Ordem dos Médicos Dentistas
Mais de quatro mil cheques para diagnóstico do cancro oral foram emitidos em menos de um ano e meio de funcionamento do...

Segundo dados revelados pela Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) na véspera do Dia Europeu da Saúde Oral, que se assinala no sábado, dos 4.341 cheques emitidos entre março de 2014 e 30 de junho deste ano foram utilizados menos de um terço, ou seja, 1.315 cheques para diagnóstico do cancro oral.

“Numa fase inicial do programa houve alguns problemas com o sistema informático que faz a emissão dos cheques”, explicou Pedro Trancoso, da direção da Ordem, admitindo que a quantidade de cheques realmente usados pelos utentes vá começando a aumentar.

O objetivo do Projeto de Intervenção Precoce do Cancro Oral seria atingir cerca de cinco mil biópsias anuais e, para isso, é necessário que aumentem os cheques emitidos pelos médicos de família e, sobretudo, que os doentes usem na rede de dentistas aderente os cheques que lhe são passados.

Apesar de uma reduzida taxa de efetiva utilização dos cheques para diagnóstico do cancro da boca, Pedro Trancoso sublinha que a taxa de execução dos cheques para biópsia é “muito elevada”, na ordem dos 90%, o que “significa que os casos suspeitos estão a ser devidamente encaminhados e acompanhados”.

Do total de cheques diagnóstico usados quase metade avançou para biópsia. As 585 realizadas no âmbito deste programa permitiram detetar 24 cancros e mais 17 lesões com potencial de transformação maligna.

Pedro Trancoso lembra que os 24 casos de cancro detetados se referem apenas ao projeto de intervenção precoce, havendo em Portugal muitos mais casos, vários diagnosticados de forma tardia, o que contribui para que a taxa de mortalidade seja inferior a 50% a cinco anos.

“Se o diagnóstico for efetuado de forma precoce, as taxas de sobrevivência podem ser superiores a 80%”, refere o dirigente da Ordem dos Médicos Dentistas.

Defendendo que é essencial incrementar a utilização dos cheques emitidos pelos médicos de família, a Ordem entende que é necessário conhecer os sinais de alerta para o cancro oral: feridas que não cicatrizam em duas semanas, alterações de cor da mucosa oral, aumentos de volume inexplicados, perdas de sensibilidade ou de mobilidade da língua.

Em Angola
Uma operação coordenada pela polícia angolana resultou na apreensão de mais de 11 toneladas de medicamentos diversos em...

Os resultados da operação "Jiboia II", enquadrada nas ações da Organização Internacional de Polícia Criminal e da INTERPOL, que decorreu entre 19 e 22 de agosto passado, foram apresentados em Luanda, em conferência de imprensa.

A operação, que decorreu em simultâneo no Malaui, Tanzânia, Zâmbia, África do Sul, Moçambique e Suazilândia, teve como resultado global a apreensão de cerca de 160 toneladas de medicamentos, que resultou igualmente na detenção de 509 pessoas e o encerramento de cerca de 20 lojas de fornecimento.

Em Angola, a quantidade de medicamentos apreendidos - contrafeitos, conservados de forma incorreta, com o prospeto sem tradução para português e vendidos em mercados informais - está avaliada em cem milhões de kwanzas (707,7 mil euros).

A província de Luanda destaca-se nos resultados obtidos, com um total de 5.350 quilogramas de medicamentos apreendidos, seguido de Cabinda, com 2.964 quilogramas, e Cunene, com 303 quilogramas.

Segundo o diretor-geral de inspeção do Ministério da Saúde de Angola, Miguel dos Santos de Oliveira, os fármacos chegam ao país por via terrestre e têm a origem fundamentalmente na China, Índia, República Democrática do Congo e Nigéria.

O responsável adiantou que os medicamentos entram maioritariamente pela fronteira terrestre do Luvu e Massabi, além de outros pontos sem o controlo das autoridades, escondidos entre mercadorias, nomeadamente carvão.

Miguel dos Santos de Oliveira referiu que os remédios apreendidos são sobretudo para o tratamento de disfunção erétil e hormonais, antipalúdicos, antibióticos, estimulantes sexuais e anabolizantes.

No decurso da operação, foram detidos 33 indivíduos, entre os quais um cidadão da República Democrática do Congo.

Em Angola, a operação foi coordenada pelo Serviço de Investigação Criminal, contando com a colaboração de departamentos dos Ministérios da Saúde e do Comércio, e da Administração Geral Tributária.

Eurostat
A pneumonia é a doença pulmonar que mais mata em Portugal, ao contrário dos restantes Estados-membros da União Europeia onde é...

Em Portugal, segundo o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia(UE), que divulga dados de 2012, morreram 17.583 pessoas de doença pulmonar, o que representa 16,3% dos óbitos nesse ano.

A pneumonia (38,6%) foi a principal causa de morte por doença pulmonar, seguindo-se o cancro do pulmão (20,9%) e bronquite e outras afeções crónicas (15,9%).

Na UE as doenças do aparelho respiratório provocaram 671.900 mortes, o que representa 13% do total de óbitos.

O cancro do pulmão foi a doença que mais mortes causou na UE (40%) e em todos os Estados-membros à exceção de Portugal, seguindo-se a bronquite e outras afeções (24%) e a pneumonia (19%).

Em Portugal morrem mais homens (56,1%) do que mulheres (43,9%) devido a doenças pulmonares, tendência que também se verifica na média da UE, com, respetivamente, 59,3% e 40,7%.

No primeiro semestre do ano
A Linha SOS Voz Amiga recebeu 1.546 pedidos de ajuda no primeiro semestre do ano relacionados com problemas de solidão,...

O Centro SOS Voz Amiga, o primeiro telefone de ajuda na área da prevenção do suicídio que surgiu em Portugal, é um serviço de ajuda pontual em situações agudas de sofrimento causadas pela solidão, ansiedade, depressão e risco de suicídio.

Nos últimos anos, tem vindo “a acontecer um aumento significativo de apelos”, disse Maria, uma voluntária do serviço, que funciona diariamente das 16:00 às 24:00 e que pode ser contactada através dos números 213544545, 912802669 e 963524660.

Segundo dados divulgados, a propósito do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, que hoje se assinala, em 2013 foram feitos 1.271 apelos, número de subiu para 2.126 no ano passado (40%).

Nos primeiros seis meses do ano, a linha recebeu 1.546 chamadas, a maioria feita por mulheres (776), contra 489 feitas por homens. As restantes foram “chamadas silenciosas”.

A maior parte das chamadas realizadas este ano (606) foi motivada por problemas relacionadas com solidão, angústia, pânico, luto e sexualidade e por doenças (569), como depressão, doenças psíquicas e físicas e dependências.

Houve ainda 473 chamadas motivadas por problemas afetivos e familiares, 119 por ideias suicidas e 116 por problemas socioeconómicos.

Desde que foi criado em 1978 pelo psiquiatra Fragoso Mendes, da Liga Portuguesa de Higiene Mental, o SOS Voz Amiga, que é assegurado por voluntário, atendeu milhares de pessoas de todo o país.

Maria disse que o centro precisa de mais voluntários para cumprir o objetivo do atendimento de 24 horas diárias, uma vez que “o sofrimento não tem horas marcadas”.

“Atualmente os voluntários não chegam a 30 e seriam necessários 70 para cumprir esse objetivo”, adiantou.

Este serviço já evitou muitos suicídios devido à relação que é estabelecida entre o voluntário e o apelante. “Esse é que é o milagre deste telefone” motivado pelo facto de, “na conversa, não haver rosto, apenas coração a coração”.

“Quando a relação é estabelecida nós conseguimos diminuir o pico do sofrimento que a pessoa está e esta começa a fazer um caminho connosco”, voltando a ligar ou procurar ajuda médica, apesar de muitos apelantes já estarem a ser acompanhados clinicamente adiantou a voluntária.

“Há pessoas com ataques de pânico que nos ligam mais do que uma vez durante o dia. Não há limitação, a pessoa liga as vezes que precisar”, sublinhou.

Maria defendeu a importância de divulgar-se este serviço, porque “ainda há um grande estigma das pessoas a falar na palavra suicídio. Este estigma é terrível porque afasta as pessoas”.

Nesse sentido, apelou às pessoas que “não se inibam de falar com alguém quando estiverem em sofrimento, porque há sempre alguém do outro lado da linha”.

Além disso, sublinhou, “a depressão tem tratamento” e “mesmo que se esteja no fundo do poço, há sempre uma esperança”.

Recomendação da OMS
OMS recomenda vacinação só para grupos de risco em países onde a incidência é baixa, como Portugal. Direção-Geral da Saúde...

A Direção-Geral da Saúde está a estudar a hipótese de deixar de vacinar todos os bebés contra a tuberculose. Uma mudança de estratégia que tem a aprovação da Organização Mundial da Saúde e que foi já tomada pela maior parte dos países europeus para ajudar a resolver o problema da falta de vacinas da BCG.

 

Em Portugal, neste momento há 20 a 30 mil bebés que ainda não foram vacinados. A subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse ao Diário de Notícias que esta hipótese "vai ser avaliada já na próxima reunião", que deve ser neste mês, e admite que é uma solução bastante "viável" que não coloca em risco a saúde pública. A prevenção passará por testar e tratar precocemente.

Recrutamento
Um grupo hospitais árabe está a oferecer 12 mil euros por mês, livres de impostos, a 30 médicos portugueses que queiram ir...

Trata-se da segunda vez que este grupo de hospitais recruta médicos em Portugal, tendo da primeira sido escolhidos quatro profissionais portugueses.

Os médicos que este grupo procura, segundo o Diário Digital, têm de ter uma experiência mínima de três anos após a especialidade de neurocirurgia, pediatria, anestesiologia, medicina intensiva, urologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, obstetrícia e ginecologia, cirurgia-geral, cardiologia e ortopedia.

O grupo está igualmente a recrutar médicos jovens e recém especialistas de dermatologia, radiologia, medicina intensiva, e medicina dentária.

O grupo oferece um salário livre de impostos - entre oito mil euros e 12 mil euros -, “alojamento para o agregado familiar, seguro de saúde familiar, até 44 dias de férias pagas, passagens aéreas e prémios”, segundo o anúncio, que consta do site da Ordem dos Médicos.

Especialista diz
O biólogo e físico espanhol Ricard Solé afirmou em Coimbra que dentro de dez anos os robôs terão capacidade para aprender com...

"Nos próximos dez anos, os robôs vão estar em casa, vão aprender com o humano, vão falar com ele, vão ser inteligentes e nós vamos criar uma relação muito forte com robôs", disse Ricard Solé, autor da obra "Vidas Sintéticas" e líder do Laboratório de Sistemas Complexos, em Barcelona, Espanha.

Para o físico focado em biologia sintética, o robô, ao poder ser uma "extensão do ser humano que aprende, tem perceção e memória", pode levar à definição de uma nova entidade "entre robô e humano", escreve o Sapo.

Fascinado com essa possibilidade, Ricard Solé admite que não sabe "como é que isso vai afetar as pessoas", mas está seguro que "vai acontecer no curto prazo".

Segundo o investigador, um "robô com capacidade de aprender e com autonomia suficiente para andar" vai partilhar "memórias, perceções e personalidades".

"Um cão ou um gato não falam, mas os donos criam uma relação muito forte com os seus animais domésticos. Imagine-se alguém que fala com a pessoa, que evolui no pensamento e que se pode lembrar de coisas", apontou o investigador, que apresenta esta quinta-feira uma palestra no Encontro Português de Inteligência Artificial (EPIA), que decorre até sexta-feira no Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra.

Recordando o filme "Robot and Frank", que aborda uma pessoa com Alzheimer que cria uma relação com um robô que tem memória, o cientista catalão considerou que "isso pode realmente acontecer".

Hoje, já há "robôs que desenvolvem uma gramática, que não é programada, já há robôs que mentem, mas inconscientemente, ou um robô que se reconhece ao espelho", constatou.

No entanto, o caminho trilhado pela ciência não parece levar à criação de máquinas imprevisíveis. Para isso, a máquina "tem de fazer escolhas" e, na sua perspetiva, as máquinas "não têm consciência e ainda não têm o conceito de tempo".

Segundo Ricard Solé, está-se "num momento histórico" em relação à vida artificial, considerando que a partir da biologia sintética e da inteligência artificial podem-se "não apenas estudar sistemas, mas fazer sistemas e reinventar as maiores transições e, por exemplo, construir uma célula artificial e tentar perceber como a evolução foi feita e ver se há outras formas de evoluir, outras transições".

Por exemplo, no seu laboratório, ao se abordarem transições sintéticas e sistemas complexos, estuda-se a "modificação de bactérias que se podem comportar e comunicar como uma colónia de formigas".

Outra possibilidade é a criação de organoides, uma espécie de híbrido entre órgãos sólidos e líquidos (como o sangue) que sejam introduzidos no corpo e depois desintegrados por ativação de um feixe de luz, que é "um enorme espaço vazio ainda não explorado" e, apesar de ainda ser "ficção científica, é possível".

"É um enorme potencial para a biomedicina", sublinhou, considerando que os desenvolvimentos em torno da biologia sintética podem fazer com que "um homem chegue aos 80 anos com um corpo de 50. Nós podemos fintar o envelhecimento", frisou Ricard Solé.

 

O EPIA começou na terça-feira, tendo já participado Hélder Coelho, um dos pais da inteligência artificial em Portugal, e François Pachet, diretor do Laboratório de Informática da SONY, em Paris.

Estudo
A doença de Alzheimer aparece de forma espontânea ou por predisposição genética, mas um grupo de investigadores descobriu agora...

O estudo publicado na revista Nature ainda é incipiente, deve ser completado com testes adicionais e "não significa que o Alzheimer seja transmitido por contacto direto entre humanos", destacou John Collinge, diretor da equipa da University College London, responsável pela investigação.

No entanto, segundo o Sapo, esta equipa da cientistas descobriu que existe uma hipótese de transmissão deste tipo de demência enquanto investigava a doença de Creutzfeldt-Jakob.

Os especialistas analisaram o cérebro de oito pessoas que morreram com idades entre os 36 e os 51 anos com Creutzfeldt-Jakob. As pessoas em causa tinham contraído a doença após se submeterem, ainda na década de 80, a um tratamento com hormonas do crescimento extraídas cirurgicamente da hipófise de outros corpos.

Ficou comprovado que milhares de pessoas que receberam essas hormonas, num procedimento realizado no Reino Unido entre 1958 e 1985, acabaram por desenvolver Creutzfeldt-Jakob.

Acredita-se que as hormonas extraídas da hipófise transportavam agentes infeciosos (priões) da Creutzfeldt-Jakob.

Ao estudar esses oito cérebros, a equipe de Collinge descobriu em seis deles a presença de beta-amiloides associados à doença de Alzheimer. Em quatro casos, os depósitos das proteínas estavam estendidos, o que indica que nenhum dos pacientes apresentava sinais de sofrer da versão hereditária da doença.

Os especialistas acreditam que o tratamento com estas hormonas de crescimento implantadas em todos os pacientes pode estar relacionada com a origem da Doença de Alzheimer nestes pacientes, assim como da Creutzfeldt-Jakob, por transmissão durante a neurocirurgia.

Os fragmentos da proteína beta-amiloide podem aderir às superfícies dos instrumentos utilizados no procedimento cirúrgico e resistirem à esterilização convencional, explicam os cientistas. "É possível que haja três maneiras de essas proteínas serem geradas no cérebro. Podem aparecer espontaneamente com a idade, que haja um gene defeituoso ou que surjam após a exposição a um acidente médico. Essa é a nossa hipótese", explicou Collinge, citado pela agência espanhola EFE.

O mesmo investigador ressalta, no entanto, que não há provas de transmissão epidemiológica que sugiram que a doença possa ser transmitida por transfusão de sangue, acrescentando que esta demência não é uma "doença contagiosa".

Estudo defende
Um conjunto de investigadores publicou um novo estudo defendendo a toma de antirretrovirais para prevenir a transmissão da...

"A redução impressionante dos casos de VIH entre as pessoas que tomam a profilaxia de pré-exposição, sem aumento notável de outras infeções sexualmente transmissíveis, é confortante do ponto de vista clínico e comunitário, assim como para todos os atores de saúde pública", ressaltam os autores do estudo publicado na revista médica The Lancet.

Os investigadores declaram-se "muito favoráveis" à integração deste tratamento nas "ferramentas atuais de prevenção" colocadas à disposição de homossexuais expostos ao risco de infeção.

Realizado no Reino Unido desde novembro de 2012, o estudo PROUD acompanhou 544 homossexuais não infetados mas que tinham tido uma ou mais relações desprotegidas nos 90 dias anteriores, escreve o Sapo.

Metade deles passou a receber uma dose diária de Truvada, um antirretroviral que combina tenofovir e emtricitabina, do laboratório norte-americano Gilead Sciences, enquanto os outros receberam o tratamento de maneira diferente, um ano depois. Apenas três infeções foram observadas no primeiro grupo, contra 20 no segundo, uma redução relativa do risco na ordem dos 86%, segundo a equipa da epidemiologista Sheena McCormack.

Mas desde outubro de 2014, quase um ano antes da publicação dos resultados definitivos, os responsáveis pelo estudo decidiram dar o Truvada a todos os participantes.

Os autores de um estudo francês semelhante, intitulado Ypergay, também decidiram permitir que todos os participantes beneficiassem do Truvada, alcançando resultados semelhantes.

Apesar da experiência bem sucedida em vários testes clínicos, o tratamento preventivo contra a Sida continua a ser pouco prescrito em todo o mundo, especialmente por causa do seu custo elevado (cerca de 10.000 euros por ano por doente). Os efeitos secundários mais comuns são dores de cabeça, náuseas e perda de peso.

"Os serviços nacionais de saúde têm restrições financeiras, mas não podem ignorar os resultados do estudo PROUD e Ypergay", ressaltam os autores deste estudo britânico.

Num comentário anexo à investigação, os médicos Kenneth Mayer e Chris Beyrer, dois especialistas norte-americanos em saúde pública, defendem que "é preciso desenvolver serviços de prevenção contra a Sida a uma escala internacional oferecendo sistematicamente tratamentos preventivos".

A necessidade de deitar tudo fora
Ao contrário dos acumuladores, os "desacumuladores" têm uma obsessão em deitar coisas fora. A "desacumulação...

Annabelle Charbit sempre odiou “coisas”. E sempre as odiou de tal forma que, desde pequena, ganhou o hábito de deitá-las fora. Aos cinco anos, escondia os brinquedos no quarto do irmão mais novo. Aos dez, costumava abandonar os seus pertences nas esquinas do bairro onde vivia, em Londres. Aos 13, descobriu as lojas de caridade, onde deixava malas cheias de tralha que levava de casa sem os pais darem conta, escreve o Observador.

Quando saiu de casa dos pais e foi viver sozinha, Anabelle Charbit, então com 20 anos, continuou a alimentar o seu estilo de vida minimalista. Até os candeeiros deitava fora. “Cheguei a ficar na semi-escuridão”, contou à revista The Atlantic. Mas o pior pesadelo de Annabelle eram os aniversários. Fazer anos, significava receber prendas, “coisas”. E as coisas eram um grande problema, porque obrigavam-na a arranjar uma forma de se desfazer delas.

Foi só mais tarde que Annabbelle Charbit, hoje com 40 anos, descobriu que sofria de um tipo de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) — a “desacumulação”, que se caracteriza por uma necessidade constante de deitar coisas fora. Ao contrário da acumulação compulsiva, que foi reclassificada como um tipo de transtorno psiquiátrico em 2013, a “desacumulação” é geralmente descrita como uma manifestação do TOC.

Ser organizado, deitar coisas foras e ser eficiente é aplaudido na nossa sociedade porque é produtivo. Mas, se alguém não consegue tolerar a desarrumação e não consegue parar de limpar ou de deitar coisas fora, então estamos perante um sintoma”, explicou à Atlantic Vivien Diller, uma psicóloga norte-americana que trabalha diretamente com “desacumuladores”.

Apesar da necessidade de “desacumular”, Vivien Diller garante que os seus pacientes raramente se queixam de serem “demasiado eficientes ou de deitarem coisas fora”. O principal problema são os outros sintomas do TOC. “Não conseguem dormir e sentem-se nervosos e irritados. Sentam-se no meu consultório e começam a endireitar as almofadas. Não se sentem confortáveis se não estiver tudo em ordem”, contou a psicóloga.

Ainda não se sabe ao certo quais são as causa do TOC. O que se sabe, porém, é que este tipo de transtorno psiquiátrico faz com que os doentes tenham pensamentos obsessivos, que geram um tipo de ansiedade que só pode ser aliviado através da realização de uma tarefa em particular. É o alívio que esta tarefa traz que faz com que aqueles que sofrem de TOC continuem a realizá-la.

 

Ao realizarem o ritual, os doentes ficam temporariamente aliviados, e isso faz com que continuem a fazer o mesmo ritual”, explicou Michael Jenike, professor de psicologia na Universidade de Harved e criador do programa de tratamento de obsessivo-compulsivos no Hospital de Massachusetts. “Por isso fazem-no vezes e vezes sem conta”.

Best Medical Opinion
Os Cidadãos dispõem, a partir de agora, de um novo serviço médico-legal privado, para lá do existente no contexto público.

Tem sido considerável o crescimento do número de Advogados e Cidadãos que solicitam a avaliação, com base documental, de processos que terminam na morte ou em danos graves da pessoa. Segundo o Diretor da Best Medical Opinion (BMOp), Pedro Meira e Cruz, “não é raro haver dúvidas, junto de familiares de vítimas mortais e seus representantes legais, sobre se há fundamento para se avançar para processos judiciais. Por outro lado, existem muitas vezes divergências de opinião médico-legal, quer em contexto de avaliação de dano em pessoas vivas, quer em contexto de avaliação post-mortem, em âmbito judicial e extrajudicial”.

Dada esta necessidade crescente, a BMOp decidiu passar a contribuir para o esclarecimento cabal das dúvidas, também neste campo. A empresa, que em 2015 completa 5 anos de existência, alargou o leque de pareceres à área médico-legal. Uma primeira reunião/consulta, a pedido do Cliente, tem um custo dedutível no valor final do parecer, feito por Médicos que colaboram com a Best Medical Opinion. Os Pareceres Médico-Legais, baseados em elementos clínicos e outras peças processuais facultados pelo Cliente, são sempre assinados por Médicos com formação específica ministrada em colaboração com o INMLCF - Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses. Este novo serviço está integrado nas atividades periciais, já desenvolvidas pela empresa, com Peritos disponíveis para comparecerem em diligências como, por exemplo, em Tribunal.

Fica assim materializada uma segunda - ou mesmo primeira - via, paralela à disponibilizada pelas Entidades Públicas. Uma nova realidade que, assegura Pedro Meira e Cruz, representa também o lema da Best Medical Opinion, “Uma instituição independente, ao serviço dos Cidadãos e da Justiça, na saúde e na doença.”, que se estende à nova imagem da empresa. Os novos logotipo e grafismo procuram acentuar modernidade e arrojo, associados a confiança e tranquilidade, indispensáveis em processos desta natureza.

O serviço médico-legal, agora anunciado, acompanha uma tendência de aumento de processos, que vem crescendo sustentadamente. Nos primeiros 4 anos de atividade, a BMOp registou um número médio anual de 100 casos. Para 2015, o diretor da empresa prevê “um balanço final, em Dezembro, acima dos 150 pedidos. É uma realidade que muito nos satisfaz, também por nos sentirmos úteis na concretização de mais e melhor justiça em Portugal.”

Obesidade e excesso de peso diminuíram
As crianças com baixo peso estão a aumentar em Portugal, tendo a obesidade e o excesso de peso diminuído nos últimos anos,...

O Childhood Obesity Surveillance Initiative (COSI) monitoriza a obesidade infantil em vários países europeus, sendo coordenado e conduzido cientificamente pelo Instituto nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), em articulação com a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Para esta terceira fase do COSI Portugal (2012/2013), foram avaliadas 5.935 crianças com seis (30%), sete (44,6%) e oito (25,4%) anos de idade, de 196 escolas do primeiro ciclo do ensino básico.

O grupo etário alvo é considerado chave, pois “precede a puberdade e é fundamental para prever a obesidade na idade adulta”.

De acordo com o relatório do período 2012/2013, a prevalência de baixo peso foi de 2,7% em 2013. Em 2010, esse valor era de 0,8% e de 1% em 2008.

A prevalência de baixo peso foi maior na região dos Açores (13%).

Ana Isabel Rito, do Departamento de Alimentação e Nutrição do INSA e uma das autoras do relatório, disse que “estes resultados não podem ser vistos de forma isolada”.

“Preocupa-nos os dois lados desta mesma moeda: uma criança com má nutrição é uma criança que pode apresentar excesso de peso e obesidade ou baixo peso para a idade”, afirmou.

Para esta nutricionista, “os condicionantes que levam à apresentação desta doença são explicados pelo mesmo fenómeno, a situação socioeconómica das famílias e muitos outros fatores que contribuem para estes resultados”.

O COSI Portugal 2013 dá conta de uma diminuição da prevalência de excesso de peso e da obesidade.

Segundo os dados agora conhecidos, em 2013 a prevalência do excesso de peso, incluindo obesidade, foi de 31,6% (35,7% em 2010 e 37,9% em 2008) e a obesidade atingia os 13,9% (14,7% em 2010 e 15,8% em 2008).

Apesar desta “evolução positiva”, os autores lembram que Portugal continua a ser um dos países com maior prevalência de excesso de peso e obesidade infantil.

O excesso de peso foi mais significativo nas crianças com oito anos, comparando com as de seis e sete anos.

Aos sete anos, as raparigas mostraram quase sempre maior prevalência de baixo peso, excesso de peso e obesidade, em comparação com os rapazes.

A maior prevalência de excesso de peso registou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo (26,2%), enquanto o Centro foi a região com maior prevalência de obesidade (9,1%).

Para Ana Isabel Rito, todas estas crianças sofrem de “fome nutricional”. São crianças que não comem o que necessitam para

“Preocupa-me o facto de termos uma em cada três crianças com excesso de peso e quase três por cento com baixo peso para a idade”, disse, acrescentando que, “muito provavelmente, estarão relacionadas com as questões socioeconómicas que as famílias têm vindo a passar nos últimos anos”.

“Ainda há muito a fazer, principalmente do apoio a estas famílias no sentido delas conhecerem os alimentos mais interessantes – que não são necessariamente os mais caros – para a saúde dos seus filhos. E este é o passo que temos de dar a seguir”, defendeu.

Segundo Ana Isabel Rito, as preocupações sentem-se “quer de um lado, quer do outro”. “Ainda temos prevalências elevadas ao nível da obesidade e do excesso de peso, e também com o baixo peso”, frisou.

“Provavelmente devemos incluir estas crianças [com baixo peso para a idade] nestas abordagens, para que se possa melhorar o estado nutricional das mesmas”, disse.

15 de setembro – Dia Mundial do Linfoma
Iniciativa da Associação Portuguesa Contra a Leucemia pretende alertar os portugueses para uma doença que atinge, a cada ano, 1...
10 de Setembro - Dia Mundial da Prevenção do Suicídio
O bastonário da Ordem dos Psicólogos apelou à população para estar atenta aos sinais de alerta do suicídio para poder ajudar...

“Hoje em dia temos formas de intervenção terapêutica que, em alguns casos, podem reduzir os suicídios futuros em mais 50%”, disse Telmo Mourinho Baptista, que falava a propósito do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, que se assinala na quinta-feira e tem esta ano como tema “Chegar mais próximo e Salvar Vidas”.

Mas, defendeu o bastonário, para prevenir estas situações é necessário esclarecer a população sobre “os sintomas e os sinais” que podem levar ao suicídio.

“Devemos ter várias formas de mobilização da sociedade e, sobretudo, várias formas de intervenção, seja no esclarecimento da população sobre os sintomas e os sinais que possam aparecer, seja nas respostas de proximidade para as pessoas”, explicou.

Estas respostas de proximidade podem ser asseguradas por linhas telefónicas de apoio, mas também nos cuidados de saúde, disse Telmo Mourinho Baptista.

Contudo, muitas vezes as pessoas não dão sinais exteriores de que estão doentes e não recorrem aos cuidados de saúde

Para o bastonário, esta situação deve ser combatida com campanhas que deem mais conhecimento às pessoas sobre esta realidade para que possam auxiliar o doente.

“Há alterações de comportamento e de humor que são significativas e que permitem que se diga às pessoas para consultarem os profissionais de saúde para que possam ter um melhor nível de cuidados”, frisou.

Outra situação que ainda impede as pessoas de pedirem ajuda é o estigma social que existe em relação às doenças do foro psicológico.

”Infelizmente ainda há algum estigma social na procura de apoio para perturbações mentais e também compete a todos” combatê-lo, disse, advertindo: “É bom que as pessoas saibam que uma perturbação psicológica pode atingir qualquer pessoa - e não são motivos de vergonha - e que existem formas de intervenção eficazes que podem levar à sua total recuperação”.

Telmo Mourinho Baptista lembrou ainda que nos momentos de crise, em que as sociedades estão mais vulneráveis, existe uma tendência para maiores níveis de depressão e de suicídios.

A perda de uma vida humana não é só algo de dramático, como tem muitas implicações”, sublinhou o bastonário, recordando dados da Organização Mundial da Saúde que referem que uma pessoa suicida-se a cada 40 segundos em todo o mundo, sendo esta a segunda causa de morte entre os jovens dos 15 aos 29 anos.

Em Portugal, o suicídio também afeta muitas pessoas com mais de 65 anos, “o que significa que temos de ter um particular cuidado com as pessoas mais seniores”, defendeu.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, os suicídios foram responsáveis por 1.053 mortes em Portugal em 2013, menos 23 face ao ano anterior, a grande maioria homens com uma média de idade próxima dos 60 anos.

A linha SOS Voz Amiga, que apoia pessoas em risco, associou-se ao Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, iniciando às 00:00 de hoje uma campanha de atendimento telefónico contínuo que vai durar 48 horas.

No 1º semestre
O número de queixas dos consumidores registadas nos livros de reclamações aumentou no primeiro semestre deste ano, face ao...

Os dados, que foram anunciados em conferência de imprensa pelo secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, no Ministério da Economia, em Lisboa, indicam que as entidades com maior número de reclamações entre janeiro e junho de 2015 foram a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) e a Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

A ASAE recebeu 72.621 reclamações, mais 4% do que no ano passado, a Anacom registou 24.564 reclamações, um valor abaixo das 31.285 reclamações verificadas na primeira metade de 2014, e a ERS teve 17.989 reclamações, mais 67% do que no ano passado.

Leonardo Mathias justificou este aumento de 67% das reclamações registadas pela ERS com o facto de esta entidade agora agregar as reclamações dos setores privado e público, o que dá “um retrato mais fiel das reclamações do setor”.

Além da ERS, que foi a entidade com maior aumento do número de reclamações no primeiro semestre de 2015, também o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) viu aumentar em 59% o número de reclamações para as 3.406 queixas.

No caso do INAC, o governante justificou este aumento de reclamações com “atrasos de voo, bagagem e cancelamento”, o que “já reflete as greves” no setor da aviação.

No setor das comunicações eletrónicas e serviços postais, a Anacom, que regula o setor, recebeu 24.564 reclamações na primeira metade do ano, 19.740 relativas a serviços de comunicações eletrónicas (abaixo do verificado no semestre anterior) e 3.491 reclamações referentes aos serviços postais (ligeiramente abaixo do registado no primeiro semestre de 2014).

O setor das comunicações é aquele em que se verifica o maior número de reclamações, prevalecendo como principais motivos os problemas com o contrato (6.694 reclamações), os problemas com equipamentos (3.086), o cancelamento de serviços (2.562) e a faturação (2.416).

No que se refere aos serviços postais, das 3.491 reclamações registadas no primeiro semestre de 2014, o atendimento ao cliente é o motivo mais invocado pelos consumidores (974), seguindo-se questões relacionadas com a falta de tentativa de entrega no domicílio (502) e o atraso na entrega (449).

No setor da eletricidade e do gás natural, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) registou 6.276 reclamações entre janeiro e junho deste ano, mais 28% do que no período homólogo em que se verificaram 4.548 reclamações.

Do universo de 6.276 reclamações do setor, 5.249 referem-se ao setor da eletricidade e apenas 1.036 são relativas ao gás natural.

Em ambos os setores, os principais motivos das reclamações dos consumidores são os relacionados com a faturação (1.564 na eletricidade e 344 no gás natural) e a qualidade dos serviços (1.100 na eletricidade e 127 no gás natural), sendo que no caso do gás natural, destaca-se ainda a interrupção de fornecimento do serviço, que gerou 186 reclamações neste período.

Já no setor da água, a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) registou 1.986 reclamações, valor que compara com as 1.500 reclamações registadas na primeira metade do ano passado.

A faturação e a leitura constituem os principais motivos de reclamação do setor (403), seguindo-se a mora, a interrupção de fornecimento e a cobrança de tarifas de restabelecimento (333).

No setor financeiro, o Banco de Portugal, responsável pelas reclamações relativas a instituições de crédito e sociedades financeiras, recebeu 3.765 reclamações, das quais 1.042 são relativas a ‘outros assuntos’ e 531 relativas a atendimento e instalações.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a quem compete a regulação da atividade dos mercados de valores mobiliários e instrumentos financeiros derivados, recebeu 1.032 reclamações, destacando-se como principal motivo os deveres de informação (568).

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde afirmou que, no que se refere à comunidade do Grande Porto, “não se registam novos casos” de ...

Em comunicado, a Direção-Geral da Saúde (DGS) reporta-se ainda ao caso específico ocorrido num estabelecimento hoteleiro do Porto, referindo que "foi notificada do diagnóstico de pneumonia devido à infeção em doente que pernoitou naquele hotel e que está atualmente internado num hospital privado em Lisboa”.

A DGS considera que, “embora a imputação causal não possa ser de imediato estabelecida, as suspeitas iniciais são agora reforçadas e justificam, nesses termos, as medidas preventivas adotadas”.

No último mês e meio foram registados 12 casos da Doença dos Legionários em pessoas residentes na região de saúde do Norte e duas delas estão hospitalizadas.

No sábado transato, o hotel da Boa-Vista, na Foz do Porto, desencadeou um tratamento da rede predial de águas por suspeita de contaminação pela bactéria da Doenças dos Legionários, todavia, a iniciativa não tem relação com os casos registados recentemente na região Norte, referiu a DGS.

Dos 12 casos identificados, e de acordo com a informação epidemiológica disponível, há duas pessoas que estiveram fora do país durante o período provável de ocorrência da infeção.

Os restantes dez casos com a Doença dos Legionários ocorreram em pessoas residentes na região do Grande Porto.

Em novembro de 2014, um surto de ‘legionella’ em Vila Franca de Xira causou 12 mortes e infetou 375 pessoas.

De acordo com o balanço feito na altura, as vítimas mortais tinham entre 43 e 89 anos e eram nove homens e três mulheres. A taxa de letalidade do surto foi de 3,2%.

O surto teve início a 7 de novembro e foi controlado em duas semanas.

18 - 20 de Setembro no Centro Cultural de Belém
Entre 18 e 20 de Setembro decorre no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, o melhor congresso da Europa para estudantes de...

Hoje em dia são vários os conflitos e os confrontos que se vivem a nível mundial. Já se perguntou como os médicos têm de adaptar as suas práticas de medicina e de ciência ao contexto de guerra para salvar vidas? Dependendo da zona do mundo em que esta ocorre, podem surgir novas doenças e situações que desafiam os profissionais todos os dias, para as quais têm que adaptar os seus conhecimentos e capacidades e juntar às suas habilidades, o seu humanismo.

Para além deste tema, o iMed Conference® trará a discussão outros assuntos como a bipolaridade tratada por quem também padece desta doença, a comunicação com os doentes em coma e alguns dos segredos mais bem guardados da medicina e da ciência.

O congresso visa inspirar os amantes da medicina e da ciência, através de um ambiente estimulante, de partilha e abertura, a despoletar interesse por temas atuais e de relevo científico que abordam alguns dos principais problemas e doenças que se vivem nos dias de hoje. Vários laureados - médicos, cientistas e investigadores - internacionais e reconhecidos mundialmente pelo trabalho que desenvolvem em áreas como a neurocirurgia, o metabolismo, a medicina regenerativa e os métodos cirúrgicos, vão estar em Portugal com a ambiciosa missão de motivar e inspirar futuros cientistas e médicos nacionais.

“Para despertar nos estudantes o espírito competitivo e a vontade de serem os melhores naquilo que fazem, criámos ainda as iMed sessions onde vão ser explicados e debatidos alguns dos mistérios mais bem guardados dos nossos tempos, num ambiente intimista, criativo e informal“, explica Diogo Luz Presidente da comissão organizadora do iMed Conference 7.0.

Estes assuntos e outros serão abordados através de palestras, de sessões científicas e criativas e de workshops práticos, nas quais os inscritos podem ter a possibilidade de participar em experiências únicas, perto dos mais reputados especialistas internacionais.

“O iMed pretende assumir uma posição inspiradora pelo facto de ser um grande evento a nível europeu, inteiramente organizado por estudantes. Nós seremos os próximos profissionais que têm na sua mão o futuro: o poder do tratamento, da cura, de compreensão das doenças e possibilidade de desenvolvimento de processos inovadores. Perante este grande desafio que é o futuro apenas temos que nos preparar no presente, derrubando as nossas próprias barreiras, inspirando alunos, docentes outros profissionais e a população em geral, mostrando do que os jovens portugueses são capazes de fazer”, avança Diogo Luz.

Este ano através da participação nas competições científicas, os alunos podem conseguir oportunidades únicas de estágios internacionais em centros de referência directamente com alguns dos cientistas mais influentes na Europa, bolsas para o desenvolvimento de investigações e mesmo bolsas de voluntariado médico em África.

O dia 17 de Setembro será dedicado a vários workshops e desafios aos estudantes de medicina, a decorrer na Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, no Campo dos Mártires da Pátria, arrancando nos restantes dias, entre 18 e 20, no Centro Cultural de Belém.

O iMed Conference® é um projeto direcionado à comunidade nacional e internacional de estudantes de Medicina e das Ciências da Vida, organizado anualmente pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa (AEFCML) que conta com o alto patrocínio de sua Excelência o Presidente da República Portuguesa e do Governo de Portugal.

Para inscrição aceda a http://www.imedconference.org/index.php#buyticket

Em Portugal
Mais de 400 acidentes domésticos ou de lazer registam-se em Portugal todos os meses, com as quedas a serem a principal causa no...

Partindo de dados dos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), investigadores do Instituto Ricardo Jorge (INSA) analisaram acidentes em casa e em lazer ocorridos entre 1 de janeiro de 2010 e 30 de setembro de 2014, período durante o qual foram reportados 24.752 casos

A distribuição por grupo etário de todos estes casos revelou proporções mais elevadas de acidentes nos homens até aos 55 anos, enquanto acima dos 55 são as mulheres as que apresentam maiores percentagens de acidentes.

“Esta observação poderá ser explicada pelo facto de os homens preferirem atividades com maior risco físico ou práticas desportivas mais radicais”, referem os autores do relatório do INSA que contém os dados do sistema EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes.

Já em relação ao predomínio de acidentes nas mulheres mais velhas, a explicação pode estar no facto de a população geral conter uma maior proporção de mulheres em idades mais avançadas.

As quedas foram as principais causas de lesões nos acidentes domésticos e de lazer, destacando-se de forma pronunciada no período analisado.

Já o tipo de lesão mais frequente resultante de acidentes em casa ou em atividades de lazer foram as contusões/hematomas, constituindo metade de todas as lesões, seguidas das feridas abertas.

O artigo do INSA recorda que os acidentes domésticos e de lazer representaram 42% das 233 mil mortes por acidente registadas na União Europeia no período entre 2008 e 2010, motivando ainda mais de 22 milhões de hospitalizações.

Mal a escola começa, regressam com ela as infestações de piolhos
Embora o ataque destes parasitas seja mais frequente no Verão, chegando a atingir 37% das crianças e
Menina na escola para ilustrar a pediculose ou piolhos

Considerada pelos especialistas como uma doença parasitária provocada por uma infestação de piolhos, a pediculose afeta tanto crianças como adultos e, apesar de ser mais frequente no couro cabeludo, pode atingir também o corpo e a zona púbica.

O piolho é um pequeno inseto, sem asas, que se fixa aos pelos e que se alimenta de sangue. Chega a medir entre três a quatro milímetros de comprimento e vive cerca de 30 dias. Uma fêmea chega a pôr cerca de 300 ovos – designados de lêndeas – de onde, ao fim de sete dias, nascem novos piolhos.

“Ao alimentarem-se, os piolhos introduzem saliva no couro cabeludo, sendo que este fato pode estar na origem de um reação de hipersensibilidade na pele que se traduz localmente por prurido e irritação”, explica Teresa Laginha, especialista em Medicina Geral e Familiar.

Afetando sobretudo crianças em idade escolar “porque as crianças mais pequenas tendem a estar em contato mais próximo umas com as outras”, o seu contágio costuma ser rápido. Por isso mesmo, “em qualquer altura, as escolas terão algumas crianças infestadas com piolhos”, adianta a especialista, sendo a sua incidência mais frequente nos meses do Verão.

Os piolhos não escolhem cabeças. “Não escolhem entre cabelos curtos, longos, limpos ou sujos, e por isso mesmo ter piolhos nada tem a ver com a falta de higiene”, afirma Teresa Laginha.

No entanto continuam a ser muitos os que escondem o assunto por vergonha. “Atualmente, a presença de piolhos está relacionada com a maior frequência de infantários e escolas. Assim associar a presença de piolhos a más condições de higiene é um mito antigo que deve ser desmistificado”, reforça.

O diagnóstico é confirmado por um exame atento aos cabelos, procurando piolhos ou lêndeas em todo o couro cabeludo, sobretudo nas zonas da nuca e atrás das orelhas.

Cuidados a ter

“É recomendado que os pais verifiquem semanalmente os cabelos das suas crianças, o que ajuda a manter a restante família livre de infestações”, explica Teresa Laginha.

Ao encontrar um piolho é aconselhado que se verifique o cabelo de todos os elementos da família e que se dê inicio ao tratamento.

É importante ainda aconselhar as crianças a não partilharem pentes, escovas do cabelo chapéus ou gorros. “Apanhar o cabelo comprido, usar touca na piscina, lavar a roupa da cama e objetos pessoais a 60 graus e aspirar a casa e o carro, deitando fora os sacos aspiradores”, acrescenta a especialista.

No entanto, “para além do cuidado de verificação constante do cabelo, podem ser utilizados determinados produtos que ajudam na prevenção contra a pediculose”.

Tratamento da pediculose

De acordo com Teresa Laginha para o tratamento da pediculose devem ser utilizados produtos específicos para o combate aos piolhos, “fazendo dois tratamentos com um intervalo de sete dias” para garantir que o ciclo dos piolhos está completamente terminado.

Mas desengane-se se pensa que só se tem piolhos uma vez na vida! A verdade é que vários investigadores apontam para o aumento da resistência dos piolhos aos produtos químicos, habitualmente utilizados nos tratamentos de farmácia.

“Outras razões para o insucesso do tratamento são: a demora no diagnóstico que favorece a rápida multiplicação dos piolhos, não seguir as instruções dos produtos de tratamento - não utilizar a quantidade suficiente do produto, não respeitar a duração do tratamento ou não remover os piolhos e lêndeas através de um pente próprio”, explica a especialista.

O contato com crianças ou adultos não tratados, e a incorreta limpeza e desinfeção do ambiente são também responsáveis pela reincidência desta doença parasitária.

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Programa WhySchool
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De acordo com a Aliança Europeia contra a Depressão em Portugal (Eutimia), o programa WhySchool vai abranger 16 agrupamentos de escolas, contando com o apoio dos centros de formação de professores e das autarquias.

O objetivo da formação dos professores é “melhorar a literacia e as aptidões na gestão dos problemas de saúde mental, em particular na identificação de casos, triagem, referenciação e apoio aos casos em risco”.

Ao todo, serão beneficiados cerca de 100 mil estudantes, entre os 12 e os 18 anos, assim como os respetivos pais e encarregados de educação.

A formação visa “melhorar o acesso dos jovens aos cuidados de saúde mental, já que atualmente apenas 10 a 15% das crianças e adolescentes com problemas de saúde mental recebe ajuda”, lê-se no comunicado da Eutimia.

Para tal, será disponibilizada uma plataforma de e-learning com conteúdos educativos na área da saúde mental dos adolescentes e depressão, dirigidos a professores e educadores e um website para os jovens e encarregados de educação, que serão utilizados pelos professores na sala de aula.

Uma campanha nacional de sensibilização para o bulling e o ciberbulling está igualmente prevista.

Este projeto, financiado pelo programa Iniciativas em Saúde Pública/EEA Grants, que em Portugal é operado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), conta com o apoio dos especialistas internacionais em saúde mental e suicídio na adolescência Lars Mehlum e Stan Kutcher.

Estes especialistas vão participar na conferência “Prevenção do Suicídio: Responsabilidade Partilhada”, que se realiza quinta-feira, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, em Beja.

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