Distinguido pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia
O projeto de investigação Therapeutics4DM pretende prevenir a morte das células responsáveis por sintetizar a insulina e aquilo...

O projeto de investigação “Therapeutics4DM”, desenvolvido em conjunto com o iBET, ITQB-NOVA, CEDOC,IMM e Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, foi distinguido este ano pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia com a Bolsa Nuno Castel Branco. O objetivo deste projeto é desenvolver estratégias que previnam a morte de células beta pancreáticas.

A morte das células beta do pâncreas, responsáveis por sintetizar a insulina, é um fenómeno associado à Diabetes Mellitus Tipo 1. A redução destas mesmas células acontece igualmente na Diabetes Tipo 2, assim como nos indivíduos sujeitos a transplante do pâncreas. Apesar deste conhecimento, as terapêuticas para a Diabetes têm-se focado na administração de insulina e pouco se tem feito para desenvolver soluções que previnam a morte das células beta.

Segundo Regina Menezes, investigadora do iBET e ITQB-NOVA e uma das responsáveis pelo projeto, “queremos desenvolver estratégias que previnam a morte de células beta pancreáticas, e é nisso que se baseia este projeto”.

A Diabetes Mellitus Tipo 1, autoimune, caracteriza-se pela morte das células beta do pâncreas, mais especificamente localizadas nos ilhéus pancreáticos, os produtores de insulina. Na Diabetes Mellitus Tipo 2 verifica-se a agregação do polipéptido amilóide dos ilhéus (IAPP - do inglês Islet Amyloid PoliPeptide) considerada como um processo patológico e crítico também associado à morte de células beta do pâncreas. A mesma situação verifica-se em pacientes sujeitos a transplante do pâncreas. Paralelamente, são encontrados níveis elevados de IAPP em pacientes recém-diagnosticados com Diabetes Tipo 1, sugerindo que a toxicidade do IAPP é também um fator que acelera a progressão inicial da doença.

A investigadora explica que o projeto ajudará a perceber de que forma a agregação do IAPP contribui para o processo inicial da Diabetes Tipo 1 e para o desenvolvimento da Diabetes Tipo 2, assim como para o insucesso dos transplantes pancreáticos nos diabéticos tipo 2.

Resultados animadores dos compostos polifenólicos
Da mesma forma, o “Therapeutics4DM” pretende elucidar quais as vias associadas à toxicidade do IAPP para, a partir deste conhecimento, identificar moléculas que poderão estar na base do desenvolvimento de terapêuticas alternativas.

“Temos vindo a investigar compostos polifenólicos, existentes por exemplo em amoras e framboesas, que depois de ingeridos geram metabólitos capazes de prevenir a formação de fibras amiloides de IAPP e a respetiva toxicidade” afirma Cláudia Santos, coordenadora dos laboratórios de Nutrição Molecular e Saúde do iBET e ITQB-NOVA, que considera estes resultados animadores.

A confirmar-se, este seria mais um passo para converter os resultados do projeto em novas estratégias terapêuticas e medicamentos inovadores, que poderão futuramente ajudar milhares de diabéticos em todo o mundo. Lembre-se que a Organização Mundial de Saúde estima que 6% da população do planeta viva com Diabetes. A prevalência da doença aumenta com a idade, para ambos os sexos, e o risco estimado de DM ao longo da vida é de 30 a 40%, estando associada ao desenvolvimento de lesões no pâncreas e, a longo prazo, a um risco acrescido de complicações oftalmológicas, renais, cardíacas, neuropáticas ou vasculares.

8ª Edição do Vacinómetro
Mais de 1,3 milhões de portugueses com mais de 65 anos vacinaram-se contra a gripe sazonal, de acordo com os resultados da 8ª...

O Vacinómetro indica que já foram vacinados contra a gripe sazonal 64,8% dos portugueses com 65 ou mais anos, 59,8% dos indivíduos portadores de doenças crónicas e 53,3% dos profissionais de saúde com contacto direto com doentes.

Com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos, foram vacinadas 33,9% das pessoas.

Pela primeira vez, foram vacinados 8,2% dos indivíduos pertencentes aos grupos prioritários para a vacinação. Cerca de 91,8% já teriam sido vacinados noutras épocas.

O Vacinómetro refere que, até ao momento, têm intenção de se vacinar 17,3% dos indivíduos pertencentes aos grupos prioritários para a vacinação e 21,7% dos das pessoas com mais de 65 anos.

Lançado em 2009, o Vacinómetro monitoriza em tempo real a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos
De acordo com o relatório “Health at a Glance 2016” da OCDE, para o período 2008-2014, triplicou a proporção de Portugueses que...

No dia Internacional dos Direitos Humanos, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, alerta para a necessidade de o SNS se assumir como uma plataforma capaz de impedir que motivos financeiros impeçam o acesso e usufruto de cuidados de Saúde de qualidade a uma camada importante de Portugueses.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, a 10 de dezembro de 1948 com o intuito de estabelecer uma norma comum a ser alcançada por todas as nações. Em Portugal, esta declaração está vertida no artigo 64º da Constituição que indica que “todos têm direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover”.

A campanha “Eu Amo Viver” da Sociedade Portuguesa de Cardiologia foi desenvolvida com o intuito de dotar os Portugueses de informação segura e certificada sobre doenças cardiovasculares e de estratégias de prevenção. Através de iniciativas como esta, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia pretende promover o desenvolvimento da Cardiologia ao serviço da saúde da população Portuguesa.

O lançamento de campanhas de literacia em Saúde permite que os cidadãos tomem conhecimento da informação médica disponível e que integrem este conhecimento científico no seu quotidiano, independentemente do seu estrato social ou das suas capacidades económicas. Esta é, também, uma forma de responsabilizar cada cidadão individual pela conservação e melhoria do seu estado de Saúde.

Nas palavras do Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), Dr. Miguel Mendes, "devemos pugnar para que todos os Portugueses tenham acesso a cuidados de Saúde de qualidade dentro do seu SNS. Os Portugueses devem ter consciência de que a Saúde é um bem precioso e que devem adotar do boas práticas de Medicina Preventiva e aumentar a sua literacia em Saúde".

Administração de Saúde
O Algarve vai tornar-se na primeira região do país a distribuir metadona a turistas estrangeiros, uma forma de monitorizar o...

Ao abrigo do projeto, que deverá avançar já no próximo ano, os toxicodependentes que estejam de férias na região e referenciados pelos serviços de saúde dos seus países podem adquirir metadona nos centros de atendimento espalhados pelo Algarve, revelou o presidente daquele organismo (ARS).

"Trata-se de uma forma de monitorizar o tratamento dos toxicodependentes estrangeiros que vêm para cá e também de reduzir alguns riscos associados ao transporte de grandes quantidades de metadona, como a possibilidade de tráfico ou assaltos, por exemplo", referiu João Moura Reis.

O projeto da Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos nas Dependências (DICAD) do Algarve implica que os toxicodependentes estejam referenciados pelos serviços de saúde dos seus países de origem, informação que deve ser partilhada com os serviços de saúde da região para que possam prosseguir o tratamento.

"O turista é referenciado no seu país para o Serviço Nacional de Saúde, que por sua vez o orienta para os locais mais próximos", acrescentou o presidente da ARS/Algarve, entidade que tutela a DICAD, observando que o projeto é pioneiro em Portugal.

Ainda no âmbito da relação entre turismo e saúde, a ARS/Algarve está a preparar um protocolo com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) no sentido de alertar os operadores turísticos da região para as condições mais favoráveis ao desenvolvimento e propagação de doenças como a dengue ou a febre do Nilo Ocidental.

"Os charcos dos campos de golfe e as piscinas, por exemplo, são potenciais viveiros para a proliferação de mosquitos e outro tipo de insetos que podem ser vetores de determinadas patologias", ilustrou João Moura Reis.

O plano envolverá também a Região de Turismo do Algarve (RTA), entidade com a qual a ARS quer ainda firmar outro protocolo, neste caso na área do Suporte Básico de Vida, que será desenvolvido em conjunto com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Segundo João Moura Reis, o objetivo é que a ARS/Algarve seja certificada para ministrar cursos de formação em Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa (DAE).

Ao tornar-se uma entidade credenciada para dar formação nesta área, o objetivo seria, depois, formar profissionais de hotelaria e funcionários de estabelecimentos comerciais, entre outros.

Suporte Saco de Colostomia
Uma mulher ostomizada de Amarante montou uma empresa para comercializar um modelo de saco de ostomia, "inovador em termos...

O produto, já patenteado, surgiu quando, com o auxílio da mãe, procurava criar um modelo mais confortável para o seu problema de saúde, após uma intervenção cirúrgica a que foi submetida.

Léa Pinheiro, de 41 anos de idade, explicou que o Suporte Saco de Colostomia (SSC), como designou o produto, permite fazer uma vida normal a qualquer doente ostomizado.

O projeto foi um dos premiados no concurso "Tâmega Sousa Empreendedor" e está a ser trabalhado no âmbito do Gabinete de Apoio ao Empreendedor (GAE), da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), em Felgueiras.

A empresa tem como objeto social a produção e comercialização de acessórios para ostomia.

Segundo a empreendedora, comparativamente com a tradicional bolsa ou saco coletor que recebe as fezes ou a urina, o Suporte de Saco de Colostomia constitui "um avanço notável e inovador na área da saúde".

O SSC tem em conta a proteção da pele da parede abdominal, reduzindo significativamente as alterações cutâneas circundantes do estoma. Assegura ainda uma distribuição uniforme do peso do saco e placa, pela cintura e dorso, eliminando a concentração no local do estoma.

"Promove, também, uma franca melhoria do aspeto estético, por esconder totalmente o conjunto saco/placa", acrescentou.

Carla Pereira, coordenadora do Gabinete de Apoio ao Empreendedor da ESTG, explicou o apoio que está a ser prestado à empreendedora, nomeadamente nas parcerias estratégicas para otimizar o processo de fabricação, na facilitação de contactos e na criação de uma plataforma para comercialização dos produtos através da Internet.

Está também a ser trabalhada uma estratégia de captação de investimento baseado no programa de incentivos da União Europeia.

Durante este mês, o novo produto estará disponível para encomendas ‘online', enquanto se trabalha para que possa ser, no futuro, comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde.

Endometrial Receptivity Analysis
As alterações do endométrio estão entre as principais causas de insucesso dos tratamentos de fertili

São várias as causas para a infertilidade. No entanto, estima-se que em 20 por cento dos casos a causa seja desconhecida.

Deste modo, os tratamentos de Procriação Medicamente Assistida representam, muitas vezes, a única esperança para os casais que não conseguem engravidar.

Muito embora apresentem elevadas taxas de sucesso, a verdade é que para que as técnicas de PMA sejam, de facto, eficazes é necessário, também, que estejam reunidas determinadas condições.

Para além da qualidade dos espermatozóides e do óvulo, que determinará a viabilidade do embrião, é necessário que o útero materno esteja recetivo à implantação.

“Existem múltiplos fatores implicados na implantação embrionária, principalmente: embrião, endométrio e a correta comunicação entre ambos. Quer dizer, não é apenas necessário ter um embrião de boa qualidade e um endométrio recetivo. A sincronização entre eles é indispensável para que a implantação ocorra”, começa por explicar João Calheiros, ginecologista e especialista em Medicina da Reprodução do IVI Lisboa.

A recetividade endometrial é definida como o período durante o qual o epitélio do endométrio adquire função, embora transitória, para a aceitação do blastocisto e sua implantação. “Este estado, também conhecido como janela de implantação, tem uma duração determinada – normalmente entre um a dois dias – e começa num dia específico do ciclo menstrual, em cada paciente, em função da sua resposta à progesterona”, refere o especialista. A literatura refere que a recetividade endometrial ocorre entre os dias 19 e 21 do ciclo menstrual.

“A duração da janela da implantação pode variar de uma paciente para outra, tendo um alcance de 12 a 72 horas, sendo mais frequente entre as 24-48h. O blastocisto só poderá aderir e implantar no endométrio durante a janela de implantação”, acrescenta o médico.

O teste ERA (Endometrial Receptivity Analysis), desenvolvido pela Fundação IVI e várias das suas clínicas, é um método de diagnóstico que, baseando-se na análise de 238 genes no endométrio, permite conhecer a recetividade ou não do endométrio no momento da transferência embrionária.

Na realidade, esta análise, “permite identificar o dia do ciclo endometrial no qual a janela de implantação abre para casa paciente de forma específica”. De acordo com  João Calheiros, o Test ERA “permite, desta forma, detetar se uma paciente é recetiva depois de cinco dias exposta à progesterona, como ocorre na maioria dos casos, ou se apresenta uma janela de implantação dessincronizada, requerendo por isso uma transferência embrionária personalizada”.

“Graças à localização personalizada da janela de implantação, em cada paciente, é possível fazer a sincronização entre o blatocisto e o endométrio. Esta sincronização é necessária para que a implantação ocorra”, acrescenta referindo que com este método de diagnóstico há um aumento bastante significativo na taxa de sucesso do tratamento de Procriação Medicamente Assistida.

Um estudo da Fundação IVI, levado a cabo em 356 pacientes de cinco países, corrobora o êxito deste teste, demonstrando que a personalização e individualização do tratamento apresenta uma taxa de sucesso de 85%.

Por outro lado, este método de diagnóstico permite poupar tempo e evita a realização de exames dispendiosos, pelo que, tal como é referido em comunicado, “a personalização do fator endometrial do casal infértil deve ser considerado antes de começar o tratamento para aumentar o êxito reprodutivo”.

“Para determinar quando o endométrio está recetivo, é necessário realizar uma biópsia endometrial no dia do ciclo em que, por rotina, se realizaria a transferência do blatocisto”, explica o especialista em Medicina da Reprodução.

No caso de não estar recetivo, “o predictor ERA dá-nos uma indicação sobre o dia do ciclo em que estima que ocorra a janela de implantação da paciente, de acordo com o primeiro resultado obtido”. “Neste caso, poderia requerer-se uma segunda biópsia endometrial com o objetivo de validar o dia da recetividade endometrial”, determina.

Segundo o especialista, a primeira biópsia deve realizar-se no mesmo ciclo que se vai realizar a transferência embrionária – “sendo um ciclo natural ou terapia de substituição hormonal, nunca num ciclo estimulado”. “De acordo com o tipo de ciclo, a biópsia realizar-se-á sete dias depois do pico de LH (LH+7), no ciclo natural, ou depois de cinco dias completos de exposição à progesterona (P+5) na terapia de substituição hormonal”, explica.

Quanto à segurança deste metódo de diagnóstico, João Calheiros garante que não comporta nenhum risco para as pacientes. “As únicas implicações que podem ocorrer, são associadas ao processo de realizar uma biópsia endometrial, que geralmente é um ligeiro desconforto e/ou um ligeiro sangramento depois do procedimento”, afiança.

Apesar deste teste estar indicado para pacientes com falha de implantação recorrentes, “com embriões de boa qualidade”, apresentando uma janela de implantação dessincronizada, “está a ser feito um estudo randomizado em que realiza o test ERA na primeira consulta de PMA”.

“Os resultados preliminares mostram que, aproximadamente, 16% destas pacientes pode beneficiar de uma transferência personalizada, pelo que pode vir a ser possível que se converta num teste a aplicar a todas as pacientes”, revela o especialista.

O test ERA é, atualmente, a única ferramenta de diagnóstico molecular do estado endometrial que, para além de melhorar significativamente a taxa de gravidez, ofereceu, nos últimos quatro anos, a solução a mais de 10 mil pacientes.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Compras Online
Com o apoio da Ciclum Stada, o Atlas da Saúde promove, entre os dias 7 de Dezembro e 31 de Março de 2017, um passatempo para...

Para se habilitar a ganhar um dos seis prémios que o Atlas da Saúde tem para oferecer basta adquirir produtos Fraldox na loja online da Ciclum Stada.

O sorteio será realizado com base no número de fatura de cada compra e os vencedores serão contatados pessoalmente até ao dia 15 de Abril. Posteriormente, serão também divulgados em www.atlasdasaude.pt e na respetiva página do facebook.

Passos para participação:

1. Fazer o registo na loja online da Ciclum Stada;
2. Aceder ao separador Puericultura e adicionar ao carrinho um dos quatro itens Fraldox disponíveis para compra;
3. Selecionar a opção “Finalizar compra” e inserir os dados de Morada e Contacto;
4. Carregar em “Encomendar” para finalizar o processo de compra (automaticamente receberá um e-mail com os dados da encomenda e respectivos dados para pagamento MB);
5. Efectuar pagamento da compra.

NOTA: O envio do/s produto/s, assim como a validação da participação no passatempo, só serão feitos após pagamento dos produtos.

Este passatempo é apenas válido em Portugal Continental e Ilhas, sendo os prémios entregues via transportadora na morada de registo.

Prémios:

1º prémio - Carrinho de bebé Joolz Day Studio Gris

Nota: A imagem apresentada é meramente indicativa. O produto real pode diferir da imagem apresentada.

2º a 5º prémios – Coffret de oferta com uma seleção de produtos Fraldox

 

Sobre a Ciclum Stada

Constituída em 2000, a Ciclum Farma é um laboratório farmacêutico que produz, distribui e comercializa medicamentos genéricos e que está integrada num dos maiores laboratórios europeus – Stada.

Empenhada em proporcionar melhor saúde e bem-estar através do acesso facilitado a medicamentos com elevada qualidade, dispõe de uma loja online onde podem ser adquiridos, comodamente e de forma segura, vários produtos não sujeitos a receita médica.

Com o objetivo de dar a conhecer a oferta de produtos de saúde da marca, foi criada uma loja online onde se pode adquirir um vasto leque de produtos de venda livre.

Divididos em cinco categorias – Dermo-Cosmética, Peles Tatuadas, Proteção Solar, Puericultura e Suplementos Alimentares – todos os produtos da Ciclum Farma apresentam um preço de venda recomendado com o objetivo de garantir, deste modo, a estabilização do valor do produto em todo o território nacional.

Assegurando aos seus utilizadores privacidade e segurança nos dados facultados para os vários serviços disponibilizados, a loja da Ciclum Farma pretende ser uma referência para todos os consumidores.

Para adquirir um produto não sujeito a receita médica deste laboratório basta aceder ao sítio http://loja.ciclumfarma.pt/ e fazer o registo na página.

Mundo A Sorrir
O Projeto Aprender A Ser Saudável, da ONGD Mundo A Sorrir, contribuiu para a diminuição da placa bacteriana na cavidade oral em...

No total, a iniciativa envolveu 5.466 alunos e 269 professores de 67 escolas de seis municípios do país: Cascais, Cinfães, Paços de Ferreira, Porto, Penafiel e Sertã, no ano letivo de 2015-2016.

Os profissionais de saúde oral realizaram a escovagem diária acompanhada e efetuaram 215 ações de sensibilização nas escolas abrangidas e mais de 3.701 controlos de placa bacteriana. No total foram distribuídas cerca de 11.000 escovas de dentes.

Com vários anos de atuação nas escolas do 1º Ciclo, o projeto Aprender A Ser Saudável vai implementar ainda este mês a escovagem dentária diária e ações de sensibilização na área da saúde oral nos jardins-de-infância do distrito do Porto. A iniciativa vai abranger cinco infantários, num total de 632 crianças.

De forte cariz preventivo e educacional, o projeto Aprender A Ser Saudável, foi criado em 2010, em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, para implementar a escovagem dentária diária, após as refeições, nas escolas do 1ºciclo do Ensino Básico, com a supervisão do professor. Desde o seu início, já beneficiaram do projeto 12191 crianças de 85 escolas.

Com o aproximar do novo ano letivo, o projeto ambiciona alargar a sua área de intervenção a outros públicos-alvo e escolas do país e contribuir, cada vez mais, para a melhoria da saúde oral das crianças.

Atualmente, o projeto está presente em várias escolas dos municípios do Porto, de Cinfães e de Cascais.

UNESCO
O autor da proposta de elaboração da Declaração Universal da Igualdade de Género disse hoje que “há todos os motivos” para que...

“Que seja no mandato de uma mulher que uma declaração desta natureza seja discutida e aprovada pela Assembleia Geral da UNESCO”, sublinhou Rui Nunes, referindo tratar-se de “uma declaração de pendor universal que toca diferentes domínios da igualdade entre homem e mulher em qualquer sociedade do planeta, independentemente do nível de desenvolvimento, sobretudo nas áreas de acesso à educação e também questões relacionadas com literacia em saúde”.

A proposta de criação da Declaração Universal da Igualdade de Género da UNESCO, subscrita por uma equipa liderada pelo especialista em bioética e professor catedrático Rui Nunes, venceu um concurso público internacional em que participaram 120 países.

A equipa de Rui Nunes, principal impulsionador da criação da figura do “Testamento Vital” em Portugal e atual coordenador mundial do Departamento de Investigação da Cátedra de Bioética na UNESCO, integra Francisca Rego, investigadora em Psicologia Clínica e Ciências Sociais, e Guilhermina Rego, igualmente professora da Faculdade de Medicina do Porto e vice-presidente da autarquia portuense.

Em entrevista à Lusa, Rui Nunes explicou que “a existência de uma declaração destas não é apenas uma carta de princípios gerais, é algo que, caso seja aprovada, tem a possibilidade de moldar definitivamente a legislação, a prática e os costumes de diferentes países, incluindo Portugal”.

Por isso, defende que a existência desta declaração é “tão importante”, não para o presente, mas para o futuro porque “as sociedades à escala mundial teriam este referencial de atuação na implementação de políticas públicas na educação, na saúde, no planeamento familiar, na nomeação de cargos públicos e políticos, entre outras”.

“É essencial que se promovam valores como planeamento familiar e se avance para uma certa regulação ética mundial para questões que tem a ver com a integridade pessoal, que têm a ver, por exemplo, com a mutilação genital feminina, para que os direitos básicos das mulheres não sejam expressamente violados”, frisou.

Rui Nunes disse que esta proposta de declaração tem também a ver com as questões da igualdade de género no mundo laboral, na entrada das carreiras profissionais, na formação profissional, na ascensão na carreira e na ascensão aos lugares de topo nas carreiras profissionais.

“Portugal está muito avançado nesta matéria, mas ainda tem focos importantes de desigualdade e de iniquidade de género e importa que haja pensamento e depois que haja também legislação específica para uma verdadeira igualdade de oportunidades, nomeadamente, em lugares de topo da administração pública e da atividade política”, referiu.

Rui Nunes apontou como “um exemplo concreto” a questão da liderança da Caixa Geral de Depósitos.

“Independentemente do mérito que ninguém retira aos nomes que foram sugeridos nos últimos tempos, não é concebível que nem sequer tenha sido proposto o nome de uma mulher para chefiar um banco público”, considerou.

Em seu entender, num organismo público devia haver “regras claras”, seguindo-se, por exemplo, o mesmo princípio que já está patente para as entidades reguladoras independentes, que é o princípio da alternância de género.

Contudo, considera que “Portugal está especialmente bem colocado para liderar este projeto, porque conseguiu implementar em muitos domínios os direitos humanos e a igualdade de género na sociedade portuguesa nos últimos 40 anos e também pelo papel que sempre teve à escala internacional, nomeadamente no âmbito da lusofonia, e com as pontes que consegue estabelecer com outros blocos linguísticos e culturais de que a eleição de António Guterres para as Nações Unidas é um excelente exemplo”.

A primeira versão da proposta da declaração ficará concluída até final deste mês, ficando depois, durante três meses, em discussão internacional.

“Vamos receber os contributos dessas reflexões dos vários países e das várias culturas e civilizações e tencionamos em abril fazer uma proposta já mais formalizada aos órgãos competentes da UNESCO para que ao longo do ano possa ir a votação na Assembleia Geral”, salientou.

Rui Nunes disse ainda estar a “estabelecer contactos” para convidar a jovem paquistanesa, Prémio Nobel da Paz, Malala Yousafza, conhecida pelo seu papel de ativista pela educação, para ser a embaixadora internacional deste projeto.

“É evidente que se esta personagem tão jovem, mas já um símbolo tão grande para a humanidade aceitasse seria uma enorme vitória, quase que antecipada, para este projeto”, disse.

Registo Nacional de Estudos Clínicos
Registo nacional de estudos clínicos quer aumentar a transparência e acelerar processos. Doentes devem consultar o médico que...

Um doente que não reagiu aos tratamentos convencionais e que queira testar um medicamento pode agora pesquisar quais os ensaios clínicos que estão disponíveis para a sua doença, onde se realizam e quais os critérios para ser aceite nos mesmos. Para isso, basta aceder ao Registo Nacional de Estudos Clínicos (RNEC), uma plataforma online lançada ontem com o objetivo de promover a divulgação da investigação, tornar os processos mais céleres e aumentar o recrutamento de participantes em ensaios clínicos relacionados com várias doenças. Neste momento, estão a decorrer 350 em Portugal, que preveem a participação de mais de 13 mil pessoas.

Até agora, eram os médicos que propunham aos doentes a participação em ensaios clínicos. Segundo Hélder Mota Filipe, membro do conselho diretivo do Infarmed, com esta nova plataforma, "alguém potencialmente voluntário passa a ter informação sobre os centros e o tipo de ensaios que estão a ser desenvolvidos em Portugal", o que permitirá "estimular a baixa taxa de recrutamento que existe no País". Isto porque, por norma, o centro que faz o ensaio funciona num determinado serviço hospitalar, que abrange "um número limitado de doentes". Tendo a informação sobre os estudos em curso, os doentes "podem participar num ensaio de outra zona do País", desde que respondam aos critérios.

Se ajudar a aumentar a taxa de recrutamento, a plataforma estará também a contribuir para diminuir o tempo de desenvolvimento do ensaio. Segundo o Infarmed, o RNEC permitirá ao doente aceder a informação sobre os centros, as equipas e os estudos: "Medicamentos em causa, áreas terapêuticas em investigação e desenvolvimento, o desenho de estudos e os critérios de inclusão e exclusão nos mesmos, o estado do estudo e do próprio recrutamento, materiais de divulgação, relatórios, publicações, entre outros dados." Numa primeira fase, só estará disponível informação relativa ao ensaios que vão sendo aprovados em Portugal, mas Hélder Filipe diz que "gradualmente" será feito o histórico.

Além de aumentar a transparência e envolver mais os cidadãos na temática dos ensaios clínicos, a plataforma eletrónica permitirá a quem submete os pedidos de ensaios - as entidades que os promovem - fazê-lo em simultâneo ao Infarmed e à Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC), eliminando o papel. Após um período de transição, a partir de 1 de janeiro todos os pedidos serão feitos online. Na área de acesso restrito, explica o Infarmed, "os utilizadores poderão submeter pedidos e ensaios, visualizar o estado dos processos e sinalizar a comunicação entre o requerente do ensaio e as entidades supervisoras."

Destacando que "há pessoas muito interessadas em saber o que está a ser feito ao nível de novos medicamentos e dispositivos", Alexandre Quintanilha, presidente da CEIC, diz que a plataforma também é muito importante para os profissionais de saúde. "Nem todos têm informação sobre todos os ensaios que estão a decorrer no País". Mas se por um lado o RNEC pode "atrair mais pessoas que queiram entrar no ensaio", a plataforma também pode ter o efeito contrário. "Ao ter acesso mais detalhado à informação, as pessoas podem não querer arriscar. É muito individual".

Contactado pelo Diário de Notícias, João Oliveira, diretor clínico do IPO de Lisboa, concorda que "a divulgação dos ensaios clínicos junto do público pode aumentar o recrutamento, uma vez que passa a existir um acesso direto aos ensaios que estão ativos". Contudo, o oncologista adverte que "esta maior facilidade de conhecimento sobre os ensaios clínicos não deve fazer com que os doentes prescindam de aconselhamento juntos dos médicos que já os conhecem e acompanham". Só assim, prossegue, "se consegue uma boa adequação do ensaio" ao doente.

Esperança motiva participação
No ano passado foram aprovados 123 ensaios clínicos em Portugal, número que tem estado a subir desde 2011. Neste momento, estão a decorrer 350 no País, a maioria na área da oncologia. Alexandre Quintanilha refere que o que leva um doente a entrar num ensaio clínico é a expectativa de "melhorar ou curar alguma patologia ou pelo menos viver com ela de forma menos dolorosa".

Estudo
As pessoas que depilam os pelos púbicos sofrem com maior frequência de doenças sexualmente transmissíveis, uma tese que, no...

De acordo com a investigação realizada com base em dados de 7.500 pessoas entre os 18 e os 65 anos nos Estados Unidos, depilar a região genital aumenta a incidência de doenças sexualmente transmissíveis como herpes, sífilis ou clamídia.

Os resultados da pesquisa foram ajustados para ter em conta as diferenças em relação à idade e à quantidade de parceiros sexuais, informa o artigo publicado na revista especializada Sexually Transmitted Infections. Dos participantes, 74% declararam ter cortado ou depilado os pelos púbicos (84% mulheres e 66% homens).

Os investigadores estabeleceram depois subcategorias para dividir as pessoas entre as que se depilavam mais de 11 vezes num ano, as que o faziam diária ou semanalmente e as adeptas ocasionais, escreve o Sapo.

A prevalência de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) nos participantes do estudo rondou os 13%. No entanto, essa incidência baixava para 8% entre as pessoas que raramente depilavam a região púbica, enquanto as que o faziam ocasionalmente tinham uma taxa de infeção de 14%. Por outro lado, os adeptos da depilação integral tinham uma incidência de 18%.

A investigação baseou-se numa análise realizada pela consultora GfK em janeiro de 2014. No entanto, os autores do artigo reconhecem que não é possível estabelecer uma relação de causa-efeito entre os dois fenómenos.

Uma hipótese "plausível" para explicar esta relação pode estar nos micro-cortes na pele provocados pela depilação, que favorecem a entrada de vírus e bactérias, indicam os cientistas. Outra possibilidade apontada pelo estudo reside na ideia de que adeptos da depilação das regiões íntimas têm mais comportamentos sexuais de risco.

Os cientistas sugerem campanhas de prevenção para alertar as pessoas para que esperem que a sua pele cicatrize depois da depilação antes de ter relações sexuais.

Cartão social
Cartão social dá acesso a consultas, exames e apoio domiciliário. Presidente da União das Misericórdias diz que é uma maneira...

A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) lança esta terça-feira um cartão de saúde, de carácter social, que facilita o acesso a consultas, exames e apoio domiciliário. O cartão base tem um custo de três euros por mês, mas há um outro, mais caro, que inclui cirurgias e internamento.

“Hoje, numa misericórdia, uma consulta de especialidade custa à volta de 50 euros e com este cartão as pessoas vão pagar só 27,5 euros. Fica logo mais de metade do cartão pago”, explica à Renascença José Lemos, presidente da UMP.

Além disso, “não tem idade de entrada nem de saída, porque é vitalício”, acrescenta.

O cartão conta com o apoio de mais de 400 hospitais e clínicas em todo o país, entre “Misericórdias, entidades do sector privado e social”. 

Operação Nariz Vermelho
O Natal é a época da tradição, da família, da união e como forma de demonstração de todos estes valores queremos oferecer os...

A Operação Nariz Vermelho (ONV) disponibiliza no seu site - a Lojinha da ONV - um espaço online dedicado à venda de produtos oficiais, com vista à angariação de verbas que continuem a ajudar a Instituição a levar sorrisos às crianças hospitalizadas. Por isso, neste Natal ofereça realmente prendas que façam a diferença!

Para oferta nesta época natalícia destacamos a Agenda ONV 2017-2020, o CD com uma coletânea de Músicas dos Doutores Palhaços: Ai Senhores Doutores e a coleção de Postais de Natal ONV. No entanto, na Lojinha da ONV tem muitas outras opções, pode consultar aqui: http://www.narizvermelho.pt/Lojinha. Os pagamentos podem ser feitos por transferência bancária, por multibanco ou por Paypal e as entregas são realizadas por correio ou fazendo o levantamento dos artigos nas instalações da Operação Nariz Vermelho ou ainda por transportadora/estafeta.

Os resultados, compilados no livro intitulado “Rir é o melhor remédio?”, comprovam que 92% das crianças esqueceram-se que estão num hospital quando são visitadas pelos Doutores Palhaços da ONV. O objetivo destas sessões nos hospitais é partilhar com a comunidade médica as mais-valias do trabalho destes profissionais. Entre os familiares e acompanhantes das crianças a satisfação também é evidente. Entre os inquiridos para esta investigação, em vários hospitais do país visitados pela ONV, 99% dos pais sentem gratidão pelos Doutores Palhaços. Ainda, 98% dos pais consideram que os Doutores Palhaços são uma parte importante da equipa de cuidados das crianças hospitalizadas e 99% referem que gostariam que os Doutores Palhaços visitassem as crianças com mais frequência.

Investigador da ESEnfC
Teoria desenvolvida vem tornar acessível um conjunto de elementos que facilitam a interpretação compreensiva dos adolescentes...

Um professor da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) construiu “um modelo teórico compreensivo das experiências e processos adaptativos dos adolescentes com doença onco-hematológica durante o tratamento”, que vai permitir, segundo se espera, a prestação de cuidados mais adequados aos doentes.

Manuel Henriques Gameiro, especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Adolescente, desenvolveu uma “teoria fundamentada nos dados”, tendo por base 27 testemunhos sobre as experiências de 23 adolescentes com leucemia ou linfoma, a qual vai facilitar “uma maior compreensão empática dos adolescentes em situação e uma intervenção cuidativa mais esclarecida e efetiva, por parte dos enfermeiros, dos restantes profissionais envolvidos e, igualmente, dos pais”, explica o investigador.

“Os testemunhos referem-se, sobretudo, às experiências vividas e aos processos de enfrentamento, ajustamento e adaptação à situação de doença e tratamentos. Estes processos são fundamentais para manter a esperança e a disposição para ‘continuar a lutar’ durante o longo e penoso tempo de tratamento”, afirma Manuel Gameiro.

Uma vez que “cada adolescente experiencia a doença de modo diverso e desenvolve esforços de adaptação próprios”, o modelo teórico agora construído “pode ajudar a fazer previsões, não propriamente sobre a probabilidade estatística das ocorrências e situações, mas sim sobre o seu sentido e possibilidade humana, que necessita sempre de ter em conta cada ser humano como indivíduo em situação, isto é, que não dispensa a sua escuta e a interpretação da sua narrativa”, esclarece o professor da ESEnfC.

Segundo este modelo, e no confronto com experiências de mal-estar, de stresse intenso e de sofrimento na doença, há “três movimentos adaptativos fundamentais, complementares e interativos” a que os adolescentes recorrem e que Manuel Gameiro designa por “Esforços de autorregulação e ajustamento à situação de doença”, “Esforços para promover e manter um estado disposicional positivo” e “Esforços para lidar com situações referenciais de sofrimento”.

Entre as estratégias gerais para enfrentar e superar a situação de doença e tratamento, os adolescentes analisados no estudo procuram, por exemplo, desconcentrar-se da doença, manter o contacto com amigos, preservar um “autoconceito positivo” e conceber “novos motivos para lutar”.

Já quanto a estratégias específicas para promover um “estado disposicional positivo”, os adolescentes procuram divertir-se, manter projetos, atividades e papéis relevantes, atribuir significados positivos a coisas e acontecimentos comuns, pensar de forma positiva, controlar as emoções negativas e prezar o bem-estar relacional e afetivo.

A amostra do estudo foi composta por 23 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 19 anos, 17 dos quais referenciados no Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Pediátrico de Coimbra. A maioria encontrava-se ainda em fase de tratamento, alguns na fase final (dita de manutenção) ou nos primeiros meses após o termo do tratamento. Alguns testemunhos foram obtidos através de entrevistas. Outros adolescentes, tratados em diversos hospitais do país, postaram os respetivos testemunhos em sítios na Internet relacionados com a oncologia. Os achados foram obtidos entre 2013 e 2014.

Este trabalho de investigação de Manuel Gameiro conduziu à tese de doutoramento “Processos e Experiências de Transição Adaptativa dos Adolescentes com Doença Onco-Hematológica Durante o Tratamento”, defendida em outubro último na Universidade de Lisboa.

Atualmente, mais de 85% dos adolescentes com este tipo de cancros sobrevivem.

Governo
A Entidade Reguladora da Saúde está a analisar casos de doentes de estabelecimentos privados que chegam aos hospitais públicos,...

Em entrevista à rádio TSF, o secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo, disse “estar preocupado” com a situação, salientando que os “doentes não podem ser prejudicados” e, prometendo “para breve regras que definam, com transparência e equidade, o acesso destes utentes que vêm do setor privado”.

“Estamos preocupados. Temos estado atentos, através da entidade reguladora, que tem aqui funções e responsabilidades muito específicas, e também temos de discutir com a Ordem dos Médicos porque também aqui do lado dos médicos, (…) temos de perceber qual é a informação que é dada aos doentes nalguns privados e o grau de compromisso que é assumido, de modo a percebermos se a relação médico/doente não está a ser colocada em causa nesta abordagem”, adiantou.

De acordo com Fernando Araújo, todos os hospitais estão a ser confrontados com casos de doentes que chegam a meio de tratamentos dos hospitais privados por terem atingido os limites dos ‘plafonds’ dos seguros de saúde, nomeadamente em casos de oncologia e outros relacionados com patologias com tratamentos mais caros.

“É transversal a todos os hospitais. Fala-se muito em oncologia, mas temos outras patologias com terapêuticas mais dispendiosas. Temos de ter uma abordagem transversal neste âmbito. O doente não pode ser o prejudicado. Se alguma coisa correu mal neste processo temos que saber porquê, tentar reverter ou impedir novos casos semelhantes, mas não podemos prejudicar o utente”, disse.

No entender de Fernando Araújo, os utentes “terão prioridade dentro do nível de tratamento e dentro do tempo que precisam para as diferentes etapas”.

“Temos de ter a clara abordagem e a clara informação sobre o que é referido ao doente, o tipo de compromisso assumido, a responsabilidade e perceber no âmbito global do SNS [Serviço Nacional de Saúde] como isto tem de ser tratado com justiça, mas sobretudo com enorme transparência”, disse.

Sobre o facto de existirem doentes a passar à frente de outros, o secretário de Estado diz que todos “estão a ser prejudicados”.

“Prejudicam-nos a todos a começar pelo doente que eventualmente poderá ter sido mal informado aquando do início do tratamento, que tinha a perceção que ia fazer um tratamento integrado em determinada instituição de saúde e chega a meio e é informado de que não pode continuar lá e tem de ir para outro médico, outra instituição. No caso do doente com uma neoplasia essa sensibilidade e o impacto dessa informação por vezes é dramático”, concluiu.

Programa Nacional para a Coesão Territorial
O ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, disse que o Governo olha para o interior como “uma prioridade” e que, através do Programa...

“O que distingue este Programa de Coesão Territorial é colocar a competitividade e a coesão territorial no centro das políticas do Governo”, afirmou o ministro.

Numa cerimónia em Beja, para apresentar o Programa Nacional para a Coesão Territorial (PNCT), Eduardo Cabrita frisou que, para o Governo, “olhar para o interior” não compreende uma visão “fatalista”, nem “assistencialista”.

“É uma prioridade do Governo”, contrapôs, explicando que “o que é diferente” no PNCT, em comparação com planos de anteriores de combate às assimetrias regionais, é que assenta numa “visão global, transversal” e não envolve “intenções”, mas sim “medidas concretas”.

“Este programa integra 164 medidas concretas que foram trabalhadas com todos os ministérios e integra, sobretudo, uma forma diferente de olhar para o interior”, como uma zona “próxima dos mercados ibéricos e do mercado europeu, como uma zona de qualidade de vida e de competitividade”, referiu.

Segundo o Governo, o PNCT visa o desenvolvimento dos territórios do interior e o combate à tendência de desertificação dos últimos anos nestas regiões.

O ministro, que se deslocou a Beja acompanhado pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, referiu que o plano está, agora, a ser posto “em pleno funcionamento”, com medidas que “já estão no terreno” e outras que, no “1.º semestre de 2017, serão concretizadas”.

Como exemplo de iniciativas concretas, o ministro aludiu à área da Saúde, que esteve em foco na sessão de apresentação realizada em Beja, lembrando que o Governo aprovou incentivos à fixação de médicos no interior.

“Estamos a falar de cerca de mil euros de remuneração adicional para os médicos que se desloquem para onde fazem falta, em zonas do interior”, assim como “mais condições de trabalho para os familiares e condições de acesso ao ensino para os descendentes”, acrescentou.

Para quem se quer fixar no interior, lembrou Eduardo Cabrita, “talvez a primeira preocupação” seja “a qualidade dos serviços de saúde”.

“Queremos garantir, aqui e em toda a faixa interior, a igualdade de oportunidades de acesso a este direito fundamental” e que “a qualidade de serviço é a mesma” que se encontra em Lisboa ou no Porto, afirmou Eduardo Cabrita.

O ministro da Saúde, por seu turno, prometeu “olhar com muita atenção para o interior do país”, porque este foi “muito descaracterizado e desqualificado”, mas também porque a Saúde é “um pilar essencial para a confiança” e “para os investidores” se poderem fixar nestas regiões.

No caso da atração de clínicos para o interior, aproveitou para destacar Adalberto Campos Fernandes, os incentivos incluem uma compensação monetária, mas os médicos “não se mobilizam apenas por dinheiro, isso é uma ideia errada”.

Com o PNCT, continuou, “trata-se de criar condições para que jovens médicos optem por fazer uma carreira diferente, que pode ser até mais rápida do ponto de vista da sua diferenciação e dos seus objetivos de vida do que se ficassem num grande centro como Lisboa, no meio de centenas de colegas que lá estão”.

Na sessão, perante perguntas da assistência, o ministro da Saúde assegurou que o novo hospital central previsto para a vizinha cidade de Évora “não é uma ameaça” para Beja e anunciou vários investimentos para o Baixo Alentejo, como equipamento de ressonância magnética para o hospital e novos centros de Saúde e a requalificação de outros no distrito.

Universidade do Minho
Uma investigadora da Universidade do Minho recebeu a bolsa NARSAD, "uma das mais prestigiadas" na investigação em...

Em comunicado, a academia minhota explica que a bolsa atribuída a Neide Vieira, de 32 anos e a o pós-doutoramento no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS), na Escola de Medicina da Universidade do Minho, em Braga, distingue os jovens investigadores "mais promissores do mundo" naquela área de estudo.

Segundo o texto, a investigadora pretende "apoiar novas estratégias para prevenir, retardar e reduzir" o declínio cognitivo.

"Os mecanismos moleculares subjacentes ao envelhecimento e a doenças associadas, como as neurodegenerativas, não são ainda completamente conhecidos. Acredita-se que se prendam em parte com a desregulação do equilíbrio proteico no interior das células, ou seja, que diferentes proteínas se apresentem em maior ou menor quantidade, conduzindo a uma disfunção celular", explica a investigadora no texto.

A UMinho explica que "o estudo das proteínas envolvidas na manutenção daquele equilíbrio é, por isso, essencial" pelo que um dos objetivos da investigação de Neide Vieira é "compreender como a expressão e função de certas proteínas muda durante o envelhecimento e na presença de fatores ambientais de risco".

Em concreto, "de que forma estas alterações podem afetar negativamente o sistema nervoso central, nomeadamente a memória e a aprendizagem, através da desregulação da neurotransmissão", sustenta a investigadora cujo estudo, que inclui testes com roedores, vai ser realizado em colaboração com o Instituto de Biologia Molecular e Celular de Singapura.

A "NARSAD Young Investigator Grant" foi atribuída pela Brain & Behavior Research Foundation (EUA), a entidade que mais apoia a pesquisa em neurobiologia no mundo, tendo o júri de avaliação incluido dois Prémios Nobel.

Neide Vieira nasceu em 1984 em Pretória (África do Sul), filha de portugueses, tendo-se licenciado em Biologia Aplicada.

A investigadora doutorou-se em Ciências Biológicas pela UMinho, em parceria com a Universidade de Aberdeen (Reino Unido) e conta com trabalhos desenvolvidos no Instituto Jacques Monod e na École Normale Supérieure (França).

A cientista fez depois um pós-doutoramento na Universidade de Nova Iorque (EUA) e desenvolve outro em Neurociências na UMinho, contando ainda com cursos avançados na Arménia, Suíça, Grécia, Espanha.

Em Matosinhos
A Unidade Móvel do Instituto Português do Sangue e da Transplantação volta a marcar presença no parque exterior, junto à...

Numa época em que o espírito de partilha e solidariedade se acentuam, as duas entidades voltam a lançar o apelo de dar sangue, um ato que pode salvar uma vida.

Afirma a responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto, Ofélia Alves, que se impõe a necessidade de “haver dádivas de sangue todos os dias”. Apesar de 2016 ainda não ter terminado, a responsável refere: “Até outubro, voltámos a sentir uma tendência de quebra na ordem dos 5% a nível nacional e temos que conseguir alterar essa realidade, sendo que iniciativas como esta, nunca são de mais. E como estamos no mês do Natal, uma época tradicionalmente pautada pelos presentes, ser dador de sangue pode significar uma oferta para a vida”, acrescenta Ofélia Alves.

Pelo quinto ano consecutivo, o MAR Shopping e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) mantêm a parceria, da qual resultaram, aproximadamente, 470 inscritos para recolhas voluntárias de sangue.

O psicólogo e a Saúde Mental dos portugueses
Falta de recursos humanos e financeiros, desigualdade na distribuição geográfica ou más condições de

Tendo em conta os dados recentes, que demonstram que as perturbações mentais têm vindo aumentar, como vê a Saúde Mental dos portugueses?

A saúde mental dos portugueses depende seguramente de uma maior quantidade e de uma melhor e mais diversificada distribuição dos técnicos de saúde, incluindo os psicólogos pelas diferentes zonas do país e pelos diferentes serviços de saúde e não só. Mas depende sobretudo da qualidade de vida decorrente do investimento que se faz nas pessoas: no acesso e na qualidade da educação, dos cuidados de saúde, particularmente durante a infância e a juventude, bem como no combate eficaz à pobreza.

No mais recente relatório da OCDE (reportado a 2013), entre os 30 países com rendimentos mais desiguais, Portugal é o país mais desigual da Europa e o 7º da OCDE.

Quais as principais causas? E quais as consequências desta situação?

As principais causas desta situação são, obviamente, as opções dos decisores políticos e as consequentes políticas associadas a modelos de desenvolvimento económico e social que estão subjugados ao poder financeiro e à obtenção do lucro, a qualquer preço, sem que a riqueza produzida seja mais justa e socialmente distribuída.

As consequências são a degradação progressiva da qualidade de vida das pessoas e do tecido social. Nestas circunstâncias, não é de admirar que a saúde -  incluindo a saúde mental - das populações se degrade e que os relativamente poucos recursos financeiros que lhe são afectados sejam cada vez mais insuficientes.

No relatório da OCDE, atrás citado, 40% da população em Portugal integrava (2013) o grupo dos mais pobres, isto é, dos que tinham acesso a 19,5% da riqueza produzida. Segundo o mesmo relatório, esta situação põe em risco a coesão social e o crescimento do país.

Porque é que a saúde mental continua a ser desvalorizada ou deixada para segundo plano, apesar dos avanços a que se vem a assistir, na área dos cuidados, nos últimos anos?

Por medo ancestral, por ignorância, por desconhecimento, e por más opções dos decisores políticos.

A doença mental é tradicionalmente uma área que – tal como a morte - gera desconforto generalizado nas pessoas. A resposta mais comum, quando nos confrontamos com a situação, é, para além do medo, resultante da ignorância e do desconhecimento, também a vergonha. Esta atitude só se pode combater com a educação, com a luta contra os estereótipos que lhes estão associados, por acções de esclarecimento e acções cívicas de combate à descriminação das pessoas em sofrimento ou com doença mental.

As políticas de baixo investimento na prevenção através da educação e de acções de formação e esclarecimento revelam a pouca inteligência e visão do futuro que caracteriza os nossos decisores políticos.

Considera que o investimento em saúde mental que tem sido feito, aos pouco até aqui, e que resulta de um conjunto de medidas que preconizam uma maior ligação entre os cuidados diferenciados de saúde mental e os cuidados gerais de saúde, tem sido suficiente?

A este respeito limito-me a citar o Plano Nacional de Saúde Mental 2007—2016:  

O nível modesto de recursos disponíveis para a saúde mental em Portugal é certamente um dos factores que tem dificultado o desenvolvimento e a melhoria dos serviços neste sector. Ao contrário do que sucede noutros países, os grupos de utentes e familiares nunca tiveram uma voz activa na sociedade portuguesa. A perspectiva de saúde pública e a cultura de avaliação de serviços sempre foram frágeis na área da saúde mental em Portugal. Resultado: os recursos atribuídos à saúde mental são indiscutivelmente baixos”.

Qual a sua opinião relativamente às unidades de cuidados continuados de saúde mental? Qual a sua importância?

A maior eficácia das práticas de apoio à saúde mental na comunidade e próxima das residências das pessoas que dele necessitam é reconhecida na Europa e no mundo ocidental desde pelo menos a década de setenta do século passado. Exemplo disso foram os movimentos de desinstitucionalização (hospitalar) das pessoas com diagnóstico de doença mental ou em situação de sofrimento mental crónico, e o desenvolvimento de projectos de saúde mental comunitários. Esses movimentos, embora com altos e baixos na sua concretização, foram-se consolidando até aos dias de hoje.

A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) celebrou recentemente (junho 2016) dez anos de existência. Segundo noticias divulgadas nos meios de comunicação social pelo seu coordenador, as unidades de saúde mental só agora terão começado a abrir (1 de julho 2016). Não se percebe porque é que só agora chegam, dez anos depois.

As carências nesta área são enormes e fazem-se sentir particularmente nas zonas urbanas de Lisboa e Porto.

A necessidade de formar os “cuidadores” – familiares ou prestadores de serviços – e de garantir a qualidade do exercício destas funções é de particular importância. A esta necessidade não são alheios os psicólogos e a urgência de os fazer participar neste processo.

Também segundo o seu coordenador, Portugal dedica 0,6% do Produto Interno Bruto a este tipo de cuidados, em termos gerais e não especificamente em relação à saúde mental. A média europeia da verba afetada é de 2 a 3%. Por aqui se vê o escasso investimento que fica reservado para a saúde mental.

Quais as principais falhas do sistema relativamente à Saúde Mental?

É a falta de recursos financeiros, a sua fraca implantação no terreno e desigual distribuição geográfica, bem como a falta de colocação e as baixas remunerações e más condições de contratação e de trabalho dos agentes e técnicos especializados (incluindo psicólogos) que são afetados ao sistema.

Considera que os restantes profissionais de saúde estão despertos para questões relativas à saúde mental?

Os restantes profissionais de saúde genericamente estarão despertos para as questões relativas à saúde mental. Mas nunca será de mais promover o conhecimento actualizado das questões que envolvem os cuidados e as boas práticas nesta matéria.

Qual a importância do psicólogo na sociedade?

A formação em Psicologia é de largo espectro nos seus conhecimentos científicos e na sua aplicabilidade. O mesmo acontece com a profissão de psicólogo cuja actividade é aplicável em largos e diversificados sectores de actividade, desde os tradicionais – clinica e saúde, escola e educação, administração da justiça, organizações empresariais e outras, trabalho e recursos humanos. Mas também em áreas mais específicas de intervenção como na prevenção e gestão de incidentes de violência no apoio às forças policiais e de segurança, em situações de risco e catástrofe, em contextos de liderança, nos media e em muitos outros.

Qual o estado atual da profissão?

É uma pergunta aparentemente simples, mas de resposta muito complexa.

Não temos estudos actualizados que possam suportar com segurança a nossa reflexão sobre este tema. Podemos, no entanto, utilizar como analisador, a situação dos psicólogos na saúde e na educação (escolas) e a forma como os decisores políticos consideram a importância da psicologia e dos psicólogos na sociedade. Desde logo centrando-nos no tipo de reconhecimento da sua relevância.

Já em março de 2008, numa carta de interpelação ao Governo, o Grupo Parlamentar “Os Verdes” (alertado pelo Sindicato Nacional dos Psicólogos) chamava a atenção para a grave carência de psicólogos no Serviço Nacional de Saúde. No Serviço Nacional de Saúde existiam 553 psicólogos, o que equivalia a cerca de 1 psicólogo / 18 mil utentes. O que é certo é que, hoje em dia, a situação não está muito diferente, com os cerca de 600 psicólogos que trabalham no SNS. A gravidade desta situação é evidente se tivermos em conta que na Comunidade Europeia se preconiza o racio – ainda assim muito aquém do que seria desejável - de 1 psicólogo /5000 habitantes. Muitos centros de saúde e muitos serviços hospitalares continuam sem psicólogos.

No que diz respeito à intervenção dos psicólogos na educação e nas escolas, limito-me a citar uma notícia (Jornal de Notícias 2016 09 28) recentemente divulgada e comentada pelo Sindicato Nacional dos Psicólogos:

“Segundo dados do recente relatório do Conselho Nacional de Educação, o número de psicólogos nas escolas desceu brutalmente nos últimos anos. De um número de 1584 em 2010-2011, passaram a 489 em 2014 -2015.” (...) “Na realidade das escolas falamos de um psicólogo para cada 1700 alunos”, quando o rácio adequado seria de 1 psicólogo / 500 alunos.

Um segundo analisador interessante para nos ajudar a pensar sobre o o estado atual da profissão tem a ver com o ensino da psicologia em Portugal.

Sabemos que existem, no nosso país, cerca de 30 cursos superiores de psicologia, com configurações programáticas diversas. Não me vou debruçar sobre a qualidade dos seus currícula, e assuntos relacionados. O facto de os cursos da rede nacional de ensino superior terem que ser acreditados pelas entidades competentes do Ministério da Educação, dispensa-me essa abordagem, que também, pela sua complexidade, não se enquadraria na necessária limitação desta resposta.

Também não existem estudos que nos permitam ter uma visão concreta da relação existente entre a quantidade (cerca de 1500 diplomados por ano) e diversidade de formação dos psicólogos que saem diplomados das nossas universidades e institutos, e as necessidades do país. Mas sempre direi que - ao contrário do que muitas vezes vejo referido e ouço dizer a entidades interessadas nestes assuntos - que estamos longe de atingir o número de psicólogos de que o país seguramente carece. Não só para o desempenho das funções que tradicionalmente lhes são atribuídas, mas também pelo largo espectro de atividades e aplicações sociais e cívicas que a formação superior em psicologia permite. Nem todos os diplomados em psicologia terão necessariamente que exercer a profissão de psicólogo. Isso não será necessariamente negativo, nem para os próprios, nem para a sociedade.

Um terceiro, e por agora último analisador para ajudar a nossa reflexão sobre este tema será o reconhecimento e a confiança que a sociedade tem na psicologia e nos psicólogos.

A este respeito também não temos estudos actualizados que nos indiquem com precisão qual a representação social que os portugueses têm da psicologia e, sobretudo, do psicólogo. Mas a minha intuição, forjada em mais de 40 anos de atividade profissional como psicólogo exercendo em diferentes contextos, nomeadamente nas áreas da saúde e da justiça, e como professor universitário, é a de que o psicólogo - e as suas funções – é genericamente reconhecido e respeitado. Como em todas as profissões, uns serão mais do que outros, pelas suas qualidades pessoais e competências profissionais diversas. Mas sempre sofrerão os efeitos dos estigmas relacionados com os estereótipos sociais e de exclusão que muito frequentemente o associam à doença e ao sofrimento mental.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ministério da Saúde
As últimas cinco Unidades de Saúde Familiar previstas passar de modelo A para modelo B ainda durante este ano foram homologadas...

Segundo uma nota enviada pelo Ministério da Saúde, no âmbito do programa de expansão, reforço e qualificação da rede de Cuidados de Saúde Primários, foram homologadas, no dia 2 de Dezembro, cinco novas Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo B, com efeitos a 16 de Dezembro, totalizando 25 USF que iniciam atividade nesta modalidade em 2016.

O modelo B de USF é aquele em que equipas com maior amadurecimento organizacional e maiores exigências de contratualização, garantem maior disponibilidade e flexibilidade para atingir níveis avançados de acesso para os utentes, elevado desempenho clínico e eficiência económica, explica a tutela.

O número de USF que passaram a modelo B em 2016 representa “uma taxa de execução de 100% face ao objetivo traçado inicialmente” e o maior dos últimos anos: 19 em 2013, 12 em 2014 e 15 em 2015.

As últimas cinco USF modelo B a serem homologadas são as de Penela e Fernando Namora, em Condeixa-a-Nova (ARS Centro), Lusitânia, em Évora (ARS Alentejo), S. João de Braga e Montelongo, em Fafe (ARS Norte).

No total, as 25 USF distribuem-se por todas as ARS: 14 na ARS Norte, 4 na ARS Centro e 4 na ARS LVT, 1 na ARS Alentejo e 2 na ARS Algarve.

No entanto, esta distribuição não cumpre exatamente o que estava previsto no despacho que definiu as USF para este ano: o norte ganhou mais duas (uma vez que tinha previstas 12) e o Centro e o Alentejo perderam uma cada (estava previsto ganharem, respetivamente, 5 e 2 USF modelo B).

Segundo a tutela, este processo de transição que agora se completa permite um “ganho de cobertura de aproximadamente mais 10.369 cidadãos com atribuição de uma equipa de saúde familiar e efetivos ganhos assistenciais e em saúde”.

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