Virús da gripe
Dois artigos científicos publicados nas revistas "Science" e "Nature" mostram o caminho que está a ser...

Criar uma vacina universal contra a gripe pode estar cada vez mais perto, de acordo com os avanços de duas equipas de investigadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, publicados esta segunda-feira, nas revistas científicas “Science” e “Nature”. Se fosse criada uma vacina universal, que conseguisse ser eficaz contra todos os tipos de vírus da gripe, evitava-se que todos os anos fosse necessário criar uma nova vacina, em resposta às mutações que o vírus vai sofrendo.

Até agora os investigadores conseguiram provar a eficácia desta vacina universal em animais, conseguindo prevenir mortes e reduzir os sintomas em ratos, furões e macacos. No entanto, falta ainda confirmar a sua eficácia em humanos. Segundo os investigadores, esta vacina poderá ainda ajudar a prevenir potenciais pandemias de vírus de gripe capazes de passar de pássaros ou porcos para os humanos.

As vacinas convencionais têm como alvo a chamada “cabeça” da molécula hemaglutinina (HA), uma proteína que se encontra na camada mais superficial do vírus da gripe. E essa é a parte que sofre mutações mais rapidamente, pelo que as vacinas desenvolvidas anualmente procuram acompanhar essas alterações para serem eficazes.

Daí que, como é explicado no portal da Direção Geral de Saúde, a atual vacina contra a gripe, criada anualmente, não dá uma proteção a longo prazo. “O vírus muda constantemente, surgindo novos tipos de vírus para os quais as pes­soas não têm imunidade e a vacina anterior não confere proteção adequada. Além disso a imunidade conferida pela vacina não é duradoura.”

Os avanços científicos agora publicados concentram-se noutra parte dessa molécula – não na “cabeça”, mas sim na “haste” ou “pescoço”, uma parte que sofre alterações de forma menos frequente e que é mais semelhante entre as várias estirpes do vírus.

Barney Graham, um dos investigadores responsáveis por uma das duas equipas que publicaram os estudos científicos, disse ao diário britânico “Guardian” que estes são ainda “testes de conceito” e que só daqui a pelo menos três anos é que os primeiros ensaios em humanos irão decorrer.

Sarah Gilbert, professor de Vacinologia na Universidade de Oxford, disse também ao “Guardian” que este é um desenvolvimento importante, mas que ainda falta tempo para chegar definitivamente a uma vacina universal contra a gripe. “As novas vacinas têm agora de ser testadas em ensaios clínicos para ver se se comportam bem em humanos. Esta será a próxima fase da investigação, que levará vários anos.”

Vinte e três regiões do país com
Vinte e três regiões de Portugal apresentam hoje risco muito alto e alto de exposição à radiação ultravioleta (UV), segundo o...

De acordo com o IPMA, Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Évora, Leiria, Lisboa, Penhas Douradas, Portalegre, Sagres, Santarém, Setúbal, Sines, Viseu, Vila Real e Angra do Heroísmo (Açores) apresentam hoje risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta.

Porto, Horta (Açores) e Porto Santo apresentam risco alto, enquanto Braga, Viana do Castelo e Ponta Delgada (Açores estão com níveis moderados de exposição à radiação UV.

O IPMA indica ainda que Santa Cruz das Flores (Açores) está com níveis baixos.

Para as regiões com níveis muito altos e altos, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor que 2, em que o UV é Baixo, 3 a 5, Moderado, 6 a 7, Alto, 8 a 10, Muito Alto e superior a 11, Extremo.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no Minho., vento em geral fraco do quadrante oeste, soprando moderado durante a tarde, de noroeste no litoral a sul do Cabo Mondego e nas terras altas, e de sudoeste na costa sul do Algarve.

Está também prevista pequena descida da temperatura mínima, subida da máxima, em especial nas regiões do interior, e possibilidade de ocorrência de neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais.

Em Lisboa as temperaturas vão variar entre 15 e 28 graus Celsius, no Porto entre 13 e 23, em Vila Real entre 10 e 26, em Bragança entre 9 e 27, em Viseu entre 9 e 25, na Guarda entre 10 e 25, em Castelo Branco entre e 30, em Coimbra entre 12 e 27, em Santarém 13 e 30, em Évora entre 13 e 31, em Beja entre 14 e 31 e em Faro entre 18 e 26.

Ordem dos Médicos Dentistas
Ordem dos Médicos Dentistas estima que em 2018 haverá mais de dez mil dentistas em Portugal

O número de médicos dentistas em atividade na Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) aumentou no ano passado para 8.543, mais 396 do que em 2013. Uma subida anual de 4,9% que mantém a tendência de crescimento dos últimos anos. As estimativas apontam para que o número de membros ativos da OMD continue a crescer e ultrapasse os dez mil já em 2018.

São dados revelados pelos “Números da Ordem 2015”, um documento que a OMD divulga anualmente desde 2004 e que compila alguns dados estatísticos referentes à medicina dentária portuguesa.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, salienta que ”este relatório surge como um retrato atual da profissão em Portugal. Paralelamente, visa ser um documento indicativo de cenários futuros, para a medicina dentária portuguesa”.

É neste sentido que Orlando Monteiro da Silva vê com preocupação o aumento de médicos dentistas, sublinhando que “é um crescimento muito superior às necessidades do país, e que coloca Portugal entre os países da Europa com menor rácio de habitantes por médico dentista. Este ano vamos atingir um rácio de um médico dentista para 1.155 habitantes, quando a recomendação da Organização Mundial de Saúde é de um médico dentista por 2 mil habitantes. E tudo indica que daqui a três anos haja um médico dentista por 937 habitantes, ou seja, existirão o dobro dos médicos dentistas necessários. Um cenário terrível para quem está a entrar na profissão.

Neste momento existem mais de 3 mil alunos inscritos nas sete faculdades que lecionam cursos de medicina dentária.

Para o bastonário “o que torna o rácio em Portugal ainda mais dramático é que no nosso país a esmagadora maioria da população não tem acesso a cuidados de saúde oral no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, contrariamente à maioria dos países europeus onde há convenções entre o Estado e os consultórios privados ou assistência no âmbito dos serviços públicos de saúde.”

Orlando Monteiro da Silva considera “urgente tomar medidas para conter o crescimento de novos médicos dentistas em Portugal. A profissão está saturada, com níveis de subemprego e de emigração crescentes e já preocupantes. A medicina dentária é um curso muito caro, que a prazo só vai ter saídas profissionais no estrangeiro. Estamos a investir na formação de jovens que não vão pagar impostos em Portugal. Temos das melhores faculdades de medicina dentária do mundo, é preciso apostar na atração de alunos estrangeiros e em formação pós-graduada, e em simultâneo diminuir o número de alunos nacionais inscritos nos mestrados integrados. Já por diversas vezes a OMD alertou as autoridades competentes para esta situação e temos manifestado total abertura para ajudar a encontrar uma solução com as entidades que têm poder de decisão nesta matéria”.

De acordo com os “Números da Ordem 2015” a média de idades dos médicos dentistas é de 38 anos, sendo que nos membros do sexo feminino esta média situa-se nos 36 anos e é inferior à média de idades dos membros do sexo masculino que está nos 40 anos.

Esta diferença etária entre sexos explica-se com a tendência de feminização da profissão, sendo as mulheres já 57,9% do total de membros inscritos na OMD. Esta tendência é sobretudo vincada em profissionais com menos de 45 anos, já que nas idades superiores a maioria dos profissionais inscritos na OMD são homens.

Os “Números da Ordem 2015” mostram ainda que 55% dos médicos dentistas ativos têm entre 26 e 40 anos de idade.

Dos profissionais ativos na OMD, 91,7% tem nacionalidade portuguesa e concluiu a licenciatura ou mestrado integrado em Portugal.

Em relação à distribuição da população por médico dentista verifica-se que as regiões da Lezíria do Tejo, Alentejo Central e Baixo Alentejo são as regiões onde existem menos médicos dentistas por habitantes.

Já nas regiões do Cávado, Terras de Trás os Montes, Área Metropolitana do Porto, Região de Coimbra, Viseu Dão-Lafões e na Área Metropolitana de Lisboa o número de habitantes por médico dentista é menor que a média nacional.

Os “Números da Ordem 2015” mostram ainda que 11,2% do total de membros da OMD estão inativos, ou seja, há um total de 1.079 médicos dentistas inativos.

A grande maioria destes profissionais estão emigrados, sendo este o principal motivo alegado pelos médicos dentistas para pedir a suspensão da OMD.

Quase metade dos médicos dentistas inativos tem entre 26 e 40 anos e há mais mulheres inativas do que homens.

Reino Unido (59%), França (12,9%) e Brasil (7,4%) são os principais destinos de emigração dos médicos dentistas portugueses, mantendo a tendência dos últimos anos.

A OMD tem inscritos médicos dentistas de 39 nacionalidades, com destaque para o Brasil com 446 médicos dentistas a exercer em Portugal, seguindo-se Itália com 58, Espanha com 47 e a Alemanha com 31.

Concelho de Monção
Os idosos carenciados do concelho de Monção podem candidatar-se, a partir de hoje e até 07 de setembro, a apoios na compra de...

Em comunicado hoje divulgado, aquela autarquia do Alto Minho adiantou que o apoio, "destinado a 50 pessoas do concelho, com idade igual ou superior a 66 anos, com comprovada carência económica, traduz-se na comparticipação, em 50% do encargo do utente na compra de medicamentos com receita médica do Serviço Nacional de Saúde (SNS)".

De acordo com a Câmara de Monção, os remédios podem ser adquiridos numa das seis farmácias existentes no concelho, sendo que "cada utente terá um limite anual de 160 euros".

"A conta corrente é feita através de um cartão que será disponibilizado aos beneficiários, sendo atualizado sempre que houver uma compra", lê-se na nota daquela autarquia que destinou no orçamento deste ano uma verba de oito mil euros para esta medida.

Aquele apoio está previsto num regulamento municipal, aprovado pelo executivo municipal em fevereiro passado, que foi sujeito a consulta pública, tendo sido publicado em Diário da República em julho passado.

Na altura da aprovação daquela medida, o presidente da Câmara, Augusto Domingues, afirmou tratar-se de uma medida de "combate a situações de adversidade social" face "aos reduzidos recursos financeiros e ao envelhecimento progressivo da nossa população" do concelho.

"Não queremos que ninguém deixe de tomar os remédios por não os poderem comprar. A nossa função é essa. Ajudar quem mais precisa", sustentou na ocasião.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)
Vinte e seis regiões de Portugal apresentam hoje risco muito alto e alto de exposição à radiação ultravioleta (UV), segundo o...

De acordo com o IPMA, Beja, Bragança, Castelo Branco, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Lisboa, Penhas Douradas, Portalegre, Porto Santo, Sagres, Santarém, Setúbal, Sines, Horta e Angra do Heroísmo (Açores) estão hoje com risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta.

Aveiro, Braga, Coimbra, Porto, Viana do Castelo, Viseu, Vila Real e Ponta Delgada apresentam risco alto enquanto Santa Cruz das Flores está com níveis baixos de exposição à radiação UV.

Para as regiões com níveis muito altos e altos, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol, protetor solar e evitar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor que 2, em que o UV é Baixo, 3 a 5, Moderado, 6 a 7, Alto, 8 a 10, Muito Alto e superior a 11, Extremo.

O IPMA prevê para hoje nas regiões do norte e centro do continente céu com períodos de muita nebulosidade, tornando-se gradualmente limpo a partir da tarde, aguaceiros fracos até ao final da manhã, mais frequentes no Minho e Douro Litoral.

Está também previsto vento em geral fraco do quadrante oeste, soprando moderado nas terras altas, com rajadas da ordem de 60 quilómetros por hora até ao início da manhã e pequena subida da temperatura máxima.

No sul prevê-se céu muito nublado, tornando-se gradualmente limpo a partir da tarde, períodos de chuva fraca até ao início da manhã, em especial no Alentejo, vento em geral fraco de noroeste, soprando moderado, nas terras altas até ao início da manhã e durante a tarde no litoral e pequena subida da temperatura mínima.

Em Lisboa as temperaturas vão variar entre 17 e 24 graus Celsius, no Porto entre 13 e 21, em Vila Real entre 12 e 20, em Bragança entre 10 e 20, em Viseu entre 11 e 20, na Guarda entre 9 e 18, em Coimbra entre 14 e 23, em Castelo Branco entre 13 e 25, em Évora entre 16 e 25, em Beja entre 17 e 26, em Faro entre 18 e 24 e em Santarém entre 15 e 25.

Açores, S. Miguel
O grupo de teatro amador “Arte Engenho”, formado exclusivamente por cegos e amblíopes, deverá estrear, até ao final do ano, na...

“Em princípio, lá para o final do ano a gente vai arrancar com ela [peça de teatro]”, afirmou Leonardo Sousa em declarações a agência Lusa, acrescentando que os ensaios já decorrem “há vários meses”.

Este grupo de teatro amador resulta de uma parceria entre a Associação Portuguesa dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) e a associação Solidaried’arte.

Leonardo Sousa referiu que o autor da comédia é desconhecido e que a estreia da peça já esteve prevista “duas ou três vezes”, mas acabou sempre por ser adiada “devido às caraterísticas do grupo”.

“Há essa dificuldade nos ensaios porque eles têm necessidade de se ausentar da ilha para ir consultar especialistas no continente. De resto, ensaiar é como se ensaia um grupo de teatro normalmente, com alguns cuidados em termos de marcação no palco”, afirmou o encenador e coordenador da associação sem fins lucrativos Solidaried’arte.

Segundo Leonardo Sousa, os ensaios decorrem uma vez por semana ao final do dia e a peça engloba no total cinco pessoas, com idades que variam entre os 21 e os 65 anos, com várias atividades e das quais uma é totalmente cega.

Entre o grupo de atores está, por exemplo, uma estudante universitária, que está a tirar o curso de ensino básico na Universidade dos Açores, e outra que, “dado o seu jeito para as artes de palco, tem participado nas produções do grupo de teatro residente da associação Solidaried’arte”.

Reconhecendo o empenho e capacidades dos elementos deste grupo de teatro, Leonardo Sousa afirmou que tem trabalhado muito com eles a questão da expressão facial “uma vez que não fazem muita utilidade dela, nem estão habituados a vê-la nas outras pessoas”.

Além de contribuir para a elevação da autoestima e um alargar de conhecimentos ao nível pessoal dos participantes, Leonardo Sousa considerou que o teatro permitirá, também, à delegação da ACAPO em S. Miguel “abrir portas e dar-se mais a conhecer à sociedade”, contribuindo para que os cegos e ambliopes sejam vistos “de outra forma”.

“Quando fizermos o início da atividade, porque estamos de férias, pensamos trazer outras pessoas para o grupo de teatro. Não necessariamente pessoas portadoras deste tipo de deficiência, mas pessoas com outras deficiências ou pessoas sem qualquer tipo de deficiência física”, disse Leonardo Sousa.

Estima-se que vivam nos Açores três mil invisuais.

Unidades de saúde familiar (USF)
O secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, defendeu hoje que o próximo Governo deve...

“Não podemos continuar numa lógica ‘hospitalocêntrica’, disse o governante, na Lousã, no distrito de Coimbra, preconizando “a manutenção da saúde, antes mesmo de tratar da doença”.

Na sua opinião, “deve ser este o caminho” e o desenvolvimento das USF “deve prosseguir no próximo ciclo governativo”.

Ao Governo que resultar das eleições de 04 de outubro, cabe o “reforço do conceito” das USF, disse Leal da Costa, que intervinha na inauguração do novo Centro de Saúde (CS) da Lousã, que custou 2,3 milhões de euros, incluindo construção e equipamento, e serve quase 18 mil pessoas.

Fernando Leal da Costa frisou que, desde junho de 2011, na vigência do Governo liderado por Pedro Passos Coelho, foram criadas no país 125 daquelas unidades, “mais do que as 100 que o principal partido da oposição” – o PS, de António Costa – “se propõe criar” nos próximos quatro anos, se chegar ao poder.

Em resposta a uma reclamação do presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, sobre a conclusão das obras no ramal ferroviário da Lousã, iniciadas em 2009, no âmbito do projeto do metro, e depois suspensas, Leal da Costa disse que acompanha as preocupações do autarca socialista quanto à necessidade de um sistema de mobilidade que assegure também o acesso das populações aos cuidados de saúde.

Afastado da área urbana da Lousã, no distrito de Coimbra, o CS foi construído em terreno cedido pela autarquia e começou a funcionar em dezembro, mais de dois anos e meio após conclusão das obras, em 2012, albergando duas USF.

O projeto foi contemplado com um financiamento europeu de 1,7 milhões de euros, na sequência de uma candidatura que a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro apresentou ao Programa Operacional do Centro.

Além das USF Serra da Lousã e Trevim Sol, funcionam no novo edifício os polos da Unidade de Saúde Pública e da Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte.

O Centro de Saúde da Lousã tem 17.613 utentes inscritos nas duas USF, “todos com médico de família atribuído”, segundo uma nota da ARS do Centro.

Na cerimónia, além de Fernando Leal da Costa, interveio o autarca Luís Antunes e os coordenadores das duas USF, João Rodrigues (Serra da Lousã) e Marília Pereira (Trevim Sol).

O concurso público internacional foi lançado em dezembro de 2009, tendo a empresa vencedora cumprido o prazo de 18 meses de execução dos trabalhos.

“Ao longo deste processo, os profissionais de saúde nunca foram informados sobre o seu desenrolar, tendo detetado várias lacunas estruturais que nunca ficaram corrigidas, apesar de não envolver acréscimo de custos”, disse à agência Lusa João Rodrigues.

Um dos “pontos negativos”, segundo o médico, é a localização do Centro de Saúde, “dificultando a acessibilidade e contrariando um critério base da medicina e enfermagem familiar: proximidade às residências dos utentes”.

Marília Pereira, por sua vez, criticou outras lacunas do edifício, como o facto de as salas de espera não permitirem “isolar as pessoas” nos casos de epidemia, entre outras.

 

Violência contra profissionais em serviços de saúde
Em 60% dos casos de violência contra profissionais relatados à DGS as vítimas foram enfermeiros. Houve 262 casos de pressão moral.

No ano passado os casos de violência contra profissionais em serviços de saúde motivaram 72 queixas na polícia, mais do dobro do que no ano anterior. 

O relatório anual da Direcção-Geral da Saúde sobre o sistema de notificação de violência contra profissionais de saúde criado em 2007, voluntário e anónimo, revela que na maioria das vezes os profissionais optaram por não formalizar queixa. Ao todo foram reportadas 531 situações e, ainda assim, em 108 casos as vítimas precisaram de tratamento. A maioria ficou insatisfeita com a forma como a instituição lidou com o caso e entende que a situação podia ter sido prevenida.

No ano passado verificou-se um número recorde de notificações deste tipo de incidentes, mais do dobro do que no ano anterior, em que tinham sido comunicadas apenas 233 situações. A DGS insiste que não se pode inferir que haja mais conflitualidade nem tece considerações sobre as causas das agressões. O departamento de qualidade do organismo considera apenas que existe uma maior adesão ao sistema de notificação e propõe que seja elaborada uma norma sobre medidas de prevenção e de intervenção nos serviços de saúde.

hospitais com mais casos Das 531 situações, 503 verificaram-se no sector público e 28 do sector privado. A maioria (302) aconteceu em hospitais, seguindo-se os centros de saúde (151) e unidades de desabituação (58). Nos hospitais, o espaço mais referido foi a consulta externa, seguindo-se as urgências, os serviços de medicina e os serviços de psiquiatria. Verificaram-se ainda 58 situações em serviços administrativos e de atendimento.  

vítimas e agressores Os enfermeiros são o grupo profissional mais vezes agredido, como aliás já se tinha verificado em anos anteriores. Em 531 situações, 193 envolveram enfermeiras e 131 enfermeiros, o que significa que em 60% dos casos as vítimas são enfermeiros. Foram ainda reportados 86 casos de agressão a médicos, 64 em que as vítimas foram assistentes técnicos e 44 assistentes operacionais foram também agredidos. 

Na maioria das vezes os agressores foram doentes (291 casos), seguindo-se outros profissionais de saúde da unidade (85), familiares ou acompanhantes do doente (95). Dominam situações de discriminação/ameaça (312), injúria (271) e pressão moral (262). Resgistaram-se ainda assim 133 situações de violência física e 33 de dano contra a propriedade.

Número de dadores de órgãos regista
O número de dadores de órgãos registou nos primeiros seis meses deste ano o “maior recorde de sempre”(162), disse à agência...

De acordo com dados publicados na página da Internet do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), entre 01 de janeiro e 30 de junho foram registados 162 dadores, mais cinco do que em igual período de 2014 (157).

Segundo os mesmos dados, citados na edição de hoje do Diário de Notícias e publicados na página do IPST, no primeiro semestre deste ano houve um aumento do número de dadores cadáver e de órgãos colhidos para níveis superiores aos de 2009, ano em que Portugal atingiu valores recorde.

Até junho deste ano foram colhidos 459 órgãos, número idêntico ao de 2014, indica o IPST.

Em declarações à agência Lusa, hoje, a coordenadora nacional na área da transplantação do IPST, Ana França, disse que os dados “são os melhores de sempre”.

“Estes dados fazem-nos animar. Animam-nos a prosseguir. É importante transmitir à população que estamos a trabalhar para minimizar os tempos de espera. Quanto mais cedo os doentes forem transplantados, melhor qualidade de vida terão, e é para isso que nós lutamos”, salientou.

Ana França adiantou que Portugal atingiu no primeiro semestre deste ano os 15,5 dadores por milhão de habitantes, acima dos 14,8 de 2009.

De acordo com os dados do IPST, foram realizados até junho de 2015, 392 transplantes, tendo sido registado um aumento do renal e do número de dadores vivos de rim, transplante hepático e cardíacos para níveis superiores aos de 2012.

Os dados indicam ainda que 80% dos dadores morrem por causa médica, sendo a principal o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

 

Associações de bombeiros
Os uniformes dos bombeiros portugueses são, na maior parte das vezes, lavados nas casas de cada um e nunca descontaminados,...

A propósito da exigência dos bombeiros de Maiorca, Espanha, de que também a roupa que usam debaixo dos uniformes seja descontaminada, a Lusa perguntou a representantes dos bombeiros portugueses como era em Portugal e as duas associações negaram que haja qualquer cuidado.

Em Maiorca, os uniformes são descontaminados em Barcelona mas não a restante roupa, que também é exposta a gases e fumos durante um incêndio, e os sindicatos já denunciaram o caso junto da Inspeção do Trabalho, como noticiou o jornal El Mundo.

Em Portugal, no entanto, nem sequer os uniformes são descontaminados, assegura o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, explicando que, por norma, os bombeiros levam a roupa para casa e são responsáveis pela sua lavagem.

Tal tem o inconveniente, além de não haver uma descontaminação, de as roupas perderem propriedades de resistência ao fogo, por não serem lavadas das formas adequadas. “É uma questão que se impõe, toda a roupa deve ser sujeita a uma descontaminação, mas nada disso é feito”. Alguns lavam em casa e, em alguns quarteis, lavam-se os uniformes mas não a roupa interior, assegura.

Pela saúde dos bombeiros e pela sustentabilidade do fardamento a questão devia de ser tida em conta, diz, assegurando que não há legislação sobre a matéria, apesar de os “decisores políticos” já terem sido alertados. “Também não se faz qualquer rastreio aos bombeiros após um grande incêndio”, afirma.

A matéria também preocupa a Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários. Quando questionado pela Lusa, o presidente, Rui Moreira da Silva, ironiza e responde: “Se nem sequer se faz uma espirometria [exame dos pulmões] aos bombeiros!”.

“A saúde dos bombeiros nunca foi prioritária. Nunca se investiu na proteção respiratória, mesmo as máscaras que filtram as poeiras, não é muito normal vê-las”, diz à Lusa.

A propósito da “normalidade” que é lavar os uniformes em casa, alerta o responsável: “Estamos a falar de produtos químicos, que uma vez misturados podem provocar uma reação. Posso estar a levar para casa produtos cancerígenos dificilmente removíveis, até da máquina de lavar”.

Ainda que no jornal espanhol também se faça essa ligação entre a predominância de diversos tipos de cancro e o ser bombeiro, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, desvaloriza. “Não vejo essa preocupação em incêndios florestais, e, nos que acontecem com matérias perigosas, a roupa, e os bombeiros até, é sempre descontaminada”, diz.

O responsável garante que são tomadas todas as medidas no caso de incêndios com produtos químicos e diz que raramente há situações em que os bombeiros se colocam em risco. E acrescenta: “Se em cada incêndio florestal tivéssemos de descontaminar as roupas, não havia roupas para os bombeiros”.

De resto, diz, não há casos detetados de problemas devido à contaminação dos equipamentos dos bombeiros em incêndios florestais, que ele pelo menos não conhece nenhum em “50 anos a apagar fogos”.

Na notícia do El Mundo fala-se de um relatório dos bombeiros de Madrid, com “evidências científicas da relação entre uma descontaminação inadequada da roupa e o aparecimento de casos de cancro”, e de estudos, como um belga, que dão conta de que roupas contaminadas podem converter-se num meio de transmissão de doenças ao estar em contacto com a pele.

Há alguns anos houve várias mortes de bombeiros em Lisboa, mas nunca se fez um estudo sobre isso, diz Fernando Curto.

Estudo
A ocorrência de demência, incluindo Alzheimer, parece estar a estabilizar nas nações mais ricas, de acordo com um estudo...

Dados da Suécia, Holanda, Reino Unido e Espanha mostram que a percentagem de população com demência – um termo que abrange as doenças neurodegenerativas do cérebro – se encontra estável, bem como o número de novos casos, indica o estudo publicado na revista The Lancet Neurology.

Investigadores liderados por Carol Brayne, professora no Instituto de Saúde Pública da Universidade de Cambridge, compararam a ocorrência de demência em pessoas idosas em dois períodos diferentes nas últimas décadas.

Encontraram poucas diferenças nos dois períodos e num caso, até uma pequena diminuição, na percentagem de população afetada.

Esta tendência pode ser o resultado de melhores condições de vida e educação, bem como melhorias no tratamento e prevenção de doenças vasculares que levam a enfartes e paragens cardíacas, dizem os investigadores.

Se confirmadas, as conclusões deste estudo representam boas notícias e sugerem que a iminente “epidemia da demência” – maioritariamente devido a uma população envelhecida – pode ser menos severa do que se receava.

Estas conclusões são, no entanto, contestadas por outros especialistas.

Aproximadamente 7% das pessoas com mais de 65 anos sofre de algum tipo de demência – essa percentagem sobe para 40% aos 80 ou 85 anos, de acordo com diferentes estimativas.

Centro CheckpointLX, em Lisboa
A deputada socialista Elza Pais apelou hoje ao bom senso do ministro da Saúde, Paulo Macedo, para que continue a assegurar o...

Este serviço, gerido pelo Grupo Português de Ativistas sobre Tratamento de VIH/SIDA (GAT), foi encerrado depois de o Ministério da Saúde ter parado o financiamento, há oito meses.

Nos últimos três anos, o Ministério da Saúde, através da Direção-geral de Saúde, apoiou o serviço, com cerca de 34 mil euros por ano, verba que servia para pagar análises, reagentes e 'kits' médicos, a instituições públicas e a fornecedores.

Em comunicado, a deputada socialista condena o encerramento da consulta, dirigida a homens que têm sexo com outros homens e onde estes podem fazer o rastreio do VIH/SIDA e de outras doenças sexualmente transmissíveis de forma rápida, anónima, confidencial e gratuita, assim como ter acesso a aconselhamento e referenciação aos cuidados de saúde.

“Esta atitude traduz a pouca atenção que o Governo tem dado às pessoas que precisam de cuidados ao nível da prevenção de tratamento do VIH/SIDA”, considera Elza Pais.

Na opinião da deputada socialista, trata-se de uma situação “inadmissível”, já que “vai deixar a população à qual se destinava sem qualquer tipo de apoio”.

De acordo com o presidente do GAT, Luís Mendão, o encerramento daquele serviço faz com que haja apenas em Lisboa um centro de saúde, na Lapa, onde é possível fazer o mesmo tipo de atendimento, de forma gratuita, mas que obriga a que as pessoas se desloquem ao local diariamente, já que não será possível marcar consulta.

Nesse sentido, Elza Pais aproveita para apelar “ao bom senso do ministro da Saúde para continuar a assegurar este apoio ou outro qualquer que garanta o acesso a este tipo de cuidados de saúde aos homens homossexuais e a uma consulta que também faz educação para a saúde”.

Entretanto, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS/LVT) garantiu estar a trabalhar “afincadamente” numa solução para o serviço de consulta de doenças sexualmente transmissíveis, no CheckpointLX.

“A ARS/LVT espera, no mais curto espaço de tempo, poder apresentar ao GAT uma solução expedita que permita aquela instituição cumprir a sua importante missão”, lê-se no comunicado.

Centro CheckpointLX, em Lisboa
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS/LVT) garantiu hoje estar a trabalhar “afincadamente” numa...

Este serviço, gerido pelo Grupo Português de Ativistas sobre Tratamento de VIH/SIDA (GAT), foi encerrado depois de o Ministério da Saúde ter parado o financiamento, desde há oito meses.

Nos últimos três anos, o Ministério da Saúde, através da Direção-Geral de Saúde, apoiou com cerca de 34 mil euros por ano, verba que servia para pagar análises, reagentes e kits médicos, a instituições públicas e a fornecedores.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a ARS/LVT diz que está a “trabalhar afincadamente na solução do problema, o qual tem também de ser enquadrado nas recomendações do Tribunal de Contas, para a celebração de acordos entre o setor público e outras instituições”.

Adianta que esse trabalho está a ser feito ao abrigo do Princípio da Prossecução do Interesse Público e tendo em conta a importância da área de intervenção do GAT.

“A ARS/LVT espera, no mais curto espaço de tempo, poder apresentar ao GAT uma solução expedita que permita aquela instituição cumprir a sua importante missão”, lê-se no comunicado.

A ARS/LVT aproveita para explicar que existem especificidades no enquadramento jurídico-legal que regula os acordos entre as ARS e, nomeadamente, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), como o GAT, que obrigaram a que fosse encontrada “uma solução tecnicamente correta e juridicamente adequada”.

“O que não permitiu a rapidez com que gostaríamos que este tema fosse resolvido”, justifica a ARS/LVT.

A ARS/LVT diz ainda que já reuniu com o GAT no sentido de encontrar uma solução para o problema que o serviço de consultas atravessa, nomeadamente permitindo que o GAT possa requisitar a realização de análises clínicas no laboratório do INSA – Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

O CheckpointLX é um centro dirigido a homens que têm sexo com outros homens, onde podem fazer o rastreio do VIH/SIDA e de outras doenças sexualmente transmissíveis de forma rápida, anónima, confidencial e gratuita, assim como ter acesso a aconselhamento e referenciação aos cuidados de saúde.

O encerramento deste serviço faz com que haja apenas em Lisboa um centro de saúde, na Lapa, onde é possível fazer o mesmo tipo de serviço, de forma gratuita, mas que obriga a que as pessoas se desloquem ao local diariamente, já que não será possível marcar consulta.

Em três anos de funcionamento, mais de mil homens tiveram consulta no CheckpointLX, tendo sido identificados mais de meia centena de jovens homossexuais em risco de cancro anal. Foram também feitos cerca de seis mil testes rápidos ao VIH/SIDA.

Ordem dos Médicos
Médicos podem vir a ter de fazer provas periodicamente, de acordo com novo estatuto da Ordem dos Médicos. Sindicatos estranham...

Os médicos vão poder ser avaliados ao longo da carreira para assegurar que continuam aptos a exercer medicina. É uma medida que está equacionada na revisão do estatuto da Ordem dos Médicos (OM) e que prevê a possibilidade de submeter os profissionais a provas periódicas, eventualmente de cinco em cinco anos, segundo revela o bastonário, José Manuel Silva.

O bastonário admitiu ao Diário de Notícias que este será um dos novos poderes da Ordem, apesar de avisar que, primeiro, será necessário criar um regulamento. No âmbito da revisão do estatuto da Ordem, José Manuel Silva propõe a realização de uma prova para aferir as capacidades profissionais dos médicos.

"É uma notícia precipitada", comenta o presidente da Secção Regional do Norte da OM, Miguel Guimarães, lamentando que dê a ideia de que "os médicos não estão preparados, que são uns malandros e que não se actualizam".  O que está previsto, precisou ao PÚBLICO, é a possibilidade de "recertificação de competências médicas", mas esta questão ainda não foi sequer "discutida internamente" na Ordem.

O debate sobre a avaliação só agora vai começar de facto, mas o bastonário foi avançando já alguns parâmetros que defende. No início, o processo será voluntário e os médicos serão avaliados pelos respetivos colégios de especialidade. Ouvido pela TSF, José Manuel Silva precisou que o objectivo passa por reduzir os erros médicos e garantir melhores cuidados de saúde à população.

Miguel Guimarães esclarece que a recertificação não terá que passar necessariamente por uma avaliação periódica, nem por provas públicas, até porque os médicos que trabalham no Serviço Nacional de Saúde já são obrigados a fazer várias, ao longo da sua carreira, ao contrário do que acontece com os que trabalham no sector privado.

"Temos que fazer um exame de acesso à especialidade, um exame final de especialidade, provas para concorrer para assistente, depois para assistente graduado e ainda para assistente graduado sénior", enumera. O que a OM quer, explicitou, "são regras que sejam cumpridas por todos, mas integrando o que já existe na carreira médicas" 

É uma ideia que se baseia naquilo que se faz na pilotagem. "Os pilotos têm que demonstrar quantas horas têm de voo", entre outras coisas, lembra o presidente da OM/Norte. Os médicos terão, porventura, que provar que participaram em determinadas acções de formação, diz, frisando mais uma vez que tudo isto ainda está por debater e por definir.

De facto, é cedo para perceber como é que isto vai ser funcionar na prática.  "Ainda não está decidida a forma como será feita a avaliação, mas a ideia é que seja periódica, por exemplo de cinco em cinco anos. A recertificação irá garantir que os médicos continuam aptos, sejam eles especialistas ou sem especialidade”, adiantou José Manuel Silva ao DN. O bastonário admite que inicialmente esta avaliação será voluntária, "para que os médicos e os doentes se habituem a esta cultura". No entanto, também poderá haver situações em que a OM o fará por sua iniciativa, por exemplo em casos de maior risco ou em que haja afastamento há algum tempo da prática clínica.

Sem conhecer ainda os detalhes desta ideia, os responsáveis dos dois sindicatos que representam os médicos manifestaram de imediato a sua “estranheza” ao PÚBLICO. "A ideia de uma recertificação é muito infeliz",  é "estranha”, criticou a presidente da Federação Nacional dos Médicos, Merlinde Madureira, que prefere não acrescentar outros comentários enquanto não conhecer a proposta  em pormenor. Também Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Indpendente dos Médicos, quis deixar clara a sua "estranheza pela circunstância de isto aparecer assim, desgarrado, quando os médicos já têm um conjunto muito exigente de avaliações ao longo da sua vida profissional".

Associação de Coimbra promove
A Associação de Saúde Infantil de Coimbra anunciou hoje a realização de um campo de férias para crianças e adolescentes com...

Em comunicado, aquele organismo salienta que o campo de férias vai decorrer de 31 de agosto a 04 de setembro, na Tocha, em Cantanhede, no distrito de Coimbra, em parceria com o Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (HP-CHUC).

"Queremos sensibilizar estas crianças para a importância da adesão ao tratamento e de um estilo de vida saudável", explica a pediatra Graça Rocha, citada no documento, que segue estas crianças e jovens no HP-CHUC.

O campo de férias vai contar com a participação de 70 pessoas, entre crianças e jovens com VIH, entre 1 e 19 anos, respetivas mães, também elas, na sua maioria, portadoras da doença, e outros familiares.

Trata-se da 14.ª edição do projeto "A Brincar também se aprende", desenvolvido pela consulta de doenças infecciosas HP-CHUC e pelo Serviço Social e Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar Lisboa Norte em parceria com a Associação de Saúde Infantil de Coimbra.

Este ano, sob o tema da prevenção (infeções sexualmente transmissíveis, risco cardiovascular e acidentes), as crianças vão ter a oportunidade de participar em vários 'workshops', ateliês, arraiais, jogos interativos, desportos radicais e dançar numa discoteca.

"Pretendemos promover o seu bem-estar social, psicológico e afetivo através de um evento que cultiva ambientes amistosos e lúdicos que promovem a autoestima e a entreajuda", refere a assistente social Rosa Gomes, que acompanha as famílias dos doentes no HP-CHUC.

Centro CheckpointLX, em Lisboa
O serviço de consulta de doenças sexualmente transmissíveis no CheckpointLX, em Lisboa, gerido pelo Grupo Português de...

O CheckpointLX é um centro dirigido a homens que têm sexo com outros homens, onde podem fazer o rastreio do VIH/SIDA e de outras doenças sexualmente transmissíveis de forma rápida, anónima, confidencial e gratuita, assim como ter acesso a aconselhamento e referenciação aos cuidados de saúde.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do GAT explicou que este serviço, existente desde há três anos, contava com um apoio financeiro anual de cerca de 34 mil euros por parte do Ministério da Saúde, através da Direção-geral de Saúde.

Esta verba, de acordo com a informação disponível no site do GAT, servia para pagar análises, reagentes e kits médicos, a instituições públicas e a fornecedores.

“O GAT investia, dos apoios privados que recebe, um valor semelhante para completar a falta de financiamento, e muitos dos profissionais de saúde que asseguravam a consulta trabalhavam ‘pro bono’”, adiantou Luís Mendão.

De acordo com o responsável, o apoio financeiro foi acordado em 2011 e tinha a duração de três anos, tendo terminado em dezembro de 2014, sem que o atual Governo tenha apontado uma alternativa ou razão para a sua cessação.

“Mantivemos a consulta com trabalho ‘pro bono’ e com o dinheiro que conseguimos manter, mas, no final do mês passado, depois de olharmos para as contas, decidimos que não podíamos continuar a assegurar o pagamento ao Instituto de Higiene e Medicina Tropical e ao Instituto Português de Oncologia”, revelou.

Isto porque, explicou, era para estes dois institutos que eram encaminhadas as análises, depois de recolhidas na consulta.

“Estamos a tentar estabelecer um protocolo com o Ministério da Saúde para enviarmos as análises para o INSA [Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge], que é o laboratório nacional de referência para as IST [infeções sexualmente transmissíveis], apenas para que o Ministério pagasse as análises que nós para lá enviássemos”, adiantou Luís Mendão.

Segundo o responsável, o encerramento deste serviço faz com que haja apenas em Lisboa um centro de saúde, na Lapa, onde é possível fazer o mesmo tipo de serviço, de forma gratuita, mas que obriga a que as pessoas se desloquem ao local diariamente, já que não será possível marcar consulta.

“Estamos indignados porque o serviço do CheckpointLX, incluindo a consulta, foram considerados exemplos de boas práticas e de inovação pela Organização Mundial de Saúde e pela ECDC [Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças]”, apontou.

Luís Mendão diz não compreender esta situação, quando, apontou, não existe outro serviço, incluindo no Serviço Nacional de Saúde, que assegure este tipo de consultas a um preço tão baixo como aquele que o GAT propõe.

“Parece-nos que é contra a ideia de saúde pública, de prioridade ao controlo da infeção por VIH/SIDA”, criticou.

A Lusa contactou o Ministério da Saúde, que remeteu o caso para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a qual disse que dará uma resposta durante o dia de hoje.

Em três anos de funcionamento, mais de mil homens tiveram consulta no CheckpointLX, tendo sido identificados mais de meia centena de jovens homossexuais em risco de cancro anal. Foram também feitos cerca de seis mil testes rápidos ao IHV/SIDA.

 

Estudo
Trabalhar 55 horas ou mais por semana aumenta em 33% o risco de enfarte, quando se compara com uma jornada laboral entre 35 a...

Com base em 17 investigações envolvendo 528.908 homens e mulheres, seguidos durante 7,2 anos, o aumento do risco de enfarte mantinha-se mesmo quando se retirava da equação o consumo de tabaco e álcool e a atividade física.

O estudo, publicado pela revista The Lancet, conclui que, em comparação com pessoas que têm uma semana regular, aqueles que trabalham entre 41 e 48 horas tinham um risco acrescido de 10%, enquanto os que trabalham entre 49 e 54 horas enfrentam um risco extra de 27%.

No caso de se trabalhar 55 horas ou mais por semana, o risco de enfarte aumenta em 33%, indica o estudo.

Uma longa semana de trabalho também aumenta o risco de doenças cardíacas coronárias em 13%, mesmo tendo em conta fatores de risco como a idade, o género e o nível socioeconómico, revela o estudo.

Os investigadores sugerem que a baixa atividade física, o elevado consumo de álcool e o stresse frequente elevam o risco.

“Os profissionais de saúde deviam estar conscientes de que trabalhar longas horas está associado a um significativo aumento do risco de enfarte e, possivelmente, também a doenças cardíacas coronárias”, pode ler-se no estudo.

 

Estudo
O efeito da obesidade sobre o tecido mamário favorece o desenvolvimento de cancro na mama, segundo um estudo hoje divulgado na...

O aumento da rigidez no tecido adiposo dos seios modifica a comunicação química entre as células e isso estimula o crescimento de tumores, concluiu o estudo, elaborado por especialistas de três instituições dos Estados Unidos.

Os cientistas estudaram o tecido mamário de pessoas obesas, pessoas com peso saudável e de ratinhos com obesidade.

O diagnóstico para as mulheres com cancro na mama que são obesas é muito pior do que para mulheres que têm peso saudável, mas muito poucos tratamentos para aquele cancro são dirigidos a pessoas com obesidade.

A importância da pesquisa é permitir saber o que acontece a nível celular para desenvolver tratamentos mais eficazes.

Doar sangue
A dádiva de sangue por parte de homossexuais vai passar a ser permitida, uma decisão que decorre das recomendações de um grupo...

O relatório “Comportamentos de risco com impacto na segurança do sangue e na gestão de dadores”, a que a Lusa teve acesso, estabelece “a cessação da suspensão definitiva dos candidatos a dadores homens que têm sexo com homens (HSH) [homossexuais e bissexuais]”, uma decisão tomada por unanimidade entre os oito elementos do grupo de trabalho.

Quer isto dizer que termina a proibição de este grupo poder dar sangue, passando aquilo que é hoje considerado como “critério de suspensão definitiva” para critério de suspensão temporária”.

Na prática, os HSH passam a poder ser dadores de sangue, estando sujeitos à aplicação de um período de suspensão temporária que pode ser de seis ou 12 meses após o último contacto sexual ou de seis meses após um novo parceiro sexual “com a avaliação individual do risco”.

Entre os pontos de decisão deste grupo de trabalho, contam-se a revisão e adequação do questionário de saúde feito ao dador antes da dádiva, a elaboração de história clinica que investigue comportamentos de risco associados, bem como o desenvolvimento de um modelo de avaliação do risco infecioso VIH, face ao período de suspensão adotado, em articulação com a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Considerando que “deve ser garantida a não discriminação dos dadores”, o grupo de trabalho assume também como prioritário que seja garantida a segurança da transfusão.

Este é um aspeto destacado igualmente pelo secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde (SEAMS), que assina o despacho que aceita as recomendações e incumbe a DGS de elaborar a respetiva Norma de Orientação Clínica (NOC) até ao final do mês de outubro.

No despacho, a que a Lusa teve acesso, lê-se que “a DGS deverá, em colaboração com o IPST, elaborar NOC com critérios nacionais de inclusão e exclusão de dadores” e que “em situações de dúvida deverá sempre aplicar-se o princípio cautelar de segurança máxima”.

O documento determina que os “pontos de decisão” deverão ser assumidos e cumpridos pelas entidades centrais competentes, nomeadamente o IPST e a DGS, e que até 31 de outubro “terá de haver divulgação da NOC”, na qual “será clara a decisão quanto à exclusão a aplicar a potenciais dadores com risco infecioso inalterável, nomeadamente por comportamento sexual ou outro”.

 

Lusa

Lentes de contacto
A má utilização das lentes de contacto pode ser crucial no surgimento de afeções oculares, uma situação que quando não é...

"Um dos principais problemas associados à má utilização das lentes de contacto ou à falta de higiene das mesmas é a ceratite por acanthamoeba, uma situação causada por um parasita que ataca a córnea e que pode comprometer gravemente a visão das pessoas, podendo até causar cegueira", revela Rui Branco, coordenador da Unidade de Oftalmologia do Hospital Lusíadas Albufeira.

O oftalmologista salienta ainda a necessidade de visitas periódicas ao oftalmologista como forma de deteção de possíveis alterações oculares indicativas de infeção e alerta para os casos em que existe dor e olho vermelho, o que pode significar "uma infeção em que é fundamental o tratamento com antibióticos para evitar a perda de visão".

Os utilizadores das lentes de contacto devem ainda ter atenção a outras recomendações dos  especialistas: retirar as lentes antes de ir dormir, na prática do desporto, antes de entrar na piscina ou ir à praia, pois o cloro, suor e vento excessivos comprometem a segurança das lentes.

"É de extrema importância que as pessoas utilizem as lentes de contacto num contexto de benefício risco, tendo sempre em conta que as indicações médicas que se lhe propõe para a obtenção de uma melhor qualidade de visão, ponderam a melhor escolha terapêutica como indicação para a sua utilização. Por outro lado, é igualmente essencial o cuidado no seu manuseamento para que as lentes sejam limpas e armazenadas com recurso a soluções esterilizantes e não com água da torneira", acrescenta.

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