Estudo
Vinte e três milhões de adolescentes em países em desenvolvimento correm o risco de gravidez indesejada por falta de...

Realizado por investigadores do Instituto Guttmacher, uma organização sediada em Nova Iorque que visa melhorar a saúde sexual e reprodutiva nos EUA e no Mundo, o estudo conclui que cerca de metade das gravidezes em jovens de entre 15 e 19 anos nas regiões em desenvolvimento são indesejadas.

Mais de metade das gravidezes não desejadas acaba em aborto, muitas vezes sem condições de segurança, conclui o documento, intitulado "Custos e Benefícios de Cobrir as Necessidades de Contraceção das Adolescentes".

Liderados por Jacqueline E. Darroch, os autores do relatório estimam que 38 milhões dos 252 milhões de raparigas de 15–19 anos nos países em desenvolvimento são sexualmente ativas e querem evitar engravidar.

No entanto, 23 milhões têm uma necessidade não satisfeita de contraceção moderna, ou seja, querem evitar uma gravidez nos próximos dois anos, mas não estão a usar contracetivos eficazes.

A maioria não usa qualquer método de contraceção (84%), enquanto as restantes praticam métodos tradicionais, como o coito interrompido ou a abstinência periódica, que são menos eficazes do que os métodos modernos.

Atualmente, 15 milhões de raparigas dos 15 aos 19 anos usam contracetivos modernos, prevenindo 5,4 milhões de gravidezes indesejadas por ano.

Destas gravidezes, 2,9 milhões teriam terminado em aborto. A contraceção moderna evita também a morte de cerca de 3.000 mães adolescentes por ano nos países em desenvolvimento.

Segundo o estudo, cobrir as necessidades de contraceção moderna das jovens de 15 a 19 anos nos países em desenvolvimento reduziria em seis milhões o número anual de gravidezes não desejadas (menos 59%), o que permitiria evitar 2,1 milhões de nascimentos não planeados (menos 62%), 3,2 milhões de abortos (menos 57%) e 5.600 mortes maternas (menos 71%).

Os investigadores fizeram as contas aos custos de melhorar os serviços prestados àquelas que já usam contracetivos e de alcançar aquelas que não têm atualmente acesso e concluíram que seriam precisos 770 milhões de dólares anuais, mais 548 milhões do que atualmente se gasta.

Por uma média de 21 dólares anuais por utilizador, estes investimentos permitiriam, não só fornecer contracetivos e informação, mas também formação e supervisão para os profissionais de saúde, melhorias nas instalações e sistemas de abastecimento e esforços de informação e comunicação para garantir que as adolescentes têm apoio na escolha e uso correto de um método.

Os autores do estudo recordam que, além de reduzir os abortos e a mortalidade materna, a prevenção da gravidez adolescente "é essencial para melhorar a saúde sexual e reprodutiva das adolescentes, assim como o seu bem-estar social e económico".

A gravidez adolescente está associada a um menor nível de instrução entre as mães e contribui para perpetuar o ciclo de pobreza de uma geração para a outra.

17 de maio - Dia Mundial da Internet
Apneia do WhatsApp, depressão do Facebook e síndrome do Google são as novas condições da Internet.

O uso inadequado das novas tecnologias pode favorecer o aparecimento de novas condições psicológicas como, por exemplo, a apneia do WhatsApp (ansiedade por consultar mensagens de maneira compulsiva), a depressão do Facebook (necessidade de ver perfis de outros utilizadores como forma de reduzir a tristeza ao recordar momentos felizes do passado)e a síndrome do Google (o cérebro não consegue recordar e esquece dados como consequência do uso frequente de motores de busca). Estas são algumas das conclusões de uma análise aos comportamentos online de portugueses e espanhóis realizado pela Guess What Comunicação em colaboração com a empresa Evidentia Marketing e a agência de comunicação espanhola Torres & Carrera.

Na véspera do Dia Mundial da Internet, estes dados vêm lembrar que a generalização do uso das redes sociais e dos serviços de mensagens instantâneas provoca a sensação de estarmos ligados aos outros através de um “like” ou de um “tweet”. As novas tecnologias propiciam novas conexões cerebrais e favorecem novos métodos de aprendizagem.

No entanto, as denominadas “tecnopatologias” estão apenas a um passo das doenças profissionais que acabarão por se consolidar, ainda que hoje se mantenham a meio caminho entre a patologia reconhecida e as manias pessoais. Estas condições são apenas exemplos das consequências que acarreta a saturação tecnológica a que estamos expostos hoje em dia.

As tecnopatologias mais recorrentes são:

·         Apneia do Whatsapp – Consultar o Whatsapp de forma compulsiva, sempre à espera de ter recebido uma nova mensagem;

·         Síndrome da chamada imaginária: Esta síndrome desencadeia-se quando o nosso cérebro nos faz imaginar que ouvimos o som de um telefone a tocar;

·         Nomofobia: Nome que se dá à ansiedade e medo irracional da possibilidade de perder o telemóvel ou sair de casa sem ele;

·         Depressão do Facebook: Afeta as pessoas que têm necessidade de ver perfis de outros utilizadores como forma de reduzir a tristeza ao recordar momentos felizes do passado;

·         Síndrome do Google: O cérebro não consegue recordar-se de um determinado dado como consequência de poder aceder facilmente a essa informação a qualquer momento.

·         Hipersensibilidade eletromagnética: É um transtorno neurológico que afeta determinadas pessoas que reagem perante as radiações eletromagnéticas não ionizantes como aquelas que são emitidas pelos telemóveis ou antenas de rádio.

De acordo com o psiquiatra e premiado investigador Tiago Reis Marques, “nenhuma destas condições é reconhecida atualmente pelo meio médico. No entanto, a verdade é que o uso excessivo da internet (Facebook, Whatsapp, etc.) pode interferir negativamente nas relações interpessoais, e esses indivíduos podem apresentar fenómenos de tolerância bem como sintomas de abstinência, muito semelhantes aos que as pessoas com adições apresentam. Faço um paralelismo com a dependência dos videojogos, um fenómeno com cerca de 20 anos após a introdução na sociedade de jogos eletrónicos extremamente populares entre adolescentes e jovens adultos”.

Já Marta Barroso Gonçalves, Digital Manager na Guess What considera que “as novas tecnologias, que de novo nada têm, são já parte integrante do nosso dia-a-dia. Não há um despertar sem o alarme do telemóvel, é impensável estar num restaurante sem alguém a navegar nas sua rede de amigos, é inimaginável não acompanhar a mais simples notícia numa plataforma digital.

Este é o nosso panorama atual e nada podemos ou devemos fazer para fugir dele. Aceitando tal como é, só nos resta adaptar e resolver qualquer tipo de exagero ou conter a utilização desmedida para não cairmos numa teia de novas condições psicológicas, estas sim novas e contornáveis.”

Segundo o relatório da ANACOM “O consumidor de comunicações eletrónicas 2015”, há cada vez mais os portugueses (com 15 ou mais anos) a consumir serviços de telecomunicações, tendo subido a percentagem dos que utilizavam três ou mais serviços de telecomunicações, de 59% em 2011, para 75% em 2015.

De acordo com o mesmo relatório, 73% dos lares têm serviços em pacotes, 40% dispõem de acesso a banda larga fixa por fibra ótica, 38% das pessoas têm banda larga no telemóvel e 67% dos utilizadores de telemóvel têm smartphones.

Em Portugal
Filipe Novais assume a direção da Astellas em Portugal. A Astellas Pharma, uma das 20 maiores companhias farmacêuticas em todo...

Com uma longa experiência de quase 20 anos na Astellas, Filipe Novais teve um percurso pautado por uma evolução contínua desde a área das vendas ao marketing, sendo Product Manager de várias áreas terapêuticas entre 2000 e 2005. A ascensão de Filipe Novais na companhia levou a que, entre o final de 2014 e o início deste ano, desenvolvesse a carreira internacionalmente, estando responsável pela direção de marketing de 6 países, a partir da sede europeia em Londres, com responsabilidades a nível da definição estratégica de todos os produtos nestes países.

“É com uma grande motivação que abraço este novo desafio na Astellas, uma companhia focada no desenvolvimento de terapêuticas inovadoras que vêm colmatar necessidades médicas não satisfeitas, e no compromisso em trabalhar para que os doentes tenham acesso a estas terapêuticas. É com a missão de continuar o percurso de crescimento sólido e sustentável, garantindo o foco nos pilares estratégicos de negócio, mas também no bem-estar e motivação dos colaboradores, que encaro esta nova etapa na Astellas”.

Filipe Novais possui um Mestrado em Gestão pela Universidade Lusíada de Lisboa e várias formações complementares em áreas abrangentes como liderança, farmacoeconomia, finanças ou coaching skills.

Filipe Novais é, ainda, Presidente da Associação Portuguesa de Marketing Farmacêutico, desde 2011.

A Astellas, é a segunda maior companhia farmacêutica no Japão. O plano estratégico da empresa para 2015-2017, passa por criar um crescimento sólido e resiliente a médio-longo prazo através de três estratégias principais: Maximizar o Valor do Produto, Criar Inovação e Procurar Excelência Operacional.

Em votação na Comissão Europeia
A autorização para se continuar a usar o pesticida glifosato vai ser votada quarta-feira na Comissão Europeia e em Portugal uma...

Dirigida à Assembleia da República, ao Presidente da República e ao Ministério do Ambiente, a petição pretende "a proibição total de venda, distribuição ou uso do herbicida glifosato" em Portugal, por ter sido considerado um "carcinogénico provável para o ser humano" pela Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro, da Organização Mundial de Saúde.

"Isto significa que há provas científicas convincentes de que a substância provoca cancro em animais de laboratório e provas limitadas de que também o faz no ser humano", salienta o texto da petição.

"Devido ao perigo que apresenta à saúde humana e animal, vimos pedir aos responsáveis no Governo português que proíbam o uso, venda e distribuição deste herbicida, usado em culturas geneticamente modificadas, jardins, entre outros usos, em todo o território nacional", explica.

Em Portugal, as autarquias usam este produto para retirar as ervas daninhas de jardins ou de outros locais públicos.

A Quercus, uma das entidades que é contra a utilização do glofosato, lançou uma campanha a incentivar as autarquias a deixar este produto, tendo obtido a adesão de seis municípios, incluindo Porto e Braga, e 14 freguesias.

Esta associação de defesa do ambiente defendeu que Portugal deve votar contra a reautorização do glifosato no comité de peritos de quarta-feira, um desafio que dirigiu ao ministro da Agricultura.

Em meados de abril, uma decisão do Parlamento Europeu, no sentido de autorizar por mais sete anos a utilização do glifosato, deu origem a reações contra: dos ambientalistas da Plataforma Transgénicos Fora, dizendo tratar-se de "uma profunda cedência" à indústria dos agroquímicos, e a favor da Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA), que representa os comercializadores de fitofarmacêuticos.

Depois dos alertas, o Ministério da Agricultura anunciava que iria retirar do mercado a taloamina e todos os produtos fitofarmacêuticos que contenham aquela substância, por constituírem um risco grave para a saúde humana, animal e para o ambiente.

Um comunicado do Ministério liderado Capoulas Santos considerava que “os produtos fitofarmacêuticos contendo o co-formulante em questão são suscetíveis de constituir risco grave para a saúde humana ou animal ou para o ambiente”, razão pela qual devem ser imediatamente proibidos.

Dados divulgados pela imprensa, em abril, referiam que, pelo menos, 89 câmaras municipais usam o pesticida para tratamento de vias públicas e que, em 2014, foram vendidas em Portugal cerca de 1.600 toneladas do produto.

Hipertensão arterial afeta quase metade da população portuguesa
Aveiro foi a cidade eleita para acolher as atividades comemorativas do Dia Mundial da Hipertensão que se assinala hoje.

O Dia Mundial da Hipertensão (DMH) é uma iniciativa da World Hypertension League, à qual a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) se associa, que tem como objetivo alertar a população para a hipertensão, doença silenciosa que afeta 42% de portugueses.

Neste dia, a SPH pretende sensibilizar a população para a necessidade de conhecer os valores da pressão arterial, aliando-se assim à campanha mundial cujo lema é: “Conheça os seus valores. Controle a sua pressão arterial”. A SPH relembra a importância de medir a pressão arterial frequentemente, praticar exercício físico regular e reduzir o consumo de sal.

A Capital da Hipertensão 2016 vai ter as atividades centradas na Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, em Aveiro. Como já é habitual, para assinalar o DMH, médicos e enfermeiros realizam rastreios gratuitos à pressão arterial, glicémia capilar, índice de massa corporal, além de prestarem aconselhamento nutricional. Os rastreios têm início às 9h30 e terminam às 17h30.

A alimentação saudável e a redução de consumo de sal continuam a ser as grandes prioridades para a SPH e, por isso, este DMH vai ser marcado por dois momentos de Show Cooking, um de manhã e outro de tarde. No período da manhã vai ser realizado um Show Cooking com o Chef Paulo Vieira e os alunos dos Cursos Vocacionais do Colégio Vieira de Castro. Receitas com baixo teor de sal e alimentos saudáveis para o coração vão ser o foco destas aulas de culinária. Os restaurantes da cidade de Aveiro também não vão ficar indiferentes a esta efeméride e, por isso, colocam à disposição um prato ou menu especialmente concebido para a comemoração do DMH.

A atividade física faz também parte das atividades desenvolvidas pela SPH, estando prevista a realização de uma caminhada, uma aula de exercício físico adaptado à população sénior e uma aula de zumba com muita música e animação.

As atividades para os mais novos vão se realizar no Centro Cultural e de Congressos da cidade de Aveiro. A SPH acredita que o envolvimento das crianças em ações de sensibilização são a melhor forma de levar bons hábitos para a casa dos portugueses, devido ao seu grande poder de influência no núcleo familiar. As atividades para os mais novos começam às 10h com uma peça de teatro “Viver Saudável – Viver Feliz”, seguida da palestra “A Brincar Aprendemos” e jogos tradicionais.

As comemorações do DMH também vão ser assinaladas em Lisboa com atividades dirigidas aos mais novos, protagonizadas pelo herói infantil Mister Sal. O Externato Educação Popular, em Lisboa, recebe a iniciativa “Mister Sal Não Leve a Mal”, uma ação lúdica de sensibilização para o consumo de sal em excesso e ainda a peça de teatro “Com Peso e Medida”.

“As ações de sensibilização do DMH têm grande importância para a SPH porque é urgente travar o aparecimento da hipertensão arterial. Uma parte considerável da população portuguesa é hipertensa, pelo que importa prevenir a doença com rastreios regulares, exercício físico e alimentação saudável com baixo teor de sal. As consequências da hipertensão podem não ser imediatas, até porque se trata de uma doença assintomática numa fase inicial, mas a longo prazo pode dar origem a problemas mais graves como o acidente vascular cerebral, enfarte agudo do miocárdio e doenças renais”, refere o presidente da SPH, Professor José Mesquita Bastos.

As atividades comemorativas do DMH foram desenvolvidas com o especial apoio da Câmara Municipal de Aveiro e da Universidade de Aveiro, tendo ainda contado com a colaboração da Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte, do Grupo de Teatro Amador Ribalta Vista Alegre e do Pingo Doce.

Atividades Dia Mundial da Hipertensão

Local: Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, Aveiro

9h30 – Rastreio de Saúde (tensão arterial, glicémia capilar, índice de massa corporal, aconselhamento nutricional)
10h – Show Cooking com o Chef Paulo Vieira e alunos dos Cursos Vocacionais do Colégio Vieira de Castro
11h - Caminhada
12h – Palestra – Temos tempo e vida, Dr. Paulo Almeida
12h45 – Cerimónia de abertura
13h30 Almoço
14h – Rastreio de Saúde (tensão arterial, glicémia capilar, índice de massa corporal, aconselhamento nutricional)
14h30 - Show Cooking com o Chef Paulo Vieira
15h30 – Palestra – Temos tempo e vida, Dr. Paulo Almeida
16h – Aula de exercício físico com idosos
17h – Aula de zumba, Professor Vítor Monteiro (Local: Rossio)
17h45 – Encerramento das atividades do DMH

Atividades Dia Mundial da Hipertensão – Programa infantil

Local: Centro Cultural e de Congressos, Aveiro

10h – Peça de teatro Viver Saudável – Viver Feliz (Grupo de Teatro Amador Ribalta Vista Alegre)
11h – Palestra – A Brincar Aprendemos, Dr. Joel Pinto
11h20 – Atividade física / Atividades lúdicas (jogos tradicionais)
14h30 – Peça de teatro Viver Saudável – Viver Feliz (Grupo de Teatro Amador Ribalta Vista Alegre)
15h30 – Palestra – A Brincar Aprendemos, Prof. Mesquita Bastos
15h50 – Atividade física / Atividades lúdicas (jogos tradicionais)

Mister Sal Não Leve a Mal / Teatro "Com Peso e Medida"

Local: Externato Educação Popular, Lisboa

Estudo
Portugal é o segundo país da União Europeia com maiores necessidades de saúde oral não satisfeitas, segundo um estudo que...

O estudo “Cuidados de Saúde Oral – Universalização” foi encomendado pela Ordem dos Médicos Dentistas à Universidade Nova – School of Business & Economics e apresenta vários cenários para aumentar o acesso dos portugueses a cuidados de saúde oral.

Em Portugal, 17,8% das pessoas com mais de 16 anos relatam não ter as suas necessidades de saúde oral satisfeitas, quando a média da União Europeia (UE) é de 7,9%, de acordo com dados publicados no estudo.

Em entrevista, o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, sublinhou que a dificuldade de acesso a saúde oral se torna ainda mais evidente quando Portugal surge bem posicionado ao nível dos cuidados de saúde gerais.

De facto, o estudo indica que apenas 5,1% dos portugueses com mais de 16 anos relata necessidade de saúde não satisfeitas (abaixo da média da UE), enquanto ao nível de cuidados dentários o valor dispara para quase 18%, uma percentagem mais de duas vezes superior à média europeia.

Em Portugal existem entre 20 a 25 médicos dentistas nos cuidados de saúde primários e as famílias são forçadas a recorrer a dentistas privados que pagam integralmente do seu bolso.

No estudo elaborado por Alexandre Lourenço e Pedro Pita Barros fica explícito que “não só as famílias com rendimentos mais baixos são afetadas, mas também as de rendimentos mais elevados enfrentam despesas catastróficas quando acedem a serviços de saúde oral”.

As despesas catastróficas são os pagamentos diretos das famílias de tal forma elevados em relação ao dinheiro disponível que leva a que o agregado familiar seja obrigado a abandonar o consumo de outros bens e serviços necessários.

“Quem sofre mais são os mais pobres, porque nem sequer acedem a cuidados de saúde oral, estão totalmente excluídos. Mas o estudo mostra que a classe médica também sofre muito […] porque tenta aceder a cuidados e a catástrofe é a do empobrecimento, de abdicar de aspetos de outras despesas essenciais para pagar cuidados de despesas dentárias em situações especiais”, vincou o bastonário dos Médicos Dentistas.

Monteiro da Silva recordou que em Portugal mais de metade dos idosos (a partir dos 65 anos) não tem um único dente natural na boca e, em muitos casos, nem sequer prótese dentária têm a substituir os dentes perdidos.

Estudo
O Estado precisaria de 280 milhões de euros anuais para dar a todos os utentes acesso a cuidados de medicina dentária em regime...

O estudo apresentou vários cenários para aumentar o acesso dos portugueses a cuidados de saúde oral e recomenda que se opte pelo aumento da cobertura pública através de prestação privada, um regime convencionado como já acontece noutras áreas (análises clínicas, por exemplo).

A aplicação deste regime aponta para um encargo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de 280 milhões de euros por ano, o que daria uma despesa de 28 euros por cada português.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, entidade que encomendou o estudo, refere que “a opção mais razoável em termos de custos e de equipamentos já instalados” seria “aproveitar os cerca de 10 mil médicos dentistas que estão distribuídos por quase sete mil clínicas e consultórios”.

Em entrevista, Orlando Monteiro da Silva, explicou que o custo anual de 280 milhões de euros permitiria incluir cerca de 90% dos cuidados de saúde para todos os utentes do SNS. Ou seja, naqueles custos estão contemplados os cuidados e tratamentos mais frequentes, como extrações, desvitalização ou limpezas.

O bastonário reconhece o peso económico da medida, admitindo que não seja realizada de forma repentina, mas sim numa perspetiva gradual, abrindo sucessivamente os cuidados de saúde oral à população, começando, por exemplo, pelos mais desfavorecidos ou utentes com patologias crónicas.

“Há um caminho gradual que pode ser percorrido. E deve ser feito, já se perdeu demasiado tempo, com outros custos: o custo de não fazer nada é muito superior a isto, o custo de ter uma população a evitar alimentos, o custo do absentismo ao trabalho, de crianças a faltarem à escola, o custo social de andar desdentado”, afirmou.

O estudo de Alexandre Lourenço e Pedro Pita Barros, da Nova School of Busines & Economics, traçou ainda o cenário de uma prestação de cuidados de saúde oral integralmente pública, equipando centros de saúde e contratando médicos dentistas.

Para cobrir as necessidades do país, seria preciso contratar 6.500 médicos dentistas, o que representaria um encargo anual de 182 milhões de euros, apenas destinados ao pagamento de salários destes profissionais.

O estudo não realizou outras contas para este cenário, mas a Ordem dos Médicos Dentistas estima que o valor triplicaria se fossem contabilizados os gastos com ordenados de assistentes dentárias, obras de adaptação, custos com equipamentos e manutenção, além dos consumíveis usados nas consultas.

“Quarenta anos depois, o panorama do SNS mudou radicalmente, com quase sete mil consultórios e clínicas dentárias. O estudo recomenda não duplicar e procurar que haja uma possibilidade de aproveitar o investimento privado que está desaproveitado”, sintetizou

Para o bastonário, o caminho futuro não tem de passar por uma solução integralmente pública ou totalmente convencionada, podendo haver uma combinação de ambas.

Uma dessas possibilidades de solução mista poderia passar por ter um regime convencionado juntamente com uma “pequena rede de centros de saúde com médicos dentistas” para alguns grupos de doentes, como os oncológicos ou insuficientes renais ou outro tipo de doentes crónicos.

O estudo avalia ainda o cenário de aumentar a cobertura privada de cuidados de saúde oral através de seguros com prestação privada, cabendo ao Estado negociar com o setor segurador.

De acordo com os autores, esta hipótese poderia “permitir uma redução do risco financeiro das famílias” e rentabilizar a oferta privada existente, mas “o enquadramento político e social é adverso ao recurso ao setor segurador para assegurar funções do Estado”.

O bastonário dos Dentistas vinca que o país “já esperou” demasiado por um acesso universal de cuidados de saúde oral, considerando que as decisões políticas devem ser ponderadas com as bases científicas e técnicas e sem “preconceitos ideológicos” como pano de fundo.

Dia Mundial Sem Tabaco
No âmbito do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala no mês de maio, a Comissão de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de...

Apesar de os últimos dados divulgados pela Direção Geral de Saúde revelarem que, em termos absolutos, o número de jovens fumadores dos 15 aos 24 anos diminuiu entre 2005/2006 e 2014, a verdade é que há a registar o aumento da iniciação do consumo, traduzido pela diminuição da prevalência dos “nunca fumadores” de quase 5 %. Estamos perante jovens que envolvem uma longa faixa etária que a Sociedade Portuguesa de Pneumologia e o Corpo Nacional de Escutas (CNE)  procuram alcançar através de uma campanha transversal a várias idades.

A mensagem é muito simples e direta: Fumar é ridículo, tão ridículo quanto usar chupeta em idades impróprias, um comportamento que José Pedro Boléo-Tomé, Coordenador da Comissão da Tabagismo da SPP, explica: “sabe-se que a maior parte dos jovens inicia o consumo por curiosidade e influência de amigos ou de grupos. Trata-se de uma forma de afirmação e integração em grupos que se querem evidenciar pela ousadia ou rebeldia de fumar. A campanha deste ano não faz mais que ridicularizar o ato de fumar, incutindo nos jovens uma postura de afirmação positiva dizendo não ao tabaco”.

O especialista defende ainda que é junto dos jovens em idade escolar que é necessário intervir, questão que é comprovado por um estudo recentemente desenvolvido com o apoio da DGS e que revela que a iniciação tabágica ocorre entre o 7.º e o 9.º ano. No 7.º ano, cerca 70 a 80% dos jovens nunca fumaram um cigarro, uma percentagem que baixa para os 40% no 9.º ano.

A esta campanha associa-se também o Corpo Nacional de Escutas que espera conseguir envolver grande parte dos 72.500 membros deste movimento juvenil que é o maior a nível nacional e mundial. Para Norberto Correia, Chefe Nacional do CNE, “a luta contra o tabagismo é um dever de todos nós, cidadãos. É algo que deve ser encarado como um investimento na formação e qualidade de vida dos jovens de hoje, assim como das gerações futuras”.

A campanha que agora arranca está disponível para consulta e download em www.sppneumologia.pt   e pode ser acompanhada através de www.facebook.com/corponacionaldeescutas

Estudo
Manter uma atividade física moderada e continuada permitirá reduzir o risco de 13 tipos de cancro, segundo um estudo norte...

Estima-se que 51% dos adultos nos Estados Unidos e 31% em todo o mundo não façam qualquer exercício recomendado para manter a saúde, sublinham os investigadores do Instituto Nacional do Cancro norte-americano (NCI), cujo estudo foi publicado ‘online’ no Journal of the American Medical Association, Internal Medicine.

Por atividade física regular entendem os investigadores caminhar, correr, nadar ou andar de bicicleta a um ritmo entre o moderado e o vigoroso durante 150 minutos por semana.

Centenas de estudos anteriores analisaram a relação entre atividade física e redução do risco de desenvolver cancro do cólon, da mama e do endométrio, tecido que reveste o útero, mas os resultados não foram conclusivos para os outros tipos de tumores, devido ao demasiado pequeno número de participantes envolvidos, observam os autores do novo estudo.

Estes últimos trabalharam dados de 1,44 milhões de pessoas com idades entre os 19 e os 98 anos, nos Estados Unidos e na Europa.

Os participantes foram seguidos, em média, durante 11 anos, um período durante o qual 187.000 novos casos de cancro foram diagnosticados.

O novo estudo não só confirmou a relação já comprovada entre um nível sustentado de exercício e a maior baixa do risco de cancro colorretal, da mama e do endométrio, mas também de dez outros tipos de tumores.

Os investigadores detetaram uma redução do risco dos seguintes cancros: esófago (-42%), fígado (-27%), pulmão (-26%), rim (-23%), estômago (-22%), endométrio (-21%), sangue (-20%), cólon (-16%) e mama (-10%).

Na maioria dos casos, a relação entre atividade física e redução do risco de cancro manteve-se independentemente do peso da pessoa e de se tratar ou não de um fumador.

Para o conjunto dos cancros, a redução do risco resultante de exercício regular vigoroso foi de 7%.

Em contrapartida, as atividades físicas foram relacionadas com um aumento de 5% do risco de cancro da próstata e de 27% do melanoma, um agressivo cancro da pele. Sobretudo em regiões com muito sol nos Estados Unidos.

“Os nossos resultados mostram que a ligação entre exercício e redução do risco de cancro pode ser generalizada em diferentes grupos da população, incluindo entre as pessoas com excesso de peso e obesas e ex-fumadoras”, frisou Steven Moore, investigador do National Cancer Institute e principal autor do estudo.

Hipertensão
De acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia existem, em Portugal, cerca de dois milhões de hi

A Hipertensão arterial é uma síndrome metabólica caracterizada pelo aumento dos valores tensionais do sangue. Habitualmente acompanhada por outras alterações como a obesidade, ela é considerada como uma das principais causas de morte, em todo o mundo, uma vez que é responsável por aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

A hipertensão pode ser dividida em três estágios, definidos pelos níveis da pressão arterial, podendo, de acordo com os mesmos, o risco de morte cardiovascular ser classificado como moderado, alto ou muito alto.

De acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia, “a pressão arterial é quantificada através de dois números. O primeiro e mais elevado diz respeito à pressão que o sangue exerce nas paredes das artérias quando o coração está a bombear sangue”. Este valor designa a pressão arterial sistólica, vulgarmente conhecida por “máxima”.

“O segundo número indica-nos a pressão que o sangue exerce nas artérias quando o coração está relaxado”, pode ler-se. Também conhecida como “mínima”, corresponde à pressão arterial diastólica.

A pressão arterial ideal deve ser inferior a 120/80, pelo que acima destes valores aumenta o risco de doença coronária ou acidente vascular cerebral.

Alguns estudos sugerem que a hipertensão seja, em 90 por cento dos casos hereditária. Outros apontam outras causas ou doenças que a condicionem.

No entanto, há vários fatores que influenciam os níveis da pressão arterial.  

O consumo excessivo de sal ou as bebidas alcoólicas estão na lista do que deve evitar para se manter saudável.

Por outro lado, segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a prática de exercício físico regular pode ajudar no controlo destes valores, contribuindo, em muitos casos, para uma descida significativa dos níveis de tensão.

Além destes fatores de risco, sabe-se que a incidência da hipertensão aumenta com a idade. Com o passar do tempo nossas artérias começam a ficar envelhecidas, calcificadas, perdendo a capacidade de dilatar – designando-se de vasos menos complacentes.

Estima-se que cerca de 70 por cento dos adultos acima dos 50 ou 60 anos sofram de hipertensão.

Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada com a ajuda de um regime alimentar equilibrado, pobre em gordura e sal, amigo do seu coração.

Alimentos que combatem a hipertensão

Aveia – sendo uma excelente fonte de fibras, minerais e vitaminas, a aveia atua no controlo da glicose sanguínea;

Noz e Amêndoa – ricas em magnésio, que funciona com um vasodilator que melhora a pressão arterial, apresentam ainda na sua composição vitamina E - um antioxidante natural que ajuda no combate ao envelhecimento precoce e na prevenção das doenças cardiovasculares;

Alho – rico em vitamina C é responsável por diminuir a ação dos radicais livres, responsáveis pelo aparecimento de doenças cardíacas;

Leite e derivados – o cálcio, presente nestes alimentos, funciona como hipotensor, atuando na diminuição da pressão sanguínea, uma vez que estimula a eliminação de sódio;

Cereais integrais – previnem o aparecimento de diabetes, cancro e ajudam na manutenção do peso e no combate à hipertensão. Ricos em magnésio, estimulam a dilatação dos vasos sanguíneos;

Alimentos ricos em ómega 3 – os ácidos gordos presentes em alimentos como salmão, atum, sardinha, azeite ou linhaça são indicados para os hipertensos. Vários estudos comprovam que a ingestão de ómega 3 está intimamente ligada à diminuição da vasoconstrição e ao aumento da vasodilatação;

Alimentos ricos em potássio – Cenoura, feijão preto, abóbora, laranja ou banana constam da lista de alimentos recomendados no combate à hipertensão. O potássio é estimula a eliminação do sódio do organismo, responsável pela retenção de líquidos e do consequente aumento da tensão arterial. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No distrito de Coimbra
Um teste de saúde desenvolvido por uma empresa do distrito de Coimbra pode avaliar o risco genético cardiovascular de uma...

O dispositivo médico já está certificado e vai ser aplicado num estudo, que envolve 500 pessoas, em parceria com os serviços de cardiologia A e B do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

"O teste genético é um apoio muito grande ao diagnóstico, nomeadamente nos casos de doentes de risco intermédio, já com história familiar de hipertensão e que estão próximo dos valores limites, mas que ainda não podem ser considerados hipertensos", explicou à agência Lusa a investigadora Ana Teresa Freitas.

A diretora executiva da empresa portuguesa HeartGenetics, sediada no parque de biotecnologia Biocant, em Cantanhede, considera que o teste pode ser muito vantajoso para o doente, por permitir o correto acompanhamento médico antes de se entrar "num estado de não retorno".

"A hipertensão resulta da degradação dos vasos sanguíneos e se já estiver instalada não há forma de voltar atrás, a não ser controlar com medicação. Mas se for diagnosticada antecipadamente, os profissionais de saúde podem atuar antes dos vasos sanguíneos estarem degradados", salientou Ana Teresa Freitas.

A investigadora acrescenta ainda que o teste genético pode contribuir para o controle do doente antes de se tornar hipertenso "e para que nunca desenvolva a doença, proporcionando uma redução de custos brutal para o Serviço Nacional de Saúde".

Salientando que a hipertensão arterial é um problema de saúde pública a nível mundial, Ana Teresa Freitas frisa também que o conhecimento do perfil de risco genético poderá "levar à adoção de estilos de vida mais saudáveis".

Segundo a diretora executiva da HeartGenetics, o teste foi desenvolvido entre 2013 e 2014 e obteve o certificado de dispositivo médico em 2015, podendo vir a ser comercializado em Itália, Alemanha e Brasil, após os testes que se vão realizar nos próximos meses.

Em Portugal, o dispositivo vai ser testado nos próximos 18 meses em 500 pessoas indicadas pelos serviços de cardiologia A e B dos CHUC.

Num homem de 64 anos
Um homem de 64 anos que perdeu a maior parte do pénis devido a cancro está a recuperar bem depois de ter sido submetido à...

A operação de 15 horas ocorreu no início deste mês no Massachusetts General Hospital, em Boston, e é a terceira do género efetuada em todo o mundo.

“O doente, Thomas Manning, de 64 anos, de Halifax, Massachusetts, continua a recuperar bem, com a circulação sanguínea restabelecida no órgão doado e sem sinais de hemorragia, rejeição ou infeção”, indicou o hospital em comunicado.

“Apesar de o doente se encontrar ainda numa fase inicial do processo de cicatrização pós-cirúrgico, os seus médicos afirmam estar cautelosamente otimistas de que ele recuperará a função perdida em 2012”, acrescenta-se na nota divulgada.

O pénis veio de um dador morto cujos tipo de sangue e cor de pele eram compatíveis com os de Manning.

Manning expressou gratidão ao dador e respetiva família, que solicitou o anonimato, e disse que queria divulgar a sua história para acabar com a vergonha e o estigma associados à perda do pénis.

“Ao partilhar este êxito com todos vós, é minha esperança que possamos inaugurar um futuro brilhante para este tipo de transplante”, disse Manning em comunicado.

Os médicos do Massachusetts General Hospital estão a trabalhar no procedimento há mais de três anos, inclusive praticando em cadáveres, com o objetivo de aperfeiçoarem a técnica antes de a disponibilizarem a um número maior de candidatos, particularmente soldados que sofreram danos ou mutilação genital em cenários de guerra.

Numa entrevista ao New York Times, Manning relatou que os médicos lhe diagnosticaram uma forma rara de cancro no pénis em 2012. Depois de removido o tumor, ficou com um coto com cerca de 2,5 centímetros.

Manning, que era solteiro quando o diagnóstico lhe foi feito, tinha de se sentar para urinar e temia a intimidade com as mulheres.

“Não me aproximava de ninguém, não conseguia ter uma relação com ninguém. Não se pode dizer a uma mulher: ‘Amputaram-me o pénis’”, observou.

Os três principais objetivos da operação eram devolver ao órgão genital uma aparência mais natural, permitir ao doente urinar normalmente e, potencialmente, obter funcionalidade sexual.

“Temos esperança de que estas técnicas reconstrutivas nos permitam aliviar o sofrimento e desespero daqueles que passaram pela devastadora experiência de lesões do trato genital e urinário e que estão, muitas vezes, tão desanimados que consideram acabar com a própria vida”, disse o médico Curtis Cetrulo, do Centro de Transplantes e do Departamento de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva do Massachusetts General Hospital.

O primeiro transplante peniano do mundo foi feito na China em 2006, mas foi posteriormente removido devido a “um grave problema psicológico do recetor e da sua mulher”, indicaram os médicos.

Foi na África do Sul que foi anunciado, no ano passado, o primeiro transplante bem-sucedido. O órgão doado foi reimplantado num jovem de 21 anos que havia perdido o pénis numa circuncisão mal feita.

Ordem dos Médicos do Centro
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos apresentou em Coimbra o Gabinete de Apoio aos Médicos Portugueses no...

O gabinete tem como principais áreas de atuação o fomento de um "regresso mais facilitado" aos profissionais residentes no estrangeiro, o fornecimento de informação necessária para médicos que decidem emigrar e o aprofundamento da ligação com médicos que trabalham no estrangeiro (com permanente envio de informação), disse o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Carlos Cortes.

O projeto pioneiro a nível nacional arrancou devido à "nova realidade" da emigração médica, explicou Carlos Cortes, sublinhando que nos últimos três anos emigraram cerca de 1.300 profissionais, 52% dos quais com menos de 35 anos e 65% sem especialidade médica.

O presidente da SRCOM defendeu que o Ministério da Saúde, a par de "tentar criar iniciativas para regresso dos médicos aposentados", deveria também incentivar o retorno dos médicos residentes no estrangeiro.

Neste momento, "muitos dos concursos são fechados" e torna mais difícil o regresso de médicos emigrados, sendo necessário o executivo "aproveitar esta vontade" dos profissionais e "fomentar uma autoestrada de regresso" aos clínicos.

Face à falta de "médicos em algumas áreas e especialidades", o Ministério da Saúde poderia aproveitar a "bolsa considerável" de clínicos portugueses no estrangeiro para colmatar as dificuldades de recursos humanos.

Segundo Carlos Cortes, de momento, "os médicos saem e têm sido esquecidos".

Para o dirigente da Ordem dos Médicos, o gabinete também terá uma vertente de ação política "para sensibilizar para esta realidade", ao mesmo tempo que irá elaborar um "guia de regresso ao médico no estrangeiro".

"Nós queremos continuar a estar a par daquilo que acontece no nosso país de origem. Há uma necessidade grande de manter esta ligação com o nosso país", sublinhou Alberto Pais, especialista em Medicina Geral e Familiar, atualmente a exercer em França.

Para além da necessidade de ligação ao país, a vontade de retorno é algo que está "sempre no horizonte", frisou o jovem médico, defendendo "mais instrumentos de mobilidade" para facilitar o retorno ao país.

Em 2015, segundo dados da Ordem dos Médicos, emigraram 475 profissionais e 374 em 2014. Dos 475 médicos emigrados no ano passado, 51 estavam inscritos na SRCOM.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde apresentou diversas diretrizes para o tratamento das sequelas da mutilação genital feminina ou...

Pela primeira vez foram elaboradas indicações dirigidas às mulheres afetadas por esta mutilação, à qual são expostas anualmente cerca de três milhões de mulheres e crianças.

A mutilação genital feminina ou ablação implica a eliminação parcial ou total dos órgãos genitais externos das mulheres, que provocar dor, perda de sangue, e que pode provocar a morte.

No caso da mutilação conhecida por infibulação, são secionadas diversas partes dos órgãos genitais e também se cosem os lábios vaginais, pelo que se deixa apenas uma abertura para urina e o sangue menstrual, o que pode provocar a morte durante o parto, incluindo para os bebés, que podem ficar bloqueados.

A longo prazo as mulheres podem sofrer disfunção sexual, infeções urinárias ou problemas psicológicos como depressão, ansiedade ou síndroma pós-traumático.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere-se a um problema de saúde global, com especial incidência em 30 países de África e alguns da Ásia, mas com casos cada vez mais frequente em países da Europa e América do Norte devido à imigração.

Doris Chou, perita do departamento de Saúde reprodutiva e investigação da OMS reiterou em declarações à agência noticiosa Efe a importância do pessoal médico para a erradicação desta prática, sobretudo após os casos cada vez mais comuns de envolvimento médico na ablação.

“As próprias famílias apercebem-se das complicações que podem ocorrer no decurso da mutilação, e recorrem ao pessoal médico mais próximo pedindo-lhes que a efetuem”, assinalou.

Em Portugal
A ministra da Justiça anunciou a intenção de criminalizar atividades que atualmente são meras infrações contraordenacionais,...

Na cerimónia de abertura da conferência sobre “Fraude na Saúde”, que decorre em Lisboa, Francisca Van Dunem explicou que esta tipificação de novos crimes acontecerá no seguimento da assinatura por Portugal da Convenção do Conselho da Europa (medicrime) sobre contrafação de produtos medicamentosos e crimes similares.

“Mas não chega dotar o ordenamento jurídico de instrumentos punitivos. É necessário adotar uma atitude vigilante e proativa na prevenção desta criminalidade que se socorre de meios e métodos cada mais sofisticados”, disse a ministra.

Segundo afirmou, “a saúde é hoje um relevante mercado para o crime, do crime pouco organizado à escala doméstica, à grande criminalidade transnacional”.

“Os sistemas de saúde são territórios cada vez menos imunes aos comportamentos desviantes de um conjunto muito diversificado de atores”, disse, acrescentando que “a intensidade e proximidade das relações” entre várias entidades “podem gerar caldos de cultura potenciadores da prática de crimes diversos, nomeadamente corrupção ativa e passiva, burla e falsificação de documentos”.

Sem avançar números concretos sobre o impacto da fraude no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a ministra recordou estimativas mundiais que apontam para dez por cento do seu custo total.

Aos jornalistas, Francisca Van Dunem especificou que nos anos de 2013 e 2014 existiram processos de fraude na saúde, alguns deles ainda em julgamento, que atingiram os 100 milhões de euros.

Presente nesta conferência, o ministro da Saúde apresentou o setor da saúde como “apetecível” para os que procuram o lucro fácil.

Entre as várias medidas com que Adalberto Campos Fernandes conta combater a fraude no setor que dirige está a introdução de códigos nos medicamentos e em outros produtos similares.

Além da prescrição eletrónica, o Ministério da Saúde aposta ainda no controlo dos utentes sobre os gastos que efetuaram no e ao SNS, de forma a estes saberem se alguém anda a apresentar faturas em seu nome.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quase todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Alto’ de exposição à radiação ultravioleta (UV), informou o...

De acordo com o instituto, em risco ‘Muito Alto’ de exposição à radiação UV estão as regiões de Bragança, Faro, Guarda, Sagres, Viseu, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Lisboa, Penhas Douradas, Porto, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Vila Real, Santa Cruz das Flores, Horta, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada.

A exceção, segundo o IPMA, vai para Leiria, Funchal e Porto Santo que hoje apresenta risco ‘Alto’.

Para as regiões com níveis 'Muito Alto', o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de aconselhar que seja evitada a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 02, em que o UV é 'Baixo', 03 a 05 ('Moderado'), 06 a 07 ('Alto'), 08 a 10 ('Muito Alto') e superior a 11 ('Extremo').

Quanto ao estado do tempo, o instituto prevê para hoje no continente céu pouco nublado, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral a norte do cabo Raso até final da manhã, e aumentando temporariamente de nebulosidade durante a tarde em especial nas regiões do interior.

A previsão aponta também para vento em geral fraco do quadrante norte, soprando moderado, de noroeste no litoral oeste a sul do cabo Mondego, em especial durante a tarde, e de nordeste nas terras altas até ao início da manhã, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e pequena subida de temperatura.

Na Madeira prevê-se céu geralmente muito nublado e vento moderado a forte de nordeste, tornando-se forte com rajadas até 80 quilómetros por hora nas zonas montanhosas a partir da tarde.

Para os Açores a previsão aponta para períodos de céu muito nublado, especialmente por nuvens altas, com boas abertas e vento oeste moderado

Quanto às temperaturas, em Lisboa vão variar entre 13 e 24 graus Celsius, no Porto entre 11 e 19, em Vila Real entre e Viseu 10 e 23, em Bragança entre 09 e 22, na Guarda entre 08 e 19, em Castelo Branco entre 13 e 25, em Coimbra entre 12 e 23, em Santarém entre 12 e 26, em Évora entre 11 e 28, em Beja entre 11 e 26, em Faro entre 17 e 24, no Funchal entre 16 e 21, em Ponta Delgada e na Horta entre 15 e 20 e em Santa Cruz das Flores entre 16 e 20.

Até junho
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, defendeu a necessidade de incentivar os médicos a trabalhar no interior,...

“Estamos a preparar legislação que visa dar um impulso maior” à fixação destes profissionais de saúde em concelhos do interior de Portugal, declarou Adalberto Campos Fernandes, na Pampilhosa da Serra.

O ministro da Saúde falava aos jornalistas, no final da cerimónia de inauguração do novo Centro de Saúde desta vila do distrito de Coimbra, um equipamento a funcionar desde abril e que custou cerca de um milhão de euros, concebido para prestar cuidados de saúde a quase 4.000 utentes.

Realçando que “é sobretudo na profissão médica que as dificuldades se põem mais”, disse que o Ministério da Saúde está “neste momento a preparar instrumentos legislativos” destinados a “criar condições para que os jovens médicos”, no início da carreira, possam fixar-se nos chamados territórios de baixa demográfica.

“Nós contamos, até ao fim do primeiro semestre, ter esse procedimento legislativo levantado”, o qual abrangerá também “médicos mais velhos, que estejam em atividade”, e que “em regime de mobilidade parcial ou temporária possam durante algum tempo” desenvolver a sua atividade no interior.

O problema, segundo o ministro da Saúde, “não é apenas muitas vezes uma questão de natureza remuneratória, que também conta”, mas antes um problema relacionado com “apoios de condição local, aos filhos e à família”.

“No interior, há boas condições de vida e trabalho, há também condições para que os médicos possam considerar essa realidade”, sublinhou Adalberto Campos Fernandes.

Financiada em 85% por fundos europeus, através do programa Mais Centro, a construção do Centro de Saúde foi da responsabilidade da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, presidida pelo social-democrata José Brito, que disponibilizou o terreno na urbanização da Quinta de São Martinho, junto à Escola Secundária, e assumiu os restantes 15% dos encargos com as obras.

O montante de um milhão de euros investido abrange a empreitada de construção e a aquisição dos novos equipamentos.

No âmbito de um protocolo celebrado com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, este organismo do Estado presidido pelo médico José Tereso pagou 15% das despesas com equipamento, tendo cabido 85% ao Mais Centro.

O Centro de Saúde da Pampilhosa da Serra, que pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte, tem 3.758 utentes, quatro médicos, cinco enfermeiros e sete assistentes técnicos.

A unidade integra as extensões de Dornelas do Zêzere e Unhais-o-Velho.

Os trabalhos de construção do edifício arrancaram em agosto de 2014 e terminaram em dezembro de 2015.

Ministro da Saúde
O Governo quer criar este ano 30 novas unidades de saúde familiar do tipo A e migrar para o tipo B, ultrapassando a média da...

“Dentro do rigor orçamental a que estamos obrigados e de que não iremos abdicar, conseguimos suscitar o desafio de, em relação às USF tipo A, pelo menos 30 possam ser criadas no segundo semestre e em relação à migração do tipo A para B possamos ir até 25, ultrapassando o que foi a média da última legislatura”, afirmou.

Adalberto Campos Fernandes falava em Aveiro no encerramento do 8.º Encontro Nacional das Unidades de Saúde Familiar, antevendo que 2016 será “um bom ano para os cuidados primários de saúde em Portugal” e de “recuperação do tempo perdido” em infraestruturas e dotação de meios humanos.

“Estamos com o maior programa de renovação de equipamentos, com novos centros de saúde de que temos vindo a assinar os protocolos com as autarquias, mas também naquilo que diz respeito ao capital humano. Vamos ter em junho uma das maiores colocações de jovens médicos de família e também os aposentados estão a manifestar a vontade de voltar ao sistema”, salientou o ministro.

Em relação aos primeiros, Adalberto Campos Fernandes explicou que, com a eliminação da “anacrónica” prova de entrevista, será possível antecipar em três meses a sua colocação.

O titular da pasta da Saúde disse acreditar que no segundo semestre deste ano estarão reunidas as condições para “uma grande recuperação do número de portugueses que ainda não têm médico de família e com isso aliviar a procura dos hospitais, com mais proximidade, mais segurança e mais qualidade”.

O ministro aproveitou para anunciar que “acaba este mês” o sistema de encaminhamento obrigatório de doentes que vigorava, passando a haver “livre acesso e circulação” dentro do Serviço Nacional de Saúde, em que caberá aos médicos de família a decisão de colocar os doentes onde entenderem ser mais conveniente.

Falando para uma plateia numerosa de profissionais de saúde, Adalberto Campos Fernandes apelou à “compreensão e construção de um diálogo social” para promover as mudanças necessárias no Sistema Nacional de Saúde: “Não conseguimos num ano recompor o que foi estragado em cinco ou seis”.

Exortou também os profissionais à colaboração na internalização no SNS de serviços prestados externamente, em interligação com os hospitais, que “representam quase mil milhões de euros” dos gastos na saúde.

“Há muitas rendas excessivas e nada melhor do que os médicos e enfermeiros para nos ajudar a cortar no desperdício”, comentou.

As Unidades de Saúde Familiar (USF) são pequenas unidades dos Centros de Saúde com autonomia funcional e técnica, que visam garantir aos cidadãos inscritos uma carteira básica de serviços.

"Nem todas as USF estarão no mesmo plano de desenvolvimento organizacional. A diferenciação entre os vários modelos de USF (A e B) é resultante do grau de autonomia organizacional e da diferenciação do modelo retributivo e de incentivos dos profissionais", segundo o site da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse que “o que está em causa" com a nova tabela da ADSE “não se aplica”...

Em declarações, à margem do encerramento do 8.º Encontro Nacional das Unidades de Saúde Familiar, o ministro afirmou “distinguir bem o tipo de reações” das ordens profissionais e sindicatos, com quem pretende manter diálogo.

“A responsabilidade da ADSE é garantir a defesa dos beneficiários e não garantir que está ao serviço de benefícios e rendas inapropriados. Não podemos acompanhar reações que são de outro tipo. Há demasiado tempo que a ADSE gasta mal dinheiro que devia gastar bem a cuidar de quem está doente e precisa”, disse Adalberto Campos Fernandes.

O ministro atribuiu a “um mal entendido” a reação da Ordem dos Médicos Dentistas que exigiu a suspensão da nova tabela e revelou ter dado instruções ao diretor geral da ADSE para reunir com o respetivo bastonário “para esclarecer que o que está em causa não se aplica à tabela dos médicos dentistas”.

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) anunciou sexta-feira que iria exigir ao Ministério da Saúde o adiamento da entrada em vigor da nova tabela da ADSE, previsto para 1 de junho, “face às omissões e restrições”.

“A manter-se esta tabela, a OMD usará de todos os meios legais ao seu dispor para fazer valer as prerrogativas legais aplicáveis ao exercício da profissão”, anunciou a OMD, cujo bastonário, Orlando Monteiro da Silva, considerou “estranha” a situação, já que tinha sido criado um grupo de trabalho com a ADSE para proceder à “revisão da tabela”.

Por seu turno a presidente do Sindicatos dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, manifestou “profunda estupefação” com as anunciadas alterações nas tabelas da ADSE, porque “nada foi negociado com as organizações que representam trabalhadores e aposentados”.

A ADSE anunciou que, a partir de junho, tem uma nova tabela, que se traduz numa redução de quatro milhões de euros para este subsistema de saúde da função pública e de um milhão para os beneficiários e refere que, com estas alterações, é reforçada "a sustentabilidade da ADSE" e dado aos beneficiários "uma proteção e uma salvaguarda acrescida, pela fixação prévia do preço do respetivo procedimento cirúrgico”.

Encontradas no Rio Ave
O ministro do Ambiente garantiu que está a acompanhar o aparecimento de quatro estirpes de bactérias multirresistentes no Rio...

“Estamos a acompanhar, a perceber o que de facto está a acontecer e quais são as origens dessas mesmas bactérias”, declarou aos jornalistas o ministro João Matos Fernandes, à margem de uma visita que realizou hoje de manhã ao evento Bioblitz, uma inventariação relâmpago da fauna e da flora na Fundação de Serralves (Porto).

Em abril, a Lusa avançava que um estudo científico do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, em parceria Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e a Universidade de Friburgo na Suíça, isolaram quatro estirpes de bactérias na água do Rio Ave, todas 'Escherichia coli', com grande capacidade de resistência aos antibióticos, incluindo aqueles que se usam exclusivamente nos hospitais para tratamento de infeções graves (carbapenemos).

Em 2010, o mesmo grupo de investigação isolou no rio Ave uma estirpe portadora dos genes de resistência que viriam a ser identificados na “Klebsiella pneumoniae”, que causou o surto de infeção hospitalar de Vila Nova de Gaia.

O ministro do Ambiente saudou os estudos científicos universitários e defendeu que o padrão de análises às águas dos rios devem ser sistematicamente melhorados.

“É sem dúvida muito saudável que organizações universitárias sejam ainda mais exigentes nas análises que são feitas e encontrem bactérias como estas que foram encontradas, que são sem dúvida de preocupação para nós, e a certeza de que aquilo que é o padrão comum analítico que é feito nas águas do rio têm de ser sistematicamente aperfeiçoado”, declarou.

O ministro do Ambiente adiantou ainda que o seu Ministério não tem conhecimento do aparecimento de bactérias multirresistentes noutros rios em Portugal.

“Não temos conhecimento, porque, repito, naquilo que são as análises feitas à qualidade da água, que são feitas pelos organismos do Ministério do Ambiente, dentro de um padrão definido pela Organização Mundial de Saúde”.

João Matos Fernandes disse que o caminho deve ser o de acompanhar a ciência, que “nos vai dando provas inequívocas daquilo que são novas preocupações e novos cuidados a ter” e “com certeza que os poderes públicos acompanham esse mesmo novo conhecimento que a ciência nos traz”.

O ministro do Ambiente afirmou que o caso está a ser acompanhado através da Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARH-Norte).

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