Campanha de rua
A campanha de angariação de fundos de rua da 'Operação Nariz Vermelho', que decorreu entre 01 e 05 de junho em oito...

De acordo com um anúncio publicado hoje na imprensa nacional, a 'Operação Nariz Vermelho' (ONV) revela que a campanha de rua para angariação de fundos que decorreu em Lisboa, Almada, Sintra, Cascais, Coimbra, Porto, Matosinhos e Braga obteve um total de 14.444,08 euros.

A iniciativa “Seja Sorridário” envolveu 229 voluntários, sendo que os donativos monetários vão contribuir para assegurar o programa gratuito de visitas dos Doutores Palhaços às crianças hospitalizados nos serviços pediátricos de 13 hospitais do país.

Segundo um estudo conhecido no início de março, a maioria das crianças hospitalizadas parece suportar melhor a dor graças à presença dos Doutores Palhaços, de acordo com dados recolhidos junto de profissionais que trabalham em instituições visitadas pela ONV.

Dos 332 profissionais dos hospitais visitados pela ONV e inquiridos para o estudo que consta do livro “Rir é o melhor remédio”, 84 por cento acha que as crianças parecem suportar melhor a dor, 65 por cento considera que estas se alimentam melhor e 65 por cento que melhoram o sono graças às visitas dos Doutores Palhaços.

Segundo os profissionais hospitalares inquiridos, 90 por cento das crianças visitadas demonstram mais tolerância à dor e 94 por cento melhoram a sua condição clínica.

A 'Operação Nariz Vermelho' realiza visitas durante 42 semanas por ano, aos 13 hospitais abrangidos pelo programa em Lisboa, Cascais, Sintra, Amadora, Almada, Porto, Coimbra e Braga.

A equipa de artistas é constituída por 22 Doutores Palhaços e nos bastidores trabalham nove profissionais. Anualmente, a ONV visita mais de 40 mil crianças hospitalizadas.

Crianças surdas
Uma criança com surdez severa e profunda pode atualmente atingir aos quatro anos uma linguagem quase igual à de outras crianças...

Os implantes cocleares, considerados tecnologia muito avançada, devem ser aplicados por volta de um ano de idade quando um bebé com surdez profunda não tem benefícios com prótese auditivo convencional.

Um implante coclear é um dispositivo eletrónico que tem o objetivo de substituir as funções das células do ouvido interno de pessoas com surdez profunda que não são beneficiadas pelo uso de aparelhos auditivos.

O tema dos implantes cocleares é um dos abordados no congresso da Sociedade Europeia de Otorrinolaringologia Pediátrica, que hoje termina e que juntou em Lisboa cerca de 1.500 especialistas.

“Se a criança não tiver outras anomalias, por volta dos quatro anos de idade poderá ter uma linguagem quase igual à de uma normo-ouviente e aos seis anos iniciará uma escolaridade normal”, explicou o médico otorrinolaringologista Victor Correia da Silva.

O principal desafio nos casos de surdez severa em bebés é o do diagnóstico precoce, conseguido através do rastreio auditivo neonatal, que permitirá encaminhar as crianças com necessidades para centros especializados.

A médica otorrino Luísa Monteiro lembra que os problemas auditivos têm aumentado em recém-nascidos, sobretudo em grandes prematuros, devido precisamente a um maior número de casos de sobrevivência desses bebés, com maior risco de desenvolver problemas de surdez.

Por outro lado, também nos idosos os problemas auditivos estão a aumentar, em grande parte com o prolongamento da esperança de vida. Os especialistas sublinham que a surdez em idosos, não sendo corrigida, leva a maior isolamento e pode agravar a progressão de demências.

No que toca a crianças e a adolescentes, o médico otorrinolaringologista Jorge Quadros nota uma diminuição de problemas ao longo das últimas décadas, face à precocidade do diagnóstico e das terapias adequadas, “com procedimentos que evitam complicações a médio e longo prazo”.

Na Europa, em 2013, cerca de 63,6 milhões de pessoas viviam com incapacidade auditiva, projetando-se sejam cerca de 70 milhões em 2017.

Especialistas afirmam
As infeções de otorrinolaringologia representam cerca de 90% de todas as infeções em crianças, com as otites médias, as...

Cerca de 1.500 especialistas mundiais estão reunidos em Lisboa no congresso da Sociedade Europeia de Otorrinolaringologia Pediátrica, que tem debatido os desenvolvimentos mais importantes nesta área da medicina.

Segundo a otorrinolaringologista Luísa Monteiro, as infeções do foro da garganta, ouvidos e nariz representam perto de 90% de todas as infeções que ocorrem em crianças.

“Estamos a falar de otites médias, sobretudo recorrentes, das amigdalites, das sinusites, das rinofaringites. São situações muito frequentes e que ocorrem muitas vezes em crianças de tenra idade”, adiantou a médica.

Trata-se de crianças que são expostas cedo a socialização nos infantários e a outros fatores de risco como exposição a fumo passivo de tabaco ou poluição, que as torna mais vulneráveis a infeções de repetição ou infeções crónicas.

O otorrino Victor Correia da Silva adianta que “os problemas auditivos sérios têm diminuído bastante devido à prevenção e tratamento precoce”, lembrando que no passado muitas otites evoluíram para infeções graves e destrutivas “por vezes com complicações que punham em risco a vida”.

“Atualmente as otites médias são diagnosticadas mais cedo e, quando não respondem a tratamento médico, as crianças são submetidas a pequenas intervenções que evitam, na maioria dos casos, a evolução para situações sérias”, adiantou o médico otorrinolaringologista.

Coordenador da reforma diz
O coordenador para a reforma do Serviço Nacional de Saúde considera que os hospitais vivem hoje uma fase de “crescimento em...

João Correia da Cunha falava a propósito do I Fórum do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que decorre hoje e junta vários oradores nacionais e internacionais em torno do tema: "Os hospitais - reforma do Serviço Nacional de Saúde".

Para o atual coordenador nacional para a reforma do SNS na área dos cuidados de saúde hospitalares, o que Portugal dispõe, “dentro do SNS, como centro estruturante do sistema nacional de saúde, é mais do que razoável”.

“É o melhor SNS do mundo? Não. Precisa de ser alterado? Precisa”, disse, acrescentando: “Estamos num tempo em que continuamos a crescer, mas também de grandes dificuldades. Caiu-nos em cima uma crise económica muito complicada”.

Para João Correia da Cunha, “o maior constrangimento do SNS sempre foi financeiro e agora a situação intensificou-se mais, ao que acresce o aumento exponencial dos custos, nomeadamente graças à inovação. Este é o cenário em que estamos e não adianta lamentarmo-nos”.

O médico considera que há uma série de linhas que nos têm de preocupar: custos com medicamentos e dispositivos médicos, planeamento adequado dos recursos humanos, as novas linhas de referenciação e articulação entre cuidados de saúde.

“Já não estamos em tempos de diagnóstico. Temos de fazer os diagnósticos, mas temos também de introduzir as medidas de alteração”, defendeu.

O Fórum, que segundo o programa é inaugurado pelo primeiro-ministro e encerrado pelo Presidente da República, vai contar com a participação de vários especialistas nacionais e internacionais, entre os quais o coordenador do Relatório Gulbenkian “Um Futuro para a Saúde - todos temos um papel a desempenhar”, Nigel Crisp.

Até 2020
O presidente da CCDR-LVT anunciou que a área da Saúde vai receber, em Lisboa, um investimento de 60 milhões de euros em...

“Construímos um programa conjunto e espero que seja defendido por todos. Este programa são 60 milhões de euros de investimento até 2020 em Lisboa na área da Saúde dividido em três componentes”: investigação, equipamentos e simuladores de intervenções cirúrgicas, disse João Manuel Pereira Teixeira.

O plano foi delineado juntando à mesma mesa os reitores das duas universidades de Lisboa, os presidentes das duas faculdades de medicina, os responsáveis da Administração Regional de Saúde (ARS), os presidentes dos principais hospitais e também das principais unidades de investigação nesta área.

De acordo com o responsável, recebeu “há quatro ou cinco semanas” uma resposta dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Saúde a este plano de investimentos, com o realce de que o Governo “tem a contrapartida nacional necessária para os investimentos”.

“Estão em curso de publicação e espero ter os anúncios publicados esta semana ou na próxima”, adiantou.

Segundo o plano de investimentos, a área da investigação receberá 10 milhões de euros e serão investidos 6 milhões de euros em simuladores de intervenções cirúrgicas para as universidades.

No entanto, o grosso do investimento, no valor de 45 milhões de euros, referem-se à aquisição de novos equipamentos, “essencialmente vocacionados para a área do cancro e para a área da degenerescência dos tecidos”, explicou o responsável, salientando que muitos destes equipamentos “não existem na Área Metropolitana de Lisboa (AML), nem no resto da região e alguns dos quais não existem no país”.

João Manuel Pereira Teixeira falava e na Conferência “Da mobilidade à acessibilidade – Os transportes nas cidades portuguesas em 2030”, que se realiza no Instituto Superior Técnico (IST).

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Oito projetos foram apresentados na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, no âmbito da 13ª edição do concurso de ideias e...

Um dispositivo inovador que visa reduzir a ocorrência de infeções associadas aos cuidados de saúde venceu a fase regional do 13º Concurso Poliempreende na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), realizada na última sexta-feira (dia 17 de junho).

Diogo Marques, Gabriella Pimenta, Inês Maximino, Jimmy Martins, Manuela Salvador, Tiago Silva (finalistas de Enfermagem da ESEnfC), Ana Cristina Santos, João Graveto e Rosa Melo são os promotores deste projeto na área da saúde (ver FOTO EM ANEXO), intitulado “Icath” e que, em setembro, vai concorrer com os principais projetos de vocação empresarial de cada um dos institutos politécnicos do país, que se vão defrontar na final do Poliempreende (etapa nacional), a decorrer em Setúbal.

Oito projetos de ideias de negócio, envolvendo cerca de quatro dezenas de estudantes e docentes da ESEnfC, foram apreciados por um júri constituído por Maria da Conceição Bento (Presidente da ESEnfC), Ana Seguro (Instituto Pedro Nunes) e Nuno Barbosa (Vygon - Portugal).

Em 2016, os prémios atribuídos no âmbito da fase regional do 13º Poliempreende na ESEnfC foram patrocinados pelo COMPETE 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional).

O Poliempreende na ESEnfC beneficiou, ainda, do patrocínio da empresa Vygon - Portugal (multinacional de material médico-cirúrgico), que sorteou, entre todos os estudantes que participaram nesta fase regional, quatro inscrições para o IV Congresso Mundial de Acessos Vasculares (WoCoVA 2016), a decorrer já de 22 a 24 de junho em Lisboa, além dos custos com alojamento.

O Poliempreende é um concurso que engloba a comunidade escolar das instituições de ensino superior politécnico portuguesas e que tem por objetivos fomentar a promoção do espírito empreendedor e o desenvolvimento de competências que contribuam para o enriquecimento pessoal e profissional.

A ESEnfC assinala, em 2016, os 135 anos de ensino de Enfermagem em Coimbra e em Portugal, além dos dez anos de fusão das duas instituições de ensino superior que lhe deram origem: as anteriores escolas Dr. Ângelo da Fonseca e de Bissaya Barreto.

No Porto
Investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto coordenaram um projeto europeu com o objetivo de desenvolver...

Estes biossensores, dispositivos descartáveis, "económicos" e "fáceis de utilizar", pretendem vir a ser uma alternativa aos métodos analíticos existentes, explicou a coordenadora da investigação, Cristina Delerue-Matos.

O projeto GMOsensor surgiu de uma cooperação entre Portugal, Espanha, França, Brasil e Argentina, envolvendo dez instituições e 43 investigadores, tendo a duração de dois anos e um financiamento pela Comissão Europeia em cerca de 340 mil euros.

"A possibilidade de incluir equipas da América do sul constituiu um elemento facilitador no acesso a amostras que possuem Organismos Genéticamente Modificados (OGM), uma vez que na Europa a circulação de OGM é restrita", disse a coordenadora.

Segundo a investigadora, todos os parceiros possuíam experiência no desenvolvimento de biossensores.

Mundialmente, existe um aumento da quantidade de produtos lançados no mercado que possuem OGM, no entanto, "a falta de informação sobre os efeitos causados a longo prazo", leva a que existam receios no consumo desses alimentos.

Nesse sentido, "a União Europeia estabelece que qualquer produto que contenha, seja constituído por ou produzido a partir de OGM autorizados deve conter essa informação no rótulo, se o teor for superior a 0,9 %", esclareceu a investigadora Fátima Barroso, envolvida no projeto.

Essa norma existe porque o consumidor "tem direito à informação e deve fazer uma opção consciente se pretender consumir o alimento", acrescentou.

No âmbito do mesmo projeto, a investigadora Alexandra Plácido efetuou uma recolha de vários alimentos disponíveis no mercado português e detetou a presença de OGM, concluindo que a grande maioria cumpria a legislação.

Para este estudo foi usada a metodologia de referência, PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) e, neste momento, estão a ser desenvolvidos biossensores para a soja e para o milho que são atualmente as duas principais culturas transgénicas, indicou.

A importância deste projeto, para além dos resultados científicos, foi a troca de experiências entre investigadores através das mobilidades efetuadas, indicou Cristina Delerue-Matos.

Os resultados, por sua vez, vão para além do projeto pois atualmente existem outros trabalhos de investigação a decorrer entre os parceiros, referiu ainda a coordenadora.

Presidente da SPAVC alerta
O presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral alertou para a importância da reabilitação pós-AVC. José...

José Castro Lopes defendeu que a reabilitação deve começar no primeiro dia após o evento, ainda no hospital, e só deve terminar quando o doente recupera a sua autonomia. “Há sequelas que são mais difíceis de recuperar e que podem ser permanentes, mas há sempre uma grande margem para melhorar que é também muito condicionada pelo estado psicológico do doente. É aqui que devemos intervir porque qualquer pequeno progresso pode representar um grande passo para a autonomia do doente”.

“Infelizmente, apenas uma pequena percentagem dos doentes tem acesso às Unidades de Reabilitação, outra pequena parte é referenciada para Unidades de Cuidados Continuados Integrados e a grande maioria sai do hospital diretamente para casa”, reportou José Castro Lopes, sublinhando que a reabilitação ainda é o ponto fraco da abordagem dos doentes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A melhoria dos cuidados prestados na fase aguda do AVC, nomeadamente o aparecimento da fibrinólise, da endarterectomia carotídea e a trombectomia, assim como a criação da Via-Verde do AVC e das Unidades de AVC constituídas por profissionais altamente qualificados tem contribuído para um aumento da sobrevivência e para uma menor incapacidade dos doentes que sofrem este tipo de eventos. No entanto, a cada hora que passa, três portugueses sofrem um AVC. Destes, um não sobrevive e uma grande parte dos restantes vai ficar com sequelas motoras e/ou cognitivas. Quando assim é, a introdução precoce de programas de reabilitação representa a única forma de o doente recuperar as suas capacidades, a sua independência e o regresso à sua vida.

Atualmente o Sistema Nacional de Saúde não tem unidades de reabilitação suficientes para dar cobertura a toda a população que delas beneficia, daí as desigualdades de acesso a este tipo de acompanhamento. Na perspetiva de José Castro Lopes “a reabilitação é um direito de todos os doentes e não uma esmola”. Segundo o presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) há grandes falhas no seguimento dos doentes com AVC por questões que se prendem com os elevados custos destes cuidados. No entanto, “os custos para os sistemas de saúde e para a economia nacional serão sempre mais elevados se os doentes não recuperarem a sua vida ativa e se ficarem dependentes de cuidadores e de cuidados de saúde permanentes”.

Diário da República
A lei que alarga as técnicas de procriação medicamente assistida a todas as mulheres entra em vigor a 01 de agosto, ficando a...

A Lei 17/2016, que vem alterar a primeira lei que regulou as técnicas de procriação medicamente assistida (32/2006), foi hoje publicada em Diário da República e determina que estas podem ser “utilizadas por todas as mulheres, independentemente do diagnóstico de infertilidade”.

Uma das novidades desta lei é o facto de permitir que recorram às técnicas de procriação medicamente assistida “os casais de sexo diferente ou os casais de mulheres, respetivamente casados ou casadas ou que vivam em condições análogas às dos cônjuges, bem como todas as mulheres independentemente do estado civil e da respetiva orientação sexual”.

De acordo com a lei, é possível o recurso “a ovócitos, espermatozoides ou embriões doados por terceiros quando, face aos conhecimentos médico-científicos objetivamente disponíveis, não possa obter-se gravidez ou gravidez sem doença genética grave através do recurso a qualquer técnica que utilize os gâmetas dos beneficiários e desde que sejam asseguradas condições eficazes de garantir a qualidade de gâmetas”.

A regulamentação desta legislação deverá ser aprovada no prazo máximo de 120 dias, sendo que a lei entra em vigor no início de agosto.

No Canadá
Um professor português no Canadá foi reconhecido pela Universidade de Guelph com o Prémio ‘Inovação' pelo seu contributo...

Mário Monteiro, de 49 anos, é professor de química da Universidade de Guelph, no sudoeste do Canadá, e foi o vencedor do Prémio ‘Inovação' atribuído pela comissão Gryphon's Learning to Accelerated Adoption of Innovative Research.

Em declarações, o investigador explicou que a bactéria Clostridium difficile (C. difficile) "é das mais perigosas que se podem encontrar nos hospitais”.

"É uma bactéria muito conhecida que se pode encontrar facilmente nos hospitais quando os utentes dos hospitais têm problemas com antibióticos, e quando surgem antibióticos a mais. Não só nos hospitais, mas também em centros de saúde, em lares de idosos”, disse, acrescentando que a bactéria “controla o sistema intestinal e depois causa diarreia muito severa e até pode causar a morte".

A bactéria, uma ameaça para a população idosa, já começa a atingir faixas etárias mais jovens, causa diversas infeções que leva a uma diarreia extrema e pode ser fatal devido a infeções no cólon, afirmou o professor, natural de Gouveia, distrito da Guarda.

Mário Monteiro, que está no Canadá desde 1981, e a sua equipa desenvolveram, há cerca de dez anos, a vacina à base de hidrato de carbono, que tem como alvo os polissacarídeos de superfície expostos pela C. difficile.

Diversas companhias da indústria farmacêutica têm tentado desenvolver vacinas para controlar a bactéria, mas têm se concentrado essencialmente nas toxinas que a bactéria produz, ao contrário da vacina elaborada pela equipa de química da universidade canadiana.

"As toxinas são algo que bactéria produz e expõe depois no sistema intestinal e ataque os intestinos, o que causa a degradação nos intestinos causando graves problemas. Essas vacinas contra as toxinas não controlam a colonização da bactéria, nem a mata", explicou o luso-canadiano.

Para o cientista, a sua vacina "terá um grande potencial" pois "ataca diretamente a superfície da bactéria C. difficile.

"Por isso é que esta vacina que desenvolvemos pode não só controlar a infeção mas também regular a colonização de bactérias existentes nos intestinos", justificou.

A companhia farmacêutica dos Estados Unidos 'Stellar Biotechnologies' adquiriu os direitos comerciais da vacina em 2013, e já permitiu à Universidade de Guelph, uma instituição de ensino reconhecida na América do Norte pelo seu trabalho no setor agroalimentar, um dos melhores negócios de sempre da sua história.

O professor Mário Monteiro, em 2014, já tinha sido reconhecido pela organização britânica vaccination.org, que, em colaboração com a World Vaccine Congress, elegeram o luso-canadiano como uma das 50 pessoas mais influentes do mundo na área das vacinas, numa lista que era liderada por Bill Gates, fundador da Microsoft.

Mário Monteiro é também um dos poucos investigadores de açúcares complexos, existentes na superfície das bactérias.

Plataforma de Apoio aos Refugiados
O coordenador do Plataforma de Apoio aos Refugiados faz um balanço “muito positivo” do acolhimento destas pessoas em Portugal,...

“A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) recebeu 125 pessoas, mas Portugal, no seu todo, já recebeu cerca de 370 pessoas, que estão acolhidas não só na PAR, mas também noutras instituições como a União das Misericórdias, a Cruz Vermelha, a Câmara de Lisboa ou o CPR [Centro de Acolhimento para Refugiados]”, disse Rui Marques no dia em que se assinala o Dia Mundial do Refugiado.

O responsável tem a expetativa de que a PAR, direcionada para o acolhimento de crianças e respetivos familiares, “venha a ultrapassar as 200 pessoas” acolhidas até ao final de junho.

“Nos próximos dias vamos receber mais refugiados. Praticamente [em] todas as semanas que se seguem há já planeamento de receção de mais famílias de refugiados. Agora a cadência de chegada é semanal e tem corrido muitíssimo bem”, sublinhou Rui Marques.

O coordenador da PAR conta que após meses em que o programa de recolocação de refugiados “não funcionou”, a realidade atual é bem diferente, com uma inversão deste rumo, que se acentuou nas últimas semanas com a chegada de mais refugiados a Portugal

“O processo de acolhimento está a seguir em muito bom ritmo. O balanço de acolhimento de refugiados é muito positivo”, frisou Rui Marques.

A PAR contempla mais de 320 organizações da sociedade civil, nomeadamente do setor social, empresas, fundações, universidades e autarquias.

“Esta rede de organizações foi capaz de montar um programa de acolhimento de refugiados, em particular dos refugiados mais vulneráveis, que são as crianças, e felizmente muitas delas estão acompanhadas pelas suas famílias. Por isso este programa chamou-se PAR famílias”, referiu o coordenador desta Plataforma.

A PAR tinha inicialmente 704 lugares disponíveis para acolhimento de refugiados - que têm vindo a ser ocupados -, número que ainda está longe de ser atingido, mas a perspetiva é a de angariar mais instituições anfitriãs, além das 110 que já existem.

“Vamos lançar agora uma campanha para aumentar a capacidade de acolhimento com mais instituições anfitriãs”, anunciou Rui Marques.

No Dia Mundial do Refugiado, o coordenador da PAR deixou o aviso de que, apesar de tudo, ainda há muito a fazer.

“Há muito a fazer no sentido de que Portugal tem de manter esta posição de acolhimento e de integração de refugiados. Tem de contribuir para que a resposta europeia seja solidária e eficaz, e precisa de continuar na interação no quadro da União Europeia a sensibilizar a opinião pública para uma cultura positiva face a este drama enorme dos refugiados”, alertou Rui Marques.

A PAR também apoia crianças refugiadas no Líbano - com 225.000 euros - na sua escolarização e no apoio alimentar no período letivo.

Além disso, esta Plataforma tem uma intervenção ativa na Grécia, em particular na ilha de Lesbos e em Atenas, no apoio a vários campos refugiados, com a presença de sete voluntários em regime permanente em Lesbos e três em Atenas.

Outros dos objetivos desta plataforma continua a ser a sensibilização da opinião pública portuguesa para uma cultura de acolhimento e integração dos refugiados.

A PAR – Plataforma de Apoio aos Refugiados surgiu para ajudar a minimizar o impacto da grave crise humanitária que se vive atualmente a nível mundial.

Em Lisboa
O novo Programa Nacional de Vacinação, que entra em vigor em janeiro, é apresentado em Lisboa, com novidades como a vacinação...

A cerimónia decorre na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, com a presença do ministro da Saúde e do diretor-geral da Saúde e de outros especialistas que participarão num debate sobre a vacinação.

O novo Programa Nacional de Vacinação (PNV) resulta de uma revisão iniciada em 2013 e contempla várias novidades, como o fim da vacinação universal com a BCG contra a tuberculose.

A partir de 01 de janeiro de 2017, apenas serão vacinadas com a BCG as crianças que pertencem a famílias com risco acrescido para a tuberculose ou as que vivem numa determinada região, com uma taxa da doença superior à do país (como nos distritos de Lisboa e Porto).

Outra novidade do PNV passa por uma nova e mais abrangente vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), com uma eficácia superior a 90 por cento contra o cancro do colo do útero, que vai ser administrada às raparigas mais cedo, aos 10 anos.

“Usávamos uma vacina quadrivalente que cobria cerca de 75 por cento do cancro do colo do útero. Entretanto, foi possível adicionar à vacina mais cinco antigénios”, disse a coordenadora do PNV, Graça Freitas.

Esta medida permite uma cobertura contra o cancro do colo do útero 20 por cento maior, mantendo-se na mesma em relação às lesões benignas que “estão em franco desaparecimento”.

Outra novidade do novo PNV, é a junção de vacinas do programa a administrar aos dois e seis meses de idade, tendo em conta que existem ainda outras vacinas prescritas (a custos das famílias).

As crianças passam a receber uma vacina hexavalente, na qual constam a proteção contra a hepatite B, a 'Haemophilus influenzae' tipo B (Hib), a difteria, o tétano, a tosse convulsa e a poliomielite.

A administração da vacina contra o tétano também vai sofrer alterações, com maiores intervalos, passando a ser tomadas aos dez, 25, 45 e 65 anos. Após os 65 anos, os intervalos entre tomas voltam aos 10 anos.

Em relação à vacina contra a meningite B, cuja inclusão no PNV está a ser avaliada, vai ser administrada gratuitamente a crianças que, por razões clínicas, têm défices de imunidade, anunciou Graça Freitas.

Esta vacina protege contra a meningite B, não é comparticipada e cada dose das duas, três ou quatro necessárias (dependendo da idade da criança), custa perto de 100 euros, mas será gratuita para crianças de risco para a doença.

O novo plano contempla ainda a vacinação das grávidas para a proteção das crianças da tosse convulsa, até estas poderem ser vacinadas, a partir dos dois meses de idade.

“Através da placenta há uma passagem de anticorpos da mãe para o filho, a chamada imunidade passiva, e que desaparece quando eles começam a ser vacinados”, ou seja, aos dois meses de idade.

Esta vacina será gratuita a partir de janeiro, mas, até lá, a grávida poderá vacinar-se com o mesmo objetivo, embora pagando o valor da vacina.

Na Alemanha
O cirurgião plástico João Décio Ferreira recebeu em Munique a medalha de ouro Magnus Hirschfeld da Sociedade Alemã de Sexologia...

A Sociedade Alemã de Sexologia Clínica atribuiu a distinção ao "trabalho de uma vida" do médico português devido à sua contribuição "quer a nível de investigação, quer a nível de ensino, para melhorar o conhecimento sexológico e tornar as vidas sexuais mais humanas".

João Décio Ferreira disse sentir-se honrado com o prémio de "grande valor" e garantiu ser um "incentivo para continuar".

"É um reconhecimento internacional daquilo que faço, o que é sempre agradável e é um incentivo para continuar. É sinal que estamos no caminho certo. Quando se faz uma coisa nova, nunca podemos dizer que está terminada, vamos sempre aperfeiçoando mais um bocadinho", afirmou.

O médico desenvolveu em 2006 uma técnica que permite a construção de uma vagina com enxerto de intestino delgado e outra que possibilita construir um pénis com tecido da zona abdominal e enxerto de cartilagem da costela.

"Eu não estava contente com a técnica da cirurgia genital do masculino para o feminino que é usada a nível mundial [faloplastia, ou seja, a inversão da pele do pénis com o enxerto do antebraço], pela estética e complicações que gerava. Resultado: criei uma nova", concluiu.  

O cirurgião plástico, de 72 anos, sublinhou que a distinção internacional contrasta com o reconhecimento que tem recebido em Portugal, uma vez que, depois de reformado do Serviço Nacional de Saúde (SNS), recusou uma proposta para ficar a operar no Hospital de Santa Maria a receber seis euros por hora.

"O valor que me deram na altura andava à volta de 6 euros à hora. Agora, fora de Portugal dão-me uma medalha de ouro. Pensei que é um pouco mais de reconhecimento", criticou. 

João Décio Ferreira referiu que a solução para os transexuais portugueses "é complicada" porque, a nível do SNS, contam apenas com o Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra para cirurgias de mudança de sexo.

O cirurgião plástico continua a operar a nível privado no Hospital de Jesus em Lisboa, que tem aplicado valores mais baixos para quem quer fazer as operações de reatribuição de sexo, temendo não ser o suficiente porque "a maior parte [dos transexuais em Portugal] não tem capacidade económica sequer para pagar as despesas da clínica", referindo que muitos utentes "correm o risco de suicídio".

O médico salientou ainda o "contraste bestial" entre o prémio que recebeu pela Sociedade Alemã de Sexologia Clínica e o processo instaurado pelo Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra em 2015, entretanto arquivado, por crime de difamação agravada devido a observações publicadas pelo cirurgião no seu site e a comentários emitidos numa reportagem da SIC.

João Décio Ferreira é o segundo médico português a receber o galardão Magnus Hirschfeld pelas mãos do Presidente da Sociedade Alemã de Sexologia, Jakob Pastoetter, depois do cirurgião Pedro de Freitas o ter recebido em 2014.

Dia Internacional da Drepanocitose
Para assinalar o Dia Internacional da Drepanocitose a especialista em Hematologia Pediátrica, Teresa

A Drepanocitose ou Anemia de Células Falciformes é uma doença hereditária, de transmissão autossómica recessiva, mais frequente na raça negra e que se caracteriza pela substituição no eritrócito da hemoglobina A pela hemoglobina S.

Esta, em condições de stress (hipoxia, acidose, desidratação) polimeriza e altera as propriedades do glóbulo vermelho que, da sua forma discóide habitual adquire a forma de uma foice (falciforme), torna-se rígido e aumenta a adesividade, com formação de rolhões que obstruem os vasos sanguíneos.

Este fenómeno de vasoclusão, com consequente incapacidade de transporte de oxigénio aos tecidos e morte precoce dos GV, é o responsável pelas manifestações da doença.

A evolução clínica é muito variada  e relacionada com a localização da oclusão, podendo manifestar-se com agudização da anemia e da icterícia, crises dolorosas, infecções frequentes e acidentes vasculares cerebrais, além da progressiva disfunção de vários órgãos.

Sendo uma doença genética a possibilidade de  prevenção assenta na detecção e aconselhamento genético dos casais em risco, dando-lhes a possibilidade de decisão de eventual interrupção da gravidez.

O diagnóstico é laboratorial por rastreio neonatal ou habitualmente quando do início das manifestações clinicas nos primeiros meses de vida.

O seguimento regular destes doentes em consultas de especialidade com equipas multidisciplinares, instituição de profilaxia com imunizações apropriadas, antibioterapia, manutenção de hidratação, evicção do frio e do esforço físico, além da prevenção de acidentes vasculares cerebrais com detecção precoce dos doentes em risco e instituição de terapêutica com Hidroxiureia/transfusões regulares, alterou significativamente a qualidade de vida e prognóstico destes doentes.

Em relação à terapêutica, além do tratamento das crises dolorosas e infecciosas, a Hidroxiureia continua a única terapêutica disponível com resultados visíveis.

O transplante de medula óssea/células estaminais,  única terapêutica curativa até á data, embora com todos os riscos inerentes, tem tido bons resultados, essencialmente com dador familiar e  em doentes com idade inferior a 16 anos.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em Lisboa
O plano contra o desperdício alimentar na cidade de Lisboa salvou no último ano mais de 2,1 milhões de refeições do desperdício...

De acordo com o vereador centrista João Gonçalves Pereira, que lidera o Comissariado, entre maio de 2015 e maio deste ano, foram “recuperadas 2.134.704 refeições pelas 94 entidades parceiras da rede municipal de combate ao desperdício alimentar, que trabalham nas 24 freguesias de Lisboa”.

“Um valor de recuperação que não é mensurável”, acrescentou, numa conferência de imprensa para apresentação do relatório com o balanço do plano, salientando que “não há nenhum país do mundo que tenha uma rede alimentar que cubra toda uma cidade”.

Em 2015, a Comunidade Vida e Paz (CVP), um dos parceiros, reaproveitou 768 mil euros nas refeições que distribuiu, segundo um sistema de impacto social que a associação tem implementado desde há dois anos, revelou, por seu lado, Henrique Joaquim, responsável pela CVP.

A CVP apoia 60 agregados familiares com alimentos, cerca de 250 pessoas, algumas com regularidade semanal, “mas sempre de uma forma transitória”, porque o objetivo da organização é “tirar pessoas da rua e criar condições para que possam voltar a [viver] de forma autónoma”.

“Não só encontramos pessoas em situação de sem-abrigo e pessoas que tipicamente estão na rua, como encontramos há vários anos - e nos últimos anos esse número foi talvez o que mais aumentou - pessoas que, não estando na rua, estão em situação de grave vulnerabilidade social e que procuram o apoio dos voluntários no sentido de suprir uma necessidade que é a da alimentação”, disse.

Henrique Joaquim destacou, ainda, que os alimentos distribuídos “não são sobras”, mas alimentos “que foram confecionados nesse dia, acondicionados nesse dia e devidamente acondicionados”, no que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) “tem sido um parceiro fundamental”.

O programa municipal de combate ao desperdício alimentar tem já dois núcleos oficialmente constituídos, no âmbito de comissões sociais de freguesia, em Belém e em Santa Clara, e deverá ter núcleos em todas as outras freguesias, exceto Campolide, que já tinha em funcionamento um projeto próprio semelhante.

Este envolvimento das juntas de freguesia é destacado pelo vereador dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa, João Afonso, salientando que “o trabalho contra o desperdício alimentar é um trabalho local”, porque é a nível local que se conhece melhor “a real expressão das necessidades do território e é, também, onde estão os voluntários”.

Um terço dos alimentos produzidos para consumo humano em todo o mundo é desperdiçado, o que corresponde a 1,3 mil milhões de toneladas por ano, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Na Europa, o desperdício anual anda na ordem dos 30 a 50% dos alimentos produzidos, o que representa 89 milhões de toneladas de alimentos.

Em Portugal são desperdiçadas cerca de um milhão de toneladas de alimentos por ano.

Investigadores portugueses anunciam
Investigadores das universidades de Vila Real e de Aveiro anunciaram “avanços importantes” no estudo do cancro da mama, a...

O estudo junta sete investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e da Universidade de Aveiro.

O trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da atividade física de longa-duração (35 semanas) no cancro da mama quimicamente induzido pelo agente carcinogénico “N-metil-N-nitrosureia” (MNU) em ratos fêmea da estirpe “sprague-dawley”.

Segundo explicou, em comunicado, a investigadora Ana Faustino, o protocolo de exercício físico com a duração de 35 semanas aplicado neste trabalho foi o mais longo realizado até à data neste modelo.

“Se pensarmos na translação para o homem, equivale a aproximadamente 25 anos de prática de atividade física moderada”, salientou a cientista.

Ana Faustino disse ainda que “os resultados obtidos sugerem que a prática de exercício físico ao longo da vida contribui para uma redução do número de lesões neoplásicas e da sua agressividade, e para uma maior vascularização dessas lesões”.

Nesta investigação, foram utilizados 50 ratos fêmea da estirpe “sprague-dawley” com quatro a cinco semanas de idade, e, após um período de quarentena e de adaptação às condições do laboratório, os animais foram aleatoriamente divididos em quatro grupos experimentais: sedentário (MNU 01), exercitado (MNU 02), controlo sedentário (03) e controlo exercitado (04).

Apenas os animais dos grupos MNU receberam o agente carcinogénico. Após um período de adaptação, os animais dos grupos 02 e 04 foram exercitados num tapete rolante a uma velocidade constante de 20 metros por minuto, 60 minutos por dia e cinco das por semana, nas 35 semanas.

Segundo o comunicado, no final do protocolo experimental, verificou-se que todos os animais dos grupos MNU desenvolveram cancro da mama, e, como expectável, os animais dos grupos controlo não desenvolveram qualquer lesão neoplásica.

Foram observadas 71 lesões neoplásicas no grupo MNU sedentário e 50 lesões neoplásicas no grupo MNU exercitado. Verificou-se também que o número de lesões malignas foi superior no grupo MNU sedentário (39 lesões malignas) quando comparado com o grupo MNU exercitado (21 lesões malignas).

Na análise dos dados obtidos por ultrassonografia e imunohistoquímica observou-se uma maior vascularização das neoplasias dos animais que foram submetidos ao protocolo de exercício físico (grupo MNU exercitado).

“Esta redução na agressividade das lesões neoplásicas do grupo MNU exercitado poderá estar relacionada com a maior vascularização dessas lesões (maior aporte de oxigénio) e consequentemente à redução da hipoxia que, segundo alguns autores, induz uma maior agressividade das lesões neoplásicas”, explicou Ana Faustino.

E continuou: “os resultados suportam a prática de exercício físico moderado para a prevenção de cancro da mama, ou mais concretamente, de fenótipos mais agressivos desta doença”.

A investigação, financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), decorreu no âmbito do projeto “Avaliação bioquímica, morfológica e funcional do catabolismo muscular associado ao cancro da mama: o papel do exercício físico”.

Integram a equipa Ana Faustino, Mário Ginja, Adelina Gama, Paula A. Oliveira, Maria João Pires e Bruno Colaço, pela UTAD, e Rita Ferreira pela Universidade de Aveiro.

“Apps for Good 2014/2015”
A aplicação EBSSA+Especial, desenvolvida pelos alunos da Escola Básica e Secundária de Santo António no Barreiro, vencedora do...

A EBSSA+Especial é uma aplicação móvel, desenvolvida a pensar nas pessoas que têm dificuldade de comunicação, especialmente jovens e adultos com autismo, portadores de trissomia 21 e vítimas de acidente vascular cerebral.

A solução proposta por esta aplicação baseia-se em imagens, organizadas por temas, às quais estas pessoas podem recorrer para se expressar, e inclui um jogo didático, dados sobre os cuidados de saúde de cada utilizador e contactos de emergência.

Para João Baracho, Diretor Executivo do CDI Portugal, “o trabalho desenvolvido pelos alunos da Escola Básica e Secundária de Santo António no Barreiro é prova do potencial do jovem talento que existe em Portugal e do sucesso do Apps for Good no cumprimento dos seus objetivos de estimular e capacitar jovens a perceberem e aplicarem o potencial da tecnologia para transformar o mundo e, em particular, as comunidades nas quais se inserem.”

O Apps for Good contribui para uma alteração dos modelos educativos atuais no sentido de promover a criação de uma consciência de cidadania ativa e responsabilidade social desde a juventude. O projeto contribui igualmente para aumentar o interesse dos jovens pelas áreas tecnológicas, motivando para uma aprendizagem partilhada que reduza a desmotivação pela escola e consequente abandono escolar, criando competências pessoais de iniciativa e criatividade fundamentais num Mundo em permanente evolução.

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
Um tecido que armazena energia para alimentar dispositivos eletrónicos e sensores integrados na própria roupa, com aplicações...

"O têxtil funciona como uma bateria, não necessitando por isso de pilhas externas e não flexíveis que, atualmente, são usadas em vestuário eletrónico", explicou Clara Pereira, uma das responsáveis pelo projeto.

A flexibilidade e a rapidez de carregamento são as mais-valias do WEStoreOnTEX, em cujo desenvolvimento participam ainda André Pereira e Rui Costa, também investigadores do Departamento de Química e Bioquímica e do Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

Com este projeto, a equipa conquistou o terceiro lugar na edição de 2016 do iUP25k - Concurso de Ideias de Negócio da Universidade do Porto, que ocorreu no início de junho, tendo recebido um prémio no valor de cinco mil euros.

Para além disso, durante o mesmo concurso, receberam o Prémio Best Energy Business, no valor de dois mil euros, patrocinado pela KIC Inno Energy, no âmbito das melhores ideias nas áreas das Tecnologias da Informação e da Energia.

De acordo com Clara Pereira, a ideia para este produto surgiu da "necessidade emergente"em criar vestuário e acessórios eletrónicos portáteis que forneçam energia, como é o caso de sensores de monitorização de biossinais.

Esses sensores, integrados na própria roupa, servem para medir o ritmo cardíaco, a frequência respiratória e o movimento, por exemplo.

"A indústria têxtil e do vestuário, em Portugal, é um dos setores fundamentais para o desenvolvimento da economia nacional", indicou a investigadora, acrescentando que, por isso, a criação de produtos têxteis inovadores assegura a competitividade e o crescimento dessa área.

O projeto WEStoreOnTEX é financiado pelos laboratórios associados a que os membros da equipa pertencem - REQUIMTE/LAQV e IFIMUP-IN -, ambos localizados na FCUP.

1º Congresso da Europacolon Portugal em Oncologia Digestiva
A banda de rock Daymoon lança o álbum “Cruz Quebrada” inspirado na história de uma doente com cancro do intestino. A totalidade...

O Álbum “Cruz Quebrada”, lançado em janeiro pelos Daymoon, será apresentado oficialmente em Portugal no 1º Congresso da Europacolon em Oncologia Digestiva, que decorre entre 8 e 9 de Julho, no Porto, através de um miniconcerto e do testemunho de vida do Fred Lessing, vocalista da Banda e compositor.

"O álbum “Cruz Quebrada” resultou da minha própria história de vida. A minha mulher, Inês, faleceu com cancro do intestino, com 48 anos, devido essencialmente ao medo da realização de uma colonoscopia e do diagnóstico. A Banda quis transformar esta experiência num álbum e dedicá-lo às lutas diárias de um doente oncológico. Queremos acima de tudo contribuir para a prevenção e sensibilização desta doença, através da venda do CD, que reverterá na totalidade para as ações de sensibilização e apoio da Europacolon Portugal”, explica Fred Lessing.

“A Europacolon agradece todo o apoio e reconhece a importância desta iniciativa. Com estas verbas iremos conseguir desenvolver mais ações de sensibilização para a obrigatoriedade do rastreio e suporte e acompanhamento de pacientes e cuidadores. A apresentação do álbum no Congresso não será apenas um evento musical, tem como principal objetivo sensibilizar e alertar as pessoas para a necessidade de promoverem medidas preventivas face ao cancro do intestino e desmitificar a doença através de um testemunho na primeira pessoa. O CD poderá ser adquirido diretamente no local por um valor simbólico de 14,95€ euros ou através do site ppr-shop.de”, conclui Vítor Neves, Presidente da Europacolon Portugal.

Os Daymoon e a Europacolon convidam todas as pessoas, pacientes e familiares, a estarem presentes no 1º Congresso da Associação, mediante uma pré-inscrição no valor de 20 euros, e a assistir ao lançamento oficial do “Cruz Quebrada”.

Saiba mais sobre o 1º Congresso da Europacolon Portugal em Oncologia Digestiva e sobre o álbum “Cruz Quebrada” em: www.europacolon.pt

Programa Nacional de Vacinação
As grávidas vão poder ser vacinadas contra a tosse convulsa, com vista à proteção do seu filho até aos dois meses de idade,...

De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Vacinação (PNV), Graça Freitas, a introdução desta medida de proteção levou em conta que há um número residual de casos de tosse convulsa, bem como pequenos surtos que podem ocorrer com intervalos de dois ou três anos.

A vacina disponível é segura e os peritos decidiram fazê-la chegar à criança através da mãe, quando ainda decorre a gravidez. O objetivo é o bebé estar protegido até atingir os dois meses de idade, altura em que já pode ser vacinado contra a tosse convulsa.

“Através da placenta há uma passagem de anticorpos da mãe para o filho, a chamada imunidade passiva, e que desaparece quando eles começam a ser vacinados”, ou seja, aos dois meses de idade.

O objetivo é “a mãe dar imunidade aos filhos”, adiantou Graça Freitas.

A especialista garantiu que, dada a segurança da vacina, “não há riscos para a mãe e tem uma vantagem para os filhos”.

A vacinação da grávida deverá ocorrer por volta da 20.ª semana de gestação e, até janeiro de 2017, altura em que a medida constará do PNV, terá de ser suportada financeiramente pela mulher.

Sobre a tradicional relutância da vacinação na gravidez, Graça Freitas reconheceu que “há em todos os países um problema de adesão”.

“O obstetra e a mãe vão ter de ponderar a proteção do seu filho”, concluiu.

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