16 de Outubro - Dia Mundial da Coluna
Campanha "Olhe Pelas Suas Costas" alerta para os riscos de ficar muito tempo sentado ou levantar pesos no local de...

Transportar materiais pesados, fazer movimentos repetitivos ou estar sentado durante longos períodos de tempo são exigências da vida profissional que, segundo o jornal Público, podem trazer consequências a longo prazo para a saúde. O alerta é feito pela campanha “Olhe Pelas Suas Costas”, que pretende sensibilizar para os riscos inerentes a atitudes incorretas no local de trabalho, no âmbito do Dia Mundial da Coluna, que se assinala a 16 de Outubro.

“As dores nas costas representam uma das principais causas de absentismo laboral em todo o mundo e são um dos principais motivos de visita ao médico”, alerta Paulo Pereira, neurocirurgião e coordenador nacional da Campanha Olhe Pelas Suas Costas, que explica ainda que as dores nas costas podem surgir tanto em empregos sedentários, como naqueles que exigem maior esforço físico.

O risco está em fazer “movimentos repetitivos”, característicos nas profissões que exigem grande esforço físico, ou em “ficar sentado durante longos períodos de tempo”, podendo “provocar lesões na coluna vertebral”, explica Paulo Pereira.

Em comunicado, os intervenientes da campanha lembram que, de acordo um relatório do Observatório do Risco da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, “Portugal está entre os países europeus com mais trabalhadores com problemas do foro músculo-esquelético provocados pela atividade física desenvolvida no trabalho”. Outro estudo realizado no âmbito desta campanha indica que “28,4% dos portugueses referem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou comprometida de alguma forma pelo facto de terem dores nas costas e mais de 400 mil portugueses, em cada ano, faltam ao trabalho por este motivo”.

De forma a minimizar os riscos de dores nas costas, quem trabalha durante largas horas em frente ao computador deve “sentar-se com os joelhos um pouco mais altos que as ancas, colocar o monitor ao nível dos olhos e fazer pequenos intervalos, levantar-se e dar alguns passos periodicamente”, lembram os responsáveis pela campanha Olhe Pelas Suas Costas. Já quem costuma carregar objetos pesados no trabalho, “deve optar por segurá-los perto do corpo e, se possível, obter ajuda para o transporte de forma a distribuir a carga”, aconselhando-se também o uso de calçado adequado e a realização de curtas caminhadas para exercitar os músculos.

A campanha Olhe Pelas Suas Costas conta com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia, da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia.

Estudo sugere
Um determinado tipo de bactéria presente no muco vaginal pode tornar certas mulheres mais resistentes à infeção pelo HIV, o...

O muco da vagina e do colo do útero pode agir como uma barreira contra micro-organismos causadores de doenças, escreve o Diário Digital. Segundo investigadores da Universidade da Carolina do Norte, uma espécie particular de bactéria, chamada de Lactobacillus crispatus, seria capaz de exercer uma espécie de barreira contra o HIV.

Eles chegaram à conclusão após analisar amostras de mucos de 31 mulheres em idade reprodutiva. Em laboratório, ficou claro que a presença desse tipo específico de bactéria fazia com que o muco “prendesse” as partículas de HIV. Os cientistas não sabem, ainda, como é possível aumentar a população desse micro-organismo na vagina das mulheres. As informações são do site ScienceDaily.

Trata-se de um estudo pequeno, feito somente em laboratório, mas a descoberta pode abrir caminho para novas formas de reduzir o risco ou mesmo bloquear a transmissão vaginal do HIV.

O que se tem certeza, até agora, é que determinadas DST, como a vaginose provocada pela, podem facilitar a infeção pelo HIV. Portanto, evitar essas doenças também é uma maneira de se proteger contra o vírus da sida.

Estudo faz ranking de cuidados paliativos no mundo
Veja como ficou classificado Portugal na lista dos melhores países para se morrer.

Existem muitas listas que mostram os lugares com melhor qualidade de vida, escreve o Diário de Notícias, mas o estudo do instituto Economist Intelligence Unit é um dos poucos que mostra os lugares com melhor "qualidade de morte". O Quality of Death Index avalia os países onde se morre com mais conforto e atenção médica. Na versão mais recente, o Reino Unido surge em primeiro lugar. Portugal aparece em 24º.

O relatório, que é o segundo sobre o tema, atualizando e completando a primeira edição publicada em 2010, mostra que o Reino Unido é o melhor país onde morrer, proporcionando mais conforto nos últimos dias de vida. Seguem-se-lhe a Austrália, a Nova Zelândia, a Irlanda e a Bélgica. Os países mais bem colocados na lista são os mais ricos, mas o Economist Intelligente Unit fez rankings separados para permitir comparar também entre si os países de rendimento médio e de rendimento inferior.

Portugal surge em 24º lugar no ranking de "qualidade de morte" organizado pelos investigadores, entre Espanha e Israel. No perfil que fizeram aos cuidados paliativos em Portugal, os investigadores destacam que o seu desenvolvimento se encontra num estado "adequado", com transparência crescente no que toca a divulgar as informações aos doentes. Apesar do número insuficiente de profissionais de cuidados de saúde dedicados ao final de vida, os investigadores sublinharam, porém, que existem mais oportunidades de formação para quem queira trabalhar nessa área. Elogiaram ainda a gratuitidade do sistema de saúde e do apoio psicológico aos doentes terminais.

Entre os países de médio rendimento, destacam-se a Costa Rica, o Panamá e a Argentina. E uma das grandes surpresas da lista, destaca a Quartz, é a Mongólia, o país mais bem colocado entre os de baixo rendimento, que apesar disso é um país com melhores condições na morte do que a maioria dos países de rendimento médio, incluindo o Brasil, a África do Sul e a Hungria. A qualidade dos cuidados paliativos na Mongólia, que surge em 28º na lista, deve-se principalmente ao trabalho da pediatra Odontuya Davaasuren, que fundou a Sociedade de Cuidados Paliativos da Mongólia, mesmo antes de existir terminologia no país para descrever os cuidados paliativos.

Para criar o ranking, os investigadores basearam-se em vários critérios: o ambiente dos cuidados paliativos em particular e dos cuidados de saúde em geral; os recursos humanos; o preço e a qualidade dos cuidados paliativos; e o envolvimento na comunidade em geral. Para tirarem as suas conclusões, estudaram os dados oficiais de cada estado, e realizaram entrevistas com peritos em cuidados paliativos.

Despertares
Portugal e oito países assinalaram primeiro Dia Europeu do Despertar, dedicado às vítimas de coma e às suas famílias.

Se tivesse de fazer um filme da sua vida, Paulo Sequeira, 48 anos, teria uma tela a negro quando chegasse a dezembro de 2005, escreve o Diário de Notícias. Lembra-se de jantar em casa dos pais, de ir no carro com a agora ex-mulher e os dois filhos, na altura com oito e dez anos... e de mais nada. Foram abalroados por um carro que os lançou para fora da estrada. Sabe porque lhe contaram, como também contaram que o outro condutor ia com álcool e que morreu.

"Estive três semanas em coma. Mas só comecei a ter consciência um mês e meio depois. Não me lembro de nada enquanto estive no hospital de Santa Maria e em Leira só começo a ter memória da segunda semana. Fiquei muito admirado porque tinha uma cama com grades ao meu lado", conta Paulo. Ontem esteve na conferência que se realizou na escola Nacional de Saúde Pública, para assinalar o primeiro Dia Europeu do Despertar, dedicado a quem passou pelo coma.

Portugal juntou-se a nove países europeus: Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Grécia, Itália, Lituânia e Espanha. A iniciativa está relacionada com o projeto Lucas, coordenado por uma organização não governamental italiana, que tem como objetivo criar uma rede europeia de partilha de informação e experiências e tem o apoio do Parlamento Europeu.

Estudo
Níveis elevados de atividade física parecem estar relacionados com um menor risco de insuficiência cardíaca, diz novo estudo. E...

É provável que já se tenha habituado à ideia feita de que 30 minutos de exercício físico por dia é o suficiente para um estilo de vida saudável e um coração mais descansado. Parece que afinal, pode não ser bem assim, escreve o Observador. Um novo estudo divulgado esta segunda-feira na publicação científica Circulation vem mostrar que esse tempo de exercício pode não chegar, escreve o Washington Post.

Os investigadores tiveram em conta 12 estudos que envolveram um total de 370,460 homens e mulheres com diferentes níveis de atividade física. O grupo foi acompanhado ao longo de 15 anos e durante esse período de tempo registaram-se 20,203 insuficiências cardíacas. E como cada um dos participantes reportou diariamente as suas atividades, os investigadores puderam calcular/estimar a quantidade de exercício em causa.

Resultados? Quem segue a linha de orientação apostada nos 30 minutos de exercício diário tem “reduções modestas” no que a insuficiências cardíacas diz respeito, por oposição a quem não faz qualquer tipo de exercício. Mas a probabilidade de vir a sofrer do coração diminui consideravelmente para quem exercita duas a quatro vezes mais (20 e 35%, respetivamente).

Concluindo, níveis mais altos de atividade física parecem estar relacionados com um menor risco de insuficiência cardíaca, uma suposição que não discrimina idade, sexo ou raça.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro vai organizar em Coimbra uma conferência, a 12 e 13 de novembro, sobre “cancer patient...

A Liga quer propor um debate, envolvendo diferentes intervenientes, sobre a implementação de “patient advocacy” em Portugal, um conceito que aborda "a medicina centrada no doente, a participação do doente na decisão do diagnóstico e do tratamento e a proteção do doente em relação ao erro em saúde", disse à agência Lusa o presidente do núcleo regional do Cento da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Carlos Oliveira.

O conceito, nascido nos Estados Unidos nos anos 1950, aborda a defesa e proteção dos doentes, mas não só, referiu Carlos Oliveira, considerando importante abordar este conceito em Portugal, em especial para doenças crónicas, como é o caso do cancro.

"A importância é centrar a medicina e os cuidados médicos no doente e não na doença", salientou Carlos Oliveira, frisando que atualmente "os médicos estão mais preocupados em tratar doenças do que em tratar doentes", sendo que "pouco ou nada está feito" no sentido de inverter essa situação.

No caso do cancro, a participação do doente na decisão "é muito importante, porque em diferentes situações há diferentes tipos de tratamento com o mesmo resultado final, mas com consequências diferentes, e o doente tem de interferir na decisão", esclareceu, sublinhando que é necessário que se afaste da ideia, muitas vezes presente no doente, de que "o senhor doutor é que sabe e é que decide".

"Muitas vezes, os médicos esquecem-se de que o doente está preocupado com a doença que tem, que pode ter problemas no seio familiar, no emprego ou na aceitação da própria doença", sendo que o “patient advocacy” pode ajudar a encarar o doente "no seu ambiente, na sua globalidade".

O próprio conceito poderá ajudar a educar os doentes para estes perceberem "porque devem ajudar na decisão e não devem deixar exclusivamente no médico a decisão", apontou Carlos Oliveira.

Por agora a Liga ainda não sabe como poderá ser implementado o “patient advocacy” em Portugal, sendo a conferência que se realiza em novembro uma oportunidade para se encontrarem "respostas" e modelos de atuação, explanou.

Na conferência, que decorre no Hotel Vila Galé, vão estar diversas instituições representadas, como Faculdades de Medicina, Ordem dos Médicos e dos Enfermeiros, o Centro de Direito Biomédico da Universidade de Coimbra, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Direção-Geral da Saúde, Infarmed ou a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, entre outras entidades.

Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus
A depressão é mais prevalente nos diabéticos do que na população geral, o que muitas vezes compromete a adesão à terapêutica,...

Este é um dos principais temas em destaque na 10ª Reunião do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM), que decorre nos dias 9 e 10 de Outubro, em Viseu.

Segundo Edite Nascimento, coordenadora destas jornadas, “sendo a diabetes mellitus uma doença crónica, com implicações em todos os órgãos e sistemas orgânicos, é fácil de perceber o motivo pelo qual a depressão é também mais prevalente neste grupo populacional”.

A médica internista explica ainda que quando a depressão surge no evoluir da doença, muitas vezes fica “comprometida de forma séria” a adesão terapêutica e o doente fica mais exposto ao aparecimento de complicações resultantes do agravamento metabólico associado.

A diabetes gestacional será outro dos assuntos a debater neste encontro, já que muitas mulheres correm risco de desenvolver diabetes durante a gravidez, com normalização dos valores de glicemia após o parto.

No entanto, “o aparecimento de diabetes durante a gestação pode trazer riscos acrescidos para a mãe e para a criança, nomeadamente maior taxa de malformações do feto, macrossomia e complicações várias durante o parto”, alerta a responsável.

As novas terapêuticas para o tratamento da diabetes também vão estar em foco, sendo que em Portugal existe já um grande número de opções terapêuticas ao dispor dos médicos para tratarem as pessoas com diabetes de forma mais individualizada, afirma Edite Nascimento, mostrando-se preocupada com o impacto da diabetes mellitus no país.

Portugal é o país da Europa com a taxa de prevalência de diabetes mais elevada, atingindo mais de um milhão de portugueses, segundo o último relatório anual do Observatório Nacional da Diabetes, mais especificamente 13% da população entre os 20 e os 79 anos, de acordo com o relatório de Saúde de 2014, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Além disso, são diagnosticados todos os anos 60 mil novos casos e sabe-se hoje que 27% da população portuguesa apresenta um risco de desenvolver diabetes no futuro.

Edite Nascimento alerta que “se nada for feito, o número de casos vai aumentar muito no futuro”.

O número crescente de casos diagnosticados e de complicações relacionadas com esta doença tem repercussões económicas, sociais e individuais difíceis de contabilizar.

O tratamento da diabetes e das suas complicações representa cerca de 10% da despesa de saúde em Portugal, o que corresponde a cerca de 1% do Produto Interno Bruto.

Só a diabetes (excluindo custos indiretos, pessoais e sociais) tem um custo direto em saúde estimado entre os 1.250 e os 1.500 milhões de euros (entre 8 e 9% das despesas em saúde).

Peritos destacam
Os estudos dos mecanismos reparadores do ADN, que valeram o Prémio Nobel da Química a três cientistas estrangeiros, são...

"As lesões no ADN são, provavelmente, a causa mais comum de cancro. Se não tivéssemos esta capacidade de reparar o ADN, o que teríamos era cancro por todo o corpo, tumores a aparecerem em todas as partes do corpo", assinalou o investigador Sérgio Almeida, do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa.

As pessoas que "têm mutações nalguns dos genes que estão envolvidos nos mecanismos" de reparação da informação genética "desenvolvem cancro com muita frequência", sublinhou.

O investigador esclareceu que as células "dispõem de várias estratégias para reparar diferentes tipos de lesões que afetam o ADN", permitindo prevenir a acumulação de mutações ou erros genéticos que podem levar ao aparecimento de cancro.

Sérgio Almeida, também professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, compara os mecanismos de reparação do material genético existentes nas células a uma caixa de ferramentas, em que a chave de fendas, o alicate ou o martelo são usados consoante o tipo de falha a consertar.

Se a reparação do ADN previne o aparecimento de cancro, também ajuda no seu tratamento.

O investigador explicou que a quimioterapia introduz danos no ADN que, depois, "a célula cancerígena não tem capacidade para reparar", não lhe restando outra alternativa senão morrer.

Pedro Baptista, professor no Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, sustentou que a compreensão dos mecanismos que estão na origem dos erros genéticos pode ajudar na prevenção, por exemplo do cancro da pele.

"O excesso de radiação ultravioleta leva à formação de alterações químicas no ADN. Se evitarmos a exposição ao Sol e se a alimentação for rica em antioxidantes, conseguimos diminuir a probabilidade de acontecer estes erros, estamos a ajudar estes mecanismos de reparação a manter o texto [ADN] sem erros", afirmou.

O docente compara o ADN a um livro de instruções, neste caso para as células. As letras são os genes, sendo que os mecanismos de reparação do ADN funcionam como corretores ortográficos.

"A célula tenta corrigir o erro, substituir a letra por uma igual ou por outra que tenha significado, ou usar uma parte do restante texto que esteja correto", ilustrou.

Para Pedro Baptista, "conhecer estes mecanismos de reparação, e conhecer os processos que os desencadeiam, permite desenvolver novos alvos terapêuticos".

A Real Academia Sueca das Ciências distinguiu hoje com o Prémio Nobel da Química os investigadores Thomas Lindalh, Paul Modrich e Aziz Sancar pelos estudos dos mecanismos que permitem a reparação de ADN.

Os três investigadores, de acordo com o Comité Nobel, conseguiram mapear, a nível molecular, a forma como reparar as células danificadas, permitindo também salvaguardar a informação genética.

No Halloween
O Halloween (Dia das Bruxas) aproxima-se rapidamente e o visual perfeito requer muita imaginação, um guarda-roupa a rigor, uma...

O uso de lentes de contacto, mesmo que por motivos cosméticos, exige que o utilizador recorra a um profissional da visão para avaliar as condições de viabilidade. “Em períodos festivos como o Halloween é frequente assistir a um aumento da procura de lentes coloridas, o que demonstra que os utilizadores estão sensibilizados para os benefícios do recurso aos profissionais da visão, para assegurar a sua saúde ocular. O processo de adaptação de lentes de contacto deve ser conduzido por um profissional da visão, pois estão envolvidos vários fatores que devem ser considerados sob o risco de pôr em causa a saúde ocular, no momento da escolha da lente ideal“ comenta a Dra. Diana Lourenço, optometrista da Optica Boavista, no Porto.

A Alcon recolheu um conjunto de recomendações para prevenir as consequências de uma utilização incorreta de lentes de contacto:

1.- Lavar sempre as mãos. Antes de manusear, colocar ou retirar as lentes de contacto, as mãos devem estar bem lavadas com um sabão neutro que não contenha óleos, creme ou perfume e devem estar secas com uma toalha limpa.

2.- No caso de utilizar cosméticos, a maquilhagem deve ser feita depois de colocar as lentes de contacto. Da mesma forma, só se deverá desmaquilhar depois de retirar as lentes de contacto.

3.- Evitar produtos que contenham aerossol. Evite utilizar produtos como laca para o cabelo antes de colocar as lentes de contacto, pois o aerossol pode causar irritação e ardor nos olhos

4.- No caso de retocar a maquilhagem, não utilizar saliva; Nunca utilize saliva com as suas lentes de contacto.

5.- Cuidar da higiene das lentes. É muito importante limpá-las corretamente com produtos de limpeza e manutenção após cada utilização. Enxaguá-las com uma solução desinfetante que elimine os depósitos de proteínas e lípidos que se possam ter acumulado;

6.- Não dormir com as lentes de contacto. Depois da festa retire-as antes de se deitar.

7.- Substituir as lentes de contacto de acordo com as indicações de uso dadas pelo profissional da visão. Se forem lentes reutilizáveis, deve realizar a limpeza e manutenção adequadas.

8.- A hidratação do olho humano é essencial para a visão. Caso existam problemas de secura ocular, consultar um profissional da visão.

9.- Comprar as lentes de contacto apenas em locais autorizados e sob a supervisão de um profissional da visão;

10.- Não partilhar as lentes. As lentes de contacto são de uso individual.

Air Optix® Colors1 dão cor ao Halloween
Uma opção ideal para dar um novo colorido complementar o visual de Halloween e assegurar a boa saúde ocular são as lentes de contacto AIR OPTIX® COLORS sem graduação. As lentes de contacto AIR OPTIX® COLORS apresentam uma vasta gama de cores, que vai desde os tons mais subtis (Pure Hazel, Blue, Green, Grey, Brown) a cores mais vibrantes (Honey, Brilliant Blue, Gemstone, Green, Sterling Grey), ideais para destacar os seus olhos e fazer o contraste com a maquilhagem.

A tecnologia exclusiva lentes de contacto AIR OPTIX® COLORS sem graduação permite uma elevada transmissibilidade ao oxigénio2, mantendo a saúde ocular.

A Alcon também disponibiliza uma ferramenta online, em www.airoptixcolors.pt, onde pode experimentar toda a gama de cores e escolher a que mais se adequa à fantasia escolhida para o Halloween.

Referências
1.- Refere-se a lentes de contacto sem graduação. Alcon, AIR OPTIX, o logo AIR OPTIX e o logo ALCON são marcas registadas da Novartis AG. ©2015 Novartis. CIBA VISION® é agora parte da Alcon®, uma divisão da Novartis AG. Material revisto em setembro de 2015 Alcon Portugal-Produtos e Equipamentos Oftalmológicos, Lda. NIPC.501 251 685, Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, n.º 10E Taguspark 2740-255 Porto Salvo.
2.- Dk/t = 138 @ -3.00D. Outros fatores poderão afetar a saúde ocular. Baseado no rácio de transmissibilidade de oxigéneo das lentes; dados de arquivo da Alcon.I11510386626

Sobre a Alcon
A Alcon, empresa líder a nível mundial em cuidados de saúde visual, disponibiliza uma vasta gama de produtos inovadores que melhoram a qualidade de vida, ajudando pessoas de todo o mundo a ver melhor. As três áreas de negócio da Alcon - Cirúrgica, Produtos Farmacêuticos e a divisão de consumo Vision Care, oferecem o mais amplo espetro de produtos de cuidados oculares do mundo. A Alcon é uma divisão do Grupo Novartis, com vendas pro forma de 10.800 milhões de dólares em 2014. Sediada em Fort Worth, no Texas, EUA, a Alcon tem mais de 25.000 colaboradores em todo o mundo, operações em 75 países e produtos disponíveis em 180 mercados. Consulte informações adicionais em www.alcon.com

Sobre a Novartis
A Novartis proporciona soluções para o cuidado da saúde de acordo com as necessidades dos doentes e da comunidade. Sediada em Basileia, Suíça, a Novartis proporciona uma gama diversificada para satisfazer estas necessidades: medicamentos inovadores, tratamentos oculares e medicamentos genéricos de alta qualidade, sem prescrição médica. A Novartis é o único grupo mundial com uma posição de liderança nestas áreas. A 31 de Dezembro de 2014 as empresas do grupo Novartis contaram com uma equipa de aproximadamente 133.000 associados e estão presentes em mais de 180 países em todo o mundo. Consulte informações adicionais em http://www.novartis.com

Sanofi e a Regeneron anunciam
A Sanofi e a Regeneron Pharmaceuticals, Inc. acabam de anunciar que a Comissão Europeia aprovou a autorização de introdução no...

Este novo fármaco é um inibidor da PCSK9 (pró-proteína convertase subtilisina/quexina tipo 9) aprovado pela Comissão Europeia (CE) e está disponível em duas doses iniciais como uma injeção de administração única de 1 mililitro (mL) (75 mg e 150 mg) uma vez a cada duas semanas, oferecendo dois níveis de eficácia. Estará disponível numa caneta pré-cheia de dose única que os doentes autoadministram.

A CE aprovou este medicamento para doentes adultos com hipercolesterolémia primária (hipercolesterolémia familiar heterozigótica - HeFH e não familiar) ou dislipidemia mista como adjuvante da dieta: a) em combinação com uma estatina ou estatina com outros fármacos hipolipemiantes em doentes que não conseguem alcançar os valores alvo de colesterol LDL com a dose máxima tolerada de estatina ou b) isoladamente ou em combinação com outros fármacos hipolipemiantes em doentes intolerantes à estatina ou para quem a estatina é contraindicada. O efeito deste inibidor da PCSK9 na morbilidade e mortalidade cardiovascular (CV) ainda não foi determinado.

Alberto Mello e Silva, especialista em Medicina Interna e Cardiologia, afirma que “este medicamento representa uma inovação terapêutica importante na medida em que a PCSK9 é claramente um alvo para o desenvolvimento de novas terapêuticas hipolipemiantes e a sua inibição, induzida farmacologicamente com anticorpos monoclonais, reduz muito substancialmente os níveis do c-LDL e melhora o perfil de outras frações lipídicas.

A PCSK9 é um regulador hepático dos recetores LDL (LDL-R) e por essa via tem um papel chave na homeostasia do metabolismo do colesterol. A redução do risco cardiovascular observada entre os indivíduos com um déficit da expressão/função de PCSK9, levou ao desenvolvimento de diferentes estratégias para neutralizar a pró-proteína convertase subtilisina/quexina tipo 9 e assim, elevar os níveis de LDL-R no fígado com uma consequente diminuição dos níveis circulantes de c-LDL.

Os primeiros resultados de estudos clínicos com anticorpos monoclonais anti-PCSK9 confirmam a sua eficácia na redução dos níveis do c-LDL. Aguardamos os estudos clínicos a longo prazo para se saber se os efeitos benéficos da inibição PCSK9 nos níveis do c-LDL, se traduzem numa opção terapêutica eficaz e segura, para uma diminuição do risco e de eventos cardiovasculares.”

O colesterol elevado é um problema de saúde preocupante na Europa. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Europa tem a maior prevalência per capita de colesterol elevado no mundo (54%), seguida da Região das Américas (48%). O colesterol LDL elevado é um grande fator de risco para a doença cardiovascular (DCV), sendo esta a principal causa de morte em todo o mundo. Infelizmente, apesar do tratamento padrão atual, incluindo estatinas e/ou outros fármacos hipolipemiantes, muitos europeus continuam a ter um colesterol LDL inadequadamente controlado, incluindo os que possuem HeFH, elevado risco CV e/ou antecedentes de intolerância às estatinas. Para alguns destes doentes, são necessárias opções de tratamento adicionais a fim de reduzir o colesterol de forma mais agressiva.

Câmara de Cascais
A Câmara Municipal de Cascais vai comprar os terrenos e edifícios do antigo hospital Condes de Castro Guimarães por 3,5 milhões...

A escritura de compra e venda vai ser assinada hoje ao fim da tarde entre a autarquia e o Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social e insere-se no acordo-quadro para a cooperação e delegação de competências do Estado no município de Cascais.

Fonte da autarquia disse que foi também no âmbito deste acordo-quadro que a câmara adquiriu o autódromo do Estoril.

Frisando que ainda “não há uma decisão final” do que vai ser feito naquele espaço, a mesma fonte indicou que será sempre para fins sociais.

De acordo com a escritura, o pagamento será feito em 60 prestações, durante 20 anos, sendo a primeira paga hoje.

Está ainda estipulado que, se a câmara destinar ao imóvel qualquer outro fim que não o social, o valor aumenta para 5,4 milhões de euros.

Segundo a fonte da autarquia, o terreno em questão situa-se mesmo no centro de Cascais, tem quase quatro mil metros quadrados e uma grande área de construção e tem estado entaipado há vários anos.

Nobel da Química
A Real Academia Sueca das Ciências distinguiu com o Prémio Nobel da Química os investigadores Thomas Lindalh, Paul Modrich e...

Lindalh, sueco de 77 anos, está ligado do Instituto Francis Crick e ao Laboratório Clare Hall, ambos no Reino Unido, Modrich, norte-americano de 69 anos, à Escola de Medicina da Universidade de Duke (EUA), e Sancar, turco, também de 69 anos, da Universidade da Carolina do Norte (EUA).

Os três investigadores, segundo o Comité Nobel, conseguiram, através de uma espécie de "caixa de ferramentas de reparação de ADN", mapear, a nível molecular, a forma como reparar as células danificadas, permitindo também salvaguardar a informação genética.

"O trabalho desenvolvido (pelos três investigadores) forneceu conhecimento fundamental sobre como funciona uma célula viva e pode ser usada, por exemplo, no desenvolvimento de novas terapias contra o cancro", justifica o Comité Nobel, em comunicado.

Segundo o documento, o ADN é, diariamente, danificado pelas radiações ultravioleta, por radicais livres (quando a molécula "atacada" perde o seu eletrão, torna-se um radical livre em si, iniciando uma reação em cadeia) ou por outros agentes cancerígenos.

"No entanto, mesmo sem esses ataques externos, a molécula de ADN é intrinsecamente instável", lê-se no comunicado, salientando que, diariamente, ocorrem milhares de alterações espontâneas num genoma celular.

Paralelamente, também podem surgir alterações quando o ADN é copiado durante a divisão de uma célula, processo que acontece vários milhões de vezes por dia no corpo humano.

"A razão pela qual o nosso material genético não se desintegra num completo caos químico passa pelo facto de um conjunto de sistemas moleculares monitoriza e repara continuamente o ADN. O Prémio Nobel da Química de 2015 premeia estes três cientistas pioneiros que mapearam a forma como funcionam muitos destes sistemas de reparação a um nível molecular bastante pormenorizado", lê-se no comunicado.

O documento lembra que, no início da década de 1970, os cientistas acreditavam que o ADN era uma molécula extremamente estável.

Tomas Lindahl, porém, demonstrou que o ADN se deteriora de tal forma que devia tornar impossível o desenvolvimento de vida na terra, perspetiva que levou Lindahl a descobrir uma espécie de "maquinaria molecular" que contraria constantemente o colapso do ADN.

Aziz Sancar, por seu lado, mapeou a reparação da excisão nucleótideo, o mecanismo que as células utilizam para reparar os estragos provocados pelos raios ultravioleta no ADN.

As pessoas que nascem com esta deficiência poderão desenvolver com maior probabilidade o cancro da pele na sequência de uma exposição ao sol. A célula também recorre à reparação da excisão nucleótideo para corrigir os defeitos causados por substâncias mutagénicas.

Por sua vez, Paul Modrich demonstrou como a célula corrige erros que ocorrem quando o ADN é replicado durante a divisão de uma célula.

Este mecanismo reduz a frequência do erro durante a replicação do ADN mais de mil vezes.

Os defeitos congénitos da falta de uma reparação das células podem provocar frequentemente uma variante hereditária do cancro do cólon.

Existente desde 1901, o Nobel da Química de 2015 foi o 21º prémio a distinguir três investigadores, laureando por 23 vezes dois e 63 vezes um, para um total de 172 laureados.

Dos 172 laureados com o Nobel da Química, apenas quatro são mulheres: Marie Curie (1911, que também ganhou o Nobel da Física em 1903), Irène Joliot-Curie (1935, filha de Marie Curie), Dorothy Crowfoot Hodgkin (1964) e Ada Yonath (2009).

Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução
As primeiras guidelines para a preservação da fertilidade em doentes com cancro vão estar em debate nas XXXIII Jornadas...

Nos dias 16 e 17 de outubro, no Centro Cultural Vila Flor em Guimarães, vários especialistas nacionais e internacionais de Medicina da Reprodução e de Oncologia vão reunir-se para analisar as controvérsias e benefícios da preservação da fertilidade em doentes oncológicos.

A realidade atual, os desafios éticos e legais, as implicações no sexo feminino e masculino da preservação da fertilidade em doentes oncológicos serão alguns dos temas em debate no encontro.

São cada vez mais os casos de pessoas que ainda não tiveram nenhum filho ou todos os que desejam, e que são atingidas por um cancro com a possibilidade de afetar a sua fertilidade. Esta situação deve-se sobretudo a dois fatores: ao aumento da incidência do cancro; ao aumento do número de casais que adiam a idade da primeira gravidez” alerta a Prof.ª Teresa Almeida Santos, Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução.

Universidade do Porto
A investigadora da Universidade do Porto Isabel Silva foi premiada com um trabalho que propõe um novo mecanismo para o...

Isabel Silva, estudante do Programa Doutoral em Ciências Biomédicas do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), foi distinguida com o prémio da “Melhor Comunicação-Painel em Investigação Clínica” apresentada na Reunião Mundial da International Society for Autonomic Neuroscience (ISAN), uma sociedade científica composta por investigadores especializados no estudo do Sistema Nervoso Autónomo.

Em comunicado, a Universidade do Porto esclarece que este mecanismo, pela primeira vez descrito e com aplicabilidade prática, originará o desenvolvimento de um futuro medicamento.

A hiperplasia prostática benigna, frequente em homens com mais de 50 anos, pode provocar estreitamento da uretra e dificultar o fluxo da urina. Como a bexiga não se despeja por completo em cada micção, tem de urinar com maior frequência, sobretudo à noite (nictúria) e a necessidade torna-se cada vez mais imperiosa.

Intitulado “Blockage of UDP-sensitive P2Y6 receptors as a novel therapeutic strategy to control urine storage symptoms in men with bladder outlet obstruction”, o estudo apresentado pela investigadora portuense foi realizado no âmbito da colaboração entre o Laboratório de Farmacologia e Neurobiologia do ICBAS, o Centro para a Descoberta de Fármacos e Medicamentos Inovadores (MedInUP) do ICBAS e o Serviço de Urologia do Centro Hospitalar do Porto (CHP).

De acordo com a Universidade do Porto, a curto/médio prazo o foco principal deste trabalho, já publicado na revista Autonomic Neuroscience: Basic and Clinical, é conseguir tratar a sintomatologia urinária persistente associada à irritabilidade da bexiga (mesmo após a remoção cirúrgica da próstata) com uma nova classe de medicamentos inovadores, eventualmente mais eficazes e com menos efeitos adversos que os usados habitualmente, cujo sucesso tem sido limitado devido aos seus efeitos adversos.

O trabalho de Isabel Silva esteve a concurso com mais de 300 comunicações provenientes de mais de 30 países, incluindo outras quatro comunicações do grupo de investigação liderado por Paulo Correia de Sá.

Os congressos da ISAN são reuniões de âmbito mundial. A edição deste ano decorreu em Stresa (Itália) entre os dias 26 e 29 de setembro e contou com a colaboração/patrocínio reforçados das Sociedades Europeia, Federation of European Autonomic Societies (EFAS), Americana, American Autonomic Society (AAS), e Japonesa, Japan Society of Neurovegetative Research (JSNR), de neurociências autonómicas, que são as mais prestigiadas neste âmbito do conhecimento.

Estudo
As lesões graves são uma das causas na origem de perturbações mentais em futebolistas profissionais, havendo maior incidência...

Para a realização do estudo, liderado pelo diretor médico da Federação Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPro), Vincent Gouttebarge, foram recolhidos dados de 607 futebolistas no ativo e 219 que já terminaram a carreira, divididos por 11 países membros da entidade, em três continentes distintos.

Destas 826 pessoas, 40% sofreu, pelo menos, uma lesão grave, no decorrer da carreira profissional, escreve o Sapo.

A investigação concluiu que os futebolistas em atividade que sofreram três ou mais lesões graves na carreira são duas a quatro vezes mais propensos a apresentar problemas do foro mental, em comparação com jogadores que não tenham sofrido lesões graves.

Segundo o estudo, a depressão e/ou ansiedade afeta 38% dos 607 futebolistas no ativo e 35% dos ex-futebolistas.

De resto, as taxas de depressão e ansiedade ligadas ao futebol são bastante mais elevadas do que em grupos representativos da população em geral, ou até mesmo de outros atletas de elite, que apresentam números entre os 13 e 17%.

A perturbação do sono, o stress e o consumo de álcool são outros sintomas apresentados no estudo, embora aqui haja maior incidência em ex-futebolistas, nomeadamente no que diz respeito aos problemas com o álcool: 25% contra nove.

OMS pede
A Organização Mundial da Saúde pediu mais esforços no atendimento médico aos adolescentes em todo o mundo, que são &quot...

"Os adolescentes não são nem adultos nem crianças, são um grupo da população que tem necessidades específicas e que estão debaixo de altos riscos", afirmou em Genebra o diretor do departamento de saúde da criança e do adolescente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Anthony Costello, ao apresentar novas recomendações, escreve o Sapo.

De acordo com Costello, há medidas que "os países, ricos ou pobres, podem adotar imediatamente para melhorar a saúde e o bem-estar dos adolescentes".

"Este grupo é particularmente vulnerável a certos problemas de saúde. As principais causas de morte entre adolescentes são os acidentes de trânsito, doenças relacionadas com a Sida e o suicídio", afirmou.

"Há países em que um entre cada cinco cidadãos é adolescente. Ainda assim, a maioria dos estudantes de Medicina e de Enfermagem forma-se sem ter consciência das necessidades específicas deste grupo", lamentou a especialista em saúde dos adolescentes da OMS, Valentina Baltag.

Inspeção-Geral de Atividades em Saúde
Inspeção da Saúde diz que não há culpados. Não há matéria para processos disciplinares, justifica a IGAS. Mas recomenda...

Foi tudo arquivado. Os oito inquéritos abertos após a morte de doentes que, no último Inverno, aguardaram horas a fio em vários serviços de urgência hospitalares para serem observados por médicos ou para fazerem exames de diagnóstico não podem ser imputados aos profissionais de saúde envolvidos, concluiu a Inspeção-Geral de Atividades em Saúde (IGAS).

Mesmo assim, escreve o jornal Público, a IGAS propôs uma série de mudanças de “natureza administrativa”, já transmitidas aos conselhos de administração dos hospitais em causa, e avisou que vai vigiar a sua “implementação”, destaca o gabinete do ministro da Saúde num apanhado sobre a conclusão das averiguações aos oito casos mediatizados no Inverno passado.

As mortes sucederam-se entre o final de Dezembro de 2014 e as três primeiras semanas de Janeiro nos serviços de urgência dos hospitais de S. José (Lisboa), Santa Maria da Feira, Setúbal, Peniche, Santarém, Aveiro e Garcia de Orta (em Almada, onde houve notícia de dois casos).

Numa altura em que muitas urgências viviam uma situação caótica devido ao pico de procura, em plena epidemia de gripe e vaga de frio, os familiares dos doentes queixaram-se das longas horas de espera, enquanto responsáveis políticos de partidos da oposição e alguns dirigentes e profissionais de saúde punham em causa a falta de recursos humanos e de camas nos hospitais públicos.  

Oito meses depois, a averiguação da IGAS terminou sem haver matéria que permita imputar “a violação de deveres funcionais ou de legis artis aos profissionais de saúde envolvidos na assistência médica aos doentes em causa”. Sem matéria para abrir processos disciplinares a médicos ou outros profissionais, a IGAS apenas comprovou “factos circunstanciais relacionados com a gestão dos tempos das triagens e do atendimento de doentes”. São questões que passam por “alteração de procedimentos, escalas de profissionais de saúde ou maior atenção ao doente” e que podem todas ser “resolvidas pela via administrativa”, com “ajustamentos” dos procedimentos.

Sobre os inquéritos judiciais, o gabinete de Paulo Macedo nota que em Maio o Ministério Público anunciou que tinha sido arquivado o inquérito instaurado na sequência da morte de um idoso na urgência do Hospital São José. Mas é possível que haja “outros processos”, admite. Com 80 anos, este doente esteve mais de seis horas à espera de ser observado, na madrugada de 26 de Dezembro, na sequência de um AVC, e acabou por ser encontrado morto, numa maca, pelo filho. A Procuradoria-Geral da República de Lisboa entendeu que o estado do serviço de urgência do Hospital de São José naquele dia não permitiu objetivamente aos médicos ou enfermeiros de serviço dar resposta a todos os casos.

Do conjunto das oito mortes, o Ministério Público decidiu investigar três por sua própria iniciativa. Os outros dois casos aconteceram nos serviços de urgência dos hospitais de Peniche e de Santa Maria da Feira, no início de Janeiro. Em 5 de Janeiro, Domicília Santos, 79 anos, entrou na urgência de Peniche às 9h30, recebeu uma pulseira amarela (a terceira numa escala de prioridades com cinco cores) e foi vista por um médico passado 15 minutos. Mas, como necessitava de fazer análises e uma TAC (o que apenas era possível no hospital das Caldas da Rainha), morreu quando estava a ser preparada para ser transportada para esta unidade, já depois das 19 horas desse dia.

Este caso aconteceu apenas um dia depois de Roberto Pereira, de 57 anos, ter morrido na urgência do Hospital de Santa Maria da Feira, enquanto aguardou, também com pulseira amarela, por atendimento durante mais de cinco horas. No total, em menos de um mês, foram noticiados oito casos de doentes que aguardavam observação ou exames em serviços de urgência públicos.

Tempos de espera afixados
Para melhorar e ultrapassar os “constrangimentos sinalizados a nível organizacional” nos serviços de urgência, o gabinete de Paulo Macedo recorda que o ministério aprovou, entretanto, vários “regulamentos e normativos”. O secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde determinou por despacho, em 2 de Fevereiro, que fosse “utilizada a versão mais recente do sistema de triagem de Manchester”. O Ministério da Saúde também mandou reabrir 569 camas, mas isso não é referido nesta síntese. O que se recorda é que, recentemente, foi criada uma aplicação informática com os tempos de espera médios para que os cidadãos possam orientar a sua escolha dos serviços de urgência.

Outros organismos, como a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), recomendaram também alterações aos procedimentos instituídos, como a afixação de informação sobre tempos de espera (que é feita há anos em vários hospitais) e a criação de um mecanismo que permita informar de imediato a administração regional de saúde em caso de excesso de procura, de maneira a que seja feito o “redireccionamento de utentes”.

Na sequência de uma auditoria ao serviço de urgência do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), o Tribunal de Contas ( TdC) recomendou a reorganização dos recursos humanos médicos, a redução da prestação de serviços externos (médicos contratados à tarefa) e melhorias na gestão das escalas de serviço e da assiduidade, recorda ainda o Ministério da Saúde. O TdC recomendou também que “os utentes sejam atendidos em qualquer serviço de urgência do SNS, independentemente da sua área de residência” e sugeriu a revisão do limite de idade dos médicos nas urgências (podem pedir dispensa noturna a partir dos 50 anos e dispensa total após os 55).

Na terça-feira, foi possível conhecer a resposta à pergunta que muitas pessoas fizeram no Inverno. O número de óbitos estava ou não a ser diferente do habitual? Um relatório do Programa Nacional de Vigilância da Gripe atesta que houve mais de 5500 mortes acima do esperado para aquela altura do ano. Mas um pico da mesma magnitude (ainda que inferior em vários casos) foi observado noutros países europeus, como a Inglaterra, a Suíça e Espanha, neste período.

Saber, especificamente, se as mortes nas urgências dos hospitais foram muitos superiores ao normal é impossível, porque os certificados de óbito que agora são eletrónicos não obrigam a declarar o local onde a morte aconteceu, só a causa.

Projeto “Heróis da Fruta”
A APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil anunciou a criação de um fundo social para apoiar a inclusão de...

O mentor do projeto "Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável", Mário Silva, presidente e fundador da APCOI garante que "segundo dados de 2013 do Instituto Nacional de Estatística, existem mais de 100 mil crianças em risco de pobreza em Portugal, entre as quais, casos urgentes de alunos que chegam à sala de aula de barriga vazia, sendo que muitos destes não levam qualquer lanche para a escola".

Desde 2011, a maior iniciativa nacional gratuita de educação para a saúde, "Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável", tem vindo a estudar os hábitos alimentares, o peso e os estilos de vida das crianças portuguesas e de acordo com os dados do relatório 2013-2014 deste projeto: mais de 5% das crianças em Portugal tem peso a menos, sendo esta situação mais agravada na região dos Açores (8,1%) e na região de Lisboa e Vale do Tejo (6,0%). Por outro lado, mais de 74% das crianças portuguesas não ingere fruta diariamente na quantidade que deveria e este baixo consumo provoca carências e consequências graves: diminui os níveis de energia, de concentração, de aprendizagem e das defesas do organismo, tornando as crianças mais sujeitas a doenças como a obesidade ou a diabetes tipo 2, logo desde a infância.

Uma situação que põe em causa o desempenho escolar e a saúde destas crianças, mas que a APCOI pretende resolver com "uma distribuição semanal de cabazes de fruta gratuita às turmas mais carenciadas do país", afirmou Mário Silva. "Todas as crianças, independentemente do seu peso, precisam de comer fruta, porque esta contém nutrientes insubstituíveis. Apesar de a fruta fresca ter um preço bastante acessível, algumas famílias continuam a não poder incluí-la diariamente na alimentação das crianças e é por isso que agora lançamos esta nova vertente solidária do projeto".

A APCOI anunciará em breve os procedimentos que irão permitir aos estabelecimentos de ensino candidatar-se para receber os cabazes semanais de apoio ao lanche para os alunos mais carenciados, mas avança que “essas turmas têm de estar inscritas na 5ª edição do projeto Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável".

As inscrições para a 5ª edição do projeto "Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável" estão disponíveis até sexta-feira, dia 9 de outubro de 2015, para jardins de infância, escolas de 1º ciclo do ensino básico e ATL's, públicos ou privados, de todo o país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores e podem ser feitas gratuitamente através do endereço www.heroisdafruta.com ou do telefone 210961868.

Este ano
Pelo menos 693 pessoas foram mortas este ano no Brasil pela dengue, uma doença tropical transmitida por um mosquito, na sua...

Aquele número de mortes é um recorde desde que estes casos começaram a ser registados, em 1990.

O Ministério da Saúde informou, em comunicado, que “foram confirmadas 693 mortes devido a dengue (de 04 de janeiro a 29 de agosto), o que representa uma subida de 70% em relação ao esmo período de 2014, quando foram notificados 407 casos”.

Em 2013 morreram 674 pessoas devido a esta causa.

No total, a dengue foi contraída por 1,41 milhões de brasileiros desde o início do ano, o que equivale a 1.979 casos por 100 mil habitantes.

O Estado de São Paulo, o mais povoado do Brasil, registou 667.500 casos de dengue, uma doença que causa fortes febres e dores nas articulações e pode ser mortal na sua forma hemorrágica.

Em Espanha
Uma menina espanhola de 12 anos vítima de uma doença degenerativa incurável não vai ser mantida viva, com recurso a suporte...

De acordo com o advogado do casal, após ter recusado a hipótese durante algum tempo, segunda-feira a equipa de médicos que acompanha a menina consentiu em interromper a sua alimentação artificial.

“Os médicos vão administrar um sedativo poderoso para que ela não sinta dor e garantir que estará minimamente hidratada para que a sedação faça efeito”, acrescentou o advogado, segundo o qual a partida da jovem "será doce e um pouco mais fácil do que a sua vida tem sido até agora".

A menina, de seu nome Andrea, enfrenta uma doença degenerativa irreversível desde os oito meses, e os pais apelaram para que a justiça espanhola se pronunciasse sobre a sua vontade de pôr fim à manutenção da vida em regime artificial, uma vez que o seu sofrimento estaria a ser inutilmente prolongado.

Em reação, em setembro, um comité de ética do Hospital Universitário de Santiago de Compostela recomendou a retirada da alimentação artificial, que fosse ministrada sedação paliativa e um tratamento com vista a diminuir o grau de consciência da doente, para amenizar as dores.

Todavia, a equipa pediátrica do hospital recusou-se a aplicar a sugestão, levando os pais de Andrea a mediatizar o caso.

"Durante 12 anos, a minha filha lutou como uma campeã, mas o seu corpo não aguenta continuar", implorou a mãe, Estela Ordonez, à estação de rádio privada Cadena Ser.

As declarações tiveram lugar após uma entrevista ao canal de televisão privado La Sexta, em que Estela Ordonez sustentou: "Isto não é eutanásia. Mas a minha filha chegou ao fim e não estão a deixá-la partir".

Em Espanha, o Código Penal proíbe a eutanásia ativa e o suicídio assistido, mas a lei sobre a autonomia do paciente (datada de 2002) permite que este decida livremente se aceita ou não o tratamento.

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