Entidade Reguladora da Saúde
A maioria das 160 unidades de saúde avaliadas pela Entidade Reguladora da Saúde no segundo semestre de 2016 obteve...

O Sistema Nacional de Avaliação em Saúde da Entidade Reguladora (SINAS), cuja segunda avaliação de 2016 foi hoje conhecida, é um sistema que afere a qualidade global dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, neste caso das unidades com internamento.

Na dimensão de excelência clínica, dos 160 estabelecimentos abrangidos 127 tiveram classificação. Destes, 111 (87%) conseguiram a atribuição da estrela correspondente ao primeiro nível de avaliação.

Nesta dimensão de excelência clínica foram avaliadas as unidades com internamento nas áreas de Angiologia e Cirurgia Vascular, Cardiologia (Enfarte Agudo do Miocárdio), Cirurgia de Ambulatório, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia do Cólon, Cuidados Intensivos, Cuidados Transversais, Ginecologia, Neurologia (AVC), Obstetrícia (partos e cuidados pré-natais), ortopedia e pediatria.

No segundo nível de avaliação, a que só acedem as unidades de saúde a quem é atribuída uma estrela na dimensão de excelência clínica, aumentou o número de prestadores que obtiveram uma classificação de nível de qualidade III, o mais elevado, nas áreas de cirurgia de ambulatório e de ortopedia.

Relativamente à dimensão da qualidade Segurança do Doente – Procedimentos de Segurança, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) destaca que dos 160 prestadores, 105 conseguiram a atribuição da estrela correspondente ao primeiro nível de avaliação: 71 prestadores obtiveram nível de qualidade III, 28 tiveram qualidade II e seis obtiveram nível de qualidade I.

No que se refere à dimensão Adequação e Conforto das Instalações, 122 das 160 unidades conseguiram a atribuição da estrela correspondente ao primeiro nível de avaliação.

Na dimensão da Satisfação do Utente, que apenas averigua se há uma cultura de avaliar a satisfação dos utilizadores, foram 83% os prestadores que afirmaram realizarem inquéritos de satisfação.

Ao todo foram avaliados 160 prestadores de cuidados de saúde de natureza hospitalar, 87 deles pertencem ao setor público, 47 ao privado e 26 ao setor social.

Estudo
Um grupo de cientistas dos Estados Unidos conseguiu identificar as sete proteínas mais prejudiciais do vírus Zika, uma...

A investigação, realizada por cientistas da faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, é a primeira a identificar estas proteínas e também é a primeira a descrever de forma completa o conjunto de genes do vírus Zika. "O mecanismo deste vírus era um verdadeiro mistério", reconheceu o investigador principal do estudo, Richard Zhao, professor de Patologia na instituição.

"Estes resultados dão-nos uma visão crucial sobre como o Zika afeta as células. Agora temos algumas pistas realmente valiosas para futuras pesquisas", acrescentou.

Para realizar o estudo, escreve o Sapo, Zhao e a equipa separaram as 14 proteínas do vírus Zika, assim como os seus péptidos, ou seja, as moléculas formadas pela união covalente de dois ou mais aminoácidos.

Os cientistas confrontaram as 14 proteínas com as células de uma espécie de levedura, conhecida em inglês como "fission yeast" e que nos últimos anos se transformou num método comum para descobrir como os agente patogénicos (microorganismos que originam uma doença) afetam as células.

Graças a esse método inovador, os cientistas conseguiram ver que sete dessas 14 proteínas do vírus Zika eram especialmente perigosas porque tinham afetado as células da levedura de alguma forma, seja matando-as, danificando-as ou inibindo o seu crescimento.

Conhecer a doença
O Prémio Curtas – Esclerose Múltipla incentiva a realização de curtas-metragens que promovam o conhecimento sobre a doença.

Já estão abertas as candidaturas à 4ª Edição do Prémio Curtas – Esclerose Múltipla, uma iniciativa dirigida a estudantes das áreas do cinema e audiovisual ou amadores com o gosto pela área cinematográfica, entre os 18 e 35 anos, que queiram fazer uma curta-metragem e documentar como é viver com Esclerose Múltipla.

O Prémio Curtas contempla a possibilidade de existir um vencedor na categoria Escolha do Júri (2.000 euros) e outro na Escolha do Público (1.500 euros), resultado da votação feita pelo público no site do Prémio Curtas, http://www.premioemcurtas.pt ou que o vencedor nas duas categorias seja o mesmo. Neste caso ao vencedor único será atribuído o valor dos dois prémios (3.500 euros), escreve o Sapo.

O júri desta edição é composto por Mário Gabriel Bonito, representante do ICA; Cristina Campos, Diretora Geral da Novartis; Gonçalo Galvão Teles, realizador português; Teresa Tavares, atriz portuguesa; Joaquim Pinheiro, médico neurologista; e representantes das três Associações de Doentes com Esclerose Múltipla: ANEM, SPEM e TEM.

Esta iniciativa é promovida pela Novartis, em parceria com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), e conta com o apoio de doze Escolas: Escola de Tecnologias, Inovação e Criação (ETIC); Escola Superior de Artes e Design (ESAD); Escola Superior de Artes e Design do Instituto Politécnico de Leiria; Escola Superior de Comunicação Social (ESCS); Escola Superior de Media Artes e Design (ESMAD) do Instituto Politécnico do Porto; Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC); Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa; Instituto de Criatividade, Artes e Novas Tecnologias (Restart); Escola Superior de Tecnologia de Abrantes do Instituto Politécnico de Tomar; Universidade de Aveiro; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Universidade Lusófona.

As candidaturas estão abertas até ao final do dia 28 de abril de 2017. Os vencedores serão conhecidos por altura do Dia Mundial da Esclerose Múltipla, que se assinala a 31 de maio.

O que é a esclerose múltipla?
A esclerose múltipla afeta cerca de 5.000 portugueses. Em todo o mundo são mais de 2,3 milhões de pessoas com esta doença inflamatória crónica do sistema nervoso central que se manifesta em jovens adultos, entre os 20 e os 40 anos de idade, e que interfere com a capacidade do doente em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio.

As mulheres têm duas vezes mais probabilidades de desenvolver esta doença do que os homens. A esclerose múltipla tem um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes e das suas famílias.

Mais de 90% das pessoas com esclerose múltipla queixam-se de fadiga, constituindo um dos sintomas com maior impacto na qualidade de vida e produtividade dos doentes.

Em 2016
A GNR realizou 285 transportes de órgãos entre vários centros hospitalares em 2016, sendo Lisboa, Setúbal e Coimbra os...

Dos 285 transportes de órgãos realizados em 2016, a GNR empenhou 574 militares, que percorreram 43.284 quilómetros, refere a Guarda Nacional Republicana, em comunicado.

Segundo a GNR, os três distritos com mais transportes requisitados no ano passado foram Lisboa (65), Setúbal (61) e Coimbra (30).

Aquela força de segurança sublinha que, desde 2010, realizou 1.690 transportes de órgãos, envolvendo cerca de três mil militares e percorrido mais de 270 mil quilómetros, o equivalente a uma volta ao mundo por ano.

Após ser contactada pela unidade de saúde que detém o órgão a ser transportado, a GNR desencadeia de imediato uma patrulha para se deslocar ao hospital e transportar o órgão nas exigidas condições térmicas até ao bloco operatório da unidade hospitalar requisitante, explica a corporação.

A GNR refere ainda que a qualidade e segurança da transplantação de órgãos depende do tempo necessário para o seu transporte, sendo, por isso, missão desta força de segurança chegar ao destino no menor tempo possível.

Desde 1994 que a GNR tem a missão de transportar órgãos em todo o país.

G8 da Saúde
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra deu hoje as boas-vindas a mais de 200 novos internos e disse querer estimular o...

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), uma das maiores unidades formadoras do país, realizou hoje a cerimónia de receção aos 97 internos de especialidade (formação específica) e 119 do ano comum, que entram na instituição.

Neste hospital, "os internos podem fazer investigação do mais alto nível, aprender áreas pedagógicas e de ensino de grande profundidade e assistenciais em praticamente em todas as áreas", disse o presidente do conselho de administração do CHUC, José Martins Nunes.

Os internos podem ainda aproveitar a circunstância de o hospital "estar integrado entre as academias e hospitais mais prestigiados do mundo" - a Aliança M8 - para terem "oportunidades a nível global", frisou.

De acordo com Martins Nunes, o CHUC estimula "o treino [dos internos] noutros hospitais, para terem uma perspetiva diferente do que é que é hoje a medicina de ponta a nível global".

O hospital tem uma "grande tradição de formação, que assenta muito na ligação entre os médicos hospitalares, os médicos universitários e os internos", sublinhou José Martins Nunes.

O presidente do centro hospitalar salientou ainda que a instituição "tem todas as condições" para que os novos internos possam ser "médicos talentosos" e para posteriormente poder reter esses mesmos talentos.

Portugal, representado pelo consórcio Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e Universidade de Coimbra (UC), foi admitido a 11 de outubro na Aliança M8.

A Aliança M8 tem como missão principal a melhoria da saúde a nível global. Promove a investigação translacional, bem como a inovação na abordagem da prestação de cuidados, almejando o desenvolvimento de sistemas de saúde eficazes na prevenção da doença.

Esta rede é a base académica de excelência e na qual está assente a organização da Cimeira Mundial de Saúde, um fórum anual para o diálogo sobre os cuidados de saúde.

A conferência intercalar da Cimeira Mundial de Saúde de 2018 vai realizar-se em Coimbra.

Administração Regional de Saúde do Centro
O presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, José Tereso, apelou para que os lares não enviem diretamente os...

A "esmagadora maioria das pessoas que vão às urgências são idosos" e parte "vêm diretamente dos lares sem verem antes médico nenhum", afirmou em Coimbra José Tereso.

De acordo com o responsável da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), os idosos não devem ser enviados pelos lares "diretamente para as urgências", devendo primeiro ser consultados pelo médico da instituição.

José Tereso sublinhou que, desde dezembro, a entidade está a promover "ações de formação para os profissionais dos lares de idosos" nos seis distritos da região, numa iniciativa que deve decorrer durante todo o 1.º trimestre deste ano.

A ação de formação visa "melhorar a assistência, combater a infeção nosocomial e melhorar as práticas de prescrição de antibióticos por causa das multirresistências", referiu.

Estimando que o pico da gripe ocorra "daqui a 15 dias", o presidente da ARSC defendeu que os utentes devem dirigir-se primeiro "ao seu médico de família", que, caso seja necessário, "os encaminhará para os serviços de urgência".

Para os utentes não urgentes, "o hospital demora muitíssimo tempo", constatou.

José Tereso falava aos jornalistas à margem da cerimónia de receção aos novos internos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Ao todo, são 97 internos de especialidade (formação específica) e 119 do ano comum a entrar no CHUC, instituição que tem cerca de 750 internos.

Governo
A Assembleia da República recomendou hoje ao Governo que reative a Linha Saúde 24 Sénior, para garantir que todos os idosos...

A Linha Saúde 24 Sénior foi criada em 25 de abril de 2014, com o objetivo de ser um serviço dedicado especificamente a idosos com 70 ou mais anos.

Este serviço de atendimento acompanhou mais de 20 mil idosos, até ser suspenso em dezembro de 2015.

Na altura a Direção-Geral da Saúde alegou necessidade de mobilizar recursos para fazer face ao aumento da procura da linha devido à gripe, mas também questões orçamentais, prometendo a criação de um novo serviço de atendimento para 200 mil idosos, no próximo contrato com a empresa privada que explora a Linha.

Numa resolução hoje publicada em Diário da República, a Assembleia da República recomenda ao Governo a sua reativação, “de modo a garantir que, nesta época, todos os idosos a terão ao seu dispor”.

A proposta do parlamento foi impulsionada por um projeto de resolução do CDS-PP, aprovado no passado dia 07 de dezembro na Assembleia da República, com a abstenção do PS e os votos favoráveis das restantes bancadas.

No diploma, os centristas lembram que este serviço se propunha a fazer uma “avaliação biopsicossocial” dos idosos, olhando não só para a sua situação clínica, mas também para a autonomia física, a forma como se alimentavam, e do seu estado social e cognitivo, entre outras dimensões.

Pretendia igualmente detetar e prevenir os problemas relacionados com o isolamento dos mais velhos, ajudá-los a marcar consultas ou a renovar a medicação, por exemplo.

“A referida linha de apoio consistia assim num meio importante para garantir a prestação de cuidados e serviços aos idosos, nomeadamente os que se encontram isolados”, defende o projeto de resolução.

Noutra resolução, também publicada hoje em Diário da República, a Assembleia da República recomenda ao Governo que reforce “a formação dos profissionais de saúde na área da Geriatria, a nível pré e pós-graduado, nomeadamente no que diz respeito à especialização médica”.

Na comunicação social e serviços públicos
A Assembleia da República recomendou hoje ao Governo que promova uma campanha de divulgação e incentivo ao registo do...

Segundo a resolução do parlamento, publicada hoje em Diário da República, a campanha deve ser divulgada nos principais meios de comunicação social e em todos os serviços públicos com locais de atendimento, incluindo autarquias.

O Testamento Vital é um documento, registado eletronicamente, onde é possível manifestar o tipo de tratamento, ou os cuidados de saúde, que a pessoa pretende ou não receber, quando estiver incapaz de expressar a sua vontade.

Permite também a nomeação de um ou mais procuradores de cuidados de saúde.

A resolução da Assembleia da República teve como base um projeto de resolução do CDS-PP, aprovado pelo Parlamento no passado dia 07 de dezembro, que considera o Testamento Vital um dos “mecanismos efetivos de proteção da pessoa em momentos de maior fragilidade ou vulnerabilidade, proporcionado pela legislação portuguesa”.

Mas, apesar de esta lei estar publicada deste 2012 e de ter sido criado, em 2014, o Registo Nacional do Testamento Vital, a legislação ainda é desconhecida de muitos cidadãos, refere o projeto de resolução.

Neste sentido, é da “maior relevância e pertinência que o Governo promova uma campanha nacional de divulgação e incentivo ao registo do testamento vital”, para que “todos os portugueses possam, de forma livre, consciente e esclarecida, utilizar esta ferramenta que lhes permite decidir que cuidados de saúde pretendem ou não receber, no caso de ficarem impossibilitados de se expressar autonomamente”, acrescenta.

Apenas 38% dos jovens com 16 anos utilizaram os vales.
Lançado em 2008, o programa do cheque-dentista tem tido uma evolução que todos elogiam. Desde a criação, abrangeu mais de 2,5...

Este alargamento dos cheques-dentista aos adolescentes é recente e limitado - só os jovens que aos 13 anos beneficiaram do programa de saúde oral têm a possibilidade de voltar a utilizar os vales aos 16 e aos 18 anos - e será isso que justifica a baixa taxa de utilização, escreve o jornal Público. Mas há uma explicação suplementar, segundo o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), Orlando Monteiro da Silva. “Há outra condicionante, que é o facto de, em ambos os grupos, os cheques terem de ser emitidos pelos centros de saúde, a pedido do interessado ou por iniciativa do médico de família. Como este alargamento do programa a estes dois grupos etários tem sido pouco divulgado, ainda são poucos os utilizadores”.

Caso de sucesso com grávidas, idosos e crianças
De resto, o programa do cheque-dentista está a ser um caso de sucesso. Começou com as grávidas seguidas no Serviço Nacional de Saúde e os idosos beneficiários do complemento solidário, estendeu-se às crianças em 2009, para incluir os utentes infetados com o vírus VIH/sida em 2010. Há dois anos passou a incluir intervenções precoces em casos de risco de cancro oral e, mais tarde, abrangeu os adolescentes, primeiro os de 16 anos e, este ano, os de 18 anos.

 

Entre Janeiro e final de Setembro, mais de 227 mil pessoas utilizaram estes vales, uma taxa de utilização da ordem dos 83%, face aos 76% registados no ano anterior. São as crianças e jovens de 7, 10 e 13 anos que mais usufruem desta possibilidade (92% do total).

Rute Bastos
Rute Bastos descobriu aos 24 anos que sofria de esquizofrenia afetiva e, sete anos após, não só controlou a doença como se tem...

Em declarações, Rute Bastos contou a sua evolução de uma doença cujos sintomas começou por atribuir "ao consumo de álcool e de haxixe", "fugas" então encontradas para os problemas afetivos decorrentes do "divórcio dos pais e do terminar de um namoro de cinco anos".

"Tive crises aos 18, 22 e 24 anos, mas pensei sempre que isso era por outras coisas, pois, sendo forte, até ‘bullying’ sofri", relatou Rute, uma utente da Associação Nova Aurora na Reintegração e Reabilitação Psicossocial (ANARP).

Em 2013, foi visitar a mãe a Andorra e acabou, na sequência de um surto, “internada e algum tempo em coma". O episódio fez com que, no regresso, precipitasse a sua entrada na ANARP onde iniciou, sob a supervisão da terapeuta de referência Raquel Almeida, um tratamento de três anos.

"Ela teve uma evolução extraordinária fruto do seu esforço e determinação no processo de recuperação, conseguindo melhorar as suas competências sociais, elevando a sua autoestima", explicou à Lusa a terapeuta, que elogia a capacidade agora evidenciada por Rute Bastos para "reagir ao primeiro sinal de alerta, assim evitando novas crises".

Ainda no mesmo ano, a utente fez uma formação em "Prestação de suporte" no projeto Vozes de Esperança e, desde então, "não mais deixou de contribuir com o seu exemplo para ajudar os outros, sendo hoje autónoma e com um projeto de vida", contou a terapeuta.

O seu caso mereceu também a atenção dos académicos e por "várias vezes" fez palestras em faculdades das universidades do Porto e do Minho.

"Sinto que tenho capacidade para ajudar", argumentou a hoje aluna do curso de Técnica de Apoio à Família e Comunidade no Instituto de Emprego e Formação Profissional que sonha ingressar na Escola Superior de Saúde da Universidade do Porto para um curso de terapeuta ocupacional.

Até ao início do corrente ano letivo, Rute Bastos foi voluntária na ANARP "dirigindo sessões para nove ou dez pessoas, a quem falava da doença, sobre os alertas e os comportamentos a ter", disse.

"Sei por experiência própria que é muito difícil procurar ajuda e que é muito mais fácil quando ela nos surge pela frente", afirmou para explicar a nova forma de voluntariado que no presente exerce, "ligando aos utentes da associação para saber como estão e detetar eventuais sinais de alerta".

Segundo Raquel Almeida, a disponibilidade manifestada pela Rute Bastos "é muito importante, permitindo um relacionamento com os utentes fora do contexto da ANARP, adicionando informação e tendo um papel diferenciador".

"Por um lado, é bom, pois dá conselhos aos seus interlocutores; e pelo outro também é importante pois, ao relatar-nos essas conversas, faz os devidos alertas, ajudando-nos a intervir junto desses utentes", acrescentou a terapeuta.

Reformada por invalidez parcial, Rute Bastos sonha com uma vida profissional "se possível na ANARP" e lembra ser "prática nos Estados Unidos a função de prestadores de suporte nos hospitais". "Isso lá é uma profissão", frisou.

"Sei que posso voltar a ter uma crise, porque estamos sempre vulneráveis, mas, sabendo reagir aos alertas, essa possibilidade reduz-se. É isso que digo sempre às pessoas, para estarem alerta, pois é possível ter uma vida normal", sublinhou.

Botânico Jorge Paiva alerta
O botânico Jorge Paiva, da Universidade de Coimbra, defende num postal de Ano Novo a necessidade de travar a destruição das...

À semelhança de anos anteriores, concebe a sua mensagem da quadra natalícia em português e inglês, enviando-a a cientistas, jornalistas, amigos, universidades e outras instituições públicas e privadas de Portugal e outros países em todos os continentes.

“Se continuarmos a derrubar as florestas como temos vindo a fazer, a Terra será uma ‘ilha’ universal, desflorestada, sobreaquecida, poluída, repleta de lixo e sem população humana”, alerta o ambientalista, no cartão pessoal de “boas festas”.

Na sua mensagem natalícia, num postal de quatro páginas em que formula também votos de “próspero Ano Novo”, Jorge Paiva realça que a ilha de Páscoa, no oceano Pacífico, “esteve coberta por uma floresta subtropical antes da chegada dos polinésios”, 300 a 400 anos depois de Cristo.

“Esta floresta foi completamente devastada pelos rapanuios (populações nativas), o que praticamente provocou a extinção deste povo”, afirma, dando também o “exemplo mais recente” da devastação das árvores da Islândia.

Neste país insular do Atlântico Norte, “a floresta foi sendo derrubada, para construção de habitações e embarcações, produção de mobiliário e utensílios, bem como para lenha, acabando por desaparecer quase completamente”, subsistindo apenas “reduzidas relíquias da taíga natural”, em que predominam as coníferas.

Frisando que, por todo o mundo, as florestas são dizimadas “a um ritmo verdadeiramente alarmante e drástico”, Jorge Paiva salienta que, sobretudo nas zonas equatoriais, elas “são ecossistemas de elevadíssima biodiversidade”.

O cientista, de 83 anos, ilustra o seu postal de Natal e Ano Novo com duas fotos: uma da floresta tropical da sua terra natal, Quilombo dos Dembos, em Angola, que o próprio obteve em 2015, e outra de uma “sterculia africana”, uma árvore gigantesca, na localidade moçambicana de Pemba.

A partir deste mês
Os cuidados de saúde oral nos centros de saúde vão ser alargados a partir deste mês a mais utentes e a novas unidades, com o...

Em julho deste ano começaram a ser introduzidas consultas de saúde oral nos centros de saúde, com experiências piloto que decorreram em algumas unidades da Grande Lisboa e do Alentejo.

Nesta primeira fase, tinham acesso a consultas de saúde oral doentes portadores de diabetes, neoplasias, patologia cardíaca ou respiratória crónica, insuficiência renal em hemodiálise ou diálise peritoneal e os transplantados inscritos nos agrupamentos de centros de saúde onde decorreram as experiências piloto.

Segundo fonte oficial do Ministério da Saúde, a partir de 1 de janeiro de 2017 “deixará de existir limitação da referenciação às patologias consideradas mais relevantes”, permitindo que o médico de família oriente os utentes que considerem que podem beneficiar de cuidados de saúde oral, “sem nenhuma condicionante”.

Além de um grupo inicial de 13 médicos dentistas e assistentes dentários contratados para a fase da experiência piloto, o Ministério prevê contratar durante 2017 mais 13 novos médicos dentistas a alocar a centros de saúde nas regiões Norte, Centro e Algarve.

Em reposta, o Ministério refere ainda que vai ser homogeneizada a metodologia de trabalho dos 26 médicos dentistas que já exerciam a sua profissão no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que era feito “de forma assimétrica, não devidamente reconhecida e nem adequadamente integrada”.

“Assim, no final de 2017 prevê-se que existam no SNS de Portugal Continental cerca de 50 médicos dentistas a exercer a sua profissão nos cuidados de saúde primários, de forma homogénea e em condições semelhantes”, refere a mesma fonte oficial do Ministério da Saúde.

Só na região Norte
Os rastreios à saúde visual nos cuidados de saúde primários vão ser alargados neste ano a oito agrupamentos de centros de saúde...

No segundo semestre de 2016 iniciaram-se duas experiências piloto de rastreios da visão na área metropolitana do Porto, um para rastreio da ambliopia em crianças com dois anos e outro para a degenerescência macular da idade em utentes diabéticos.

Segundo fonte oficial do Ministério da Saúde, neste ano os rastreios da ambliopia em crianças vão ser alargados a mais oito agrupamentos de centros de saúde e a mais quatro hospitais, todos na região Norte, prevendo abranger cerca de 13.500 crianças.

O projeto piloto de rastreio da ambliopia em crianças com dois anos foi executado com os exames a serem feitos nos cuidados de saúde primários, sendo depois os resultados lidos e analisados por médicos oftalmologistas do Centro Hospitalar de São João e do Centro Hospitalar do Porto.

Sempre que os resultados são positivos e as crianças precisam de acompanhamento, os casos são encaminhados para consulta de especialidade no próprio hospital.

O outro projeto piloto decorreu nos mesmos quatro agrupamentos de centros de saúde e nos mesmos hospitais, mas dirigiu-se ao rastreio da degenerescência macular da idade em utentes diabéticos, aproveitando a logística já existente para o rastreio da retinopatia diabética.

Este projeto piloto só foi iniciado em novembro, segundo informação do próprio Ministério da Saúde, e só será finalizado em junho deste próximo ano. Depois de uma avaliação será decidido um eventual alargamento a nível nacional.

Desde outubro
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, considerou que as sete mortes relacionadas com a gripe são "números...

Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas durante uma visita ao Centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa, onde esteve também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Dos 48 doentes com gripe admitidos nas unidades de cuidados intensivos hospitalares, que reportaram informação, desde o início da época gripal, em outubro, sete morreram, de acordo com o mais recente boletim de vigilância epidemiológica da gripe do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, divulgado na quinta-feira passada.

A maioria dos doentes admitidos tinha mais de 64 anos e uma patologia crónica associada.

Para o ministro da Saúde, as sete mortes verificadas são "números perfeitamente normais", dadas as "circunstâncias em que ocorreram", envolvendo "pessoas muito débeis, doentes".

"Pessoas muito débeis, muito idosas, que são afetadas por descompensação de natureza infecciosa (...). Quanto mais agressiva for a infeção, mais débil for a condição da pessoa, maior é o risco de morte", assinalou, ressalvando tratar-se de "uma circunstância que ocorre todos os anos".

Adalberto Campos Fernandes realçou "a capacidade de entrega" dos profissionais de saúde na prestação de cuidados em "circunstâncias epidémicas" como a da gripe, sustentando que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "nunca teve tantos recursos como este ano".

O ministro negou que os hospitais estejam em rutura, nesta época do ano, mas referiu que as pessoas deveriam recorrer mais aos centros de saúde e ir só aos hospitais "em situações com indicação hospitalar".

Segundo o titular da pasta da Saúde, o SNS "tem elasticidade" para responder a "acréscimos de 30 por cento" na procura de cuidados durante esta altura do ano.

Devido a atividade gripal
A ARS-Norte anunciou que, face ao aumento da atividade gripal, procedeu ao alargamento do horário dos Serviços de Atendimento...

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) refere que os Serviços de Atendimento de Situações Agudas (SASU) dos grandes centros do Porto, Braga, Guimarães, Gaia, Maia/Valongo/Ermesinde, Espinho, Vila Real e “outros onde a procura o justifique” passarão a funcionar nos dias úteis das 20:00 às 24:00 e aos fins de semana e feriados das 09:00 às 24:00.

“Nesta região de saúde já existiam 62 centros de saúde a funcionar com horário alargado”, refere, acrescentando contudo que, como desde o dia 19 que se tem vindo a registar um aumento da atividade gripal e, em consequência, uma maior procura dos serviços de urgência hospitalar, a ARS, em sintonia com as orientações do Ministério da Saúde, decidiu alargar o horário de funcionamento em SASU.

No âmbito desta medida, “igualmente se procedeu ao reforço de médicos, enfermeiros, secretários clínicos, assistentes operacionais e outros profissionais que se manifestam indispensáveis à prestação”.

A ARS-N pretende assim “permitir que os utentes tenham uma resposta adequada junto do seu médico de família”, bem como libertar os serviços de urgência dos hospitais “para situações que verdadeiramente se justificam”, uma vez que “muitos dos episódios registados” nas urgências “manifestam uma procura errada”.

A ARS esclarece ainda que, se houver necessidade tendo presente a monitorização da atividade gripal, poderá estender a outras unidades de cuidados de saúde primários da região Norte o alargamento do seu horário de funcionamento.

A atividade gripal registou um aumento, na semana passada, mas com tendência para crescer, tendo sido identificados 32 vírus da gripe, revela o Boletim de Vigilância Epidemiológica, divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

De acordo com o relatório publicado semanalmente, a taxa de incidência da gripe foi de 113,3 casos por cem mil habitantes, na semana de 19 a 25 de dezembro.

Serviço de cardiologia de Vila Real
O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro anunciou que dispõe de uma nova valência para a realização de estudos...

Esta técnica foi iniciada na quinta-feira, no serviço de cardiologia da unidade de Vila Real do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), e vai permitir tratar doentes provenientes de toda a região de Trás-os-Montes e concelhos do Douro Sul.

Desta forma será possível “proporcionar cuidados de saúde de maior proximidade” e “evitar a deslocação dos doentes para um centro de referência no Porto”.

Segundo explicou o centro hospitalar, trata-se de procedimentos com “elevada diferenciação técnica, que consistem na aplicação de estímulos elétricos e execução de técnicas de mapeamento ou ablação, efetuadas dentro da própria cavidade cardíaca, através da introdução de diversos cateteres.

Desta forma, acrescentou a fonte, “é possível determinar o mecanismo exato e eliminar muitas das arritmias mais complexas”.

A realização deste procedimento pode, ainda, “atenuar efeitos indesejáveis de medicamentos agressivos, bem como complicações graves a que as arritmias em questão dão origem”.

O CHTMAD informou que, para o próximo ano, já existe programação para a prossecução regular destes estudos na unidade hospitalar.

A referenciação para o serviço de cardiologia e unidade de cuidados intensivos coronários (UCIC) deste centro hospitalar abrange de forma direta 430.000 doentes.

O CHTMAD junta os hospitais de Vila Real, Chaves, Lamego e o de Peso da Régua, o qual se encontra encerrado há vários meses.

Em 2017
Mais esperança com novos medicamentos, uma vacina, investigação, prevenção. Será assim 2017 no combate ao cancro, doença que...

O novo ano traz a promessa de uma vacina para o cancro do estômago, tal como nova medicação dirigida a mutações específicas nas células e terapias desenhadas para fortalecer o sistema imunitário do doente. As duas têm mostrado alguns resultados animadores no combate ao cancro do pulmão. Um caminho que tem de ser feito de mãos dadas com a prevenção: rastreios e alteração de comportamentos.

"O cancro é diferente consoante o órgão, se se é homem ou mulher, se se é velho ou novo", frisou ao Diário de Notícias Manuel Sobrinho Simões, investigador e diretor do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, para explicar que ainda não é possível ter resultados iguais para todos. Se na mama e no cólon estamos a avançar na batalha, mais difícil tem sido no cancro do estômago. "Ao contrário do cólon, que temos um pólipo que se tirarmos não chega a ser cancro, não sabemos porque é que no estômago não fazem pólipos antes, invadem logo", adiantou.

Mas 2017 promete uma nova arma. "O que será a nossa solução é a vacina contra a bactéria Helicobacter pylori. Pensamos que vai aparecer para o ano. Os cancros do estômago não são só causados pela bactéria, mas são muito causados por ela. Induz um processo inflamatório crónico, uma gastrite crónica, e estas dão muitos radicais livres de oxigénio que dão muitas mutações", salientou o especialista, que fala noutra peça fundamental: "O desenvolvimento de novos medicamentos que não são para mutações de células, mas para o sistema imunitário e metabólico do hospedeiro aumentando a sua capacidade de reagir [ao cancro], induzindo o suicídio das células, impedindo que elas se mobilizem ou parando-as."

No caso do cancro do pulmão - um dos que têm maior taxa de mortalidade -, a investigação tem seguido os dois caminhos, que têm permitido alguns bons resultados: medicamentos inovadores que aumentam a capacidade do sistema imunitário e inovadores dirigidos a mutações específicas em determinadas células. Como exemplo, a Agência Europeia do Medicamento recomendou, recentemente, a utilização do pembrolizumab como tratamento de primeira linha, em vez de quimioterapia, em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas cujos tumores tenham uma determinada mutação. Atualmente, o medicamento da Merck já é usado, mas como segunda opção. A aprovação como primeira escolha deverá acontecer no início do próximo ano.

Mas o combate faz-se também com a prevenção. "Outra coisa que vai ser muito importante é começarmos a perceber se tratarmos bem a obesidade e a diabetes vamos ter menos cancro e os doentes com cancro vão ter cancros muito menos agressivos. E temos de aumentar os rastreios, porque se o diagnóstico for precoce, primeiro o doente cura, depois os custos são completamente diferentes. No caso do cancro do cólon num estádio dois, o custo fica por quatro mil euros, se for num estádio avançado passa para 40 mil a 50 mil euros por ano. Na mama temos a mesma experiência. O Estado português pouparia imenso e os doentes poupariam imenso em sobrevida e qualidade de vida", salienta Sobrinho Simões.

O diretor do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto fala da estratégia dos três C: curar, controlar e cuidar. "Calculamos que surjam 60 mil novos casos de cancro por ano. Cerca de 25 mil pessoas morrem. Mais de 50% das pessoas não morrem. O número de novos cancros está a aumentar, mas a mortalidade não, o que é muito bom. Sinal de que estamos a chegar mais cedo, a tratar melhor, os cuidados paliativos melhoraram. Mas ainda temos de melhorar a parte do cuidar", defende.

Investigadores
Cientistas criaram um método que permitirá desenvolver um aparelho capaz de diagnosticar 17 doenças através do sopro. O...

"Um dos maiores desafios da era moderna dos diagnósticos é como detetar doenças quando ainda nos sentimos saudáveis", disse Hossam Haick, investigador do Instituto de Tecnologia de Israel que liderou a equipa de cientistas, segundo o Business Insider.

O dispositivo mostrou um nível de eficácia de 86% nos testes realizados a 1404 pacientes saudáveis e doentes, conforme o artigo publicado no ACS Nano.

A expiração contém nitrogénio, dióxido de carbono e oxigénio, mas também compostos químicos muito voláteis que variam conforme o estado de saúde do paciente. O diagnóstico, segundo o Diário de Notícias, é possível porque o dispositivo tem nano partículas inteligentes que medem a concentração destes compostos para perceber se os níveis estão de acordo com o desejável.

Esta ideia relembra os conselhos que Hipócrates dava aos alunos: "cheirem o bafo dos vossos pacientes". O pai da medicina dizia que um bafo doce ajudava a diagnosticar, por exemplo, a diabetes.

Os investigadores mediram as níveis químicos provocados por cada uma das 17 doenças e concluiu que todas têm uma concentração específica.

Para já, os cientistas querem desenvolver o dispositivo para melhorar os níveis de eficácia e realizar novos testes. Querem também analisar o modo como o aparelho funciona quando o paciente tem mais do que uma doença.

Estudo
Um estudo europeu levado a cabo pela gigante dos gadgets eletrónicos TomTom revela novos dados sobre o comportamento dos...

Os investigadores concluíram que o principal objetivo da maioria dos inquiridos (39%) é manterem-se saudáveis, seguido de 25% que pretendem tonificar o corpo e 17% que ambicionam perder peso e massa gorda.

Na população inquirida, 63% considera ser capaz de alcançar os objetivos delineados, no entanto, 13% sente-se incapaz de cumprir esses objetivos. A maioria (51%) acaba por desistir por ter dificuldade em conseguir manter uma alimentação saudável ou um plano de exercício regular, enquanto 9% se sente desmotivado por não ter acesso à informação correta sobre a sua evolução.

Em relação ao IMC, escreve o Sapo, oito em cada dez pessoas sabem do que se trata e 40% acreditam ser uma boa forma de controlar os níveis globais de saúde e fitness. 90% dos inquiridos trava uma luta para manter o seu peso, enquanto sete em cada dez admitem pesar-se todos os dias.

Na busca pelos resultados físicos, 26% usa um instrumento de monitorização para medir a sua evolução corporal. No entanto, o tempo médio de utilização destes dispositivos ronda os 5 meses, após esse tempo, apenas 16% continua a utilizá-los regularmente.

As razões mais apontadas para deixarem de utilizar estes dispositivos são o esquecimento e disponibilização de informação insuficiente (24%).

Dos inquiridos que por norma não utilizam estes dispositivos, um terço tenciona vir a utilizá-los.

No estudo participaram 8030 adultos (maiores de 18 anos) dos seguintes países: Reino Unido (2001), França (2005), Itália (2006), Holanda (1004), Espanha (1002).

Feitas este ano
Injetar missangas no organismo para emagrecer é uma das mais curiosas. Mas, de acordo com um site de saúde internacional, está...

Ano após ano, sucedem-se os estudos e as investigações científicas que pretendem ajudar as pessoas com excesso de peso a emagrecer e a recuperar a saúde. Existem, no entanto, uns mais insólitos e surpreendentes do que outros. Um site de saúde norte-americano elegeu aqueles que considera os mais curiosos de 2016. Além de missangas, há especialistas que defendem o exercício físico em jejum, os alimentos gordos, a proteína animal e até os nutrientes probióticos, escreve o Sapo.

1. Fazer dieta melhora o humor
Muitas pessoas ficam impacientes e mal-dispostas quando fazem dieta. No entanto, um estudo publicado no jornal JAMA Internal Medicine apurou que, quando têm um peso ligeiramente acima da média, seguir um regime de restrição calórica não é forçosamente mau. Os investigadores do Ingestive Behavior Laboratory do Pennington Biomedical Research Center em Louisiana, nos EUA, apuraram que esses indivíduos, além de dormir melhor, sorriem mais e têm uma vida sexual melhor.

2. Injetar missangas no organismo faz emagrecer
Um estudo de pequenas dimensões apresentado na convenção anual da Society of Interventional Radiology apresentou uma nova técnica para reduzir o apetite e potenciar, desta forma, a perda de peso. Os seus autores defendem a injeção de missangas microscópicas na corrente sanguínea. Este procedimento reduz a segregação da grelina, também conhecida como a hormona da fome.

3. As pessoas mais ativas não são as que queimam mais calorias
Um estudo da City University, em Nova Iorque, nos EUA, publicado no jornal Current Biology, descobriu que as pessoas que praticam exercício físico de forma moderada queimam, em média, mais 200 calorias do que as que têm uma atividade física baixa no dia a dia. O mais surpreendente desta investigação é que, de acordo com os dados apurados, os indivíduos que fazem muito desporto queimam sensivelmente a mesma quantidade quando não treinam.

4. Ingerir alimentos gordos não faz engordar
Esta tese foi avançada pelo jornal The Lancet Diabetes & Endocrinology, que divulgou um estudo que verificou que, num grupo de mulheres que integrava uma experiência de avaliação da perda de peso, as que seguiam um regime alimentar da chamada dieta mediterrânica, rica em azeite e frutos secos, perderam mais peso e massa corporal na zona abdominal do que as que ingeriram produtos menos calóricos.

5. A proteína vegetal é mais saciante do que a proteína animal
Um estudo publicado pelo Food and Nutrition Research nos últimos meses de 2016 assegura que a proteína vegetal é mais saciante do que a proteína animal. Depois de acompanhar 43 homens adultos, os especialistas da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, que o levaram a cabo, chegaram à conclusão que os que ingeriram pratos à base de puré de vegetais, feijões e lentilhas tiveram menos fome e ingeriram menos comida na refeição seguinte.

6. Os alimentos probióticos fazem diminuir os níveis de açúcar no sangue
Um grupo de especialistas do Cambridge Cardiac Care Centre em Ontário, no Canadá, levou a cabo uma pequena investigação que apurou que os alimentos probióticos fazem diminuir os níveis de açúcar no sangue. A análise incidiu numa amostra de voluntários adeptos da Dieta DASH, sigla de Dietary Approaches to Stop Hypertension. Os que ingeriam este tipo de ingredientes com maior regularidade apresentaram resultados melhores.

7. As pessoas que fazer exercício em jejum comem menos
Uma experiência científica levada a cabo na University of Scranton e publicada pelo Journal of Nutrition and Metabolism, nos EUA, revelou que as pessoas que fazem exercício de manhã de estômago vazio tendem a ingerir menores quantidades de comida ao longo do dia. Os cientistas chegaram a esta conclusão depois de monitorizar a atividade de 12 homens fisicamente ativos com idades entre os 18 e os 23 anos.

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