Ordem dos Enfermeiros defende
A Ordem dos Enfermeiros defendeu um entendimento entre os ministérios da Saúde e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social,...

“O Ministério da Saúde e o Ministério da Solidariedade Social têm de se entender no que respeita aos lares de terceira idade”, defendeu o bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE), Germano Couto, sustentando que, “muitas vezes, as mortes acontecem, não por responsabilidade dos hospitais, mas sim porque [os doentes] não tiveram os cuidados necessários a montante”.

Referindo-se ao “número atípico” de mortes registadas nas urgências de vários hospitais, o bastonário considerou que tal não decorre “apenas da falta de meios dos hospitais, do ponto de vista da falta de recursos humanos ou das estruturas em si”, mas também da falta de resposta “ao nível dos lares de terceira idade e de resposta dos cuidados de saúde primários”.

Dos cerca de 3 mil lares em Portugal, “a maioria não tem cuidados de saúde, nem médicos, nem enfermagem”, o que, a juntar a “imensos idosos abandonados”, transforma os hospitais num “fim de linha para as pessoas que não têm apoiou social”, quando, defende Germano Couto, deveriam ser “os cuidados de saúde primários a dar estas respostas”.

A posição foi expressa no final de uma visita da OE ao Hospital das Caldas da Rainha, onde o bastonário encontrou “um certo caos instalado”, com cerca de 20 macas nos corredores do serviço, o que “não permite prestar cuidados com a segurança e a qualidade necessárias”.

"A grande maioria [destes doentes] tem mais de 70, 75 ou 80 anos”, o que reforça a necessidade de “intervir a montante”, apesar de o Hospital das Caldas da Rainha ser um daqueles em que é fundamental “o ministério [da Saúde] dar condições estruturais”, por não se encontrar “preparado para a população que abrange”.

De acordo com a OE, o Hospital das Caldas da Rainha tem actualmente “um défice de 70 enfermeiros”, para cumprir os rácios de qualidade dos vários serviços e, só no serviço de urgência, a carência é de “sete enfermeiros”.

Ainda assim, porém “reforçar equipas de médicos e enfermeiros não chega” para dar resposta às necessidades da unidade onde “46% dos doentes têm pulseira verde e azul”, não configurando verdadeiras urgências, afirmou o bastonário dos enfermeiros.

Certo é, para Germano Couto, que o país vive “uma situação previsível”, sabendo o Ministério da Saúde “que, todos os anos, na época do inverno, há uma afluência anormal às urgências”, pelo que, sublinha, “o Governo tem de planear com antecipação”, ao invés de se limitar a fazer “planos de contingência em cima do acontecimento”.

Carlos Sá, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), do qual fazem parte o hospital das Caldas da Rainha e as unidades de Peniche e Torres Vedras, reconheceu que a afluência às urgências teve um aumento “na idade dos doentes” e no número “doentes deitados, debilitados e com patologias crónicas”, que aumentam o seu tempo de internamento e contribuem para o condicionamento do serviço.

Um panorama a que, segundo o mesmo responsável, o CHO tem tentado responder com o aumento de 10 camas de internamento em Peniche, a aquisição de mais seis macas e a realização de reuniões com os centros de saúde e corporações de bombeiros, para estudar outras soluções.

Quanto à falta de enfermeiros denunciada pela OE, o CHO recordou que está a decorrer um concurso para a integração de 18 enfermeiros que vão preencher a totalidade das vagas do mapa de pessoal da instituição.

O CHO abrange 295 mil habitantes dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de algumas freguesias dos concelhos de Alcobaça (Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com excepção das de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro).

“Emprego e Autismo - guia para uma realidade possível”
Muitos pais desconhecem que podem inscrever os filhos com autismo nos centros de empregos, outros nem sequer equacionam que...

O livro “Emprego e Autismo - guia para uma realidade possível” pretende esclarecer os pais que não sabem o que fazer quando o filho deixa a escola, mas também ser um meio de apoio e orientação na construção de um projecto de vida activa socioprofissional de pessoas com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA).

“Queremos que os nossos filhos sejam olhados como pessoas e o emprego é fundamental, porque nos transforma, nos melhora e nos abre caminho”, disse Sara Martins, da Dar Resposta.

Mas o emprego acaba por ser “a fase mais visível da exclusão, da segregação e da discriminação” a que estes jovens e adultos “estão mais sujeitos”, lamentou.

Sara Martins contou que há pais que “nem sequer ponderam que o seu filho possa ter um emprego”. “Em altura alguma os culpo, porque essas famílias não têm apoio e precisavam de ter”.

Perante estas situações, “chegámos à conclusão que tínhamos de fazer um trabalho dirigido às famílias”, mas também aos jovens e adultos com PEA, professores, técnicos e empresários.

“O que acontece no nosso país em relação às perturbações de desenvolvimento, nomeadamente do espectro de autismo, é um assunto muito tabu, encarado sempre como uma grande catástrofe que acontece nas nossas vidas e não deixa de ser realmente uma surpresa contra à qual os pais não estão preparados”, adiantou.

O trabalho da associação passa por sensibilizar os pais para a importância de criarem um projecto de vida para os filhos.

“Os pais têm que perceber que há capacidades que são únicas e que precisam de ser rentabilizadas”, disse Sara Martins, mãe de Guilherme, um jovem de 13 anos com autismo.

O guia dá a conhecer estratégias de procura de emprego, ensina a fazer um currículo, a preparar uma entrevista, e reúne “informação útil e prática” dirigida a técnicos e empresários para “promover uma maior consciencialização da importância e dos benefícios associados à contratação” destas pessoas.

O objectivo é “explicar à empresa que temos uma pessoa que vai ser rápida, excepcional, quase sem falhas a fazer um arquivo, a programar, a ser zeloso no cumprimento de horários, e que não será um peso para a empresa, mas uma mais-valia”, explicou Sara Martins.

“Queremos muito acreditar” que as empresas vão deixar de encarar a questão da responsabilidade social como “uma obrigação”, mas antes como “um papel social que têm a desempenhar e que pode ser uma mais-valia em termos competitivos, de gerar lucro e de optimização de recursos humanos”.

A Dar Reposta, um movimento de pais, familiares e amigos de cidadãos com deficiência, gostaria de envolver nesta causa o Instituto de Emprego e Formação Profissional e formar técnicos de emprego nesta área.

Também são necessárias “acções que motivem as empresas, nomeadamente um quadro de incentivo fiscal que seja claro”. Para Sara Martins, é preciso “mudar a cultura dentro das empresas”, mas também da sociedade em relação às pessoas com deficiência. “É uma tarefa para a vida, nós sabemos disso”.

Organização Mundial de Saúde
As doenças não transmissíveis como o cancro ou a diabetes causam todos os anos 38 milhões de mortes, das quais 16 milhões...

"A comunidade internacional tem a hipótese de poder mudar o curso das doenças não transmissíveis", declarou a directora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, na apresentação do relatório.

"Ao investir entre um e três dólares por ano e por pessoa, os países podiam diminuir fortemente o número de doentes e de mortes devidos a estas doenças não transmissíveis", como o cancro, as doenças cardíacas, pulmonares, respiratórias e a diabetes, afirmou.

No próximo ano, cada país devia fixar objectivos para a introdução destas medidas preventivas, uma vez que sem elas "milhões de vidas serão novamente perdidas demasiado cedo", defendeu.

Em 2000, 14,6 milhões de pessoas morreram prematuramente na sequência de doenças não transmissíveis, por falta de prevenção. Este valor aumentou e passou para 16 milhões em 2012, de acordo com dados da OMS.

As mortes prematuras devidas a doenças não transmissíveis podiam ser evitadas através de políticas antitabagistas, anti-álcool e de promoção de actividades físicas e desportivas.

De acordo com a OMS, são sobretudo os países de rendimento médio que devem apostar neste tipo de políticas, uma vez que as mortes devidas às doenças não transmissíveis são superiores às causadas por doenças infecciosas.

Seis países registam as taxas mais elevadas de mortes prematuras - Afeganistão, Fiji, Uzbequistão, Cazaquistão, Mongólia e Guiana - sendo que, perto de três quartos de todas as mortes devidas a doenças não transmissíveis, ou seja 28 milhões, ocorrem em países de rendimento médio ou baixo.

Em 2013, a OMS lançou um plano de acção, de nove objectivos, para reduzir em 25%, até 2020, o número de mortes prematuras.

O tabaco mata seis milhões de pessoas por ano, o álcool 3,3 milhões, a falta de exercício físico 3,2 milhões e o excesso de sal na alimentação 1,7 milhões.

A OMS está também preocupada com as consequências da obesidade infantil, e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, hipertensão, ou doenças ligadas à artrose. Actualmente, 42 milhões de crianças, com menos de 5 anos, são obesas.

Em 2014
Em 2014 registaram-se em Portugal 238 mortes infantis, até ao primeiro ano de vida, o valor mais baixo de sempre em números...

As estimativas apontam para a existência de 83.511 nascimentos nesse ano, pelo que a taxa de mortalidade rondou os 2,85.

"É a primeira vez que temos em números absolutos a morte de 238 crianças. Temos aqui das melhores taxas de mortalidade infantil em todo o mundo", afirmou o director-geral da Saúde, Francisco George.

Segundo os dados do sistema de informação dos certificados de óbito (SICO), esta e a segunda melhor taxa de mortalidade, tendo a mais baixa - 2,53 - sido registada em 2010, ano em que o número absolutos de mortes no primeiro ano de vida foi 256, mas o número de nascimentos foi de 101.381.

Segundo o responsável, estes resultados devemos ao desenvolvimento do país e à maior atenção dada às questões do parto.

Francisco George sublinhou que a evolução (descendente) da taxa de cesariana é coincidente com a taxa de sobrevivência (a aumentar).

Hospitais de Coimbra
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra utilizou pela primeira vez um dispositivo que reduz entre 70% e 89% o risco de...

O novo”pacemaker” é "igual aos que se utilizam" normalmente no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), sendo que "a novidade" está numa "espécie de casulo" que envolve o dispositivo, e que liberta antibióticos, o que reduz "o risco de infecções", disse o director do Serviço de Cardiologia do centro hospitalar, Mariano Pego.

"É um avanço muito importante", considerou, referindo que as infecções após o implante do “pacemaker” são de difícil tratamento e que acarretam "despesas enormes", sendo necessário, por vezes, retirar o aparelho para se tratar a infecção.

Este novo dispositivo poderá ser utilizado, por agora, "em doentes com um sistema imunitário deficitário", em que os riscos de infecções são mais elevados, avançou Mariano Pego. "Não vamos implantá-lo em todos os doentes, porque é um dispositivo mais caro", acrescentou, afirmando, no entanto, que "isso seria o ideal".

Segundo o director do serviço, o CHUC é "o primeiro hospital público" em Portugal a usar este tipo de dispositivo.

De momento, o CHUC implanta entre 700 a 800 “pacemakers” por ano, informou Mariano Pego. Segundo a nota de imprensa, o "envelope anti-bacteriano ajuda ainda a estabilizar e a evitar migrações dos dispositivos médicos cardíacos implantáveis" e, após nove semanas, "o envelope é totalmente absorvido pelo corpo".

Ébola:
O Governo do Mali e as Nações Unidas anunciaram que o país está livre do Ébola após terem sido registados 42 dias sem novos...

"Declaro este dia o dia do fim do vírus do Ébola no Mali", disse o ministro da Saúde do país, Ousmane Kone, citado pela agência France-Presse.

O responsável máximo da delegação das Nações Unidas no país, Ibrahima Soce Fall, confirmou a informação avançada pelo Governo do Mali.

No passado dia 15, a Organização Mundial de Saúde (OMS) expressou o seu optimismo face a indicadores recentes que demonstravam uma queda nos novos casos de infecção pelo Ébola nos três países da África Ocidental mais atingidos pelo vírus. Os três países são a Guiné-Conacri, Libéria e a Serra Leoa.

No total, 21.296 pessoas foram infectadas com o Ébola desde o início deste surto, há cerca de um ano, tendo 8.429 delas morrido, de acordo com os dados mais recentes.

Sindicato
O líder SINTAP/Açores anunciou um acordo com o Governo Regional no sentido de aplicar, até final do mês, aos profissionais de...

Francisco Pimentel, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP) nos Açores, em declarações à agência Lusa, considerou "proveitosa" a reunião mantida na manhã de hoje com o secretário regional da Saúde dos Açores, Luís Cabral, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, e registou a abertura do titular da pasta.

Nos Açores, existe cerca de uma centena de técnicos de diagnóstico e terapêutica, além de todos aqueles que pertencem às demais carreiras especiais de saúde, que trabalham, contrariamente aos outros profissionais da administração pública regional, 40 horas por semana.

O dirigente sindical, que ressalvou que os médicos e enfermeiros ficam de fora deste entendimento, declarou que estão a ser desenvolvidos esforços no sentido do texto final do acordo ficar concluído na próxima semana.

Francisco Pimentel disse ter registado "com muito agrado" a postura adoptada pelo secretário regional da Saúde em todo este processo, bem como a "abertura política".

Pelo segundo ano consecutivo
O Centro Hospitalar do Oeste registou, pelo segundo ano consecutivo, um aumento do número de consultas externas e de cirurgias...

“Os dados já apurados relativamente aos 12 meses do ano anterior demonstram um aumento de 6.101 consultas externas realizadas (mais 4,6%) e um aumento de 224 nas cirurgias realizadas (mais 4%), comparativamente com o ano de 2013”, divulgou hoje o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) em nota de imprensa.

Segundo o CHO, as consultas externas realizadas nos três hospitais (Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche) aumentaram de 133.196 em 2013 para 139.297 em 2014, enquanto as cirurgias registaram, no mesmo período, um acréscimo de 5.540 para 5.764.

O número de primeiras consultas registou também um aumento, já que, em 2014, tiveram pela primeira vez acesso a consulta médica no CHO 47.325 utentes, mais 4.467 utentes do que em 2013.

Ou seja, registou-se um aumento em 10,4% de primeiras consultas de especialidade realizadas nas Unidades de Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras.

Os dados, confirmados através do Sistema de Informação para a Gestão de Doentes (da Administração Central do Sistema de Saúde) demonstram tratar-se do “segundo ano consecutivo em que a unidade de saúde aumenta os seus indicadores de produtividade face ao ano imediatamente anterior”, facto que, realçou a administração, “acontece desde a constituição do CHO”, em Novembro de 2012.

O aumento do número de consultas e de cirurgias realizadas “traduz-se em ganhos significativos para os utentes da região Oeste, uma vez que estas são duas das áreas de maior importância para a actividade hospitalar e para o acesso aos cuidados de saúde por parte dos cidadãos”, sustentou a administração.

Os resultados, que o presidente do Conselho de Administração (CA), Carlos Sá, atribui “ao empenho e dedicação dos profissionais de saúde”, confirmam, ainda, que “a criação do CHO e o trabalho coordenado de três unidades de saúde, que durante muitos anos funcionaram de forma individual, veio trazer ganhos inegáveis no acesso à saúde por parte da população servida pela instituição”.

Apesar do “cenário de limitações orçamentais”, o administrador sublinhou que a par com o aumento dos cuidados de saúde, “foi também possível realizar alguns investimentos importantes”, nomeadamente em “novas instalações e equipamentos, que permitiram melhorar as condições de acolhimento, conforto e atendimento dos utentes”.

O CHO resultou da junção, a 21 de Novembro de 2012, do antigo Centro Hospitalar do Oeste Norte (CHON) e do antigo Centro Hospitalar de Torres Vedras (CHTV), posicionando-se como a unidade hospitalar de referência na prestação de cuidados de saúde na região Oeste.

Abrange uma população directa de cerca de 295.000 habitantes, residentes nos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com excepção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro).

Investigadora da University College London
A investigadora portuguesa Rita Guerreiro, da University College London, em Londres, no Reino Unido, vai receber o "Prix...

A cientista foi seleccionada pelo trabalho sobre as mutações do gene TREM2, indicado como possível factor de risco da Doença de Alzheimer e de outras doenças degenerativas como a Demência Frontotemporal.

A votação foi feita por um comité científico europeu e o prémio é atribuído pela "Association pour la Recherche sur Alzheimer" (Associação para a Investigação sobre Alzheimer), criada em 2004, em França, e dedicada à pesquisa sobre a doença.

"Isto é um prémio que vem reconhecer o trabalho que temos desenvolvido nestes últimos tempos e é também uma motivação muito grande para o futuro. É um prémio que foi atribuído, por votação, por outros investigadores e, portanto, é um reconhecimento pela comunidade científica internacional", disse Rita Guerreiro.

A investigadora fez questão de sublinhar que "é um prémio que reflecte todo o trabalho de uma equipa" nos últimos dez anos, em referência ao laboratório Guerreiro-Bras, chefiado por ela e pelo marido José Miguel Brás e que faz parte do Departamento de Neurociência Molecular do Instituto de Neurologia da University College London.

"É muito gratificante vermos que uma descoberta que nós fizemos - que não está tão directamente associada com o doente mas que claramente levou a um melhor conhecimento da doença - está neste momento a fazer com que haja investigação mais aplicada, principalmente em termos de fármacos que se estão a basear nestas descobertas", continuou a investigadora.

O prémio é de 10 mil euros, um montante que pretende "apoiar e encorajar um jovem investigador que tenha projectos de investigação prometedores", de acordo com a página da internet da associação.

"É sempre dinheiro essencial para conseguirmos manter o laboratório a funcionar e vai ser essencial para conseguirmos continuar os estudos que temos estado a desenvolver", explicou a investigadora de 34 anos, acrescentando que o laboratório continua a "estudar famílias com doenças raras".

Rita Guerreiro saiu de Portugal em 2006 e não pensa regressar porque "na mesma área será muito difícil", ainda que gostasse "muito".

"Os apoios à ciência são cada vez menores e para fazer trabalhos deste género é necessário um investimento muito grande, os projectos são muito caros, manter um laboratório custa muito dinheiro - especialmente na área da genética - e é necessário estar ligado a grupos e a instituições com uma grande capacidade financeira. Eu diria que seria quase impossível fazer o mesmo tipo de trabalho em Portugal", concluiu.

Medicamento inovador
O presidente do Infarmed revelou que o laboratório que comercializa o medicamento inovador Sofosbuvir, contra a hepatite C,...

Eurico Castro Alves falava à agência Lusa à margem de um encontro de quadros do Ministério da Saúde, que decorre em Lisboa, durante o qual explicou que a oferta é uma boa notícia, mas que as negociações para se chegar a um “preço justo” continuam.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, que preside a este encontro, disse que já foram dados importantes passos nestas negociações com o laboratório Gilead, destacando a baixa de preços que o laboratório se mostrou disponível a fazer, mas que ainda “não é aceitável”, e também a existência de fármacos concorrentes que poderão facilitar o acesso dos doentes aos tratamentos.

Sobre as negociações em curso, Paulo Macedo garantiu que não vão durar eternamente, referindo que quer este processo concluído antes do final do ano.

Reforço do serviço
A Linha Saúde 24 vai abrir dentro de dias um serviço de atendimento específico para a gripe, disse a sub-directora geral da...

A especialista em saúde pública, que participava num encontro de quadros do Ministério da Saúde, em Lisboa, defendeu o reforço da Linha Saúde 24, um serviço de aconselhamento telefónico (808242424) e anunciou que dentro de dias haverá um serviço específico para o atendimento de casos suspeitos de gripe.

Este serviço funcionará a partir de Coimbra e irá responder apenas a casos suspeitos de gripe.

Segundo Graça Freitas, a triagem pela Linha Saúde 24 "é fundamental”, defendendo que os cidadãos que se sentem doentes não devem ir logo para os serviços de saúde, uma vez que podem ficar infectados com outros agentes que possam existir nas instituições.

A especialista recordou que se está na semana acima da linha de actividade basal e em franco período epidémico.

Sobre o aumento do número de mortos acima dos esperados, Graça Freitas disse que estes não se podem atribuir apenas à gripe, considerando que o frio contribuiu seguramente para a subida de casos na primeira semana.

“Quem não se vacinou ainda se pode vacinar, pois ainda vamos ter semanas de gripe”, defendeu.

Pelo 3º ano consecutivo
A Astellas conquistou, pela terceira vez consecutiva, o 1º lugar no ranking do Sector Farmacêutico e o 5º lugar no universo de...

A Astellas foi considerada uma das melhores empresas para trabalhar pelos colaboradores, alcançando a melhor posição no grupo de companhias do seu sector de actividade económico na área da Biotecnologia & Farmacêutica, que se submeteram a esta avaliação externa. Para além deste Prémio, a Astellas conquista também o primeiro lugar do Great Place to Work Responsabilidade Social e Sustentabilidade 2015, devido aos projectos de responsabilidade social e sustentabilidade que promove e em que se envolve, com o apoio dos colaboradores.

Alberto Aguiar, Director-Geral da Astellas Farma, afirma que “é extremamente gratificante, para a Astellas, percebermos que aquilo que nos motiva diariamente tem um resultado positivo nas nossa pessoas e que tal é também reconhecido externamente. Este prémio reflecte o empenho de todos os colaboradores no compromisso em se atingir o melhor, no âmbito dos cinco pilares da companhia: Colaboradores, Sociedade, Ambiente, Compliance, Economia. O prémio é de todos os nossos colaboradores, que todos os dias trabalham com esta motivação.”

As diversas políticas internas implementadas na companhia nos últimos anos, que permitem uma cultura de trabalho flexível e acolhedora, contribuíram para a satisfação dos colaboradores da Astellas. A flexibilidade laboral, o incentivo à natalidade, bem como a conciliação entre a vida pessoal e familiar inserida na actividade laboral, são algumas das áreas em que a Astellas tem apostado fortemente.

De acordo com a política de recursos humanos “têm vindo a ser implementadas estratégias de desenvolvimento que proporcionem um ambiente de trabalho sustentável e de bem-estar a todos os nossos colaboradores. São eles que fazem da companhia o que ela é, pelo que a sua dedicação é reconhecida e recompensada através de programas institucionais de mérito, benefícios e ofertas em momentos importantes da vida pessoal e profissional. Temos as Melhores Pessoas na Melhor Empresa!”, reforça Catarina Silva, Human Resources Manager na Astellas.

Ao nível da sustentabilidade e da responsabilidade social, a Astellas tem promovido várias acções em benefício do contexto social e do ambiente em que se encontra inserida. A empresa tem investido em vários projectos que visam mudar positivamente a vida da comunidade em que está inserida. A destacar são as acções de empregabilidade e apoio à reintegração laboral, bem como a criação do “Changing Tomorrow Day” em que os colaboradores da Astellas têm a oportunidade de participar em projectos de voluntariado organizados.

Destacam-se, ainda, ao nível ambiental, e dentro do plano de acção anualmente definido, os cuidados com o consumo de electricidade, de água, de papel e de plásticos que se traduzem na utilização de lâmpadas económicas, torneiras amigas do ambiente, redução de impressão de documentos e utilização de louça de vidro.

Actualmente, a Astellas tem cerca de 55 colaboradores. A sua sede, situada no Lagoas Park, em Porto-Salvo, é um espaço acolhedor, onde existe um conjunto de funcionalidades que estimulam um estilo de vida e alimentação saudáveis.

 

Sobre a Astellas Pharma

A Astellas Pharma é uma empresa farmacêutica dedicada a melhorar a vida das pessoas em todo o mundo através de soluções inovadoras e produtos farmacêuticos de confiança. É uma das 20 maiores empresas farmacêuticas, que emprega cerca de 15 mil pessoas em todo o mundo. 

A Astellas está em Portugal desde 1967, conta com cerca de 55 pessoas e focaliza-se nas seguintes áreas terapêuticas: Oncologia, Urologia, Dermatologia, Transplantação, Anti-infecciosos e Dor.

Para mais informações sobre a Astellas visite http://www.astellas.com.pt/pt/.

INSA em projecto internacional
O Instituto Ricardo Jorge vai avaliar o grau de benefício das vacinas da gripe para quem as toma, no âmbito de um projecto...

Designado “I-MOVE+”, o projecto, aprovado pela Comissão Europeia, tem como objectivo a avaliação da efectividade e impacto dos programas de vacinação na população com mais de 65 anos.

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) foi uma das instituições internacionais de saúde pública seleccionadas e desenvolverá trabalho nas áreas específicas da gripe e da doença pneumocócica.

“Pretende-se monitorizar, nos cuidados de saúde primários e hospitalares, a efectividade da vacina antigripal e antipneumocócica na população com mais de 65 anos de idade. Ou seja, perceber o grau do benefício destas vacinas para quem as toma, neste caso no referido escalão etário”, explica o Instituto Ricardo Jorge.

Deste trabalho deverão resultar “importantes contributos” para a introdução e adaptação de medidas de prevenção, como, por exemplo, ajudar a definir os grupos-alvo a quem devem ser disponibilizadas as vacinas.

Criar medidas de prevenção complementares às vacinas, em anos em que estas sejam menos eficazes do que o esperado, e contribuir para que a composição das vacinas em anos posteriores seja mais eficaz são outros dos contributos esperados desta investigação.

O orçamento global do “I-MOVE+” é de 7,4 milhões de euros, no âmbito do Horizonte 2020 – Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação, dos quais cerca de 5% (370 mil euros) serão geridos pelo Instituto Ricardo Jorge no âmbito das suas atribuições no projecto.

Esta iniciativa reúne especialistas de institutos de saúde pública e universidades de vários países, sendo o Instituto Ricardo Jorge uma das 23 entidades integrantes deste consórcio e a única portuguesa.

O estudo tem uma duração prevista de três anos e vai ser desenvolvido através do Departamento de Epidemiologia e do Departamento de Doenças Infecciosas do instituto.

Ordem e sindicatos alertam
Ordem e sindicatos dos Médicos defenderam na Feira que a Urgência do Hospital S. Sebastião está a funcionar com metade dos...

A expressão é de Miguel Guimarães, presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, e está relacionada com os tempos de espera "inaceitáveis" que se têm verificado nesse serviço e que alegadamente motivaram, no passado dia 04, a morte de um utente após seis horas a aguardar por assistência médica.

"Vimos muitos doentes para serem atendidos e muito poucos profissionais de saúde [para lhes dar assistência]", declarou Miguel Guimarães à saída da visita ao hospital. "Há uma carência muito grande a nível de médicos, meios e assistentes, o que faz com que os tempos de espera sejam inaceitáveis (...) e, se não fosse a dedicação exibida pelos profissionais do hospital [ainda em funções], este serviço de urgência seria muito pior".

Para que o "S. Sebastião" possa apresentar um funcionamento "minimamente aceitável" e com garantia "de algum conforto" para os utentes, Miguel Guimarães recomenda: "Deveria ter o dobro dos médicos".

Só dessa forma se poderiam evitar tempos de espera excessivos, como os que Miguel Guimarães atribui actualmente aos doentes que, à chegada ao hospital, recebem na triagem inicial as pulseiras representativas do segundo e terceiro graus de maior emergência médica, entre os cinco disponíveis.

"No caso das pulseiras laranja o tempo de espera é de uma ou duas horas, o que é absolutamente inaceitável", afirma. "No caso das amarelas, chega a três ou quatro horas", revela.

Quanto ao caso específico do homem que morreu no hospital a 04 de Janeiro, apesar de identificado com uma pulseira laranja, Miguel Guimarães repete que a Ordem já avançou com o devido inquérito, mas realça que "o responsável global, político, é o ministro da Saúde".

Carlos Santos, dirigente do Sindicato Independente dos Médicos e cirurgião com 30 anos de experiência, confessou, após a mesma visita: "Nunca tinha visto um serviço de urgência a funcionar desta maneira, com falta de mais de metade dos profissionais necessários aos diversos níveis".

Insiste, por isso, que a urgência do "S. Sebastião" só se mantém em funcionamento "graças ao profissionalismo [de quem aí trabalha], ao seu espírito de entreajuda e solidariedade, e ao seu sentido de que, no centro de tudo, tem que estar sempre o doente".

Carlos Santos alerta depois que a pressão a que estão sujeitos esses profissionais "cria um círculo vicioso" de efeitos negativos nas listas de espera, "porque trabalhar nessas condições é uma pressão enorme e a maioria dos médicos não está disponível para ser contratada nessas circunstâncias".

A abertura dos serviços de urgência nos centros de saúde seria uma possível solução, na medida em que diminuiria "a sobrecarga sobre as urgências hospitalares e seria uma maneira de cativar os médicos".

Já Merlinde Madureira, presidente do Sindicato dos Médicos do Norte, realça que a origem do "caos" que se está a verificar nos diversos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) "ou é incompetência, ou perversidade".

A primeira explicará que repetidamente "se mantenham em lugares-chave as mesmas pessoas que no ano anterior demonstraram não ser capazes de resolver o problema". Caso não se trate de incompetência, então o problema tem razões perversas, porque "o que se deseja é mesmo isto [o caos nas urgências], para que nem os profissionais [do sector] nem os doentes se dirijam às instituições do SNS".

A dirigente conclui assim que a sociedade civil "devia poder criminalizar" também os responsáveis políticos pelo sector da Saúde e não apenas os médicos, que são apenas "quem dá a cara" aos utentes.

Governo propõe
O alargamento do horário dos centros de saúde, em função das necessidades locais, está previsto no regime de delegação de...

Segundo um documento do Governo sobre as competências a descentralizar na área da saúde, os municípios podem participar na "definição dos períodos de funcionamento e cobertura assistencial, incluindo o alargamento dos horários de funcionamento das unidades funcionais dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES)".

A delegação de competências nos municípios será desenvolvida através de "contratos interadministrativos" nas áreas da educação, saúde, segurança social e cultura, mas o ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, explicou que médicos e enfermeiros, à semelhança de professores, não serão abrangidos pelo novo regime.

Nos recursos humanos da saúde, os municípios poderão assumir o "recrutamento, gestão, alocação, formação e a avaliação do desempenho" de técnicos superiores, técnicos superiores de saúde, técnicos de diagnóstico e terapêutica e assistentes técnicos e assistentes operacionais, segundo o documento.

Além da articulação com os ACES na adaptação ou alargamento do horário dos centros de saúde, "em função das necessidades locais", respeitando os períodos mínimos previstos na lei, os municípios devem promover "intervenções de apoio domiciliário" e de "apoio social a dependentes".

A definição de uma estratégia municipal enquadrada no Plano Nacional de Saúde deve servir para adequar os programas nacionais à realidade local, nomeadamente na prevenção e controlo do tabagismo e da promoção da alimentação saudável, aponta o Governo.

O regime de delegação de competências admite, ainda, que os municípios assegurem a gestão do transporte de utentes, por exemplo na definição de uma "política articulada de transportes, designadamente o serviço de transportes a classes vulneráveis e sem acesso a transportes públicos".

A construção, manutenção de edifícios e equipamentos, arranjos exteriores, serviços de limpeza, segurança e vigilância das infra-estruturas dos ACES são outras competências a gerir pelas autarquias ou comunidades municipais que decidam aderir ao novo regime.

O ministro Miguel Poiares Maduro esclareceu, após a aprovação do diploma em Conselho de Ministros, que já houve "manifestação de interesse" de alguns municípios ou comunidades intermunicipais nos projectos-piloto da área da saúde. "Não nos queremos vincular a um prazo. Trabalhamos há vários meses nesta matéria, que é muito complexa, e os projectos-piloto vão sendo encontrados", disse Poiares Maduro.

A delegação de competências na área da saúde está mais atrasada do que na educação, sector em que o Governo assumiu haver "um acordo base" com 10 municípios que vão participar em projectos-piloto, para vigorar nos próximos quatro anos lectivos.

"Até hoje o PS e os seus responsáveis também defenderam a descentralização. Se defendem a descentralização, a medida é para continuar e não para se pôr em causa", disse António Leitão Amaro, secretário de Estado da Administração Local, que espera que o processo prossiga nas próximas legislaturas.

Das Finanças
O Centro Hospitalar de S. João, no Porto, aguarda a autorização do Ministério das Finanças para lançar o concurso público...

A concretização desta empreitada vai permitir o regresso ao edifício principal do Serviço de Neurocirurgia, a funcionar há mais de cinco anos em contentores.

O administrador executivo, João Oliveira, disse que estas obras, previstas no plano estratégico do Centro Hospitalar de S. João, foram homologadas em Novembro pelo Ministério da Saúde, faltando agora a autorização do Ministério das Finanças para que o processo avance.

“Estamos a aguardar desde Novembro a autorização para podermos lançar o concurso público”, afirmou o administrador. João Oliveira referiu que com esta intervenção o Serviço de Neurocirurgia ficará com 31 camas e o serviço de Hematologia com 23, ambos no piso 8. O piso sete acolherá 15 camas do Serviço de Neurologia.

A segunda fase de desenvolvimento do Plano Estratégico do Centro Hospitalar de S. João arrancou em Julho de 2014.

O anúncio da decisão de prosseguir com o plano estratégico surgiu depois de uma reunião do presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de S. João, António Ferreira, com o Ministério da Saúde, para analisar as reivindicações dos 66 directores do S. João que se encontravam demissionários desde Junho de 2014.

"A impossibilidade da implementação do desenvolvimento estratégico do Centro Hospitalar de São João" foi uma das razões apontadas para a demissão conjunta.

Em Gaia
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica anunciou ter apreendido mais de 29 mil garrafas destinadas a Vinho do Porto...

Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) refere ter “procedido nas últimas semanas, no concelho de Gaia, distrito do Porto, à tomada de medidas no sentido de retirar do circuito comercial” garrafas de vidro destinadas ao engarrafamento de Vinho do Porto.

A existência de fragmentos de vidro nas garrafas foi dada através de uma notificação de alerta emitida pelas autoridades belgas, transmitida pela Comissão Europeia através do “Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais” a todos os estados-membros.

A ASAE sublinha terem apreendido até ao momento cerca de 20.350 garrafas de vidro vazias e 9 mil com vinho, num valor total de cerca de 63 mil euros.

“A situação relatada e objecto de acção de fiscalização não está relacionada com o produto em corneto, mas tão-somente com as garrafas onde o mesmo é embalado”, destaca a autoridade.

A ASAE conclui que “dará continuidade no âmbito desta notificação de alerta às diligências consideradas necessárias para garantir a não introdução no mercado de garrafas que coloquem em perigo a saúde pública contribuindo para a defesa do consumidor”.

Pela Sociedade Portuguesa de Doenças Metabólicas
A Sociedade Portuguesa de Doenças Metabólicas atribuiu a sua distinção anual em investigação a Manuela Grazina, docente da...

O prémio distingue investigação nas áreas dos erros hereditários e do metabolismo, sendo que este projecto vencedor visa, segundo Manuela Grazina, “compreender de forma detalhada de que modo está afectado o transporte de proteínas, codificadas pelo genoma nuclear e que têm de ser dirigidas e importadas para o organelo – a mitocôndria – que é maioritariamente responsável pela produção de energia nas células e tecidos, uma vez que temos resultados preliminares no âmbito de outro projecto que sugeriram que esta via está afectada”.

Este mecanismo “nunca foi anteriormente explorado, naquele que é o grupo mais representativo dos erros hereditários do metabolismo, as doenças raras denominadas citopatias mitocondriais, que são ‘avarias na fábrica de energia do organismo’, o que confere um carácter inédito a este estudo”, explica a investigadora.

Os resultados poderão ajudar a explicar de que forma “surgem as doenças que envolvem dois genomas (o nuclear – herdado do pai e da mãe através dos cromossomas – e o mitocondrial – herdado por via materna). A Neuropatia Óptica Hereditária de Leber é uma citopatia mitocondrial que causa cegueira e afecta maioritariamente adultos jovens, portadores de mutações do genoma mitocondrial, pelo que a identificação dos mecanismos intracelulares envolvidos na doença, trará novas perspectivas para a compreensão das suas causas, o que será essencial na procura de tratamentos eficazes que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos doentes”, salienta a docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).

Manuela Grazina é membro do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC) desde 1992, dirigindo ainda o Laboratório de Bioquímica Genética, fundado pela investigadora em Março de 1995, que desenvolve testes bioquímicos e genéticos como ferramentas para a investigação translacional e diagnóstico, com uma forte componente de Serviços à comunidade, tendo várias colaborações internacionais.

A entrega oficial do prémio, no valor de 5 mil euros, terá lugar no Simpósio Anual da SPDM, a nos próximos dias 19 e 20 Março, no Porto

Inovação
Equipa portuguesa está a criar pensos capazes de detectar uma infecção nas feridas e apontar melhor forma de as tratar.

E se, quando faz um corte, o penso que nele coloca fosse capaz de detectar precocemente uma infecção e, ao mesmo tempo, identificar a resposta mais adequada à ferida? A ideia, com contornos futuristas, está a ser desenvolvida actualmente por um grupo de investigadores do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho, que visa melhorar os tratamentos, escreve o Destak.

As equipas científicas envolvidas, no InFact, assim se chama o inovador penso, “descobriram como converter os materiais curativos de feridas numa ferramenta de diagnóstico capaz de informar o doente e o clínico sobre o estado da ferida”, explica em comunicado Artur Cavaco-Paulo, investigador responsável pelo projecto.

O protótipo, que está em fase de criação, será capaz de diagnosticar as infecções e preparar uma linha de tratamento à medida, graças ao sistema de cores, específico para cada enzima, que permitirá ajustar o tratamento e avaliar de forma rápida e simples a progressão da cicatrização da ferida. Algo que, até agora, não é possível.

Actualmente, o diagnóstico de uma ferida infectada é feito apenas quando a infecção é evidente, obrigando o médico, não raras vezes, a recorrer aos antibióticos, o que pode levar ao desenvolvimento de resistência de bactérias.

Para a fase dois
O Centro Hospitalar da Cova da Beira aumentou o nível do Plano de Contingência de Inverno para a fase dois, na sequência de uma...

"Como em alguns dos últimos dias a intensidade de internamento tem sido bastante superior, e antecipando a possibilidade de ser necessário envolver mais recursos para o tratamento de doentes com infecções respiratórias, estamos já a elevar o nível de contingência", afirmou Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB).

Este responsável adiantou que se trata de "uma medida de prevenção", que permitirá adiar as cirurgias não urgentes e programadas, o que só acontecerá em "caso de necessidade".

Na prática, tal significará um maior número de camas disponíveis para internamento e mais profissionais de saúde a dar resposta aos doentes com infecções respiratórias.

Segundo ressalvou, a capacidade de internamento do CHCB ainda não está esgotada, apesar de "as situações que requerem internamento" estarem a registar-se com "uma intensidade superior àquilo que aconteceu em outros episódios de gripe".

Miguel Castelo Branco lembrou ainda que esta "não é uma situação anómala ou de ruptura", nem diferente daquilo que está a acontecer noutros locais do país.

"Trata-se apenas de dar respostas adequadas em termos do sistema de saúde", especificou.

Esta unidade hospitalar também já tinha procedido ao reforço das equipas médicas no serviço de Urgência para as horas de maior procura. De acordo com os serviços, os tempos de espera estão normalizados, havendo mesmo registo de alturas em que o atendimento foi imediato.

O CHCB integra o Hospital da Covilhã e o Hospital do Fundão, ambos no distrito de Castelo Branco.

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