Devido à greve

Administrativos e auxiliares dos hospitais em serviços mínimos

Os administrativos e auxiliares dos hospitais estão a funcionar em serviços mínimos nos hospitais portugueses devido à greve que cumprem, para exigir a reposição das 35 horas semanais.

Luís Pesca, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), disse que, apesar de a greve se cumprir hoje, já ontem [23de Outubro] se sentiram os efeitos da greve, “sobretudo ao nível dos auxiliares de saúde” que começavam os turnos às 20:00, 21:00 e 23:00, embora fosse neste último que se sentiu o maior impacto".

“Os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sentem-se exaustos com a completa desregulação de horários de trabalho, além de que exigem a contratação de mais pessoal”, disse o dirigente sindical, sublinhando “a forte adesão à greve”.

A greve terá mais impacto junto dos utentes, sobretudo nos serviços regulares não urgentes, adiantou Luís Pesca. Os administrativos e auxiliares da saúde vão estar em greve hoje, mas embora o protesto se tenha iniciado às 00:00, o turno da noite já foi afectado, dado que começam a trabalhar às 20:00, referiu Luís Pesca.

O dirigente sindical afirmou à Lusa que a “enorme falta de pessoal” nos serviços de saúde faz com que funcionários auxiliares, técnicos e administrativos trabalhem diariamente 10, 12 ou 16 horas.

O dirigente sindical saudou ainda os trabalhadores pela “forte adesão à greve, que, tudo leva a crer, será das mais participadas nos últimos tempos”.

Luís Pesca referiu que os trabalhadores fazem horários superiores a 40 horas semanais sem que haja pagamento de horas extraordinárias e que as horas de trabalho a mais são transformadas “ilegalmente” numa bolsa de horas que dificilmente são depois utilizadas pelos profissionais. “Temos casos de pessoas que têm 50 a 60 dias para gozar de compensação. Este trabalho não pago é desumano e há trabalhadores exaustos”, referiu.

Segundo o sindicato, a greve, a realizar entre as 00:00 e as 24:00 do dia de hoje [24 de Outubro], terá “impactos enormes” nos hospitais e centros de saúde e pode causar “muitas perturbações em vários actos ou procedimentos”, incluindo até cirurgias.

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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