Agência espacial europeia revela
As concentrações de metano e dióxido de carbono, gases com "efeito de estufa", na atmosfera, continuam a aumentar,...

Segundo um comunicado da ESA, os níveis de metano "mantiveram-se mais ou menos contantes até 2007", altura em que começaram a crescer "cerca de 0,3% por ano".

Os de dióxido de carbono "continuam a aumentar cerca de 0,5% por ano". Os resultados baseiam-se em dados dos satélites europeu Envisat e japonês GoSat, recolhidos entre 2003 e 2014, escreve o Sapo.

As agências norte-americanas NASA e National Oceanic and Atmospheric Administration indicam que os recordes de altas temperaturas têm sido sucessivamente quebrados. Abril foi o sétimo mês consecutivo com as temperaturas mais elevadas de sempre.

Os cientistas atribuem o aumento recente do metano à atividade agrícola e aos combustíveis fósseis (carvão mineral, gás natural, petróleo).

Os dados revelam elevadas concentrações de metano na Índia e na China, em agosto e setembro, uma vez que pântanos e arrozais são "uma das principais fontes" de emissão deste gás, sendo as emissões "maiores se o clima for quente e húmido".

De acordo com a ESA, o dióxido de carbono "apresenta flutuações sazonais semelhantes, embora com concentrações máximas no início da estação, em latitudes setentrionais".

"Atualmente, as plantas captam cerca de 25% do dióxido de carbono que emitimos, e, sem isto, os níveis e as consequências seriam muito maiores", assinalou, citado na nota da ESA, o investigador Michael Buchwitz, do Instituto de Física Ambiental, da Universidade de Bremen, na Alemanha.

O especialista, que lidera um projeto sobre gases que promovem o aquecimento terrestre, da agência espacial europeia, lembrou que continua a ser uma incógnita a forma como as plantas "irão responder a uma mudança climática".

Inspeção do Infarmed
Um ineficaz controlo de prazos de medicamentos e falhas no circuito de estupefacientes e psicotrópicos são algumas das...

A ação, que vai decorrer durante este ano, abrange 31 hospitais, dos quais 24 públicos.

Até ao momento foram avaliadas 10 unidades, tendo sido detetadas variadas irregularidades.

Ao nível dos circuitos dos medicamentos nas próprias instituições foi identificado um ineficaz controlo de prazos de validade (essencialmente nos serviços clínicos), um circuito de estupefacientes/psicotrópicos com falhas (em termos de registos) e a inexistência de auditorias ao circuito de hemoderivados.

De acordo com o Infarmed, foram encontrados procedimentos inexistentes ou desatualizados no sistema de gestão de qualidade, os quais “não refletem as atividades desenvolvidas pelos serviços”, bem como “registos das atividades incompletos”.

A inexistência de aparelhos de verificação de temperatura e humidade relativa (essencialmente nos serviços clínicos) foi outra irregularidade detetada na monitorização das condições ambientais dos medicamentos e produtos de saúde.

Em relação à preparação de medicação, os técnicos do Infarmed identificaram o incumprimento de requisitos técnicos, humanos e documentais, em especial na farmacotecnia.

Na dispensa ao público de medicamentos em regime de ambulatório as falhas passaram pela venda de medicamentos não enquadráveis no regime legal em vigor e a dispensa a título gratuito de medicamentos não previstos em diplomas legais ou sem a autorização prévia da respetiva administração.

A dispensa de medicamentos com base em prescrição manual, a ausência de assinatura do utente ou seu representante no documento comprovativo do levantamento da medicação e a ausência de verificação ou registo da identificação de representantes de doentes aquando do levantamento da medicação foram igualmente verificados.

Segundo o Infarmed, as não conformidades são classificadas como críticas, maiores e outras.

As entidades onde forem detetadas não conformidades críticas têm 48 horas para enviar um plano com medidas corretivas ou comunicar as correções feitas. Esse prazo é de 10 dias no caso das não conformidades maiores e outras.

Estudo
A resistência aos antibióticos poderá vir a matar em 2050 mais dez milhões de pessoas por ano face ao que acontece atualmente,...

Nomeado pelo Governo britânico para conduzir este relatório sobre a resistência aos antibióticos, o economista Jim O’Neill sublinhou a necessidade de ações urgentes para evitar que a medicina preventiva regresse à Idade Média.

“É preciso que isso se torne uma prioridade para todos os chefes de Estado”, afirmou O’Neill, citado pela agência France Presse, ao propor uma bateria de medidas a implementar.

O relatório apela à mudança drástica na maneira de utilizar os antibióticos, cujo consumo excessivo e má utilização favorece a resistência das “super-bactérias”.

O estudo preconiza o lançamento de uma vasta campanha de sensibilização do público, largamente “ignorante” dos riscos. Defende ainda a criação de um fundo de investigação de dois mil milhões de dólares; a forte redução da utilização de antibióticos durante a fase de crescimento; ou ainda premiar com mil milhões de dólares o laboratório que desenvolver uma nova família de fármacos que substituam os antibióticos de forma eficaz.

“É preciso parar de tomar antibióticos como rebuçados”, insistiu Jim O’Neill.

Desde o lançamento do estudo, em meados de 2014, mais de um milhão de pessoas morreram em resultado de infeções relacionadas com a resistência aos antibióticos, sublinha o relatório.

No relatório estima-se que este balanço pode crescer muito, ao ritmo de mais 10 milhões de mortes por ano até 2050, ou seja, mais pessoas do que o cancro mata hoje, e custar até 100 biliões de dólares à economia mundial.

A eficácia decrescente dos antibióticos preocupa fortemente a comunidade científica.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu em novembro que o fenómeno representa um “imenso perigo” e que, se nada for feito, o planeta caminha para uma “era pós-antibiótica, na qual as infeções atuais podem recomeçar a matar”.

A resistência aos antibióticos, também chamada antibioresistência, acontece quando uma bactéria evolui e se torna resistente aos antibióticos utilizados para tratar as infeções.

Organização Mundial da Saúde
Portugal surge como um dos dez países com maior consumo de álcool per capita do mundo, segundo dados de 2015 revelados por um...

O documento mostra que, no ano passado, foram consumidos o equivalente a uma média de 12,5 litros de álcool puro per capita em Portugal, que surge exatamente na mesma posição da Eslováquia, ambos no oitavo lugar entre os maiores consumidores da região europeia considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que abrange 50 países.

Estes valores têm tido variações ligeiras em anos anteriores, mas Portugal tem surgido em posição semelhante comparativamente com os outros países. Em termos mundiais situa-se entre os dez maiores consumidores por pessoa.

A liderar a tabela da OMS está a Moldávia, com um consumo equivalente a 17,4 litros de álcool per capita, seguida da Bielorrússia, Lituânia, Rússia, República Checa, Sérvia e Roménia. Surge depois a Austrália, com 12,6 litros per capita, logo seguida de Portugal e da Eslováquia.

O relatório lembra dados de 2012 que mostram que 3,3 milhões de mortes em todo o mundo foram atribuíveis ao consumo de álcool, quase seis por cento de toda a mortalidade.

Em relação à prevalência do consumo de tabaco a partir dos 15 anos, com dados de 2015, Portugal aparece a meio da tabela dos países da região europeia, claramente com os homens a apresentar maior prevalência do que as mulheres.

Organização Mundial da Saúde
Portugal está no grupo de 29 países do mundo com uma esperança média de vida de 80 anos ou mais, segundo um relatório da...

O Japão é, com uma média de 83,7 anos, o país do mundo com maior esperança média de vida, logo seguido pela Suíça, com 83,4 anos. Na região europeia, mantêm também esperanças médias de vida acima dos 82 anos a Espanha, Itália, Islândia, Israel, França e Suécia, enquanto o Luxemburgo figura com 82 anos exatos.

Segundo a lista da Organização Mundial da Saúde (OMS), com base em dados de 2015, na zona do Pacífico, além do Japão há mais três países com esperança média de vida acima dos 82 anos: Singapura, Austrália e a Coreia do Sul.

Portugal surge com uma esperança média de vida de 81,1 anos, em décimo terceiro lugar na tabela europeia, ao mesmo nível da Finlândia e da Bélgica e à frente de países como a Alemanha, a Dinamarca ou a Grécia.

Na tabela de 50 países da zona europeia assumida pela OMS, a Suíça lidera a esperança de vida para o conjunto dos dois sexos, com 83,4 anos, seguida de Espanha (82,8) e de Itália (82,7). No fim da tabela está o Turquemenistão (com 66,3 anos) e o Uzbequistão (69,4 anos).

A esperança média de vida global, em todo o mundo, foi em 2015 de 71,4 anos. De uma forma geral, em todos os países, e em todas as regiões no seu conjunto, as mulheres vivem mais que os homens, com uma esperança média mundial de 73,8 anos, enquanto os homens se ficam pelos 69,1 anos.

O relatório da OMS salienta que ainda há 22 países no mundo onde a esperança de vida fica abaixo dos 60 anos, todos eles situados na África subsaariana.

Globalmente, a esperança de vida quando atingidos os 60 anos tem crescido continuamente, passando de 18,7 anos em 2000 para 20,4 anos em 2015.

Quanto à mortalidade materna, definida pelo número de mães que morrem por cada 100 mil nascimentos, foi estimada globalmente, no passado, em 216 , o que faz com que 830 mulheres morram no mundo a cada dia devido a complicações da gravidez e do parto.

“Quase todas essas mortes ocorreram em ambientes com poucos recursos e a maioria poderia ter sido evitada”, refere o documento da OMS.

A região africana lidera as cifras de mortes maternas, com a Serra Leoa a ter os piores níveis (1.360 em 100 mil). Na Europa, Finlândia, Grécia, Islândia e Polónia são os países com melhor classificação, com uma taxa de três mortes maternas por cada 100 mil nascimentos. Portugal surge sensivelmente a meio da tabela, com 10 em cada 100 mil.

Relativamente à mortalidade infantil, a OMS aponta para que 5,9 milhões de crianças com menos de cinco anos tenham morrido no ano de 2015, com um ratio de 42,5 mortes por cada 100 mil nascimentos. Cerca de 45% dessas mortes ocorreram em recém-nascidos, com uma mortalidade neonatal de 19 por 100 mil nascidos.

Na região europeia, a esmagadora maioria dos países tem níveis de mortalidade infantil abaixo dos 10 por 100 mil nascimentos, com o Luxemburgo a apresentar a melhor taxa (1,9), seguido da Islândia (2,0) e da Finlândia (2,3). Portugal situa-se no grupo dos 20 países da região com melhores indicadores, com 3,6 mortes abaixo dos cinco anos por 100 mil crianças nascidas, à frente de outros países do sul como Espanha (4,1) , France (4,3) e Grécia (4,6).

Organização Mundial de Saúde
A esperança média de vida aumentou cinco anos entre 2000 e 2015, o crescimento mais rápido desde os anos 1960, mas o mundo...

A edição deste ano das Estatísticas Mundiais de Saúde, publicadas anualmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2005, conclui que a esperança média de vida de uma criança nascida em 2015 era de 71,4 anos (73,8 para as mulheres e 69,1 para os homens), mais cinco anos do que em 2000.

No entanto, as perspetivas dependem muito do local onde essa criança nasceu: Se for uma menina e tiver nascido no Japão, pode esperar viver até aos 86,8 anos (a mais alta esperança média de vida), mas se for um rapaz na Serra Leoa o mais provável é viver apenas 49,3 anos (a mais baixa).

"O mundo fez grandes avanços na redução do sofrimento desnecessário e das mortes prematuras provocadas por doenças que podem ser prevenidas e tratadas, mas os ganhos têm sido desiguais", disse a diretora-geral da OMS, citada num comunicado da organização.

Margaret Chan defende que se ajude os países a trabalharem para alcançar a cobertura universal de saúde baseada em fortes serviços primários: "É o melhor que podemos fazer para garantir que ninguém fica para trás".

Segundo as estimativas da OMS, que reúnem dados de 194 países relativos a uma série de indicadores, nomeadamente mortalidade, doenças e sistema de saúde, o aumento da esperança média de vida registado desde 2000 representa uma inversão face ao declínio que se verificara nos anos 1990, particularmente em África, devido à epidemia de Sida, e na Europa de Leste, com o colapso da União Soviética.

O aumento deve-se sobretudo ao continente africano, onde as melhorias na sobrevivência infantil, os progressos no controlo da malária e o aumento do acesso aos antirretrovirais permitiram esticar a esperança média de vida em 9,4 anos.

Hoje, em média, um africano pode esperar viver 60 anos.

Mas há 22 países da áfrica subsaariana - entre os quais Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial - que não atingem sequer esse limiar.

No extremo oposto, há 29 países, todos eles de alto rendimento, e entre os quais se encontra Portugal, que têm uma esperança média de vida igual ou superior a 80 anos.

Um outro indicador é a esperança de vida saudável, uma medida do número de anos com saúde que um recém-nascido em 2015 pode esperar ter.

Segundo as estimativas da OMS. a esperança média de vida saudável é de 63,1 anos a nível global, (64,6 anos para as mulheres e 61,5 anos para os homens).

Em geral, a esperança de vida saudável é em média 11,7% mais curta do que a esperança média de vida, mas a diferença entre países varia entre 9,3% e 14,7%.

O relatório deste ano foca-se também nas metas para a saúde definidos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável adotados em 2015 pela Assembleia Mundial de Saúde, apontando falhas importantes nos indicadores, que terão de ser preenchidas para se conseguir avaliar o progresso alcançado.

Por exemplo, cerca de 53% das mortes a nível mundial não são registadas, embora vários países, incluindo o Brasil, a China, o Irão, a África do Sul e a Turquia, tenham feito progressos nesta área.

Entre outras conclusões, o relatório deste ano estima em 5,9 milhões o número de crianças que morre antes dos cinco anos e em 303 mil o número de mulheres que morrem devido a complicações com a gravidez ou o parto.

Cerca de 156 milhões de crianças com menos de cinco anos têm baixa estatura e 42 milhões sofrem de excesso de peso.

Todos os anos, dois milhões de pessoas são infetadas com o VIH e 9,6 milhões desenvolvem tuberculose.

O número anual de casos de malária é de 214 milhões e 1,7 mil milhões de pessoas precisam de tratamento para doenças tropicais negligenciadas.

Em Espanha
Médicos espanhóis estão preocupados com uma nova prática sexual que representa um comportamento de risco, mas que está a ganhar...

Os médicos em Espanha estão preocupados com uma nova prática sexual que tem ganhado popularidade entre os jovens: a roleta sexual. A prática pressupõe uma festa onde os participantes – normalmente do sexo masculino – fazem orgias sem utilizar proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis. Entre os participantes tem de estar um indivíduo portador do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Esse participante não pode ser previamente identificado pelos outros, escreve o Observador.

Os participantes nestas práticas sexuais vão trocando de parceiros, sempre sem saber quem é a pessoa portadora do VIH. Os especialistas explicam que estas festas normalmente são organizadas por pessoas com algum dinheiro e são abertas a todos os participantes. A terapeuta psicossexual Kate Morley afirmou à HelloU que a prática é interessante para os jovens já que combina “o orgasmo com o aumento da adrenalina”.

O conceito inspirou-se no conceito da Roleta Russa, um jogo de apostas em que o ‘jogador’ coloca uma única bala num revólver, roda o cilindro, encosta o cano à cabeça e prime o gatilho. Num revolver com capacidade para seis balas, quem prime o gatilho tem uma em seis hipóteses de se auto balear. Esta prática ter-se-á iniciado na Rússia, durante o século XIX.

Associação Portuguesa de Adictologia
O presidente da Associação Portuguesa de Adictologia, João Curto, afirmou em Coimbra que a prevenção de comportamentos aditivos...

O psiquiatra defendeu mais apoios e contributos para que "haja uma maior disseminação pelo país" de programas de prevenção de comportamentos aditivos junto das crianças, adolescentes e jovens adultos.

"A prevenção é de uma importância muito grande, visto que o conhecimento não é assim tão grande que permita tratamentos definitivos", disse João Curto.

Face à não-existência de cura para adições, a grande aposta deve ser a prevenção, defendeu o presidente da Associação Portuguesa para o Estudo das Drogas e das Dependências (APEDD), que realiza hoje e sexta-feira o Congresso Nacional de Adictologia, no Hotel D. Inês, em Coimbra, subordinado ao tema "O Tempo e as Adições - Ligando a Ciência, a Clínica e a Política".

Para além dessa área, o país deveria também investir mais na reabilitação de pessoas com problemas de dependência, "evitando riscos e maiores danos", naquela que foi uma área de grande aposta em Portugal, mas que necessita, de momento, de um reforço.

Durante os últimos quatro a cinco anos assistiu-se a "um desmembramento dos serviços públicos", havendo hoje menos recursos humanos, nomeadamente médicos e enfermeiros, diminuindo também "a possibilidade de resposta adequada aos problemas".

"As instituições de solidariedade social mantiveram a sua atividade e têm feito um bom trabalho, mas a capacidade de intervenção diminuiu", notou.

O presidente da APEDD alertou ainda para o fim do Instituto da Droga e Toxicodependência e da criação do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), que surge apenas como "entidade reguladora" e de orientação técnica.

Hoje, os serviços locais ficaram a cargo das administrações regionais de saúde, o que criou "alguma dificuldade de articulação e interligação", constatou.

"Como a experiência anterior foi muito positiva, deveria voltar e tentar refazer-se, adaptada às circunstâncias atuais, de modo a que haja uma coordenação nacional", para que em diferentes regiões do país haja "os mesmos meios e serviços" disponíveis, frisou.

O congresso em Coimbra vai abordar questões como novas linhas de investigação, intervenção junto dos utentes e aproximação à comunidade, bem como "aspetos da decisão política".

21 de maio - Dia Nacional e Europeu da Obesidade
A Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade organiza no próximo dia 21 de maio, o seminário “Obesidade: Uma...

Segundo os últimos dados do INE, mais de metade da população adulta em Portugal (52,8%) sofre de pré-obesidade ou obesidade, situação que aumenta o risco de desenvolvimento de doenças crónicas como a diabetes ou doenças cardiovasculares.

Discutir a responsabilidade de uma doença incentivada pelos hábitos e comportamentos da nossa sociedade é o objetivo do evento que numa primeira parte expõe o tema “Prevenção, referenciação e seguimento” da obesidade e excesso de peso nas diferentes idades: pediátrica, adulta e no idoso. O debate “Uma responsabilidade de todos” tem depois início, com a moderação da Presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), a Professora Doutora Paula Freitas.

Vivemos numa sociedade que incentiva o consumo de comida rápida, altamente prejudicial para a saúde, e o sedentarismo das 8h de escritório. O resultado é simples: 16,4% da população portuguesa com idade igual ou superior a 18 anos sofre de obesidade, tornando esta enfermidade um dos principais problemas de saúde pública no nosso país e, desta forma, um problema de todos.

Alertar para as consequências desta doença, bem como para a necessidade de adotar estratégias que visem uma mudança de hábitos e comportamentos, para um estilo de vida saudável, é crucial dado o crescente impacto dos doentes obesos nos serviços de saúde.

Campanhas como “Comprometidos com um peso saudável”, com a colaboração e apoio da SPEO, assumem grande importância neste contexto, ao consciencializar não só sobre a necessidade de perder peso e adotar um estilo de vida saudável, mas também sobre a necessidade de fazê-lo com supervisão médica e o apoio de uma equipa multidisciplinar.

Consulte aqui o programa do evento.

Infarmed
Ordenada a suspensão imediata da comercialização e retirada do mercado dos produtos cosméticos 'Sta Sof Fro Coloração...

Na sequência de ter sido detetada, pela Autoridade Competente Alemã, a presença de um ingrediente proibido (perborato de sódio) nos produtos cosméticos para coloração capilar ‘Sta Sof Fro Coloração Permanente’, nas cores Castanho Escuro, Castanho Médio, Castanho Negro, Preto, Preto Azulado e Ruivo, o Infarmed ordena a suspensão imediata da comercialização e a retirada do mercado de todos os lotes dos referidos produtos.

Assim, o Infarmed informa o seguinte:
- As entidades que disponham destes produtos não os podem disponibilizar.
- Os consumidores que possuam estes produtos também não os devem utilizar.
- Para obter informações adicionais, devem contactar os distribuidores Diamantino Viegas, Lda. e/ou Mendes & Butt Cosmetics, Lda.

Doenças do trato gastrointestinal
No dia em que se assinala, mundialmente, a doença Inflamatória Intestinal, a gastrenterologista Paul

A Doença Inflamatória Intestinal representa um grupo de doenças crónicas que se caracterizam por um processo inflamatório que acomete o trato gastrointestinal. Engloba duas principais entidades, a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa.

A doença de Crohn é uma doença inflamatória crónica do intestino de causa desconhecida.

O processo inflamatório pode atingir qualquer parte do aparelho digestivo desde a boca até ao anús, sendo o atingimento da parte terminal do intestino delgado (íleon) e do intestino grosso (cólon) o mais frequente.

A inflamação caracteriza-se por ser transmural o que significa que pode envolver toda a espessura da parede intestinal e provocar úlceras (feridas) do seu revestimento interior, estenoses (apertos), abcessos e/ou fístulas (complicações infecciosas localizadas secundárias á extensão do processo inflamatório para fora da parede do intestino).

Os sintomas podem ser múltiplos e variáveis de paciente para paciente pois dependem da localização da doença, do seu comportamento e da presença ou não de manifestações extra-intestinais.

 A dor abdominal e a diarreia são dos sintomas mais frequentes.

Não é uma doença genética mas a susceptibilidade à doença é determinada por factores genéticos. Com efeito, cerca de 10-15% dos doentes têm outro familiar próximo com a mesma doença.

Alguns factores ambientais como o consumo de tabaco tem um efeito negativo no curso da doença, pelo que se recomenda vivamente a suspensão deste hábito.

Os doentes podem e devem fazer uma alimentação normal e diversificada, sendo necessário algumas restrições dietéticas em fases de atividade da doença e na presença de estenose intestinal (estreitamento do lúmen intestinal).

Para o diagnóstico é necessário a conjugação de dados clinicos, do exame físico e exames imagiológicos como a enterografia por TAC ou RMN e endoscópicos como a colonoscopia total com ileoscopia com realização de biopsias, a endoscopia digestiva alta e nalguns casos a enteroscopia.

Não havendo ainda cura para esta doença o objetivo do tratamento é o controlo da inflamação com cicatrização da mucosa intestinal, a diminuição da necessidade de internamento hospitalar por agudização grave, a necessidade de cirurgia intestinal, e a melhoria da qualidade de vida.

Os fármacos utilizados são os corticosteroides (tratamento das agudizações moderadas a graves) e os imunossupressores e/ou fármacos biológicos.

Os antibióticos utilizam-se frequentemente no tratamento das complicações supurativas (infecciosas) (abdominais e perianais).

O tratamento cirúrgico é muitas vezes necessário na abordagem das complicações e nas formas resistentes à terapêutica farmacológica.

A colite ulcerosa é uma doença inflamatória crónica do intestino grosso (cólon) de causa desconhecida. O processo inflamatório atinge a camada mucosa do recto podendo estender-se proximalmente aos restantes segmentos cólicos.

Quando a inflamação se limita ao recto designa-se de proctite ulcerosa, quando envolve os segmentos distais do cólon e o recto, a designação de colite ulcerosa distal e quando se estende para o cólon transverso e/ou cólon direito, a designação de pancolite ulcerosa.

 Os sintomas dependem da extensão da inflamação no cólon, sendo a hemorragia digestiva baixa sobre a forma de rectorragia (emissão de sangue vermelho através do anús) o mais frequente.

A diarreia com muco e sangue e a dor abdominal são mais frequentes nas formas mais extensas.

Não é uma doença genética mas a susceptibilidade à doença é determinada por factores genéticos.

Com efeito, cerca de 10% dos doentes têm outro familiar próximo com a mesma doença.

Os doentes podem e devem fazer uma alimentação normal e diversificada, sendo necessário algumas restrições dietéticas em fases de atividade da doença.

Para o diagnóstico é necessário a conjugação de dados clinicos, do exame físico e exames endoscópicos como a colonoscopia total com ileoscopia com realização de biopsias.

Não havendo ainda cura para esta doença o objetivo do tratamento é o controlo da inflamação com cicatrização da mucosa cólica, a diminuição da necessidade de internamento hospitalar por agudização grave, a necessidade de colectomia (cirurgia cólica), e a melhoria da qualidade de vida.

Os fármacos utilizados dependem da gravidade da doença e podem ser: os  aminosalicilatos por via oral e tópica (supositórios e / ou enemas), os corticosteroides (tratamento das agudizações moderadas a graves) e os imunossupressores e/ou fármacos biológicos (em formas mais graves).

O tratamento cirúrgico, protocolectomia (remoção do recto e cólon) pode ser necessário em formas graves resistentes à terapêutica médica e na presença de algumas complicações.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Bayer confirma
O grupo farmacêutico e químico alemão Bayer confirmou, em comunicado, a informação difundida previamente pela multinacional...

“Representantes da Bayer reuniram-se recentemente com membros da gerência da companhia Monsanto para falar, confidencialmente, sobre uma aquisição de comum acordo”, assinala o grupo alemão no seu comunicado.

O documento recorda que a tal fusão “reforçaria a Bayer como empresa global de inovação em ciências da vida, com posições de liderança nas suas atividades principais, além de criar uma condição de cultivo integrado”.

O grupo alemão assinala ainda que o seu comunicado responde à declaração difundida pela Monsanto relativa à proposta da Bayer e que, caso seja necessário, publicará informação adicional.

Por sua vez, o grupo Monsanto, divulgou um documento no qual assegurava que tinha recebido uma oferta de aquisição por parte da Bayer, mas evitou revelar o valor da mesma, avançado tratar-se de uma “proposta não vinculante e não solicitada”.

A Bayer iniciou discussões internamente e com os seus conselheiros sobre a compra da empresa norte-americana Monsanto, que tem uma capitalização de 42.000 milhões de dólares (37,443 milhões de euros).

A multinacional Monsanto tem estado relacionada, nos últimos tempos, com noticias muito controversas, dado que vários países europeus estão contra a utilização do glifosato, substância muito utilizada nos pesticidas, designadamente do Round Up, do grupo Monsanto, e que, segundo alguns especialistas, é suspeita de ser cancerígena.

Na quarta-feira, os grupos parlamentares de PCP, CDS-PP e PSD chumbaram o projeto de lei do BE, que proibia o uso do herbicida glifosato em espaços urbanos, enquanto PS, PEV e PAN votaram favoravelmente, ao lado dos bloquistas.

Em abril, o Parlamento Europeu defendeu a renovação da autorização para comercializar glifosato por somente sete anos, contra os 15 anos inicialmente previstos.

Várias organizações, nomeadamente ambientalistas e, em Portugal, partidos como o ecologista Os Verdes ou o Partido Pessoas Animais Natureza (PAN), além do BE, têm pedido a proibição da venda de pesticidas com glifosato.

Uma petição a decorrer em Portugal contra o uso de glifosato tem já mais de 15 mil assinaturas.

Infarmed
O Infarmed iniciou um conjunto de 31 inspeções a serviços farmacêuticos hospitalares públicos e privados que serão levadas as...

Em comunicado, o Infarmed adianta ter dado início “ao mais vasto conjunto de sempre de inspeções no terreno a serviços farmacêuticos hospitalares”, estando planeadas ”inspeções a 31 serviços farmacêuticos, sejam públicos (24) ou privados (7), prevendo-se também ações a detentores de autorização de aquisição direta”.

Aquela entidade adiantou que já foram avaliadas 10 unidades, tendo sido detetadas diversas irregularidades e as instituições notificadas para encetar a sua correção.

“Depois de, no ano passado, se terem realizado cinco inspeções a estes serviços, foi decidido avançar com um programa mais alargado, com o objetivo de “verificar o circuito do medicamento (e também dispositivos médicos), garantindo que estes são administrados aos doentes com toda a qualidade, eficácia e segurança”, justificou a autoridade nacional do medicamento.

O Infarmed salienta também que “o cumprimento do que está previsto nas normas legais e na regulamentação aplicável é também verificado”.

“Até ao momento, as irregularidades mais frequentemente detetadas são relacionadas com o sistema de gestão de qualidade - nomeadamente ao nível dos procedimentos e registos - o sistema de monitorização das condições ambientais dos medicamentos e dos produtos de saúde, a preparação de medicação ou os circuitos dos medicamentos nas próprias instituições, havendo ainda irregularidades na dispensa de medicamentos ao público”, adiantou aquela entidade em comunicado.

O conjunto de ações deverá decorrer durante os próximos meses, ficando a cargo de uma equipa multidisciplinar do Infarmed.

Na sexta-feira
A partir de sexta-feira começam a ser vendidos maços de tabaco com imagens chocantes, frases de alerta e o número da linha de...

A nova rotulagem vai começar a ser usada nos maços a partir de 20 de maio, sendo no entanto estabelecido ainda um período de um ano (até 20 de maio de 2017) para escoar as embalagens antigas.

As novas regras para a venda de tabaco constam de legislação publicada em agosto em Diário da República e que entrou em vigor no início de janeiro, determinando que as embalagens de produtos de tabaco para fumar (como cigarros, tabaco de enrolar e tabaco para cachimbo de água) devem apresentar “advertências de saúde combinadas”, que incluem texto e fotografia a cores.

Algumas das opções constantes da “biblioteca de imagens” consistem em pulmões e línguas com tumores malignos, pessoas amputadas, mortas dentro de sacos ou em camas de hospital, uma mulher a cuspir sangue ou um bebé a fumar através de uma chucha.

Estas imagens são acompanhadas de frases de alerta, entre as quais “fumar provoca 9 em cada 10 cancros do pulmão”, “fumar provoca cancro da boca e da garganta”, “fumar provoca acidentes vasculares cerebrais e incapacidades”, “fumar agrava o risco de cegueira” e “os filhos de fumadores têm maior propensão para fumar”.

Além disto, passa a ser obrigatório as embalagens conterem duas advertências: “Fumar mata – deixe já” e “O fumo do tabaco contém mais de 70 substâncias causadoras de cancro”.

Ao todo, as advertências combinadas (texto e imagens) passam a ocupar 65% das embalagens, no caso dos maços de cigarros, em ambas as faces.

No mesmo dia está previsto arrancar a linha de cessação tabágica, de acordo com a diretiva europeia que já foi transposta para a lei nacional.

A garantia foi dada no mês passado pelo diretor-geral da Saúde, no final de um encontro sobre medidas de saúde a adotar no verão, que explicou que das embalagens de tabaco vai constar a linha telefónica para a qual o fumador deve ligar para obter informações e ajuda sobre programas disponíveis para ajudar a deixar de fumar.

Secretário de Estado da Saúde
Investir na prevenção para gastar menos no tratamento é possível? De que forma a prevenção e a literacia em saúde podem...

Estas são as questões que colocam frente a frente a Educação em Saúde, os programas de literacia em saúde, as ações de promoção de estilos de vida saudáveis e o seu retorno nos ganhos em saúde.

Em depoimentos recolhidos junto do Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, no âmbito de uma iniciativa de prevenção de doenças cardiovasculares que decorreu em Setúbal, de 11 a 13 de maio, organizada por membros do departamento de Cardiologia do Centro Hospitalar de Setúbal EPE, e em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, foram abraçadas estas e outras questões.

A literacia e o investimento público
Relativamente à importância da educação para a saúde, o Secretário de Estado concorda que “a literacia é uma forma de educar o cidadão para hábitos de vida saudáveis, evitar fatores de risco e alertar para os perigos de certo tipo de condutas da nossa vida quotidiana.”

Quanto ao impacto nos custos em saúde, Manuel Delgado acrescenta que “este é um fator decisivo para melhorar a saúde da nossa população, evitar consultas de especialidade e reduzir a despesa inerente à saúde.”

Por essa razão, justifica que o Ministério da Saúde veja “com muito interesse” o patrocínio de campanhas de literacia em saúde alavancadas por sociedades médicas. “O Ministério da Saúde tem grande responsabilidade na vigilância da saúde dos Portugueses, mas não pode fazer tudo sozinho. O estabelecimento de parcerias com sociedades científicas é absolutamente crucial para desenvolvermos a promoção e literacia em saúde. “

A Direção-Geral da Saúde (DGS), acrescenta, “tem tido um papel determinante para melhoria das condições de saúde dos Portugueses e para os resultados de saúde. Somos líderes em muitos indicadores fundamentais de saúde, mesmo quando comparados com países mais desenvolvidos, como por exemplo na vacinação das populações ou na taxa de mortalidade infantil.”Por isso, remata, “não tenho dúvidas de que a DGS é uma entidade de extrema importância para colaborar com sociedades científicas e levar para a frente projetos que tenham importância e impacto na vida dos Portugueses e que atinjam um grande número de cidadãos.”

A investigação clínica em Portugal
Quando confrontado com a importância da Investigação Clínica em Portugal, o Secretário de Estado comenta que “os ensaios clínicos, ao contrário do que anteriormente se pensava, são de extrema utilidade para os hospitais porque dão rendimento, permitem o acesso à investigação por parte de clínicos e também permitem que os doentes tenham acesso a terapias inovadoras.” Todavia, acrescenta “as terapias inovadoras têm de ser utilizadas segundo um critério de custo/efetividade, isto é, não podemos pegar nas terapias inovadoras e utilizá-las sem critério porque isso tem custos incomportáveis para o erário público e muitas vezes os benefícios são muito reduzidos.”

Porém, em comparação com as outras economias semelhantes à portuguesa a taxa de acesso à investigação clínica é muito superior e Portugal apresenta alguns entraves à inovação.

Em comentário a esta afirmação, Manuel Delgado justifica que “Portugal, não tendo uma indústria farmacológica muito desenvolvida, tem mais dificuldade em incorporar terapêuticas inovadoras, visto que essas chegam a Portugal um pouco mais tarde.”

Quando chegam, adianta o Secretário de Estado, “tentamos agilizar a avaliação das terapêuticas.”

Quando se trata de aprovar uma nova tecnologia, “a única questão que se coloca é a importância de avaliar e testar a validade das terapêuticas para todos os doentes, ou para o nicho de doentes aos quais essas terapêuticas se destinam.”

Por fim, e realçando a importância do trabalho em conjunto, entre a tutela e as sociedades médicas, o Secretário de Estado confessa o seu interesse “em colaborar na componente científica e técnica para a promoção de campanhas através de uma parceria com a Direção-Geral da Saúde, como por exemplo, através da criação de protocolos.” Do ponto de vista financeiro, atenta “temos de avaliar individualmente cada projeto e verificar quais os que apresentam maior impacto. E a Cardiologia claramente que é uma área importante.”

DGS
A Direção-Geral da Saúde esclareceu que para já não são necessárias medidas extra de proteção contra o vírus zika na Madeira,...

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a subida do risco de propagação do vírus Zika na Europa do nível baixo para moderado no final da primavera e no verão, sendo mais intenso em regiões periféricas como a Madeira, e apelou aos países com risco mais elevado para reforçarem as suas capacidades, dando prioridade à prevenção da propagação do Zika.

O diretor-geral da Saúde esclareceu que não serão tomadas medidas extra em Portugal, relativamente à Madeira, porque “as atuais medidas estão bem implementadas e a ter bons resultados”.

“O risco existe, mas é pequeno. Em conjunto com as autoridades da Madeira estamos a acompanhar a evolução do problema, que resulta da existência de mosquitos vetores -aedes aegypti – naquela região”, afirmou, esclarecendo contudo que esses mosquitos não estão infetados.

Segundo Francisco George, “não é a picada dos mosquitos que provoca a doença, é a picada dos mosquitos, desde que estejam infetados, mas os mosquitos da Madeira não estão infetados”.

Ou seja, existem naquela região mosquitos da espécie aedes aegypti, mas não existem casos de zika, e a população daqueles mosquitos não tem crescido, o que indica que “as medidas tomadas têm sido as adequadas”.

Essas medidas são a vigilância da população de mosquitos, através da captura dos mosquitos e dos seus ovos, e o combate ao próprio mosquito que tem sido continuado.

O diretor-geral da Saúde salientou contudo que esse combate passa pela participação ativa de todos os cidadãos, para que evitem a existência de “pequenos reservatórios” de águas paradas, como pratos, tigelas ou latas de conserva, que podem servir como depósito de ovos.

“Não é ao Estado que compete virar os pratos dos vasos onde se acumula água ao contrário”, afirmou, lembrando que compete às famílias tomarem essas precauções em defesa da sua própria saúde.

Segundo os dados atualizados hoje no site da Direção-Geral da Saúde (DGS), verificaram-se até ao momento em Portugal 17 casos importados de Zika.

A DGS sublinha que esta situação não eleva o nível de risco, uma vez que a doença só se transmite, em regra, por mosquitos de espécies que não estão identificadas em Portugal Continental.

Grupo Jaba Recordati
A Jaba Recordati, subsidiária do grupo Recordati, evoca em 2016 os seus 90 anos, um marco importante da história de uma das...

Nelson Pires, diretor-geral da Jaba Recordati, afirma que “o sucesso da nossa empresa alinhado com o posicionamento internacional do grupo Recordati, assenta em três pressupostos, internamente apelidados de ‘3 P’s’ (pessoas, produtos e processos). Acrescenta ainda que a “estratégia da multinacional sempre foi “glocal”, mas assente em variáveis da cultura e enquadramento local permitindo o crescimento do empreendedorismo de cada país onde a companhia opera. Realça na impressão digital da empresa a inovação na qual o grupo Recordati investe mais de 8% do seu turnover anual (mais de 80 milhões de euros em I&D de produto)”.

Para assinalar os 90 anos, a Jaba Recordati apresenta-se ao mercado com um site totalmente renovado com o objetivo de oferecer uma “navegação” mais dinâmica e user friendly para o cliente e público em geral, permitindo proceder a uma pesquisa pelas diferentes patologias e áreas terapêuticas a que a companhia se dedica. 

História de uma marca com ADN português e inovação global
Em 1926, foi fundado o Laboratório de Farmacologia Reggiano em Milão por Giovanni Recordati. Em 1927, foi fundada a Farmácia Universal, em Lisboa pelo farmacêutico José António Baptista d'Almeida (J.A.B.A.). Apenas um ano de diferença separa a história das duas empresas que em comum têm a sua génese na área farmacológica. Em 2006, o Grupo português Jaba é adquirido pelo grupo italiano Recordati, que representou a consolidação das suas áreas de negócio e dos centros de I&D. A Jaba Recordati é, desde dezembro de 2006, a subsidiária em Portugal do grupo Recordati fundado em 1926. A marca Jaba evoluiu para Jaba Recordati com o processo de aquisição pela Recordati. Com esta mudança, a empresa, além de comercializar produtos farmacêuticos sob licença, iniciou a comercialização de produtos inovadores.

A inovação representa um dos principais drivers de crescimento a médio e longo prazo que permitirá à empresa atingir o objetivo de crescimento superior a 7% anual nos próximos três anos. Findo este prazo estima-se que os produtos inovadores representem mais de 70% do turnover da Jaba Recordati. Prevê-se no futuro, para além do crescimento orgânico em I&D, a aquisição de novas empresas. O sucesso da empresa assenta não só na história da sua marca, mas também na resiliência demonstrada pelos resultados que demonstrou pelos objetivos financeiros atingidos pela Jaba Recordati no seio do grupo Recordati nos últimos seis anos, em contraciclo com a conjuntura económica nacional e inflexão do sector farmacêutico.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro lança três novas Bolsas de Investigação, reforçando o seu apoio à investigação nacional na...

O objetivo destas parcerias é disponibilizar apoio financeiro a jovens investigadores que apresentem projetos inovadores em diferentes áreas. A Bolsa Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) ANA visa incentivar trabalhos na área do cancro do pulmão, a Bolsa LPCC Fundação PT na área do cancro colo-rectal, e a Bolsa LPCC Pfizer na área do cancro da mama.

A atuação da LPCC rege-se por quatro eixos estratégicos, nos quais se inclui a aposta em projetos com aplicação clínica: apoio ao doente e familiares, educação para a saúde, prevenção secundária e investigação. Consciente da importância da investigação científica em oncologia, a LPCC tem vindo a investir continuamente no desenvolvimento de projetos de jovens investgadores e na formação destes profissionais.

Cada bolsa tem o valor pecuniário de 12 mil euros e as candidaturas deverão ser submetidas até dia 16 de setembro de 2016. Após validação, todos os trabalhos serão avaliados por um júri presidido pelo Presidente da LPCC e composto por cinco elementos com experiência na área oncológica, convidados pela Instituição e pelos patrocinadores. Os candidatos serão informados do resultado da avaliação a partir de 1 de dezembro.

Os critérios de avaliação baseiam-se na pertinência e relevância do projeto, impacto do mesmo, entidade responsável, originalidade, nível de investigação e rigor científico. Para mais informações, é possível consultar os respetivos regulamentos no site da LPCC: www.ligacontracancro.pt.

Instituto de Investigação e Inovação em Saúde
O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), com 51 grupos de investigação, 126 projetos em...

De acordo com a Universidade do Porto (U.Porto), o novo “superlaboratório” foi a unidade científica que garantiu o maior valor de financiamento anual na mais recente avaliação ao sistema científico nacional realizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia – 6,19 milhões de euros – e uma das 11 unidades a receber a classificação máxima de Excecional.

Resultando da união de três dos mais conceituados centros científicos da Universidade do Porto – o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), o Instituto Nacional de Engenharia Biomédica (INEB) e o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (Ipatimup) –, o i3S assume-se como o maior instituto de investigação português na área das Ciências da Saúde.

O i3S de investigação agrega mais de 1000 colaboradores, 800 dos quais cientistas dedicados ao desenvolvimento de respostas aos maiores desafios da saúde da atualidade: Cancro, Neurobiologia e Doenças Neurológicas e Interação e Resposta do Hospedeiro.

Para albergar este novo “superlaboratório”, a Universidade do Porto construiu de raiz, no polo universitário da Asprela, um novo edifício de 18 mil metros quadrados, uma empreitada orçada em 21,5 milhões de euros, financiada em 18 milhões por fundos comunitários no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte, o “ON.2 – O Novo Norte”.

Totalmente dedicado a laboratórios e serviços de investigação, o novo espaço tem ligação direta com o antigo edifício do IPATIMUP, agora reconvertido para salas de aulas de pós-graduações, auditórios e serviços administrativos do i3S.

A construção do novo edifício teve início em 2013, com o lançamento oficial da primeira pedra a 04 de abril desse ano, tendo ficado concluída com a instalação de todos os grupos de investigação em dezembro de 2015.

Contudo, a criação do i3S começou a tomar forma já em 2003, com a instituição do protocolo de cooperação entre IBMC, INEB e Ipatimup, e transformou-se em realidade a 28 de janeiro de 2008, quando os diretores daqueles três centros assinaram o protocolo de estabelecimento do consórcio perante uma plateia onde pontuavam o primeiro-ministro e o ministro da Ciência da altura, José Sócrates e Mariano Gago.

O edifício-sede do i3S é oficialmente inaugurado com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, e dos ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Saúde.

No final da cerimónia de inauguração realiza-se uma homenagem a Mariano Gago e a Corino de Andrade, com a atribuição dos nomes destes cientistas aos dois auditórios existentes no complexo do i3S.

Organização Mundial de Saúde
O risco de propagação do vírus Zika na Europa subiu de baixo para moderado no final da primavera e no verão, sendo mais intenso...

“Os novos dados publicados hoje mostram que há um risco de propagação da doença do vírus Zika na região da Europa e que este risco varia de país para país”, afirmou Zsuzsanna Jakab, diretor regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Europa, num comunicado.

“Com esta avaliação de risco, a OMS quer informar e ajudar ao trabalho de preparação em cada país europeu baseado no nível de risco. Apelamos especialmente aos países com risco mais elevado para reforçarem as respetivas capacidades nacionais e para darem prioridade a atividades que previnam uma larga propagação do Zika”, acrescentou.

Caso nada seja feito, a OMS prevê um risco moderado de contágio com o vírus em 18 países e elevado nas regiões limítrofes, designadamente, ilha da Madeira e na costa do Mar Negro, anuncia a OMS.

As regiões com presença do mosquito Aedes aegypti, o principal vetor de contágio, têm uma elevada probabilidade de transmissão do vírus Zika. Há 18 países com um risco médio de transmissão, devido à presença de uma segunda estirpe menos agressiva do mosquito, a Aedes albopictus. E há 36 países com pouca, muito pouca ou nenhuma probabilidade de transmissão do vírus devido à ausência do mosquito e de condições climáticas para a sua instalação.

Os inquéritos realizados pela OMS à capacidade de resposta por parte dos 51 países da Europa e do Liechtenstein revelam que 41 países (79%) têm uma boa e muito boa capacidade de resposta, ainda que as capacidades específicas variem substancialmente, indica o comunicado.

Do cruzamento das probabilidades de contágio e das capacidades de resposta, a OMS chega à conclusão que há um risco baixo a moderado de propagação na região da Europa do vírus a partir do final da primavera e durante o verão.

A OMS recomenda aos países e regiões com probabilidade moderada e elevada de contágio o reforço das atividades de controlo que previnam o aparecimento do mosquito e aumento das respetivas populações, e reduzam a sua densidade, em particular nas zonas com a presença doa subespécie Aedes aegypti.

A organização recomenda ainda apetrechamento dos profissionais de saúde com o equipamento adequado para rápida deteção do vírus e para reportarem o mais cedo possível a primeira ocorrência local, assim como eventuais complicações decorrentes de infeções, num prazo de 24 horas após diagnóstico

A OMS apela ainda ao encorajamento das populações para que reduzam os locais potenciais de reprodução do mosquito.

As pessoas em risco, especialmente grávidas, deverão ser alvo de medidas especiais de proteção contra a infeção, incluindo a transmissão sexual.

E, finalmente, os países com estes níveis de probabilidade de presença do Zika e contágio do vírus deverão empregar esforços redobrados para mitigar os seus efeitos e complicações.

Todos os restantes países deverão adotar estratégias de controlo de acordo com a probabilidade de transmissão local do vírus, detetando o mais cedo possível eventuais casos importados e facultando aconselhamento de saúde pública a viajantes em e para países afetados.

O vírus do Zika, transmitido pelo mosquito 'Aedes aegypti', provoca sintomas gripais benignos, mas está também associado a microcefalia, doença em que os bebés nascem com o crânio anormalmente pequeno e défice intelectual, assim como ao síndroma de Guillain-Barré, uma doença neurológica grave.

O Brasil, o país mais afetado pelo surto que começou no ano passado, já registou mais de um milhão e meio de casos, havendo registo de 1.271 casos de microcefalia ou outras malformações do sistema nervoso central suspeitos de ligação à infeção por Zika.

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