De 1 e 4 de outubro
A Escola Superior de Enfermagem do Porto acolhe a 15ª Conferência Lusófona de Ciência Aberta, entre os próximos dias 1 e 4 de...

A Conferência Lusófona de Ciência Aberta tem como objetivo reunir as comunidades dos países lusófonos que desenvolvem atividades de investigação, desenvolvimento, gestão de serviços e definição de políticas relacionadas com a Ciência Aberta em todas as vertentes, nomeadamente o Acesso Aberto à Informação Científica e os Dados de Pesquisa.

O evento pretende ser um espaço de troca, debate e divulgação de conhecimentos, práticas e estudos sobre esses temas, nas várias dimensões e pontos de vista.

Mais informações em: https://confoa.rcaap.pt/2024/

Responsável do projeto COOP Cortaderia na ESAC diz que falta mais intervenção das autoridades para a conter
Uma espécie de planta exótica em particular, originária da região das Pampas, na América do Sul, que até há duas décadas surgia...

“Esta espécie ocupa facilmente as bermas e imediações das nossas estradas, caminhos-de-ferro e outras áreas perturbadas, encontrando aí uma oportunidade fácil para se expandir rapidamente. Mas também invade outros locais, como sapais, dunas ou mesmo o subcoberto de áreas florestais. Isto deve-se à sua excelente capacidade reprodutiva, que se traduz em milhões de sementes minúsculas por planta; às suas baixas exigências por recursos; à sua grande flexibilidade em termos de condições ecológicas onde consegue crescer; e, por vezes, à ausência de competição por outras espécies que (não) ocupam o território, devido à degradação das comunidades vegetais”, explica.

Nesta altura do ano, prossegue, “é muito fácil identificar onde estão as ervas-das-pampas, já que estas se revelam esplendorosamente na paisagem, exibindo as suas inflorescências, plumas, ou penachos vistosos, de coloração variada que pode ir desde o prateado ao ligeiramente rosado. É com a sua beleza enganadora que disfarça os impactes negativos que causa e se torna atrativa para quem (ilegalmente!) a usa para decorar jardins, montras e até casamentos. Quem já esteve em contacto direto com esta planta sabe, em primeira mão, o quão perigosa ela pode ser para a pele (daí o seu nome Cortaderia) e para as vias respiratórias. Os impactes negativos no estado de saúde da população, através das alergias que causa, é particularmente agravado por florir depois do verão, numa época em que menos espécies alergénicas costumam florir, sendo responsável por um novo pico de alergias, mais tardio.” Mas, avisa, “os impactes negativos não se ficam por aí. Tem também impactes económicos associados ao seu controlo, particularmente nas faixas marginais às estradas, obrigando a despender recursos financeiros avultados. Adicionalmente, ao crescer sem controlo, a erva-das-pampas forma áreas homogéneas, nas quais é a única protagonista, impedindo as outras espécies e degradando os ecossistemas, e os benefícios que os mesmos nos dão.” “Nem as nossas culturas agrícolas e florestais estão imunes a esta ameaça invasora”, assevera. “Nesta altura do ano, muitos indivíduos de Cortaderia já efetuaram as trocas de pólen e as plantas femininas estão agora a dispersar as suas sementes, expandindo mais uma vez a sua área de ocupação.”

“Torna-se então urgente agir, enquanto sociedade, para parar esta catástrofe ambiental e as suas consequências sociais negativas”, apela.

Dando continuidade ao projeto LIFE STOP Cortaderia, que terminou no ano de 2022, o COOP Cortaderia, em desenvolvimento até setembro de 2028, tem precisamente como objetivo sensibilizar, educar / formar e promover a intervenção dos vários setores da sociedade de forma a gerir melhor a invasão biológica por erva-das-pampas, contando com a participação de parceiros espanhóis, franceses e portugueses.

Além de intervenções de controlo, nas áreas de influência de alguns dos parceiros, e uma forte aposta na sensibilização ambiental, este projeto convida entidades públicas e privadas a aderir à Estratégia Transnacional de luta contra a Cortaderia no Arco do Atlântico, oferecendo formação e consultoria profissional para melhorar a gestão da espécie com a finalidade de travar a sua expansão e, onde for possível, erradicar a sua presença.

Todos os Municípios, Comunidades Intermunicipais, Concessionárias de (Auto)Estradas, assim como outras entidades, incluindo Associações, ONGs, empresas, etc. foram já contactadas e convidadas a aderir. Existem, até à data, 63 entidades portuguesas aderentes (lista disponível em lifecoopcortaderia.org/pt), de entre um total de 185 entidades nos três países. Entre estas, em Portugal podem destacar-se, por exemplo, pelo papel ativo nesta luta, os Municípios de Ílhavo, Leiria, Lousada, Soure e Vila Nova de Poiares, uns de forma mais «musculada», com ações de controlo, outros apostando na prevenção com ações de sensibilização dos cidadãos ou voluntariado para mapear a espécie ou remover as plumas: são exemplos inspiradores que, segundo Hélia Marchante, “mostram que ainda que o desafio seja grande, é possível ganhar algumas batalhas!”. No entanto, lamenta, “muitas entidades não chegaram sequer a responder ao convite de adesão e entre as aderentes há algumas que tardam em intervir de forma mais proativa permitindo o avançar da invasão da espécie com consequentes impactes negativos que se avolumam rapidamente”.

Hélia Marchante lança o repto: “se pertence a uma entidade pública ou privada que possui ou lida com esta espécie no seu território (ainda que pontualmente), pode juntar-se à Estratégia Transnacional, trabalhar em conjunto com parceiros que enfrentam o mesmo desafio, e passar a fazer a diferença usufruindo dos benefícios que o projeto lhe pode oferecer. Se, por outro lado, é um cidadão preocupado, pode controlar a espécie nos seus terrenos (se os tiver), deixar de usar a espécie, ou fazer pressão junto das entidades para que controlem esta (e outras) espécie invasora. Pode também divulgar o projeto COOP Cortaderia e a possibilidade de adesão à Estratégia junto de empresas, escolas, associações e, principalmente, dos agentes políticos locais (juntas de freguesia e municípios). Se for professor, temos ainda um programa de ciência cidadã no qual pode participar com grupos de alunos e contribuir ativamente para aumentar o conhecimento, o mapeamento e o controlo desta espécie: os 5 Desafios COOP CORTAderia, disponíveis em https://lifecoopcortaderia.org/desafios-corta-deria/”.

Para saber mais sobre este projeto, consulte a página da internet www.lifecoopcortaderia.org. Em alternativa, envie as suas dúvidas para [email protected].

 
Tratamento não invasivo com resultados efetivos
Uma tecnologia inovadora baseada ultrassons de alta frequência, desenvolvida por investigadores da Universidade de Coimbra,...

A nova tecnologia representa "um avanço tecnológico nos tratamentos dermocosméticos, já que permite finalmente entregar através da barreira cutânea diversas formulações, entre as quais o ácido hialurónico de nível cosmético, o que até agora só era possível com as clássicas injeções com seringas e agulhas". 

Ideal para os adeptos de tratamentos não-invasivos, com resultados efetivos (naturais) e que pretendem adiar os efeitos do envelhecimento, esta tecnologia está disponível nos corners de beleza Be.U, no Oeiras Parque. 

“A grande vantagem da tecnologia da Be.U passa por ser um tratamento não-invasivo, indolor, sem tempo de recuperação e com resultados visíveis desde o primeiro tratamento com ácido hialurónico, para a diminuição de rugas finas e pelo forte aumento da hidratação cutânea, o que melhora a qualidade e elasticidade da pele, prevenindo e atenuando os efeitos do envelhecimento” afirma o Dr. Cesar Arroyo Romo (MiitCLINIC, Madrid). 

Segundo a marca, "este lançamento é uma novidade mundial, já que alia a uma tecnologia exclusiva e distintiva, preços altamente competitivos, e os tratamentos estéticos mais avançados do mundo. O objetivo final da Be.U passa pela democratização dos cuidados estéticos, através da incorporação cutânea eficaz e não-invasiva do ácido hialurónico na epiderme, o que permite hidratar, reduzir rugas finas e rídulas, aumentar substancialmente a qualidade da sua pele e combater contra os efeitos visíveis do envelhecimento cutâneo". 

As zonas preferenciais para este tratamento são a face, pescoço, decote e mãos. Não existe período de recuperação, podendo retomar a sua vida quotidiana após alguns minutos.

"Os corners de beleza Be.U também inovam no aconselhamento e acompanhamento, recolha da história da sua pele e identificação do seu plano e rotina de beleza pela oferta de um plano de tratamento personalizado e adaptado à necessidade de cada pessoa! Dispomos de uma tecnologia de diagnóstico da pele, que também é uma novidade em Portugal, visto que permite captar imagens faciais com tecnologia de reconhecimento facial automático e apresentação dos seus parâmetros de pele, como o tipo, rugas, manchas, poros, textura, pigmentação, acne e envelhecimento", avança ainda a Be.U Skincare Clinic. 

 
Entenda esta relação
A relação entre saúde mental e alimentação é complexa e multidimensional, pois reflete a influência

Esta relação bidirecional entre saúde mental e alimentação faz com que uma pessoa com uma alimentação desadequada esteja mais propensa a desenvolver uma patologia do fórum mental. Ao mesmo tempo, indivíduos com transtornos mentais estão mais propensos a ter padrões alimentares desajustados e desequilibrados.

A nível orgânico, os nutrientes desempenham um papel crucial na função cerebral e, consequentemente, na saúde mental. Por exemplo, os ácidos graxos ómega-3, encontrados em peixes gordurosos e frutos secos, são fundamentais para o bom funcionamento cerebral, ao preservarem as membranas celulares e promoverem uma comunicação eficaz entre os neurónios, com resultados na melhoria da capacidade de memória e redução dos sintomas de depressão e ansiedade.

Por outro lado, patologias, como anorexias nervosas, associadas a dietas muito restritivas, resultam num défice de vitaminas do complexo B, como a B12 (cobalamina) e a B9 (ácido fólico), que são essenciais para a produção e regulação dos neurotransmissores que influenciam o humor. O défice destas vitaminais aumenta a probabilidade de desenvolver distúrbios do humor e metabólicos.

A ingestão excessiva de alimentos processados e açúcares refinados pode ter um impacto negativo na saúde mental. Esses alimentos potenciam picos e quedas rápidas dos níveis de glicose no sangue, o que pode resultar em alterações de humor, fadiga e prostração.

Além disso, dietas ricas em alimentos ultraprocessados, que são pouco nutritivos e de saciedade de curta duração, pode contribuir para um desequilíbrio na produção de serotonina e potenciar sintomas depressivos.

Por fim, uma dieta equilibrada e diversificada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, contribui positivamente para a saúde mental em todas as faixas etárias. Além da qualidade dos alimentos, a forma como nos relacionamos com a comida também é importante. Práticas alimentares conscientes, que envolvem a gestão dos sinais de fome e saciedade, além de executar um plano alimentar, com a preservação dos horários e frequências das refeições, podem promover um melhor equilíbrio emocional e reduzir comportamentos alimentares prejudiciais.

Em suma, a relação entre alimentação e saúde mental é vigente e significativa. Investir numa dieta equilibrada e nutritiva pode ser uma estratégia eficaz para promover o bem-estar psicológico e emocional. No entanto, é importante lembrar que a alimentação é apenas um dos muitos fatores que influenciam a saúde mental. Uma abordagem holística que inclua exercícios físicos, sono adequado e suporte emocional também é fundamental para um equilíbrio saudável.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Soluções sustentáveis de iluminação, sinalização e acessibilidade
Com o propósito de criar uma maior capacidade e eficiência na resposta a doentes graves do Centro Hospitalar Universitário de...

A Sotécnica, uma das marcas dedicadas à Transição Energética da VINCI Energies Portugal, desenvolveu a solução completa de iluminação da plataforma do heliporto. Além disso, garantiu a montagem dos dois elevadores na plataforma, proporcionando maior acessibilidade através de um corredor especialmente desenhado, que garantirá acesso direto entre a pista do heliporto e o serviço de urgências do Hospital.

A base da pista do heliporto do CHUSP, com 1.600m², foi construída numa plataforma elevada, com seis metros de altura, que permitirá acesso direto à zona dos elevadores via uma manga, levando os doentes diretamente ao serviço de urgência.

Paulo Amorim, deputy director na Sotécnica, afirma que “o heliporto do CHUSP é um projeto extremamente relevante não apenas para a zona norte do país, mas também para nós enquanto empresa. A Sotécnica conta com uma longa história de reputação e know-how, reconhecidos no desenvolvimento de projetos de grande relevo e impacto, que nos permite ser um parceiro de referência também para esta iniciativa crítica. Com este novo heliporto em funcionamento, o CHUSP terá certamente uma melhor resposta perante urgências e doentes graves na zona norte do país. É com muito orgulho que a Sotécnica participa no desenvolvimento deste projeto.”

Com a obra a aguardar o licenciamento das entidades competentes, Jorge Sousa, diretor de Instalações e Equipamentos do CHUSP, afirma que: “é uma infraestrutura com requisitos muito específicos e internacionais, e pretende-se que este se distinga por ser um heliporto certificado. Com um funcionamento contínuo de 24 horas, este heliporto terá dois cones de aproximação, sendo o que está definido para este tipo de plataformas de utilização médica. Está sujeito a uma inclinação máxima de voo de 4%, um desafio significativo, dado que se situa no centro da cidade do Porto, rodeado por diversos edifícios. Este heliporto distingue-se de outros devido à ligação célere e eficaz dos doentes desde a plataforma de aterragem até às salas de emergência/urgência do hospital por via de um túnel de acesso em vidro e elevadores (a partir desse momento é como se estivesse no interior do edifício). Desta forma, é garantida uma fluidez contínua desde a aterragem até à urgência clínica, que se distingue de outros e servirá toda a região Norte do país. Não tenho dúvidas que será uma mais-valia para toda a população.”

Em termos de iluminação, a pista incorporará luminárias LED específicas, de sinalização para segurança e orientação, complementada por um controlador de rádio. Este último aspeto distingue o heliporto como um dos primeiros no país a adotar um sistema de controlo desta natureza. Essa implementação visa alcançar a máxima eficiência do sistema, garantindo operações seguras das aeronaves, especialmente durante o período noturno ou em condições de baixa visibilidade. Também a manga de vento tem um sinalizador iluminado que fornece orientações sobre a sua direção. Será ainda instalado um sinalizador de obstáculos em três edifícios vizinhos, suportado por uma solução solar 100% autónoma.

Repto lançado a propósito do Dia Mundial do Coração
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) junta-se à Federação Internacional da Diabetes na Europa (IDF Europa)...

A partida já foi dada quando a Presidência Húngara do Conselho da União Europeia assumiu o compromisso para com a saúde cardiovascular. Embora a APDP reconheça a importância de uma ação contra as doenças cardiovasculares, alerta que sem uma abordagem conjunta para as combater não vai ser possível reduzir significativamente a mortalidade e melhorar a vida dos cidadãos europeus.

“Estamos satisfeitos por ver que uma das doenças não transmissíveis (DNT) mais mortais da Europa está a ser seriamente considerada na formulação de futuras políticas europeias. No entanto, consideramos que esta abordagem não tem em conta as mais recentes provas científicas que sustentam o apelo a uma abordagem integrada das doenças cardiovasculares (DCV) e da diabetes.”, explica Elisabeth Dupont, Regional Manager da IDF Europa, acrescentando: “Compreender, reconhecer e tratar a intrincada ligação entre a diabetes e as doenças cardiovasculares através de uma abordagem conjunta não é apenas benéfico para todas as pessoas que vivem com estas doenças. É efetivamente essencial”.

"Ignorar a ligação entre diabetes e doenças cardiovasculares seria um erro estratégico com graves consequências", afirma João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP e membro do Board da IDF Europa. “As doenças cardiovasculares têm um peso enorme na qualidade de vida e na esperança de vida da pessoa com diabetes. A abordagem clínica da pessoa deverá ter como objetivo o controlo de todos os fatores de risco de DCV.”

A APDP e a IDF Europa acreditam que um Plano Europeu para as doenças cardiovasculares e a Diabetes representará uma oportunidade única para uma mudança verdadeiramente transformadora para a saúde pública europeia e para os seus sistemas de saúde. A prevenção e gestão eficaz da diabetes, incluindo o acesso atempado a tratamentos e cuidados adequados, são essenciais para reduzir o risco de complicações cardiovasculares.

A diabetes aumenta significativamente o risco de desenvolver complicações potencialmente fatais, sendo que um terço das pessoas com diabetes desenvolve alguma doença cardiovascular, principal causa de morte e incapacidade para pessoas que vivem com a doença. As doenças cardiovasculares constituem ainda a principal causa de internamento hospitalar nas pessoas com diabetes. Como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, não há uma importante redução destas sem uma abordagem integrada.

Urologista esclarece
Os dados indicam que em Portugal surgem cerca de 6000 novos casos de cancro da próstata por ano, sen

A partir de que idade um homem deve consultar um urologista, tendo como pressuposto o diagnóstico precoce?

A partir dos 50 anos (depois dos 45 anos, se houver história familiar de cancro da próstata), de forma regular, uma vez por ano, mesmo se não existirem sintomas. Se o doente tiver queixas/sintomas urinários antes desta idade, deverá ser avaliado em consulta de Urologia, mas essas queixas não necessariamente (pelo contrário, provavelmente não são) causadas por um cancro.

Qual é a taxa de sucesso do cancro da próstata?

Se os cancros da próstata forem diagnosticados cedo, precocemente, as taxas de cura podem atingir os 98% aos 10 anos. No entanto, se o diagnóstico for mais tardio ou em casos de tumores muito agressivos, essa percentagem diminui significativamente. Daí a necessidade e importância das campanhas de alerta contra estas doenças, para permitir o diagnóstico precoce, em fases iniciais da doença, mesmo se o tumor for agressivo.

Quais são os tratamentos mais comuns neste tipo de patologia?

Os tratamentos mais comuns das formas localizadas deste tumor são a cirurgia, a braquiterapia (uma espécie de radioterapia interna, com colocação de implantes, que os urologistas designam frequentemente por "sementes", que emitem radiação no interior da próstata) ou radioterapia externa.

Nos casos em que o tumor já não está localizado, pode ser necessário tratamento com medicamentos que inibem a ação de uma hormona, a testosterona e eventualmente cirurgia ou radioterapia, do mesmo modo. Em alguns casos, geralmente mais avançados ou agressivos, pode ser necessário um tratamento hormonal designado de "segunda linha", eventualmente associar mais do que um medicamento ou realizar quimioterapia, entre outros tratamentos. Infelizmente, em casos mais avançados, mais agressivos, por vezes é mesmo necessário este tipo de tratamento.

Nos últimos anos, o número de novos casos tem vindo a aumentar, a diminuir? E a média de idades, mantém-se?

O número de casos tem vindo a aumentar, infelizmente. Este dado prende-se com o envelhecimento progressivo da população mundial (e também portuguesa), pelo que é inexorável. No entanto, há outros fatores que promovem o diagnóstico cada vez mais frequente da doença, que surge em doentes cada vez mais jovens. Foi dado um alerta pelas autoridades de saúde para o "tsunami" de novos casos de cancro da próstata que se antecipam para os próximos anos.

Existe uma ideia generalizada de que o cancro da próstata atinge homens com mais de 60 anos. Mas pode afetar homens mais jovens?

Sim pode, de facto e como foi dito. Este tumor é cada vez mais frequente em homens mais novos.

Como se previne este tipo de doença?

Existem muito poucos fatores que possamos modificar e que permitam prevenir o cancro da próstata. Sabemos que a presença de testosterona, ao longo de muitos anos, pode potenciar o uma alteração celular e o desenvolvimento deste tumor. No entanto, não podemos impedir esses dois fatores: o passar dos anos e a presença desta hormona.

A dieta - errada - dos países desenvolvidos, com muita proteína e gordura, aumenta o risco do cancro da próstata (por exemplo em comparação com regiões do globo em que se consomem menos alimentos com estas substâncias. Uma dieta com boas regras, uma "higiene alimentar" adequada por exemplo conferida pela dieta mediterrânica - é protetora contra este tumor.

Foi postulado que alguns suplementos seriam eficazes para evitar, para prevenir o cancro da próstata, mas apenas o licopeno, uma substância que existe no tomate (sendo superior a absorção deste produto se o tomate for cozinhado) demonstrou reduzir ligeiramente o risco de tumor da próstata. Por isso, não é recomendado, neste momento e com o conhecimento atual, a suplementação de toda a população com licopeno.

O exercício físico regular reduz o risco de cancro da próstata e, se/quando é diagnosticado, reduz a agressividade do tumor e a progressão do mesmo para fases/estádios mais adiantados, sendo também melhor a resposta à terapêutica.

Assim, é recomendada a realização de uma boa higiene alimentar, seguindo as regras conhecidas de uma dieta saudável, bem como a realização de exercício físico regular. 

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Jogo educativo sobre a doença renal chega às salas de aula neste ano letivo
A Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR), com o apoio da Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL),...

Cerca de 3.000 alunos de escolas básicas de diferentes localidades do país, incluindo Amadora, Caldas da Rainha, Carregado, Celeirós, Gafanha da Encarnação, Guimarães, Lisboa, Loulé, Moita, Paredes, Pombal, Portalegre, Portimão, Porto, Póvoa da Galega, Ramada, Setúbal, Silves, Torre de Moncorvo, Venda do Pinheiro e Vieira de Leiria, vão receber esta primeira edição do jogo.

“Concebemos o jogo “À descoberta dos nossos rins” com o objetivo de proporcionar uma experiência educativa envolvente, em que os alunos, organizados em equipas, participam numa competição saudável e aprofundam os seus conhecimentos sobre o sistema urinário, enquanto são relembrados da importância de manter os rins saudáveis. Com esta iniciativa, pretendemos contribuir para a prevenção da doença renal crónica desde a infância.”, explica José Miguel Correia, Presidente da APIR.

“É um orgulho apoiarmos o lançamento deste jogo educativo que será uma ferramenta valiosa na educação das gerações mais jovens. Estamos certos de que ao investir na literacia em saúde renal estaremos a contribuir para uma sociedade mais empoderada e mais capaz de se prevenir da doença renal crónica”, explica Sofia Correia de Barros, Presidente da Direção da ANADIAL.

O conjunto inclui um dossier completo com instruções, cartas de jogo, um póster educativo e fichas de atividades. Além disso, esta iniciativa inclui a possibilidade de organizar palestras educativas nas escolas, focadas na prevenção da doença renal crónica. Os materiais relacionados com este jogo encontram-se também disponíveis online: https://www.apir.org.pt/publicacoes/jogo-a-descoberta-dos-nossos-rins/ 

A doença renal crónica é uma doença provocada pela deterioração lenta e irreversível da função renal. Como consequência da perda de função, existe retenção no sangue de substâncias que normalmente seriam excretadas pelo rim, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no sangue (azotemia ou uremia).

Investigadores da FMUP identificam marcadores de risco na gestação e após o parto
A presença de um conjunto específico de proteínas na urina de mulheres grávidas pode ajudar a identificar as que correm maior...

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), publicado na Scientific Reports (grupo Nature), analisou as proteínas presentes na urina (proteoma) de uma coorte de 59 grávidas, das quais 32 eram saudáveis e 27 tinham pelo menos um fator de risco cardiovascular. Foram realizadas duas medições, a primeira durante o terceiro trimestre de gravidez e a segunda seis meses após o parto.

Como explica Inês Falcão-Pires, investigadora da FMUP, coordenadora do estudo e da coorte PERIMYR, “a gravidez obriga o corpo da mulher a adaptar-se ao crescimento e desenvolvimento do feto. O coração é um dos órgãos que sofrem ajustes, como um aumento da massa do ventrículo esquerdo. Em condições normais, estas alterações habitualmente regridem e a anatomia e a função cardíaca voltam ao normal após o parto, tornando a mulher grávida um bom modelo de estudo desta recuperação”.

Ana Filipa Ferreira, autora principal do estudo, explica que o principal objetivo era a identificação do perfil de proteínas na urina de mulheres sem fatores de risco e com fatores de risco, nomeadamente obesidade e/ou hipertensão e/ou diabetes tipo 2 ou gestacional.

De facto, de entre 342 proteínas presentes na urina consideradas, a investigação conseguiu identificar 17 proteínas relacionadas com alterações cardíacas persistentes após o parto, nomeadamente com o aumento da massa do ventrículo esquerdo. Incluem-se aqui fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGF-1), produzidas pelo fígado e associadas ao crescimento fetal. Para a identificação destas proteínas, António Barros, também investigador da FMUP, recorreu a ferramentas estatísticas avançadas.

Segundo os autores, as proteínas identificadas na urina podem indicar como o coração se readapta após a gravidez. Algumas dessas proteínas sinalizam “uma recuperação mais lenta do ventrículo esquerdo, enquanto outras indicam um retorno mais rápido à condição normal”. Estas proteínas poderão funcionar como biomarcadores, refletindo as mudanças estruturais e funcionais que ocorrem no coração durante e após a gravidez.

“O perfil do proteoma da urina reflete o processo de remodelagem cardíaca reversa, o que significa que a análise das proteínas na urina poderá ser um meio complementar de avaliar o risco cardiovascular em mulheres durante e após a gravidez", sublinha Inês Falcão-Pires.

Também de acordo com Ana Filipa Ferreira, “este proteoma permitirá sinalizar grávidas com maior probabilidade de desenvolver alterações cardiovasculares, nomeadamente uma remodelagem cardíaca incompleta, que parece ser precursora do desenvolvimento das doenças cardiovasculares a longo prazo. Esta abordagem salienta a pertinência de um acompanhamento mais próximo dessas mulheres principalmente após a gravidez”.

Este estudo foi distinguido com o Prémio Saúde Cardiovascular da Mulher pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia conjuntamente com a Organon no Congresso Português de Cardiologia 2024 e é parte integrante do projeto PERIMYR, uma iniciativa abrangente que visa aprofundar o conhecimento sobre os riscos cardiovasculares durante a gravidez e no período pós-parto. Os resultados obtidos contribuem significativamente para o objetivo global do projeto, fornecendo importantes indicações sobre os marcadores biológicos associados a estas condições.

Além de Inês Falcão Pires, participaram neste estudo António Barros, Ana Ferreira, Fábio Trindade, Juliana Morais, Sílvia Diaz, Francisca Saraiva, Carla Sousa, Carla Ramalho, Rui Vitorino e Adelino Leite-Moreira, da FMUP e UnIC@RISE/RISE-Health, Ana Paula Machado, da ULS de São João, Maria João Azevedo, da University of Amsterdam e Vrije Universiteit Amsterdam, Thibaut Douché e Mariette Matondo, da Proteomic Platform, Mass Spectrometry for Biology Unit, Institut Pasteur, Université Paris Cité.

 
Exposição e leilão artístico para angariação de fundos
Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Infantil – vai organizar, em Lisboa, no próximo dia 10 de outubro – data em que se...

A iniciativa, que coloca a arte ao serviço da Saúde Mental, conta este ano com a colaboração de 40 artistas contemporâneos, consagrados e emergentes, que generosamente doaram as suas obras para integrar a 8ª Edição da exposição e do leilão solidário de arte contemporânea “CAPITI Art Mind”.

São vários os artistas que aderiram à causa solidária e, entre eles, contam-se nomes bem conhecidos no mundo artístico – Adriana Molder, Alexandre Camarao, Ana Cardoso, Ana Guedes, Bernardo Simões Correia, Catarina Dias, Constança Arouca, Diogo Navarro, Francisca Carvalho, Gil Heitor Cortesão, Inês D'Orey, Joana Villaverde, João Fonte Santa, João Jacinto, João Paulo Serafim, Jorge Molder, José Maçãs de Carvalho, Luís Alegre, Luís Coquenão, Manuel Caldeira, Maria Ana Vasco Costa, Maria Condado, Nuno Nunes-Ferreira, Patrícia Garrido, Paulo Lisboa, Pedro Batista, Pedro Calapez, Pedro Quintas, Pedro Vaz e Sara Peres.

No âmbito da iniciativa, e à semelhança do ano passado, a CAPITI desafiou artistas a doarem uma obra, via Instagram, que foi avaliada posteriormente por um júri – João Pinharanda, Diretor Artístico do MAAT, Sebastião Pinto Ribeiro, CFO do Palácio do Correio Velho, e Mariana Saraiva, Presidente da CAPITI – que selecionou 10 obras que irão integrar a 8ª Edição da exposição e do leilão solidário de arte contemporânea “CAPITI Art Mind”. No seguimento deste desafio, foram selecionadas 10 obras dos seguintes artistas emergentes – AleXa (Alexandra da Silva), Fátima Lopo de Carvalho, Filipe Condado, João Maria Noronha Neves, Luz Espírito Santo, Madalena Cassiano Neves, Madalena Santos, Sofia Adão da Fonseca, Sofia Leitão e Teresa Almeida Rocha.

O evento solidário, que já faz parte da agenda cultural da cidade de Lisboa, vai ter lugar no MAAT Central (Sala dos Condensadores), entre as 12h00 e as 19h00, no dia 10 de outubro, no qual será possível ver todas as obras expostas e participar no leilão live online. A partir de amanhã, 1 de outubro, será possível licitar as obras no site do Palácio do Correio Velho em www.pcv.pt. O encerramento do leilão será feito dia 10 de outubro, pelas 21h30, e a licitação deve ser feita, também, em www.pcv.pt. Em 2023, a iniciativa permitiu a angariação de 51.860 euros com a venda de 27 peças de arte, o que permitiu à CAPITI ajudar a garantir o tratamento anual de 51 crianças e jovens de famílias carenciadas, com perturbações do desenvolvimento e do comportamento.

478 crianças e jovens apoiados e mais de 16 mil atos clínicos realizados

Fundada em 2017, a CAPITI vive de doações e já apoiou, até ao momento, um total de 449 crianças e jovens, através das 10 clínicas parceiras a nível nacional, tornando possível a realização de mais de 16.500 atos clínicos que englobam consultas com médicos, psicólogos e outros técnicos, e avaliações para diagnóstico.

Graças às parcerias estabelecidas com 10 clínicas em 13 cidades do país, a CAPITI conseguiu, em 2023, que 170 crianças e jovens fossem acompanhados de forma regular, sendo que mais de metade destas crianças e jovens residem fora do distrito de Lisboa. Outro dado importante é que quase 70% dos casos em acompanhamento de crianças e jovens pertencem aos escalões 0 e 1, ou seja, são provenientes de famílias com maiores dificuldades financeiras, onde a CAPITI apoia 90% ou 70% das suas consultas.

Face ao contexto da pandemia e da guerra na Europa, a CAPITI teve de se adaptar e reinventar para assegurar, por um lado, a continuidade do acompanhamento das crianças e jovens, e por outro a possibilidade de acolher as novas famílias que precisam do seu apoio. Mariana Saraiva, presidente da CAPITI, refere que “perante o difícil contexto que vivemos em Portugal, fazemos os possíveis para apoiar o maior número de famílias, graças aos donativos de entidades privadas que tudo fazem para nos ajudar a cumprir com a nossa missão, que passa por promover o crescimento saudável e a autonomia de crianças e de jovens carenciados, com perturbações do desenvolvimento e do comportamento, através de acompanhamento médico e terapêutico de excelência”.

Boehringer Ingelheim assinala Dia Mundial do Sorriso com iniciativa nacional
Muito mais do que um gesto, sorrir é a linguagem universal da felicidade, com um poder transformador. Por tudo isto os...

São já, ao todo, 10 as histórias infantis fruto do talento e dedicação dos voluntários da empresa, algumas em colaboração com sociedades científicas e serviços hospitalares, que têm como objetivo inspirar e educar os mais pequenos através de contos que abordam, de forma leve e divertida, temas relacionados com a saúde. Um projeto que nasce do desejo de tocar os corações das crianças, educando-as e fortalecendo os laços entre a comunidade e os profissionais de saúde.

"Promover a literacia em saúde é um compromisso que levamos muito a sério. Queremos que as nossas histórias não só informem, mas inspirem as crianças a adotarem hábitos saudáveis desde cedo," afirma Vanessa Jacinto, Head of Market Access & Public Affairs da Boehringer Ingelheim Portugal. "Aproveitamos o Dia Mundial do Sorriso porque conhecemos bem o poder de um sorriso e é isso que desejamos com esta iniciativa: que as crianças possam sorrir e sentirem-se bem”, acrescenta.

Ao lado dos mais de 40 colaboradores da Boehringer Ingelheim vão estar também os parceiros da Associação Empresários pela Inclusão (EPIS), uma parceria já de longa data, a Operação Nariz Vermelho e outros voluntários, que vão abdicar do seu tempo por esta causa, como alguns membros de sociedade científicas e da Ordem dos Médicos.

Na mesma data, mas antes de dormir, os contos do BI Inspiring Stories também serão lidos por voluntários da Associação Nuvem Vitória, que, todas as noites se dedica a contar histórias a crianças internadas em hospitais, proporcionando conforto e alegria às que precisam se afastar de seus ambientes familiares devido a questões de saúde.

O grande objetivo e resultado que se espera desta ação é que, através destas histórias, se transmitam valores, que as crianças aprendam sobre importância de hábitos saudáveis, mas também como podem ajudar os seus familiares e se sintam emocionalmente apoiadas durante momentos desafiadores, como o tempo passado em hospitais ou em centros de apoio.

 
Dia 3 de outubro
O Projeto Saúde Mental 360º Algarve, promovido pela Plataforma Saúde em Diálogo e apoiado pela Fundação Belmiro de Azevedo e...

A segurança dos medicamentos é um pilar fundamental da saúde pública. É necessário consciencializar a população para a importância do uso seguro dos medicamentos, assim como para o papel do indivíduo na sua promoção, nomeadamente através da notificação de suspeitas de reações adversas a medicamentos.

Esta sessão visa sensibilizar os participantes para o uso responsável da medicação, contribuindo ainda para a segurança do medicamento. A dinamização fica a cargo de Margarida Espírito Santo, farmacêutica, professora na Universidade do Algarve e Presidente do Conselho Científico da Unidade de Farmacovigilância do Algarve e Baixo Alentejo, e Maria Joaquina Poeiras, diretora técnica da Farmácia Pinto, localizada em Loulé.

“É cada vez mais importante investir na literacia em saúde e capacitar os cidadãos para navegarem no sistema de saúde, de forma a poderem tomar decisões de forma responsável”, sublinha Ricardo Valente Santos, psicólogo e gestor do projeto Saúde Mental 360º Algarve, acrescentando que “a literacia em saúde contribui não só para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, como também para a sustentabilidade do sistema de saúde”.

As sessões informativas “Saúde em Dia” pretendem esclarecer a população algarvia sobre importantes temas relacionados com a área da saúde e prevenção e gestão da doença, através de uma comunicação simples e objetiva que desmitifica alguns conceitos. Para isso, contam com o importante apoio de profissionais de saúde e de associações de doentes associadas à Plataforma Saúde em Diálogo, que se juntam nesta missão de promover a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade idosa do Algarve.

A iniciativa é gratuita e aberta ao público em geral.

 
Iniciativa da Liga Portuguesa Contra o Cancro tem o apoio da AstraZeneca
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) já anunciou os vencedores do Prémio de Jornalismo 2023 que elege os melhores trabalhos...

Nesta edição, que viu duplicar o número de candidaturas, a LPCC distinguiu “Cancro do Pulmão - O Vilão Silencioso” de Mariana de Almeida Nogueira, da revista Visão Saúde, como o melhor trabalho na categoria Imprensa e “Inês” de Abel Ricardo Paranhos de Amorim, do Porto Canal, como a melhor peça audiovisual.

A cerimónia oficial de entrega do Prémio de Jornalismo 2023 teve lugar no passado dia 27, pelas 13h00, no Clube de Jornalistas e contou com a presença dos vencedores das diferentes categorias e De alguns membros do júri, do qual fazem parte Marçal Grilo (Presidente do Júri); Maria do Céu Machado, Professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Presidente da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa; Pedro Pita Barros, Professor de Economia da Nova School of Business and Economics da Universidade Nova de Lisboa; António Granado, jornalista e co-coordenador do mestrado em Comunicação de Ciência na Universidade Nova de Lisboa e Dulce Neto, Editora Executiva do Observador.

Puderam concorrer ao Prémio de Jornalismo da LPCC 2023 todos os jornalistas habilitados com carteira profissional e que tivessem publicado trabalhos na área de oncologia, em língua portuguesa, num meio de comunicação nacional, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2023.

O Prémio de Jornalismo da Liga Portuguesa Contra o Cancro pretende valorizar o trabalho dos jornalistas e dos meios de comunicação social na área da oncologia, cujo papel na sensibilização e informação das comunidades é muito importante tanto para a prevenção e diagnóstico, como no tratamento e desenvolvimento científico sobre a doença. Em Portugal, e de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o cancro é responsável por mais de 33 mil óbitos anuais, tendo-se registado, em 2022, mais de 69 mil novos casos.

 
Opinião
O envelhecimento da população, fruto da menor natalidade e do aumento da esperança de vida, torna os

Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para aumentos marcados da população idosa no mundo e em especial na Europa, onde a média de idade da população é a mais alta do mundo e onde se prevê um aumento da população com mais de 65 anos de 14% para 25%, entre 2010 e 2050. Correspondendo a população idosa a cerca de ¼ da população, a Europa começa a ser designada por grey continent (o continente cinza).

Há um longo caminho a percorrer para que os idosos vivam mais anos com qualidade de vida.

O envelhecimento envolve mudanças fisiológicas e ambientais, que podem afetar os níveis de funcionalidade, atividade e participação dos cidadãos, gerando no indivíduo idoso necessidades específicas, que vão ao encontro dos cuidados de saúde prestados pela especialidade de Medicina Física e de Reabilitação.

A Reabilitação Geriátrica é realizada por uma equipa de vários profissionais sob coordenação do médico fisiatra e constitui um conjunto de intervenções diagnósticas e terapêuticas, cujo objetivo é a recuperação da capacidade funcional ou a melhoria da capacidade funcional residual em pessoas idosas com deficiência ou incapacidade.

Este declínio funcional ligado à idade necessita de uma abordagem global, com um plano de intervenção individualizado, dirigido a temáticas específicas do idoso como, por exemplo, a prevenção e tratamento da sarcopénia (fraqueza muscular) e o recondicionamento ao esforço (com o incentivo da prática de exercício físico terapêutico que é considerado “o comprimido mágico do século XXI”); a prevenção de quedas e de fraturas ósseas de fragilidade; a reabilitação cognitiva; a reabilitação do pavimento pélvico e da incontinência; a abordagem das alterações da deglutição; sem esquecer o domínio da integração ativa na sociedade e família, evitando ao máximo o isolamento e a imobilização.

A Reabilitação Geriátrica pretende, assim, intervir no sentido de potenciar o bem-estar e a autonomia dos idosos assim como a manutenção de um estilo de vida ativo.

Neste Dia Internacional do Idoso, a APMFR destaca o papel da Medicina Física e de Reabilitação que, com o seu trabalho e dedicação, promove a saúde dos idosos. Saiba mais sobre a APMFR em www.apmfr.pt

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
A propósito da 79.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas
No âmbito da 79.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP)...

A APDP continua a alertar para a necessidade crítica de fortalecer as estratégias de prevenção primária, promovendo hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividade física desde a infância. No entanto, a prevenção secundária, através do diagnóstico precoce, é também fundamental para evitar complicações e reduzir o impacto da doença.

As doenças crónicas, como a diabetes, impactam negativamente a saúde das populações e o desenvolvimento económico das nações. Em Portugal, segundo os dados do Observatório Nacional da Diabetes 2023, estima-se que mais de um milhão de pessoas vivem com diabetes, um número alarmante impulsionado por fatores genéticos, ambientais e sociais.

“É cada vez mais urgente acabar com a visão de que a diabetes é uma doença provocada pelo estilo de vida, sem considerar a sua complexidade, a influência da genética, dos ambientes obesogénicos e o impacto das desigualdades sociais”, realça José Manuel Boavida, Presidente da APDP. “A prevenção secundária, isto é, o diagnóstico precoce das doenças ou dos seus estadios anteriores tem de ser uma prioridade para Portugal, que tem falhado nesta matéria”.

Portugal, assim como grande parte do mundo, enfrenta desafios na implementação de programas eficazes de rastreio e diagnóstico precoce da diabetes. A APDP defende a criação de uma abordagem nacional coordenada, que integre unidades de saúde, autarquias, organizações comunitárias e outros agentes sociais, garantindo acessibilidade e cobertura a toda a população.

“A integração dos cuidados é fundamental na resposta às doenças crónicas, ainda mais numa doença tão complexa como a diabetes. Atualmente, mais de 40% dos portugueses entre os 20 e os 79 anos vivem com diabetes ou pré-diabetes. É importante continuarmos a abordar a forma como a evolução do tratamento e também a melhor compreensão da doença têm melhorado a vida das pessoas com diabetes. Mas é urgente investir para detetar e tratar a diabetes de forma mais precoce”, defende João Filipe Raposo, diretor clínico na APDP.

A comunidade internacional reunida na Assembleia Geral das Nações Unidas tem a responsabilidade de agir, promovendo o acesso à prevenção, diagnóstico precoce e cuidados de saúde de qualidade para todos. Investir na prevenção da diabetes é investir num futuro mais saudável e sustentável para todos.

Data assinala-se a 29 de setembro
“O seguro morreu de velho.

No Dia Mundial do Coração, que se celebra a 29 de setembro, o Núcleo de Estudos de Prevenção e Risco Vascular (NEPRV) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) relembra a importância da prevenção das doenças cardiovasculares, a principal causa de morte em Portugal. Patologias como o Enfarte Agudo do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral podem ser prevenidas através de pequenas mudanças nos hábitos diários e da deteção precoce de fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, obesidade, sedentarismo e stress.

A adoção de uma alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes e alimentos com baixo teor de gordura e sal, a prática de pelo menos 30 minutos de atividade física por dia, a evicção de tabaco, a higiene do sono e o acompanhamento médico regular são medidas simples que podem ter um impacto significativo na saúde do coração.

Porém, a prevenção não é apenas uma responsabilidade individual, também depende de políticas públicas que promovam a saúde cardiovascular. Campanhas de sensibilização, o incentivo a hábitos saudáveis nas escolas e nos locais de trabalho, e o acesso facilitado a rastreios são fundamentais.

Neste Dia Mundial do Coração, convidamos todos a refletirem sobre a sua saúde cardiovascular e a tomarem medidas para a proteger.

Aproveitem este dia para dar o primeiro passo rumo a um coração mais saudável, promovendo a longevidade e uma melhor qualidade de vida.

E lembrem-se: “O seguro morreu de velho”.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
3ª Reunião sobre Patologia e Cirurgia Orbitária
Em outubro, a Unidade da Órbita do Hospital CUF Descobertas e a CUF Academic Center organizam a 3.ª Reunião sobre Patologia e...

O objetivo da reunião é debater, de um ponto de vista multidisciplinar, os mais recentes avanços nesta área, para melhorar os cuidados médicos e cirúrgicos prestados aos doentes. Para tal, o programa do evento conta com um painel de oradores nacionais e internacionais reconhecidos no tratamento de doenças da órbita entre os quais, Marco Sales, Coordenador da Unidade de Cirurgia Oculoplástica e de Órbita do Hospital Universitário Ramon y Cajal e membro do Departamento de Oculoplástica do IMO Madrid;  Richard Allen, cirurgião oculoplástico e Professor na Dell Medical School da Universidade do Texas, em Austin e  Geoffrey Rose, Consultor Honorário do Moorfields Eye Hospital e Investigador Sénior do NIHR Biomedical Research Centre do Instituto de Oftalmologia de Londres.

Isam Alobid, Coordenador da Unidade Multidisciplinar de Cirurgia da Base do Crânio no Hospital Clínic de Barcelona e Professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Barcelona.

Entre os destaques da 3.ª edição desta reunião, contam-se: um debate sobre a abordagem cirúrgica das doenças da órbita, do ponto de vista da Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Neurocirurgia; uma palestra sobre inovação e diferenciação no tratamento das principais patologias da órbita; discussões sobre os avanços das técnicas cirúrgicas e um debate sobre como lidar com complicações. O evento culmina com a possibilidade de assistir a uma cirurgia da órbita ao vivo.

A 3ª Reunião sobre Patologia e Cirurgia Orbitária está marcada para o dia 5 de outubro, entre as 9h00 e as 18h30, no auditório do Hospital CUF Descobertas e destina-se a médicos, internos e enfermeiros. A inscrição é obrigatória e deve ser feita através deste link, onde também está disponível para consulta o programa completo do evento.

 
Evento decorre em Coimbra dia 27 e 28 de setembro
A Sociedade de Hematologia e Oncologia Pediátrica (SHOP) realiza, hoje e amanhã, a sua XXXI Reunião Anual, em Coimbra, juntando...

O evento destaca o POPCARE (Paediatric Oncology Precision Care Platform), umabiniciativa inovadora, que visa estabelecer uma Plataforma de Medicina de Precisão em Oncologia Pediátrica. Este projeto, coordenado pelo IPATIMUP, promove a colaboração entre centros de referência, laboratórios e associações, facilitando o uso de terapias direcionadas e a criação de um Molecular Tumour Board para otimizar diagnósticos e decisões terapêuticas. Outro objectivo é promover a comunicação e o acesso à informação para pacientes, famílias e o público em geral. Atualmente, estão em estudo características moleculares de pacientes com tumores sólidos, permitindo que alguns já beneficiem de tratamentos personalizados.

A importância dos ensaios clínicos na oncologia pediátrica também será abordada, uma vez que são cruciais para o desenvolvimento de novos tratamentos. A participação em estudos internacionais oferece uma valiosa oportunidade para acumular dados e melhorar os cuidados. No entanto, é fundamental destacar os desafios enfrentados em Portugal, onde a falta de especialistas dedicados e a priorização de estudos da indústria farmacêutica dificultam a inclusão de crianças em ensaios clínicos.

O encontro reunirá um vasto número de especialistas nacionais e internacionais, incluindo a presença de associações de pais como a ACREDITAR, evidenciando a necessidade de um esforço conjunto para melhorar as condições de tratamento e qualidade de vida das crianças.

Por fim, a reunião inclui um curso dedicado à formação de jovens pediatras, garantindo que as novas gerações estejam preparadas para enfrentar os desafios da especialidade.

28 e 29 de setembro
A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) promove, amanhã e domingo (28 e 29 de setembro), a 11ª edição do...

O futuro do Serviço Nacional de Saúde será um dos temas centrais da discussão que abordará também questões como “saúde em meio prisional”, “edição genética de embriões humanos”, saúde mental” e “o impacto da inteligência artificial na prática da medicina”, entre outros assuntos relevantes para o futuro da medicina.

A iniciativa conta com oradores de referência como João Eurico da Fonseca, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Miguel Oliveira da Silva, Professor Catedrático de Ética Médica na Faculdade de Medicina de Lisboa, Ana Aguiar, Investigadora no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, Edson Oliveira, Investigador e Educador em Medicina Aeroespacial, Guilherme Silva Bernardo, Primeiro Tenente, médico naval e Mestre em Medicina Subaquática e Hiperbárica, António Vaz Carneiro, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina de Lisboa, Mara Freitas, Presidente da Comissão de Ética para a Saúde  e Francisco Goiana da Silva, consultor contratado do Escritório Regional Europeu da Organização Mundial da Saúde, entre muitos outros.

A Presidente da ANEM, Rita Ribeiro, abre a 11ª edição do Congresso Nacional de Estudantes de Medicina, um espaço de partilha de conhecimento e de ideias entre os estudantes de Medicina e os melhores profissionais especializados nas diferentes áreas. “Queremos, acima de tudo, olhar de forma holística e integrada para o futuro da Medicina e compreender todas as questões que afetarão a sua evolução, afirma a Presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina.

Iniciativa decorre no domingo
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia com o apoio da Amgen Biofarmacêutica realiza no próximo domingo, no Parque da Paz, em...

No âmbito do Dia Mundial do Coração e enquadrado na campanha de disease awareness “Na Rota do Enfarte”, a ação “Faz Mira ao Colesterol” desafia os participantes a estarem atentos à importância de manterem hábitos de vida saudáveis que promovam a manutenção de artérias limpas. Num painel com balões amarelos, que representam a deposição de colesterol, os participantes devem "rebentar" esses balões e alcançar uma artéria saudável. Esta atividade oferece uma experiência divertida e visual sobre a importância da monitorização dos valores de colesterol para prevenir doenças cardiovasculares consequentes.

Adicionalmente, no mesmo local também será possível realizar uma experiência de realidade virtual imersiva, onde os participantes poderão embarcar numa "viagem" pelo sistema circulatório humano. Através desta tecnologia, os visitantes terão a oportunidade única de observar, em tempo real, o efeito que o colesterol exerce nas artérias. Além de divertida e diferenciadora, a iniciativa é educativa, permitindo que o público entenda, de forma simples, o impacto do colesterol no corpo humano e a importância de o manter sob controlo, contribuindo para o aumento da literacia em saúde na área cardiovascular.

“O Dia Mundial do Coração é para nós uma oportunidade de recordar a todos o contributo individual que devemos ter na prevenção das doenças cardiovasculares. O conhecimento e controlo dos valores do colesterol são fundamentais na prevenção destas doenças. Atividades como estas representam formas simples e didáticas de informar a população e de como todos podemos e devemos promover hábitos de vida saudáveis e estar atentos à monitorização da nossa saúde”, esclarece Hélder Pereira, presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

As ações inserem-se num evento que conta com a organização, entre outras entidades, da Câmara Municipal de Almada onde também é possível fazer uma caminhada do Cristo Rei até ao Parque da Paz e rastreios.

 

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