Estudo revela
A Ipsos MORI publicou as conclusões para Portugal do PneuVUE® (Adult Pneumonia Vaccine Understanding in Europe – Conhecimento...

Algumas formas de pneumonia podem ser preveníveis através da vacinação. No entanto, o estudo PneuVUE® conclui que apenas 23% dos inquiridos estão preocupados com o risco de ter pneumonia, e que só 4 em cada 10 sabe que podem vacinar-se contra a doença.

Os inquiridos referem a doença cardíaca (61%) e os acidentes rodoviários (21%) como responsáveis pelo maior número de mortes em Portugal, comparativamente com a pneumonia (5%) e a gripe (1%). Na realidade, a pneumonia é responsável por 8 vezes mais mortes do que os acidentes rodoviários e 135 vezes mais mortes do que a gripe.

“Apesar da proteção conferida pela vacinação, continuamos a assistir a um número inaceitável de casos e de mortes causado por uma doença que é prevenível”, afirma a Dra. Jane Barratt, Secretária Geral da Federação Internacional sobre o Envelhecimento. “A pneumonia pode afetar qualquer um, mesmo quem leva uma vida saudável. É necessária uma comunicação eficaz entre médicos e doentes, de modo a assegurar que as pessoas com mais de 65 anos, ou que sofram de doenças crónicas, como é o caso da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), da Asma, da infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), ou da Diabetes, possam receber a proteção de que precisam”.

Em Portugal, 84% dos inquiridos que disseram estar vacinados contra a pneumonia, afirmaram tê-lo feito no seguimento de aconselhamento médico, o que reforça a importância da educação pelos profissionais de saúde na proteção dos grupos de risco. O mecanismo que mais frequentemente conduz à vacinação contra a pneumonia é a recomendação pelo médico. Dos inquiridos vacinados contra a pneumonia, 71% indicaram recomendação pelo médico de Medicina Geral e Familiar, e 20% foram aconselhados por outro médico especialista. Por outro lado, 55% das pessoas que ainda não fizeram uma vacina indicaram a falta de indicação pelo médico como o principal motivo pelo qual ainda não foram vacinados.

Há falta de informação sobre a prevenção da pneumonia
Para os inquiridos, apesar de ser considerada eficaz, a vacinação não surge no topo da lista dos meios de prevenir a pneumonia. A vacinação ficou atrás de medidas de prevenção como "manter-se em forma e saudável" (92%), "não fumar" (87%), "usar roupas quentes” (69%) e “evitar períodos longos em salas com ar condicionado” (64%).

A pneumonia é uma infeção grave de um ou ambos os pulmões, causada por bactérias, vírus ou fungos e pode afetar qualquer pessoa, mesmo aqueles que praticam exercício físico, se alimentam de forma saudável e tomam cuidado com a sua saúde. A bactéria que mais frequentemente causa Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) é o Streptococcus pneumoniae. O risco de pneumonia aumenta com a idade, com a existência de uma doença crónica, com situações de imunocompromisso ou com alguns hábitos de vida, tais como o tabagismo. Pessoas com risco acrescido de pneumonia, devem aconselhar-se com o seu médico.

Para saber mais sobre o estudo PneuVUE® (Adult Pneumonia Vaccine Understanding in Europe – Conhecimento da vacinação contra a pneumonia para adultos na Europa), por favor descarregue o relatório aqui

Por todo o país
O dia dos cancros da pele assinala-se hoje com rastreios gratuitos a decorrer em 44 serviços de dermatologia do país, uma...

De acordo com a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), responsável pela organização nacional de rastreio do cancro de pele, há já vários anos, estima-se que este ano o rastreio possa chegar a cerca de duas mil pessoas.

Desde 2000, há a dedicação de um dia à mensagem do autoexame e do diagnóstico precoce de vários tipos de cancro de pele, afirmou Osvaldo Correia, secretário-geral da APCC.

Em 2015, este rastreio permitiu detetar 77 suspeitas de cancro e 112 sinais potencialmente cancerígenos.

“Queremos que as pessoas percebam que não existe um cancro de pele, existem vários cancros de pele e que conheçam as várias fases que um cancro pode ter, para fazerem o autoexame”, sublinhou.

O rastreio é dirigido principalmente a pessoas de risco, que inclui pessoas de pele clara, adultos que sofreram queimaduras solares quando jovens, pessoas expostas ao sol, desde trabalhadores a desportistas, com antecedentes familiares de cancro de pele ou com sinais suspeitos.

Além dos rastreios que decorrem hoje no país, nos dias 13 e 14 de maio vão decorrer ações de formação sobre cancro de pele para profissionais de saúde e educação, dirigidos em particular a pessoas de risco.

A iniciativa tem o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia e da Direção Geral de Saúde e está integrada numa campanha europeia do Grupo Euromelanoma da Academia Europeia de Dermatologia.

Neste mês de Maio, em 34 países da Europa é dedicado um dia ao alerta e luta contra os Cancros da Pele.

A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o Mundo, estimando-se que em Portugal, em 2016, serão diagnosticados mais de 12.000 novos casos de cancros da pele e cerca de 1.000 serão novos casos de melanoma.

Os cancros da pele mais frequentes são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

Secretário de Estado
O secretário de Estado da Saúde anunciou, em Faro, o reforço dos cuidados de saúde no Algarve, durante o verão, que inclui o...

Manuel Delgado explicou que, apesar de já ser comum o reforço naquele distrito durante o verão, as previsões de que o fluxo turístico bata recordes em 2016 mereceu a atenção na programação.

Entre 01 de julho e 15 de setembro, a região vai contar com 32 pontos de atendimento médico nas praias algarvias, 12 centros de saúde com horário alargado até à meia-noite para as consultas do turista, uma ambulância do INEM em Albufeira, um motociclo de emergência médica em Portimão e um ponto de atendimento médico temporário em Armação de PeraPêra.

O secretário de Estado da Saúde sublinhou que, apesar das consultas do turista estarem previstas para o horário das 18:00 às 24:00, o sistema vai ser flexível ficando disponível para residentes e turistas durante todo o tempo de funcionamento dos centros de saúde selecionados.

As consultas do turista vão funcionar em Sagres, Portimão, Armação de PeraPêra, Carvoeiro, Alvor, Olhos de Água, Quarteira, Almancil, Olhão, Tavira, Monte Gordo e Altura com os profissionais de saúde da região com recurso a horas extraordinárias.

Já na reta final da visita por vários serviços de saúde da região, Manuel Delgado disse que o Governo está a preparar várias soluções de curto, médio e longo prazo para responder às necessidades da região, com particular ênfase na falta de médicos e enfermeiros.

A curto prazo, o secretário de Estado elencou como “soluções excecionais” para as especialidades onde existem lacunas na região, como é o caso da cirurgia e da ortopedia, a realização de protocolos com hospitais de Lisboa para que os casos urgentes possam ser tratados na capital, a deslocação periódica de equipas médicas à região e o tratamento no setor privado.

A partir de 30 de junho, a região vai receber 30 médicos de medicina geral e familiar.

A médio e longo prazo, Manuel Delgado disse estarem a ser preparados concurso e condições atrativas para a fixação de médicos no distrito de Faro que além do aumento da remuneração podem passar pela possibilidade de progressão mais rápida de carreira tanto para médicos como para enfermeiros.

O secretário de Estado admitiu que vai ser necessário criar modelos de contratação mais ágeis e que o pagamento dos profissionais que aceitem trabalhar na região deverá ter uma discriminação positiva.

Medidas que, vincou serem necessárias para recuperar a fase de desinvestimento vivida nos últimos anos na área da saúde.

O diretor-geral de Saúde, Francisco George, esteve presente na visita e destacou a relação entre acidentes rodoviários e o consumo de álcool nas camadas mais jovens, os afogamentos de crianças e a exposição solar imprudente como tónicas da promoção da saúde no verão de 2016.

Dr. Mário Cordeiro
A maior parte dos “príncipes da medicina” de que o pediatra Mário Cordeiro fala no seu novo livro são nomes de instituições,...

De Hipócrates (o pai da medicina) a Albino Aroso, passando por Garcia de Orta ou Alfredo da Costa, contando com Salvador Allende, Fernando Namora ou Agostinho Neto, esta obra de Mário Cordeiro conta a história e, em poucas palavras, o longo percurso de 93 homens da medicina.

“Tantos anos, tanta dedicação, tanto sofrimento, tanta abnegação. Mas também muitas vitórias, êxitos, transformações do mundo, transcendências pessoais”, lê-se na parte final do livro, editado pela Saída de Emergência.

Sobre esta seleção, o médico esclarece que escolheu estes, “mas outros haverá”.

“Mas todos eles deixaram uma impressão digital na vida e na tentativa de criar patamares civilizacionais mais estruturados, humanistas e evoluídos, onde a arte, os direitos, a ciência, o método, a organização e a dedicação aos outros suplantam a cupidez, a ignorância e a ganância”, escreve.

As primeiras das 480 páginas deste livro são dedicadas ao emblema da medicina (uma serpente enrolada num cajado), sobre a origem do qual sobram interpretações, mas faltam certezas.

“Outras explicações, mais coloquiais, jocosas e exclusivas da língua portuguesa, dizem que o símbolo da medicina é uma cobra porque «se o doente sobreviver o médico cobra, se morrer cobra na mesma»”, lê-se no livro.

As diferenças entre o Juramento de Hipócrates de 1771 e o adotado pela Associação Médica Mundial, em 1983, e curiosidades sobre o patrono dos médicos (São Lucas) são alguns dos temas que Mário Cordeiro aborda neste livro que será hoje lançado em Lisboa.

Na obra são ainda recordados alguns factos, como o do preservativo ter sido inventado no século XVI por Falópio, o mesmo que ficou eternamente ligado ao corpo feminino, através das trompas de Falópio

Sobre o escritor Júlio Diniz, o autor recorda que este sofreu de tuberculose, da qual veio a morrer, e que foi precisamente quando estava retirado, em tratamento para a doença, que começou a escrever.

“Miguel Bombarda não era crente e deixou instruções para um funeral não religioso, o que era raro na altura, mas as suas últimas palavras para o seu assassino foram: «Não lhe façam mal, é um doente. Não sabe o que faz!»”.

Alguns dos médicos recordados neste livro têm o seu nome atribuído a hospitais, sendo também conhecidos por isso, como Pedro Hispano, Garcia de Orta, Júlio Diniz, Júlio de Matos, Alfredo da Costa, Egas Moniz, Pulido Valente, Bissaya Barreto ou Abel Salazar.

OE de 2017
A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, afirmou em Fátima, distrito de Santarém, que...

A prestação única para a deficiência está ainda em fase "de análise e de estudo de vários modelos", mas Ana Sofia Antunes tem a "expectativa" de que esta medida seja já incluída no Orçamento do Estado para 2017.

Apesar de já terem sido incluídas "um conjunto de iniciativas já neste orçamento", estas não são suficientes, sendo que a prestação social única para a deficiência poderá "reforçar um pouco os rendimentos das pessoas com deficiência", disse a secretária de Estado.

De acordo com a governante, esta medida visa responder, "acima de tudo", às pessoas "com uma situação de maior debilidade, em razão do desemprego, discriminação e pobreza".

"É importante dar aqui um rendimento extra", sublinhou, recordando que "muitas pessoas com deficiência viviam exclusivamente da pensão social de invalidez, que tinha um valor exclusivo de 200 euros. 200 euros não tiram ninguém de uma situação de pobreza e muito menos permitem fazer face a despesas específicas que advêm somente da situação de deficiência".

A secretária de Estado falava à margem da cerimónia de inauguração do centro de atividades ocupacionais (CAO) do Centro de Apoio a Deficientes Profundos João Paulo II, em Fátima, concelho de Ourém.

Ana Sofia Antunes realçou que o país já tem uma "resposta bastante completa" a nível de CAO - espaços destinados a pessoas com graus de funcionalidade "inferiores a 30%".

Para a governante, o problema que se enfrenta prende-se com "situações concretas de pessoas com deficiência encaminhadas para os CAO e que, provavelmente, não precisavam de estar neste tipo de resposta".

Nesse sentido, o Governo vai começar no 2.º semestre "uma reavaliação de situações que estão enquadradas em CAO e que poderão ser estimuladas para outro tipo de atividade", avançou.

Face à possibilidade de encaminhar alguns desses utentes para "candidaturas a atividades socialmente úteis" ou para o mercado de trabalho, através dos incentivos à contratação de pessoas com deficiência, será possível "flexibilizar algumas vagas" nos centros de ocupação para casos mais profundos "que eventualmente possam ainda estar sem resposta", notou.

O CAO do Centro de Apoio a Deficientes Profundos João Paulo II custou cerca de "650 mil euros", sendo "fundamental para algumas das pessoas com deficiência" que estão naquele espaço, sublinhou o presidente da União das Misericórdias de Portugal (UMP), Manuel de Lemos.

O centro de atividades ocupacionais conta com 60 vagas, num espaço com salas de relaxamento, ludoteca, fisioterapia, ginásio e outros espaços para terapia ocupacional.

Em menos de um mês
Menos de um mês depois de ser lançada, a petição da Ordem dos Médicos a reclamar a redução do horário de trabalho para...

Iniciativa da Ordem dos Médicos, a petição pugna pela redução de duas horas no horário de trabalho para um dos pais, até cada filho completar três anos, independentemente de a criança ser amamentada ou não.

Logo nas primeiras 24 horas, a petição tinha atingido as quatro mil assinaturas exigíveis para que a proposta seja debatida pelo Parlamento. No final da manhã de ontem, a petição ultrapassava as 15 mil assinaturas.

A redução do horário laboral em duas horas está já consagrada no Código de Trabalho, para efeitos de amamentação e até aos bebés terem um ano de idade, sendo que, a partir desse momento, as mulheres terão de fazer prova – por atestado – de que estão a amamentar.

A redução de horário a um dos pais independentemente do tipo de aleitamento permitiria, segundo a Ordem, ultrapassar as dificuldades de certificar a amamentação por parte da mulher quando a criança faz um ano.

A certificação da amamentação chegou a criar polémica e problemas em algumas instituições, com mulheres a serem forçadas a espremer os seios para mostrar que ainda amamentavam.

Contudo, o principal argumento para o lançamento desta petição respeita ao desenvolvimento emocional dos bebés e à convicção de que a relação precoce com os cuidadores “é absolutamente determinante para a construção da personalidade”.

No Paquistão
O caso de dois irmãos paquistaneses conhecidos como “meninos solares”, porque durante o dia levam uma vida normal, mas quando o...

Shoaib Ahmed e Abdul Rasheed, de nove e 13 anos, jogam críquete, correm e fazem uma vida normal durante o dia, mas sofrem desde o nascimento de uma estranha doença que os paralisa quando o Sol se põe, que os impede de comer, beber e tomar banho.

“É de nascença. Quando o Sol desaparece ficam paralisados. Espero que os meus filhos possam vir a andar à noite”, disse à agência espanhola de notícias Efe Mohamed Hashim, pai as crianças.

Na povoação onde vivem, perto da cidade paquistanesa de Quetta, os vizinhos começaram a chamá-los quase desde a nascença de “meninos solares”.

O caso das crianças chegou à imprensa e os médicos do Instituto de Ciências Médicas do Paquistão ofereceram-se para pagar uma investigação para tratar os rapazes.

No início do mês, as crianças foram internadas no instituto governamental e atualmente desconhece-se quando vão ter alta.

“É um grande desafio. Não entendemos bem a doença. Depois de realizados 300 testes, descobrimos que se os submetermos a neurotransmissores o seu estado melhora à noite”, disse o professor de medicina Javed Akram.

O médico integra uma equipa de 27 investigadores paquistaneses que já enviaram os resultados dos testes a 13 instituições médicas internacionais, como a Clínica Mayo e o Instituto Hopkins, nos Estado Unidos, e o hospital Guys, no Reino Unido.

De acordo com os médicos, todos os indícios apontam para uma doença genética, que afeta os filhos varões e pode dever-se ao facto de os pais serem primos.

“Estamos a explorar a genética da família, do pai, da mãe, do filho de um ano também afetado, das irmãs que não têm sintomas e de familiares próximos, bem como as circunstâncias ambientais, como a água e a terra da povoação onde vivem”, afirmou Akram.

O médico considerou tratar-se de uma nova doença, desconhecida até agora, salientando que em breve se poderá descobrir as suas causas e um possível tratamento.

Doença autoimune
O Lúpus é uma doença autoimune que pode afetar vários órgãos.

Caracterizando-se pela produção de anticorpos contra componentes do próprio organismo, responsável por criar lesões em diversos órgãos, o Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) afeta, de acordo com os dados disponibilizados pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia, cerca de 0,07 por cento da população portuguesa, com maior incidência entre as mulheres em idade reprodutiva.

Sem causa conhecida, em 75 por cento dos casos, desenvolve-se entre os 16 e os 49 anos de idade.

Embora sejam considerados mais raros, casos há em que a doença surge na infância ou após os 65 anos.

Alguns estudos demonstram que podem estar na sua origem fatores genéticos, hormonais, imunológicos ou ambientais, sendo que a exposição solar parece ter um papel crucial no despoletar da doença e, também, no desencadear das suas crises, contribuindo para o seu agravamento.

Embora os sintomas possam diferir de doente para doente, em 90 por cento dos casos a doença apresenta manifestações cutâneas ou articulares.

Os doentes podem apresentar, no entanto, outros sintomas como:

  • fadiga, febre, cansaço ou mialgias;
  • dor e/ou inflamação articular;
  • eritema, lesões cutâneas sensíveis ao sol, úlceras orais ou nasais dolorosas e queda de cabelo acentuada;
  • sintomas gastrointestinais, com alterações do trânsito intestinal, por exemplo, como consequência da medicação;

Em casos mais graves,

  • doença pulmonar: inflamação da pleura, pneumonite, doença intersticial do pulmão, hipertensão pulmonar e hemorragia alveolar;
  • secura ocular;
  • comprometimento das funções renais com hipertensão arterial ou edema dos membros inferiores;
  • anemia ou diminuição dos glóbulos brancos (leucopenia) e plaquetas (trombocitopenia);
  • doença cardiovascular com inflamação do pericárdio, do miocardio ou lesões das válvulas cardíacas.

Anti-inflamatórios não esteróides, corticosteróides, antipalúdicos de síntese ou imunossupressores são os medicamentos recomendados para controlo da atividade da doença, contribuindo para a sua remissão e, sobretudo, para a melhoria da qualidade de vida do doente.

Uma alimentação saudável e equilibrada, a prática de exercício físico regular, o uso de um protetor solar com elevado fator de proteção durante todo o ano são outros conselhos dados pelos especialistas.

Riscos na gravidez

Não há muitos anos, as mulheres que sofriam de Lúpus Eritematoso Sistémico eram aconselhadas a não engravidar. Há, aliás, registos que mostram que, na década de 50, a gravidez ocorria em uma mulher entre 1500 doentes.

Hoje, com um maior conhecimento da doença, a realidade é outra. No entanto, importa saber que uma mulher com LES que pretenda engravidar enfrenta alguns riscos para a sua saúde e para o seu bebé.

Havendo o desejo de engravidar, cabe a ela decidir em conjunto com o parecer médico a melhor altura para o fazer, já que uma exacerbação severa da doença poderá ser fatal para ambos, enquanto alguns dos fármacos usados são teratogénicos ou feto-tóxicos.

Os riscos envolvidos na gravidez podem, no entanto, ser minimizados por uma escolha do momento apropriado para engravidar e optimização da terapia previamente à concepção.

Pré-eclâmpsia, eclâmpsia ou morte materna constam dos riscos associados à grávida. Já as consequências sobre o feto, e que já foram relatadas, encontram-se o grande número de abortos espontâneos, a morte fetal,  a restrição do crescimento intrauterino, a prematuridade e a morte perinatal.

Joana Cabral e Maria Serrano são dois dos casos que contrariam esta tendência. Com gravidezes levadas até ao final do termo admitem que, apesar de terem vivido a experiência da maternidade com alguma ansiedade, este foi o período em que “sentiram” menos a doença.

“A doença foi-me diagnosticada com 17 anos. Eu tinha dores constantes nas articulações, os dedos muito inchados e o meu médico assistente aconselhou-me a ir a um reumatologista. Falou-me logo da possibilidade de ser Lúpus”, recorda Joana, enfermeira, hoje com 30 anos.

Maria, para além das dores articulares, apresentava ainda limitação de movimentos, perda de peso, febre, anemia e queda acentuada de cabelo. “Tive a sorte de ter ido logo ao Hospital São Francisco Xavier e ser vista na unidade de doenças imunes”, conta. “Eu tinha 31 anos quando tive o diagnóstico”, acrescenta.

Joana não sabia, na altura, que doença era esta. “Ninguém da minha famíia tinha Lúpus e não conhecia mais ninguem que tivesse a doença”, diz.

“Não foi fácil receber este diagnóstico porque foi acompanhado de muitas limitações. O não poder ir à praia, por exemplo. Recordo-me que, nessa altura, eu tinha uma viagem marcada e a médica disse-me que era melhor não ir porque não podia expor-me ao sol, não podia beber água sem ser engarrafada porque podia apanhar alguma bactéria”, conta admitindo que esta foi uma fase muito complicada. “Eu estive vários meses em negação. Em que negava a doença e até mesmo a medicação. Andava deprimida”, revela.

Joana, com todas as limitações que a médica lhe “impôs”, chegou mesmo a pensar que nunca poderia vir a ter filhos.

Já Maria, enquanto médica, conseguiu lidar melhor com a situação, embora admita ter sido um pouco “poupada” aos riscos que comportaria uma gravidez.

“Disseram-me que a partir daquele momento eu teria de passar a ser uma doente, a tomar a medicação, a ter cuidado com o sol, mas em relação à gravidez não me disseram nada”, conta.

Joana esteve um ano a lutar “contra a doença” até que decidiu voltar ao início e dar-se uma oportunidade de lidar com a sua condição. “Mudei de médico, foi a alternativa que arranjei. E este médico disse-me que eu podia fazer uma vida perfeitamente normal, que tinha de engravidar numa altura de remissão e descansou-me quanto à medicação, que não afetaria o bebé”, diz a jovem enfermeira.

Com a medicação, Joana e Maria, conseguiram controlar a atividade da doença e melhorar a qualidade vida.  Quando sentiram o desejo de serem mães procuraram conselho médico.

“Como não tinha sintomas há mais de seis meses, disseram-me que era a altura ideal para engravidar”, revela Maria Serrano, que foi mãe há cerca de um mês, pela primeira vez.

“Não foi uma gravidez tranquila. Foi uma gravidez de alto risco e há sempre o medo associado. Medo da perda da gravidez, do baixo peso ou da prematuridade”, confessa admitindo que lidou melhor com o diagnóstico da doença do que com a gravidez.

Também Joana viveu a sua primeira gravidez assustada. “Os dois ou três primeiros meses foram vividos com muita ansiedade. Parece que não conseguimos esquecer as palavras que nos dizem e achamos que vai tudo correr mal”, recorda.

“Os riscos durante a gravidez, como a pré-eclâmpsia, a hipertensão, a morte ou a possibilidade ter bebés prematuros, com problemas cardíacos, era um risco que não podia correr”, justifica.

Mas se a primeira custou, a segunda gravidez foi encarada com outra ligeireza. “A segunda gravidez já não foi assim. Já não pensei tanto nas coisas que podiam acontecer”, afirma.

Em ambos os casos, Joana e Maria levaram as gravidezes até ao final do termo e tiveram bebés saudáveis.

“Estive em remissão durante a gravidez. Algumas dores que ainda tinha melhoraram durante esta fase e o pós-parto também está a correr bem”, revela Maria.

Também Joana garante que durante a gravidez “foi o período que passou melhor”. “Acho que ainda há muitos mitos a respeito da doença. Não se fala muito sobre ela e as pessoas não conseguem perceber as limitações”, acrescenta. “Neste momento, já não preciso fazer medicação. Há seis anos que a doença está em remissão”, conclui Joana Cabral. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Viagem para Fátima
Professores e estudantes em quatro postos de auxílio entre Coimbra e a Cova da Iria.

Estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), acompanhados por professores da instituição, estão a dar informações e a prestar cuidados de saúde aos peregrinos que se encontram a caminhar para Fátima, numa iniciativa que começou no dia 6 de maio e que se prolonga até dia 12 do mesmo mês.

Os voluntários que intervêm no âmbito do projeto “Peregrino”, que está integrado na ESEnfC, têm estado presentes em três pontos de apoio – Redinha (Pombal), numa parceria com a Linde HealthCare, Condeixa-a-Nova e Pedrulha (Coimbra), em colaboração com o Movimento de Mensagem de Fátima de Coimbra –, e integrarão outro posto de apoio, já em Fátima.

O projeto “Peregrino” visa proporcionar cuidados de saúde (primeiros socorros e suporte básico de vida) aos viajantes em romaria ao Santuário da Cova da Iria, mas também desenvolver estudos de investigação no âmbito do apoio à peregrinação, formando estudantes para poderem intervir nesta iniciativa.

Numa primeira fase, os professores/investigadores da ESEnfC pretendem fazer a caraterização sociodemográfica e clínica dos peregrinos, descrever as necessidades em cuidados apresentadas pelos peregrinos e avaliar a satisfação com os serviços prestados durante a peregrinação.

11 de maio
No âmbito das comemorações dos 90 anos, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, em colaboração com o Ministério da...

Numa parceria com o Museu do Pão, das 9h00 às 19h00 da próxima quarta-feira, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vai estar em dois postos de atendimento para dar apoio aos milhares de peregrinos que, nesta altura do ano, vão a pé até Fátima. Um dos pontos de apoio situa-se a sul de Fátima, em Minde, junto ao quartel dos Bombeiros voluntários de Minde, enquanto o outro fica a norte, em Colmeias.

Os postos estarão devidamente assinalados e terão à disposição dos peregrinos uma nutricionista, para dar conselhos de prevenção ao nível da alimentação, do exercício físico, da educação para uma vida saudável e uma enfermeira, para questões relacionados com o tratamento, nomeadamente de lesões do pé.

“As complicações do pé são das mais frequentes na Diabetes. Sabe-se que 25% das pessoas com Diabetes tem condições que aumentam o risco de ‘pé diabético’, uma complicação responsável pela maioria das amputações em Portugal. Assim, é urgente alertar para comportamentos de vida saudável, para um bom controlo da Diabetes e para uma especial atenção ao pé, sobretudo quando se pretende fazer caminhadas longas”, alerta Luis Gardete Correia, presidente da APDP.

Alguns cuidados APDP a ter com os pés:

·         Lavar os pés todos os dias com água tépida;

·         Utilizar gel ou sabonete pH neutro;

·         Secar bem os pés, que não devem ficar húmidos, dado que a pele pode ficar mais fina e por isso mais sensível;

·         Com algodão ou uma gaze deve passar vinagre de cidra/maçã nas unhas e pele, para prevenir o desenvolvimento de fungos e/ou bactérias;

·         Observar os pés, para se certificar que não tem nenhuma ferida de que não se tenha apercebido;

·         As meias não devem ter costuras nem elásticos e devem ser de lã ou algodão;

·         O calçado é a causa mais comum de calosidades e úlceras, por isso o seu calçado deve respeitar alguns requisitos. 

Semana Internacional da Tiroide
No âmbito da Semana Internacional da Tiroide que se assinala entre os dias 23 e 29 de maio, sob o tema “As Doenças da Tiroide...

“À Procura das Borboletas” é o nome do concurso que pretende sensibilizar o público infantil e os seus pais para as duas principais doenças da tiroide que afetam as crianças: o Hipertiroidismo e o Hipotiroidismo. Para participarem, as crianças são convidadas a darem asas à imaginação e desenharem as suas próprias borboletas, em representação da forma da glândula tiroideia.

Antes do desenho, a ADTI convida os participantes a passarem pelo seu site (www.adti.pt) de modo a obterem mais informações sobre o concurso.  

Os trabalhos devem ser enviados até ao dia 20 de maio e serão posteriormente avaliados por um painel de juízes, sendo os trabalhos selecionados expostos no Jardim da Estrela, no dia 25 de Maio – Dia Mundial da Tiroide - e no Site e Facebook da Associação das Doenças da Tiroide. 

APDP organiza maior reunião científica sobre diabetes
Lisboa vai voltar a receber o maior congresso mundial da área científica realizado em Portugal. A EASD - European Association...

“Enquanto Associação que está na liderança da luta contra a diabetes, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) orgulha-se de estar envolvida neste que é um dos dois maiores congressos de Diabetes a nível mundial. Vários profissionais de saúde vão estar em Lisboa para debater novas ideias na área da investigação, novos tratamentos, programas educacionais, soluções e medidas que façam regredir o avanço de uma doença com largo impacto em Portugal e quarta causa de morte no mundo”, defende Luis Gardete Correia, presidente da Comissão Organizadora do Congresso da EASD e presidente da APDP.

O EASD vai trazer à capital portuguesa mais de 18 mil especialistas que se dedicam ao estudo e investigação desta doença. Assim aconteceu em 2011, ano em que, lembrou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, houve um impacto direto de mais de 100 milhões de euros na cidade. Em conferência de imprensa, Fernando Medina agradeceu à APDP ter conseguido trazer este congresso a Lisboa, “pelo seu forte impacto, a disseminar por toda a economia da cidade”.

A European Association for the Study of Diabetes (EASD) foi fundada em Montecatini, na Itália em 1965, com o objetivo de incentivar e apoiar a investigação na área da diabetes, a difusão rápida de conhecimentos e a sua aplicação. Os congressos anuais da EASD são o evento internacional mais importante relacionado com a investigação da diabetes. O Congresso Anual da EASD é a maior reunião científica sobre diabetes, juntando cerca de 18000 participantes vindos de mais de 120 países.

Estudo
Perto de 9% dos portugueses com mais de 65 anos sofre de Fibrilhação Auricular, e, destes, mais de 35% não estarão...

Portugal é o país da União Europeia com maior número de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC), sendo esta a principal causa de morte e incapacidade no nosso país. Para a maioria dos doentes que sobrevivem ficam sequelas que, em metade dos casos, impedem os doentes de retomar uma vida ativa. Causadora de um terço dos AVC, a Fibrilhação Auricular (FA) representa, simultaneamente, um forte fator e marcador de risco cardiovascular – o que faz desta patologia um dos mais importantes problemas de saúde pública em Portugal.

O estudo SAFIRA procurou obter dados reais da prevalência da FA entre a população portuguesa, sobretudo entre os mais idosos, população com maior risco. Foram avaliados 7.500 indivíduos de 65 ou mais anos, população monitorizada normalmente nos Cuidados de Saúde Primários, nos Hospitais e no terceiro sector. Todos os doentes incluídos no estudo realizaram Electrocardiograma (ECG) e, na ausência de deteção de FA pelo ECG, um subgrupo realizou ainda Holter de 24 horas ou implantou um registador de eventos não invasivo durante 7 dias.

Os resultados revelam pela primeira vez a realidade da Fibrilhação Auricular na população idosa em Portugal. Até à data dispúnhamos dos resultados do estudo FAMA, publicado em 2010, que apontavam para uma prevalência de 2,5% entre os doentes com mais de 40 anos1. O estudo SAFIRA revelou ainda um elevado subdiagnóstico. De entre os 9% dos doentes em que se detetou existência de FA, 35,9% desconheciam ter a doença. De assinalar que este era o caso de quase 75% dos doentes no terceiro sector. Por outro lado, 18,6% dos doentes não diagnosticados apresentavam FA paroxística, que habitualmente passa desapercebida no eletrocardiograma, sendo maioritariamente detetada no Holter ou registador de eventos – o que sublinha a importância de uma investigação mais prolongada dos sintomas, nomeadamente na população mais idosa.

A par do sub-diagnóstico subsiste ainda o subtratamento: 56,3% dos doentes não estavam anticoagulados. A falta de conhecimento sobre a doença parece contribuir para essa lacuna. Mesmo entre os doentes com diagnóstico, mais de um quarto, 28,8% não sabiam o que é a FA e as suas consequências. Paralelamente, estes eram doentes que tinham uma probabilidade 9,8 vezes superior de não estar medicados com anticoagulação oral.

“Estes resultados mostram os enormes desafios ainda existentes na identificação e gestão da FA e risco cardiovascular e constituem um importante alerta para a otimização das estratégias de controlo da doença e promoção da saúde neste setor da população. Um conhecimento real dos padrões de prevalência da Fibrilhação Auricular em Portugal reveste-se da maior importância para a criação e implementação de estratégias de diagnóstico, tratamento e controlo de risco realistas e eficazes”, considera o Prof. Pedro Monteiro, coordenador do Estudo SAFIRA.

No que se refere à relação com a terapêutica, estes são em regra doentes polimedicados. Em termos globais, o número mediano de fármacos prescritos a estes doentes era de 4,8, correspondendo à toma diária de uma mediana de 6,7 comprimidos. Face ao tratamento, 45,1% dos doentes considera que o fator mais importante é a segurança; 35,6% aponta a eficácia; 12,8% são importância ao custo e apenas 6,7% valoriza a comodidade posológica. Talvez por isso, apenas 4,8% dos doentes medicados com novos anticoagulantes orais admitiram ter descontinuado o tratamento devido ao preço, 13,4% tiveram o switch a ser feito diretamente pelo seu médico assistente. Apenas 1,1% descontinuou o tratamento com NOACs devido a hemorragia ocorrida e destes, perto de metade tinham uma dose excessiva de NOACs ou função renal desadequada para a prescrição.

Em termos globais, só 25,8% dos doentes anticoagulados foram considerados bem medicados (dose e posologia correta, com anticoagulação efetiva - incluindo um TTR de pelo menos 55% nos com antivitamínicos K). Mais de metade, 55,8%, estavam a fazer dose incorreta; 12,3% estavam a fazer número de tomas incorreto. Quando foi igualmente considerado o tratamento correto dos fatores de risco cardiovascular que cada doente com FA possuía, só 5,6% dos doentes tinham todos esses fatores de risco no alvo.

Na população com diagnóstico de FA, a taxa de AVC foi de 11,2%, sendo que destes, 25,7% já tinham tido dois ou mais eventos cerebrovasculares. O valor mediano do score de avaliação de risco de AVC em doentes com FA, CHADS-VASC, foi de 3,5. E se a taxa de anticoagulação nos doentes com diagnóstico prévio e que tinham CHADS-VAsC igual ou superior a 1 era perto de metade (47,7%), menos de 1/5 dos doentes (18,3%) com CHADS-VASc de 6 ou mais estão anticoagulados. A taxa de hemorragia de qualquer grau foi de 4,6% na população anticoagulada. Destas, 9,8% foram consideradas graves. Só 1,8% foram hospitalizados.

O Estudo SAFIRA foi desenvolvido entre 2014 e 2015 com o apoio da Pfizer e a Bristol-Myers Squibb.

No Parlamento
A Assembleia da República discute em plenário, na quinta-feira, cinco projetos de resolução, do CDS-PP, PCP, PS, PSD e BE, que...

Entre as medidas propostas estão o horário de trabalho flexível, deduções fiscais em sede de IRS, apoio psicossocial e possibilidade de baixa médica prolongada para assistência a pessoa sinalizada pela rede de cuidados continuados integrados ou pela rede de cuidados paliativos.

O CDS-PP defende, no projeto, que as famílias e os cuidadores informais “carecem cada vez mais de apoios estruturados” que possam promover a manutenção dos doentes crónicos no domicílio e também o combate à exaustão familiar.

Os cuidadores constituem “verdadeiros parceiros dos serviços de saúde”, prestando “uma fatia de cuidados que pode ascender a 80% daquilo de que o doente carece”, afirmam os deputados centristas, defendendo um “apoio mais estruturado” a estas pessoas, no hospital e na comunidade.

O PCP observa, por seu turno, que não existe, em Portugal, informação precisa sobre o número de cuidadores, nem estão definidos os apoios a ser disponibilizados, sendo por isso urgente medidas que criem condições para que possam desenvolver de “forma mais adequada e informada a prestação de cuidados”.

Nesse sentido, o grupo parlamentar do PCP propõe um conjunto de medidas para os apoiar na área da saúde, da segurança social e do trabalho.

Já o PSD considera que “cumpre ao Estado reconhecer, finalmente”, o “papel decisivo” dos cuidadores na ajuda ao bem-estar e à qualidade de vida dos seus familiares dependentes.

Defendem, por isso, “soluções inovadoras” que contemplem “possibilidades de adaptabilidade ou de redução dos tempos de trabalho” e dinamizem “o recurso ao teletrabalho, no respeito pelos direitos e deveres de entidades empregadoras e trabalhadores”.

Os deputados do Partido Socialista defendem, por sua vez, o desenvolvimento de estratégias ao nível do bem-estar físico e mental dos cuidadores, através do “incremento do descanso do cuidador”.

Um estudo do Observatório Português dos Sistemas de Saúde de 2015, citado pelo PS, estima que nos 3.869.188 agregados familiares existentes em Portugal, haverá 110.355 pessoas com défice de auto cuidado nos domicílios, sendo que, destas, 48.454 serão pessoas acamadas.

Para o PS, é preciso dar “especial relevo ao papel da família na sociedade”, com melhoria das condições e bem-estar aos cuidadores informais, que garanta “maior poder de decisão e qualidade nos cuidados domiciliários para pessoas com défice de auto cuidado”.

Por fim, o Bloco de Esquerda defende que deve ser garantido ao cuidador, por parte dos cuidados de saúde primários locais, um “apoio regular e permanente” para prestação de cuidados ao doente.

O Estado não está a conseguir garantir “as respostas que deveria dar às famílias e às pessoas que por dependência funcional, fragilidade, incapacidade grave ou doença severa necessitam de cuidados continuados”,, empurrando essa responsabilidade para as famílias, sublinha.

“Não é por acaso que Portugal é, em simultâneo, o país onde existe uma das menores taxas de cobertura de cuidados formais e o país da Europa com maior taxa de cuidados domiciliários informais”, acrescenta o BE.

Estudo
A pneumonia é responsável por mais de 16 mortes por dia, em Portugal, no entanto mais de 60% das pessoas desconhecem o real...

Trata-se de um relatório internacional sobre conhecimento e perceção da pneumonia, que teve por base um inquérito realizado entre 23 de novembro de 2015 e 15 de fevereiro de 2016, junto de mais de 9.000 pessoas a partir dos 50 anos, provenientes de nove países da Europa, um dos quais Portugal.

O estudo conclui que o conhecimento e a compreensão sobre pneumonia em Portugal é “forte”, já que 96% afirmam saber o que é a doença, 81% identificam-na como uma infeção pulmonar e 60% acham que algumas formas de pneumonia podem ser contagiosas.

No entanto, existe uma “falha” na associação da gravidade da doença com o risco de a contrair e com as suas consequências para a saúde.

Segundo o inquérito, em Portugal, 95% das pessoas acham que a pneumonia é grave, mas apenas 23% estão preocupadas com o risco de contrair a doença e só 27% das pessoas com “risco mais elevado” reconhecem ter um risco muito elevado, praticamente a mesma proporção de pessoas com baixo risco.

Quanto à mortalidade causada por pneumonia, a perceção também é desfasada da realidade, já que apenas 36% acreditam que “até 20% dos adultos que contraem a doença irão morrer disso”.

O inquérito revelou mesmo que mais de uma em cada sete pessoas considera a pneumonia uma “constipação de tipo grave” ou “semelhante à gripe”.

Quando comparado com outras causas de morte, 61% dos portugueses consideraram que a doença cardíaca mata mais e 21% acharam que os acidentes rodoviários são causadores do número mais elevado de mortes em Portugal.

Na verdade, segundo o estudo, a pneumonia é responsável por sete vezes mais mortes do que os acidentes rodoviários e 135 mais mortes do que a gripe.

Os dados de mortalidade mais recentes, apresentados no estudo, revelam que a pneumonia foi responsável por 5.935 mortes em Portugal, em 2013, comparativamente com 733, em acidentes rodoviários e 44 devido à gripe.

Quanto ao conhecimento sobre se a pneumonia se pode ou não prevenir e como o fazer, “existe muita incerteza”: metade acredita que pode ser prevenida a outra metade julga que só pode ser tratada.

Entre as medidas preventivas, a maioria aponta para manter-se em forma e saudável (94%), não fumar (92%), evitar períodos longos em salas com ar condicionado (83%), usar roupas quentes (79%), evitar contacto com crianças doentes (78%), ser vacinado (73%).

Relativamente à vacina preventiva contra a pneumonia, 40% dos inquiridos têm conhecimento da sua existência, mas apenas 14% das pessoas com risco elevado de contrair a doença foram vacinadas, comparativamente com 6% do grupo de risco mais baixo.

De entre as pessoas que se vacinaram, a grande maioria (84%) revelou tê-lo feito por aconselhamento médico.

O inquérito para este estudo, foi realizado pela Ipsos Mori, uma empresa de estudos de mercado, no Reino Unido, Alemanha, França, Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Áustria e República Checa.

Ao todo envolveu de 9.029 adultos com idade igual ou superior a 50 anos, 1.001 dos quais portugueses.

Estudo
Dois terços dos jovens dos 10 aos 24 anos vivem em países onde problemas evitáveis como o VIH, a gravidez precoce, a depressão...

A conclusão é de um estudo que a revista The Lancet apresenta em Londres e resulta de um trabalho desenvolvido desde 2009 por 26 especialistas de 14 países, ao abrigo de uma comissão liderada por especialistas em saúde adolescente na Universidade de Melbourne, na Austrália, na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, na University College de Londres e na Universidade de Columbia, em Nova Iorque.

Segundo o relatório agora publicado, os adolescentes de entre 10 e 24 anos representam mais de um quarto da população mundial, mas, porque a adolescência é normalmente considerada a fase mais saudável da vida, têm sido vítimas de décadas de negligência e falta de investimento, com consequências na sua saúde e bem-estar.

Esta faixa etária abrange 1,8 mil milhões de pessoas, 89% das quais vivem em países em desenvolvimento, e deverá abranger 2 mil milhões em 2032, mas os especialistas afirmam que tem a pior cobertura de cuidados de saúde de todos os grupos etários.

Com efeito, enquanto os esforços mundiais para melhorar a saúde das crianças até aos cinco anos levou a importantes melhorias, as causas de morte dos jovens de 10-24 anos pouco mudaram entre 1990 e 2013, mantendo-se no topo das causas os acidentes rodoviários, a automutilação, a violência e a tuberculose.

Os adolescentes enfrentam também novos desafios, como o aumento dos níveis de obesidade e doença mental, o elevado desemprego e o risco de radicalização.

Os especialistas lembram que os comportamentos que começam na adolescência podem determinar a saúde e o bem-estar para toda a vida, pelo que a comissão de especialistas espera que este relatório seja um grito de alerta para atrair mais investimento naquela que é a maior geração de adolescentes da história mundial.

Este investimento, garantem, terá benefícios em três fases: hoje, na idade adulta destes jovens e na próxima geração de crianças.

"Esta geração de jovens pode transformar o futuro de todos nós. Não há tarefa mais urgente na saúde global do que garantir que eles têm recursos para o fazer. Isto significa que é crucial investir urgentemente na sua saúde, educação, meios de subsistência e participação", disse o autor principal, George Patton, da Universidade de Melbourne, citado num comunicado da revista Lancet.

Segundo uma nova análise internacional dos dados do estudo Peso Global da Doença (Global Burden of Disease), realizada pelo Instituto para a Métrica e a Avaliação da Saúde (IMAS), da Universidade de Washington, em Seattle, as principais causas de morte dos jovens entre os 10 e os 14 anos são o VIH/SIDA, os acidentes rodoviários e os afogamentos, que juntos provocaram um quarto das mortes naquela faixa etária em 2013.

As doenças infecciosas do intestino, as infeções respiratórias e a malária contribuíram para outros 21% das mortes.

Já entre os 15 e os 24, as principais causas são os acidentes rodoviários, a automutilação e a violência.

A depressão resultou no maior peso da doença a nível mundial em 2013, afetando mais de 10% dos 10 aos 24 anos, seguida do aumento das doenças de pele, como o acne e a dermatite.

O fator de risco para a saúde dos adolescentes que mais aumentou nos últimos 23 anos foi o sexo desprotegido, enquanto o álcool continua a ser o maior fator de risco para os jovens adultos entre os 20 e os 24 anos, sendo responsável por 7% do peso da doença.

"Os nossos dados mostram uma clara necessidade de esforços renovados para melhorar a saúde e reduzir o peso da doença nos jovens. A inação continuada terá ramificações graves na saúde desta geração e da próxima", alertou Ali Mokdad, do IMAS.

A comissão conclui que algumas das medidas mais eficazes para melhorar a saúde e o bem-estar dos adolescentes pertencem a setores para além da saúde: "O melhor investimento que podemos fazer é garantir o acesso a educação secundária gratuita e de qualidade", explicou Patton.

"Cada ano de educação para além dos 12 anos de idade está associado a menos adolescentes a terem filhos e a menos mortes entre os rapazes e as raparigas. Uma força de trabalho saudável e instruída tem o potencial de moldar as perspetivas económicas de um país", acrescentou.

Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, "os jovens são o maior recurso inexplorado do mundo".

Num comentário citado no comunicado da Lancet, Ban Ki-moon escreve que os adolescentes "podem ser a força motriz na construção de um futuro digno para todos", permitindo alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Os autores fazem uma série de recomendações para melhorar as perspetivas da saúde e bem-estar dos adolescentes, que vão na linha das orientações da Estratégia Global para a Saúde das Mulheres, das Crianças e dos Adolescentes, lançada em setembro do ano passado.

Alargar o ensino secundário gratuito; apostar a sério nas leis que protegem e dão poder aos adolescentes, como a que garante os 18 anos como idade mínima para o casamento; e continuar a reunir evidências que suportem a ação em torno da saúde mental e da violência são algumas das recomendações.

Nos EUA
Uma equipa de cientistas dos Estados Unidos descobriu um possível medicamento que faz com que as células cancerígenas se...

O novo composto químico atua sobre as células cancerígenas com mais precisão do que qualquer tratamento existente, segundo a investigação realizada por cientistas da organização biomédica The Scripps Research Institute, na Flórida.

A grande novidade do medicamento, já testado em animais, é a precisão, já que ataca diretamente as células que provocam o cancro, incluindo as ocultas, e não afeta as células saudáveis.

O medicamento ativa um mecanismo que faz com as células cancerígenas se matem a si mesmas de “forma programada”, explicou o professor Matthew Disney, que liderou a equipa de investigação.

O novo composto pode implementar-se nos principais medicamentos utilizados contra o cancro, para melhorar a identificação das células cancerígenas e atuar diretamente contra elas.

Aquilo significa que não só será um tratamento eficaz, porque atua diretamente contra o tumor, como minimiza os danos nas células saudáveis.

Segundo os cientistas, o tratamento é mais eficaz no cancro da mama, principalmente no de rápido crescimento.

Os cientistas pretendem que o medicamento, assim que for aprovado, seja aplicado no futuro a todo o tipo de tumores, incluindo para combater outras doenças provocadas por vírus como o Zika e o Ébola.

Em Portugal
O novo Centro de Investigação de Excelência em Medicina Regenerativa e de Precisão, hoje apresentado, resulta de uma parceria...

Com sede no Avepark - Parque de Ciência e Tecnologia, em Guimarães, este centro pretende centrar-se em investigação multidisciplinar, que será traduzida em métodos inovadores a serem aplicados na prevenção e no tratamento de doenças músculo-esqueléticas, neuro-degenerativas e cardiovasculares.

“O objetivo é criar algo estruturante para a investigação em Portugal, um centro que seja uma bandeira da ciência portuguesa e um dos principais centros internacionais nesta área da medicina, criando conhecimento de topo e, ao mesmo tempo, produtos e terapias que possam ser utilizadas em pacientes”, disse o vice-reitor para a investigação da Universidade do Minho (UM) – entidade coordenadora - à margem da apresentação, no Porto.

O vice-reitor Rui Reis explicou que o centro não terá uma estrutura física construída de raiz, à parte do edifício sede, sendo utilizados os laboratórios, infraestruturas e equipamentos científicos das universidades envolvidas no projeto.

“Não fazia sentido construir novos equipamentos quando as universidades têm tão bons espaços disponíveis e que, pela sua utilização, irão receber uma contrapartida financeira”, frisou.

Durante os primeiros sete anos de atividade, o novo centro deverá ter um financiamento europeu de 60 milhões de euros, referiu Rui Reis.

“Ao fim dos sete anos, o centro tem de ser autossustentável à custa de financiamento conseguido em concursos, contratos e projetos nacionais e internacionais, o que não nos assusta”, acrescentou.

Prevendo que o Centro de Investigação de Excelência em Medicina Regenerativa e de Precisão começa a funcionar em meados de 2017, depois de tratados os acordos entre universidades, questões jurídicas e aprovação do financiamento, o vice-reitor adiantou que serão contratadas “centenas de pessoas”.

“O centro irá contribuir para o aumento da competitividade do setor da biomedicina e estimular, de forma geral, o emprego científico altamente qualificado e o crescimento económico a vários níveis”, sustentou.

E considerou: “Deverá também ter condições para atrair talento científico internacional”.

Questionado sobre o porquê desta parceria com a ‘University College London’, Rui Reis salientou que nesta área da medicina regenerativa esta universidade é das “melhores do mundo”.

Além disso, frisou, “tem um conjunto de características, não só científicas, mas de valorização do conhecimento passando o que se faz nos laboratórios para terapias”.

“Em Portugal, nós somos muito competitivos em termos científicos, mas não temos um percurso de valorizar o conhecimento e de fazer toda a parte dos ensaios clínicos e passar isto para aplicação real em pacientes”, esclareceu.

O centro conta com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia e das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo.

Especialistas alertam
Dois académicos norte-americanos alertam hoje que a epidemia de febre-amarela, a par de um fornecimento limitado de vacinas,...

Num artigo publicado hoje na página eletrónica do Jornal da Associação Médica Norte-americana (JAMA, na sigla em inglês), o especialista em doenças infecciosas e saúde pública Daniel Lucey e o professor de saúde pública Lawrence O. Gostin, ambos da Universidade de Georgetown, apelam à OMS que "reúna urgentemente uma comissão de emergência para mobilizar fundos, coordenar a resposta internacional e promover um aumento da produção de vacinas".

Lucey e Gostin acreditam que há evidências crescentes de que o surto de febre-amarela está a tornar-se a mais recente emergência global de saúde.

Angola enfrenta, desde dezembro de 2015, uma epidemia de febre-amarela que até 04 de maio registou um total de 2.149 casos suspeitos com 277 mortos e 661 casos confirmados em laboratório, 70% dos quais na província de Luanda, segundo dados transmitidos pelo Governo de Luanda à OMS.

A 22 de abril, a Organização de Saúde Pan-Americana declarou um alerta epidemiológico por febre-amarela na América Latina, onde o mosquito 'Aedes aegypti', que transmite a doença, está atualmente a transmitir ativamente os vírus do Zika e do dengue.

A escassez de vacinas disponíveis "pode provocar uma crise de segurança sanitária", escrevem os autores, lembrando que a disseminação da febre-amarela já atingiu o Quénia e a República Democrática do Congo, onde está planeada uma campanha para vacinar dois milhões de pessoas.

"É imperativo agir proactivamente para abordar a epidemia de febre-amarela", dizem os autores, segundo um comunicado da Universidade de Georgetown.

Gostin e Lucey escrevem que um comité de emergência permitiria aconselhar a diretora-geral da OMS sobre a epidemia e promover discussões sobre um aumento da produção de vacinas, mesmo antes de ser declarada uma emergência de saúde pública de preocupação internacional (PHEIC, na sigla em inglês).

Os especialistas dizem ainda que é preciso considerar uma forma mais eficiente de gerir potenciais emergências de saúde pública, propondo a criação de uma "comissão permanente de emergência" que se reunisse regularmente para aconselhar a diretora-geral da OMS.

A OMS considerou na sexta-feira que o surto de febre-amarela em Angola "continua de elevada preocupação", depois de na quarta-feira as autoridades angolanas terem dado a epidemia como controlada.

"O surto em Angola continua de elevada preocupação devido à transmissão local persistente em Luanda apesar de quase seis milhões de pessoas terem sido vacinadas; há registo de transmissão local em seis províncias (zonas urbanas e portos principais) e há um alto risco de propagação aos países vizinhos", escreve a OMS num relatório sobre a situação da febre-amarela.

Estudo
Uma potencial vacina contra a malária revelou-se eficaz a proteger adultos da infeção durante mais de um ano, revela um estudo...

As conclusões agora publicadas resultam de ensaios clínicos de fase 1 realizados por cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, com a vacina PfSPZ, desenvolvida e produzida pela farmacêutica Sanaria Inc., com apoio do Instituto Nacional para a Alergia e Doenças Infecciosas, dos EUA.

Segundo um comunicado da Universidade de Maryland, esta vacina é a primeira a revelar proteção de alto nível contra a malária por um período tão longo.

No ensaio clínico, os cientistas expuseram um pequeno número de voluntários adultos saudáveis ao parasita 'Plasmodium falciparum' ('P. falciparum'), que provoca a forma mais grave da malária, num ambiente controlado.

Este parasita é transmitido aos humanos através da picada de fêmeas infetadas de mosquito.

A vacina PfSPZ consiste em 'P. falciparum' vivo atenuado, no seu estádio de desenvolvimento mais precoce.

Estudos anteriores já tinham demonstrado que a vacina funcionava até três semanas depois da imunização, pelo que o estudo agora publicado pretendia analisar os efeitos de mais longo prazo.

O ensaio envolveu 101 adultos saudáveis de entre 18 e 45 anos, que nunca tinham tido malária.

Destes, 59 receberam a vacina e 32 não foram vacinados.

Os voluntários que receberam a vacina foram divididos em grupos para avaliar variáveis como a dose, o número de imunizações ou a via de administração.

Os participantes foram depois expostos a mosquitos infetados pela mesma estirpe do 'P. falciparum' utilizada na vacina, tendo os cientistas recolhido amostras de sangue dos voluntários para medir o nível de infeção e evidências de proteção.

A administração intravenosa parece conferir maior proteção do que a injeção intramuscular, tanto no curto como no longo prazo.

Em termos gerais, o estudo demonstrou que a vacina protegeu até um ano mais de metade (55%) dos voluntários.

Nessas pessoas, a vacina parece proteger contra a infeção e também impedir que a pessoa infetada possa contribuir para transmitir a doença.

Em 2015 registaram-se 214 milhões de casos de malária e a doença matou 438 mil pessoas, 90% das quais na África Subsaariana e 78% das quais crianças com menos de cinco anos.

Provocada por um parasita que é transmitido aos humanos pela picada de um mosquito, a malária, também conhecida como paludismo, ameaça hoje cerca de 3,2 mil milhões de pessoas, quase metade da população mundial.

Os primeiros sintomas da malária são febre, dores de cabeça e vómitos e aparecem entre 10 e 15 dias depois da picada do mosquito, mas se não for tratada, a malária por 'P. falciparum' pode progredir para uma fase grave e acabar por matar.

O combate à doença passa por uma diversidade de estratégias, incluindo a prevenção, através do uso de redes mosquiteiras impregnadas de inseticida e pulverização do domicílio, assim como pelo diagnóstico e tratamento dos casos confirmados com medicamentos anti maláricos.

Ainda não existe qualquer vacina para a doença, embora recentemente a Organização Mundial de Saúde tenha aprovado a realização de estudos piloto da candidata mais avançada.

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