congresso, os participantes terão a oportunidade de assistir a um concerto de Ravel, interpretado pela Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música.

IQVIA Forum 2024 contou com a presença da Secretária de Estado da Saúde
A IQVIA celebrou o seu 50º aniversário em Portugal, durante o IQVIA Forum 2024. O evento teve lugar no dia 10 de outubro, em...

Neste evento foi possível refletir sobre os progressos significativos alcançados na saúde em Portugal nos últimos 50 anos, bem como para discutir as tendências e inovações futuras que continuarão a moldar o setor nos próximos anos. A iniciativa contou com uma série de apresentações de especialistas da IQVIA e líderes de opinião de renome, em diversas áreas da saúde, que partilharam ideias e insights sobre a saúde em Portugal, incluindo a gestão dos cuidados de saúde, a inovação na área do medicamento e de tecnologias de saúde e o envelhecimento da população.

O painel de apresentação iniciou-se com Francisco Valadas, Engagement Manager em Consultoria, e Hugo Lopes, Engagement Manager na área de Prestadores, Pagadores e Governo, da IQVIA, que abordaram “A mudança no modelo de gestão dos cuidados de saúde em Portugal”, em particular os cinco pilares estratégicos do modelo de gestão de saúde português: cuidados integrados, centros de responsabilidade integrada, reforma das unidades de saúde familiar, cuidados de saúde privados e cuidados continuados.

A sessão prosseguiu com João Costa, Professor Associado de Farmacologia Clínica e Terapêutica da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, que apresentou o tema “Inovação na área do medicamentos e novas tecnologias de saúde: 50 anos de descobertas e a visão para 2034”, destacando sob o ponto de vista mundial, uma grande concentração da inovação nas áreas de oncologia, doenças infeciosas, neurologia, hematologia e endocrinologia, somando quase 70% dos medicamentos em desenvolvimento clínico -  potencialmente medicamentos de primeira classe. O orador abordou o facto de as empresas bio farmacêuticas emergentes terem gradualmente assumido um grande destaque na pipeline de investigação & desenvolvimento.

A esta apresentação seguiu-se o tema “Que população vamos servir nos cuidados de saúde em Portugal? A visão para a próxima década”, da autoria de Nuno Marques, Coordenador do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo. O aumento do envelhecimento da população em Portugal, atualmente com 24,8% da população com mais de 65 anos, ocupando o segundo lugar no ranking europeu do envelhecimento, obriga Portugal a repensar a forma como está a abordar os cuidados continuados, com foco na prevenção e na formação dos profissionais de saúde. A necessidade de um maior investimento, bem como a coordenação da utilização da tecnologia, com a criação de soluções inovadoras de apoio domiciliário, são fundamentais. Segundo Nuno Marques, só cerca de 25% dos doentes idosos estão em casa, a maioria está institucionalizada, e é necessário pensar na melhor forma de cuidar deles para garantir a sua qualidade de vida.

Pedro Pita Barros, Professor de Economia da Saúde na Nova School of Business & Economics, apresentou “A gestão da saúde dos portugueses nos últimos 50 anos e perspetivas para a próxima década“, destacando a evolução dos cuidados de saúde desde 1974. Para Pita Barros, existem quatro desafios principais a gerir na próxima década: escassez de profissionais de saúde especializados e pressão de custos; a interação setor público – privado; alternativas de inovação e financiamento, sobretudo em novos mecanismos de análise e decisão e na utilização da informação; e, por fim, o envelhecimento populacional exercendo uma forte pressão sobre as mudanças organizacionais.

O evento terminou com uma mesa-redonda sobre as mudanças nos serviços de saúde em Portugal e como as necessidades dos doentes podem ser satisfeitas na próxima década, num debate moderado por Margarida Borges, Diretora da área de Health Economics & Outcomes Research na IQVIA Portugal.

A encerrar o IQVIA Forum 2024, Mário Martins, Diretor-Geral da IQVIA em Portugal, sublinhou: “É um privilégio liderar uma empresa que há meio século contribui ativamente para a transformação do panorama da saúde no país. A missão da IQVIA Portugal gira em torno da aceleração da inovação para um mundo mais saudável, conseguida através da colaboração com todos os stakeholders do setor da saúde. O nosso objetivo é causar um impacto positivo e ajudar as pessoas a viverem vidas mais longas e saudáveis. Esta missão serve como força motriz para todos na IQVIA”.

Estreia hoje, às 18h00
A News Farma acaba de lançar a News Farma TV, um canal de televisão exclusivo para profissionais de saúde, com emissão e...

O formato, inédito em Portugal, estreia às 18h00 de dia 16 de outubro e tem uma grelha diária diversificada com as principais notícias da atualidade, entrevistas a stakeholders de diferentes áreas de especialidade, espaço para debate e aprofundamento de temas atuais e fraturantes do setor. Inclui ainda grandes reportagens e emissões especiais dedicadas ao acompanhamento de eventos científicos nacionais e internacionais.

Ana Branquinho, Head Institucional da News Farma, afirma que “a News Farma TV vem revolucionar a forma como fazemos chegar aos profissionais de saúde conteúdos científicos e editoriais credíveis, sérios e relevantes, a qualquer hora e num registo televisivo atual. Aplicamos a nossa experiência de mais de dez anos em plataformas digitais muito consolidadas como o Médico News, o Jornal Médico e as plataformas My, num canal que está permanentemente de olhos postos na Saúde, acompanhando a atualidade em primeira mão”.

Com o mote “Saúde que se vê e ouve todos os dias”, a News Farma TV reúne programas adaptados a versões web, mobile e também áudio. Os conteúdos serão acessíveis a partir de qualquer dispositivo, através de tv.newsfarma.pt.

 
Apresentados resultados do estudo do Projeto Saúdes
A melhoria generalizada na perceção da qualidade dos serviços de saúde e o aumento da literacia são algumas das principais...

Na avaliação da qualidade dos serviços de saúde, a resposta dos Portugueses é inequívoca. Numa escala de 1 a 10, a pontuação média sobe de 7,0 para 7,3 desde 2021. Esta melhoria é conduzida essencialmente pelo setor público, onde o acesso à digitalização tem dado um bom contributo no aumento da satisfação. 53% dos inquiridos que utilizam os serviços de saúde, públicos ou privados, consideram a qualidade dos serviços elevada ou muito elevada.

No entanto, o acesso aos cuidados continua a ser um desafio para muitos. 26% dos Portugueses reporta dificuldades em aceder aos serviços de saúde em tempo útil. As desigualdades regionais são evidentes, com o Grande Porto a destacar-se como a região com melhor acesso (7,2, numa escala de 1 a 10) e maior confiança na capacidade de resposta do Sistema Nacional de Saúde (SNS). O Algarve regista a maior dificuldade de acesso (6,0, usando a mesma escala), com uma queda de 25% na perceção do acompanhamento em saúde face a 2021.

Saúde financeira e saúde no geral

Os dados do estudo “A Saúde dos Portugueses: Um BI em Nome Próprio” revelam que existe uma correlação entre finanças e saúde. 33% dos Portugueses dizem ter sentido um impacto negativo na sua saúde, no último ano, provocado por problemas financeiros. Entre os inquiridos que afirmam rendimento abaixo das necessidades do agregado familiar, 46% enfrentaram problemas de saúde mental nos últimos dois anos, o que demonstra o impacto das dificuldades financeiras no bem-estar psicológico.

Literacia dinamizada pela digitalização, mas esforço pró-saúde ainda aquém do necessário

A literacia em saúde é um dos indicadores que regista uma maior evolução positiva, com a pontuação média a aumentar de 6,3 para 6,8 (numa escala de 1 a 10) desde 2021. A crescente utilização da internet como fonte de informação sobre saúde é um dos fatores que explicam esta evolução.

Em termos de "Potência Saúde" - o indicador exclusivo deste estudo que avalia o esforço individual e pró-ativo na promoção da saúde e bem-estar - os resultados revelam um enorme potencial de melhoria. 48% dos inquiridos ambicionam melhorar a sua condição de saúde, no entanto, apenas 20% da população demonstra uma "Potência Saúde" elevada (igual ou maior do que 7).

Maria do Carmo Silveira, Responsável de Orquestração Estratégica do Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal, afirma: “´A Saúde dos Portugueses: Um BI em Nome Próprio´ mostra-nos como a maioria dos Portugueses atribui uma qualidade elevada ao sistema de saúde, o que contraria uma narrativa talvez demasiado pessimista que se instalou. Apesar da notícia ser boa, os desafios e oportunidades também são muitos e devemos trabalhar neles de forma coordenada, a bem da sustentabilidade do sistema.”

Os resultados completos do estudo foram divulgados numa conferência, que se realizou hoje, no Auditório LEAP, em Lisboa. O evento contou com a participação de especialistas e diversos líderes de opinião para debater o tema.

O estudo "A Saúde dos Portugueses: Um BI em Nome Próprio", do Projeto Saúdes, conta com uma amostra representativa (1056 pessoas) e analisa a evolução de cinco indicadores chave em saúde: qualidade, acesso, literacia, perceção e "Potência Saúde". Desenvolvido pela Médis, é feito em parceria com a Return On Ideas. 

Entre 2021 e 2024, o projeto Saúdes já lançou diversos relatórios sobre a “Saúde das Mulheres”, o “Clima e a Saúde” e a “Menopausa”. Lançou ainda o Check Up Tool, um agregador de dados de saúde que permite comparar Portugal com qualquer país do mundo.

 
Resultados intercalares apresentados na Innovating Health Together Conference
A Agenda Mobilizadora Health from Portugal (HfPT), integrada no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), já foi executada em...

Os resultados intercalares do projeto foram apresentados numa sessão pública integrada na Innovating Health Together Conference (IHTC), organizada pelo Health Cluster Portugal, que decorre até hoje, 16 de outubro, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto.

Joaquim Cunha, Diretor Executivo do Health Cluster Portugal reforça que “os resultados até aqui alcançados reforçam o compromisso das empresas em alavancar o setor com soluções necessárias, inovadoras e inteligentes que permitirão melhorar os resultados em saúde”.

Para Anne Geubelle, CEO Prologica, “ao longo deste processo têm sido feitas muitas aprendizagens, como o reforço da cooperação entre empresas, a relevância do ciclo de vida da inovação, e a importância do foco nos resultados”.

Esta sessão contou ainda com a presença e participação de Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR e Sara Carrasqueiro, vice-presidente do IAPMEI.

A Agenda Mobilizadora HfPT propõe-se a posicionar Portugal como um hub de referência na conceção e desenvolvimento de produtos e serviços de Saúde que se destacam pelo grau de inovação e de incorporação de tecnologia para dar resposta aos desafios do setor e aproveitar as oportunidades emergentes em torno da transição digital e verde e da resiliência económica. Os dados intercalares indicam que a execução financeira do projeto se situa, atualmente, acima dos 30%.

Liderada pela Prologica e dinamizada pelo Health Cluster Portugal, a Agenda Mobilizadora Health from Portugal (HfPT) é apoiada no âmbito da medida Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial da Componente 5 - Capitalização e Inovação Empresarial do PRR.

 
Iniciativa já ajudou mais de 700 seniores
Ao todo, já são mais de 700 seniores que, através do canto em grupo, melhoraram o seu bem-estar, com impacto direto na saúde...

A iniciativa visa promover o envelhecimento ativo e saudável através da integração, do convívio e da vivência de boas experiências individuais e comunitárias, recorrendo ao canto e à música. É possível verificar benefícios concretos nas pessoas que participam nestas sessões, nomeadamente ganhos na memória verbal. Por outro lado, existem também ganhos na autoestima, bem-estar subjetivo e social e função cognitiva dos participantes, assim como um aumento da identificação social com o grupo e com a instituição.

“O meu desejo é que este projeto seja replicado em várias partes do país. Acredito muito na música e nas artes em geral como forma de manter a população idosa ativa, com saúde e bem-estar. Este projeto é a prova disso.” refere Anabela Pires, mentora do projeto.

A quarta edição, financiada pela Fundação Belmiro de Azevedo e pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, terá a duração de 6 meses, com duas sessões de grupo por semana, dadas por professores de canto e vão decorrer na Academia de Música Vilar do Paraíso, Academia Sénior Vilar de Andorinho, Liga dos Amigos do Centro Hospitalar de Gaia e Residências Seniores Conde de Devezas. Os participantes são identificados nos lares, centros de dia e academias seniores. O projeto conta ainda com um espetáculo final na Casa da Música do Porto.

 
Fatores de risco e prevenção
A menopausa é uma fase da vida da mulher que pode ter um impacto significativo na saúde cardiovascul

Principais fatores de risco: 

  • Colesterol: Após a menopausa, as mulheres podem experimentar um aumento nos níveis de LDL (colesterol "mau") e uma diminuição no HDL (colesterol "bom").
  • Pressão Arterial: A hipertensão se torna mais comum após a menopausa.
  • Peso: As mulheres tendem a ganhar peso durante a menopausa, especialmente na região abdominal, o que pode aumentar o risco cardiovascular. A falta de atividade física e uma alimentação inadequada podem agravar os riscos.

Risco de mortalidade 54% inferior

Um estudo liderado um um investigador sueco, designado KiSel-101, publicado na International Journal of Cardiology, em 2013, a equipa de cientistas demonstraram que a suplementação diária com selénio e coenzima Q10, em associação, fazia baixar a taxa de mortalidade cardiovascular em 54% entre idosos suecos saudáveis. Diversos estudos de acompanhamento, realizados posteriormente, mediante análise de amostras de sangue colhidas no âmbito do estudo KiSel-10, constataram que os níveis de PCR e de outros marcadores inflamatórios tinham diminuído significativamente no grupo que tomara suplementos activos, comparativamente com grupo placebo.

No estudo mais recente, que é o 23º sub-estudo, o ponto central foi o comprimento dos telómeros e vários biomarcadores específicos que reflectem a velocidade a que envelhecemos. E, mais uma vez, a equipa de cientistas demonstrou que o selénio e a coenzima Q10 em associação parecem contribuir para a saúde e qualidade de vida das pessoas mais velhas.

Nutrientes de prevenção

É sabido que o risco de inflamação crónica aumenta com a idade. Curiosamente, tudo indica que a adição de selénio e coenzima Q10, dois nutrientes essenciais que sofrem uma deplecção com o avançar da idade, confere proteção2. O selénio é um constituinte de diversas selenoproteínas, sendo várias delas antioxidantes potentes com efeito anti-inflamatório. Além disso, o selénio e a coenzima Q10 interagem entre si, numa acção bioquímica complexa recíproca. Desta forma, poderá ser uma estratégia considerar intervenções nutricionais como parte da abordagem para reduzir os riscos cardiovasculares e para melhorar a saúde em mulheres na menopausa.

A insuficiência de selénio é generalizada

O aporte médio de selénio em vastas regiões da Europa é relativamente baixo, porque há pouco selénio no solo agrícola comparativamente a outras regiões do mundo. Os estudos mostram que precisamos de mais de 100 microgramas de selénio por dia, mas o aporte médio é menos de metade deste valor.

Benefícios da Coenzima Q10

A CoQ10 é frequentemente recomendada para pessoas com doenças cardiovasculares, aquelas que tomam estatinas (medicamentos que reduzem o colesterol) e para todas as pessoas que pretendem melhorar o seu metabolismo energético e reduzir a fadiga. É considerada uma substância segura e bem tolerada, e muito eficaz, sobretudo se a formulação tiver sido utilizada em estudos clínicos.

 
Fontes:
1 Cardiovascular mortality and N-terminal-proBNP reduced after combined selenium and coenzyme Q10 supplementation: a 5-year prospective randomized double-blind placebo-controlled trial among elderly Swedish citizens. International Journal of Cardiology, 2013. Sep 1;167(5):1860-6.
2 Selenium and Coenzyme Q10 Intervention Prevents Telomere Attrition, with Association to Reduced Cardiovascular Mortality—Sub-Study of a Randomized Clinical Trial”. Nutrients 2022, 14, 3346.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Com vista a valorização dos profissionais e da farmácia comunitária
Os jovens farmacêuticos querem um setor mais unido por melhores condições de trabalho. A proposta para um compromisso conjunto...

A Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) apresentou às principais organizações representativas dos farmacêuticos e da farmácia comunitária uma proposta de agenda conjunta com o objetivo de promover o desenvolvimento pessoal, profissional e social dos farmacêuticos comunitários, independentemente da sua idade. “Acreditamos que é essencial que exista uma reflexão conjunta de todo o setor e uma ação coordenada e colaborativa entre as principais organizações que representam a profissão e a atividade da farmácia comunitária”, diz o presidente da APJF, Lucas Chambel. 

“Portugal compara favoravelmente entre os países da União Europeia ao nível da proporção de farmacêuticos por habitante e de farmacêuticos comunitários por farmácia”, reconhece Lucas Chambel. “Ainda assim, é consensual que existem desafios para a atração, retenção e valorização de talento nas farmácias comunitárias, particularmente num contexto em que é altamente desejável e necessária uma maior integração dos farmacêuticos e das farmácias comunitárias no Serviço Nacional de Saúde”. 

Para a APJF, “o envelhecimento da força de trabalho da saúde, a crescente evolução científica, técnica e tecnológica, e a pressão a que estão sujeitos os profissionais de saúde são fatores comuns aos diferentes sistemas de saúde, que resultam no abandono das atividades e na diminuição da atratividade das profissões de saúde para os mais jovens”. Para atenuar estes e outros problemas, a associação propõe a criação de um pacto no setor.  

“A assinatura de um Memorando de Entendimento ou de uma Carta de Compromisso entre todas as entidades será um sinal importante para os farmacêuticos comunitários, para o setor farmacêutico, para os decisores políticos e para a sociedade em geral”, diz o presidente. E dá o exemplo da iniciativa europeia promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2023, em que os representantes de 50 países assinaram a Declaração de Bucareste: um documento de consenso que sublinha a necessidade de ações políticas direcionadas à atração, recrutamento, retenção, distribuição, ensino e formação de profissionais de saúde.  

“Teremos de trabalhar sobre aquelas que são as principais aspirações dos farmacêuticos comunitários, jovens e menos jovens, como as suas condições de trabalho, a necessidade de políticas de conciliação da vida pessoal, familiar e profissional, mas também de procurar consensualizar a nossa visão para a farmácia comunitária, para a sua evolução, qualidade e sustentabilidade”, remata o representante dos jovens farmacêuticos, acrescentando que “estes pontos de convergência são uma base sólida para a definição de um conjunto de princípios que todas as organizações podem defender, respeitadas as competências e responsabilidades de cada uma delas”. 

Ainda no âmbito desta iniciativa, a Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos lançou um questionário dirigido a profissionais que trabalham ou trabalharam em farmácia comunitária. O questionário tem como objetivo avaliar a perceção dos farmacêuticos comunitários sobre as suas condições de trabalho e de exercício da sua atividade profissional, bem como a sua satisfação e perspetivas sobre a profissão farmacêutica.  

“A nossa expectativa é que este estudo possibilite um conhecimento mais aprofundado sobre a perspetiva dos farmacêuticos comunitários acerca da sua realidade profissional e que tal permita identificar oportunidades de desenvolvimento das suas condições de trabalho e da atividade em farmácia comunitária”, explica Ana Rita Rodrigues, vogal da APJF e uma das responsáveis da iniciativa. “Gostaríamos que os resultados fossem apresentados num evento público no qual esperamos que também ocorra a assinatura do pacto com as organizações signatárias”. 

De acordo com a APJF, o inquérito estará disponível até ao dia 15 de novembro. A proposta para o pacto foi remetida à Ordem dos Farmacêuticos, ao Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, à Associação de Farmácias de Portugal, à Associação Nacional das Farmácias, à Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia e à Associação Portuguesa de Farmacêuticos para a Comunidade. 

ANL mostra-se satisfeita com publicação de portaria
Foi publicada uma portaria que define que “os requisitos de abertura e funcionamento das unidades prestadoras de cuidados de...

Segundo a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, "com a entrada em vigor da Portaria n.º 237/2024, há a eliminação de uma disparidade histórica, de mais de uma década, passando finalmente a serem aplicados os mesmos requisitos de licenciamento e funcionamento, tanto em estabelecimentos públicos, como em privados". A medida, de acordo com a ANL "corrige uma injustiça e iniquidade flagrantes, que persistiam até agora, principalmente no que diz respeito a isentar os laboratórios do setor público das regras de segurança e qualidade cumpridas pelos laboratórios privados".

A associação acolhe, assim,  "esta legislação como um sinal positivo aos seus inúmeros pedidos para que a segurança e saúde dos utentes nos laboratórios e postos de colheira públicos não fossem ignorados". E "celebra a sensibilidade e a justiça desta decisão, que representa um passo significativo para a garantia de serviços públicos de qualidade e dignos para todos os cidadãos".

Nuno Marques, diretor-geral da ANL, afirma que “A Portaria n.º 237/2024 representa uma vitória histórica para a saúde em Portugal. Lutámos incansavelmente por esta decisão, e agora podemos finalmente exigir um padrão de qualidade e segurança para todos os cidadãos. A ANL manter-se-á vigilante para que a implementação desta medida seja célere e eficaz."

Como uma das principais representantes associativas de um setor essencial para os cuidados de saúde dos portugueses, a ANL apela agora que se dê início à fiscalização pela Entidade Reguladora da Saúde dos requisitos necessários de funcionamento dos laboratórios e postos de colheita públicos.  

Opinião
Ao longo da gravidez, o organismo da mulher sofre alterações sistémicas provocadas por mudanças horm

O aumento dos níveis de estrogénio e de progesterona refletem-se em alterações não só da flora bacteriana, mas também na resposta do sistema imunitário, e consequentemente na resposta inflamatória. Assim, a mulher grávida está mais suscetível a problemas orais, tais como, gengiviteperiodontitegranuloma piogénico cárie dentária.

Durante a gravidez, existe uma alta prevalência de gengivite, principalmente por uma higiene oral insuficiente (redução da frequência de escovagem e não utilização de fio dentário diariamente) e por uma diminuição da resposta imunológica. Afeta 60-75% das mulheres grávidas, ocorrendo, normalmente a partir do segundo trimestre, atingindo o seu pico no 8º mês de gravidez. Apresenta sinais clínicos semelhantes aos da gengivite, mas desenvolve sinais mais graves de inflamação gengival, por existir uma resposta mais exacerbada a irritantes locais, tais como a placa bacteriana. Os sinais clínicos que a caracterizam são: eritema, edema, hiperplasia e hemorragia gengival (podendo esta ser espontânea ou aquando da escovagem e acompanhada de dor).

periodontite afeta 30% das mulheres em idade fértil e na gravidez e está a associada a uma higiene oral deficiente e ao crescimento excessivo de determinadas bactérias patogénicas. Ocorre frequentemente no 2º trimestre, onde existe uma proliferação significativa de bactérias anaeróbias gram-negativas na placa bacteriana. Tem sido demonstrada uma associação entre a doença periodontal e complicações durante a gravidez, assim, uma grávida com má saúde gengival tem um risco acrescido de problemas, tais como:

  • Pré-eclampsia;
  • Parto prematuro;
  • Diabetes gestacional;
  • Baixo peso à nascença.

granuloma piogénico é uma lesão inflamatória que se pode desenvolver entre o terceiro e o nono mês de gravidez, tendo uma prevalência de 5%, desaparecendo após o parto. Normalmente é encontrado na região maxilar, nos dentes anteriores, e tem coloração rosada, vermelha ou arroxeada, com tendência a sangrar e que pode ulcerar. Desenvolve-se por trauma ou por presença de irritantes locais, tais como o tártaro e a placa bacteriana.

cárie dentária tem um aumento na incidência neste período, não pela gravidez em si, mas por má higiene oral, por consumo frequente de alimentos cariogénicos e também, pela alteração do pH da saliva, muitas vezes associada não só ao aumento do consumo de açúcar, mas também à ocorrência de vómitos e náuseas, mais frequente no primeiro trimestre de gravidez. A literatura tem demonstrado uma associação entre mães que apresentam um alto índice de cáries e uma maior predisposição dos seus filhos em desenvolver esta patologia. Desta forma, é fulcral que a mulher grávida tenha uma boa saúde oral com o intuito de reduzir e/ou eliminar bactérias que aumentam a probabilidade das crianças desenvolverem cárie dentária.

Cuidados a ter durante a gravidez 

  • Ter uma alimentação saudável e equilibrada, privilegiando alimentos ricos em nutrientes, tais como vitamina A, ácido fólico, vitamina C, ferro, iodo e zinco;
  • Diminuir o consumo de alimentos cariogénicos;
  • Não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas e drogas;
  • Escovar diariamente 2-3 vezes por dia com pastas fluoretadas, utilizar fio dentário 1 vez por dia, e bochechar com elixires com flúor ou mais direcionados para a manutenção da saúde gengival;
  • Devem ser usadas escovas com cerdas macias e evitar uma escovagem traumática, aplicando pouca força durante a mesma;
  • A aplicação tópica de flúor é também um método aceite para a prevenção da cárie dentária, podendo ser substituída por xilitol, através do uso de pastas dentífricas, pastilhas ou rebuçados durante, pelo menos, 5 minutos;
  • Em caso de vómito ou náusea, não escovar os dentes imediatamente a seguir. Deve bochechar com água e esperar cerca de 30 minutos para fazer a sua escovagem;
  • Deve falar com o seu higienista ou médico dentista para adaptação do sabor das pastas de dentes, principalmente em período de vómitos/náuseas; ·Estar atenta a sintomas como dor à mastigação, mau hálito, retração gengival, mobilidade dentária, hemorragia gengival espontânea ou aquando da escovagem e marcar uma consulta com higienista ou médico dentista;
  • Realizar consultas periódicas de higiene oral e medicina dentária para manutenção de uma boa saúde oral e para instrução dos sinais a ter em atenção para uma autoavaliação de futuros problemas orais.

A gravidez por si só, não é motivo suficiente para adiar o tratamento dentário, principalmente pelas alterações que ocorrem neste período e que podem ter implicações significativas para a saúde materna, fetal e infantil. Como tal, é de extremamente importância que sejam realizadas visitas regulares ao higienista oral e médico dentista para uma melhor manutenção da saúde oral da grávida

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 19 de outubro
Mais de um milhão de portugueses tem osteoporose e o investimento na prevenção e rastreio é, de acordo com a Associação...

Assim, no âmbito do Dia Mundial da Osteoporose, a Associação Portuguesa de Osteoporose promove um programa de sensibilização para a Osteoporose junto da classe médica e da população em geral, com especial foco na sensibilização para a prevenção e diagnóstico e no incentivo à adoção de medidas preventivas e proativas de forma a contrariar a natural perda da massa óssea, procurando que o envelhecimento seja ativo e saudável.

"A prevenção é a estratégia mais importante no combate à osteoporose. É preciso educar nas famílias, na escola, nas empresas e alertar para o que podemos fazer para prevenir. É mesmo um imperativo cívico", afirma Pedro Cantista, presidente da Associação Portuguesa de Osteoporose.

O programa da Associação Portuguesa de Osteoporose tem início na próxima sexta-feira, com o 11º Encontro Científico APO, que reúne, na Casa da Música, no Porto, especialistas de renome na área da fisiatria, nutrição e desporto. Jaime Milheiro, Nuno Borges, Henrique de Barros são os convidados de Pedro Cantista, presidente da Associação Portuguesa de Osteoporose.

O programa prossegue no sábado das 9:30 às 13:00, na União de Juntas de Freguesia de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, no Porto, aberto a toda a população. O objetivo é a sensibilização para o exercício, nutrição adequada, um estilo de vida saudável e diagnóstico atempado através de rastreios gratuitos, palestras, desporto e um lanche rico em cálcio e vitamina D - os nutrientes de maior cumplicidade com a saúde óssea.

 
Campanha “Não saber é o primeiro sintoma”
Nos dias 17 e 18 de outubro, o Centro Vasco da Gama vai ser palco de uma campanha lançada pela Associação Portuguesa de...

Sob o mote “Não saber é o primeiro sintoma”, a campanha, que tem a apresentadora Tânia Ribas de Oliveira com madrinha, alerta a população para os dez principais sintomas associados à doença, que afetam a coagulação do sangue. As origens para estes distúrbios de coagulação podem ser várias, entre elas destacam-se os défices de um, ou vários fatores de coagulação, tais como o défice do fator de Von Willebrand e também défices de agregação plaquetária, entre outros.

Os distúrbios hemorrágicos nas mulheres podem permanecer sem diagnóstico durante anos. Estima-se que 5% das mulheres na faixa etária dos 30 anos consultam médicos devido a menorragia (menstruações abundantes) e que 8% a 10% das que consultam um ginecologista tem menorragia comprovada. E, quando testadas, 10% a 20% das mulheres com menorragia têm um distúrbio hemorrágico subjacente, de acordo com os números de diagnóstico da APH.

Conhecer os sinais pode, por isso, salvar vidas e a APH aconselha a procura de aconselhamento no caso de serem detetados três ou mais sintomas, dentro dos seguintes dez sintomas principais: período menstrual prolongado, hemorragia na sequência de cirurgia ou parto, hemorragia abundante após intervenção dentária, hemorragia nasal recorrente e duradoura, hemorragia abundante após traumatismo, nódoas negras frequentes ou de grandes dimensões, histórico familiar, anemia, necessidade de transfusão e aPTT prolongado.

 
“O Meu Olhar - O Meu Quotidiano”
Até 24 de outubro, o CascaiShopping acolhe a exposição “O Meu Olhar – O Meu Quotidiano”, criada pelo Centro de Atividades e...

“O Meu Olhar – O Meu Quotidiano” é o tema da exposição fotográfica, criada pelo Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão, do Centro de Apoio Social do Pisão (CACI), da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, que pode ser vivitada por todos até 24 de outubro, com a missão de alertar e consciencializar a população para a importãncia da inserção social.  

A exposição foi criada, pelo CACI, na sequência do projeto de fotografia, iniciado em 2016, com a colaboração do fotógrafo Nuno Parreira, e convida os visitantes do CascaiShopping a entrar no dia-a-dia do trabalho desenvolvido por este centro de ação social. As imagens dão a conhecer as vivências e as experiências dos utentes na sua rotina diária. 

O Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI) , integrado no Centro de Apoio Social do Pisão, tem foco na reabilitação de pessoas com deficiência mental ou incapacidade a partir dos 16 anos de idade, cuja integração socioprofissional no mercado regular de emprego está condicionada.

Os objetivos do CACI passam por desenvolver atividades de ocupação, que contribuam para o bem-estar de vida, adequadas aos clientes; estabelecer planos individuais para desenvolvimento das capacidades e promover a inserção profissional na comunidade, entre outras. As fotografias da exposição “O Meu Olhar – O Meu Quotidiano” são um reflexo dos objetivos que o centro procura atingir.

Objetivo é reduzir isolamentos, abandono escolar, promover a inclusão e aumentar a taxa do rendimento escolar
O Instituto Piaget anunciou hoje que lançou o projeto ConCentrARTE, uma iniciativa a três anos que conta também com o apoio...

O Piaget justifica esta aposta pelo facto de a saúde mental dos jovens universitários em Portugal ser cada vez mais uma preocupação central das instituições de ensino superior.

“Sabemos que existe uma relação estreita entre a parte emocional e o interesse e envolvimento com as aprendizagens do meio académico, que poderá ser estimulada através deste projeto. Acreditamos que este será um marco na promoção de uma comunidade académica mais saudável, inclusiva e resiliente”, afirma a psicóloga clínica, professora e coordenadora geral do projeto, Sandra Roberto.

O ConCentrARTE adota um modelo de cuidados distribuído por oito etapas, que abrange atividades estruturadas com o objetivo de fornecer apoio gradual e personalizado, conforme as necessidades de cada estudante.

Os estudantes do Instituto Piaget terão também acesso gratuito a intervenção psicoterapêutica individual e em grupo, assegurada por psicólogos e enfermeiros especialistas. 

Está ainda previsto o encaminhamento de estudantes para instituições de saúde quando forem identificados casos mais graves, em que as intervenções contempladas no ConCentrARTE não sejam suficientes.

“Queremos reduzir o isolamento dos estudantes, estimular a expressão das suas dificuldades no meio académico e encontrar meios de transformação dessas dificuldades internas e externas”, explica Sandra Roberto. 

A entrada no Ensino Superior é perspetivada, pela maioria dos estudantes, como uma oportunidade de promoção do seu desenvolvimento intelectual, pessoal e social. Nesta transição de vida, o estudante é confrontado com uma série de desafios e mudanças, que exigem uma resposta adequada e eficaz, de forma a experienciar uma adaptação positiva e satisfatória.

É neste contexto que a instituição de ensino superior destaca, por exemplo, o programa de mentoria "Mentoring The Future", onde estudantes de anos mais avançados no Piaget assumem o papel de mentores, ajudando os novos alunos a integrarem-se na vida académica, aumentando a inclusão e o desenvolvimento de competências pessoais e sociais entre estudantes.

“A mentoria é também essencial para identificar situações problemáticas que possam requerer intervenção especializada e que, de outra forma, poderiam passar despercebidas e levar a situações de abandono escolar e de agravamento da saúde mental dos estudantes”, reforça a mesma responsável.

Além do programa de mentoria, o projeto ConCentrARTE inclui também atividades de prevenção e promoção da saúde mental, rodas de conversa sobre temas de saúde mental, oficinas de Body & Mind (atividade física e mindfulness), e a capacitação dos docentes em literacia de saúde mental, preparando-os para apoiar mais eficazmente os estudantes.

O Piaget adianta ainda que todo este processo já iniciou em julho passado, com a formação de seis docentes oriundos dos quatro polos académicos, conduzida pela Sociedade Portuguesa de Psicodrama.

“Quisemos preparar os nossos docentes para liderar sessões de sociodrama com os estudantes, numa abordagem que visa ajudar na resolução de conflitos e no desenvolvimento emocional através da dramatização de situações reais ou fictícias”, conclui a coordenadora do ConCentrARTE.

Saúde Oral
Os aligners transparentes revolucionaram os tratamentos ortodônticos, e proporcionam uma alternativa

Os aligners transparentes são moldes removíveis que se ajustam confortavelmente sobre os dentes, movendo-os gradualmente para a posição desejada. Este método de tratamento é eleito por muitos devido ao seu conforto, transparência e comodidade - o que os torna uma boa opção para adultos e adolescentes que procuram um tratamento ortodôntico discreto e eficaz. Ao contrário dos aparelhos metálicos, os aligners não envolvem braquetes e fios, que podem causar desconforto e feridas na boca. No que diz respeito ao plano de tratamento, os aligners são mapeados digitalmente, proporcionando um tratamento preciso e previsível para um sorriso alinhado. O tratamento com aligners transparentes requer geralmente menos consultas, uma vez que os pacientes mudam para um novo conjunto de aligners a cada uma ou duas semanas, conforme indicado pelo ortodontista. 

A importância da supervisão médica 

Um critério importante na escolha de um tratamento com aligners transparentes é a supervisão do médico dentista ou ortodontista qualificado, que, como especialista, é responsável pelo planeamento, decurso e resultados do tratamento. O tratamento orientado por um médico dentista garante que este seja adaptado às necessidades específicas de cada paciente, reduzindo o risco de complicações e melhorando os resultados. Desde 2021, os estudos indicam que 88% dos europeus acreditam que consultar o médico dentista no início do tratamento com aligners e manter as consultas durante todo o tratamento é fundamental. Contudo, um quarto dos inquiridos ainda considera o tratamento com aligners como um procedimento puramente estético que não requer orientação médica. Estas conclusões realçam a necessidade de educar os pacientes sobre o papel vital dos médicos dentistas no tratamento com aligners. 

“O tratamento ortodôntico envolve o movimento de material biológico, se não for feito corretamente, pode levar a danos potencialmente, irreversíveis e dispendiosos como a perda de dentes e danos graves nas gengivas, mordidas alteradas e outros problemas. É importante realçar que o tratamento com aligners transparentes é um procedimento médico que requer conhecimentos de um especialista que possa garantir que o tratamento é eficaz e seguro. Para o paciente, é essencial antes de iniciar o tratamento obter um diagnóstico adequado e completo de um médico dentista que recorra a exames intraorais, radiografias, examine a posição dos ossos maxilares, dentes, mordida e a relação dos dentes com as estruturas esqueléticas, bem como fazer uma análise fotográfica do rosto, perfil facial, lábios e dentes”, diz Teresa Pinho, médica dentista com dupla especialidade em Ortodontia e Odontopediatria.  

Cumprir à risca o tratamento 

Embora um plano de tratamento personalizado e a supervisão médica sejam essenciais, a adesão do paciente desempenha um papel significativo no sucesso do tratamento com aligners. Os pacientes devem utilizar os aligners durante, pelo menos, 22 horas por dia para obter os resultados desejados, retirando-os apenas para comer, beber e para os cuidados dentários. Um estudo publicado na Alemanha refere que 36% dos pacientes aderiram totalmente às recomendações do seu ortodontista, 38,3% aderiram bem e 25,7% aderiram mal. O cumprimento das orientações pode aumentar a satisfação do doente com o tratamento e minimizar complicações.  

“O sucesso do tratamento com aligners depende muito do empenho do paciente em utilizar os seus aligners de acordo com as instruções, aderindo aos horários de mudança de aligners e comparecendo a todos os check-ups agendados. Esta disciplina assegura que cada aligner se encaixa corretamente ao longo da sequência de tratamento, movendo eficazmente os dentes. Além disso, seguir as recomendações do ortodontista ajudará a reduzir significativamente o risco de emergências”, comenta Teresa Pinho. 

Manter uma boa higiene oral  

Uma boa higiene oral é fundamental durante o tratamento com aligners, e deve ser feita independentemente do local em que nos encontramos. Estar preparado com uma escova de dentes, elixir oral e o estojo dos aligners pode ajudar a manter uma saúde oral adequada quando não se está em casa. Depois de consumir alimentos e bebidas açucaradas ou ácidas, é crucial escovar os dentes e limpar os aligners para evitar problemas dentários.  

“A adoção de bons hábitos de higiene oral é essencial para garantir os melhores resultados possíveis e a uma boa saúde oral durante o período de tratamento. Bons hábitos, como escovar os dentes após cada refeição e limpar os aligners antes de os voltar a colocar, são essenciais e podem evitar a desmineralização do esmalte. Além disso, uma dieta equilibrada e uma boa higiene oral podem reduzir, significativamente, o risco de cáries e doenças das gengivas durante o tratamento com aligners. A possibilidade de remover os aligners antes de comer ou beber torna muito mais fácil manter a higiene”, refere Teresa Pinho. 

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16 de outubro | Dia Mundial da Alimentação
Transformar a nossa alimentação pode ser um verdadeiro elixir para a saúde do fígado.

Esta patologia, resultante da acumulação de gordura no fígado, está frequentemente ligada a hábitos de vida pouco saudáveis, como o sedentarismo e o excesso de peso. Embora a esteatose hepática seja geralmente reversível, mudanças no estilo de vida são essenciais para que isso possa acontecer e para evitar complicações graves.

Para manter o fígado em plena forma, é crucial investir numa dieta equilibrada. Reduzir calorias e evitar alimentos ricos em gorduras saturadas e açúcares refinados são passos fundamentais. Carnes vermelhas devem ser consumidas com moderação, enquanto frutas e vegetais frescos, cereais integrais, proteínas magras e laticínios com pouca gordura devem ser priorizados.

Se não consegue resistir aos doces, opte pelo chocolate negro e amêndoas, que são ricos em ácidos gordos ómega-3 e oferecem benefícios adicionais à saúde do fígado. Beber água regularmente também é essencial, ajudando a manter as funções hepáticas em ótimo estado.

Além da alimentação, a prática regular de exercício físico desempenha um papel vital na prevenção da esteatose hepática. Realizar pelo menos 60 minutos de atividade física diariamente, como caminhadas, subir escadas e outras formas de movimento, contribui para a redução da gordura hepática e melhora a saúde geral.

Um estilo de vida saudável também implica moderar o consumo de álcool e controlar doenças associadas, como diabetes e colesterol elevado. A esteatose hepática não apresenta habitualmente sintomas e só em estádios mais avançados pode causar cansaço e dor no lado superior direito do abdómen. Realizar análises regulares e consultar um médico para um diagnóstico precoce é fundamental para assegurar a saúde do fígado.

O Dia Mundial da Alimentação, assinalado a 16 de outubro, é o momento ideal para refletir sobre o impacto positivo de uma alimentação equilibrada. Pequenas mudanças nos hábitos alimentares podem resultar em grandes melhorias na saúde do fígado. A revolução começa no prato – dê o primeiro passo e cuide do seu fígado hoje.

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Compreender processos de adesão e deformação de glóbulos vermelhos
Uma equipa de cientistas do Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (DF/FCTUC)...

Nesta investigação, liderada pelo Instituto de Medicina Molecular (iMM), os especialistas estão a estudar o aumento da viscosidade sanguínea, frequentemente associado a níveis elevados da proteína fibrinogénio. Esta proteína tem um papel crucial na ligação entre os glóbulos vermelhos, aumentando a sua adesão, o que pode agravar diversas condições clínicas.

«A equipa está a analisar a concentração de fibrinogénio em pacientes com diferentes níveis da patologia e a relacionar esses níveis com a adesão dos glóbulos vermelhos, utilizando um conjunto avançado de técnicas experimentais. O nosso objetivo é criar um modelo computacional que simule diferentes interações entre os glóbulos vermelhos, permitindo uma comparação rigorosa com os resultados experimentais obtidos pela iMM», elucida Rui Travasso, professor do DF e investigador do Centro de Física da Universidade de Coimbra (CFisUC).

«Os testes realizados até ao momento indicam que, em presença de maiores concentrações de fibrinogénio, os glóbulos vermelhos apresentam maior adesão. Com o apoio de técnicas de machine learning e processamento de imagem, conseguimos identificar automaticamente as alterações na forma dos glóbulos vermelhos antes e após a colisão entre eles, estabelecendo correlações entre as simulações e os dados experimentais», revela o físico.

O próximo passo, de acordo com o responsável do projeto na UC, é a criação de uma vasta base de dados que integre tanto as simulações computacionais como as experiências laboratoriais. «Esta base de dados permitirá uma análise quantitativa mais robusta e a classificação das alterações nos glóbulos vermelhos de forma automatizada. Além disso, está a ser desenvolvida uma ferramenta baseada em machine learning para identificar os choques mais representativos das alterações observadas experimentalmente», conclui.

Os resultados preliminares são promissores, mostrando que a abordagem funciona. O objetivo a longo prazo é obter uma compreensão mais profunda dos processos de adesão e deformação dos glóbulos vermelhos em diversas patologias, contribuindo assim para o avanço do conhecimento científico e o desenvolvimento de potenciais intervenções terapêuticas.

 

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