Investimento privado angolano
Um novo centro de distribuição de medicamentos importados de Portugal foi inaugurado em Luanda, decorrente de um investimento...

A infraestrutura, localizada em Benfica, nos arredores de Luanda, ocupa uma área de 900 metros quadrados e conta com uma capacidade de armazenamento de mais de dois mil metros cúbicos.

O Presidente do Conselho de Administração do grupo SILISA, que há mais de dez anos actua no mercado local em áreas como construção civil, farmácia e hotelaria, disse que o centro permitirá ajudar a colmatar a necessidade de armazenamento em boas condições.

"Temos capacidade para poder dar resposta à demanda e à carência existente no mercado, de forma que os medicamentos aqui estão armazenados com condições apropriadas", disse Sílvio Samuel, acrescentando que o armazém possui 36 metros cúbicos de área de frio.

Acrescentou que actualmente o depósito, que já distribui medicamentos para farmácias, centros de saúde e hospitais, tem um stock de medicamentos importados de Portugal de cerca de um milhão de dólares (883 mil euros).

Entretanto, a dificuldade financeira que Angola atravessa actualmente com a quebra da receita petrolífera e por consequência na entrada de divisas, está a dificultar a importação de mercadorias, lamentou o responsável.

"Estamos com uma certa dificuldade de importação, nas aquisições de divisas, mas esperamos que isso seja ultrapassado e vamos conseguir cumprir os nossos objectivos", referiu.

Hospital de Vila Real
Um surto de sarna (escabiose) afectou seis enfermeiros e uma assistente do serviço de medicina interna do Hospital de Vila Real...

Fonte do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) disse que os casos verificados de escabiose no Hospital de Vila Real aconteceram pelo contacto directo com uma doente que esteve internada no serviço de medicina.

A sarna é uma doença de pele que é contagiosa e provoca uma grande comichão.

De acordo com o CHTMAD, a escabiose afectou seis enfermeiros e uma assistente operacional, os quais se encontram de baixa e estão ser tratados segundo o protocolo médico instituído. Ou seja, estão em tratamento dermatológico.

Todos os restantes profissionais do serviço de medicina estão em tratamento profilático adequado à situação.

Pela monitorização efectuada, a administração da unidade saúde diz que não verificou “a existência de mais nenhum doente contaminado e, assim sendo, não está previsto o encerramento do serviço em questão”.

O CHTMAD referiu ainda que, após ter sido detectada a situação, foi accionada de imediato a Autoridade de Saúde Pública Local, o Serviço de Saúde Ocupacional e Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA) do centro hospitalar para monitorização e acompanhamento, nomeadamente no lar residente onde esta doente se encontra.

Jorge Cadete, presidente do conselho directivo da Secção Regional do Norte (SRN) da Ordem dos Enfermeiros (OE), afirmou que “à partida estas situações não são muito comuns”.

O responsável explicou que, segundo informações recolhidas no CHTMAD, a doente, proveniente de um lar, esteve internada no Hospital de Vila Real em Janeiro e que foi já no final do internamento que foi detectada a doença, a qual possui um período de incubação.

Entretanto, segundo disse, foram accionados todos os mecanismos de defesa, como uma desinfestação de roupa e do próprio serviço, acrescentando que a “situação será minimizada rapidamente”.

Quanto à baixa dos seis enfermeiros, Jorge Cadete referiu “não é uma situação de alarme”.

Reconheceu, no entanto, que poderá haver algum reflexo no funcionamento do serviço, levando a uma sobrecarga dos enfermeiros a nível de mais doentes e mais horas de trabalho.

“O que não quer dizer que internamente a direcção de enfermagem não procure que estas horas necessárias de enfermeiros não sejam cobertas por outros enfermeiros em mobilidade interna. Penso que internamente será sempre encontrada uma solução”, frisou.

Nos hospitais da região
A União de Sindicatos de Setúbal criticou a situação dos serviços de urgência dos hospitais da região, considerando que os...

"Nos Serviços de Urgência da península, os tempos de espera para atendimento previstos na triagem de Manchester são largamente ultrapassadas, enquanto os utentes agravam o seu estado de saúde, evoluindo para situações de risco de vida que não são presenciadas pelos profissionais", referiu a União de Sindicatos em comunicado.

O documento acrescenta que os profissionais de saúde vivem "em desespero, exaustos pelas muitas horas de trabalho acumuladas e pelo sofrimento que presenciam diariamente".

"São obrigados a prestar cuidados em serviços que passam em 300% a sua lotação prevista", salienta.

A União de Sindicatos referiu ainda que quando são internados, os utentes continuam em condições "pouco dignas".

"Os utentes têm ainda que esperar a existência de macas disponíveis e são depois transferidos para corredores, onde se amontoam em condições pouco dignas, sem privacidade, empilhados sem espaço mínimo de segurança para controlo de infecção, ou para a circulação dos profissionais e utentes", salienta.

A União de Sindicatos de Setúbal acusa o ministério da Saúde, liderado por Paulo Macedo, de ser o responsável pela situação actual.

"A reestruturação levou ao encerramento e diminuição do horário de atendimento de muitos centros de saúde e de SAP dificultando o acesso dos cidadãos à saúde preventiva. Aumentaram as taxas moderadoras e a implementação da portaria 82/2014 retirou várias valências aos hospitais da região e promoveu a diminuição do número de camas hospitalares", concluiu.

12 e 13 de Fevereiro
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica anunciaram a realização de dois dias de greve nacional, a 12 e 13 deste mês, para...

Análises clínicas e outros exames de diagnóstico e terapêutica poderão ser afectados pela greve, que pode ainda ter impacto em cirurgias programadas.

Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica considera que o Governo “agravou a discriminação e a violência institucional que vem exercendo sobre” estes profissionais.

Em Novembro do ano passado, os técnicos de diagnóstico já tinham realizado dois dias de greve nacional, exigindo a revisão da carreira, contestando a interrupção de negociações por parte do Ministério da Saúde e reclamando da sobrecarga de trabalho, devido à falta de substituição de funcionários que se foram aposentando.

Segundo o Sindicato, a necessidade de revisão das carreiras dos profissionais de diagnóstico e terapêutica tem sido reconhecida pelos governos nos últimos 14 anos, sem que ainda se concretizasse a alteração pretendida.

Relativamente ao diálogo negocial, os sindicalistas acusam o actual Ministério da Saúde de bloquear as negociações sem qualquer explicação.

Além destes motivos, os sindicalistas consideram que o Governo veio agravar a “discriminação institucional” destes profissionais.

“Aplicação da requalificação (despedimentos colectivos) dos técnicos colocados nos serviços da Segurança Social”, “inexistência de políticas de emprego dos técnicos de diagnóstico”, falta de reconhecimento das novas licenciaturas ou transferência dos técnicos do ensino especial para a dependência das autarquias são algumas das questões contestadas pelo sindicato.

“Depois de tudo ter feito para gerar entendimentos com o Ministério da Saúde, só restou o recurso à greve, decretada já para os dias 12 e 13 de Fevereiro, bem como uma manifestação a realização frente ao Ministério no primeiro dia de greve”, explica a nota hoje divulgada.

Projectos na área da saúde
Cinco cientistas portugueses receberam dez milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação, para desenvolver os seus...

Cristina Pereira Silva, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB), Luís Moita, do Instituto Gulbenkian de Ciência, Bruno Silva-Santos, Henrique Veiga-Fernandes e João Barata, os três do Instituto de Medicina Molecular (IMM), da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, foram premiados com bolsas Consolidator, anunciaram as instituições.

Cada um recebe cerca de dois milhões de euros, por cinco anos, para desenvolver os seus projectos de investigação em diferentes áreas de ciências da vida.

Cristina Silva Pereira, investigadora principal do ITQB, pretende desenvolver novas estratégicas antifúngicas de prevenção e tratamento.

O grupo da cientista desenvolveu um método que preserva a estrutura e as propriedades antimicrobianas da barreira poliéster das plantas e agora o objectivo é compreender a funcionalidade deste material, para o desenvolvimento de aplicações clínicas.

O investigador principal do IGC Luís Moita pretende utilizar os dois milhões de euros do prémio para identificar e caracterizar novos mecanismos de protecção das células que possam conferir tolerância a doenças como a sepsis.

"A sepsis grave continua a ser uma condição inflamatória sistémica que não compreendemos bem, apresentando altas taxas de mortalidade, com opções terapêuticas limitadas e, com base em dados recentes que obtivemos em ratinhos, propomos que as estratégias que visam a protecção de ‘órgãos-alvo’ tem um potencial extraordinário para o tratamento [desta doença] e, possivelmente, para outras condições inflamatórias", explica Luís Moita.

Bruno Silva-Santos, investigador principal do IMM, vai usar o financiamento para identificar mecanismos baseados em microRNAs, "moléculas que controlam a expressão dos genes, especificamente na produção de substâncias (citocinas) altamente inflamatórias".

O seu objectivo é perceber como a produção destas citocinas é regulada pelos microRNAs poderá abrir novos horizontes em estratégias de vacinação e em tratamentos de doenças autoimunes.

Henrique Veiga-Fernandes, investigador principal do IMM, refere que o prémio de 2,3 milhões de euros vai ser usado para estudar a regulação da inflamação no intestino.

"O nosso trabalho revelará novos processos e alvos terapêuticos em doenças inflamatórias, infecciosas e tumorais no intestino e que têm grande relevância para a Saúde Pública", salienta Henrique Veiga-Fernandes.

Para o investigador principal do IMM João Barata, os dois milhões de euros vão permitir estudar o impacto da molécula IL-7, que circula no sangue e está presente na medula óssea, timo e outros órgãos, e do seu receptor, que está à superfície de vários tipos de células, em especial do sistema imune.

"Queremos entender os mecanismos através dos quais a IL-7 e o seu receptor podem transformar células normais e fazer com que se tornem malignas e o papel que têm no desenvolvimento de leucemia e outros cancros", explica João Barata.

Já são nove os investigadores a trabalhar em Portugal que receberam bolsas deste programa.

Em 2014
O Núcleo Distrital de Apoio à Vítima de Castelo Branco registou 120 novos casos de violência doméstica em 2014 naquele distrito...

"Durante o ano de 2014, o Núcleo Distrital de Apoio à Vítima de Castelo Branco (NAV) registou 120 novos casos de violência doméstica e houve mil atendimentos. Desde o início deste ano [2015] já estão contabilizados mais 20 novos casos", referiu Arnaldo Brás.

O presidente da Associação Amato Lusitano, entidade responsável pela gestão do NAV desde 2010, explicou ainda que há mais pessoas a recorrer ao núcleo por iniciativa própria, além daquelas que são encaminhadas por outras instituições.

"Verifica-se um aumento de novos casos de violência doméstica e, da parte das vítimas, há mais disponibilidade para a denúncia. Esta violência não se confina às mulheres, mas também a homens, idosos e entre jovens", referiu.

O responsável pelo NAV adiantou que, apesar de no ano passado não se terem registado casos de homicídio na região, os números de violência doméstica não param de aumentar.

Além do apoio directo às vítimas, o NAV desenvolve campanhas de sensibilização junto da comunidade e outras acções de prevenção de violência, em especial dirigidas a públicos mais jovens, em idade escolar.

Arnaldo Brás sublinhou ainda que mais recentemente "o NAV desenvolveu diversas acções de sensibilização para reforçar a necessidade de apoio a esta população específica", dado o número crescente de crianças e jovens sinalizados ao gabinete de apoio, vítimas directas e indirectas de situações de violência doméstica.

O presidente da Associação Amato Lusitano referiu também que a conjuntura económica actual, por si só, não pode ser um factor explicativo para o aumento ou decréscimo do número de casos de violência doméstica.

A Amato Lusitano tem protocolos estabelecidos com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, Instituto da Segurança Social, GNR, PSP, Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, Centro Hospitalar da Cova da Beira, Secretariado Distrital de Castelo Branco da União da Misericórdias Portuguesas, Ordem dos Advogados do Fundão, Castelo Branco e Covilhã.

Matosinhos, Porto e Gaia
As autarquias de Matosinhos, do Porto e de Gaia querem “contagiar os cidadãos para a mobilidade activa”, apostando em...

Estes três municípios, que compõem a Associação Frente Atlântica, anunciaram, em conferência de imprensa, a “Carta para a Saúde”, que visa definir políticas que melhorem os índices de qualidade de vida dos cidadãos.

A ideia é “declarar o território saudável, onde os cidadãos são mobilizados para combater a sedentarização”, disse o presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto.

Segundo Guilherme Pinto, no âmbito desta estratégia que visa “encontrar o que as pessoas gostam de fazer mas que as arranque do sofá”, as câmaras pretendem “generalizar a todos” os programas desportivos já existentes nos municípios.

Está também previsto dinamizar rastreios de doenças cujo tratamento se torna muito mais fácil com detecção precoce, como a diabetes, e combater a obesidade, sobretudo através da criação de condições para que a população tenha hábitos alimentares saudáveis.

O autarca de Matosinhos frisou que, com esta estratégia, os três municípios conseguirão “poupar muitos milhões de euros ao Estado”.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, destacou que esta estratégia vai “complementar algumas acções” já desenvolvidas pelo município, quer realizadas pela empresa municipal PortoLazer quer por juntas de freguesia como a do Centro Histórico e a de Paranhos, pró exemplo.

Já o autarca de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, afirmou ser de “particular importância” esta estratégia, adiantando que a Frente Atlântica “vai rapidamente evoluir” de forma a criar uma “carta de bons hábitos que possa ter efeito de réplica”.

“Nós percebemos o que temos pela frente em relação a ameaças de comportamentos de risco”, concluiu Guilherme Pinto.

Entre as actividades já desenhadas pelos autarcas estão, entre outras, a criação de uma rede de espaços de prática desportiva informal e de acesso livre, a promoção de uma Carta da Mobilidade Activa, definindo uma rede de locomoção pedestre e velocipédica que ligue as margens dos três concelhos, e a promoção de uma rede de restaurantes com ementas saudáveis.

As autarquias pretendem agora ver "quais as instituições no terreno que querem participar neste programa" e "estabelecer protocolos com entidades que realizam rastreios junto da população".

Sem registo de doentes
A Unidade Local de Saúde do Nordeste divulgou que foi detectada a presença de Legionella na água do hospital de Bragança e que...

Em comunicado, o gabinete de imprensa da entidade responsável pelas unidades de saúde do distrito de Bragança esclarece que “na sequência da monitorização periódica efectuada regularmente à qualidade química e biológica da água, foi identificada na última avaliação, a 5 de Fevereiro, na Unidade Hospitalar de Bragança, a presença de Legionella Pneumófila Serotipo 1”.

Face ao resultado da análise efectuada, acrescenta, “foram tomadas de imediato todas as medidas necessárias – e em conformidade com as orientações emanadas pela Direcção Geral da Saúde – no sentido da erradicação daquele agente”.

As medidas, segundo ainda o esclarecimento visaram “a garantia da qualidade química e biológica da água e da segurança de todos os doentes internados naquela Unidade Hospitalar”.

A Unidade Local de Saúde (ULS) Nordeste realça que “a par da rápida identificação e pronta actuação, a situação tem sido acompanhada pela Autoridade de Saúde Pública, em conjunto com técnicos especializados nesta matéria”.

“Não foram registados casos de doença”, sublinha ainda, no comunicado, acrescentando que “a situação encontra-se, de momento, regularizada, e salvaguardadas as garantias referidas”.

Em 2011, três doentes foram infetados e dois acabaram por morrer vítimas da bactéria detectada numa ala do quarto piso do edifício hospitalar.

Naquela ocasião também foi detectada a presença de Legionella Pneumophila na água do hospital de Bragança, que procedeu à desinfecção através da injecção de água a alto impacto nas canalizações e com cloro e lixívia.

Doentes iniciam tratamento este mês
Na próxima semana o novo medicamento para tratar a Hepatite C já vai estar disponível em “quantidades substanciais” e durante o...

A garantia foi deixada por Paulo Macedo durante uma conferência de imprensa destinada a explicar o acordo alcançado com a indústria farmacêutica para fazer chegar os medicamentos inovadores para a hepatite C aos doentes portugueses.

Para já, o universo de doentes a ser abrangido é de 13 mil pessoas, um número que poderá ter oscilações, não só porque haverá um conjunto que não precisará do medicamento, como outros doentes novos a registarem-se.

O ministro adiantou ainda que “o acordo é para dois anos, porque quer a Gilead [o laboratório] quer outras empresas estão a introduzir novas inovações no mercado”, pelo que não faria sentido um horizonte temporal mais alargado.

“Para a semana o contrato é assinado”, disse o ministro, acrescentando que depois disso “o medicamento estará disponível em quantidades substanciais” e que “há condições para que este mês todos os doentes emergentes estejam em tratamento”.

O ministro da Saúde explicou que o acordo que o Estado alcançou para o fornecimento de dois medicamentos inovadores para a hepatite C (o Sofosbuvir e uma combinação de Sofosbuvir com Ledipasvir) prevê o pagamento por doente tratado.

O acordo prevê a comparticipação do Estado português dos dois medicamentos a 100%.

Para Paulo Macedo, esta modalidade de pagar por doente tratado e não por tratamento de três, 12 ou 24 semanas, é garantia de uma “clara equidade de acesso aos doentes”.

Trata-se de acordar pagar por um mecanismo que leva a que o custo que o Estado suporta seja relativo à cura do doente.

Segundo o responsável, cada vez que um doente não ficar curado com o tratamento – e isto representa uma probabilidade de 5% - o laboratório dá outro tratamento.

“É a primeira vez em Portugal que se faz um acordo assim”, destacou o ministro, sublinhando também que o laboratório (Gilead) lhe transmitiu que este é o melhor acordo da Europa.

Quanto a valores, Paulo Macedo explicou que a confidencialidade do preço é uma regra para disponibilização do medicamento pela farmacêutica.

No entanto referiu que o desconto correspondia ao dobro do que seria efectuado face ao preço inicial e, em resposta à questão sobre se o valor era semelhante ao praticado em Espanha, de cerca de 25 mil euros), o ministro limitou-se a afirmar que a Gilead disse que este era o melhor acordo da Europa.

Paulo Macedo especificou ainda que se conseguiu “gastar menos dinheiro por doente curado”, mas que vão ser curados “mais doentes do que o previsto”, pelo que o Estado vai gastar mais.

Para fazer face a este acordo, há um reforço de verbas acordado com o Ministério das Finanças, de dezenas de milhões de euros por ano.

Os hospitais terão que ter uma dotação, mas o programa não será só dependente dos hospitais, terá “uma componente central”, que será da responsabilidade da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Quanto ao tempo demorado na negociação, o responsável explicou que a tutela esteve a falar com outras entidades durante o processo e que esteve em causa não só o tratamento dos doentes, mas as respostas das várias empresas.

Ébola
Cerca de 16.600 crianças da Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa perderam um ou ambos os pais ou a pessoa responsável pela sua...

De acordo com os dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância, 9.234 crianças perderam um dos pais, 3.584 ficaram sem o pai e sem a mãe e 3.782 perderam a pessoa que se ocupava deles.

Mais de 22.000 pessoas ficam infectadas no último ano com o vírus do Ébola, que causou cerca de 9.000 mortos essencialmente nos três países referidos da África Ocidental.

A maioria dos órfãos devido ao Ébola encontra-se na Serra Leoa, onde 5.692 crianças perderam um dos progenitores e 2.276 os dois.

Na Libéria, 1.717 perderam um dos pais e 535 os dois, enquanto na Guiné-Conacri os números são de 1.825 e 773, respectivamente.

Calcula-se que menos de 3% dos órfãos, cerca de 500, tenha ficado fora do círculo familiar ou numa instituição.

A circunstância agrava uma situação que já era difícil nos três países, onde antes da epidemia existiam 1,3 milhões de órfãos e 3,2 milhões viviam com pessoas que não pertenciam à sua família biológica.

Infarmed autoriza
Além da Gilead Sciences, o Infarmed autorizou que mais dois outros laboratórios farmacêuticos cedam, nos próximos dias,...

Segundo apurou o SOL, são dois medicamentos totalmente novos, que ainda nem sequer terão autorização de introdução no mercado (AIM), mas que, tal como o produto da Gilead, também prometem a cura para certas variações da doença.

Um dos laboratórios irá oferecer 60 tratamentos e outro 15. O Infarmed, que recusa especificar o nome das empresas assim como a substância activa em causa, adianta apenas que neste momento foram aprovados estes três programas para um total de 165 doentes com hepatite C.

Tanto o Infarmed como a Gilead garantem ao SOL que os medicamentos vão começar agora a chegar aos hospitais.

Os estabelecimentos hospitalares só agora podem ter acesso a estes medicamentos sem custos porque até então o Infarmed exigia que, no Serviço Nacional de Saúde, na aquisição destes produtos fosse sempre definido um preço. Apenas dia 31 Dezembro aquele organismo decidiu publicar novas regras (um regulamento para o acesso precoce a medicamentos) que permitem aos laboratórios oferecer às unidades de saúde dois tipos de produtos: os que não têm ainda AIM ou os que já a têm mas aguardam que seja definido se podem ser usados nos hospitais públicos e o valor da comparticipação.  

É nesta última situação que se encontra o Harvoni, o medicamento de toma única da Gilead que está aprovado desde Novembro e que o Hospital Egas Moniz chegou a pedir ao laboratório para o ter sem custos para a doente que veio a morrer dia 31 Janeiro. Mas naquela data, justificou, entretanto, a empresa farmacêutica, o Infarmed ainda não tinha em vigor as normas que podiam ter salvado a vida a Maria Manuela Ferreira de 51 anos.

"Esta é a minha casa"
Um enfermeiro da Guarda especialista em Saúde Mental e Psiquiatria realizou um documentário que aborda a realidade de doentes...

O documentário "Esta é a minha casa" foi realizado e produzido, em 2014, por Pedro Renca, enfermeiro especialista em Saúde Mental e Psiquiatria do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, que acompanhou as visitas domiciliárias a quatro doentes mentais, três homens e uma mulher, dos concelhos de Fornos de Algodres e de Trancoso, no distrito da Guarda.

Segundo o autor, o filme visa "suscitar uma reflexão sobre alguns aspectos sociais e culturais que envolvem as histórias, emoções e dificuldades vividas por pessoas com problemas de saúde mental, residentes no próprio domicílio".

"Reabilitar e reintegrar o doente mental são os objectivos dos cuidados prestados [pela Equipa de Enfermagem do Serviço Comunitário do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da ULS da Guarda], demonstrando, assim, a importância das visitas domiciliárias para o equilíbrio social e emocional do doente, elemento de uma família e de uma comunidade", referiu Pedro Renca.

Os doentes mentais, pelo facto de viverem em meios recônditos e rurais, têm "os mesmos apoios" que aqueles que vivem em grandes meios urbanos, referiu o enfermeiro.

O documentário de 45 minutos vem provar que os doentes, "tendo uma doença que está medicada e tratada, não têm necessidade de estar internados em instituições", acrescenta.

O trabalho, que foi realizado junto de sujeitos com idades entre 50 e 60 anos, prova ainda que "o apoio domiciliário é uma alternativa à institucionalização" e é "mais benéfico para o doente".

O documentário de Pedro Renca vai permitir fazer "cair por terra" a ideia de que o doente mental "é perigoso, é um atrasado e um sem-abrigo", vaticina a enfermeira Susana Garcia, da Equipa do Serviço Comunitário do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da ULS da Guarda, que apoia cerca de 300 casos em todo o distrito.

"A ideia que queremos transmitir é que essas pessoas, que têm esses problemas de saúde mental, são pessoas capazes, que podem ser integradas socialmente no meio e que existem casos de sucesso nesse sentido de reintegração na comunidade", disse.

A temática da saúde mental vai estar em destaque na terça-feira, pelas 21:30, no pequeno auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG), onde será exibido o documentário "Esta casa é minha", seguido de debate.

A obra, com realização e produção de Pedro Renca, locução de Joaquim Martins e música de Miguel Cordeiro, já foi exibida em Coimbra e em Portalegre.

A atividade física regular oferece muitos benefícios
O maior risco de ser lesado está no sofá e resulta tanto da inactividade física quanto da mental e s

A actividade física, a saúde de cada um e a qualidade de vida individual e familiar estão completamente associadas. O sedentarismo é um dos factores de risco mais prevalente em todo o mundo para o desenvolvimento de muitas e diferentes doenças crónicas, como é o caso de doenças cardiovasculares e metabólicas que estão entre as principais causas de morbilidade e mortalidade no mundo ocidental. Também o é para a obesidade cuja prevalência fez com que a OMS a considere como epidemia. A atividade física regular oferece muitos benefícios para a saúde, sociais e psicológicos. Assim, a integração da atividade física no quotidiano das pessoas é uma prioridade e até uma responsabilidade de todos e de cada um.

Sabemos que as lesões são uma preocupação e têm impacto socioeconómico significativo. Podemos classifica-las em agudas/traumáticas (ex.: entorses do tornozelo, cãibras, fracturas de stress) e crónicas/sobrecarga (ex.: tendinose rotuliana – Jumper’s Knee, aquiliana, Síndrome da banda ílio-tibial – Runner’s knee). As de sobrecarga são as mais frequentes. Não obstante, na maioria dos desportos coletivos a entorse do tornozelo tende a ser a mais prevalente.

A pergunta que se coloca é o que fazer para beneficiar das inúmeras vantagens do exercício físico reduzindo ao mínimo o risco de lesões. Neste sentido, somos de opinião que um exame médico-desportivo e a realização de exercício preventivo são muito importantes. O exame médico-desportivo pode ser mais ou menos completo e incidirá sobre, e tendo sempre em conta as características e história clínica individuais, a avaliação da função cardiorrespiratória, análises clínicas, avaliação do equilíbrio muscular (avaliação isocinética) e consulta de Medicina Desportiva. As recomendações serão abrangentes e completas passando pela quantidade e intensidade de exercício mais adequadas, aquecimento, exercícios de prevenção, hidratação e nutrição e outras.

Hoje conhecemos estratégias de prevenção muito eficazes e seguras para as lesões que podem resultar da prática de exercício físico. Os programas de prevenção, onde um exemplo é o FIFA 11+, são muito eficazes na prevenção de lesões, sendo fáceis e divertidos de fazer e consistem num conjunto de exercícios que duram cerca de 20 minutos. Se realizados pelo menos 2 vezes por semana podem reduzir as lesões em mais de 50%.

Justamente com vista a disseminar conhecimentos e promover o que de melhor se faz na prevenção, diagnóstico e reabilitação de lesões realiza-se a 3ª edição das Jornadas Saúde Atlântica na Clínica do Dragão - Porto, no dia 7 de Fevereiro, tendo por tema – As lesões e os problemas mais frequentes do futebol. O que todos devem saber - www.jornadassaudeatlantica.com. Vai-se discutir a avaliação Médico-Desportiva e divulgar os programas Safe Football, Footbal for Health e o FIFA 11+. Para isto levaremos um grupo de crianças para o Estádio do Dragão e mostraremos como se faz. É possível praticar futebol em segurança e evitar muitas lesões, beneficiando os 32% de crianças portuguesas com excesso de peso e a maioria dos jovens que não atingem os níveis recomendados de atividade física que, segundo o Observatório Nacional para a Actividade Física e Desporto, IPDJ, I.P., nos jovens, só os rapazes com 10-11 anos são suficientemente ativos. Nas Jornadas teremos também, pela primeira vez em Portugal, a passadeira anti-gravítica - Alter G® - com tecnologia da NASA. Vamos oferecer a alguns dos mais de 700 inscritos a oportunidade de caminhar e correr com a gravidade reduzida, o que permite a prática de exercício seguro e sem dor em pessoas com patologias ósseas, articulares ou outras, excesso de peso e a aceleração da reabilitação funcional. Assim, através desta aposta inovadora e efectiva, a Clínica do Dragão, primeira certificada pela FIFA na Península, reafirma e faz mais forte a sua missão na melhoria da saúde e da qualidade de vida das pessoas, alinhando com as orientações da União Europeia para a Actividade Física aprovadas pelos 27 países da UE em Novembro de 2008 e, mais recentemente, pelas que o Observatório Nacional da Actividade Física vem concretizando a bem da Saúde e aptidão física dos cidadãos.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Plataforma de Dados da Saúde
A Plataforma de Dados da Saúde registava, até à semana passada, 43 mulheres vítimas de mutilação genital feminina a viverem em...

A propósito do Dia da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina, que se assinala hoje, a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade referiu que a plataforma que faz a referenciação dos casos de mutilação genital feminina (MGF) em Portugal registou 40 mulheres em 2014 e outras três já neste ano.

Sublinhando que não se trata de casos de mutilações recentes, nem praticados em território nacional, Teresa Morais explicou que 74% daquelas 43 mulheres são oriundas da Guiné-Bissau e da Guiné-Conacri.

Na maioria, aquelas mulheres têm uma idade média de 29 anos e foram sujeitas à MGF por volta dos seis anos, acrescentou.

A governante adiantou que as situações foram detectadas em situação de internamento (40%), acompanhamento de gravidez (3%) e consulta externa (2%).

Estima-se que 140 milhões de mulheres tenham sido submetidas à MGF em todo o mundo e que três milhões de meninas estejam em risco anualmente. A prática, que causa lesões físicas e psíquicas graves e permanentes, é mantida em cerca de 30 países africanos, entre os quais a lusófona Guiné-Bissau.

Segundo as estimativas, na Europa vivem 500 mil mulheres mutiladas e 180 mil meninas estão em risco de serem submetidas à prática anualmente.

O registo de dados na Plataforma de Dados da Saúde é “um avanço muito significativo no conhecimento concreto da realidade da mutilação genital feminina em Portugal”, considerou Teresa Morais. “Até 2013, toda a gente especulava e calculava que existissem casos, ninguém sabia quantos. Agora começa-se a saber”, realçou.

Actualmente, está em curso um estudo de prevalência da MGF em Portugal, coordenado pelo Centro de Estudos de Sociologia e pelo Observatório Nacional de Violência e Género da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

O estudo só estará concluído no final de Fevereiro, mas já é possível antecipar algumas conclusões, ainda que preliminares e apenas quantitativas.

Teresa Morais adiantou que essas primeiras conclusões apontam para uma estimativa de mais de cinco mil mulheres mutiladas a viverem em Portugal.

“Trata-se de um valor estimado, com base no número de mulheres residentes de cada um dos países [com prática de MGF] e nas taxas de prevalência dos países de origem”, especificou.

Do número total estimado de 5.246 mulheres mutiladas a viverem em Portugal, mais de 90% serão oriundas da Guiné-Bissau, o único país lusófono listado pelas organizações internacionais como praticante de MGF.

A Guiné-Bissau lidera a taxa de prevalência “sem surpresas”, seguindo-se, “a uma distância muito grande”, Guiné-Conacri, Senegal, Nigéria e Egito, enumerou Teresa Morais, sublinhando tratar-se de “uma metodologia de extrapolação”.

O estudo de prevalência está em curso há quase um ano e apenas nove Estados-membros da União Europeia têm pesquisas semelhantes.

O Governo português assinala hoje o Dia da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina com uma iniciativa no Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa, que fará “um ponto de situação" do III Programa de Acção para a Prevenção e a Eliminação da MGF e contará com intervenções de profissionais de saúde, referiu Teresa Morais.

Na Maia
A Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras Raríssimas quer criar na Maia a "Quinta dos Marcos", um espaço...

A Raríssimas foca a sua acção nos portadores de doenças raras, pessoas que, como descreveu a vice-presidente desta Instituição Particular de Solidariedade Social, Joaquina Teixeira, "às vezes pensam estar sós no mundo" por "desconhecerem casos semelhantes" ou que "existem respostas sociais e clínicas".

Depois de, em 2014, ter entrado em funcionamento na Moita a "Casa dos Marcos", a Raríssimas quer agora estender um modelo que diz ser "pioneiro" ao Norte e hoje é apresentada a "Quinta dos Marcos", uma réplica do espaço localizado no distrito de Setúbal que nascerá em Vila Nova de Telha, na Maia.

"A ideia é, no mesmo espaço, criar serviços completos em todas as áreas e essencialmente dar respostas a estas famílias, a estes doentes. Quando se veem confrontados com um diagnóstico de uma doença rara precisam de ajuda a vários níveis", descreveu Joaquina Teixeira.

"A ‘Quinta dos Marcos’ terá as respostas que os doentes necessitam. Geralmente o que acontece é que estas famílias andam assim um bocadinho perdidas no sistema e fazem fisioterapia aqui e vão aquela especialidade num hospital, e a outra em outro", acrescentou.

O terreno para a construção deste equipamento foi cedido pela autarquia da Maia, concelho do distrito do Porto, e o projecto prevê a criação de um lar residencial com capacidade para 24 utentes, centro de actividades ocupacionais para 60 pessoas, bem como unidades de ambulatório, reabilitação e investigação e áreas sociais de atendimento e apoio.

A vice-presidente da Raríssimas, e também responsável pela instituição a Norte, não tem ainda números concretos sobre o custo do equipamento, mas avança com a necessidade de juntar cerca de nove a dez milhões de euros.

A Raríssimas vai, portanto, candidatar-se a fundos europeus, estando "expectante", confessou a responsável, quanto ao que trará o programa Portugal 2020 em matéria de apoios sociais, mas também espera contar com a "solidariedade e apoio" de parceiros e empresas da região.

Com a angariação de parceiros e de fundos, a associação estima conseguir colocar o projecto no terreno ainda este ano.

"Temos identificados a Norte de Portugal muitos doentes. Há uma grande procura de serviços que a ‘Casa dos Marcos’ já presta. Ao falar de doenças raras, estamos a falar de doenças que são crónicas e altamente limitadoras da qualidade de vida. Na sua maioria são genéticas e portanto afectam logo desde o nascimento", apontou Joaquina Teixeira.

A área dedicada à investigação a localizar na Maia, onde a Raríssimas já tem um centro de reabilitação, será complementar à "Casa dos Marcos", sendo objectivo aproveitar o espaço do Norte para dar destaque à epidemiologia.

Pentágono diz
O Presidente russo pode sofrer de uma forma de autismo, a síndrome de Asperger, que o obriga a um “controlo máximo” de si...

Depois de estudarem as expressões e os movimentos do seu rosto em vídeo, os analistas militares concluíram que o desenvolvimento neurológico de Vladimir Putin tinha sido perturbado na sua infância, dando a impressão de um desequilíbrio físico e de estar pouco à vontade nas relações com terceiros.

“Este sério problema de comportamento foi identificado pelos neurologistas como a síndrome de Asperger, uma forma de autismo que afecta todas as suas decisões”, afirmou a autora do relatório, Brenda Connors, da Escola de Guerra da Marinha, produzido num centro de reflexão do Pentágono.

Mas a instituição, equivalente a um Ministério da Defesa, minimizou o documento, revelado pelo diário USA Today, que nunca subiu ao gabinete do secretário da Defesa ou outros dirigentes militares.

Uma porta-voz do Pentágono, Valerie Henderson, disse à agência noticiosa AFP que o documento “nunca foi transmitido ao secretário [da Defesa] e não foi objecto de pedidos de dirigentes do Departamento da Defesa para o examinarem”.

Por outro lado, esta possibilidade só pode ser confirmada por um ‘scanner’ do cérebro de Putin, segundo o relatório.

“Durante as crise, para se estabilizar e equilibrar as suas percepções (…), ele tem de se impor um controlo máximo”, explicou Connors, que estudou a linguagem corporal de outros dirigentes mundiais.

No documento do Pentágono considerou-se também que o olhar sempre fixo de Putin é a marca de uma falta neurológica e uma incapacidade de responder a sinais externos.

Putin apresenta uma “hipersensibilidade” e “uma forte dependência ao combate, às reacções frias ou dando a impressão de fugir”, em vez de um comportamento social mais matizado, especificou-se ainda no relatório.

Tratamento da hepatite C
O Ministério da Saúde e o laboratório farmacêutico Gilead chegaram a acordo para o fornecimento ao Estado português de um...

De acordo com o site da Rádio Renascença (RR), o ministro da Saúde, Paulo Macedo, e o presidente do Infarmed (autoridade para a área dos medicamentos) vão explicar na sexta-feira “todo o processo de autorização de uso excepcional de medicamentos para o tratamento da hepatite C”.

A edição 'online' do jornal Expresso refere que o último valor negocial conhecido era o de 24 mil euros por três meses de tratamento, mais três meses gratuitos caso fosse necessário prolongar o tratamento.

A Gilead acordou, no dia 16 de Janeiro, com o Ministério da Saúde o acesso sem custos ao medicamento Sofosbuvir para a Hepatite C para os 100 doentes mais urgentes.

Nas respostas enviadas à Lusa, o Infarmed informou que estes tratamentos foram aprovados no dia 20 e que os hospitais estão desde ontem a fazer as encomendas, sem no entanto explicar as razões para este intervalo de tempo.

O Ministério da Saúde encontra-se há meses a negociar com a Gilead para tentar baixar o preço do fármaco proposto pelo laboratório, que chegou a ser de 48 mil euros por doente.

Portugal chegou a propor a constituição de uma aliança europeia, entretanto não concretizada, no âmbito da qual sugeriu fixar o preço máximo do medicamento em 4.151 euros.

Ainda assim, este valor é mais de cinco vezes superior ao preço estabelecido no Egipto para o mesmo medicamento, que é de 700 euros.

A agência Lusa tentou contactar a assessoria do Ministério da Saúde para mais esclarecimentos sobre este assunto, mas não obteve resposta.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
A actividade gripal desagravou-se na semana passada, mantendo-se a mortalidade acima do esperado, apesar da tendência para...

A descrição consta no Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, divulgado semanalmente, à quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Segundo o relatório, a actividade gripal baixou, na semana de 26 de Janeiro a 1 de Fevereiro, de alta para média, com a taxa de incidência a cair de 148,0 casos por cada cem mil habitantes, da semana precedente, para 82,1 casos, embora mantendo-se "acima da zona de actividade basal".

O vírus do tipo B continua a ser o predominante, tendo sido detectado em 71% dos casos de gripe na semana passada.

De acordo com o boletim, foram admitidos seis novos doentes em unidades de cuidados intensivos hospitalares da rede de vigilância epidemiológica, correspondendo a uma taxa de admissão de 3,0% , inferior à que foi estimada para a semana anterior.

A mortalidade "por todas as causas" continua "acima do esperado", apesar da "tendência para decréscimo".

Segundo os dados da Vigilância de Mortalidade, disponíveis no portal da Direcção-Geral da Saúde, registaram-se 3.106 óbitos na semana de 18 a 24 de Janeiro, 2.986 entre 25 e 31 de Janeiro e 1.886 na semana em curso, que começou a 1 de Fevereiro e termina no domingo.

O Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, referente à semana passada, menciona que o excesso de mortes foi observado apenas entre idosos, com 75 ou mais anos, e nas regiões do Norte, Centro e Vale do Tejo, "podendo estar associado ao frio extremo, ao aumento da incidência das infecções respiratórias agudas e à actividade gripal".

O Sistema Nacional de Vigilância da Gripe foi activado em Outubro de 2014 e funciona até Maio de 2015.

Infarmed
Mais de 600 pessoas estão actualmente a ser submetidas a vários tipos de tratamentos contra a Hepatite C, a maioria dos quais...

Segundo o Infarmed, “até à data” o universo total de tratamentos para a hepatite C é de 631, 375 dos quais com esquemas posológicos com medicamento inovador alternativo, sem custos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

É o caso de 200 tratamentos em ensaios clínicos com um medicamento equivalente ao inovador Sofosbuvir e de 175 tratamentos realizados ao abrigo de três Programas de Acesso Precoce (PAP) com Sofosbuvir ou equivalente, um esquema que permite aceder gratuitamente aos medicamentos.

Além destes, estão a decorrer em hospitais de todo o país 94 tratamentos com Sofosbuvir e suas combinações, no âmbito de Autorizações de Utilização Excepcional (AUE).

O Infarmed contabiliza ainda mais 162 tratamentos com Boceprevir autorizados.

Um dos três PAP referidos pelo Infarmed engloba os cem tratamentos de Sofosbuvir oferecidos pelo laboratório Gilead em meados de Janeiro e que só 15 dias depois começaram a ser encomendados pelos hospitais.

A Gilead acordou, no dia 16 de Janeiro, com o Ministério da Saúde o acesso sem custos ao medicamento Sofosbuvir para a Hepatite C para os 100 doentes mais urgentes.

Nas respostas enviadas, o Infarmed informa que estes tratamentos foram aprovados no dia 20 e que os hospitais estão desde hoje a fazer as encomendas, sem no entanto explicar as razões para este intervalo de tempo.

O Ministério da Saúde encontra-se há meses a negociar com a Gilead para tentar baixar o preço do fármaco proposto pelo laboratório, que chegou a ser de 48 mil euros por doente.

Portugal chegou a propor a constituição de uma aliança europeia, entretanto não concretizada, no âmbito da qual sugeriu fixar o preço máximo do medicamento em 4.151 euros.

Ainda assim, este valor é mais de cinco vezes superior ao preço estabelecido no Egipto para o mesmo medicamento, que é de 700 euros.

Em Portugal
Trinta sociedades científicas organizaram-se para criar em Portugal um Conselho das Sociedades Científicas Médicas, que visa...

Presidido por Silva Cardoso, actual presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, o Conselho visa “desenvolver acções concertadas das sociedades científicas no âmbito da formação, da investigação e intervenção junto do público, assim como a intervenção junto dos decisores políticos”, segundo uma nota.

“O poder político não nos dá grande importância e não ouve as sociedades científicas nas suas decisões. Consideramos que num contexto em que há limitação de recursos é importante que a sua gestão, concretamente na área da saúde, seja feita com base numa melhor ciência”, defende Silva Cardoso.

Para o responsável, a necessidade de criar este Conselho teve um novo impulso depois de um diploma publicado no ano passado que estabeleceu a incompatibilidade dos membros dos corpos sociais das sociedades científicas com o exercício de cargos de júris no Serviço Nacional Saúde (SNS).

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